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22 de abril de 2024

EBD ADULTOS | Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada| 2° Trimestre de 2024

TEXTO ÁUREO

Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5)

Entenda o Texto Áureo:

- Os que são de fora. Diz respeito aos incrédulos. Os cristãos são chamados para viverem de maneira a estabelecer a credibilidade da fé cristã e a aproveitar ao máximo cada oportunidade de evangelização.

 

VERDADE PRÁTICA

A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição à nossa maneira de viver.

Entenda a Verdade Prática:

- O progresso do Evangelho depende não só da liberdade e eficácia da pregação, mas também da consistência da vida dos convertidos, tanto na sua conduta (versículo 5) como na sua conversa (versículo 6).

 

LEITURA BÍBLIA EM CLASSE

Efésios 5.15-17

 

15. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

- prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios. Esse termo quer dizer "corretamente ou precisamente com grande cuidado" (cf. SI 1.1; Mt 7.4). Viver moralmente é viver com sabedoria. Segundo a Bíblia, um "néscio" ou não é assim chamado por causa de limitações intelectuais, mas devido à incredulidade e aos consequentes feitos abomináveis (SI 14.1; Rm 1.22). Ele vive separado de Deus e contra a lei de Deus (Pv 1.7,22; 14.9), e não pode compreender a verdade (1Co 2.14) nem a sua verdadeira condição (Rm 1.21-22). Não há dúvida de que os cristãos devem evitar se comportar como os néscios (veja Lc 24.25; Cl 3.1-3).

16. remindo 0 tempo, porquanto os dias são maus.

- remindo o tempo. A palavra grega para "tempo" indica um período fixo, mensurado e demarcado; com o artigo definido "o" refere-se, provavelmente, ao tempo de vida de alguém como cristão. Nós devemos fazer tom que a maior parte do nosso tempo nesta terra ímpia seja usada para cumprir os propósitos de Deus, aproveitando toda oportunidade para a adoração proveitosa e para o serviço. Devemos estar cientes da brevidade da vida (SI 39.4-5; 89.46-47; Tg 4.14,17).

17. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

- Conhecer e compreender a vontade de Deus por meio da sua Palavra é sabedoria espiritual. Por exemplo, a vontade de Deus revelada a nós é que as pessoas devem ser salvas (1Tm 2.3-4), cheias do Espírito (v. 18), santificadas (1Ts 4.3), submissas (1Pe 2.13-15), sofredoras (1Pe 2.20) e agradecidas (1Is 5.18). Jesus é o exemplo supremo para tido (veja Jo 4.4; 5.19,30; 1Pe 4.1-2).

 

 

INTRODUÇÃO

Na jornada da vida cristã o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta para a vida eterna. Ele sinaliza como devemos agir ao longo desse caminho para o Céu. Por isso, como evidência do seu amor e cuidado, preparando tudo para que trilhem os bem o caminho da verdade, o Pai nos corrige em nossa jornada cristã. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito de como devemos nos conduzir pelo caminho que nos leva ao Céu.

- É interessante que o apóstolo Paulo afirma que é sábia a pessoa que consegue aproveitar bem as oportunidades para dar bom testemunho e pregar o Evangelho aos descrentes. Uma vez que o alicerce está pronto, ele não é jamais construído novamente. Constrói-se sobre ele". Os crentes, chamados no livro de Atos, ‘os do caminho", distinguem-se dos demais religiosos. Esses traçam diretivas fundamentadas em modelos criados pela imaginação humana, "construamos uma cidade e uma torre cujo ápice penetre nos céus" (Gn 11.4); nós, uma crença respaldada, fundamentalmente, por uma revelação que vem do alto, de cima, para os que estão em baixo, nas trevas. "Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho" (Hb 1.1-3). Nosso texto de ouro traz Paulo falando sobre a conduta dos crentes em relação aos não crentes. Ele os exorta a serem sábios em sua maneira de agir com os de fora, aproveitando as oportunidades para falar com graça, de modo a responder a cada pessoa de forma apropriada.

 

I. O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

 

1. Jesus como nosso padrão de conduta. Antes de analisarmos o texto bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir a respeito de um padrão geral de conduta para fazer a vontade do Pai nesta caminhada cristã. Há um padrão que o Senhor Jesus espera de seus discípulos para fazer a vontade de Deus nesta vida? A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou o seguinte: “ Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15-17). Ora, esse texto expressa que Ele é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida. Sim, há um padrão de conduta que tem como base o nosso Senhor e quem deseja fazer a vontade de Deus neste mundo deve olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2).

