TEXTO
PRINCIPAL
“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6)
Entenda o Texto Principal:
- impossível
agradar. Enoque agradou a Deus porque teve fé. Sem essa fé, uma pessoa
não pode andar com Deus ou agradar a ele (Hb 10.38). ele existe. A ênfase aqui
está no "ele", o verdadeiro Deus. A fé genuína não somente acredita
que existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o único Deus verdadeiro
e real que existe. Não crer que Deus existe equivale a chamá-lo de mentiroso (cf.
1 Jo 5.10). galardoador. Uma pessoa deve crer não somente que o verdadeiro
Deus existe, mas também que ele recompensará a fé que a pessoa deposita nele
com perdão e justiça, porque ele assim o prometeu (cf. 10.35; Gn 15.1; Dt 4.29;
ICr 28.9; SI 58.11; Is 40.10).
RESUMO DA
LIÇÃO
A Bíblia
Sagrada mostra a existência de Deus para o homem moderno.
Entenda o Resumo da Lição:
- A Bíblia fala de um Deus que se revela. O
conteúdo do Cristianismo é revelacional, advém do conhecimento e estudo que o
homem faz da revelação de Deus. O Deus apresentado nas Escrituras Sagradas não
tem prazer em se envolver num jogo de “esconde-esconde” com os seus filhos.
TEXTO
BÍBLICO
Salmos 19.1-4; Romanos 1.18-20
Salmos 19.1-4
1 Os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos.
- Por causa de suas duas partes distintas e
dos dois diferentes nomes usados para Deus, alguns estudiosos tentaram
argumentar que o Salmo 19 era, na verdade, duas composições, uma mais antiga e outra
mais recente. Todavia, a forma reduzida usada para o nome "Deus" (cf.
a forma ampliada em Gn 1.1) fala de seu poder, principalmente o poder exibido
como Criador, enquanto "Senhor" se aplica à ênfase relacionai.
Consequentemente, Davi descreveu o Senhor Deus como o autor do mundo e da
Palavra num único hino. Deus tem-se revelado à humanidade dessas duas maneiras.
A raça humana continua tendo de lhe prestar contas por causa dessas
comunicações verbal e não verbal. À luz dessas intenções, o Sl 19 recapitula de
modo eloquente as duas principais maneiras da autorrcvelação de Deus. O
testemunho do universo surge de modo consistente e claro, mas a humanidade
pecadora de modo persistente ainda resiste a ele. Por essa razão, a revelação
geral não tem a capacidade de converter pecadores, mas os tornam altamente
responsáveis diante de Deus (cf. Rm 1.18ss.). Em última análise, a salvação vem
somente por meio da revelação especial, ou seja, quando a Palavra de Deus é
efetivamente aplicada pelo Espírito de Deus. céus... firmamento. Ambos
são elementos importantes da criação em Gn 1 (cf. vs. 1,8). proclamam...
anuncia. Os dois verbos enfatizam a continuidade dessas respectivas revelações,
obras das suas mãos. Ilustração antropomórfica do grande poder de Deus.
2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma
noite mostra sabedoria a outra noite.
- discursa... Não há
linguagem. Não é urna contradição, mas demonstra que a constante comunicação
dos céus não acontece por meio de palavras literais.
3 Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas
vozes.
- Não há língua, nem palavras, onde não se
ouça a voz deles – Margem, Sem isso sua voz é ouvida. Hebraico, “sem que sua
voz fosse ouvida”. A ideia na margem, que é adotada pelo Prof. Alexander, é que
quando os céus expressam a majestade e glória de Deus, não é por palavras –
pelo uso de uma linguagem como a que é empregada entre os homens. Ou seja, há
um testemunho silencioso, mas real, do poder e da glória de seu grande Autor. A
mesma ideia é adotada substancialmente por DeWette. Então Rosenmuller traduz,
“Não há nenhuma fala para eles, e nenhuma palavra, nem sua voz é ouvida.” Por
mais altas que sejam essas autoridades, ainda assim me parece que a ideia
transmitida por nossa versão comum é provavelmente a correta. Essa é a ideia na
Septuaginta e na Vulgata Latina. De acordo com esta interpretação, o
significado é, ” Não há nação, não há homens, qualquer que seja a sua língua, a
quem os céus não falem, declarando a grandeza e a glória de Deus. A língua que
falam é universal; e por mais várias línguas faladas pelos homens, por mais
impossível que seja para eles se entenderem, ainda assim todos podem entender a
linguagem dos céus, proclamando as perfeições do Grande Criador. Essa é uma
linguagem universal que não precisa ser expressa nas formas da fala humana, mas
que transmite grandes verdades igualmente para toda a humanidade. ” ainda
assim, todos podem entender a linguagem dos céus, proclamando as perfeições do
Grande Criador. Essa é uma linguagem universal que não precisa ser expressa nas
formas da fala humana, mas que transmite grandes verdades igualmente para toda
a humanidade. ” ainda assim, todos podem entender a linguagem dos céus,
proclamando as perfeições do Grande Criador. Essa é uma linguagem universal que
não precisa ser expressa nas formas da fala humana, mas que transmite grandes
verdades igualmente para toda a humanidade. ” Que a passagem não pode
significar que não há fala, que não há palavras, ou que não há linguagem nas
lições transmitidas pelos céus, parece-me ficar claro pelo fato de que, da
mesma forma no versículo anterior, Salmo 19:2 , e no versículo seguinte, Salmo
19:4 , o salmista diz que eles usam a fala ou a linguagem:”Dia a dia fala a
língua;” “suas palavras até o fim do mundo.” A frase “sua voz” refere-se aos
céus Salmos 19:1. Eles emitem uma voz clara e distinta para a humanidade; isto
é, eles transmitem às pessoas noções verdadeiras e justas da grandeza do
Criador. O significado, então, parece-me, é que as mesmas grandes lições sobre
Deus são transmitidas pelos céus, em sua glória e suas revoluções, a todas as
nações; que essas lições são transmitidas a eles dia após dia e noite após
noite; que, por maiores que sejam as diversidades de fala entre os homens, elas
transmitem lições em uma linguagem universal compreendida por toda a
humanidade; e que assim Deus está se fazendo constantemente conhecido por todos
os habitantes da terra. Todas as pessoas podem entender a linguagem dos céus,
embora possam não ser capazes de entender a linguagem umas das outras. Da
verdade disso ninguém pode duvidar; e sua beleza é igual à sua verdade.
