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29 de abril de 2012

LIÇÃO 6 - TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE

Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à Igreja”.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

LIÇÃO 6 - TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE

TEXTO ÁUREO
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre CRISTO e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co 6.14,15).

VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro amor tudo suporta, mas não pode tolerar o pecado, porque o amoroso DEUS exige santidade e justiça de seus filhos.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 16.14 Lídia servia a DEUS em Tiatira
Terça - At 19.10 Toda Ásia ouvia a Palavra de DEUS
Quarta - Ap 2.18 "Olhos" e "pés" do Filho de DEUS
Quinta - Ap 2.19 Tiatira, uma igreja que ama
Sexta - Ap 2.23 O Senhor sonda mentes e corações
Sábado - 2 Co 11.3 A simplicidade em CRISTO

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 2.18-25

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar as principais características igreja de Tiatira;
- Saber que se tratava de uma igreja rica em obras; e
- Conscientizar-se de que o verdadeiro amor não é cego para o pecado.

Palavra-Chave
Tolerância: ato ou efeito de tolerar; indulgência ou condescendência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir; Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas.

INTRODUÇÃO
Das sete cartas enviadas por JESUS às igrejas da Ásia Menor, a de Tiatira é a mais extensa. A cidade de Tiatira não era política e religiosamente importante. Sua singularidade residia no aspecto comercial. Através da sua posição geográfica, o intercâmbio comercial da cidade se dava entre Europa e Ásia. Mas, no entanto, a idolatria estava presente nessa prática comercial. Os membros da igreja de Tiatira deveriam decidir o que fazer nessas circunstâncias, já que muitos eram profissionais da área do comércio. Todavia, a igreja de Tiatira não sofria perseguição religiosa; o perigo estava dentro da própria igreja, e tinha um cognome: Jezabel; a mulher que sustentava o seguinte ensino: Não havia problema de os cristãos amalgamarem-se com o pecado. É nessa perspectiva cultural que se encontra a igreja de Tiatira. Jesus vê tudo e faz uma distinção absoluta entre os servos de Satanás e os servos fiéis do Senhor. Para os que insistem em servir ao diabo, ele promete tribulação e morte. Para os discípulos dele, ele promete o dia de sua presença e o privilégio de reinar com ele sobre os inimigos. Boa aula!

I. A IGREJA EM TIATIRA
1. A cidade de Tiatira. “Sacrifício de Perfume”, isto é, repleta de muitos sacrifícios. Subindo de Éfeso, passando por Esmirna, e agora tomamos a direção de Pérgamo para o sudeste, descendo um pouquinho obliquamente desde o norte de Anatólia ou Turquia para o sudeste, a cerca de 59 quilômetros, no fértil vale do rio Lico, na estrada que ia para Sardes, ali estava a cidade histórica de Tiatira, nome antigo da moderna cidade turca de Akhisar ("Castelo Branco"); pequena mas crescente e rica Tiatira, colônia macedônica, fundada por Alexandre Magno, depois da destruição do Império Persa. Era um importante centro comercial na Ásia Menor e foi fundada para ser um posto militar. Foi destruída por um grande terremoto durante o reino de Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.), mas foi reconstruída com a ajuda do Império Romano. Era famosa pelo seu comércio e por sua produção de têxteis, incluindo o índigo (púrpura). Segundo o livro de Atos dos Apóstolos, uma das comerciantes de roupas da cidade era uma mulher chamada Lídia, que conduzia negócios em lugares distantes como Filipos (At 16.14). Na Antiguidade, a cidade era conhecida pelas suas muitas guildas comerciais. E, para poder trabalhar no comércio era necessário que o cidadão pertencesse a alguma guilda, sendo muito comum que os membros dessas associações participassem de festas dedicadas às divindades pagãs que terminavam geralmente em orgias sexuais. Como as outras cidades da época, Tiatira teve seus templos e santuários religiosos, incluindo templos aos falsos deuses Apolo, Tirimânios e Artemis (Diana para os romanos – At 19.34) e um santuário a sibila (orácula) Sambate. A importância de figuras femininas na cultura religiosa de Tiatira pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a mulher que seduzia os discípulos e incentivava a idolatria e a prostituição. Essa profetisa incentivava as pessoas a conhecerem as “coisas profundas de Satanás” (i.e., "os segredos profundos"; talvez se refiram ao falso ensino de que, para experimentar plenamente a graça e a salvação divinas, devemos penetrar nas profundezas do pecado e conhecer todos os tipos de males). Para servir a Deus num ambiente cheio da influência do diabo, o discípulo de Cristo teria que lutar e confiar em Deus, confiante da recompensa para os vencedores.
2. A igreja em Tiatira.  “... Ao anjo da igreja”. Não se sabe ao certo quem liderava aquela igreja nessa época, a não ser aquilo que se depreende do texto de Apocalipse e daquilo que está registrado em Atos acerca da conversão de Lídia, vendedora de púrpura, que veio ao Evangelho através de Paulo, a qual era uma rica comerciante dessa cidade (At 16.14). Da conversão de Lídia, que se deu provavelmente no ano 53 d. C. à carta dedicada ao anjo da “igreja de Tiatira”: em 96 d. C., temos uma distancia temporal de 33 anos. Acredita-se que tenha sido Lídia e seu esposo, os iniciadores daquela igreja.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A igreja de Tiatira estava localizada numa cidade progressista e comercial

