TEXTO PRINCIPAL
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb 10.10)
Entenda o Texto Principal:
- santificados. “Santificar" significa "tornar santo", ser
separado do pecado para Deus (cf. 1Ts4.3). Ao cumprir a vontade de Deus, Cristo
forneceu para o cristão uma condição contínua e permanente de santidade (Ef
4.24; 1Ts 3.13). Essa é a santificação posicional do cristão em oposição à
santificação progressiva que vem como resultado de uma caminhada diária segundo
a vontade de Deus (Rm 6.19; 12.1-2; 2Co 7.1). corpo. Refere-se à sua
morte expiatória, conforme o uso do termo "sangue" (9.7,12,14,18,22).
A menção do corpo de Cristo numa declaração como essa é incomum no NT, mas é
uma derivação lógica da citação de SI 40.6
RESUMO DA
LIÇÃO
A santificação não somente é possível, mas também
esperada por Deus em nossa vida.
Entenda o Resumo da Lição:
- A santificação é a dedicação a Deus, se separando do
pecado. Quando uma pessoa aceita Jesus como seu senhor e salvador, acontece a
santificação. Através da santificação, a atitude e o caráter do crente são
transformados por Deus.
TEXTO
BÍBLICO
1 Pedro
1.13-20
13 Portanto, cingindo
os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça
que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
- cingindo o vosso entendimento. A prática antiga de prender a túnica
que a pessoa estivesse usando quando precisava mover-se com rapidez; aqui, é
aplicada no sentido metafórico ao processo mental do indivíduo. O significado é
juntar todos os pontos não resolvidos do pensamento de uma pessoa, rejeitando
os obstáculos do mundo e concentrando-se na graça futura de Deus (cf. Ef 6.14;
Cl 3.2). sede sóbrios. A sobriedade mental e espiritual inclui conceitos
como estabilidade, domínio próprio, clareza e determinação moral. O cristão
sóbrio é responsável de modo correto por suas prioridades e não se deixa
embriagar pelas várias distrações do mundo; esperai. À luz de sua
grande salvação, os cristãos, especialmente aqueles que passam por sofrimentos
neste momento, devem viver sem reservas para o futuro, esperando a consumação
de sua salvação na segunda vinda de Cristo (Cf. Cl 3.2). graça que vos está sendo trazida.
O ministério futuro de Cristo que consiste em glorificar os cristãos e dar-lhes
a vida eterna em sua presença será o clímax da graça iniciada na salvação (cf.
Ef 2.7).
14 Como filhos
obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa
ignorância,
- Da sobriedade de espírito e perseverança da esperança,
Pedro passa à obediência, à santidade e ao temor reverencial. Como.
Marcando seu atual caráter real como “nascido de novo” (1Pedro 1:3,22). filhos
obedientes. No original grego, “filhos da obediência”: filhos aos quais
a obediência é sua natureza característica e dominante, como um filho é da
mesma natureza que a mãe e o pai. Contraste com Efésios 5:6, “os filhos da
desobediência”. Compare 1Pedro 1:17, “obedecer ao Pai” de quem vocês são
“filhos”. Tendo a obediência da fé (compare 1Pedro 1:22) e assim da prática
(compare 1Pedro 1:16,18). “A fé é a mais alta obediência, porque cumpre a mais
alta ordem” (Lutero). conformeis. A forma exterior (grego,
schema) é passageira, e meramente superficial. A “forma”, ou conformação no
Novo Testamento, é algo mais profundo e mais perfeito e essencial. maus
desejos do passado. Que eram característicos do seu estado de
ignorância de Deus: verdade tanto para os judeus como para os gentios. A
santificação é descrita pela primeira vez negativamente (1Pedro 1:14, não vos
conformeis, etc .; o despojamento do velho homem, mesmo na forma exterior, bem
como na conformação interior), então positivamente (1Pedro 1:15, vestindo o
novo homem, compare Efésios 4:22,24). Oséias maus desejos decorrem do pecado
original (herdado dos nossos primeiros pais, que por vontade própria trouxeram
o pecado ao mundo), da cobiça que, desde que o homem foi alienado de Deus,
procura preencher com coisas terrenas o vazio do seu ser; as múltiplas formas
que a mãe cobiça assume são chamadas nas suas múltiplas concupiscências. No
regenerado, no que diz respeito ao novo homem, que constitui o seu eu mais
verdadeiro, o ” pecado ” já não existe; mas na carne ou no velho homem ele
existe. Daí surge o conflito, mantido ininterruptamente através da vida, no
qual prevalece o homem novo no essencial, e por fim completamente. Mas o homem
natural só conhece o confronto de suas concupiscências entre si, ou com a lei,
sem poder para vencê-las. [JFU, 1866]
15 Mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.
- tornai-vos santos também vós mesmos. A santidade, em essência, define a
nova natureza e conduta do cristão em contraste com o seu estilo de vida
anterior à salvação. A razão para praticarem um estilo santo de vida é que os
cristãos estão associados com o Deus santo e devem tratar a ele e sua Palavra
com respeito e reverência. Portanto, nós o glorificamos da melhor maneira quando
somos semelhantes a ele (veja vs. 16-17; Mt 5.48; Ef 5.1; cf. Lv 11.44-45;
18.30; 19.2; 20.7; 21.6-8).