[Barnes, aguardando revisão]
4 Em
toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs
uma tenda para o sol.
- A mensagem do mundo criado se estende por
toda parte. Nem o sol nem os céus são deificados, como ocorria em muitas
religiões pagãs. Na Bíblia, Deus é o criador e governante de toda a criação.
Romanos 1.18-20
18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus
sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.
- A palavra traduzida “ira” denota
corretamente aquele fervoroso apetite ou desejo pelo qual buscamos algo, ou um
intenso esforço para obtê-lo. E é particularmente aplicado ao desejo que um
homem tem de se vingar de quem está ferido e de quem está enfurecido. É,
portanto, sinônimo de vingança. Efésios 4.31, “toda amargura, e ira, etc .; Colossenses 3.8 , “ira, ira, malícia”, etc.; 1 Timóteo 2.8
; Tiago 1.19 . Mas também é frequentemente aplicado a Deus; e é claro que,
quando pensamos na palavra como aplicável a ela, ela deve ser despojada de
tudo, como paixão humana, e especialmente da paixão de vingança. Como ele não
pode ser ferido pelos pecados das pessoas Jó 25.6, ele não tem motivo para
vingança propriamente dita, e é uma das regras mais óbvias de interpretação que
não devemos aplicar a paixões e sentimentos de Deus que, entre nós, temos sua
origem no mal.
19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se
manifesta, porque Deus lho manifestou.
- O apóstolo passa a mostrar como foi que os
pagãos impediram a verdade por sua iniquidade. Isso ele mostra mostrando que a
verdade pode ser conhecida pelas obras da criação; e que nada além da
iniquidade deles a impedia. O que pode ser conhecido por Deus –
O que é “conhecível” a respeito de Deus. A expressão implica que pode haver
muitas coisas concernentes a Deus que não podem ser conhecidas. Mas há também
muitas coisas que podem ser verificadas. Essa é a sua existência, e muitos de
seus atributos, seu poder, sabedoria e justiça, etc. O objetivo do apóstolo não
era dizer que tudo que pertencesse a Deus poderia ser conhecido por eles, ou
que eles poderiam ter tão claro uma visão dele como se eles tivessem uma
revelação. Devemos interpretar a expressão de acordo com o objeto que ele tinha
em vista. Isso era para mostrar que Deus podia saber tanto a ponto de provar
que eles não tinham desculpa para seus crimes; ou que Deus estaria apenas
punindo-os por suas ações. Para isso, era necessário apenas que sua existência
e sua justiça, ou sua determinação em punir o pecado, fossem conhecidas; e
isso, afirma o apóstolo, era conhecido entre eles e fora da criação do mundo.
Essa expressão. Portanto, não deve ser pressionado como implicando que eles
sabiam tudo o que podia ser conhecido sobre Deus, ou que sabiam tanto quanto
aqueles que tinham uma revelação; mas eles sabiam o suficiente para provar que
não tinham desculpa para seus pecados. É manifesto – é conhecido; é
entendido. Neles – “Entre” eles. Portanto, a preposição “in” é
frequentemente usada. Isso significa que eles tinham esse conhecimento; ou
tinha sido comunicado a eles. A grande massa do mundo pagão era de fato
ignorante do Deus verdadeiro; mas seus líderes ou filósofos tinham esse
conhecimento; veja a nota em Romanos 1.21. Mas isso não era verdade para a
massa, ou o corpo do povo. Ainda assim, era verdade que esse conhecimento
estava na posse do homem ou estava “entre” o mundo pagã0o, e teria se
espalhado, se não fosse pelo amor ao pecado. Deus mostrou a eles – Compare João
1.9. Ele os dera razão e consciência Romanos 2.14-15; ele os tornara capazes de
ver e investigar suas obras; ele espalhou diante deles as provas de sua
sabedoria, bondade e poder, e assim lhes deu os meios de aprender suas
perfeições e vontade.
20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a
criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e
claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis.
