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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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8 de abril de 2024

EBD JOVENS | Lição 02: A Realidade do Deus da Bíblia | 2° Trimestre de 2024

  

TEXTO PRINCIPAL

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6)

Entenda o Texto Principal:

-  impossível agradar. Enoque agradou a Deus porque teve fé. Sem essa fé, uma pessoa não pode andar com Deus ou agradar a ele (Hb 10.38). ele existe. A ênfase aqui está no "ele", o verdadeiro Deus. A fé genuína não somente acredita que existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o único Deus verdadeiro e real que existe. Não crer que Deus existe equivale a chamá-lo de mentiroso (cf. 1 Jo 5.10). galardoador. Uma pessoa deve crer não somente que o verdadeiro Deus existe, mas também que ele recompensará a fé que a pessoa deposita nele com perdão e justiça, porque ele assim o prometeu (cf. 10.35; Gn 15.1; Dt 4.29; ICr 28.9; SI 58.11; Is 40.10).

 

RESUMO DA LIÇÃO

A Bíblia Sagrada mostra a existência de Deus para o homem moderno.

Entenda o Resumo da Lição:

- A Bíblia fala de um Deus que se revela. O conteúdo do Cristianismo é revelacional, advém do conhecimento e estudo que o homem faz da revelação de Deus. O Deus apresentado nas Escrituras Sagradas não tem prazer em se envolver num jogo de “esconde-esconde” com os seus filhos.

 

TEXTO BÍBLICO

Salmos 19.1-4; Romanos 1.18-20

 

Salmos 19.1-4

1 Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

- Por causa de suas duas partes distintas e dos dois diferentes nomes usados para Deus, alguns estudiosos tentaram argumentar que o Salmo 19 era, na verdade, duas composições, uma mais antiga e outra mais recente. Todavia, a forma reduzida usada para o nome "Deus" (cf. a forma ampliada em Gn 1.1) fala de seu poder, principalmente o poder exibido como Criador, enquanto "Senhor" se aplica à ênfase relacionai. Consequentemente, Davi descreveu o Senhor Deus como o autor do mundo e da Palavra num único hino. Deus tem-se revelado à humanidade dessas duas maneiras. A raça humana continua tendo de lhe prestar contas por causa dessas comunicações verbal e não verbal. À luz dessas intenções, o Sl 19 recapitula de modo eloquente as duas principais maneiras da autorrcvelação de Deus. O testemunho do universo surge de modo consistente e claro, mas a humanidade pecadora de modo persistente ainda resiste a ele. Por essa razão, a revelação geral não tem a capacidade de converter pecadores, mas os tornam altamente responsáveis diante de Deus (cf. Rm 1.18ss.). Em última análise, a salvação vem somente por meio da revelação especial, ou seja, quando a Palavra de Deus é efetivamente aplicada pelo Espírito de Deus. céus... firmamento. Ambos são elementos importantes da criação em Gn 1 (cf. vs. 1,8). proclamam... anuncia. Os dois verbos enfatizam a continuidade dessas respectivas revelações, obras das suas mãos. Ilustração antropomórfica do grande poder de Deus.

2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.

- discursa... Não há linguagem. Não é urna contradição, mas demonstra que a constante comunicação dos céus não acontece por meio de palavras literais.

3 Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes.

- Não há língua, nem palavras, onde não se ouça a voz deles – Margem, Sem isso sua voz é ouvida. Hebraico, “sem que sua voz fosse ouvida”. A ideia na margem, que é adotada pelo Prof. Alexander, é que quando os céus expressam a majestade e glória de Deus, não é por palavras – pelo uso de uma linguagem como a que é empregada entre os homens. Ou seja, há um testemunho silencioso, mas real, do poder e da glória de seu grande Autor. A mesma ideia é adotada substancialmente por DeWette. Então Rosenmuller traduz, “Não há nenhuma fala para eles, e nenhuma palavra, nem sua voz é ouvida.” Por mais altas que sejam essas autoridades, ainda assim me parece que a ideia transmitida por nossa versão comum é provavelmente a correta. Essa é a ideia na Septuaginta e na Vulgata Latina. De acordo com esta interpretação, o significado é, ” Não há nação, não há homens, qualquer que seja a sua língua, a quem os céus não falem, declarando a grandeza e a glória de Deus. A língua que falam é universal; e por mais várias línguas faladas pelos homens, por mais impossível que seja para eles se entenderem, ainda assim todos podem entender a linguagem dos céus, proclamando as perfeições do Grande Criador. Essa é uma linguagem universal que não precisa ser expressa nas formas da fala humana, mas que transmite grandes verdades igualmente para toda a humanidade. ” ainda assim, todos podem entender a linguagem dos céus, proclamando as perfeições do Grande Criador. Essa é uma linguagem universal que não precisa ser expressa nas formas da fala humana, mas que transmite grandes verdades igualmente para toda a humanidade. ” ainda assim, todos podem entender a linguagem dos céus, proclamando as perfeições do Grande Criador. Essa é uma linguagem universal que não precisa ser expressa nas formas da fala humana, mas que transmite grandes verdades igualmente para toda a humanidade. ” Que a passagem não pode significar que não há fala, que não há palavras, ou que não há linguagem nas lições transmitidas pelos céus, parece-me ficar claro pelo fato de que, da mesma forma no versículo anterior, Salmo 19:2 , e no versículo seguinte, Salmo 19:4 , o salmista diz que eles usam a fala ou a linguagem:”Dia a dia fala a língua;” “suas palavras até o fim do mundo.” A frase “sua voz” refere-se aos céus Salmos 19:1. Eles emitem uma voz clara e distinta para a humanidade; isto é, eles transmitem às pessoas noções verdadeiras e justas da grandeza do Criador. O significado, então, parece-me, é que as mesmas grandes lições sobre Deus são transmitidas pelos céus, em sua glória e suas revoluções, a todas as nações; que essas lições são transmitidas a eles dia após dia e noite após noite; que, por maiores que sejam as diversidades de fala entre os homens, elas transmitem lições em uma linguagem universal compreendida por toda a humanidade; e que assim Deus está se fazendo constantemente conhecido por todos os habitantes da terra. Todas as pessoas podem entender a linguagem dos céus, embora possam não ser capazes de entender a linguagem umas das outras. Da verdade disso ninguém pode duvidar; e sua beleza é igual à sua verdade. [Barnes, aguardando revisão]

