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1 de abril de 2024

EBD JOVENS | Lição 01: A Realidade da Fé Cristã | 2° Trimestre de 2024

 

 

TEXTO PRINCIPAL

Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi.” (Is 55.3)

Entenda o Texto Principal:

-  aliança perpétua. A nova aliança que Deus fará com Israel (Is 54.8; 61.8; Jr 31.31-34; 32.40; 50.5; Ez 16.60; 37.26; Hb 13.2). firmes beneficências de Davi. Em sua aliança com Davi, o Senhor lhe prometeu que a sua descendência reinaria sobre Israel num reino eterno (2Sm 7.8,16; Sl 89.27-29). Paulo liga a ressurreição de Cristo a essa promessa (At 13.34), uma vez que esse tratou de um acontecimento fundamental do cumprimento dessa promessa. Se ele não tivesse satisfeito plenamente a Deus pela sua morte expiatória, não teria ressuscitado; se não tivesse ressuscitado, não poder; sentar-se no trono terreno de Davi. Mas ele ressuscitou e cumprirá papel real (v. 4). Cf. Jr 30.9; Ez 34.23-24; 37.24-25; Dn 9.25; Os 3.5; Mq 5.2). O mundo todo irá a ele como o Grande Rei (Is 55.5).

 

RESUMO DA LIÇÃO

A fé cristã permanece sendo relevante e necessária para a humanidade.

Entenda o Resumo da Lição:

- O conceito de dignidade humana é plenamente satisfeito na fé cristã. A valorização da individualidade humana promovida pelo cristianismo através das Sagradas Escrituras favoreceram o desenvolvimento social em seus vários aspectos, especialmente depois da Reforma Protestante. . Ao postular o homem como uma composição necessária de alma e matéria, valoriza-o como ser único e original, o que não ocorria com o indivíduo em sua relação com a polis. O humanismo de Tomás de Aquino é uma das propostas mais bem acabadas da filosofia cristã medieval e, ao buscar explicar a individuação do ser humano, aponta o caminho para que a questão seja posteriormente analisada sob outros aspectos. Tomás de Aquino postulou um conceito ontológico de dignidade humana, um conceito que não enfatiza o homem em suas relações sociais, nem tem operacionalidade, mas que deve ter seu mérito atribuído ao medievo.

 

TEXTO BÍBLICO

João 1.14-18

- 1.1-18 Esses versículos constituem o prólogo que apresenta vários dos temas mais importantes dos quais João tratará, especialmente o tema principal de que "Jesus é o Cristo, o Filho de Deus'' (vs. 12-14; cf. 20.31). Várias palavras-chave repetidas ao longo do Evangelho (p. ex., vida, luz, testemunho, glória) aparecem aqui. O restante do Evangelho desenvolve o tema do prólogo no sentido de como o “Verbo" eterno de Deus, Jesus, o Messias e o Filho de Deus, se tornou carne e ministrou entre os seres humanos, para que todo aquele que nele crer seja salvo. Embora João tenha escrito o prólogo no mais simples vocabulário do NT, as verdades que o mesmo transmite são as mais profundas. Seis verdades básicas sobre Cristo como o Filho de Deus, são tratadas no prólogo:

            1) o Cristo eterno (vs. 1-3);

            2) o Cristo encarnado (vs. 4-5);

            3) o precursor de Cristo (vs. 6-8);

            4) o Cristo não reconhecido (vs. 9-11);

            5) o Cristo onipotente (vs. 12-13); e

            6) o Cristo glorioso (vs. 14-18).

