Pb Francisco Barbosa
TEXTO
PRINCIPAL
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1)
Entenda o Texto Principal:
- O homem tem seu ciclo designado de estações e mudanças, como o sol, o
vento e a água (Eclesiastes 1:5-7). propósito – como há uma “estação” fixa nos “propósitos” de Deus (por exemplo, Ele
fixou o “tempo” quando o homem deve “nascer”, e “morrer”, Eclesiastes 3:2),
então existe um “tempo” legítimo para o homem realizar seus “propósitos” e
inclinações. Deus não condena, mas sim aprova o uso de bênçãos terrenas
(Eclesiastes 3:12); é o abuso destas que Ele condena, tornando-as o principal
fim (1Coríntios 7:31). A terra, sem desejos humanos, amor, sabor, alegria,
tristeza, seria um desperdício sombrio de total aridez; mas, por outro lado, o
extravio e o excesso das bençãos terrenas, como de uma enchente, que precisa de
controle. A razão e a revelação foram dadas para controlá-las. [Jamieson;
Fausset; Brown]
RESUMO
DA LIÇÃO
Entre o chamado de Davi e o início de seu reinado
houve um grande espaço de tempo no qual ele pôde ser preparado por Deus para
tal missão.
Entenda o Resumo da Lição:
- Há
um intervalo significativo entre o momento em que Davi é ungido rei e quando
ele efetivamente começa a reinar. Este período, que a Bíblia descreve como
"um grande espaço de tempo", foi crucial para a preparação e o
crescimento espiritual de Davi. Durante este tempo, ele pôde desenvolver suas
habilidades, fortalecer sua fé e aprender as lições necessárias para exercer o
reinado de forma justa e eficaz.
TEXTO
BÍBLICO
1 Samuel 24.4-8
4.
Então, os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te diz
Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem a
teus olhos E declarou-se Davi e. mansamente, cortou a orla do manto de Saul.
- Eles
disseram: “Este é o dia sobre o qual o Senhor lhe falou: ‘Entregarei nas suas
mãos seu inimigo para que você faça com ele o que quiser’ “ – Deus
nunca fez nenhuma promessa de entregar Saul às mãos de Davi; mas, das promessas
gerais e repetidas do reino a ele, concluíram que a morte do rei seria efetuada
aproveitando-se de alguma oportunidade como a presente. Davi opôs-se firmemente
às instigações urgentes de seus seguidores para pôr fim a seus problemas e à
morte deles (um coração vingativo teria seguido seu conselho, mas Davi desejava
superar o mal com o bem e amontoar brasas de fogo sobre ele). a sua cabeça);
ele, no entanto, cortou um fragmento da saia do manto real. É fácil imaginar
como esse diálogo poderia ser realizado e a abordagem de Davi à pessoa do rei
poderia ter sido efetuada sem despertar suspeitas. A agitação e barulho dos
militares de Saul e seus animais, o número de celas ou divisões nessas imensas
cavernas (e algumas delas distantes no interior) sendo envolvidas na escuridão,
enquanto todo movimento podia ser visto na boca da caverna – a probabilidade de
que a peça que Davi cortou pudesse ter sido um manto solto ou alto no chão, e
que Saul pudesse estar dormindo – esses fatos e presunções serão suficientes
para explicar os incidentes detalhados. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando
revisão]
5.
Sucedeu, porém, que. depois, o coração doeu a Davi, por ler cortado a orla do
manto de Saul:
- Mas seu coração o
feriu depois que ele fez isso; isto é, sua consciência o censurou, porque ele
considerava isso uma injúria feita ao próprio rei. [Keil e Delitzsch,
aguardando revisão]
6.
e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu
senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é o
ungido do Senhor.
- Com toda a maior
firmeza, portanto, ele repeliu as sugestões de seus homens: “Longe de mim de
Jeová (por causa de Jeová: veja em Josué 22:29), que (אם, uma partícula que
denota um juramento) eu deveria fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido de
Jeová, para estender a mão contra ele”. Essas palavras de Davi mostram com
bastante clareza que nenhuma palavra de Jeová lhe veio para fazer o que queria
com Saul. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
7.
E. com estas palavras. Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se
levantassem contra Saul e Saul se clamasse da caverna e intrometeu-se no seu
caminho.