4 Em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol.

- A mensagem do mundo criado se estende por toda parte. Nem o sol nem os céus são deificados, como ocorria em muitas religiões pagãs. Na Bíblia, Deus é o criador e governante de toda a criação.

 

Romanos 1.18-20

18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.

- A palavra traduzida “ira” denota corretamente aquele fervoroso apetite ou desejo pelo qual buscamos algo, ou um intenso esforço para obtê-lo. E é particularmente aplicado ao desejo que um homem tem de se vingar de quem está ferido e de quem está enfurecido. É, portanto, sinônimo de vingança. Efésios 4.31, “toda amargura, e ira, etc .; Colossenses 3.8 , “ira, ira, malícia”, etc.; 1 Timóteo 2.8 ; Tiago 1.19 . Mas também é frequentemente aplicado a Deus; e é claro que, quando pensamos na palavra como aplicável a ela, ela deve ser despojada de tudo, como paixão humana, e especialmente da paixão de vingança. Como ele não pode ser ferido pelos pecados das pessoas Jó 25.6, ele não tem motivo para vingança propriamente dita, e é uma das regras mais óbvias de interpretação que não devemos aplicar a paixões e sentimentos de Deus que, entre nós, temos sua origem no mal.

19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

- O apóstolo passa a mostrar como foi que os pagãos impediram a verdade por sua iniquidade. Isso ele mostra mostrando que a verdade pode ser conhecida pelas obras da criação; e que nada além da iniquidade deles a impedia. O que pode ser conhecido por Deus – O que é “conhecível” a respeito de Deus. A expressão implica que pode haver muitas coisas concernentes a Deus que não podem ser conhecidas. Mas há também muitas coisas que podem ser verificadas. Essa é a sua existência, e muitos de seus atributos, seu poder, sabedoria e justiça, etc. O objetivo do apóstolo não era dizer que tudo que pertencesse a Deus poderia ser conhecido por eles, ou que eles poderiam ter tão claro uma visão dele como se eles tivessem uma revelação. Devemos interpretar a expressão de acordo com o objeto que ele tinha em vista. Isso era para mostrar que Deus podia saber tanto a ponto de provar que eles não tinham desculpa para seus crimes; ou que Deus estaria apenas punindo-os por suas ações. Para isso, era necessário apenas que sua existência e sua justiça, ou sua determinação em punir o pecado, fossem conhecidas; e isso, afirma o apóstolo, era conhecido entre eles e fora da criação do mundo. Essa expressão. Portanto, não deve ser pressionado como implicando que eles sabiam tudo o que podia ser conhecido sobre Deus, ou que sabiam tanto quanto aqueles que tinham uma revelação; mas eles sabiam o suficiente para provar que não tinham desculpa para seus pecados. É manifesto – é conhecido; é entendido. Neles – “Entre” eles. Portanto, a preposição “in” é frequentemente usada. Isso significa que eles tinham esse conhecimento; ou tinha sido comunicado a eles. A grande massa do mundo pagão era de fato ignorante do Deus verdadeiro; mas seus líderes ou filósofos tinham esse conhecimento; veja a nota em Romanos 1.21. Mas isso não era verdade para a massa, ou o corpo do povo. Ainda assim, era verdade que esse conhecimento estava na posse do homem ou estava “entre” o mundo pagã0o, e teria se espalhado, se não fosse pelo amor ao pecado. Deus mostrou a eles – Compare João 1.9. Ele os dera razão e consciência Romanos 2.14-15; ele os tornara capazes de ver e investigar suas obras; ele espalhou diante deles as provas de sua sabedoria, bondade e poder, e assim lhes deu os meios de aprender suas perfeições e vontade.

20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.