14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

- o Verbo se fez carne. Conquanto Cristo como Deus seja não criado e eterno, a palavra "tornou-se" enfatiza Cristo assumindo a humanidade (cf. Hb 1.1-3; 2.14-18). Esse fato é certamente o mais profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o Eterno foi conformado ao tempo; o Invisível tornou-se visível; o Ser sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o Verbo não deixou de ser Deus, mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em forma humana como um homem (ITm 3.1b). habitou. Significa "fincar o tabernáculo" ou "morar numa tenda". O termo lembra o tabernáculo do AT, onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído (Êx 25.8). Chamava-se "a tenda da congregação" (Êx 33.7; "tabernáculo do testemunho" — Septuaginta), onde "falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo'' (Êx 33.11). No NT. Deus escolheu habitar entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. No AT, quando o tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de Deus encheu toda a estrutura (Êx 40.34; cf. I Rs 8.10). Quando o Verbo se tornou carne, a gloriosa presença da divindade estava incorporada nele (cf. Cl 2.9). cheio de graça e de verdade. João provavelmente tinha em mente Êx 33—34. Naquela ocasião, Moisés pediu que Deus lhe mostrasse a sua glória. O Senhor respondeu a Moisés que desfilaria toda a sua "bondade" perante ele, e, então, enquanto desfilava, ele declarou: "o SENHOR... compassivo, demente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade" (Êx 33.18-19; 34.5-7). Esses atributos da glória de Deus enfatizam a bondade do caráter de Deus, especialmente em relação à salvação. Jesus como YAHWEH do AT (8.58; "Eu SOU") exibiu os mesmos atributos divinos quando habitou entre os homens na era do NT (Cl 2.9). vimos a sua glória. Embora a sua divindade estivesse oculta em carne humana, há traços de sua divina majestade nos Evangelhos. Os discípulos viram relances de sua glória no monte da transfiguração (Mt 17.1-8). A referência à glória de Cristo, porém, não foi apenas visível, mas também espiritual. Eles viram-no exibir os atributos ou características de Deus (graça, bondade, misericórdia, sabedoria, verdade, etc.; cf. Êx 33.18-23). glória como... do Pai. Jesus, na qualidade de Deus, exibiu a mesma glória que a do Pai. Eles são um em natureza essencial (cr. 5.17-30; 8.19; 10.30). unigênito. A palavra "unigênito" traz a ideia de "o único amado". Portanto, expressa a ideia de peculiaridade singular, de ser amado como ninguém outro. Por essa palavra, João enfatiza o caráter exclusivo do relacionamento entre o Pai e o Filho na divindade (cf. 3.10,1 8; 1Jo 4.9). Não traz a conotação de origem, mas de proeminência singular; por exemplo, foi usada para referir-se a Isaque (Hb 11.17), que foi o segundo filho de Abraão (Ismael foi o primeiro; cf. Gn 16.1 5; 21.2-3).

15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.

- O testemunho de João Batista corrobora a afirmação do apóstolo João com relação à eternidade do Verbo encarnado (cf. v. 4).

16 E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça.

- graça sobre graça. Essa frase enfatiza a superabundância da graça que foi demonstrada por Deus para com a humanidade, especialmente para com os crentes (Ef 1.5-8; 2.7).

17 Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

- Corroborando a verdade do v. 14, esses versículos traçam um contraste conclusivo com o prólogo. A lei, dada por Moisés, não foi uma mostra da graça de Deus, mas da exigência de santidade feita por Deus. Deus deu a lei como instrumento para demonstrar a injustiça do homem a fim de evidenciar a necessidade do Salvador, Jesus Cristo (Rm 3.19-20; Gl 3.1014,21-26). Além disso, a lei revelou somente uma parle da verdade e foi preparatória quanto à sua natureza. A realidade ou verdade plena para & qual a lei apontava veio por meio da pessoa de Jesus Cristo.

18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.

- que está no seio do Pai. Esso termo indica a intimidade, o amor e o conhecimento mútuos existentes entre a divindade (veja 13.23; Lc 16.22-23). revelou. Teólogos derivaram o termo “exegese" ou "interpretar” dessa palavra. João está dizendo que tudo quanto Jesus é e faz, interpreta e explica quem Deus é e o que ele faz (14.0-10).

 

João 17.14-17

14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

- Dei-lhes a tua palavra – ou a tua doutrina. Nesse sentido, a palavra é frequentemente usada por João. E o mundo os odiou – Os governantes judeus, etc., os odiaram. – Por quê? Porque eles receberam a doutrina de Deus, a ciência da salvação, e a ensinaram a outros. Eles sabiam que Jesus era o Messias e, como tal, o proclamavam: nosso Senhor fala profeticamente do que estava prestes a acontecer. Quão terrível é a perversão da natureza humana! Os homens desprezam aquilo que devem estimar e esforçam-se por destruir aquilo sem o qual devem ser destruídos. Comentário de Adam Clarke mundo. Kosmos = sistema mundial. João 18.36; João 7.7 (Ver Scofield “ Apocalipse 13.8“) Comentário de Scofield

15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

- os guardes do mal. A referência aqui é à proteção contra Satanás e todas as forças que o seguem (Mt 6.13; 1Jo 2.13-14; 3.12; 5.18-19). Embora o sacrifício de Jesus na cruz fosse a derrota de Satanás, ele ainda está solto e orquestrando o sistema perverso contra os crentes. Ele procura destruir os crentes (IPe 5.8), como tentou com Jó e Pedro (Lc 22.31-32) e em geral (Ef 6.12), mas Deus é o poderoso protetor deles (12.31; 16.11; cf. SI 27.1-3; 2Co4.4: Jd 24-25).