II. A IDENTIFICAÇÃO DO DESTINATÁRIO
1. Filho de DEUS. Cristo, autor das catas às igrejas, se apresenta nesta carta, falando de si mesmo como: “O Filho de Deus“. Exaltando sua DIVINDADE. “Que tem seus olhos como chama de fogo“. Exaltando sua ONIPRESENÇA. “E os pés semelhantes ao latão reluzente“. Esta expressão é comum no Novo Testamento, especialmente nos escritos de João, como descrição de Jesus Cristo. Os servos fiéis são descritos, também, como filhos de Deus (veja 21.7; 1 Jo 3.1,2,10; 5.2; Jo 1.12; etc.) Aqui, a expressão obviamente se refere a Cristo. Dessa forma, O Cristo glorificado vai de encontro com a principal divindade de Tiatira, Apolo (o Deus-Sol, filho de Zeus). O sol era visto como sendo uma fonte de poder e os habitantes de Tiatira acreditavam que cada novo imperador romano era uma forma de manifestação de Apolo. Ao apresentar Jesus como Filho de Deus, João demonstra que Jesus é superior a Apolo e que merecia não só a adoração feita a Apolo ou aos imperadores, como muito mais devoção e respeito.
2. Onisciente. olhos como chama de fogo: um local onde se trabalha com ferro, metais e bronze, a figura do fogo é imprescindível para expressar o que consome todo e qualquer tipo de impureza e deixar os metais limpos e flexíveis para o artífice. Como em Tiatira, Apolo (Deus-Sol) era visto como uma enorme fonte de poder, João apresenta Jesus como sendo superior e o que olha discernindo as impurezas e purificando não apenas de forma bruta como de forma moral, o que é mais importante para os cristãos da época. Jesus estava vendo e conhecia a postura dos cristãos daquela comunidade, isto é, a vida espiritual de cada um.
3. Supremo Juiz. pés semelhantes ao latão reluzente: por haver uma fábrica de bronze, os moradores sabiam como o bronze ficava ao ser polido e pronto para o uso após passar pelo fogo. Por isto João relata que Jesus além de discernir os pensamentos morais, tinha seus pés para pisar e destruir o que não era do agrado de Deus e por ser um bronze reluzente, isto é, polido todos o veriam e não teriam dúvidas que eram os pés de Cristo porque podiam vê-los de longe.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
JESUS se apresenta a Tiatira como o chefe supremo e incontestável tanto da igreja local como a da invisível.