- A expressão “suas coisas invisíveis”
refere-se às coisas que não podem ser percebidas pelos sentidos. Não implica
que haja coisas pertencentes ao caráter divino que possam ser vistas pelos
olhos; mas que há coisas que podem ser conhecidas dele, embora não sejam
descobertas a olho nu. Julgamos os objetos ao nosso redor pelos sentidos, pela
visão, pelo toque, pelo ouvido etc. Paulo afirma que, embora não possamos
julgar assim a Deus, ainda há uma maneira pela qual podemos chegar a
conhecê-lo. O que ele quer dizer com as coisas invisíveis de Deus, ele
especifica no final do versículo, “seu poder eterno e divindade”. A afirmação
se estende apenas a isso; e o argumento implica que isso foi suficiente para
deixá-los sem desculpa para seus pecados. Desde a criação do mundo – A palavra
“criação” pode significar o “ato” de criar, ou mais comumente significa “a
coisa criada”, o mundo, o universo. Nesse sentido, é comumente usado no Novo
Testamento; compare Marcos 10.6 ; Marcos 13.19 ; Marcos 16.5 ; Romanos 1.25 ; 2
Coríntios 5.17 ; Gálatas 6.15 ; Colossenses 1.15 , Colossenses 1.23 ; Hebreus 4.13
; Hebreus 9.11 ; 1 Pedro 2.13 ; 2 Pedro 3.4 ; Apocalipse 3.14 . A palavra “de”
pode significar “desde”, ou pode denotar “por meio de”. E a expressão aqui pode
denotar que, como um fato histórico, Deus “tem sido” “conhecido” desde o ato da
criação; ou pode denotar que ele é conhecido “por meio” do universo material
que ele formou. Este último é sem dúvida o verdadeiro significado. Para,
(1) Este é o significado comum da palavra “criação”; e,
(2) Isso está de acordo com o desenho do argumento. Não é
para declarar um fato histórico, mas para mostrar que eles tinham os meios de
conhecer seus deveres ao seu alcance e não tinham desculpa. Esses meios estavam
na sabedoria, poder e glória do universo, pelos quais estavam cercados. São
claramente vistos – São manifestos; ou pode ser percebido. A palavra usada aqui
não ocorre em nenhum outro lugar do Novo Testamento. Sendo entendido – Suas
perfeições podem ser investigadas e compreendidas por meio de suas obras. São
as evidências submetidas ao nosso intelecto, pelas quais podemos chegar ao
verdadeiro conhecimento de Deus. Coisas que são feitas – Por suas
obras; compare Hebreus 11.3. Isso significa, não pelo “ato” original da
criação, mas pelas operações contínuas de Deus em sua Providência, por seus
atos, pelo que ele está continuamente produzindo e realizando nas demonstrações
de seu poder e bondade nos céus e nos céus. terra. O que eles eram
capazes de entender, acrescenta imediatamente, e mostra que não pretendia
afirmar que tudo poderia ser conhecido por Deus por suas obras; mas tanto
quanto para libertá-los da desculpa de seus pecados. Seu poder eterno – Aqui
estão duas coisas implícitas.
(1) que o universo contém uma exibição de seu poder, ou
uma exibição desse atributo que chamamos de “onipotência”; e,
(2) Que esse poder existe desde a eternidade e, é claro,
implica uma existência eterna em Deus. Isso não significa que esse poder tenha
sido exercido ou produzido desde a eternidade, pois a própria ideia de criação
supõe que não existia, mas que há provas, nas obras da criação, de poder que
deve ter existido desde a eternidade, ou pertenceram a um ser eterno. A prova
disso era clara, até para os pagãos, com suas visões imperfeitas da criação e
da astronomia; compare o Salmo 19: 1-14 . A majestade e a grandeza dos céus
chamavam a atenção e demonstravam plenamente que eram obra de um Deus
infinitamente grande e glorioso. Mas para nós, sob o fogo da ciência moderna,
com nosso conhecimento da magnitude, distâncias e revoluções dos corpos
celestes, a prova desse poder é muito mais grandiosa e impressionante. Podemos
aplicar a observação do apóstolo ao estado atual da ciência, e sua linguagem
cobrirá todo o terreno, e a prova da visão humana está continuamente subindo do
incrível poder de Deus, a cada nova descoberta na ciência, e especialmente em
astronomia. Aqueles que desejam ver esse objeto apresentado de uma maneira
impressionante, podem encontrá-lo nos Discursos Astronômicos de Chalmer e no
Filósofo Cristão de Dick. Igualmente clara é a prova de que esse poder deve ter
sido eterno. Se nem sempre existisse, de maneira alguma poderia ter sido
produzido. Mas não se deve supor que sempre foi exercido, assim como Deus agora
coloca todo o poder que ele pode, ou que constantemente colocamos todo o poder
que possuímos. O poder de Deus foi chamado à criação. Ele mostrou sua
onipotência; e deu, por aquele grande ato, demonstração eterna de que ele era
todo-poderoso; e podemos examinar a prova disso, tão claramente como se
tivéssemos visto a operação de sua mão ali. A prova não é enfraquecida porque
não vemos o processo de criação constantemente acontecendo. É um tanto
aumentada pelo fato de que ele sustenta todas as coisas e controla
continuamente as vastas massas de matéria nos mundos materiais. Divindade – Sua
divindade; divindade; natureza divina, ou essência. A palavra não é usada em
outras partes do Novo Testamento. Seu significado não pode, portanto, ser
fixado por nenhuma passagem paralela. Isso prova a verdade que a supremacia, ou
suprema divindade de Deus, foi exibida nas obras da criação, ou que ele foi
exaltado acima de todas as criaturas e coisas. Não seria apropriado, no
entanto, pressionar esta palavra como implicando que tudo o que sabemos de Deus
por revelação era conhecido pelos pagãos; mas isso era conhecido por mostrar
sua supremacia; seu direito à homenagem; e, é claro, a loucura e maldade da
idolatria. Isso é tudo o que o argumento do apóstolo exige e, é claro, nesse
princípio a expressão deve ser interpretada. Para que eles não tenham desculpa
– Deus lhes deu uma evidência tão clara de sua existência e reivindicações, que
eles não têm desculpa para sua idolatria e para impedir a verdade por sua iniquidade.