- Jesus é um modelo a ser seguido e não somente apreciado. Muitas pessoas são encantadas com Jesus sem segui-lo. Muitos admiram a pessoa de Jesus, porém não estão dispostas a seguir seus ensinamentos.  (Hb 12.2) diz o seguinte: “olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus”. Todos os dias temos que olhar para Ele. Ser como Ele é e fazer o que Ele fez. Paulo imitava ao Senhor Jesus Cristo. Um discípulo de Cristo é alguém que o tem como modelo. Isso significa ser cristão. Em (Gn 17.1) está escrito: “...Eu sou o Deus todo-poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”. Andar com Deus é muito mais do que pertencer a uma religião, é muito mais do que ser um santarrão, do que ser um Presbiteriano ou um Batista, mas é caminhar com o Senhor Jesus Cristo. O propósito de Deus é nos vincular a Cristo e nos tornar semelhantes a Ele. Isso está muito claro em (Rm 8.29) “Porquanto aos que antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho”.  Ninguém se torna um cristão simplesmente porque se declara um cristão, mas sim, porque se torna um imitador de Jesus.

2. Fazendo a vontade de Deus. Como Filho de Deus, Jesus procurou agradar ao Pai na jornada desta vida, fazendo sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 17.4). Não por acaso, nosso Senhor nos incentivou a buscar a vontade do Pai na oração que Ele ensinou aos discípulos, o “ Pai Nosso” (Mt 6.10; cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, parece muito difícil andar no padrão divino de Cristo. Entretanto, isso é possível quando buscamos o auxílio do alto, conforme oração ensinada por Ele (Mt 6.9-13). Logo, o cristão que deseja ir para o céu procura fazer a vontade de Deus, deixando de lado o caminho do egoísmo, do orgulho e da vaidade; procurando se aproximar e praticar a “ Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “ tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lo também vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).

- Parte-se do princípio de que a vontade de Deus pode ser conhecida. Não devemos ir atrás do que Deus não intentou revelar, mas devemos conhecer bem o que nos revelou. Desde o primeiro capítulo de Gênesis, até o ápice da revelação em Jesus Cristo (Hb 1.1-2), nosso Senhor é um Deus que se revela. Jesus Cristo é o ápice da revelação, ele próprio afirma que nos deu a conhecer tudo quanto ouviu de seu Pai (Jo 15.15). Cristo não nos poupou de nada que precisávamos saber. Pelo contrário, ele fez questão de enviar-nos o Espírito para reforçar e completar essa revelação, que atingiu seu clímax em Jesus (Jo 16.12-14). Tal reforço e complemento ocorrem no ministério dos apóstolos, que nos proporcionaram o fundamento da vida cristã (Ef 2.20). Não há nada além das Escrituras que precisemos conhecer para uma vida agradável a Deus.

3. Uma vida cristã bem-sucedida. A respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo disse que estamos numa “competição espiritual” e, por isso, devemos procurar o caminho certo para nos acharmos qualificados (1 Co 9.24-27). Dessa forma, o cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual bem-sucedida. Sabemos que pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em outras pessoas ilustres, equilibradas e resilientes (cf. 1 Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte, de modo que o apóstolo Paulo escreveu sobre o nosso Senhor, exortando que o imitássemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).

