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14 de abril de 2024

EBD JOVENS | Lição 3- A Realidade Bíblica do Pecado | 2° Trimestre de 2024

 

TEXTO PRINCIPAL

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23)

Entenda o Texto Principal:

- todos pecaram. Paulo já apresentou os seus argumentos a respeito disso (1.18—3.20). porque todos pecaram (compare com Romanos 3.9,19; 1.28-32; 2.1-16; 11.32; Eclesiastes 7.20; Gálatas 3.22; 1João 1.8-10). O original grego indica (sendo um aoristo) que aquilo que é afirmado — “todos pecaram” — é um fato já consumado e afeta toda a raça humana. e carecem da glória de Deus (compare com Romanos 5.2; 1Tessalonicenses 2.12; 2Tessalonicenses 2.14; 1Pedro 4.13; 5.1,10). Duas interpretações tem sido propostas: “e não alcançaram o padrão da glória de Deus” (NVT), e “estão afastados da presença gloriosa de Deus” (NTLH). Embora os homens sejam muito diferentes na natureza e extensão dos seus pecados, não há absolutamente nenhuma diferença entre o melhor e o pior dos homens, visto que “todos pecaram”, e assim estão debaixo da ira de Deus. [JFU, 1866]

 

RESUMO DA LIÇÃO

O pecado é um mal real que atinge toda a humanidade e que traz consequências eternas.

Entenda o Resumo da Lição:

- Paulo insiste em que todos, sem distinção, carecem de buscar justiça em Cristo. O fato que os homens precisam de salvação implica em que eles estão perdidos, separados de Deus pela barreira do pecado (veja Isaías 59.1-2).

 

TEXTO BÍBLICO

Romanos 3.9-18

 

9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.

- Temos nós qualquer vantagem? "Nós", provavelmente, refere-se aos cristãos em Roma, os quais receberão a carta. Os cristãos não possuem uma natureza intrínseca superiora todos aqueles que Paulo demonstrou estarem sob a condenação de Deus. debaixo do pecado. Totalmente escravizado e dominado pelo pecado.

10 Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

- Citação do S114.1-3; 53.1-3. como está escrito. Introdução comum às citações do AT (cf. 1.17; 2.24; 3.4; Mt 44,6-7,10). O tempo do verbo em grego enfatiza a continuidade e a permanência, bem como implica a sua autoridade divina. Não há justo. O ser humano é universalmente mau (cf. S114.1; Rm 1.17). Até o v. 17, Paulo encadeia uma série de citações do AT que culpam o caráter (vs. 10-12), o modo de falar (vs. 13-14) e a conduta (vs. 15-17) de todas as pessoas. Ele usa as palavras "nem um" e "todos" nove vezes para mostrar a universalidade do pecado e da rebelião humana.

11 Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.

- não há quem entenda. O ser humano não consegue compreender a verdade de Deus ou entender o seu padrão de justiça (veja SI 14.2; 53.3; cf. 1Co 2.14). Infelizmente, sua ignorância espiritual não resulta da falta de oportunidade (1.19-20; 2.15), mas é a expressão de sua depravação e rebeldia (Ef 4.18). não há quem busque. Veja SI 14.2. De modo claro, esse versículo indica que as falsas religiões do mundo são tentativas falhas do ser humano de fugir da verdade de Deus — e não de buscá-lo. A tendência natural do ser humano é a de buscar seus próprios interesses (cf. Fp 2.21); porém, sua única esperança é Deus ir buscá-lo (Jo 6.37,44). É somente como resultado da ação de Deus no coração que a pessoa busca por ele (S116.8; Mt 6.33).

12 Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

- extraviaram. Veja SI 14.3. Essa palavra significa, basicamente, "pender para a direção errada". Era usada para descrever um soldado correndo para o lado errado, ou desertando. Todos os seres humanos são inclinados a deixar o caminho de Deus e seguir pelos seus próprios caminhos (cf. Is 53.6). não há quem faça o bem.

13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios.

- sepulcro aberto. Veja SI 5.9. Os sepulcros eram selados não somente por respeito ao falecido, mas para esconder o aspecto e o mau cheiro do corpo em decomposição. Assim como um sepulcro aberto permite àqueles que passam ver e sentir o que ali está, é a garganta aberta do homem — ou seja, as palavras torpes por ela proferida — que revela a deterioração do seu coração (cf. Pv 10.31-32; 13.2,28; Jr 17.9; Ml 12.34-35; 15.18; Tg 3.1-121.