- Assim, ele reteve
seu povo com palavras (שׁסּע, verbis dilacere), e não permitiu que eles se
levantassem contra Saul, isto é, para matá-lo. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
8.
Depois, também Davi se declarou, e saiu da caverna, e se reuniu por detrás de
Saul. dizendo: Rei. meu senhor! E, olhando Saul para trás. Davi se inclinou com
o rosto em terra e se prostrou.
- A proximidade dos
penhascos íngremes, embora divididos por pragas profundas, e a pureza
transparente do ar permitem que uma pessoa parada em uma rocha ouça
distintamente as palavras proferidas por um orador de pé em outro (Juízes 9:7).
A expostulação de Davi, seguida pelos sinais visíveis que ele fornecia de seu
desprezo pelo desígnio maligno contra a pessoa ou o governo do rei, mesmo
quando ele tinha o monarca em seu poder, feriu o coração de Saul em um momento
e o desarmou. de seu propósito caiu de vingança. Ele possuía a justiça do que
Davi disse, reconheceu sua própria culpa e implorou bondade à sua casa. Ele
parece ter sido naturalmente suscetível de fortes e, como neste caso, de boas e
gratas impressões. A melhora de seu temperamento, na verdade, era apenas
transitória – sua linguagem era a de um homem dominado pela força de emoções
impetuosas e constrangido a admirar a conduta e estimar o caráter de alguém a
quem odiava e temia. Mas Deus prevaleceu por garantir a atual fuga de Davi.
Considere sua linguagem e comportamento. Esta linguagem – “um cachorro morto”,
“uma pulga”, termos pelos quais, como os orientais, ele expressou fortemente um
senso de sua humildade e toda a dedicação de sua causa àquele que sozinho é o
juiz das ações humanas, e a quem pertence a vingança, sua firme repulsa dos
conselhos vingativos de seus seguidores; os sentimentos de coração que ele
sentia mesmo pela aparente indignidade que ele tinha feito à pessoa do ungido
do Senhor; e a homenagem respeitosa que prestou ao invejoso tirano que lhe dera
um preço – evidencia a magnanimidade de um grande e bom homem e ilustrou de
forma notável o espírito e a energia de sua oração “quando estava na caverna”
(Salmo 142:1). [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
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INTRODUÇÃO
Estamos diante de um fator muito importante para
que tudo aconteça da melhor forma possível o tempo. O tempo é um dos melhores
professores, porém precisamos entender as palavras por ele escolhidas para nos
ensinar. O Senhor escolheu e ungiu Davi para uma grande missão. Para tal, era
necessário muito aprendizado nas mais diversas áreas da vida. Não foram
momentos simples, mas o homem segundo o coração de Deus soube esperar e deixar
ser moldado para cumprir os propósitos divinos.
- A
frase "O tempo é um dos melhores professores" é uma afirmação popular
que ressalta a importância do tempo como um agente de aprendizado e
crescimento. O tempo, através da experiência e das mudanças que traz, pode nos
ensinar lições valiosas que, de outra forma, seriam difíceis de aprender. A
espera de Davi para assumir o trono não foi imediata após a unção pelo profeta
Samuel. Ele passou por um período de cerca de 15 a 20 anos, durante o qual foi
perseguido pelo rei Saul e teve que lidar com diversas dificuldades. Este
período foi crucial para o desenvolvimento do caráter de Davi, preparando-o
para a responsabilidade de governar. Não é fácil esperar o cumprimento de uma
promessa; mas é necessário e, acredito, a ansiedade para que tudo aconteça
também faz parte do “pacote”.
I. LONGOS ANOS DE ESPERA E DE PREPARO
1. Na espera, aprendizado. Davi foi ungido pelo profeta Samuel ainda na
adolescência e era perfeitamente natural que muito ainda precisava ser
aprendido e amadurecido por ele, As tarefas por ele desempenhadas no campo
eram, em complexidade, muito distantes das que um dia assumiria ao sentar-se no
trono de Israel. No entanto, ali no campo com as ovelhas ele já era aquele que
é mencionado como “o homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.14; At 13.22). Não
basta a promessa (Js 1.1-9), o sonho (Gn 37.5-10) e o chamado (1Sm 16.1-13), é
preciso que posturas após as promessas, sonhos e chamados sejam colocados sob
nossas perspectivas: faça-se necessário nos permitirmos ser obras pelo Senhor
(Sl 18.30-35). Ao olharmos as histórias de Josué, José e Davi podemos perceber
o quanto é necessário ser desenvolvido a partir da visão inicial de suas
caminhadas, nenhum lançado-se em sua missão sem cuidadosamente compreender
quais serão suas ações no processo. O Senhor nos chama, mas também nos convoca
ao preparo, ao amadurecimento e ao tempo de relacionamento com o divino em uma
caminhada crescente de intimidade e comunhão.