- A expressão “suas coisas invisíveis” refere-se às coisas que não podem ser percebidas pelos sentidos. Não implica que haja coisas pertencentes ao caráter divino que possam ser vistas pelos olhos; mas que há coisas que podem ser conhecidas dele, embora não sejam descobertas a olho nu. Julgamos os objetos ao nosso redor pelos sentidos, pela visão, pelo toque, pelo ouvido etc. Paulo afirma que, embora não possamos julgar assim a Deus, ainda há uma maneira pela qual podemos chegar a conhecê-lo. O que ele quer dizer com as coisas invisíveis de Deus, ele especifica no final do versículo, “seu poder eterno e divindade”. A afirmação se estende apenas a isso; e o argumento implica que isso foi suficiente para deixá-los sem desculpa para seus pecados. Desde a criação do mundo – A palavra “criação” pode significar o “ato” de criar, ou mais comumente significa “a coisa criada”, o mundo, o universo. Nesse sentido, é comumente usado no Novo Testamento; compare Marcos 10.6 ; Marcos 13.19 ; Marcos 16.5 ; Romanos 1.25 ; 2 Coríntios 5.17 ; Gálatas 6.15 ; Colossenses 1.15 , Colossenses 1.23 ; Hebreus 4.13 ; Hebreus 9.11 ; 1 Pedro 2.13 ; 2 Pedro 3.4 ; Apocalipse 3.14 . A palavra “de” pode significar “desde”, ou pode denotar “por meio de”. E a expressão aqui pode denotar que, como um fato histórico, Deus “tem sido” “conhecido” desde o ato da criação; ou pode denotar que ele é conhecido “por meio” do universo material que ele formou. Este último é sem dúvida o verdadeiro significado. Para,

            (1) Este é o significado comum da palavra “criação”; e,

            (2) Isso está de acordo com o desenho do argumento. Não é para declarar um fato histórico, mas para mostrar que eles tinham os meios de conhecer seus deveres ao seu alcance e não tinham desculpa. Esses meios estavam na sabedoria, poder e glória do universo, pelos quais estavam cercados. São claramente vistos – São manifestos; ou pode ser percebido. A palavra usada aqui não ocorre em nenhum outro lugar do Novo Testamento. Sendo entendido – Suas perfeições podem ser investigadas e compreendidas por meio de suas obras. São as evidências submetidas ao nosso intelecto, pelas quais podemos chegar ao verdadeiro conhecimento de Deus. Coisas que são feitas – Por suas obras; compare Hebreus 11.3. Isso significa, não pelo “ato” original da criação, mas pelas operações contínuas de Deus em sua Providência, por seus atos, pelo que ele está continuamente produzindo e realizando nas demonstrações de seu poder e bondade nos céus e nos céus. terra. O que eles eram capazes de entender, acrescenta imediatamente, e mostra que não pretendia afirmar que tudo poderia ser conhecido por Deus por suas obras; mas tanto quanto para libertá-los da desculpa de seus pecados. Seu poder eterno – Aqui estão duas coisas implícitas.

            (1) que o universo contém uma exibição de seu poder, ou uma exibição desse atributo que chamamos de “onipotência”; e,