14 Cuja boca está cheia de maldição e amargura.

- maldição. Citação do SI 10.7. Significa desejar o pior para outra pessoa e expressar esse desejo publicamente numa linguagem cáustica e sarcástica; amargura. A expressão aberta e pública da hostilidade emocional contra um inimigo (cf. SI 64.3-4).

15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

- 15-17 Citação de Is 59.7-8.

16 Em seus caminhos há destruição e miséria.

- destruição e miséria. O ser humano danifica e destrói tudo o que toca, deixando um rastro de dor e sofrimento pelo seu caminho.

17 E não conheceram o caminho da paz.

- o caminho da paz. Não é a falta da sensação de paz interior, mas a tendência do ser humano para o antagonismo e o conflito, seja entre povos ou nações (cf. Jr 0.14).

18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

- temor de Deus. Veja SI 36.1. A verdadeira condição espiritual do ser humano não é vista de modo mais claro em nenhuma outra situação do que na ausência de uma adequada submissão e reverência a Deus. O temor bíblico de Deus consiste de 1) respeito pela sua grandeza e glória, e 2) medo dos resultados da violação dessa natureza santa (Pv 7.7;cf. Pv9.0; 16.6; Atos 5.1-11; 1Co 11.30)

 

 

- OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

- Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

 

 

INTRODUÇÃO

Uma das características do Cristianismo é o ensino de que o homem possui uma forte tendência a rejeitar o que é bom e praticar o que é mau. Tal prática desagrada e ofende a Deus, pois Ele nos criou para que fizéssemos o que é certo e justo. Essa prática do que é mau chamamos de pecado, algo que faz com que o homem se afaste de Deus e seja condenado a uma existência de conflitos com aqueles que o cercam e com aquele que os criou nesta vida, e que pode levá-lo ao Inferno, na eternidade.

- Algumas considerações iniciais:

- o homem possui uma forte tendência a rejeitar o que é bom: - 1 Jo 1.8: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. As Escrituras atestam que todo ser humano, qualquer que seja a idade, raça, nacionalidade, está desqualificado desde o seu nascimento e tem uma natureza decaída por causa do pecado de Adão e Eva.

a. Todos nós herdamos uma natureza pecaminosa, uma terrível inclinação para o pecado (1Jo 1.8-10; Sl 51.5).

b. Em todos os lugares encontramos pessoas violando os padrões morais, éticos e espirituais estabelecidos. Ninguém os guarda perfeitamente (Rm 5.12-19; 3.10-18).

Chafer assinala que “O termo ‘pecado original’ carrega consigo duas implicações: (1) o primeiro pecado da raça, e (2) o estado do homem em todas as gerações subsequentes como resultado do pecado original”. Talvez um termo melhor para designar este fato seja “pecado herdado”, ou “corrupção hereditária”. Como consequência da queda, todos passamos a ser pecadores. Uma simples observação da natureza humana nos ajuda a verificar que não é necessário ensinar uma criança a pecar.

- pode levá-lo ao Inferno: - O pecado não é problema de um indivíduo apenas, mas de todos os seres humanos. Podemos afirmar que não existe pecado cujas causas não estejam na humanidade inteira e cujas consequências não atinjam toda a humanidade. Temos estudado o homem como pecador, e demonstrado não só que o homem todo é pecador, como também que todo homem é pecador. Consequências do pecado:

1.    Separação de Deus – esta é a pior consequência; Deus é bom e não pode conviver com o pecado, que é mau; o afastamento do amor de Deus leva a todas as outras consequências.

2.    Morte – por causa do pecado sofremos morte física, porque somos imperfeitos e o que é imperfeito não dura (Romanos 6:23).

3.    Insegurança e perda de sentido – em Deus encontramos nossa identidade; sem Ele a vida deixa de fazer sentido.

4.    Escravidão ao diabo – tudo o que está longe de Deus pertence ao diabo; tornamo-nos escravos dele quando pecamos (1 João 3:8).