16 Não são do mundo, como eu do mundo não sou.

- não são do mundo. Para que o Pai celestial esteja mais favorável a ajudá-los, ele novamente diz que o mundo inteiro os odeia e, ao mesmo tempo, afirma que esse ódio não surge de nenhuma culpa deles, mas porque o mundo odeia Deus e Cristo. Comentário de John Calvin

17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

- Santifica-os. Esse verbo ocorre também nesse Evangelho no v. 19 e em 10.36. A ideia de santificação é separar alguma coisa para uso particular. De acordo com isso, os crentes são postos à parte para Deus e seus propósitos, de modo que fazem somente o que Deus quer e odeiam tudo o que Deus odeia (Lv 11.44-45; 1 Pe 1.16). A santificação é realizada por meio da verdade, que é a revelação que o Filho proporcionou de tudo que o Pai lhe ordenou comunicar, e agora está contida nas Escrituras deixadas pelos apóstolos (Cf. Ef 5.26; 2Ts 2.13; Tg 1.21; 1 Pe 1.22-23).

 

- OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

- Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

 

 

INTRODUÇÃO

A fé cristã está presente em praticamente todas as partes do planeta. Sua mensagem tem transformado milhões de vidas nos últimos vinte séculos, e seus ensinos, mudado pessoas de diferentes culturas. Mas o que faz dela uma fé diferente? Quais são os aspectos que a distinguem no tocante à aceitação ou rejeição por parte das pessoas que ouvem o Evangelho de Jesus Cristo? Por que a sua mensagem permanece relevante e necessária para os nossos dias? Neste trimestre, vamos tratar sobre os temas centrais da fé cristã e de que forma podemos vivenciá-los.

- O pensamento ocidental se nutre de raízes diversas: Grécia e Roma, Israel e o Cristianismo, a herança alemã e a árabe. Somente na Idade Média se associam esses diversos elementos, que se cristalizam em uma só cultura européia – a qual logo seria também americana e também difundida nas terras conquistadas das Américas, África e Ásia. O pensamento moderno e contemporâneo não substituiu essa unidade cultural medieval, que perdura em nossa história da mesma forma como a personalidade de um homem se manifesta ao longo de sua biografia. O cristianismo desempenhou um importante papel na extinção de práticas como o sacrifício humano, a escravidão, o infanticídio e a poligamia. Apesar das perseguições empreendidas pelos inimigos da cruz, e em nossos dias especialmente, permanece a influência judaico-cristã orientando o pensamento moderno. Jesus Cristo – Seu nascimento, vida, morte e ressurreição – teve uma profunda influência na vida humana. Através do Seu exemplo, a civilização ocidental alcançou um nível mais alto do qual a humanidade, sem saber, se beneficia até hoje.

 

I. A ORIGEM DA FÉ CRISTÃ

 

1. O Cristianismo e sua origem. Partindo de uma perspectiva histórica e bíblica, a fé cristã se origina com a primeira vinda do Senhor Jesus Cristo a este mundo, a fim de comunicar o seu Evangelho e cumprir as profecias acerca de sua chegada para salvar os pecadores (Jo 3.16). Tudo começou em Israel, onde Jesus trouxe seu Evangelho por meio de ensinos acompanhados de milagres, curas, ressurreição de mortos e de perdão aos que se arrependiam de seus pecados. Portanto, no âmbito geográfico, o Cristianismo se originou em Israel, pois foi lá que Jesus Cristo nasceu, cresceu, foi batizado, iniciou e concluiu o seu ministério, morreu, ressuscitou e foi recebido nos Céus, segundo as Escrituras (1 Co 15.3-8). Jesus treinou, em seu ministério terreno, discípulos que, após a vinda do Espírito Santo, foram se espalhando pelo então Império Romano, de tal forma que a fé cristã foi crescendo e alcançando o mundo então conhecido. A expressão “Cristianismo” vem de um nome dado aos seguidores de Jesus que estavam em Antioquia: “Cristãos” (At 11.26). Antes, eles eram chamados de seguidores do Caminho, uma alusão à fala de Jesus, em que Ele disse que era o “caminho” para se chegar a Deus (Jo 14.6).

- Com base nas evidências históricas, estou plenamente convencido de que se Jesus Cristo nunca tivesse andado nas estradas empoeiradas da antiga Palestina, sofrido, morrido e ressuscitado dos mortos, e nunca tivesse reunido em volta dele um pequeno grupo de discípulos que se espalharam pelo mundo pagão, o Ocidente não teria atingido seu alto nível de civilização, dando-lhe os muitos benefícios humanos que desfruta hoje. O poder de Cristo para transformar os indivíduos não terminou com os discípulos. Por meio de Sua presença e/ou de seus discípulos, muitos outros foram transformados e, por sua vez, deixaram suas marcas na história. Fortalecidos pelos exemplos de Estêvão, Tiago e Saulo (Paulo), centenas e depois milhares de cristãos sofreram severa perseguição, que muitas vezes os levou à execução, ao longo dos primeiros trezentos anos após a morte de Jesus. Nas mãos de imperadores romanos como Nero (54-68 d.C.), Domiciano (81-96 d.C.), Antônio Pio (138-61 d.C.), Marco Aurélio (161-80 d.C.), Valeriano (253-60 d.C.) e outros, muitos cristãos foram perseguidos, torturados e mortos. Robin Lane Fox observou que, durante esse período, os cristãos “não eram conhecidos por atacarem seus inimigos pagãos; eles não derramam sangue inocente, exceto os seus próprios”. Os primeiros cristãos não se propuseram a mudar o mundo. O mundo é que foi afetado como um subproduto de suas vidas transformadas. Eles rejeitaram os deuses pagãos e recusaram o estilo de vida imoral dos greco-romanos. Eles sabiam que Jesus não fez promessas de uma vida fácil e sem dor. Pelo contrário, ele previu que eles seriam odiados e desprezados por sua crença nEle. Os crentes continuam a ser transformados na era pós-neotestamentária; por exemplo, John Hus, Martinho Lutero, Johann Sebastian Bach, Willian Wilberforce, David Livingstone, Dietrich Bonhoeffer e C. S. Lewis. Esses indivíduos tornaram o mundo um lugar mais humano e civilizado porque, como muitos cristãos antes deles, viveram suas vidas de acordo com as palavras de Jesus Cristo: “Que a tua luz brilhe diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e louvem o teu Pai que está no céu” (Mateus 5:16). https://logosapologetica.com/livro-como-o-cristianismo-mudou-o-mundo/