Está implícito aqui que, para que as pessoas sejam responsáveis, elas devem ter
os meios de conhecimento; e que ele não os julga quando sua ignorância é
involuntária, e os meios de conhecer a verdade não foram comunicados. Mas onde
as pessoas têm esses meios ao seu alcance e não se valem delas, toda desculpa é
retirada. Este foi o caso do mundo gentio. Eles tinham os meios de conhecer
tanto a Deus, a ponto de mostrar a loucura de adorar ídolos idiotas; compare
Isaías 44: 8-10 . Eles também tinham tradições respeitando suas perfeições; e
eles não podiam implorar por seus crimes e loucuras que não tinham meios de
conhecê-lo. Se isso era verdade no mundo pagão, então, quanto mais é verdade no
mundo agora? E, especialmente, quão verdadeiro e medroso é isso, respeitando a
grande multidão nas terras cristãs que têm a Bíblia e que nunca a leram; que
estão ao alcance do santuário e nunca entram nele; que são advertidos por
amigos e pelas providências de Deus, e que não o consideram; e que olham para
os céus, e ainda assim não vêem nenhuma prova do poder eterno e de Deus daquele
que os criou todos! Não, existem aqueles que são conhecedores das descobertas
da astronomia moderna e que ainda não parecem refletir que todas essas glórias
são uma prova da existência de um Deus eterno; e que vivem na ignorância da
religião tanto quanto os pagãos, e em crimes tão decididos e malignos quanto
desonraram as eras mais sombrias do mundo. Para tal, não há desculpa ou sombra
de desculpa a ser oferecida no dia da destruição. E não há fato mais
melancólico em nossa história, e nada que comprove a estupidez das pessoas,
além desse triste esquecimento Dele que fez os céus, mesmo em meio a todas as
maravilhas e glórias que vieram frescas da mão de Deus, e que em toda parte
falam seus elogios.
- OBS.: Todos os comentários,
exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de
Janeiro de 2017)
- Caso deseje, poderá baixar o
MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.
INTRODUÇÃO
A existência
de um único Deus em três pessoas é um dos pilares do Cristianismo. A partir
dessa premissa, tudo o que veremos na sequência depende do entendimento de que
Deus existe, que criou todas as coisas e se revelou a nós pela sua vontade. É o
Senhor que dá origem à vida, organiza o mundo e tudo o que nele há. Ele também
é o responsável pela criação do homem e da mulher, se revela de forma
específica e nos apresenta em sua Palavra o plano da Salvação. Estudaremos
nesta lição acerca desse Deus e de sua revelação.
- As Escrituras, a revelação divina, não se
perde em especulações. Isso por dois motivos óbvios: Deus como Senhor de todo o
conhecimento e verdade, de nada carece saber. Todo o saber lhe pertence; nada
lhe é derivado. O segundo motivo é que Ele não deseja que o seu povo se perca
em especulações de assuntos não revelados, que são de sua exclusiva autoridade.
Guiar-se por especulações significa desejar ir além do que Deus revelou e, ao
mesmo tempo, perder-se em hipóteses e teorias frívolas já que pretendem
“decifrar” o que Deus sábia e soberanamente não nos quis dar a conhecer. Nossas
especulações não podem servir de medida para nosso Deus. A Bíblia é um livro
descritivo e extremamente prático. Ela não discute, por exemplo, sobre a
existência de Deus ou faz abstrações de sua natureza e essência, antes, parte
do pressuposto da existência do Deus Todo-Poderoso que se revela criando com
determinação, sabedoria e poder todas as coisas. Portanto, mais do que uma
teoria ou imaginação falaciosa, as Escrituras nos põem em contato com o Deus
vivo, Triúno e pessoal, que age e fala. É o Deus que se relaciona e cuida de
seu povo.
I. DEUS E
SUA EXISTÊNCIA
1. Deus
existe. A fé cristã se baseia na certeza da
existência de Deus. A Bíblia, em Gênesis 1.1, deixa claro não somente a
existência dEle, mas igualmente o seu poder e a sua iniciativa por meio do ato
da criação quando nem mesmo o tempo ainda era contado: “No princípio, criou
Deus os céus e a terra.” Tudo o que vemos teve um começo, e isso se deu pela
vontade divina. Nada no mundo surgiu do acaso, e para que não houvesse dúvidas
acerca dessa realidade, Deus se “descortinou” a todos por meio de um processo
inteligente, alcançável pelo entendimento humano, chamado revelação.