III. UMA IGREJA RICA EM OBRAS
Observemos o contraste entre as “obras” da igreja de Éfeso (2.5), e as “obras” da igreja de Tiatira: enquanto naquela as “últimas obras eram menores que as primeiras”, nesta pelo contrário; as “últimas obras são mais do que as primeiras”. O substantivo grego, que nossas versões do Novo Testamento traduzem por “obras”, com maior precisão que a palavra portuguesa comporta duas acepções: o resultado de uma atividade (sentido habitual do termo em português); e também: a atividade em si mesma, limitando-se às atividades morais. Aqui, são obras de caridade feitas em favor de CRISTO (Ap 22.12).
1. Amor. Aqui a palavra grega utilizada para amor é ágape e este é o amor incondicional de Deus pelo homem. É a essência de Deus. É o centro de tudo para a vida cristã. O ser humano tem um amor que sempre se manifesta em função de alguém seja pai, mãe, filhos, irmãos, cônjuge e etc., porém o amor ágape que o cristão tem vai além deste sentimento humano. O amor ágape envolve o amor pela vida e condição do ser humano seja pecador ou salvo. É um amor incondicional.
2. Serviço. O termo grego diakonia utilizada aqui representa os valores dos serviços que os cristãos utilizavam e devem utilizar em todos os momentos de sua vida, dentro ou fora da igreja. Para que eles exercessem esse serviço era necessário uma dedicação constante e também era um fruto do amor que tinham.
3. Fé. Junto com as suas obras, os discípulos em Tiatira mostraram a sua fé. As pessoas podem ser identificadas conforme a sua fé. Há crentes e há incrédulos, e não pode existir comunhão entre os dois (2Co 6.14-15).
4. Paciência. (Perseverança ou resistência constante). Apesar de estarem vivendo momentos de duras perseguições os crentes de Tiatira perseveravam no amor, nos valores à vida e no serviço às demais pessoas. Tudo isto que é enumerado neste versículo é fruto do Espírito Santo na vida do cristão. O bom solo produz fruto com perseverança (Lc 8.15), uma qualidade freqüentemente incluída nas características que definem os servos de Deus (Cl 1.11; 2 Tm 3.10; 2Pe 1.6). A tribulação produz perseverança (Rm 5.3-4; Tg 1.3-4,12).
5. Abundância em obras. A igreja em Tiatira era uma congregação ativa. Ao invés de esfriar, ela se tornou cada vez mais ativa no serviço a Deus. A fé que agrada a Deus é a fé ativa que se mostra pelas suas obras (Tg 2.14-17). Os servos de Deus devem ser “sempre abundantes na obra do Senhor” (1Co 15.58), pois Deus nos criou para boas obras (Ef 2.10).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
 A igreja de Tiatira era rica em amor, serviço, fé, paciência e boas obras.

IV. JEZABEL, E AS PROFUNDEZAS DE SATANÁS
1. A Jezabel de Tiatira.  “Jezabel” significa: “Montão de lixo”. Na opinião de alguns eruditos: “Casta”. Aparece pela primeira vez nas Escrituras como pessoal de uma princesa. Ela tinha crescido em Tiro, na cidade portuária fenícia. Seu pai, rei Etbaal, era também sacerdote de Astarote e sacrificava a Baal (1 Rs 16.31) e, por conseguinte, tornou-se esposa de Acabe, rei de Israel. Esta Jezabel tombou morta no vale de Armagedom (2 Rs 9.15, 16, 30, 37). Na carta dirigida à Tiatira, João cita uma pessoa específica: Jezabel, nome este derivado daquela Jezabel do AT e que representa a idolatria e a perseguição aos santos (1 Rs 16.21; 19.1-3; 21.1-15; ver 21.25). No meio da comunidade em Tiatira, esta mulher liderava se intitulando profetisa e fez com que os cristãos deixassem de buscar a Cristo e seus ensinamentos e passassem a realizar as práticas cultuais do gnosticismo. O que ela fazia era algo tão ruim que é apelidada de Jezabel, a rainha que casou com Acabe e que em 1 Reis 16 a 21 relata o mal que fez contra o povo de Israel e contra Deus.
2. O ministério de Jezabel.  "Mulher que se diz profetisa": há muitas opiniões a respeito da “audaciosa mulher” da igreja de Tiatira; alguns até já defenderam tratar-se de uma “doutrina”, ou mesmo de uma “religião” e não de uma pessoa. A Jezabel do Antigo Testamento, é citada como o protótipo de pecado. A Jezabel do presente texto, trata-se de uma pessoa e não apenas uma figura ou personificação do mal. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela”. A Jezabel de Tiatira agiu de maneira semelhante à mulher de Acabe, seduzindo os crentes às práticas de idolatria e prostituição (ou imoralidade sexual literal, ou impureza espiritual). Ela incentivou os servos de Deus a comerem coisas sacrificadas a ídolos, uma prática condenada que representa comunhão com os demônios (veja At 15.20,29; 1Co 10.20-22). Um pecado prevalecente na igreja de Tiatira era a tendência de tolerar o pecado, a iniqüidade o ensino antibíblico entre seus líderes (vv. 14,20).  Alguns em Tiatira provavelmente aceitaram os falsos mestres, pelo fato de falarem em nome de DEUS e terem grande popularidade e influência. CRISTO condena o pecado da transigência com o erro. Devemos rejeitar qualquer preletor que coloca suas próprias palavras acima da revelação bíblica (ver 1 Co 14.29) e declara que DEUS aceita, na igreja, a quem comete atos imorais, participando dos prazeres pecaminosos do mundo.
3. A obra de Jezabel. “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu”; tratava-se tanto de prática imorais pessoais, como parte do culto da seita gnóstica. Era algo tanto espiritual como físico. Alguns, na igreja, costumam tolerar tais falsos ensinos, por indiferença, medo de confronto, amizade pessoal ou pelo desejo de paz, harmonia, autopromoção ou dinheiro. DEUS excluirá tal igreja, juntamente com os seus líderes (vv. 20-23; ver também Lc 17.3,4).
SINOPSE DO TÓPICO (4)
A profetisa Jezabel, desencaminhava os fiéis de Tiatira do reto caminho à idolatria e à prostituição.