5.    Problemas com outras pessoas – o pecado muitas vezes prejudica as pessoas à nossa volta e estraga relacionamentos.

Se não houver arrependimento e confissão de pecados, depois de ouvida a mensagem das Boas-Novas, o destino eterno será mesmo o inferno!

Outra consideração: e os pequeninos natimortos ou ceifados ainda crianças? Os portadores de doenças mentais? Se morrerem sem confessar a Cristo, irão para o inferno?

- Todas as pessoas, sem exceção, são pecadoras e culpadas: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam: não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14.3); “... pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: não há justo, nem sequer um...” (Rm 3.9-10). À luz de textos como Mateus 19.14 e outros correlatos, a maioria dos cristãos entendem que as crianças que morrem na infância, são regeneradas e salvas por Cristo, por meio do Espírito que opera quando, onde e como lhe apraz, aplicando a elas a regeneração e levando-as para o céu. Do mesmo modo são salvos aqueles mentalmente incapazes. Outras partes da cristandade, em menor número, entendem que somente as crianças eleitas são salvas (incluindo-se aí os mentalmente incapazes e aqueles eleitos que não tiveram a oportunidade de ouvir a mensagem do Evangelho).

 

I. O QUE É O PECADO

 

1. Conceitos extrabíblicos sobre o pecado. Uma das características do pecado é o obscurecimento do entendimento humano. Isso significa que qualquer coisa que lhe seja dita e que corresponda a uma reprovação por seus atos errados poderá ser intelectualmente rechaçada. Há uma corrente filosófica que defende ser o pecado um mecanismo de opressão de um grupo de pessoas por outro, de tal forma que, se os oprimidos estiverem livres dessa opressão, não cometerão o pecado. Outra corrente ensina que ações como a violência e o desajuste sexual não têm uma origem espiritual, e sim material, pois se o homem é fruto de uma evolução, esses elementos são traços característicos dos animais passados geneticamente. Para outros pensadores, o pecado é uma ilusão a ser combatida por meio intelectual, pois para eles, se Deus não existe, logo, a ideia do pecado, que é uma afronta contra esse Deus, também não deveria existir. Na prática, a sociedade dos nossos dias rejeita a ideia da existência do pecado como um mal que aflige a humanidade e que deve ser combatido; dessa forma, atribui a ele uma mera percepção religiosa, não sendo, portanto, algo que deve fazer parte das preocupações dos seres humanos. Tudo isso mostra que o pecado tem o poder de afetar o intelecto e as ações humanas, distorcendo a capacidade de entender e aceitar as coisas espirituais.

- Dependendo do contexto cristão, o pecado recebe algumas classificações. Nós estamos habituados com os termos “pecado original”, “pecado para o qual não há perdão – blasfêmia contra o Espírito Santo”, e os “pecados factuais”, aqueles que todos os homens cometem ao longo de suas vidas. A doutrina católica distingue o pecado em 3 categorias:

1.    O pecado original, que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado.

2.    O pecado mortal, que é cometido "quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento.

3.    o pecado venial, "que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais", nomeadamente no Purgatório.

- Uma novidade em termos de pecado foi introduzida pela Teologia da Libertação, o ‘pecado estrutural’, inicialmente batizado de ‘pecado social’. Ele se refere aos ecos do pecado na vida da sociedade, já que o homem também é um ser social e suas atitudes repercutem no universo social. Esta doutrina também revela que há contextos sociais que também são pecaminosos, ou seja, há erros cometidos pela sociedade, não apenas por pessoas – daí o ‘pecado social’. Assim, desenvolve-se simultaneamente um pecado inserido nas próprias estruturas sócio-políticas, econômicas e culturais, que têm conseqüências igualmente dolorosas – o ‘pecado estrutural’.

- Como ilustração do que é discutido nesse subtópico, destaco a introdução do artigo “O MITO DO PECADO ORIGINAL”: “O mito do Pecado Original, embutido na tradição judaico-cristã, serve como um marcador incontestável da consciência moral e espiritual dos indivíduos e coletivos que se identificam com essa tradição, como destaca Greenblatt (2018), o mito de Adão e Eva permeia não apenas os dogmas religiosos, mas também a literatura, arte e, consequentemente, a psique cultural de várias sociedades, como destaca: Quer acreditemos na história de Adão e Eva, quer a consideremos uma fantasia absurda, fomos feitos à sua imagem. Ao longo de muitos séculos, essa história plasmou a maneira como pensamos em crime e castigo, responsabilidade moral, morte, dor, trabalho, lazer, companheirismo, casamento, gênero, curiosidade, sexualidade e em nossa natureza humana. Greenblatt (2018, p.44).” Disponível em: O MITO DO PECADO ORIGINAL.