            (2) Que esse poder existe desde a eternidade e, é claro, implica uma existência eterna em Deus. Isso não significa que esse poder tenha sido exercido ou produzido desde a eternidade, pois a própria ideia de criação supõe que não existia, mas que há provas, nas obras da criação, de poder que deve ter existido desde a eternidade, ou pertenceram a um ser eterno. A prova disso era clara, até para os pagãos, com suas visões imperfeitas da criação e da astronomia; compare o Salmo 19: 1-14 . A majestade e a grandeza dos céus chamavam a atenção e demonstravam plenamente que eram obra de um Deus infinitamente grande e glorioso. Mas para nós, sob o fogo da ciência moderna, com nosso conhecimento da magnitude, distâncias e revoluções dos corpos celestes, a prova desse poder é muito mais grandiosa e impressionante. Podemos aplicar a observação do apóstolo ao estado atual da ciência, e sua linguagem cobrirá todo o terreno, e a prova da visão humana está continuamente subindo do incrível poder de Deus, a cada nova descoberta na ciência, e especialmente em astronomia. Aqueles que desejam ver esse objeto apresentado de uma maneira impressionante, podem encontrá-lo nos Discursos Astronômicos de Chalmer e no Filósofo Cristão de Dick. Igualmente clara é a prova de que esse poder deve ter sido eterno. Se nem sempre existisse, de maneira alguma poderia ter sido produzido. Mas não se deve supor que sempre foi exercido, assim como Deus agora coloca todo o poder que ele pode, ou que constantemente colocamos todo o poder que possuímos. O poder de Deus foi chamado à criação. Ele mostrou sua onipotência; e deu, por aquele grande ato, demonstração eterna de que ele era todo-poderoso; e podemos examinar a prova disso, tão claramente como se tivéssemos visto a operação de sua mão ali. A prova não é enfraquecida porque não vemos o processo de criação constantemente acontecendo. É um tanto aumentada pelo fato de que ele sustenta todas as coisas e controla continuamente as vastas massas de matéria nos mundos materiais. Divindade – Sua divindade; divindade; natureza divina, ou essência. A palavra não é usada em outras partes do Novo Testamento. Seu significado não pode, portanto, ser fixado por nenhuma passagem paralela. Isso prova a verdade que a supremacia, ou suprema divindade de Deus, foi exibida nas obras da criação, ou que ele foi exaltado acima de todas as criaturas e coisas. Não seria apropriado, no entanto, pressionar esta palavra como implicando que tudo o que sabemos de Deus por revelação era conhecido pelos pagãos; mas isso era conhecido por mostrar sua supremacia; seu direito à homenagem; e, é claro, a loucura e maldade da idolatria. Isso é tudo o que o argumento do apóstolo exige e, é claro, nesse princípio a expressão deve ser interpretada. Para que eles não tenham desculpa – Deus lhes deu uma evidência tão clara de sua existência e reivindicações, que eles não têm desculpa para sua idolatria e para impedir a verdade por sua iniquidade. Está implícito aqui que, para que as pessoas sejam responsáveis, elas devem ter os meios de conhecimento; e que ele não os julga quando sua ignorância é involuntária, e os meios de conhecer a verdade não foram comunicados. Mas onde as pessoas têm esses meios ao seu alcance e não se valem delas, toda desculpa é retirada. Este foi o caso do mundo gentio. Eles tinham os meios de conhecer tanto a Deus, a ponto de mostrar a loucura de adorar ídolos idiotas; compare Isaías 44: 8-10 . Eles também tinham tradições respeitando suas perfeições; e eles não podiam implorar por seus crimes e loucuras que não tinham meios de conhecê-lo. Se isso era verdade no mundo pagão, então, quanto mais é verdade no mundo agora? E, especialmente, quão verdadeiro e medroso é isso, respeitando a grande multidão nas terras cristãs que têm a Bíblia e que nunca a leram; que estão ao alcance do santuário e nunca entram nele; que são advertidos por amigos e pelas providências de Deus, e que não o consideram; e que olham para os céus, e ainda assim não vêem nenhuma prova do poder eterno e de Deus daquele que os criou todos! Não, existem aqueles que são conhecedores das descobertas da astronomia moderna e que ainda não parecem refletir que todas essas glórias são uma prova da existência de um Deus eterno; e que vivem na ignorância da religião tanto quanto os pagãos, e em crimes tão decididos e malignos quanto desonraram as eras mais sombrias do mundo. Para tal, não há desculpa ou sombra de desculpa a ser oferecida no dia da destruição. E não há fato mais melancólico em nossa história, e nada que comprove a estupidez das pessoas, além desse triste esquecimento Dele que fez os céus, mesmo em meio a todas as maravilhas e glórias que vieram frescas da mão de Deus, e que em toda parte falam seus elogios.

 

- OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

- Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

 

 

INTRODUÇÃO

A existência de um único Deus em três pessoas é um dos pilares do Cristianismo. A partir dessa premissa, tudo o que veremos na sequência depende do entendimento de que Deus existe, que criou todas as coisas e se revelou a nós pela sua vontade. É o Senhor que dá origem à vida, organiza o mundo e tudo o que nele há. Ele também é o responsável pela criação do homem e da mulher, se revela de forma específica e nos apresenta em sua Palavra o plano da Salvação. Estudaremos nesta lição acerca desse Deus e de sua revelação.

- As Escrituras, a revelação divina, não se perde em especulações. Isso por dois motivos óbvios: Deus como Senhor de todo o conhecimento e verdade, de nada carece saber. Todo o saber lhe pertence; nada lhe é derivado. O segundo motivo é que Ele não deseja que o seu povo se perca em especulações de assuntos não revelados, que são de sua exclusiva autoridade. Guiar-se por especulações significa desejar ir além do que Deus revelou e, ao mesmo tempo, perder-se em hipóteses e teorias frívolas já que pretendem “decifrar” o que Deus sábia e soberanamente não nos quis dar a conhecer. Nossas especulações não podem servir de medida para nosso Deus. A Bíblia é um livro descritivo e extremamente prático. Ela não discute, por exemplo, sobre a existência de Deus ou faz abstrações de sua natureza e essência, antes, parte do pressuposto da existência do Deus Todo-Poderoso que se revela criando com determinação, sabedoria e poder todas as coisas. Portanto, mais do que uma teoria ou imaginação falaciosa, as Escrituras nos põem em contato com o Deus vivo, Triúno e pessoal, que age e fala. É o Deus que se relaciona e cuida de seu povo.

 

I. DEUS E SUA EXISTÊNCIA

 

1. Deus existe. A fé cristã se baseia na certeza da existência de Deus. A Bíblia, em Gênesis 1.1, deixa claro não somente a existência dEle, mas igualmente o seu poder e a sua iniciativa por meio do ato da criação quando nem mesmo o tempo ainda era contado: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Tudo o que vemos teve um começo, e isso se deu pela vontade divina. Nada no mundo surgiu do acaso, e para que não houvesse dúvidas acerca dessa realidade, Deus se “descortinou” a todos por meio de um processo inteligente, alcançável pelo entendimento humano, chamado revelação.