2. O Cristianismo e seu Livro. Uma fé tão sólida precisa estar pautada em uma revelação sobrenatural e divina. Mas essa revelação deve estar disponível de forma escrita, para que seja preservada a sua mensagem no decurso do tempo, além de lida, consultada e estudada. Esse livro é a Bíblia, e sua existência é um milagre. A Bíblia e sua mensagem têm sido um incômodo para aqueles que buscam desacreditar a fé em Deus, o sacrifício de Jesus e a presença do Santo Espírito conosco (Jo 17.14). Por isso, a fé cristã a valoriza acima de qualquer outro livro, tradição, pensamento humano ou qualquer prática que possa colocar em xeque a sua veracidade e inspiração, pois ela veio de Deus.

- Deus quis ensinar-nos a sua verdade salvadora através dos livros inspirados. A veracidade da Bíblia é também uma afirmação confessada constantemente pela Igreja desde as origens até aos nossos dias. Pertence, portanto, ao depósito da fé cristã, e explica-se como consequência necessária do fato da inspiração divina da Sagrada Escritura. Tal como a própria inspiração bíblica, a veracidade estende-se a todo o conteúdo da Bíblia que foi inspirado por Deus aos hagiógrafos tanto do Novo Testamento como do Antigo Testamento. Trata-se de uma verdade absoluta, dada com vista à salvação dos homens e proveniente do próprio Deus.

3. O Cristianismo e sua mensagem. O Cristianismo se baseia em algumas premissas bem simples e diretas. A primeira é que Deus existe e que criou todas as coisas (Gn 1.1). A segunda é que, ao criar o homem, o fez sem pecado, mas o homem esqueceu-se de Deus e pecou contra Ele, desobedecendo-o e atraindo para si a morte física e eterna. Contudo, o Cristianismo também ensina que Deus iniciou o processo de redenção da humanidade por meio do plano da salvação. Para que esse plano fosse executado com perfeição, Ele enviou o seu Filho, Jesus Cristo, para se oferecer como sacrifício pelos nossos pecados. E para que não houvesse dúvidas da intenção de Deus sobre a nossa salvação, Ele anunciou seu plano aos profetas hebreus, pois está escrito que Ele não faria coisa alguma sem antes ter revelado o que aconteceria aos seus profetas (Am 3.7). Estes, por revelação divina, passaram a mensagem adiante. A Palavra de Deus é a certeza de que as profecias se cumpriram em Jesus. Portanto, o Cristianismo não se baseia somente na perspectiva de que o homem é pecador e está afastado de Deus. Se fossem somente essas verdades a serem apresentadas, o Cristianismo seria uma fé sem esperança. Contudo, o mesmo Deus, que trouxe a revelação de que o homem é pecador, é o mesmo que proveu a salvação para a humanidade. A partir dessa breve perspectiva, é necessário tratar de um ponto muito necessário para que se possa entender o motivo de o Cristianismo ser aceito ou rejeitado pelas pessoas: a definição de certo e errado.