- Conquanto Deus exista eternamente (SI 90.2),
o "princípio" de Gênesis 1.1 marcou o começo do universo no tempo e
no espaço. Ao explicar a identidade de Israel e o propósito do povo nas planícies
de Moabe, Deus quis que o seu povo soubesse a respeito da origem do mundo no
qual eles se encontravam. Moisés não tentou defender a existência de Deus,
existência que ele pressupunha, ou explicar como Deus é com respeito à sua pessoa
e às suas obras. Essas questões são enfocadas em outro lugar (Is 43.10,13).
Ambas requerem aceitação pela fé (cf. Hb 11.3-4). Sugiro a leitura deste arigo:
DEUS EXISTE?
2. Uma
revelação geral. O Deus Criador mostrou sua existência
à humanidade por meio de sua criação, e essa revelação se baseia justamente na
certeza de que os atos criativos dEle, ou seja, a sua obra, manifesta na
natureza, têm a capacidade de, mesmo de forma limitada, mostrar que o homem e o
mundo tiveram uma origem, que não são frutos de um acidente cósmico ou
resultado de uma ação de forças impessoais. Apesar de a natureza comunicar
parcialmente os planos do Criador para o homem , tal comunicação se torna
limitada por força da ingerência do pecado na mente humana, impedindo que o
homem consiga enxergar a ação de Deus na Criação. É possível que o ser humano
decida negar intelectualmente a Deus e sua existência. Romanos 1.18 fala que do
céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que
detêm a verdade em injustiça.” Paulo deixa claro que há pessoas que,
deliberadamente, reconhecem a existência de Deus, mas preferem negá-la e
transformá-la em algo injusto. Esses homens são “indesculpáveis” por decidirem
usar seus intelectos para rejeitar o Criador e sua justiça (Rm 1.20). Não se
trata da aceitação de uma ideia filosófica ou de uma discussão acadêmica, pois
a rejeição ao reconhecimento da existência de Deus é o primeiro passo para a
prática da injustiça.
- “Os
céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”
(Sl 19.1). Deus é o inescapável dado que sustenta todas as coisas. A revelação
geral é o que Deus revelou sobre si através das obras que ele criou. É geral
porque alcança a todos os seres humanos vivos onde eles estiverem. É natural
porque vem a nós através da natureza. Revelação em teologia se refere às informações
que vêm de Deus para revelar a verdade sobre Ele mesmo ou sobre nós mesmos e o
mundo ao nosso redor. A revelação é então dividida em dois tipos: revelação
natural (ou revelação geral) e revelação especial. A revelação natural é a
verdade sobre Deus que pode ser discernida quando observamos o mundo ao nosso
redor e olhamos para dentro de nós mesmos. Embora nem todos tenham acesso à
revelação especial, a Bíblia deixa claro que as pessoas em todos os lugares têm
acesso à revelação natural e que são responsáveis por sua resposta a ela. A
revelação natural assume que a imagem de Deus e as faculdades mentais da lógica
ainda estão intactas o suficiente para que a humanidade caída receba e
compreenda algum conhecimento sobre Deus. A criação transmite, de modo claro e
inequívoco, a mensagem a respeito da pessoa de Deus (SI 19.1-8; 94.9; At
14.15-17: 17.23-28). Mas a Revelação Geral ou Natural não serve para salvar o
homem pecador, ela serve apenas para acusa-lo! Paulo afirma que o homem é capaz
de compreender que há Feus, no entanto o ignora e por essa razão, são...
indesculpáveis.
3. Uma
revelação específica. O homem comum, ainda que esteja sob
efeito do pecado, não está isento de reconhecer que há um Deus que opera todas
as coisas pela sua santa vontade e justiça. É possível ilustrar tal fato
observando o caso dos habitantes da ilha de Malta, para onde Paulo e os demais
prisioneiros náufragos foram levados por Deus. Para que se aquecessem do frio,
os nativos da ilha, chamados por Lucas de “bárbaros”, acenderam uma grande
fogueira para os náufragos por causa do frio e da chuva. Paulo recolhe alguns
galhos e é picado por uma cobra venenosa, motivo pelo qual os habitantes da
ilha concluem: “Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar,
a Justiça não o deixa viver” (At 28.4). Aqueles homens não conheciam o Deus revelado nas
Escrituras, mas sabiam que há uma justiça divina que não deixa escapar dos seus
atos aqueles que praticam o mal. Graças àquele evento, os habitantes da
ilha de Malta puderam ouvir o Evangelho, pois Paulo foi livre por Deus da
morte.