2. O conceito bíblico sobre o pecado. A Bíblia descreve o pecado como um ato de rebeldia contra Deus. Segundo o Dicionário Wycliffe, “pecado não é somente alguma coisa contrária ao que Deus disse que o homem não deveria fazer, mas é também algo contrário ao que Deus não quer que o homem faça, com base nos princípios revelados.” A expressão mais utilizada para definir o pecado é “errar o alvo”, ou seja, ter na sua frente um objeto e não conseguir acertá-lo, como se uma pessoa que tivesse em mãos um arco e uma flecha, ou mesmo uma funda, e não conseguisse atingir o alvo à sua frente, ou porque este estava em movimento, ou porque quem atirou a flecha ou a pedra não mirou de forma correta. Na prática, tão danoso quanto errar o alvo é esquecer-se de Deus, e essa é uma definição mais forte sobre o pecado. Quando nos esquecemos do Senhor e transgredimos a sua Lei, nos colocamos contra Ele e seus mandamentos. Davi exemplifica bem que os escritores sagrados tinham consciência da existência do pecado: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.3).

- Pecado é tudo aquilo que transgrida a Lei de Deus sendo contrário ao Seu caráter. Desse modo, o homem peca tanto ao não fazer o que agrada a Deus quanto ao fazer aquilo que o desagrada. A doutrina acerca do pecado é bastante exaustiva na Bíblia, tanto no Antigo quando no Novo Testamento. A seguir, veremos o que as Escrituras dizem sobre o que é o pecado, qual o seu significado e tudo que o envolve. Todas as pessoas já nascem em estado de pecado e, portanto, sob a ira e condenação de Deus. “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 52.5); “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram” (Rm 5.12); “... e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3b). Todos pecaram em Adão por ser ele cabeça e representante da raça humana. A primeira transgressão foi uma transgressão de todos nós, grandes e pequenos. Há uma solidariedade inescapável da raça humana, na questão do pecado. Trazemos desde a concepção a culpa e a corrupção do pecado original. Esse pecado nos é imputado não somente porque descendemos de Adão, mas porque ele era o nosso representante no Pacto das Obras. Quando Adão quebrou este pacto, nós todos o quebramos também. A Bíblia diz que o pecado é uma grave e deliberada revolva contra o próprio Deus, que naturalmente resulta na transgressão de sua Lei. Ao mesmo tempo em que as Escrituras revelam explicitamente essa verdade, elas também expõem de forma clara qual é o padrão correto contra o qual os homens deliberadamente transgridam, bem como não deixa qualquer dúvida com relação à responsabilidade do próprio homem nessa transgressão.

3. A origem do pecado. É natural que queiramos saber como tudo surgiu, desde objetos a grandes ideias. Nosso mundo foi criado por Deus, e nós também. Ocorre que uma de suas criaturas, Satanás, mesmo dotado de proximidade da glória de Deus, decidiu que seria semelhante ao Altíssimo, e por isso, foi retirado de sua condição de perfeição, tornando-se a fonte de todo o mal. O profeta Ezequiel, falando acerca do rei de Tiro, profecia também atribuída a Satanás, diz que “perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28.15). Esse versículo nos mostra duas coisas: Satanás não é um deus, embora se ache um; e que o pecado pode corromper até a mais perfeita criatura. Satanás, uma vez privado de sua glória por causa de sua rebeldia, dirige-se para transmitir seu mal à outras duas criaturas que foram feitas por Deus, o homem e a mulher. Estes foram feitos à imagem de Deus, mas estavam sujeitos ao mal, pois não eram imunes ao pecado. Eles deveriam depender do Criador o tempo todo para que não pecassem, e justamente em um momento em que se esqueceram do Senhor, foram fisgados pelo discurso de Satanás, pecaram contra o Todo-Poderoso e foram julgados por essa desobediência. A partir daí, todas as desgraças que acometem a humanidade: mentira, assassinatos, acusações, guerras, desrespeito entre os casais e a morte. O pecado provém de Satanás, o pai da mentira, que peca e mente desde o princípio (Jo 8.44).