- O homem foi criado por Deus, formado do pó da terra e dotado de natureza espiritual, bem como de qualidades espirituais e morais que lhe conferiram o caráter de um ser perfeito, à imagem e semelhança de Deus. Entretanto, o homem não permaneceu no estado em que foi criado. Seduzido pela Serpente (Satanás), o homem se rebelou contra o seu Criador, desobedecendo à ordem expressamente dada por Deus, para que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, que estava no meio do jardim do Éden (Gn 2.15 - 17), caindo assim do seu estado de inocência e santidade (Gênesis 3:1 a 7). Esta transgressão, é teologicamente chamada de “pecado original”. A desobediência de nossos antepassados levou-os à morte física (a separação da alma e o corpo), morte espiritual (a separação ou quebra do relacionamento entre o homem e Deus), e ainda, no caso daqueles que morreram em pecado, a morte eterna (a separação definitiva e eterna do homem com Deus), que é o castigo eterno (Fogo eterno, lago de fogo, cf. Ap 20.15, Mt 25.41 e 46). As consequências do seu pecado atingiram toda a raça humana, contaminando-a e afastando-a de Deus. Desta forma, a contaminação do pecado atingiu cada ser humano, desde o seu nascimento, condenando a todos à morte: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). Assim, todo ser humano já nasce contaminado pelo pecado, como descreve o salmista Davi, ao confessar o seu próprio pecado: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo ao mundo para assumir a culpa pelo nosso pecado, receber o castigo em nosso lugar e conduzir-nos à Deus e à vida eterna: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus...” (1Pe 3.18a). O profeta Isaías assim profetizou sobre ele, cerca de 750 anos antes dele vir ao mundo: “...porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53.12). E o próprio Filho de Deus declara: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

- A parte hachurada de amarelo precisa de melhor explicação porque o Plano de salvação é eterno, não foi uma solução encontrada, um plano “B”, e o Filho não veio a fim de garantir ou executar com perfeição, mas porque esse foi o plano do Pai desde antes da criação do mundo, antes até mesmo do homem pecar, Deus fez um plano de salvação. A escolha de Deus foi feita desde toda a eternidade: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Ef 1.3-6).

 

II. A FÉ CRISTÃ E OS VALORES ABSOLUTOS

 

1. A ética, o certo e o errado. Sempre que agimos em alguma área da vida, tomando decisões que causarão impacto em nosso futuro, somos forçados a avaliar, com base nos resultados obtidos, se o que fizemos foi certo ou errado. Essas duas palavras são cruciais para que possamos compreender uma das mensagens do Cristianismo, pois o que fazemos aos olhos de Deus é classificado dessa forma. Com base na ética, uma das áreas de pesquisa da filosofia que estuda o comportamento humano, esse pode ser classificado como moral, imoral ou amoral, e todas essas classificações estão vinculadas à cultura e às crenças de cada um. Conforme ensina a filosofia, uma criança nasce amoral e, com o passar do tempo, terá seus comportamentos considerados morais ou imorais. Dessa forma, segundo esse conceito, à medida que uma criança vai crescendo, seu comportamento vai se moldando às orientações e ensinos familiares e à cultura adquirida na escola ou fora dela. Algumas religiões não procuram avaliar se os atos de uma pessoa são certos ou errados, bem como a consequência deles para a eternidade, o Cristianismo ensina que quando uma pessoa erra, praticando algo que Deus condena, tal ato é chamado de pecado, uma ofensa direta contra o Senhor, ainda que tal ato tenha sido praticado contra outra pessoa (Is 59.2).

- Ética - parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.

- Ética Cristã é o conjunto de princípios e valores morais baseados nos textos bíblicos. Tem por objetivo guiar os fiéis na busca pela santidade, isto é, da perfeição moral, o que só seria possível através da graça divina e do esforço humano.