16 Porquanto escrito
está: Sede santos, porque eu sou santo.
- A Escritura é a fonte de toda a autoridade em matéria de
doutrina e prática. Sede santos, porque eu sou. Já que eu sou a fonte da santidade,
sendo santo na minha essência, sede zelosos de participar da santidade, para
que sejais como Eu sou (Dídimo). A criatura é santa somente na medida em que é
santificada por Deus. Deus, ao dar a ordem, está disposto a dar também o poder
de obedecer, através do Espírito santificador (1Pedro 1:2). [JFU]
17 E, se invocais por
Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai
em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.
- se invocais como Pai. Esse é outro modo de dizer "se sois cristãos". O
cristão que conhece a Deus e sabe que ele julga com justiça as obras de todos
os seus filhos, respeitará a Deus e a avaliação que ele faz de sua vida, e
desejará honrar o seu Pai celestial.
18 Sabendo que não
foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa
vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais.
- resgatados. Veja 1Tm 2.6. Ou seja, comprar uma pessoa mediante
pagamento para livrá-la da escravidão; pôr em liberdade mediante o pagamento de
um resgate. "Resgate" ou "redenção" era um termo técnico
que se aplicava ao dinheiro pago para comprar a liberdade de um prisioneiro de
guerra. Aqui, é usado como referência ao preço pago para comprar a liberdade de
alguém que é escravo do pecado e está sob a maldição da lei (ou seja, a morte
eterna, cf. Gl 3.13). O preço pago a um Deus santo foi o sangue derramado de
seu próprio Filho (cf. Ex 12.1-13; 15.13; Sl 78.35; At 20.28; Rm 3.24; Cl
4.4-5; Ef 1.7; Cl 1.14; Tt 2.14; Hb 9.11-17).
19 Mas com o precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
- precioso. De valor inestimável. A no grego está assim: “Com sangue precioso, como de um cordeiro sem
mácula (em si mesmo) e sem mancha (contraído pelo contato com outros), [mesmo o
sangue] de Cristo”. Embora fosse homem, permaneceu puro em Si mesmo (sem
falha), e incontaminado por qualquer marca externa de pecado (sem mancha), que
o teria inadequado para ser nosso Redentor expiatório: assim o cordeiro pascal,
e toda vítima sacrificial; da mesma forma, a Igreja, a Noiva, por sua união com
Ele. Assim como a redenção de Israel do Egito exigiu o sangue do cordeiro
pascal, assim também a nossa redenção da maldição exigiu o sangue de Cristo; “predestinado”.
(1Pedro 1:20) desde a eternidade, como o cordeiro pascal era tomado no décimo
dia do mês. [JFU]
- OBS.: Todos os comentários,
exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de
Janeiro de 2017)
- Caso deseje, poderá baixar o
MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.
INTRODUÇÃO
A santidade, característica moral e prática da fé
cristã, é um dos ensinos mais presentes nas Escrituras. Para o homem dos nossos
dias, a santidade é representada por pessoas de um grupo tidas por retrógradas,
atrasadas e que estão desconectadas com os costumes e regras deste mundo. A
verdade é que a santidade é desprezível para o mundo, pois ela faz parte do
caráter de Deus. E para Ele, a santidade é necessária para os que o seguem.
- O que significa para nós sermos santos? Quando Deus disse a
Israel para serem santos em Levítico 11 e 19, Ele estava instruindo-os a serem
distintos das outras nações, dando-lhes regulamentos específicos para governar
suas vidas. Israel é a nação escolhida de Deus e Deus os separou de todos os
outros grupos de pessoas. Eles são Seu povo especial e, consequentemente,
receberam padrões pelos quais Deus queria que vivessem para que o mundo
soubesse que pertenciam a Ele. Quando Pedro repete as palavras do Senhor em 1
Pedro 1.16, ele está falando especificamente aos crentes. Como crentes,
precisamos ser "separados" do mundo para o Senhor. Precisamos viver
segundo os padrões de Deus, não os do mundo. Deus não está nos chamando para
sermos perfeitos, mas para sermos distintos do mundo. 1 Pedro 2.9 descreve os
crentes como “uma nação santa”. É um
fato! Estamos separados do mundo; precisamos viver essa realidade em nosso dia-a-dia,
o que Pedro nos diz como fazer em 1 Pedro 1.13-16.