- As Escrituras atestam que o mal moral existente no mundo, transparece claramente no pecado isto é, como transgressão da lei de Deus. O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável “Longe de Deus o praticar ele a peversidade e do Todo-poderoso o cometer injustiça” (Jó 34.10). O Pecado se originou no Mundo Angélico. A Bíblia nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador (Gn 1.31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em (Jo 8.44 ), Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio e em (1Jo 3.8 ) diz João que o Diabo peca desde o princípio. Já a raça humana, com respeito à origem do pecado, a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos pósteros. Dessa fonte não Santa o pecado fluí numa corrente impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó: “Quem da imundície poderá tirar cousa pura? Ninguém” (Jó 14.4). Mas ainda isso não é tudo: Adão pecou somente como pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes, e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são possíveis de punição e morte. É primariamente nesse sentido que o Pecado de Adão é o pecado de todos. É o que Paulo ensina em Rm 5.12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos” (Rm 5.18,19).

 

 

II. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

 

1. O homem foi criado bom. Segundo as Escrituras, o ser humano foi criado perfeito, sem pecado. Chamamos isso de estado de inocência, em que o homem e a mulher não tinham consciência do mal. Eclesiastes 7.29 diz que “Deus fez ao homem reto”. Mas, mesmo tendo sido criado sem imperfeição alguma, o homem cedeu à tentação. A partir de sua desobediência a Deus, dando ouvidos à proposta de Satanás, o homem passou a ser mau. Observe que o ser humano usou da liberdade que tinha para desobedecer a Deus: Gênesis 3 nos conta que Satanás não obrigou o casal a comer do fruto que Deus lhes havia vedado, mas que eles mesmos, convencidos por Satanás, comeram da árvore.

- Como definir o Bem sem o Mal, o Bom sem Mau? É mais bem definido aplicar o termo Reto. É assim que o Pregador afirma: “Deus fez ao homem reto” (Ec 7.29). O Pr Eber Campos escreve: “Enquanto o pecado é definido como “qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa lei”, a retidão é exatamente o oposto – a conformidade com a lei, a mente e a vontade de Deus, expressas em sua Palavra. “O caminho dos retos é desviar-se do mal” (Pv 16.17), o que Jó fazia com regularidade (Jó 1.1-8 e 2.3). O homem reto, disse um menino da roça, com simplicidade e sabedoria, é aquele que anda na linha”. ULTIMATO. Adão era criação de Deus. Depois que a criação estava completa (inclusive o homem), "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom" (Gênesis 1.31).

 

O homem que Deus havia criado era muito bom. O homem era o que Deus planejou, projetou e se propôs fazer. Mas a vida não é uma "carona". Ao homem foi dado o domínio (liderança). No entanto, com o domínio vem a necessidade de usar esse poder de maneira responsável. Assim, o homem deve ser responsável no que ele pensa, no que diz, e no que realiza. Deus deu ao homem um trabalho a fazer: cuidar e manter o jardim (Gênesis 2.15). Deus deu também ao homem alguns privilégios e limitações. Por exemplo:

Privilégio – poderia comer livremente de toda árvore do jardim (exceto uma).

Limitação – não poderia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Deus deu ao homem coisas para fazer e coisas para não fazer. O mesmo é válido para nós hoje: Deus diz o que podemos e o que devemos fazer. Ele também diz o que não podemos e não devemos fazer. Enquanto Adão obedeceu a Deus, o relacionamento amigável descrito acima continuou. Mas quando o homem pecou (fez o que Deus lhe disse para não fazer), Deus não podia mais ter um relacionamento próximo com ele. Deus providenciou ao homem a possibilidade de perdão e restauração de um relacionamento íntimo com ele através de Jesus Cristo.

2. Degradação da raça humana. A humanidade pode até negar a existência do pecado, mas não pode negar a consciência de que estão errados quando cometem uma iniquidade. Gênesis 3.7 diz: “então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”. O pecado tira a inocência do ser humano. Se eles buscavam ser parecidos com Deus, conhecedores do bem e do mal, logo perceberam que a decisão que tomaram, incitados por Satanás, lhes mostrou que o mal que desconheciam agora lhes dominava. Os homens se tornaram violentos, gananciosos, assassinos, desrespeitosos de compromissos, doentes e insatisfeitos com o que possuíam. Criaram deuses para si e os adoraram, e nesses cultos degradaram a imagem e semelhança que tinham de Deus em si.