- Malta é uma
Ilha, 27 km de comprimento e 14,5 km de largura, cerca de 100 km ao sul da
Sicília. Nenhum dos marinheiros estivera anteriormente naquela baía (hoje
conhecida como Baía de São Paulo) onde naufragaram. Em Atos 28.6, Lucas nos diz
que os nativos pensaram ser ele um deus! Eram politeístas e naturalmente
atribuíram a Paulo algum papel divino de suas crenças, o fato de afirmarem não
é prova de que cressem em uma justiça divina. “Justiça” foi representada pelo
paganismo como uma deusa, filha de Júpiter, cujo cargo era vingar-se ou
infligir punição por crimes. Deus colocou sobre todos os homens a
responsabilidade por se recusarem a aceitar o que Deus havia mostrado a eles
sobre si mesmo por meio da criação. Mesmo aqueles que não tiveram a
oportunidade de ouvir a respeito do evangelho, receberam um testemunho claro da
existência e do caráter de Deus, mas a suprimiram. Se a pessoa responder a
revelação de que dispõe, mesmo sendo essa somente a natural, Deus providenciará
os meios para que essa pessoa ouça o evangelho (cf. At 8.24-39; 10.1-48;
17.27). O ser humano tem conhecimento da existência, do poder e da natureza
divina de Deus por meio da revelação geral, no entanto, não o glorificaram. A
finalidade principal do homem é glorificar a Deus (Lv 10.3; 1Cr 16.24-29; SI
148; Rm 15.5-6), e a Escritura, constantemente, exige isso (SI 29.1-2; ICo
10.31; Ap 4.11). Glorificá-lo é honrá-lo, reconhecer seus atributos e louvá-lo
pela sua perfeição (Êx 34.5-7). É reconhecer a sua glória e exalá-lo por isso.
Não glorificá-lo é a maior afronta do homem para com o seu Criador (At
12.22-23).
II. IDÉIAS
ACERCA DA PESSOA DE DEUS
1. Ateísmo. Na história da humanidade, é possível ver que há
uma divisão entre aqueles que creem que Deus existe e que criou todas as coisas
e os que não acreditam na sua existência e nem no seu poder. A estes que não
creem, denominamos de “ateus” — pessoas que discordam, em seus pensamentos e
ações, da existência de um Ser poderoso e supremo, que fez todas as coisas e
que intervém na história. Essa ideia de que não há Deus não é recente. O Salmos
53.1 mostra a seguinte verdade: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. A
negação acerca da existência do Eterno começa no íntimo do homem, de maneira
velada. A ideia da ausência divina é como uma semente que está em fase de
germinação. Depois, o fruto dessa negação intelectual alcança as ações da
pessoa, o que é demonstrado pelo salmista no mesmo versículo: “Têm -se
corrompido e têm cometido abominável iniquidade”
- Ateísmo é o ponto de vista de que Deus não
existe. O ateísmo não é uma novidade. O Salmo 14, escrito por Davi por volta de
1000 a.C., menciona o ateísmo: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”.
Estudos recentes mostram um número crescente de pessoas se tornando atéias, com
10% das pessoas do mundo inteiro declarando-se aderentes ao ateísmo. Então, por
que mais e mais indivíduos estão se tornando ateus? O ateísmo é realmente a
posição lógica que os ateus afirmam ser? Por que o ateísmo sequer existe? Por
que Deus simplesmente não se revela para as pessoas, provando que Ele existe?
Certamente, se Deus aparecesse, todos acreditariam Nele! O problema com esta
idéia é que não é a vontade de Deus convencer as pessoas de que Ele existe. A
vontade de Deus é que as pessoas acreditem Nele por fé (2 Pedro 3:9) e aceitem
o Seu dom da salvação (João 3:16). Sim, Deus poderia aparecer e demonstrar de uma
vez por todas que Ele existe. O problema é que Deus claramente demonstrou a sua
existência diversas vezes no Antigo Testamento (Gênesis capítulos 6-9; Êxodo
14:21-22; 1 Reis 18:19-31). As pessoas acreditaram que Deus existe? Sim! Elas
viraram as costas para os seus caminhos maus e passaram a obedecer a Deus? Não!
Se uma pessoa não está disposta a aceitar a existência de Deus por fé, então
ela definitivamente não está pronta para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador
por fé (Efésios 2:8-9). Esta é a vontade de Deus - que as pessoas se tornem
cristãs, não simplesmente teístas (aqueles que acreditam que Deus existe). A
Bíblia nos diz que a existência de Deus deve ser aceita por fé. Hebreus 11:6
declara: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna
galardoador dos que o buscam”. A Bíblia nos lembra de que nós somos abençoados
quando nós acreditamos e confiamos em Deus pela fé: “Disse-lhe Jesus: Porque me
viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29). O fato
de que a existência de Deus deve ser aceita por fé não significa que acreditar
em Deus seja algo ilógico. Existem diversos bons argumentos para a existência
de Deus. Por favor visite a nossa página “Deus existe?”. A Bíblia ensina que a
existência de Deus é claramente vista no universo (Salmos 19:4), na natureza
(Romanos 1:18-22) e nos nossos corações (Eclesiastes 3:11). Dito isso, mais uma
vez, a existência de Deus não pode ser provada, ela deve ser aceita por fé. Ao
mesmo tempo, deve-se ter a mesma fé para acreditar no ateísmo. Afirmar “Deus
não existe!” é afirmar que se tem o conhecimento de absolutamente tudo o que
pode ser conhecido – e de ter ido em todos os lugares possíveis do universo – e
de ter testemunhado tudo o que poderia ser visto. É claro, nenhum ateu faria
estas exatas afirmações. No entanto, isso é essencialmente o que eles estão
afirmando ao dizer que Deus não existe. Os ateus não podem provar, por exemplo,
que Deus não vive no centro do Sol ou debaixo das nuvens de Júpiter, ou em
alguma nebulosa distante. Isto não pode ser provado, então não pode ser provado
que Deus não existe. É necessário ter a mesma quantidade de fé para ser um ateu
quanto para ser um teísta. Então, estamos de volta ao mesmo ponto. O ateísmo
não pode ser provado e a existência de Deus deve ser aceita por fé. Eu acredito
fortemente que Deus existe. Eu prontamente admito que a minha crença na
existência de Deus é baseada em fé. Ao mesmo tempo, eu fortemente rejeito a
idéia de que a crença em Deus é ilógica. Eu acredito que a existência de Deus
pode ser claramente vista, distintamente sentida e ser provada filosófica e
cientificamente necessária. Mais uma vez, para mais informações visite a nossa
página “Deus existe?”. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento
anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela
conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se
ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as
suas palavras, até os confins do mundo” (Salmos 19:1-4). https://www.gotquestions.org/Portugues/ateismo.html.