- Enquanto
esperava assumir o reino, Davi passou por um período de exílio, fugindo do rei
Saul e lutando por sua vida. Durante esse tempo, ele buscou refúgio em
diferentes lugares, incluindo a terra dos filisteus, onde serviu por um tempo e
até se casou. Após a morte de Saul, Davi foi aclamado como rei em Hebron, por
Judá, e mais tarde, após a morte de Abner, em Hebron, por todo Israel. ao
estudar a vida de Davi, descobrimos que ele passou grande parte dela esperando.
Ele teve que esperar mais ou menos quinze anos desde que foi ungido por Samuel
até se tornar o rei de Judá (conforme está em nosso texto). E teve que esperar
mais outros sete anos para ser ungido rei sobre todo Israel. Isso significa que
ele esperou mais de vinte anos para ser rei. Como Davi lidou com mais de duas
décadas de espera é o tema desta mensagem. Estudar a sua vida durante esse
período pode nos ensinar muitas coisas sobre “esperar no Senhor”.
2. Quando a “vitória” não vem do Senhor. Como são grandes as nossas lutas, não é mesmo? Há
momentos em que, já cansados da caminhada, nos deparamos com imagens
revigorantes e oportunidades imperdíveis que parecem ser a resposta de nossas
orações Porém, precisamos cuidar para que não confundamos oásis com miragens,
nem vitórias do Senhor com armadilhas do Inimigo. Para tanto, precisamos estar
sempre focados na direção divina. Davi passou exatamente por essa situação,
porém o seu coração pertence a Deus e não se deixou levar pelas aparências (1Sm
24). Saul, em sua caçada a Davi, entrou em uma caverna. Lá achei que estava em
segurança e reservado dos olhares alheios. Porém, Davi também estava lá com os
seus homens que lhe disseram palavras tentadoras: “Hoje é o dia do qual o
Senhor lhe falou – ‘Eis que eu entrego o seu inimigo nas suas mãos, e você fará
com ele o que bem quiser”. Palavras aparentemente boas, mas mascaravam uma grande
armadilha. Após cortar um pedaço das vestes de Saul, já fora da caverna. Davi
jurou lealdade ao rei, reafirmou sua fidelidade e prometeu segurança para com a
casa do velho monarca. Como é fácil achar que diante de oportunidades
“imperdíveis”, estamos presenciando uma “vitória” enviada por Deus. Mas assim
como foi com Davi, precisamos ser sensíveis à vontade do Senhor.
- Para
saber se uma bênção vem do Senhor, é importante considerar se ela está alinhada
com os princípios e valores cristãos, e se ela traz paz, alegria e crescimento
espiritual. Uma bênção de Deus geralmente traz um sentido de esperança e
renovação, enquanto as que não são de Deus podem trazer insatisfação ou
desilusão. Se a bênção parece estar em sintonia com a Bíblia e os ensinamentos
de Jesus, é um bom sinal. Uma bênção genuína do Senhor geralmente traz uma
sensação de paz, conforto e esperança, de acordo com a Igreja Católica e uma
mensagem da Caminhando para Cristo. Uma bênção do Senhor deve fortalecer a fé e
a esperança, ajudando a enfrentar os desafios da vida com mais confiança, de
acordo com uma mensagem da Caminhando para Cristo e um artigo da Igreja
Católica. A bênção deve incentivar a buscar o bem, a justiça e o amor, e não
coisas que possam levar ao pecado. Uma bênção do Senhor geralmente leva à
gratidão e ao reconhecimento da bondade de Deus. As bênçãos do Senhor devem
contribuir para o crescimento espiritual, tornando a pessoa mais próxima de
Deus. Se a bênção está relacionada a coisas mundanas, egoístas ou que possam
levar ao pecado, é um sinal de que ela pode não ser de Deus. Se a bênção traz
uma sensação de insatisfação, desilusão ou inquietação, pode ser um sinal de
que ela não é de Deus. Se a bênção leva ao orgulho, ao egoísmo ou a um
sentimento de superioridade, pode ser um sinal de que ela não é de Deus. É
importante lembrar que nem sempre podemos identificar claramente se uma bênção
vem de Deus. O discernimento espiritual é fundamental, e é importante buscar a
orientação de Deus através da oração e da Palavra.