I. A
SANTIDADE DE DEUS
1. Deus é
Santo. O primeiro motivo pelo qual os
cristãos ensinam e buscam a santidade é porque Deus é Santo. Diferente do que o
mundo pensa, a santidade divina é descrita como algo lindo e admirável: “Adorai
ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da
terra” (SL 96.9). Observe que a beleza do culto para os hebreus estava na
santidade do Todo-Poderoso, e não em quaisquer outros elementos que pudessem
desviar a perspectiva de uma adoração a um Deus santo. Por meio da santidade, o
mundo pode ver a glória do Senhor em nós.
- O que significa que Deus é santo? De acordo com MacArthur,
a santidade de Deus se refere à “Sua
grandeza inerente e absoluta, na qual Ele é perfeitamente distinto e acima de
tudo e está absolutamente separado moralmente do pecado”. A Systematic Summary of Bible Truth
(Crossway, 2017). Esta definição contém
tanto uma qualidade relacional (separação de outros) quanto uma qualidade moral
(separação do pecado). Passagens como 1 Samuel 2.2 e Isaías 6.3 são apenas duas
dos muitos exemplos de passagens sobre a santidade de Deus. Outra maneira de
descrever “santidade” é “perfeição absoluta”. Deus é diferente de qualquer
outro (veja Oseias 11.9), e Sua santidade é a essência dessa
"alteridade". Seu próprio ser está completamente ausente até mesmo de
um traço de pecado (Tiago 1.13; Hebreus 6.18). Ele está acima de qualquer
outro, e ninguém pode se comparar a Ele (Salmo 40.5). A santidade de Deus
permeia todo o Seu ser e molda todos os Seus atributos. Seu amor é um amor
santo, Sua misericórdia é uma misericórdia santa, e até mesmo Sua fúria e ira
são uma ira e fúria santas. Esses conceitos são difíceis para os humanos
entenderem, assim como Deus é difícil para nós entendermos em Sua totalidade. O
Antigo Testamento usa a palavra hebraica qadosh (Êxodo 15.11; 1 Samuel 2.2;
Provérbios 30.3; Isaías 5.16; 6.3; 10.20; 57.15; Jeremias 51.5; Habacuque 1.12)
e o Novo Testamento usa a palavra grega hagios para se referirem à santidade de
Deus (Marcos 1.24; Lucas 1.49; 4.34; João 17.11; Apocalipse 4.8; 6.10; 15.4) .
Na visão que o profeta Isaias teve da majestade de Deus, os serafins clamavam:
“Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua
glória” (Isaías 6.3). Este é o único atributo usado nas Escrituras que descreve
Deus no superlativo, pois na gramática hebraica uma palavra é enfatizada pelo
uso da repetição. Por isso, este aspecto da majestade santa de Deus qualifica
todos os outros atributos de Deus. Deus não é simplesmente amor, mas amor
santo. Deus não somente é justo, mas possui uma justiça santa.
2. O
Senhor Jesus é Santo. Jesus é descrito como estando
bastante tempo cercado de pessoas pecadoras, mas sem ser afetado pelos pecados
delas. Ele foi oferecido como um cordeiro imaculado, sem pecado, pelos nossos,
e até o Inimigo reconheceu a santidade de Jesus. Ao chegar em Cafarnaum e
deparando-se com um homem endemoninhado, antes de libertá-lo, Jesus ouviu o
reconhecimento de sua santidade: “[…] Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Lc
4-34). O próprio Senhor
Jesus falou sobre a sua santificação: “E por eles me santifico a mim mesmo,
para que também eles sejam santificados na verdade” (Jo 17.19).
- Neste subtópico há uma confusão
entre a santidade de Jesus como uma característica divina e sua santificação
(separação) para a obra que lhe foi determinada pelo Pai. Em João 17.19 eu me santifico a mim mesmo,
Significa que ele fora posto totalmente à parte pela vontade do Pai (cf. Jo 4.34;
5.19; 6.38; 7.16; 9.4). Ele fez isso a fim de que os crentes fossem colocados à
parte para Deus por meio da verdade que ele trouxe. Uma vez que Jesus é
absolutamente santo, não precisa ser santificado no sentido de se tornar mais
puro. Antes, a sua santificação consiste no fato de ser “separado” para fins
sagrados. Como sumo sacerdote, ele consagrou-se (Êx 28.41) para esta tarefa
sagrada, que incluiu o seu sacrifício supremo. Assim, aqueles que lhe pertencem
devem ser santos e dedicados ao seu serviço. [Genebra, 2009]. Jesus sendo Deus
possui os mesmos atributos que pertencem ao Deus Pai; Cremos e ensinamos que
Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Trindade, possui todas as excelências divinas
e, nestas, é coigual, consubstancial e coeterno com o Pai (Jo 10.30; 14.9).