CONCLUSÃO
Na igreja de Tiatira havia dois grupos distintos: os cristãos verdadeiros e os que se gloriavam de conhecer “as profundezas de Satanás”. Paulo encontrou quatro grupos na igreja de Corinto. Porém é evidente que aqueles eram crentes em JESUS; o grupo de Jezabel não. Ao primeiro grupo, Cristo exorta: “Mas o que tendes retende-o até que eu venha”. Precisavam guardar aquilo que é precioso como: A palavra de DEUS. É o divino convite. É o apelo de CRISTO. As últimas cartas do Apocalipse, todas possuem características da Igreja cristã dos “últimos tempos”; portanto, todas elas, de alguma maneira, lançam olhos para o fim de nossa era, ou seja, para a vinda de JESUS (1 Ts 4.13-17). Em sua misericórdia, DEUS concedeu um tempo de arrependimento a Jezabel e aos que com ela pecaram (Ap 2.21). Em sua paciência, Ele espera por nós... “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Abril de 2012,
Francisco de Assis Barbosa,

 EXERCÍCIOS
1. Provavelmente, segundo a lição através de quem o Evangelho chegou a Tiatira?
        R. Provavelmente através de Lídia que ora evangelizada por Paulo em Filipos.
2. De acordo com a lição, implicitamente, como Jesus declara-se a Tiatira?
                R. O Cabeça da Igreja.
3. Por que Tiatira notabilou-se no serviço a Cristo em favor dos santos?
                R. Porque evangelizava, socorria os mais necessitados e trabalhava na expansão do Reino de Deus.
4. Por que o anjo da igreja de Tiatira foi reprovado por Cristo?
                R.  Por estar tolerando uma mulher que, se dizendo profetisa, ensinava o caminho da idolatria e prostituição aos fiéis.
5. Você tem buscado a perfeição do amor de Deus?
                R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-. Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 50, p.39;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa


23 de abril de 2012

Lição 5 - Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo


Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2012
Título: As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja
Comentarista: Claudionor de Andrade
Subsídio: Francisco de Assis Barbosa, para o Blog Auxílio ao Mestre

Lição 5 - Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo
29 de Abril de 2012

TEXTO ÁUREO
“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. (1 João 2.15-16).
- Jesus em sua oração sacerdotal (Jo 17) pediu ao Pai que guardasse, em seu nome, todos aqueles que viessem a Ele. O argumento que Ele usou é o fato de que “eles não são do mundo, como Eu do mundo não sou”. Paulo disse a mesma coisa em Rm 12:2, ao afirmar: “não vos conformeis (ser moldado) com esse mundo” e deu testemunho aos irmãos da Galácia quando disse: “… o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 2:20).

VERDADE PRÁTICA
Só há um modo de a Igreja de Cristo destronar a Satanás: manter a Deus no trono e combater a apostasia com a espada do Espírito.