- Em 1º Coríntios 9.24-27, Paulo discorre sobre a liberdade não poder ser limitada sem o autocontrole, visto que a carne resiste aos limites à sua liberdade. Aqui, Paulo fala a respeito de seu próprio autocontrole. Os gregos apreciavam dois grandes eventos atléticos, os jogos Olímpicos e os jogos do istmo, e como os jogos do istmo eram sediados em Corinto, os cristãos estavam bem familiarizados com essa analogia de correr para ganhar. O autocontrole é essencial para a vitória. Uma grinalda de folhas era entregue ao vencedor da corrida (2Tm 4.8; 1Pe 5.4). Por quatro vezes ele mencionou o seu objetivo de ganhar pessoas para a salvação (vs. 19,22). Logo em seguida, Paulo muda a metáfora para a luta de boxe, a fim de ilustrar a verdade de que ele não era um boxeador que lutava com um adversário imaginário, apenas brandindo seus braços sem propósito (cf. 1Tm 1.18). Ele “esmurrava-se”, de um termo que significa, literalmente, golpear sob os olhos. Ele golpeou seus impulsos do corpo para evitar que eles impedissem a sua missão de ganhar almas para Cristo, e fosse encontrado “desqualificado”, em outra metáfora que usa os jogos atléticos. Um competidor que não consegue atender às exigências básicas do treinamento não podia participar de modo algum, muito menos ter a oportunidade de ganhar. Paulo deve estar se referindo, especialmente, a esses pecados da carne que desqualificam um homem de pregar e de liderar uma igreja, sendo, em particular, impecável e por estar acima de qualquer censura na área sexual, uma vez que tal pecado é uma desqualificação (SI 101.6; ITm 3.2; Tt 1.6).

 

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Deus em Cristo retribua.

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).

 

 

 

II. FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

 

1. O que é prudência? Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma trajetória cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo Paulo ensina a respeito da caminhada do cristão neste mundo. Neste capítulo, a palavra “ prudência” se destaca. De acordo com o Antigo Testamento, a palavra “prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em Provérbios 9.10, quando se diz que o justo “crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar. No Novo Testamento, a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, ou seja, “toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.8). Então, podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

- O termo da língua portuguesa “prudência” é um substantivo feminino, de origem etimológica latina - prudentia,-ae - previdência, previsão, conhecimento, saber, competência, bom senso, sagacidade, significando:

            1. Cuidado, geralmente antecipado, na realização de alguma coisa ou no tratamento de algum assunto, evitando os perigos;

            2. Qualidade de quem age ou fala de forma moderada, ponderada ou sensata (ex.: prudência no discurso), e

            3. Usado em Religião significando: Virtude cardeal que consiste em conseguir ou praticar o que é desejado, evitando todos os perigos.

- Em Efésios 1.8, significa o entendimento espiritual concedido divinamente, quando da redenção, o crente recebe juntamente com a graça ilimitada de Deus (Rrn .5.20) e o perdão do pecado (1Co 2.6-7,12,16).

2. Não andeis como néscios! Apóstolo Paulo diz que não devemos andar como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo asophos, traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25); mas como “sábios”, ou seja, diligente, cuidadoso e sábio, cheio do Espírito Santo para fazer a vontade do Senhor. Ser néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o apelo do apóstolo Paulo para o crente é: “vede prudentemente como andais”. Em outras palavras: seja prudente. O apóstolo deixa claro que os que vivem na carnalidade jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

- Em Efésios 5.15 “prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios”, esse termo quer dizer "corretamente ou precisamente com grande cuidado" (cf. SI 1.1; Mt 7.4). Viver moralmente é viver com sabedoria. Segundo a Bíblia, um "néscio" ou não é assim chamado por causa de limitações intelectuais, mas devido à incredulidade e aos consequentes feitos abomináveis (SI 14.1; Rm 1.22). Ele vive separado de Deus e contra a lei de Deus (Pv 1.7,22; 14.9), e não pode compreender a verdade (1 Co 2.14) nem a sua verdadeira condição (Rm 1.21-22). Não há dúvida de que os cristãos devem evitar se comportar como os néscios (Lc 24.25; Cl 3.1-3). Nas Escrituras, esse andar desordenado é classificado sempre pelo termo “carne”; A Escritura emprega esse termo num sentido não moral para descrever a existência física do homem (Jo 1.14), e num sentido moralmente mal para descrever a humanidade do ser humano não redimido (Rm 6.6; Rm 8; Gl 5; Ef 2), ou seja, o remanescente do velho homem que permanecerá com cada cristão até que ele receba o seu corpo glorificado (Rm 8.23). "Na carne" descreve uma pessoa capaz de atuar apenas na esfera da humanidade caída, uma pessoa não redimida, não regenerada (Rm 8.9). Embora o cristão possa manifestar algumas obras da carne, ele não pode nunca mais "estar na carne", preso às paixões pecaminosas - os impulsos incontroláveis de pensar e fazer o que é mal, os quais caracterizam aqueles que "estão na carne" (Ef 2.3).