Neste subtópico, o que podemos tratar são os testemunhos de sua santidade. Os
testemunhos a seguir compõem uma lista e atestam sua vida (Jesus) sem pecado:
- O próprio Jesus
“Pode algum de vós acusar-me de pecado?”
(Jo 8.46).
“Se aproxima o príncipe deste mundo. Ele nada
tem em mim” (Jo 14.30).
- Pilatos
“Tendo dito isto, tornou a ir ter com os
judeus, e lhes disse: Não acho nele crime algum” (Jo 18.38).
“Então Pilatos saiu outra vez fora, e disse-lhes:
Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum”
(Jo 19.4).
“Pilatos porém lhes perguntou; Que mal fez
ele” (Mt 27.23).
- A esposa de Pilatos
“E estando ele no tribunal, sua mulher mandou
dizer-lhe: Não entre na questão deste justo, pois num sonho muito sofri por
causa dele” (Mt 27.19).
- O ladrão da cruz
“Mas este [Jesus], nenhum mal fez” (Lc
23.41).
- Os demônios
“Bem sei que és o Santo de Deus” (Lc
4.34).
- João Batista
“Eu preciso ser batizado por ti, e vens tu a
mim?” (Mt 3.14).
- Pedro
“Mas vós negastes o Santo e o justo” (At
3.14).
“Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se
achou engano” (1Pe 2.22).
- João
“E nele não há pecado” (1Jo 3.5).
- Paulo
“Aquele que não conheceu o pecado, ele fez
pecado por nós, para que nele fôssemos feito justiça” (2Co 5.21).
“Em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb
4.15).
3. O
Espírito é Santo. O Espírito que Deus deixou para nos
guiar na ausência temporária do Senhor Jesus Cristo é chamado de Espírito
Santo. Esse nome já nos mostra que Ele é o Consolador, o que se manifesta na
igreja por meio de sua presença e seus dons e que atua neste mundo para
convencer os pecadores e santificar aqueles que receberam a Jesus. Dessa forma,
Ele cumpre em nós a profecia de Ezequiel 36.26,27: “E vos darei um coração novo
e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa
carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e
farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”
Somente pela atuação do Santo Espírito conseguimos praticar a santidade em
nossa vida.
- Cremos e ensinamos que o Espírito Santo é Deus, e não
apenas “O Espírito que Deus deixou para nos guiar na
ausência temporária do Senhor Jesus Cristo”. Ele é uma Pessoa divina, eterna, não gerada, que possui
todos os atributos de personalidade e divindade, inclusive intelecto (1Co
2.10-13), emoções (Ef 4.30), vontade (1Co 12.11), caráter eterno (Hb 9.14),
onipresença (SI 139.7-10), onisciência (Is 40.13-14), onipotência (Rm 15.13) e
veracidade (Jo 16.13). Em todos os atributos divinos, é coigual e
consubstanciai com o Pai e o Filho (Mt 28.19; At 5.3-4; 28.25-26; 1Co 12.4-6; 2Co
13.13; e Jr 31.31-34 com Hb 10.15-17). É obra do Espírito Santo executar a
vontade divina em relação a toda a humanidade. Reconhecemos a sua atividade
soberana na criação (Gn 1.2), na encarnação (Mt 1.18), na revelação escrita
(2Pe 1.20-21) e na obra de salvação (Jo 3.5-7). Esta obra singular do Espírito
Santo nesta era teve início no Pentecostes, quando ele veio do Pai, conforme
prometido por Cristo (Jo 14.16-17; 15.26), para iniciar e completar a constituição
do corpo de Cristo. Sua atividade abrange o convencimento do pecado, da justiça
e do juízo; a glorificação do Senhor Jesus Cristo e a transformação dos
cristãos à imagem de Cristo (Jo 16.7-9; At 1.5; 2.4; Rm 8.29; 2Co 3.18; Ef
2.22). O Espírito Santo é o agente sobrenatural e soberano da regeneração e
batiza todos os cristãos para que se tornem parte do corpo de Cristo (ICo
12.13). Também habita nos cristãos, os santifica e os instrui, concede-Ihes
poder para o serviço e os sela até o dia da redenção (Rm 8.9-11; 2Co 3.6; Ef
1.13). Ele é o mestre divino que conduziu os apóstolos e os profetas em toda a
verdade quando registraram por escrito a revelação de Deus, a Bíblia (2Pe
1.19-21). O Espírito Santo habita dentro de cada cristão desde o momento da
salvação e todos aqueles que nasceram do Espírito devem ser cheios do Espírito
e controlados por ele (Rm 8.9-11; Ef 5.18; 1Jo 2.20,27). O Espírito Santo
concede dons espirituais à igreja. O Espírito Santo não glorifica a si mesmo
nem aos seus dons pela ostentação dos mesmos; antes, glorifica a Cristo ao
realizar sua obra de redimir os perdidos e edificar os cristãos na fé
santíssima (Jo 16.13-14; At 1.8; ICo 12.4-11; 2Co 3.18).