HINOS SUGERIDOS
20, 48, 71 H.C.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.11
Os ardis de Satanás
Terça – Nm 24
As consequências da doutrina de Balaão
Quarta – 2Tm 4
Os falsos mestres e doutores
Quinta - Hb 13
A santidade na vida cristã
Sexta – Êx 28.36
Santidade ao Senhor
Sábado - Lv 20.26
Ser-me-eis santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 2.12-17.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·          Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo;
·          Elencar as principais características da igreja de Pérgamo; e
·          Explicar quais eram as heresias encontradas em Pérgamo.

Palavra Chave
Heresia: Heresia (Lt. Haerĕsis; Gr. Αἵρεσις: "escolha" ou "opção"); Doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha(m) um sistema doutrinal ortodoxo. Rejeição voluntária aos ensinos da Palavra de Deus. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca.

COMENTÁRIO

(I. introdução)
A terceira carta foi dirigida à Igreja de Pérgamo. (Gr. Πέργαμος; parece significar “casamento”), atual Bergama, uma antiga cidade grega que situava-se na Misia, no noroeste da Anatólia, a mais de 20 km do Mar Egeu numa colina isolada do vale do Rio Caicos (atual Bakırçay) e cerca de 100 km ao norte de Esmirna, na mesma linha que de baixo para cima vai de Éfeso a Esmirna e Pérgamo; e depois volta para o oriente, para Tiatira, e depois vai baixando outra vez para o sul. Seu nome antigo era Teutrania. Pérgamo era a capital da Ásia até o final do século I. Comercialmente não era tão importante como Éfeso e Esmirna, mas nos níveis religioso e político detinha sua maior importância. Era uma cidade entregue à adoração a vários ídolos gregos, com grande predominância na adoração a Baco (deus da diversão) e a Asclépios (deus da sanidade). Em vista disto, o governador romano local tinha grandes dificuldades em conduzir as inúmeras diferenças religiosas presentes na cidade. Diz um antigo escritor, que Pérgamo era a cidade mais idólatra de toda província da Ásia. Era cidade famosa por sua escola de medicina. O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Atualmente, as sete igrejas da Ásia Menor estão mortas, restando apenas ruínas daquele passado glorioso registrado em Atos. Hoje, existe menos de 1% de cristãos naquela região. Hoje, estamos em Pérgamo, e aqui veremos o que levou aquelas igrejas morrerem. Boa aula!

(II. desenvolvimento)

I. PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS
1. Pérgamo, a cidade dos livros e da ignorância espiritual. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que começou a usar peles de animais para fazer pergaminho (Gr pergaméne; Lt. Pergamina ou pergamena), substituindo o papiro (Lt. Papyrus; Gr. Πάπυρος). A Biblioteca de Pérgamo foi fundada por Atalo I (241-197 a.C.), rei de da cidade de Pérgamo, como resposta ao enorme sucesso da Biblioteca de Alexandria. A rivalidade entre as duas leva o Egito a cortar-lhe o fornecimento de Papiro. Tal obrigou à procura de alternativas, sendo apreciadas as peles de animais, que até eram mais resistentes e duráveis. Mas estas eram um recurso caro e escasso, o que levou ao desenvolvimento de tecnologia para a sua otimização e reutilização, dando origem a um novo suporte, o pergamene, ou pergaminho. Em 30 a. C., Marco Aurélio ofereceu o espólio da biblioteca de Pérgamo a Cleópatra do Egito, que a transportou para Alexandria e ali foi destruída por ordem do Califa Omar, em 640 d.C.[1]. http://lerparacrer.wordpress.com/2008/09/10/bibliotecas-famosas-biblioteca-de-pergamo/ A igreja em Pérgamo se encontrou numa situação difícil. Por todos os lados, os vizinhos praticavam idolatria e deram honra aos governantes romanos. Os cristãos não abandonaram a verdade do Senhor, o único verdadeiro Soberano. Mas, tanta influência de falsas doutrinas teve um impacto negativo na igreja, poluindo a congregação com doutrinas falsas que incentivavam os irmãos a praticaram idolatria e imoralidade. Jesus chama a igreja ao arrependimento para evitar o castigo divino.
2. A igreja em Pérgamo. Recebeu o cristianismo, provavelmente, no fim da segunda viagem missionária de Paulo, que deixara Priscila e Áquila em Éfeso (At 18.18,19). Em sua terceira viagem, ele permaneceu nesta cidade por quase três anos e o Evangelho se disseminou por toda a província romana da Ásia (At 19.10). Esta Igreja era uma Igreja fiel ao nome de Cristo, até ao ponto de martírio (v. 13). Para os cristãos era difícil viver neste lugar. Como poderiam eles chamar “salvador do mundo” à Zeus, quando havia só “Um Salvador”, ou prestar-lhe culto? Como poderiam os cristãos queimar incenso a César e dizer “César é o Senhor”, quando havia “somente um Senhor, Jesus Cristo”? O Cristo glorificado elogia a perseverança dos crentes de Pérgamo, que foram fiéis à fé, mesmo sob intensa perseguição.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Pérgamo era uma cidade onde o mal reinava, porém o Reino de Deus, manifestado por meio da igreja, prevaleceu em seus termos.