- Conquanto Deus exista eternamente (SI 90.2), o "princípio" de Gênesis 1.1 marcou o começo do universo no tempo e no espaço. Ao explicar a identidade de Israel e o propósito do povo nas planícies de Moabe, Deus quis que o seu povo soubesse a respeito da origem do mundo no qual eles se encontravam. Moisés não tentou defender a existência de Deus, existência que ele pressupunha, ou explicar como Deus é com respeito à sua pessoa e às suas obras. Essas questões são enfocadas em outro lugar (Is 43.10,13). Ambas requerem aceitação pela fé (cf. Hb 11.3-4). Sugiro a leitura deste arigo: DEUS EXISTE?

2. Uma revelação geral. O Deus Criador mostrou sua existência à humanidade por meio de sua criação, e essa revelação se baseia justamente na certeza de que os atos criativos dEle, ou seja, a sua obra, manifesta na natureza, têm a capacidade de, mesmo de forma limitada, mostrar que o homem e o mundo tiveram uma origem, que não são frutos de um acidente cósmico ou resultado de uma ação de forças impessoais. Apesar de a natureza comunicar parcialmente os planos do Criador para o homem , tal comunicação se torna limitada por força da ingerência do pecado na mente humana, impedindo que o homem consiga enxergar a ação de Deus na Criação. É possível que o ser humano decida negar intelectualmente a Deus e sua existência. Romanos 1.18 fala que do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.” Paulo deixa claro que há pessoas que, deliberadamente, reconhecem a existência de Deus, mas preferem negá-la e transformá-la em algo injusto. Esses homens são “indesculpáveis” por decidirem usar seus intelectos para rejeitar o Criador e sua justiça (Rm 1.20). Não se trata da aceitação de uma ideia filosófica ou de uma discussão acadêmica, pois a rejeição ao reconhecimento da existência de Deus é o primeiro passo para a prática da injustiça.

- Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Sl 19.1). Deus é o inescapável dado que sustenta todas as coisas. A revelação geral é o que Deus revelou sobre si através das obras que ele criou. É geral porque alcança a todos os seres humanos vivos onde eles estiverem. É natural porque vem a nós através da natureza. Revelação em teologia se refere às informações que vêm de Deus para revelar a verdade sobre Ele mesmo ou sobre nós mesmos e o mundo ao nosso redor. A revelação é então dividida em dois tipos: revelação natural (ou revelação geral) e revelação especial. A revelação natural é a verdade sobre Deus que pode ser discernida quando observamos o mundo ao nosso redor e olhamos para dentro de nós mesmos. Embora nem todos tenham acesso à revelação especial, a Bíblia deixa claro que as pessoas em todos os lugares têm acesso à revelação natural e que são responsáveis por sua resposta a ela. A revelação natural assume que a imagem de Deus e as faculdades mentais da lógica ainda estão intactas o suficiente para que a humanidade caída receba e compreenda algum conhecimento sobre Deus. A criação transmite, de modo claro e inequívoco, a mensagem a respeito da pessoa de Deus (SI 19.1-8; 94.9; At 14.15-17: 17.23-28). Mas a Revelação Geral ou Natural não serve para salvar o homem pecador, ela serve apenas para acusa-lo! Paulo afirma que o homem é capaz de compreender que há Feus, no entanto o ignora e por essa razão, são... indesculpáveis.

3. Uma revelação específica. O homem comum, ainda que esteja sob efeito do pecado, não está isento de reconhecer que há um Deus que opera todas as coisas pela sua santa vontade e justiça. É possível ilustrar tal fato observando o caso dos habitantes da ilha de Malta, para onde Paulo e os demais prisioneiros náufragos foram levados por Deus. Para que se aquecessem do frio, os nativos da ilha, chamados por Lucas de “bárbaros”, acenderam uma grande fogueira para os náufragos por causa do frio e da chuva. Paulo recolhe alguns galhos e é picado por uma cobra venenosa, motivo pelo qual os habitantes da ilha concluem: “Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver” (At 28.4). Aqueles homens não conheciam o Deus revelado nas Escrituras, mas sabiam que há uma justiça divina que não deixa escapar dos seus atos aqueles que praticam o mal. Graças àquele evento, os habitantes da ilha de Malta puderam ouvir o Evangelho, pois Paulo foi livre por Deus da morte.