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Deus em Cristo retribua.
“Tudo o que
fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor,
que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).
II. A
SANTIFICAÇÃO COMO UM PROCESSO
Quando se fala a respeito da santificação como um
processo, têm-se em mente três aspectos distintos, que veremos nos subtópicos
abaixo:
- A santificação começa com o novo nascimento, estende-se por
um processo de sujeição da carne e, no caso do espírito, se trata de uma
santificação progressiva. Um processo contínuo de separação das impurezas, no
qual o espírito prevalece sobre a carne.
1. A
santificação posicional. Essa perspectiva de
santificação nos leva a entender que todos aqueles que foram salvos em Cristo
são santos. Ainda que passem por tributações e nem sempre demonstrem a
perfeição, são chamados de “santos”. Quando Paulo escreveu aos crentes de
Corinto, ele os cumprimentou da seguinte maneira: “À igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”
(1 Co 1.2). Lendo a Carta de Paulo, perceberemos que aqueles crentes estavam
longe da perfeição espiritual. Eles tinham dificuldades em assuntos
relacionados à união, uso da justiça nos tribunais, tolerância com problemas
sexuais e administração dos dons espirituais. Se olharmos o que Paulo escreveu
após essa saudação, teremos dificuldades para entender como aquele grupo de
crentes poderia ser chamado de santo, mas Deus os via assim. Notamos que o fato
de não sermos perfeitos não nos isenta de andarem santidade, pois é preciso
continuamente uma mudança devida. Paulo, após mencionar várias práticas
pecaminosas antigas dos coríntios, diz: “E é o que alguns têm sido, mas haveis
sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em
nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11).
- Ao ler a palavra de Deus podemos distinguir três tipos de
santidade. A primeira é a santificação posicional. Em Cristo, Deus nos fez
santos. Quando confessamos a Jesus como o nosso único e suficiente salvador,
somos automaticamente parte do reino de Deus e, por isto, posicionalmente
santos. Isto não quer dizer que não pecamos. Se o presidente da República, por
exemplo, desviar verbas, ele terá cometido um grave erro, mas continua sendo
presidente da República. Assim acontece com os santos do Senhor. Pecamos, mas,
posicionalmente, continuamos sendo santos dEle. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).
2. A
santificação progressiva. Somos chamados por
Deus para seguir em frente na caminhada cristã, nunca para retroceder. A cada
ocasião em que um servo de Deus resiste ao pecado, ele não somente glorifica a
Deus em suas ações, mas também cresce em santidade, Esse crescimento nos leva a
ser mais parecidos com Cristo (Pv 4,18). É certo que, da parte humana, no que
nos cabe, a progressão na santificação envolve a ação do indivíduo. “Porque
esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da
prostituição” (1 Ts 4.3). Aqui podemos perceber um trabalho conjunto entre a
vontade de Deus e a ação humana. A vontade divina é que guardemos o nosso corpo
de qualquer contaminação que advenha de um ato sexual desaprovado por Deus. A
prostituição era e ainda é um mal que faz com que a sexualidade se torne
corrompida e leve seus praticantes ao Inferno.
- O segundo tipo de santidade é a progressiva. É o nosso dia
a dia. A vida sem pecado, longe do que desagrada a Deus. I Coríntios, capítulo
7, versículo 1, diz: “Ora, amados, pois
que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do
espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”. Aperfeiçoar!
Devemos seguir mudando aquilo da nossa vida que não agrada a Deus. Sem um
estímulo diário a santidade, um dia você deixará de ser, inclusive, santo por
adoção de Jesus na cruz. Como nova criatura em Cristo, luz e trevas não
coadunam.
3. A
santificação perfeita ou final. Neste
mundo, teremos de lidar sempre com conflitos que podem nos levar ao pecado, mas
quando formos glorificados, quando nosso corpo for transformado, quando
estivermos para sempre com o Senhor, não nos preocuparemos mais com os desafios
com que passamos neste mundo a fim de não pecar. Não pecaremos mais nem
estaremos sujeitos à morte, e estaremos no estado da santificação perfeita, com
Deus.
- A terceira a santificação futura. Seremos santos por
completo quando estivermos com o Senhor Jesus, no seu reino. Novos céus e nova
terra. Irrepreensivelmente santos. “Amados,
agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos” (1Jo 3.2).
III. A
SANTIDADE NA PRÁTICA
1. A
santidade na vida diária. Diante da
realidade de que servimos a um Deus Santo e o representamos nesta Terra, é
preciso que externemos a santidade em que o Espírito Santo nos ajuda a crescer.