- Keeling (2002) afirma que “a ética cristã no século 20 vai concentrar-se principalmente na questão da justiça social. O potencial radical do cristianismo foi atiçado pela percepção de que a transformação social não é apenas possível, mas também necessária se quisermos sobreviver dignamente no planeta terra”. Keeling, Michael. Fundamentos da ética cristã (São Paulo: Ed. Aste, 2002), p. 11. Mais do que uma simples lista de “faça” ou “não faça”, a Bíblia nos dá instruções detalhadas de como um Cristão deve viver. A Bíblia é tudo que precisamos para saber como viver a vida Cristã. No entanto, a Bíblia não se dirige diretamente a exatamente todas as situações que vamos ter que encarar em nossas vidas. Como então ela é suficiente? Em situações assim é que temos que aplicar a Ética Cristã. A ciência define a ética como: “um grupo de princípios morais, o estudo da moralidade”. Portanto, Ética Cristã pode ser definida como os princípios que são derivados da fé Cristã e pelos quais agimos. Enquanto a Palavra de Deus talvez não cobre cada situação que temos que encarar em nossas vidas, seus princípios nos dão os padrões pelos quais devemos agir nas situações onde não temos instruções explícitas. Por exemplo, a Bíblia não diz nada diretamente sobre o uso ilegal de drogas, no entanto, baseado nos princípios que aprendemos das Escrituras, podemos saber que é errado. A Bíblia nos diz que nosso corpo é o templo do Espírito Santo e que devemos usá-lo para honrar a Deus (1 Coríntios 6:19-20). Por saber o que o uso de drogas causa ao nosso corpo – o dano que causa a vários órgãos – sabemos que usar drogas iria destruir o templo do Espírito Santo. Com certeza isso não iria honrar a Deus. A Bíblia também nos diz que devemos seguir as autoridades que Deus tem estabelecido (Romanos 13:1). Dada a natureza ilegal das drogas, ao usá-las não estaríamos nos submetendo às autoridades, pelo contrário, estaríamos nos rebelando contra elas. Isso significa que se drogas ilegais se tornassem legais, então não teria problema? Não sem violar o primeiro princípio. Ao usar os princípios que achamos nas Escrituras, os Cristãos podem determinar seu caminho em qualquer situação. Em alguns casos, vai ser bem simples, tais como as regras para a vida Cristã que encontramos em Colossenses 3. Em outros casos, no entanto, temos que cavar mais fundo. A melhor forma de fazer isso é orar e estudar a Palavra de Deus. O Espírito Santo habita em cada Cristão, e parte do seu papel é nos ensinar como viver: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26). “E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis” (1 João 2:27). Então, ao meditarmos na Palavra de Deus e orarmos, o Espírito vai nos guiar e nos ensinar. Ele vai nos mostrar o princípio no qual precisamos nos apoiar para aquela situação. Enquanto é verdade que a Palavra de Deus não se refere diretamente a toda situação que teremos que encarar em nossas vidas, ela ainda é completamente suficiente para vivermos a vida Cristã. Na maioria das situações, podemos ver claramente o que a Bíblia diz e seguir o percurso apropriado baseado nisso. Nos casos onde as Escrituras não nos dão instruções explícitas, precisamos procurar por princípios bíblicos que se aplicam a tal situação. Novamente, na maioria dos casos isso vai ser fácil de fazer. A maioria dos princípios que os Cristãos seguem são suficientes para a maioria das situações. No raro caso onde não há uma passagem bíblica nem um princípio aparentemente claro, precisamos depender de Deus. Precisamos orar, meditar em Sua Palavra e abrir-nos ao Espírito Santo. O Espírito vai usar a Bíblia para nos ensinar e guiar ao princípio que precisamos honrar para que possamos andar e viver como um Cristão deve. https://www.gotquestions.org/Portugues/etica-Crista.html

2. A necessidade de um absoluto. Quando se tem duas opiniões contraditórias, é preciso que se veja qual é a certa. A Palavra de Deus é o balizador do Cristianismo, pois o que ela disser que é o certo, é o correto aos olhos de Deus, independente da cultura em que o leitor da Bíblia se encontre. Por mais que seja visto como exclusivista, o Cristianismo trata do certo e do errado porque, no final das contas, isso é bem mais do que classificar o comportamento de uma pessoa. Definir o que é certo e errado vai determinar nossas ações nesta vida e a recompensa delas na eternidade (Rm 3.23).

- Para o mundo, “o certo e o errado” é uma questão de ponto de vista. Mas, para quem crê na Palavra de Deus, existe o que é CERTO, e existe o que é ERRADO. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co 6.12). Aprendemos a distinguir entre o certo e o errado ao conhecer a Palavra. É a Bíblia, antes de tudo, que delineia o que é pecado e o que não é. O autor de Hebreus fala daqueles que são imaturos na sua fé, que só podem digerir o "leite" espiritual — os princípios mais básicos da Palavra de Deus (Hebreus 5:13). Os espiritualmente maduros estão em contraste com os "bebês" em Cristo: "... aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal" (Hebreus 5:14). Note que os sentidos espirituais de um cristão são fortalecidos "pela prática" da Palavra. A capacidade de discernir o certo do errado, de distinguir entre a doutrina de Cristo e a do homem, vem quando estudamos e aplicamos a Palavra de Deus.

3. Certo e errado. “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is 5.20). Na contramão do que o pensamento dos nossos dias tenta impor, de que não há um padrão de certo e errado no que tange ao comportamento humano, a Bíblia aponta que aos olhos de Deus há, sim, o certo e o errado, o sagrado e o profano, e tal orientação se baseia na natureza do próprio Deus. O certo é fazer a vontade do Senhor revelada na sua Palavra, e o errado é cometer pecado. Quando pecamos, nos colocamos contrários a Deus e sua lei, atraindo para nós mesmos o juízo divino.

- Isaías 5.20: “ao mal chamam bem e ao bem, mal”; a quarta maldição listada em Isaías condena a inversão dos valores da moral que estava dominando a nação. Eles confundiram totalmente todas as distinções morais. O pecado que é reprovado aqui é o de “perverter e confundir” as coisas, especialmente as distinções de moralidade e religião. Eles preferem doutrinas errôneas e falsas ao verdadeiro; eles preferem um mal a um curso de conduta correto. Os caldeus fazem isso: Ai dos que dizem aos ímpios, que são prósperos nesta era: Você é bom; e quem diz aos mansos: Vós sois ímpios. O profeta aqui se refere àqueles que adoram ídolos, mas evidentemente tem uma referência mais geral àqueles que confundem todas as distinções de certo e errado, e que preferem o errado. A condição mais corrupta de uma igreja e estado é aqui descrita, na qual homens acostumados a vícios começam, com as próprias coisas, a perder também os nomes verdadeiros deles e a atrair um véu, por assim dizer, por suas impiedades, por santificando seus crimes com o nome de virtudes.