3. Duas mortes, dois filhos. O Monte Gilboa foi o palco de muito sangue
derramado: no mesmo dia lá tombaram o rei Saul e seus três filhos Jônatas,
Abinadabe e Malquisua, seu escudo e suas tropas Diante desse fim trágico, a
postura de Davi foi mais uma demonstração de sua integridade e distinção. O
senso comum levaria muitos a comemorar a morte do perseguidor e a possibilidade
de alcançar o trono tão almejado, mas não foi assim com o homem segundo o
coração de Deus. O lamento de Davi pelas mortes de Saul e Jônatas é para nós um
grande exemplo de fidelidade aos planos do Senhor e reconhecimento da
relevância da honra. Jônatas era seu amigo e o pranto foi genuíno. Saul era o
seu rei e o ungido do Senhor. Davi não dançou, não revelou, não serviu um
banquete, pelo contrário, chorou muito, compôs um cântico de honra (2Sm
1.17-27) e não permitiu que faltassem com o respeito devido à monarca morta
(2Sm 1.1-16).
- Ao
saber da morte de Saul e Jônatas, Davi expressou um profundo lamento e
tristeza. Ele lamentou a perda dos dois, que eram figuras importantes na
história de Israel, e escreveu uma lamentação para expressar seu pesar. A
Bíblia descreve Davi como sendo profundamente afetado pela morte de Jônatas,
seu amigo e aliado.
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SUBSÍDIO
I
Professor(a). neste primeiro tópico, reforce a
ideia de que é bom ser chamado por Deus, no entanto precisamos nos capacitar
para o serviço. Nossa dedicação ao preparo é um bom reflexo do nosso
compromisso com o Senhor. Às vezes nos deparamos com boas oportunidades, mas
que podem ser armadilhas. Por isso, é importante que sejamos sempre guiados
pela direção divina.
II. O TEMPO DE DEUS
1. Uma trajetória admirável. Davi soube esperar o tempo de Deus e foi o
protagonista de uma trajetória admirável e inspiradora. Desde o dia em que foi
ungido pelo profeta Samuel até o dia em que começou o seu reinado, viveu uma
caminhada de muita paciência, aprendizado e serviço. Esses três fatores foram
essenciais e, caso não se fizessem presentes, com certeza não teríamos o mesmo
resultado: a paciência o fez se desenvolver no tempo certo (Gl 6.9); o
aprendizado adquirido adquirir habilidades permitidas à missão que assumiria
(Sl 119.73): o serviço lhe deu a prática necessária para desenvolver a
excelência. Diante da fidelidade ao Senhor. Davi foi abençoado e teve uma
trajetória belíssima: filho dedicado e servo fiel; pastor de ovelhas zeloso
corajoso ao defensor de seus rebanhos; matador de gigante; músico virtuoso e
cheio do Espírito: embora fugitivo em terra estranha, fiel ao seu rei e ao seu
povo: zeloso pelo ungido do Senhor; bondoso com as casas de Saul e Jônatas;
restaurador das leis transgredidas iniciando um tempo de maior devoção; rei por
quarenta anos unificando as tribos de Israel; conquistador de sete nações
inimigas, traz com muito zelo a arca para Jerusalém: fortalece e expande o
exército de Israel; viabiliza a prosperidade no reino e prepara o caminho para
o seu filho. Salomão.