3. Andeis como sábios! O adjetivo que Paulo usa para qualificar quem caminha para o céu é “ sábio”, do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, que habita o crente, seu andar é com discernimento, a sabedoria realmente o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. Há um compromisso de jamais voltar à conduta antiga do mundo. Contudo, é relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima. Por meio dessa sabedoria, andamos em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2; Gl 3.26).

-Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor” (Ef 5.17); Compreender e viver de acordo com ela - isso é sabedoria. Fazer o contrário seria “insensato” e “tolo”, um lapso de tempo na escuridão, um retorno à fossa pagã da qual os efésios foram resgatados recentemente. O capítulo 5 de Efésios começa dizendo para nós sermos imitadores de Deus. Como filhos amados nós devemos viver em amor e entregar nossa vida à disposição do Senhor. Deus deseja nos conduzir em cada detalhe das nossas vidas, por isso Ele depositou em nós o Seu Espírito, que é o nosso maior mestre e melhor conselheiro. Todo esse capítulo de Efésios nos ensina a como nos comportarmos. A estrutura dessa carta é bem interessante, nos três primeiros capítulos o apóstolo Paulo ensina sobre quem somos em Cristo e nos últimos três, ele escreve sobre como nos comportarmos em diversas situações. É como se ele estivesse dizendo: agora que vocês compreenderam toda a graça de Deus e sabem quem são em Cristo Jesus, coloquem em prática essa vida que vocês receberam. Somos convocados a viver de maneira sensata, aproveitando cada oportunidade que temos para manifestar a vida de Cristo, afinal os dias são maus e nosso propósito como filhos de Deus é deixarmos que a vida do Senhor flua através de nós.

 

III. VENCENDO OS DIAS MAUS

 

1. Remindo o tempo. O versículo 16 de Efésios 5 apresenta o verbo remir como tradução do grego exagorázõ. Ele possui dois sentidos: 1) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; 2) comprar para uso próprio. Então, podemos dizer que remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado. Com a expressão “ remindo o “tempo”, o apóstolo Paulo se refere ao cristão que se conduz de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).

- Remir o tempo significa ter poder sobre o nosso tempo, resgatá-lo e usá-lo com sabedoria para as coisas que são verdadeiramente importantes. Assim, remir o tempo tem o significado de ter poder sobre o nosso tempo, resgatá-lo e usá-lo com sabedoria para as coisas que são verdadeiramente importantes (sic); especialmente preservar forças para os dias maus. A frase remindo o tempo também é encontrada em Colossenses 4.5: "Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades." Em ambas as passagens, remir ou aproveitar o tempo está relacionado à sabedoria em como "andamos", ou seja, como vivemos.

2. Remindo o tempo e a Volta do Senhor. Quando se falava a respeito de remir o tempo entre os cristãos primitivos, estes tinham em mente a iminência da segunda vinda do Senhor Jesus, ou seja, esse esperado acontecimento poderia acontecer a qualquer momento (1 Co 15.51). Por isso, os cristãos eram incentivados a procurar sabiamente aproveitar todas as oportunidades, em especial, no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia. Assim, a perspectiva da iminente volta do nosso Senhor faz com que não percamos tempo com coisas banais; antes, nos exorta a viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (1 Ts 4.15).

-Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.2, 3). Os que aguardam a volta de Cristo São os filhos de Deus que aguardam a volta de Cristo, Sua manifestação. Os filhos de Deus são aqueles que creem no nome de Jesus (Jo 1.12). Os filhos de Deus são alvos do amor de Deus e é justamente por isso que o mundo não os conhece (1Jo 3.1). Inclusive, somos informados pelo próprio Senhor Jesus que os amados do Pai são odiados pelo mundo (Jo 15.18, 19). Jesus Cristo virá buscar aqueles que receberam o amor do Pai para serem completamente transformados à Sua semelhança. O texto de 1 João 3.2, 3 deixa claro que somos filhos de Deus, mas que ainda existem aspectos de quem somos que não foram completamente manifestos. A consumação de nossa salvação se dará na segunda vinda de Jesus. Por isso, ansiamos pela Sua volta, nossa esperança e salvação. Aguardar a volta de Cristo não é uma experiência abstrata ou mística. A Palavra de Deus coloca a postura de quem aguarda a volta de Cristo em termos práticos: “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 João 3.3). João chama o cristão a esperar pela manifestação de Jesus Cristo em santidade. Ao longo de sua primeira carta, João descreve as marcas do cristão em comunhão com Deus, ou seja, que vive em santidade (1 Jo 5.13). O cristão que aguarda a volta de Cristo mantém comunhão com o Pai, com o Filho e com outros cristãos (1 Jo 1.3, 7). Aguardar a volta de Cristo é caminhar na luz, como Ele está na luz (1 Jo 1.6). De uma forma geral, é andar como Jesus andou (1 Jo 2.6), sabendo que Jesus se manifestou em Sua Primeira Vinda para tirar os pecados do mundo, pois nEle não existe pecado (1 Jo 3.5). Então, esperar a volta de Cristo é um exercício de purificação constante. Convictos do amor do Pai, somos chamados a viver à semelhança do Filho no poder do Espírito Santo. Enquanto aguardamos, lutamos contra o pecado que nos assedia, tenta e faz guerra contra nossa alma. Seremos provados, mas somos chamados à perseverança na certeza de que Ele permanece em nós (1 Jo 3.24).

3. Os dias são maus. Outra expressão que chama atenção é “os dias são maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar nosso tempo e nos levar à prática do mal. Não podemos nos conformar com essa possibilidade, não podemos ser insensatos a tal ponto, mas entender “qual seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse modo, a vontade de Deus tem a ver com, como cristãos, aproveitarmos 0 tempo para fortalecer nossa vida espiritual, praticar o bem para com os outros, ler a Bíblia, orar, se consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25).

- ... porque os dias são maus; Os dias da vida em geral estão tão expostos ao mal, que se torna necessário aproveitar ao máximo as oportunidades, enquanto elas durarem. (Ef 6.13; Gn 47.9; Sl 49.5; Ec 11.2; 12.1; Jo 12.35). Além disso, há muitos dias especialmente maus (na perseguição, doença, etc.), quando o cristão é colocado em silêncio; portanto, ele precisa de mais para aperfeiçoar os tempos oportunos que lhe são concedidos (Am 5.13), aos quais Paulo talvez alude, aqui em Efésios 5.16.

 

CONCLUSÃO

Em nossa caminhada para as mansões celestiais precisamos seguir 0 padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra (2 Tm 3.16). É preciso viver sábia e prudentemente, aproveitando bem as oportunidades de fazer o bem, e não deixarmo-nos dominar pelos dias maus, na certeza de que a Vinda do Senhor se aproxima e, isso, nos incentiva de maneira santa (Hb 12.14).

- A vida cristã deve ser uma vida vivida pela fé. É pela fé que entramos na vida cristã, e é pela fé que a vivemos. Quando começamos a vida cristã ao nos aproximar de Cristo para receber o perdão do pecado, entendemos que o que buscamos não pode ser obtido por outros meios senão pela fé. Não podemos trabalhar o nosso caminho para o céu, porque nada que possamos fazer seria suficiente. Aqueles que acreditam que podem alcançar a vida eterna seguindo regras e regulamentos - uma lista do que se deve ou não deve fazer - negam o que a Bíblia ensina claramente. "E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé" (Gl 3.11). Os fariseus da época de Jesus rejeitaram Cristo porque Ele lhes disse essa mesma verdade - que todas as suas ações justas eram inúteis e que somente a fé em seu Messias os salvaria! A vida cristã é vivida pela fé no Deus que nos salvou, nos capacita, nos sela para o céu e por cujo poder somos mantidos para sempre. A vida cotidiana de fé é aquela que cresce e fortalece à medida que buscamos Deus em Sua Palavra e através da oração, e quando nos unimos com outros cristãos, cujo objetivo de se tornarem como Cristo é semelhante ao nosso.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

 

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a palavra “ padrão” expressa?

A palavra “ padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido.

2. Como o capítulo 5 da Carta aos Efésios pode ser dividido?

Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5-1- 14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5-15- 17); 3) uma caminhada cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33).

3. De acordo com a lição, conceituar as palavras “ prudência” e “ néscio”.

Podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

4. Explique a expressão “ remir”.

Remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com 0 melhor preço oferecido pelo mercado.

5. O que a expressão “os dias são maus” revela?

Essa expressão revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar o nosso tempo e nos levar à prática do mal.