- Não se envergonhavam (Gn2.25), essa afirmação não idealiza a nudez, mas antecipa porque os humanos devem usar roupas. Com a queda veio a trágica perda da inocência (juntamente com o resultante pudor). A inocência registrada Gn 2.25 foi substituída por culpa e vergonha em Gn 3.7, 8-10) e, dali por diante, eles tiveram que confiar na própria consciência para distinguir entre o bem e sua recentemente adquirida capacidade de vencer o mal. Paulo em Romanos enfatiza que Deus entregou todos os homens à corrupção moral. A consequência e penalidade do pecado de Adão não foi apenas a morte, mas também a corrupção moral. Isso significa que cada um dos descendentes de Adão nasce inteiramente inclinado ao mal e à inimizade contra Deus. Uma vez que todos os homens carregam a culpa do pecado de Adão, eles também carregam a penalidade: morte e corrupção moral. Sem a graça salvadora de Deus, um indivíduo continuará em seu estado moralmente corrupto para sempre.

3. A degradação do mundo em que vivemos. É curioso perceber que o pecado afetou não somente a humanidade, mas igualmente o mundo em que ela vive. Questões como alterações climáticas, poluição e alterações na produtividade dos alimentos têm sua origem nos efeitos do pecado. O apóstolo Paulo nos diz que a criação aguarda ser redimida (Rm 8.22). Os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos da pecaminosidade humana, seja por força de ações, seja por omissões. O descaso com o ambiente em que vivemos nos mostra o quanto nos afastamos de Deus e de sua criação. Mesmo a Terra Prometida pelo Senhor a Moisés e ao povo foi alvo desse descaso. A Lei de Moisés designava que a terra deveria descansar no sétimo ano, após ter sido lavrada e as colheitas realizadas. Esse descanso era “um sábado ao Senhor” (Lv 254), mas os hebreus, desprezaram esse mandamento, sendo isso grave violação à Lei de Deus.

- Em Gênesis 3.17-18 maldita é a terra por tua causa, Deus amaldiçoou o objeto do trabalho do homem e fê-lo relutantemente, ainda que ricamente, obter o seu alimento por meio do trabalho árduo. A Adão, Deus anunciou que a terra seria amaldiçoada por causa do seu pecado. O trabalho árduo e o suor seriam necessários para obter alimento. Essa maldição evidencia a luta e as dificuldades enfrentadas pelo homem na provisão de seu sustento e revela a necessidade de dependência de Deus. A queda dos nossos pais não atingiu apenas a humanidade, mas também o universo. A criação foi submetida à escravidão. A terra passou a produzir cardos e abrolhos. Os animais passaram a ser hostis à raça humana. A natureza entrou em convulsão. A criação está sentindo dores de parto, aguardando o tempo em que será liberta do seu cativeiro. As tempestades avassaladoras, as enchentes gigantescas, os terremotos devastadores, os maremotos inundantes e a desertificação assoladora de muitas regiões revelam esses gemidos da criação. A terra está enferma. O mundo sofre cólicas intestinais. Toda a criação, gemendo, aguarda a segunda vinda de Cristo, a redenção plena da igreja, quando, então, haverá novos céus e nova terra. Em Gênesis fica evidente o início de um conflito que perdura até hoje, Homem X Natureza. A ordem dada em Gênesis 1.28 “E Deus abençoou-os, e disse-lhes Deus: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra, e subjugai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre tudo o que tem vida e que rasteja sobre a terra’” foi pervertida pelo pecado, e a consequência é o abuso, o descuidado e a degradação da natureza que tanto permeia a mídia mundial hoje.