Portanto, como filhos de Deus, devemos ser presentes onde Ele nos enviar e ali
refletir a sua glória. O desejo do Senhor é que sejamos santos, interagindo com
o ambiente que nos cerca, afinal, somos o “sal” e a “luz” da terra (Mt
5.13.14). Podemos manifestara santidade em nossa vida cotidiana, principalmente
no ambiente acadêmico e profissional. Saiba que se Deus permitiu você estudar
ou trabalhar, é seu dever glorificar a Ele com seu testemunho, com seu
intelecto e trabalho. Seja um aluno(a) aplicado(a) e um profissional excelente.
É possível também manifestar a santidade em nossa família, em nosso lar. Se
ignoramos nossos entes queridos, contemplando somente as limitações que ele
tem, deixamos de santificar a Deus dentro de casa, de honrar os pais e de ser
posteriormente referência para os nossos filhos. Devemos experimentar a
santidade em todas as áreas da nossa vida e, inclusive, no namoro. Se eu
entendo que meu corpo é templo do Espírito Santo, não posso conviver com a
ideia de “meu corpo, minhas regras”, pois isto desagrada ao Senhor. O namoro é
um tempo de conhecimento (não da prática sexual entre um homem e uma mulher,
para que se casem depois com a bênção de Deus. Lembre-se de que a santidade de
Deus em nós deve ser vista em nossas ações. Isso significa a nossa forma de
vestir, falar, trabalhar e conviver com outras pessoas. Santos de Deus não se
portam de forma vergonhosa no trabalho ou no ambiente de estudos ou familiar.
Pessoas santas têm uma linguagem que inspira os ouvintes a pensar nas coisas de
Deus. Quem é guiado pelo Espírito não se envolve em negócios reprováveis, se
mantém fiel em qualquer ambiente, mesmo que ninguém esteja olhando, pois esses
são traços do caráter de quem vai para o Céu. A santidade é percebida na
fidelidade entre os cônjuges e na nossa forma de lidar com o dinheiro. Como se
percebe, a santificação é vista pelas pessoas que nos cercam, e Deus assim
planejou para que vissem a glória dEle em nossa vida.
- A verdadeira prática da santidade não recebe a atenção que
merece e, lamentavelmente, existe um padrão de vida cristã muito baixo entre
muitos mestres ilustres em nosso país. Ao mesmo tempo, contemplamos o esforço
zeloso de algumas lideranças bem-intencionadas em promover padrões mais
elevados de vida espiritual, porém, não é feito “com entendimento” e
provavelmente causa mais dano do que benefício. Entenda que não é algo de fora
para dentro, não é com regras impostas, por mais intencionadas que sejam, isso
só nos tornaria legalistas, fariseus da atualidade! Deus é Santo e devemos ser
santos (1Pe 1.16). Este é o nosso ponto de partida. A santidade é pela graça (Cl 2.6). Assim como a salvação é um
presente de Deus, a santificação também o é. O padrão de Deus é tão elevado que
jamais conseguiremos atingi-lo por conta própria. A boa notícia: a graça que
nos salvou é a mesma que nos conduz à santificação (Fp 2.13). A santidade é de
dentro para fora (Mt 15.10-11); nasce do coração. Isso significa que seremos
tão puros quanto o nosso coração o for. Assim, precisamos cuidar do coração,
guardando as suas “duas portas”: os olhos e os ouvidos. A santidade é produto
da renovação da mente (Rm 12.1-2). O mundo, como um sistema anti-Deus, tem seus
valores, diferentes dos valores do reino de Deus. Quando exercitamo-nos em
renovar a nossa mente, Deus transforma nossos valores. A santidade é motivada
pela certeza de que já fomos aceitos por Deus, em Cristo (Rm 7.24-25).
Misteriosamente, a certeza de que não precisamos fazer nada para sermos aceitos
por Deus transforma-se em força espiritual para fazermos tudo o que ele
considera bom. A santidade é desejada por amor a Deus (Ef 1.4-5). Muitos buscam
ser santos, não porque foram constrangidos pelo amor de Deus, mas pelo medo da
condenação. Enquanto a motivação para ser santo for as chamas do inferno, e não
os braços abertos de Jesus crucificado, nenhuma santidade genuína será
encontrada em nós. A nossa santidade glorifica a Deus (1Co 10.31). John Piper
afirma: “Deus é mais glorificado em nós à medida que somos mais satisfeitos
nele”. Isso significa que devemos buscar mais o prazer em fazer a vontade de
Deus do que o prazer em satisfazer a vontade da nossa carne com o pecado. Diante
da tentação, a batalha pela santidade é vencida ou perdida nos três primeiros
segundos (1Co 10.13). Se nesses instantes fugirmos, venceremos. Todavia, se
tentarmos resistir, certamente perderemos. Ser santo é ser parecido com Jesus
(Rm 8.28-30). Ser santo não é copiar um modelo religioso preestabelecido (em
geral, repleto de “nãos”). Esse modelo é produto das “santas” tradições e não
se sustenta pela Palavra de Deus. Ser parecido com Jesus é copiar o modelo
dele, de sua vida, exatamente como está descrita nos Evangelhos. A santidade
nunca será plena neste tempo (1Jo 1.8). Apesar de ansiarmos pela total
libertação do pecado, ela só acontecerá depois da ressurreição do nosso corpo.