2.
Panteísmo. O panteísmo é a ideia que mostra Deus
como sendo participante de sua obra criada. Para o panteísta, o Senhor é tudo,
e tudo é Ele. A Bíblia diz que Deus fez todas as coisas. Ela também diz que o
Criador se utiliza de sua criação para mostrar um pouco do seu poder: “Os céus
manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl
19.1). O salmista deixa claro que a criação e o seu Criador possuem uma
conexão, mas não se misturam, da mesma forma que uma pintura não é o pintor, e
sim uma obra deste. Diferente do ateu, o panteísta acredita que Deus se
misturou com a sua criação, e dessa forma, os elementos da natureza e do
universo são Deus também.
- O Panteísmo é a crença de que Deus é tudo
e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus. O Panteísmo é semelhante ao
Politeísmo (a crença em muitos deuses), mas vai além dele ao ensinar que tudo é
Deus. Uma árvore é Deus, uma rocha é Deus, um animal é Deus, o céu é Deus, o
sol é Deus, você é Deus, etc. O Panteísmo é a suposição por trás de muitas
seitas e religiões falsas (ex: Hinduísmo e Budismo, as várias seitas de unidade
e unificação, e os adoradores da mãe natureza). A Bíblia ensina o Panteísmo?
Não, não ensina. O que muitas pessoas confundem com Panteísmo é a doutrina da
onipresença de Deus. Salmos 139:7-8 declara: "Para onde me irei do teu
espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se
fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também." A onipresença
de Deus significa que Ele está presente em todo os lugares. Não há qualquer
lugar no universo onde Deus não esteja presente. Isso não é o mesmo que
Panteísmo. Deus está em todo canto, mas Ele não é tudo. Sim, Deus está
"presente" dentro de uma árvore ou de uma pessoa, mas isso não torna
aquela árvore ou pessoa Deus. O Panteísmo não é de qualquer forma uma crença
bíblica e é incompatível com fé em Jesus Cristo como Salvador (João 14:6; Atos
4:12). https://www.gotquestions.org/Portugues/panteismo.html.
3.
Deísmo. O deísmo se baseia na perspectiva de
que Deus criou todas as coisas, sendo Ele o Todo-Poderoso. Entretanto, esse
Deus limitou-se a criar o mundo e os homens, mas não interfere na história,
deixando, portanto, as criaturas viverem à sua própria sorte, de acordo com o
seu próprio entendimento. A partir dessa visão, os homens têm liberdade para
fazer o que desejarem, pois, para eles, Deus não intervirá na história nem nas
ações dessas pessoas. A intervenção divina, não existe para o deísmo, pois Deus
não se importa mais com a sua criação. Já bastaria ter criado o mundo e os
homens. É como se Deus fosse um pai ausente, que gerou um filho, mas deixa-o
viver com o desejar, com autonomia para tomar suas decisões sem se importar com
a eternidade,
- O deísmo é essencialmente a visão de que
Deus existe, mas não está diretamente envolvido no mundo. O deísmo retrata Deus
como o grande “relojoeiro” que criou o relógio, deu corda nele e o abandonou.
Um deísta acredita que Deus existe e criou o mundo, mas não interfere em Sua
criação. Os deístas negam a Trindade, a inspiração da Bíblia, a divindade de
Cristo, milagres e qualquer ato sobrenatural de redenção ou salvação. O deísmo
retrata Deus como indiferente e não envolvido. Thomas Jefferson era um famoso
deísta, referindo-se frequentemente em seus escritos à “Providência”. O deísmo
definitivamente não é bíblico. A Bíblia está cheia de relatos do milagroso. A
Bíblia é, na verdade, inteiramente um relato de Deus interferindo em Sua
criação. Daniel 4:34-35 registra: “…cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é
de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em
nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores
da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” O
mundo, a história e a humanidade são “barro” nas mãos de Deus. Deus os forma e
os molda como julga conveniente (Romanos 9:19-21). O principal ato de Deus
"interferindo" em Sua criação é quando Ele assumiu carne humana na
pessoa de Jesus Cristo (João 1:1,14; 10:30). Jesus Cristo, Deus encarnado,
morreu para redimir Sua criação do pecado que havia trazido sobre si mesma
(Romanos 5:8; 2 Coríntios 5:21). É fácil entender como o deísmo pode ser
considerado uma posição "lógica". Existem algumas coisas que parecem
apontar para Deus sendo inativo nos assuntos do mundo. Por que Deus permite que
coisas ruins aconteçam? Por que Deus permite que o inocente sofra? Por que Deus
permite que homens maus cheguem ao poder? Um Deus inativo parece responder a
esses dilemas. No entanto, a Bíblia não apresenta Deus como inativo ou
indiferente. A Bíblia apresenta Deus como soberano, embora incompreensível em
Sua totalidade. É impossível entender completamente a Deus e Seus caminhos.