 

II. CONSEQUÊNCIAS PARA QUEM COMETE O PECADO

 

1. A morte física e a espiritual. Após criar Adão e colocá-lo no Éden, Deus advertiu que ele não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não morresse. Por ter dado mais ouvidos ao que Satanás lhes disse e tendo desobedecido a Deus, homem e a mulher se sujeitaram à morte, o fim da existência física. Não somente isso, mas todos os filhos de Adão e Eva herdaram a pecaminosidade de seus pais e a morte que os levou. Vemos aqui o que a Teologia Cristã chama de solidariedade. A partir de Adão, o pecado e a morte com o consequência foram transmitidos aos seus descendentes. “Pelo que, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Portanto, o pecado é hereditário e a sua universalidade deve-se à corrupção da natureza humana que é a consequência que herdamos de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Segundo a Carta aos Hebreus, “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo ” (Hb 9.27). Na morte, o ser humano tem as suas conexões com este mundo cessadas. Com a quebra da comunhão com Deus, vem também a morte espiritual, a separação entre o homem e o Criador. Essa é a segunda consequência do pecado.

- Todas as pessoas herdaram pecado de Adão e Eva, especificamente de Adão. Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1 João 3.4) e rebelião contra Deus (Deuteronômio 9.7; Josué 1.18). Pecado originou-se em Lucífer, a “estrela da manhã, filha da alva”, o mais bonito e poderoso de todos os anjos. Ser tudo isso não foi suficiente a Lucífer, ele queria ser o Deus Altíssimo – essa foi sua fraqueza e o início do pecado (Isaías 14.12-15). Agora chamado de Satanás, ele trouxe pecado à humanidade no Jardim do Éden, onde tentou Adão e Eva com a mesma sedução de ser como Deus. Gênesis 3 descreve a rebelião de Adão e Eva contra Deus e contra Seus mandamentos. Desde então, o pecado tem sido passado de geração a geração e nós, descendentes de Adão, temos herdado pecado dele. Romanos 5.12 nos diz que através de Adão o pecado entrou no mundo, e por causa disso a morte foi passada a todos os homens porque “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Essa é a condição que chamamos de pecado herdado. Assim como herdamos características físicas de nossos pais, assim também herdamos nossas naturezas pecaminosas de Adão. Adão e Eva foram feitos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26-27). Como resultado, todos os seres humanos também são à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 9.6). No entanto, também somos à imagem e semelhança de Adão (Gênesis 5.3). Quando Adão caiu em pecado, isso resultou em seus descendentes sendo “contagiados” pelo pecado. Davi lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmos 51.5). Isso não significa que sua mãe teve um filho ilegítimo; na verdade, sua mãe tinha herdado uma natureza pecaminosa de seus pais, e eles de seus pais, e assim adiante. Davi herdou pecado de seus pais, assim como nós. Mesmo se vivermos a vida mais perfeita possível, ainda somos pecadores como resultado do pecado herdado.

2. A perdição eterna. A perdição eterna se dá justamente após a morte física. Finda a existência do ser humano, resta-lhe apenas uma eternidade com ou sem Deus. A perdição eterna é justamente a consequência de quem se esqueceu do Senhor nesta vida, que não se arrependeu de seus pecados e não aceitou a mensagem do Evangelho trazida por Jesus Cristo. Segue-se , portanto, uma séria advertência: onde passaremos a eternidade depende de nossas decisões e ações nesta vida presente. É preciso que nos arrependamos de nossos pecados, aceitemos a Jesus como nosso Salvador e Senhor, e que possamos andar com Deus em nossa vida. Por mais que a vida seja ínfima diante do destino que nos aguarda, é nela que devemos tomar a decisão que pode nos Levar para o Céu, ou escolher ignorar as advertências de Deus e passar a eternidade sem Ele, no Inferno.