II. A ESPADA DE DOIS GUMES
1. A espada afiada de dois gumes. Aquele que tem a espada afiada de dois gumes (v. 12): A espada representa autoridade e o poder para julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (1.16). Pérgamo acolheu o erro, através de homens de mente corrupta que a infestaram. Cristo resolve pelejar contra eles com a palavra da sua boca. Jesus se identifica como "aquele que tem a Espada Aguda de Dois Fios". Temos aqui um duplo simbolismo:
a) Pode referir-se ao poder de Cristo para proteger os seus, mesmo no meio da perseguição e onde os mártires estivessem caindo;
b) Pode ser símbolo do poder do julgamento bem executado. A Igreja estava dando guarida ao erro e Cristo vem com a "Espada de Dois Gumes", que sai da sua boca, para julgar e condenar os falsos doutores. A "Espada de Dois Gumes" é a própria Palavra de Deus. João estava expressando com esta verdade o contraste entre o governo romano, que governava pelo poder da espada, e o fato de Cristo realmente ter o poder da soberania: "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4.12). Paulo, metaforicamente, utiliza a vestimenta do soldado romano para descrever a armadura do cristão, refere-se à "…a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Ef 6.17). Trata-se de uma poderosa arma que se projeta sobre os corações, “penetra até à divisão da alma e do espírito” (Ap 19.21) e “serve para penetrar, dividir, desnudar, inspirar, ensinar, buscar, converter, salvar e santificar”… (2Tm 3.15-16). É, ainda, pela Palavra que Deus julga tanto os seus quanto os inimigos de seu povo: "Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1Pd 4.17).
2. Manejando bem a espada do Espírito. Tanto Pérgamo quanto Tiatira deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade bíblica e a pureza doutrinária são abandonadas. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Só através da leitura atenta e do estudo da Bíblia que iremos conhecer a vontade de Deus para nossas vidas. Quem não estuda a Bíblia não sabe o que Deus quer para sua vida, pois só na sua Palavra encontramos a verdade. “Ser um cristão é ser um guerreiro. O bom soldado de Cristo não deve esperar tranquilidade neste mundo – ele é um campo de batalha! Nem deve ele se apoiar na amizade com o mundo, pois isso seria inimizade contra Deus. Sua ocupação é a guerra. Enquanto ele põe, peça por peça, a armadura que lhe foi dada, ele deve sabiamente dizer a si mesmo: Isso me avisa do perigo; isso me prepara para a batalha; isso profetiza oposição - Charles Haddon Spurgeon. Esta é a arma que todo crente deve portar para todos os combates – “Tomai a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus“. O crente deve vencer todo tipo de inimigo, mas essa arma é tudo o que nós precisamos! Caso queiramos vencer o pecado e derrotar a incredulidade, p o evangelho, invistamos em Missões, para que todo o mundo ouça esta mensagem: “Olhem para Mim, e sejam salvos, todos os confins da terra!

SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Bíblia Sagrada é uma arma poderosa no combate à apostasia.