Por agora, quem diz não ter pecado, já está pecando.
2. Somos
santificados pela Palavra. O Senhor Jesus
sabia da importância da santificação, e também do preço que se paga para que o
crente tenha uma vida de santidade. Por isso, Ele orou: “Santifica-os na
verdade: a tua palavra é a verdade” (Jo 17 17). O Senhor nos mostra que o tempo dedicado à leitura tem
uma enorme influência na nossa vida espiritual, especificamente para a
santidade. À medida que nos dedicamos à leitura, à meditação e ao estudo da
Palavra, entendemos melhor o caminho de Deus para a nossa santificação (Sl
119.11). Quando a Palavra ocupa espaço em nossa mente, temos menos tempo para
focar nas coisas desse mundo.
- Não é apenas a leitura pela
leitura! É a obediência à sã doutrina que emana dos Evangelhos! “Santifica-os na verdade: a tua palavra é a
verdade” (Jo 17 17) Santifica-os
- Esse verbo ocorre também nesse Evangelho no v. 19 e em 10.36. A ideia de
santificação é separar alguma coisa para uso particular. De acordo com isso, os
crentes são postos à parte para Deus e seus propósitos, de modo que fazem
somente o que Deus quer e odeiam tudo o quo Deus odeia (Lv 11.44-45; 1 Pe
1.16). A santificação é realizada por meio da verdade, que é a revelação que o
Filho proporcionou de tudo que o Pai lhe ordenou comunicar, e agora está
contida nas Escrituras deixadas pelos apóstolos (Ef 5.26; 2Ts 2.13; Tg 1.21; 1Pe
1.22-23). O cristão é
santificado (separado) para Deus por meio da justificação e, portanto,
declarado santo e identificado como tal. Esta santificação é posicionai e
instantânea e não deve ser confundida com a santificação progressiva. Diz
respeito à posição do cristão, e não ao seu modo de vida ou condição atual (At
20.32; ICo 1.2,30; 6.11; 2Ts 2.13; Hb 2.11; 3.1; 10.10,14; 13.12; lPe 1.2). O Espírito
Santo também opera uma santificação progressiva por meio da qual a condição do
cristão é progressivamente transformada à semelhança de Cristo por meio da
obediência à Palavra de Deus e do poder concedido pelo Espírito Santo. O
cristão é capaz de viver uma vida cada vez mais santa em conformidade com a
vontade de Deus e se tornar cada vez mais semelhante ao nosso Senhor Jesus
Cristo (Jo 17.17,19; Rm 6.1-22; 2Co 3.18; lTs 4.3-4; 5.23). A esse respeito,
ensinamos que toda pessoa salva está envolvida num conflito diário — a nova
criatura em Cristo que guerreia contra a carne. O poder do Espírito Santo que
habita no cristão, porém, fornece todos os recursos necessários para a vitória.
Não obstante, enquanto estiver na terra, o cristão enfrentará essa luta que nunca
chegará completamente ao fim neste mundo. Todas as afirmações de erradicação do
pecado nesta vida são contrárias às Escrituras. A erradicação do pecado não é
possível, mas o Espírito Santo nos concede vitória sobre o pecado (Gl 5.16-25;
Fp 3.12; Cl 3.9-10; lPe 1.14-16; lJo 3.5-9).
- A palavra “verdade”
empregada em João 17.17, denota a doutrina do Evangelho, que os apóstolos já
tinham ouvido da boca de seu Mestre, e que depois eles deveriam pregar a
outros. Nesse sentido, Paulo diz que a Igreja foi purificada com a lavagem da
água pela palavra da vida (Ef 5.26) É verdade que é somente Deus quem
santifica; mas como o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê (Rm 1.16) quem se afasta do evangelho como meio deve tornar-se
cada vez mais imundo e poluído. A verdade é aqui tomada, a título de eminência,
pela luz da sabedoria celestial, na qual Deus se manifesta a nós, para que ele
possa nos conformar à sua imagem. A pregação externa da palavra, é verdade, não
realiza isso por si mesma, pois essa pregação é perversamente profanada pelos
réprobos; mas lembremos que Cristo fala dos eleitos que o Espírito Santo
efetivamente regenera pela palavra. Agora, como os apóstolos não eram
totalmente destituídos dessa graça, devemos deduzir das palavras de Cristo que
a santificação não é instantaneamente concluída em nós no primeiro dia, mas que
progredimos nela por todo o curso de nossa vida, até finalmente Deus, tirando
de nós as vestes da carne, enche-nos com a sua justiça.