- Malta é uma Ilha, 27 km de comprimento e 14,5 km de largura, cerca de 100 km ao sul da Sicília. Nenhum dos marinheiros estivera anteriormente naquela baía (hoje conhecida como Baía de São Paulo) onde naufragaram. Em Atos 28.6, Lucas nos diz que os nativos pensaram ser ele um deus! Eram politeístas e naturalmente atribuíram a Paulo algum papel divino de suas crenças, o fato de afirmarem não é prova de que cressem em uma justiça divina. “Justiça” foi representada pelo paganismo como uma deusa, filha de Júpiter, cujo cargo era vingar-se ou infligir punição por crimes. Deus colocou sobre todos os homens a responsabilidade por se recusarem a aceitar o que Deus havia mostrado a eles sobre si mesmo por meio da criação. Mesmo aqueles que não tiveram a oportunidade de ouvir a respeito do evangelho, receberam um testemunho claro da existência e do caráter de Deus, mas a suprimiram. Se a pessoa responder a revelação de que dispõe, mesmo sendo essa somente a natural, Deus providenciará os meios para que essa pessoa ouça o evangelho (cf. At 8.24-39; 10.1-48; 17.27). O ser humano tem conhecimento da existência, do poder e da natureza divina de Deus por meio da revelação geral, no entanto, não o glorificaram. A finalidade principal do homem é glorificar a Deus (Lv 10.3; 1Cr 16.24-29; SI 148; Rm 15.5-6), e a Escritura, constantemente, exige isso (SI 29.1-2; ICo 10.31; Ap 4.11). Glorificá-lo é honrá-lo, reconhecer seus atributos e louvá-lo pela sua perfeição (Êx 34.5-7). É reconhecer a sua glória e exalá-lo por isso. Não glorificá-lo é a maior afronta do homem para com o seu Criador (At 12.22-23).

 

 

II. IDÉIAS ACERCA DA PESSOA DE DEUS

 

1. Ateísmo. Na história da humanidade, é possível ver que há uma divisão entre aqueles que creem que Deus existe e que criou todas as coisas e os que não acreditam na sua existência e nem no seu poder. A estes que não creem, denominamos de “ateus” — pessoas que discordam, em seus pensamentos e ações, da existência de um Ser poderoso e supremo, que fez todas as coisas e que intervém na história. Essa ideia de que não há Deus não é recente. O Salmos 53.1 mostra a seguinte verdade: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”. A negação acerca da existência do Eterno começa no íntimo do homem, de maneira velada. A ideia da ausência divina é como uma semente que está em fase de germinação. Depois, o fruto dessa negação intelectual alcança as ações da pessoa, o que é demonstrado pelo salmista no mesmo versículo: “Têm -se corrompido e têm cometido abominável iniquidade”

- Ateísmo é o ponto de vista de que Deus não existe. O ateísmo não é uma novidade. O Salmo 14, escrito por Davi por volta de 1000 a.C., menciona o ateísmo: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”. Estudos recentes mostram um número crescente de pessoas se tornando atéias, com 10% das pessoas do mundo inteiro declarando-se aderentes ao ateísmo. Então, por que mais e mais indivíduos estão se tornando ateus? O ateísmo é realmente a posição lógica que os ateus afirmam ser? Por que o ateísmo sequer existe? Por que Deus simplesmente não se revela para as pessoas, provando que Ele existe? Certamente, se Deus aparecesse, todos acreditariam Nele! O problema com esta idéia é que não é a vontade de Deus convencer as pessoas de que Ele existe. A vontade de Deus é que as pessoas acreditem Nele por fé (2 Pedro 3:9) e aceitem o Seu dom da salvação (João 3:16). Sim, Deus poderia aparecer e demonstrar de uma vez por todas que Ele existe. O problema é que Deus claramente demonstrou a sua existência diversas vezes no Antigo Testamento (Gênesis capítulos 6-9; Êxodo 14:21-22; 1 Reis 18:19-31). As pessoas acreditaram que Deus existe? Sim! Elas viraram as costas para os seus caminhos maus e passaram a obedecer a Deus? Não! Se uma pessoa não está disposta a aceitar a existência de Deus por fé, então ela definitivamente não está pronta para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador por fé (Efésios 2:8-9). Esta é a vontade de Deus - que as pessoas se tornem cristãs, não simplesmente teístas (aqueles que acreditam que Deus existe). A Bíblia nos diz que a existência de Deus deve ser aceita por fé. Hebreus 11:6 declara: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A Bíblia nos lembra de que nós somos abençoados quando nós acreditamos e confiamos em Deus pela fé: “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29). O fato de que a existência de Deus deve ser aceita por fé não significa que acreditar em Deus seja algo ilógico. Existem diversos bons argumentos para a existência de Deus. Por favor visite a nossa página “Deus existe?”. A Bíblia ensina que a existência de Deus é claramente vista no universo (Salmos 19:4), na natureza (Romanos 1:18-22) e nos nossos corações (Eclesiastes 3:11). Dito isso, mais uma vez, a existência de Deus não pode ser provada, ela deve ser aceita por fé. Ao mesmo tempo, deve-se ter a mesma fé para acreditar no ateísmo. Afirmar “Deus não existe!” é afirmar que se tem o conhecimento de absolutamente tudo o que pode ser conhecido – e de ter ido em todos os lugares possíveis do universo – e de ter testemunhado tudo o que poderia ser visto. É claro, nenhum ateu faria estas exatas afirmações. No entanto, isso é essencialmente o que eles estão afirmando ao dizer que Deus não existe. Os ateus não podem provar, por exemplo, que Deus não vive no centro do Sol ou debaixo das nuvens de Júpiter, ou em alguma nebulosa distante. Isto não pode ser provado, então não pode ser provado que Deus não existe. É necessário ter a mesma quantidade de fé para ser um ateu quanto para ser um teísta. Então, estamos de volta ao mesmo ponto. O ateísmo não pode ser provado e a existência de Deus deve ser aceita por fé. Eu acredito fortemente que Deus existe. Eu prontamente admito que a minha crença na existência de Deus é baseada em fé. Ao mesmo tempo, eu fortemente rejeito a idéia de que a crença em Deus é ilógica. Eu acredito que a existência de Deus pode ser claramente vista, distintamente sentida e ser provada filosófica e cientificamente necessária. Mais uma vez, para mais informações visite a nossa página “Deus existe?”. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra, se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até os confins do mundo” (Salmos 19:1-4). https://www.gotquestions.org/Portugues/ateismo.html.