III. O DESTINATÁRIO
1. Um anjo numa cidade infernal. Quem era esse anjo da Igreja a quem o Senhor se referia? É claro que um anjo celestial não poderia ser, pois os tais foram proibidos de pregar o evangelho (1Pe 1.12). Esse anjo, que era o Pastor da Igreja, pois a palavra “anjo” quer dizer “mensageiro” e é exatamente o que o Pastor é na sua função - um mensageiro. Sei onde habitas – Deus é Onisciente (sabe tudo), Onipotente (tem todo poder), Onipresente (está em todos os lugares). Não há nada que possa ficar encoberto ao Senhor, antes, tudo lhe é patente: “Todos os nossos dias estão em suas mãos e já haviam sido predeterminados por Deus” (Sm 139.14-16); ele conhece o nosso caminho (Jó 23.10). Deus conhece todas as coisas e esse atributo de Deus os homens temem porque fala-nos que Deus está perscrutando a terra com seu olhar de fogo consumidor. Atos 15.18: diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.” Deus conhece tudo a respeito do mundo que ele criou e trouxe à existência. Precisamos resgatar o conceito do atributo de onisciência de Deus neste mundo. “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás” (Ap 2.13). “A sã doutrina bíblica não somente deve ser ensinada mas também agarrada com profunda convicção (cf. 1 Tm 4:6; 5:17; 2 Tm 2:15; 3:16,17; 4:2-4). Exortar e convencer - O ensino fiel e a defesa das Escrituras que encoraja a piedade e confronta o pecado e o erro” (John MacArthur).
2. O testemunho e a perseverança de um anjo. A função do Pastor é de instruir o povo na Palavra de Deus (I Tm 3; II Tm 2.15; Tt 1.6-9). O pastor não deve falar ou ensinar suas próprias filosofias, mas sim ser fiel ao ensinamento da Palavra de Deus. Fica claro que esse mensageiro(o pastor ou líder local) tem uma responsabilidade muito séria diante de Deus. Isso serve de alerta aos que lideram, mas não se esmeram em aprender a Palavra. Que Deus faça de nós (os Líderes) homens fiéis à Palavra como os anjos celestes são. É isso o que Deus quer nos falar aqui. É como se o nosso Deus dissesse: “Transmitam a minha Palavra com a fidelidade de um anjo”. Onde está o trono de Satanás – Isto sem dúvida é uma referência à seita pagã babilônica, ocultista, que mudou-se para Pérgamo, vinda de Babilônica (o centro do espiritismo nos tempos primitivos), quando os conquistadores persas dominaram o mundo. Vemos assim, que quando o diabo não consegue enfraquecer a Igreja pela perseguição e sofrimento (V.10), procura fazê-lo pela corrupção da fé, adulterando a Palavra de Deus e semeando falsas doutrinas. “Antipas” mencionado por seu nome, por Jesus, indica que Deus conhece os seus pelo nome, o que indica carinho e atenção pessoal. [http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1180&menu=7&submenu=3 ]
3. Antipas, a fiel testemunha. Antipas é descrito como um mártir da fé cristã; uma "testemunha fiel" de Cristo Jesus, que morava e ministrava onde Satanás tinha a sua sede (Pérgamo). Segundo a tradição cristã, o apóstolo João ordenou a Antipas como bispo de Pérgamo durante o reinado do imperador Domiciano. Um relato tradicional da igreja cristã ortodoxa oriental, afirma que Antipas era o Bispo da igreja em Pérgamo, e que ele foi martirizado por sua fé, por causa de seu fiel testemunho face os ardis satânicos ali presentes: “Quando Antipas foi aconselhado: "Antipas, o mundo inteiro está contra você!", Antipas supostamente respondeu: "Então eu sou contra todo o mundo!" Assim, porque Antipas recusou a renunciar sua fé em Cristo Jesus, foi supostamente assado vivo em um touro em tamanho real, que tinha uma fogueira sob o seu ventre.[http://antipas.net/whois.htm] Entre estes relatos de fontes extra-biblicas e a opinião como está em nossa revista, parece- me ser mais razoável acatar a penúltima, por ser mais condizente com o próprio relato. creio ser mais plausível aceitar que Antipas tenha morrido vítima de perseguições anti-cristãs, e não pelos “que se diziam irmãos”. Aquela igreja não era o trono de Satanás, ela conservava o nome de Cristo, pois não havia renegado a fé (v. 13). No entanto o Senhor dirige-se a ela em termos de juízo fulminante. Ele é aquele que tem “a espada afiada de dois gumes” (2.12), isso porque existiam ali dois problemas que exigiam solução imediata: a) a cosmovisão (o modo como olhamos o mundo) dos cristãos de Pérgamo era fragmentada; b) havia, por parte de alguns, tolerância a uma teologia sincretista que resultava em idolatria e práticas imorais.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O pastor da igreja em Pérgamo manteve uma postura impecável como servo de Deus, mesmo vivendo em uma cidade idólatra e maligna.