 

III. A MENSAGEM DO CRISTIANISMO PARA OS NOSSOS DIAS

 

1. O Cristianismo tem uma mensagem de esperança. Disse certo pensador que, quando acontece uma desgraça no mundo, as pessoas tendem a perguntar onde estava Deus naquele momento. Mais do que dizer onde Ele está, a resposta mais acertada é mostrar que apesar das coisas ruins que acontecem no mundo em que vivemos, como guerras, pestes, terremotos e fome, a Palavra de Deus nos aponta que aqueles que creem em Jesus têm uma esperança que vai além do pensamento humano. Enquanto as pessoas se prendem ao presente, buscando achar o Senhor do seu próprio modo, o Todo-Poderoso estipulou que o caminho para se chegar até Ele é por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6). Numa era onde as pessoas tendem a ser refratárias a más notícias, a Bíblia Sagrada não se furta ao ato de comunicar ao homem a sua real situação: que ele é pecador, que precisa se arrepender de seus pecados, e que apesar dessa situação, Deus proveu a salvação de que o ser humano necessita.

- Os cristãos são chamados a espalharem a boa-nova da salvação, a serem sal e luz do mundo. A amarem o próximo, orarem pelos inimigos, a serem exemplo de serviço e fraternidade, a resplandecerem num mundo mergulhado em trevas para que, assim, Deus seja glorificado. Eles são portadores de uma mensagem de esperança e aqueles que tiveram contato com a Água Viva que mata a sede da alma e desperta o cansado e perdido para uma nova perspectiva: a da vida eterna na presença de Deus. De fato, cada cristão tem a missão de espalhar a graça para um mundo sedento. O mundo precisa saber que há um Criador e um Sustentador de todas as coisas! Deus não é como um relojoeiro que fez o relógio, deu corda, e se foi para longe. Não! Ele ainda tem as rédeas da história em Suas mãos! Ainda que coisas ruins aconteçam, Deus controla todos os eventos. Paulo escreve em Colossenses 1.17: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. Ele está no controle!

2. A salvação de Deus é para todos. Da mesma forma que o pecado entrou no mundo por um homem, Deus também proveu a salvação para todos por meio também de um homem: Jesus (Rm 5.18,19). Essa provisão de Deus não pode ser adquirida por meio de nenhuma obra que o ser humano faça pois, por causa do pecado, todas as nossas obras se tornaram ineficazes para que nos acheguemos a Deus. Mas Ele, por meio de um ato de graça, nos concede a salvação por meio de seu Filho, e essa salvação é tão grande que é oferecida a todos, de forma indistinta. Em sua Palavra, Deus destaca que a sua graça se manifestou a todos os homens (Tt 2.11). A salvação é, portanto, ofertada a toda a humanidade.

- Quando Romanos 5.18 diz: “graça sobre todos os homens”, isso não pode: ser entendido como significando que todos os homens serão salvos. A salvação é somente para aqueles que exercitarem a fé em Jesus Cristo (Rm 1.16-17; 3.22,28; 4.5,13). Em inúmeras oportunidades Jesus de Nazaré declara que o objetivo central de seu ministério era levar pecadores ao arrependimento (Mt 9.13; Mc 2.17: Lc 15.7,10). É evidente que houve casos em que, apesar do chamado de Cristo, pecadores não se renderam (Jo 6.66). Não existe arrependimento automático, irreflexivo. A obra da salvação é divina, mas o pecado humano pode conduzir pessoas a estágios de desobediência tão grande que os levarão ao inferno (1 Pe 4.17,18: 2 Tm 3.2-5).

3. O rei está voltando. A mensagem final do Cristianismo se baseia numa perspectiva do Reino proposta por Deus. Vivemos em uma sociedade democrática, onde todas as pessoas podem ser representadas por pessoas escolhidas pelo voto direto. Mas, na perspectiva da eternidade, Deus estabeleceu o modelo monárquico, onde o Senhor Jesus Cristo reinará para todo o sempre. Diferente de reis apontados na história, que se corrompiam e deixavam de praticar a justiça, prejudicando a si e aos seus governados, promovendo guerras, o Reino de Deus será justo, pois sua base será a justiça divina. Não será um reino voltado para a satisfação pessoal, pois “não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). O Cristianismo deixa claro que, um dia, o Rei dos reis estará de volta trazendo justiça e governando com equidade.