2. Panteísmo. O panteísmo é a ideia que mostra Deus como sendo participante de sua obra criada. Para o panteísta, o Senhor é tudo, e tudo é Ele. A Bíblia diz que Deus fez todas as coisas. Ela também diz que o Criador se utiliza de sua criação para mostrar um pouco do seu poder: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl 19.1). O salmista deixa claro que a criação e o seu Criador possuem uma conexão, mas não se misturam, da mesma forma que uma pintura não é o pintor, e sim uma obra deste. Diferente do ateu, o panteísta acredita que Deus se misturou com a sua criação, e dessa forma, os elementos da natureza e do universo são Deus também.

- O Panteísmo é a crença de que Deus é tudo e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus. O Panteísmo é semelhante ao Politeísmo (a crença em muitos deuses), mas vai além dele ao ensinar que tudo é Deus. Uma árvore é Deus, uma rocha é Deus, um animal é Deus, o céu é Deus, o sol é Deus, você é Deus, etc. O Panteísmo é a suposição por trás de muitas seitas e religiões falsas (ex: Hinduísmo e Budismo, as várias seitas de unidade e unificação, e os adoradores da mãe natureza). A Bíblia ensina o Panteísmo? Não, não ensina. O que muitas pessoas confundem com Panteísmo é a doutrina da onipresença de Deus. Salmos 139:7-8 declara: "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também." A onipresença de Deus significa que Ele está presente em todo os lugares. Não há qualquer lugar no universo onde Deus não esteja presente. Isso não é o mesmo que Panteísmo. Deus está em todo canto, mas Ele não é tudo. Sim, Deus está "presente" dentro de uma árvore ou de uma pessoa, mas isso não torna aquela árvore ou pessoa Deus. O Panteísmo não é de qualquer forma uma crença bíblica e é incompatível com fé em Jesus Cristo como Salvador (João 14:6; Atos 4:12). https://www.gotquestions.org/Portugues/panteismo.html.

3. Deísmo. O deísmo se baseia na perspectiva de que Deus criou todas as coisas, sendo Ele o Todo-Poderoso. Entretanto, esse Deus limitou-se a criar o mundo e os homens, mas não interfere na história, deixando, portanto, as criaturas viverem à sua própria sorte, de acordo com o seu próprio entendimento. A partir dessa visão, os homens têm liberdade para fazer o que desejarem, pois, para eles, Deus não intervirá na história nem nas ações dessas pessoas. A intervenção divina, não existe para o deísmo, pois Deus não se importa mais com a sua criação. Já bastaria ter criado o mundo e os homens. É como se Deus fosse um pai ausente, que gerou um filho, mas deixa-o viver com o desejar, com autonomia para tomar suas decisões sem se importar com a eternidade,

- O deísmo é essencialmente a visão de que Deus existe, mas não está diretamente envolvido no mundo. O deísmo retrata Deus como o grande “relojoeiro” que criou o relógio, deu corda nele e o abandonou. Um deísta acredita que Deus existe e criou o mundo, mas não interfere em Sua criação. Os deístas negam a Trindade, a inspiração da Bíblia, a divindade de Cristo, milagres e qualquer ato sobrenatural de redenção ou salvação. O deísmo retrata Deus como indiferente e não envolvido. Thomas Jefferson era um famoso deísta, referindo-se frequentemente em seus escritos à “Providência”. O deísmo definitivamente não é bíblico. A Bíblia está cheia de relatos do milagroso. A Bíblia é, na verdade, inteiramente um relato de Deus interferindo em Sua criação. Daniel 4:34-35 registra: “…cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” O mundo, a história e a humanidade são “barro” nas mãos de Deus. Deus os forma e os molda como julga conveniente (Romanos 9:19-21). O principal ato de Deus "interferindo" em Sua criação é quando Ele assumiu carne humana na pessoa de Jesus Cristo (João 1:1,14; 10:30). Jesus Cristo, Deus encarnado, morreu para redimir Sua criação do pecado que havia trazido sobre si mesma (Romanos 5:8; 2 Coríntios 5:21). É fácil entender como o deísmo pode ser considerado uma posição "lógica". Existem algumas coisas que parecem apontar para Deus sendo inativo nos assuntos do mundo. Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam? Por que Deus permite que o inocente sofra? Por que Deus permite que homens maus cheguem ao poder? Um Deus inativo parece responder a esses dilemas. No entanto, a Bíblia não apresenta Deus como inativo ou indiferente. A Bíblia apresenta Deus como soberano, embora incompreensível em Sua totalidade. É impossível entender completamente a Deus e Seus caminhos. Romanos 11:33-34 nos lembra: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Em Isaías 55:9, Deus declara: “porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” Nosso fracasso na compreensão de Deus e Seus caminhos não deve nos levar a duvidar de Sua existência (ateísmo e agnosticismo) ou a questionar o Seu envolvimento no mundo (deísmo). Deus existe e é muito ativo no mundo. Tudo o que acontece está sujeito à Sua soberania e autoridade. De fato, Ele orquestra tudo de tal forma a realizar o plano soberano divino. "... desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei" (Isaías 46:10-11). O deísmo definitivamente não é bíblico. Uma visão deísta de Deus é simplesmente um fracasso na tentativa de explicar o inexplicável. https://www.gotquestions.org/Portugues/deismo.html.