- A ordem está invertida aqui nesse subtópico: “que não se arrependeu de seus pecados e não aceitou a mensagem do Evangelho trazida por Jesus Cristo”; primeiro vem a pregação do evangelho – “Consequentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo”. (Rm 10.17); como resposta à pregação do evangelho, vem a fé e a confissão. Somente encontramos fé para sermos salvos quando ouvimos, ou entramos em contato, com a verdade de Jesus. Sem fé não podemos agradar a Deus (Hebreus 11.6). A fé é aquilo que nos faz aproximar de Deus, convencendo-nos de nossos pecados, da necessidade de salvação e do sacrifício de Jesus. A fé vem pelo ouvir mas também é verdade que nem todos aqueles que ouvem o evangelho creem nele (Romanos 10.16). Muitas pessoas ouvem o evangelho mas se recusam a crer nele, rebelando-se contra a verdade de Cristo. A fé é uma decisão que é tomada quando se ouve a palavra de Cristo mas que nem sempre acontece. Não devemos ficar surpreendidos nem desencorajados quando algumas pessoas rejeitam a palavra de Deus. Embora uns rejeitem, outros encontrarão a fé e serão salvas ao ouvir o evangelho. A Bíblia fala de outros dois tipos de morte: a morte espiritual e a morte eterna. Então enquanto a morte física é a separação do espírito e do corpo, a morte espiritual é a separação entre o homem e Deus. A morte espiritual é uma realidade enquanto a pessoa ainda está viva fisicamente. Em seu estado de morte espiritual, o homem é incapaz de fazer o bem espiritual. Inclusive, fora de Cristo a morte espiritual é comum a todos os homens. Todos os que estão vivos espiritualmente têm vida espiritual somente porque foram vivificados enquanto estavam mortos em seus delitos e pecados (Efésios 2.1,2). Já a morte eterna é a separação permanente e irreversível da presença graciosa de Deus. A morte eterna é decorrente da morte espiritual e subsequente à morte física. Em outras palavras, a pessoa que morre fisicamente sem que seu estado de morte espiritual seja revertido, passa a experimentar a morte eterna, que é a concretização de seu estado de perdição eterna. Esse tipo de morte é chamado na Bíblia, no livro do Apocalipse, de “segunda morte” (Apocalipse 21.8).

 

 

CONCLUSÃO

A fé cristã nos ensina que o pecado existe, que toda a raça humana foi alcançada por ele, recebendo, como juízo, a morte e o afastamento de Deus. Diante do que estudamos, não podemos aceitar as ideias modernas que tentam tirar do ser humano a responsabilidade por seus pecados, maldades e consequências desses atos. O pecado é real e pode levar as pessoas para a perdição eterna.

- O pecado trouxe consequências individual e coletiva que se estendeu até nós. As principais consequências do pecado original são a morte (Rm 6.23) e o afastamento de Deus (Rm 3.23). É de fato que não pecamos contra o mandamento, mas pecamos contra uma pessoa, Deus. As consequências principais do pecado são a morte e a separação da presença de Deus (Rm 6.23). Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida do pecador. O pecado também traz muitas outras consequências secundárias. Por causa do pecado, a terra ficou amaldiçoada. A terra perdeu sua perfeição e se tornou um lugar difícil de viver (Gn 3.17-18). Todas as mazelas, enfrentamentos, dificuldades, tragédias, são a consequência daquele abandono do Criador. Quando alguém questiona: “Por que Deus permite isso ou aquilo”, a resposta é: “escolhas trazem consequências”. A separação eterna da presença de Deus é a pior consequência de todo pecado (Rm 3.23). Quem peca se rebela contra Deus. O inferno é uma eternidade sem Deus. A Bíblia diz que outras consequências do pecado no mundo são:

   A doença – agora nossos corpos são vulneráveis a todo tipo de doença e, um dia, todos temos que morrer (mas atenção: a doença não é sempre consequência de pecado individual; é consequência da existência de pecado no mundo)

    Desastres naturais – fomes, dilúvios e outros desastres são produto da maldição da terra

    Relacionamentos difíceis – tornou-se muito mais difícil ter relacionamentos harmoniosos com outras pessoas.

- O pecado traz muito sofrimento ao pecador. Deus retribui a cada um de acordo com suas ações (Rm 2.6).

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

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HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, cite uma das características do pecado.

Uma das características do pecado é o obscurecimento do entendimento humano

2. Qual o conceito bíblico sobre pecado?

A Bíblia descreve o pecado como um ato de rebeldia contra Deus.

3. Qual a expressão mais utilizada para definir pecado?

A expressão mais utilizada para definir o pecado é “errar o alvo”, ou seja, ter na sua frente um objeto e não conseguir acertá-lo.

4. O que nos mostra o texto de Ezequiel 28.15?

Esse versículo nos mostra duas coisas: Satanás não é um deus, embora se ache um: e que o pecado pode corromper até a mais perfeita criatura.

5. Segundo a lição, os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos de quê?

Os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos da pecaminosidade humana, seja por força de ações, seja por omissões.