Romanos 11:33-34 nos lembra: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria
como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi o seu conselheiro?” Em Isaías 55:9, Deus declara: “porque, assim como
os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos.” Nosso fracasso na compreensão de Deus e Seus caminhos não deve
nos levar a duvidar de Sua existência (ateísmo e agnosticismo) ou a questionar
o Seu envolvimento no mundo (deísmo). Deus existe e é muito ativo no mundo.
Tudo o que acontece está sujeito à Sua soberania e autoridade. De fato, Ele
orquestra tudo de tal forma a realizar o plano soberano divino. "... desde
o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que
ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a
minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra
longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei
este propósito, também o executarei" (Isaías 46:10-11). O deísmo
definitivamente não é bíblico. Uma visão deísta de Deus é simplesmente um
fracasso na tentativa de explicar o inexplicável. https://www.gotquestions.org/Portugues/deismo.html.
4.
Teísmo. O teísmo é a perspectiva de que Deus
existe, criou todas as coisas, e que se envolve diretamente em sua criação.
Enquanto no deísmo Deus não intervém em nada, no teísmo Ele está presente,
atuando de forma direta na história, revelando sua vontade e zelando pela sua
criação. O teísmo rejeita o panteísmo por este tentar unir a criatura com o
Criador, fazendo dos dois, um. Rejeita também o deismo, pois Deus é presente na
história intervindo nela. Também rejeita o ateísmo, pois entende que o Senhor
existe e que sua existência pode ser evidenciada de diversas formas.
- Denomina-se Teísmo ao reconhecimento da
existência do Deus que criou o universo e que ainda se envolve na sua
conservação. Daí a necessidade de se entender esse Deus único e verdadeiro
através do que é denominado na Teologia de Teontologia. Teontologia é a matéria
da Teologia Sistemática que aborda questões relacionadas ao ser de Deus e suas
obras. A palavra teontologia vem do grego e é formada por três vocábulos:
theos, “Deus”, ontos, “ser”, e logos, “palavra” ou “lógica”. Daí o significado
de teontologia diz respeito ao “estudo do ser de Deus”. Portanto, a teontologia
é a Teologia propriamente dita, ou seja, é a Doutrina de Deus. As pessoas falam
de Deus o tempo todo. Mas a questão é que nem sempre o que as pessoas pensam
sobre Deus condiz com o que a Bíblia – que é a Palavra de Deus – diz sobre Ele.
Muitas vezes os homens idealizam um deus que nada tem a ver com o Deus revelado
nas Escrituras. Então a teontologia trata de apresentar um conjunto de dados
organizados acerca do que a Bíblia realmente diz sobre quem Deus é e quais são
as suas obras.
CONCLUSÃO
Diante das
diversas opções de classificar Deus e sua existência, a Bíblia Sagrada mostra
claramente que não estamos sozinhos, que o Senhor existe e que é pela fé que
podemos nos achegar a Ele: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus cria que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Mesmo diante das nossas limitações
para compreender, de forma completa, a revelação divina, podemos crer pela fé,
no Deus Vivo e Verdadeiro.
- A fé genuína não
somente acredita que existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o
único Deus verdadeiro e real que existe. Não crer que Deus existe equivale a
chamá-lo de mentiroso (cf. 1 Jo 5.10). A cosmovisão cristã fornece tanto a
existência de Deus, quanto a imortalidade, necessárias para uma vida
significativa e objetivamente feliz. Então, se só tivéssemos isso, parece muito
mais razoável escolher o cristianismo. Conforme a aposta de Pascal: “quem apostar na existência de Deus, se
ganhar, é evidente que tudo ganha, mas caso perca, nada perde. Trata-se de um
jogo em que se arrisca o finito para ganhar o infinito”.
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Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
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HORA DA
REVISÃO
1. Em que se baseia a fé cristã?
A fé cristã se baseia na certeza da existência de Deus.
2. Em que se baseia a revelação
geral?
Essa revelação se baseia justamente na certeza de que os atos criativos
dEle, ou seja, a sua obra, manifesta na natureza, tem a capacidade de, mesmo de
forma limitada, mostrar que o homem e o mundo tiveram uma origem, que não são
frutos de um acidente cósmico ou resultado de uma ação de forças impessoais.
3. Cite três ideias acerca da pessoa
de Deus apresentadas na lição.
Ateísmo, Panteísmo e Deísmo
4. Em que se baseia o deísmo?
O deísmo se baseia na perspectiva de que Deus criou todas as coisas,
sendo, portanto, Ele é o Todo-Poderoso. Entretanto, esse Deus limitou-se a
criar o mundo e os homens, mas não interferiu na história, deixando, portanto,
as criaturas viverem à sua própria sorte, de acordo com o seu próprio
entendimento.
5. Segundo a lição, qual é a
perspectiva do teísmo?
O teísmo é a perspectiva de que Deus existe, criou todas as coisas, e que
se envolve diretamente em sua criação.