3. A
santidade nos conduz para o Céu. Há
quem veja a santidade como uma condição moral que serve somente para nos
atrapalhar de ter uma vida de prazeres e realizações mundanas. Mas se pensarmos
que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, nos lembraremos de que existe
em nós uma consciência que nos diz o que fazemos de certo ou errado, e com esse
juízo, um sentimento de alegria ou culpa, com a sensação de que chegaremos em
algum lugar. Se cremos na vida eterna, devemos também crer que um dia estaremos
diante de Deus para ouvir Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel,
sobre muito te colocarei: entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Precisamos
nos acostumar com a santidade como um elemento que nos levará para a glória, e
“sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
- A salvação é uma obra de Deus.
Ele a planejou, a executou e a consumou. O homem não é o agente de sua própria
salvação, Deus é. Entendo que a chamada deste subtópico está equivocada (A santidade nos conduz
para o Céu). Não é santidade que nos conduz ao céu, ela é a evidência de que
estamos caminhando para o céu! A glorificação é uma realidade futura. Dar-se-á
na segunda vinda de Cristo, quando os mortos ressuscitarão com corpos
glorificados, semelhantes ao corpo da glória do Senhor Jesus e os vivos serão
transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Muito embora,
esse auspicioso evento se dará no fim, nos decretos de Deus, a glorificação já
um fato consumado. Por isso, Paulo colocou o verbo “glorificou” no pretérito
perfeito. A salvação não apenas é uma obra exclusiva de Deus, mas é, também,
assegurada pelo próprio Deus. É digno de nota, porém, que não somos salvos no
pecado, mas do pecado. Somos salvos para vivermos uma vida santa e
irrepreensível. A evidência da salvação é a santidade, pois sem santidade
ninguém verá o Senhor. Em Hebreus 12.14, Segui...
santificação, isso é explicado como
1)
voltar-se para Deus com plena fé e consciência limpa (10.14,22) e
2) aceitar
de maneira genuína Cristo como o Salvador e sacrifício pelo pecado, que levou o
pecador à comunhão com Deus. Os incrédulos não estarão motivados a aceitar
Cristo se a vida dos cristãos não demonstrar as qualidades que Deus deseja, incluindo
paz e santidade (Jo 13.35; 1Tm 4.3; 1 Pe 1.16).
CONCLUSÃO
Viver em santidade é um desafio constante para todo
aquele que já nasceu de novo, mas é um desafio pelo qual não passamos sozinhos.
Deus nos proporciona o seu Espírito Santo para nos conduzir em santidade,
sempre nos trazendo através da sua Palavra os caminhos a trilhar para agradar a
Ele. E se Deus nos ordena a viver uma vida de santidade, é possível vivê-la,
pois Ele jamais nos ordenaria a fazer algo que não pudéssemos cumprir.
- Finalmente, como podemos nos tornar santos? A santidade só
resulta de um relacionamento correto com Deus quando cremos em Jesus Cristo
como Salvador (aceitando o Seu dom da vida eterna). Se ainda não colocamos
nossa fé somente no Filho de Deus para nos salvar de nossos pecados, então
nossa busca pela santidade é em vão. Sendo assim, devemos primeiro ter certeza
de que somos crentes nascidos de novo (veja João 3). Se realmente somos
crentes, então reconhecemos que nossa posição em Cristo automaticamente nos
separa do mundo (1Pe 2.9). Afinal, temos um relacionamento com o Deus vivo! Por
isso devemos viver diariamente uma vida separada, não tentando nos
"misturar" com o mundo, mas vivendo de acordo com a Palavra de Deus
enquanto estudamos a Bíblia e crescemos nela. mesmos. A santidade, em essência,
define a nova natureza e conduta do cristão em contraste com o seu estilo de
vida anterior à salvação. A razão para praticarem um estilo santo de vida é que
os cristãos estão associados com o Deus santo e devem tratar a ele e sua
Palavra com respeito e reverência. Portanto, nós o glorificamos da melhor
maneira quando somos semelhantes a ele (veja vs. 16-17; Mt 5.48; Ef 5.1; cf. Lv
11.44-45; 18.30; 19.2; 20.7; 21.6-8).
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Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
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HORA DA
REVISÃO
1. Qual o primeiro motivo pelo qual os cristãos
ensinam e buscam a santidade?
O primeiro motivo pelo qual os cristãos ensinam e buscam a santidade é
porque Deus é Santo.
2. Como é descrita a santidade divina?
Diferente do que o mundo pensa, a santidade divina é descrita como algo
lindo e admirável
3. Somente por qual ação conseguimos praticar a
santidade?
Somente pela atuação do Santo Espírito conseguimos praticar a santidade
em nossas vidas.
4. Quais os três aspectos distintos da santificação?
A santificação posicional, progressiva e perfeita.
5. Como podemos manifestar a santidade no ambiente acadêmico?
Sendo um aluno(a) aplicado(a).