- mas sim justiça, paz, e alegria no Espírito Santo – uma divisão bonita e abrangente do cristianismo vivido. A primeira – “justiça” – diz respeito a Deus, denotando aqui “retidão”, em seu sentido mais amplo (como em Mateus 6:33); a segunda – “paz” – diz respeito ao nosso próximo, denotando “concordância” entre irmãos (como é evidente em Romanos 14:19; compare Efésios 4:3; Colossenses 3:14-15); a terceira – “alegria no Espírito Santo” – diz respeito a nós mesmos. A expressão “alegria no Espírito Santo” representa que os cristãos, ao serem influenciados pelo Espírito Santo, sentem e pensam de tal maneira que sua alegria é vista mais como alegria do próprio Espírito do que deles próprios (compare com 1 Tessalonicenses 1:6). [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]. A esfera da salvação onde Deus governa no coração daqueles que ele salvou (At 1.3; ICo 6.9). comida e bebida aqui são observações exteriores e não essenciais, enquanto que justiça se refere ao modo de viver santo e em obediência (cf. Ef 6.14; Fp 1.11). Paz é a agradável tranquilidade produzida pelo Espírito que deve caracterizar os relacionamentos dos cristãos com Deus e com os outros (Cl 5.22), e a alegria no Espírito Santo, outra parte do fruto do Espírito, este descreve uma atitude contínua de louvor e agradecimento independentemente das circunstâncias, a qual flui da confiança da pessoa na soberania de Deus (Cl 5.22; ITs 1.6). O conceito do Reino de Deus pode ser trabalhado tanto de forma mais ampla quanto mais restrita; tanto em seu significado mais geral quanto mais específico. Como foi dito, seu significado geral fala do reinado eterno e soberano de Deus sobre tudo. Do começo ao fim a Bíblia mostra Deus como o rei supremo que governa todas as coisas (cf. Salmos 103:19; 113:5; Daniel 4:34,35; Mateus 5:34; Efésios 1:20; Colossenses 1:16; Hebreus 12:2; Apocalipse 7:15; etc.). Já o Reino de Deus em seu significado mais restrito fala de tudo o que envolve a ação soberana de Deus na redenção de seu povo. Por isso inclui-se no conceito de “Reino de Deus” a obra de Cristo, a realidade presente da Igreja e as bênçãos da salvação, e a consumação de todas as promessas na bem-aventurança eterna no universo redimido. Nesse sentido é impossível dissociar a ideia de salvação do conceito de Reino de Deus. A entrada no Reino de Deus expressa justamente a realidade de ser redimido por Cristo e habitado pelo Espírito Santo. Então ninguém pode entrar no Reino de Deus por seus próprios méritos. Os discípulos entenderam a intima conexão entre salvação e Reino de Deus. Quando Jesus disse que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, eles logo questionaram: “Então, quem pode ser salvo?” (Marcos 10:25,26). https://estiloadoracao.com/reino-de-deus/.

 

 

CONCLUSÃO

Diante do que foi visto, a fé cristã permanece sendo a que possui a mensagem necessária para o homem moderno: Um Deus de amor, que envia o seu Filho para salvar todo aquele que nEle crê e que está disposto a perdoar os pecados que cometemos contra Ele.

- As contribuições feitas pelo cristianismo para a sociedade ocidental são imensuráveis. Nas palavras de Carsten Thiede e Matthew D’Ancona, “os evangelhos são os blocos de construção da nossa civilização. Sem eles, Giotto não pintaria seus afrescos na Capela da Arena em Pádua; Dante não teria escrito a Divina Comédia; Mozart não teria composto o seu Requiem; e Wren não teria construído a Catedral de São Paulo em Londres. A história e a mensagem desses quatro livros – juntamente com a tradição judaica do Antigo Testamento – permeiam não apenas as convenções morais do Ocidente, mas também nosso sistema de organização social, nomenclatura, arquitetura, literatura e educação, bem como os rituais de casamento e morte que moldam nossas vidas (…) seja de cristãos ou não-cristãos”.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

 

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HORA DA REVISÃO

1. Partindo de uma perspectiva histórica e bíblica, qual é a origem da fé cristã?

A fé cristã se origina com a primeira vinda do Senhor Jesus Cristo a este mundo, a fim de comunicar o seu Evangelho e cumprir as profecias acerca de sua chegada para salvar os pecadores (Jo 3.16).

2. Qual é a origem da expressão “Cristianismo”?

A expressão “Cristianismo” vem de um nome dado aos seguidores de Jesus que estavam em Antioquia: “Cristãos” (At 11.26). Antes, eles eram chamados de seguidores do Caminho.

3. Qual é o Livro do Cristianismo?

A Bíblia é o livro dos cristãos.

4. O que a ética estuda?

A ética é uma das áreas de pesquisa da filosofia que estuda o comportamento humano, esse pode ser classificado como moral, imoral ou amoral, e todas essas classificações estão vinculadas à cultura e as crenças de cada povo.

5. A mensagem final do Cristianismo se baseia em qual perspectiva?

A mensagem final do Cristianismo se baseia numa perspectiva do Reino proposto por Deus.