IV. AS HERESIAS DE PÉRGAMO
1. Doutrina de Balaão. Por não poder “amaldiçoar” o povo de Israel, Balaão tentou destruí-lo levando seus homens a manterem relações sexuais com as mulheres moabitas, manchando a sua santidade (Nm 25.1-3). Favorecia o incesto (união ilícita entre parentes próximos) e o jugo desigual (Nm 25; 2Co 6.15-18). Nos capítulos 22 a 25 e 31.6 de Números, descobriremos seu modo sutil de colocar as ideias. O “quem sabe…” ou o “talvez…” continuam a ser atuais. O Senhor censurou o Pastor daquela Igreja por sua tolerância diante de tal heresia. Ele (anjo) fora ali colocado à frente do rebanho não só para presidir, mas também para admoestar (1Ts 5.12). Ele devia ter zelado pelo cumprimento da sã doutrina e aplicado a disciplina, se os faltosos não tomassem uma atitude de acordo com a Palavra de Deus (Mt 18.18; 2Ts 3.14).
2. A doutrina dos nicolaítas. A Bíblia não identifica esta doutrina. Mas, diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogia os efésios por rejeitar esses ensinamentos (2.6). Infelizmente, a igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres. Alguns defendem que praticavam a mesma heresia dos discípulos de Balaão. para que os cristãos vivesse imoralmente, para poderem viver com os romanos e não serem perseguidos. Eles consideravam natural, e portanto inofensivo e lícito, o comer coisas sacrificadas aos ídolos e a fornicação por ser o sexo uma coisa criada pelo próprio Deus e, portanto, inteiramente despido de maldade (Gn 2.18; 1Co 10.19-21; At 15.23-29). O fundador da seita fora Nicolau, um dos sete diáconos de Jerusalém (At 6.5), que se desviou e começou a ensinar que os atos dos homens não os afastavam de Deus. Era o “não faz mal…” (Ml 1.8 ) ou “os outros também fazem assim…” dos nossos dias.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Na igreja de Pérgamo havia falsos mestres que seguiam e ensinavam a doutrina de Balaão, cujo objetivo era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria.

(III. conclusão)
A maior derrota da igreja é ser tragada pela influência do mundo. Grandes advertências bíblicas são proclamadas a este respeito (Tg. 4.4). E esta era precisamente a situação vivenciada pela igreja de Pérgamo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas…” Jesus mostra, então, o caminho da vitória sobre o erro: “Arrepende-te” (16). Arrependimento significa nova tomada de posição diante dos erros cometidos, pedir perdão e evitar tornar a cometê-los, ou seja, conversão, mediante o poder transformador do Espírito Santo. Quando não há arrependimento por parte de seus filhos, Deus utiliza o julgamento, cuja intensidade, tende a aumentar, caso o errado não mude de atitude, ficando na sua intransigência (Hb 12.4-11). “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Abril de 2012,
Francisco de Assis Barbosa,

EXERCÍCIOS
1. Qual era a situação espiritual da igreja em Pérgamo?
R. Uma igreja casada com o mundo e que já havia se acomodado a duas ardilosas heresias.
2. O que representa a espada do Espírito?
R. A Bíblia Sagrada.
3. Quem foi Antipas de acordo com a lição?
R. Fiel testemunha. Mui provavelmente, havia precedido o destinatário da carta no pastorado de Pérgamo.
4. O que era a doutrina de Balaão?
R. Ensino pseudo bíblico que, torcendo as Escrituras através de artifícios teológicos e hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos santos uma teologia permissiva e eticamente tolerante.
5. Como devemos portar-nos diante de uma sociedade pagã e permissiva?
R. Resposta pessoal.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-.  [1]. - CESARÉIA, Eusébio de. História Eclesiástica: os primeiros quatro séculos da igreja cristã. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 137
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2003;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

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Francisco de Assis Barbosa