4. Teísmo. O teísmo é a perspectiva de que Deus existe, criou todas as coisas, e que se envolve diretamente em sua criação. Enquanto no deísmo Deus não intervém em nada, no teísmo Ele está presente, atuando de forma direta na história, revelando sua vontade e zelando pela sua criação. O teísmo rejeita o panteísmo por este tentar unir a criatura com o Criador, fazendo dos dois, um. Rejeita também o deismo, pois Deus é presente na história intervindo nela. Também rejeita o ateísmo, pois entende que o Senhor existe e que sua existência pode ser evidenciada de diversas formas.

- Denomina-se Teísmo ao reconhecimento da existência do Deus que criou o universo e que ainda se envolve na sua conservação. Daí a necessidade de se entender esse Deus único e verdadeiro através do que é denominado na Teologia de Teontologia. Teontologia é a matéria da Teologia Sistemática que aborda questões relacionadas ao ser de Deus e suas obras. A palavra teontologia vem do grego e é formada por três vocábulos: theos, “Deus”, ontos, “ser”, e logos, “palavra” ou “lógica”. Daí o significado de teontologia diz respeito ao “estudo do ser de Deus”. Portanto, a teontologia é a Teologia propriamente dita, ou seja, é a Doutrina de Deus. As pessoas falam de Deus o tempo todo. Mas a questão é que nem sempre o que as pessoas pensam sobre Deus condiz com o que a Bíblia – que é a Palavra de Deus – diz sobre Ele. Muitas vezes os homens idealizam um deus que nada tem a ver com o Deus revelado nas Escrituras. Então a teontologia trata de apresentar um conjunto de dados organizados acerca do que a Bíblia realmente diz sobre quem Deus é e quais são as suas obras.

 

 

CONCLUSÃO

Diante das diversas opções de classificar Deus e sua existência, a Bíblia Sagrada mostra claramente que não estamos sozinhos, que o Senhor existe e que é pela fé que podemos nos achegar a Ele: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus cria que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Mesmo diante das nossas limitações para compreender, de forma completa, a revelação divina, podemos crer pela fé, no Deus Vivo e Verdadeiro.

- A fé genuína não somente acredita que existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o único Deus verdadeiro e real que existe. Não crer que Deus existe equivale a chamá-lo de mentiroso (cf. 1 Jo 5.10). A cosmovisão cristã fornece tanto a existência de Deus, quanto a imortalidade, necessárias para uma vida significativa e objetivamente feliz. Então, se só tivéssemos isso, parece muito mais razoável escolher o cristianismo. Conforme a aposta de Pascal: “quem apostar na existência de Deus, se ganhar, é evidente que tudo ganha, mas caso perca, nada perde. Trata-se de um jogo em que se arrisca o finito para ganhar o infinito”.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

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HORA DA REVISÃO

1. Em que se baseia a fé cristã?

A fé cristã se baseia na certeza da existência de Deus.

2. Em que se baseia a revelação geral?

Essa revelação se baseia justamente na certeza de que os atos criativos dEle, ou seja, a sua obra, manifesta na natureza, tem a capacidade de, mesmo de forma limitada, mostrar que o homem e o mundo tiveram uma origem, que não são frutos de um acidente cósmico ou resultado de uma ação de forças impessoais.

3. Cite três ideias acerca da pessoa de Deus apresentadas na lição.

Ateísmo, Panteísmo e Deísmo

4. Em que se baseia o deísmo?

O deísmo se baseia na perspectiva de que Deus criou todas as coisas, sendo, portanto, Ele é o Todo-Poderoso. Entretanto, esse Deus limitou-se a criar o mundo e os homens, mas não interferiu na história, deixando, portanto, as criaturas viverem à sua própria sorte, de acordo com o seu próprio entendimento.

5. Segundo a lição, qual é a perspectiva do teísmo?

O teísmo é a perspectiva de que Deus existe, criou todas as coisas, e que se envolve diretamente em sua criação.