- A
espera nunca é fácil. Certamente não o foi para Davi também. Não pensemos que o
futuro rei de Israel seguia pacientemente o seu caminho enquanto aguardava o
cumprimento da promessa. Certamente houveram dúvidas, questionamentos,
desilusão... e isso também faz parte do “pacote” de preparação para o
importante papel que ele iria desempenhar, e nossa experiência, o mesmo também
é verdadeiro. Não devemos romantizar o longo período de espera de Davi e achar
que nós devemos, romanticamente, seguir o exemplo. Perceba que Davi tinha,
antes de tudo, uma forte convicção: Davi reconhece a santidade do ungido do
Senhor e a salvaguarda (26.9; conforme 2.10, nota), deixando ao Senhor o
julgamento e a vingança (v. 12). No versículo 13 do capítulo 24, Davi parece
estar ressaltando uma verdade tal como o ensino de Jesus: "Pelos seus frutos os conhecereis"
(Mt 7:16, 20). Davi é conhecido por seu domínio próprio, mas Saul é conhecido
pelos seus esforços em tentar destruir Davi. Pelo domínio próprio e alicerçado
em sua fé – que dizia: “Se Deus o colocou no trono, Deus o retirará”, foi que
Davi soube aguardar o tempo determinado.
2. O reino que não terá fim. Ungido pelo Senhor. Davi foi um rei que se
destacou na história por sua integridade, por praticar uma gestão assertiva,
pela dependência divina e viabilizar uma relevância de Israel sobre os demais
reinos da época. Além disso, confiou na promessa divina de um reino que não
teria fim (Lc 13.2-33): o Reino de Deus. Deus distribuiu uma aliança com Davi
(2Sm 7.16) onde prometeu que o seu reino seria firmado para sempre. Essa
aliança tornou-se um marco na história daquele povo e manteve vívida a
esperança na vinda do Messias (Is 9.6-7). Participante da descendência de Davi
(Rm 1.3), o Messias estabeleceria o reino que não teria fim (Mt 21.9) e, na
plenitude dos tempos, tal promessa se concretizou (Gl 4.4-5). A Palavra de Deus
nos traz diversas verdades sobre o Reino de Deus: que já está presente e que
não veio de forma alarmante (Lc 17.20-25); o descreve como justiça, paz e
alegria no Espírito Santo (Rm 14.17); também o descreve como um império eterno
que jamais passará (Dn 7.14); e o apresenta como eterno com domínio sobre todas
as gerações (Sl 145.13).
- A
aliança de Deus com Davi, também conhecida como Aliança Davídica, é um pacto
fundamental na história bíblica, prometendo a Davi e à sua descendência um
trono eterno e um reinado que perduraria por gerações. Essa aliança é vista
como um cumprimento da promessa inicial feita a Abraão e como um precursor da
nova aliança em Jesus Cristo. É um pacto que Deus fez com o rei Davi,
prometendo que a sua linhagem seria eterna e que, a partir dela, viria o
Messias, Jesus Cristo. É um acordo incondicional onde Deus se compromete com a
descendência de Davi, estabelecendo-a como a Casa de Davi no Reino de Israel e
Judá. A aliança davídica refere-se às promessas de Deus a Davi através do
profeta Natã e é encontrada em 2 Samuel 7 e depois resumida em 1 Crônicas 17:11-14
e 2 Crônicas 6:16. Esta é uma aliança incondicional feita entre Deus e Davi,
através da qual Deus promete a Davi e a Israel que o Messias (Jesus Cristo)
viria da linhagem de Davi e da tribo de Judá e estabeleceria um reino que
duraria para sempre. A aliança davídica é incondicional porque Deus não coloca
condições de obediência em sua realização. A garantia das promessas feitas
depende exclusivamente da fidelidade de Deus e não da obediência de Davi ou de
Israel. A aliança davídica centra-se em várias promessas-chave feitas a Davi.
Primeiro, Deus reafirma a promessa da terra que Ele fez nas duas primeiras
alianças com Israel (a aliança abraâmica e aliança palestina). Esta promessa é
vista em 2 Samuel 7:10: "Prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e
o plantarei, para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado, e jamais
os filhos da perversidade o aflijam, como dantes." Deus então promete que
o filho de Davi o sucederá como rei de Israel e que este filho (Salomão)
construiria o templo. Esta promessa é vista em 2 Samuel 7:12-13: "Quando
teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar
depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu
reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino."
3. Um nome a ser lembrado. Algo que precisa ser destacado em nossa cosmovisão
é o fato de que toda a honra e glória pertence ao nosso Deus (Sl 115.1). Como é
bom saber que o principal propósito de nossas vidas é glorificar ao nosso
Senhor. Todas as coisas foram por Ele criadas e sem que sua ação nada
existisse. Diante de nossos esforços pessoais e projetos, quer sejam de âmbito
privado ou coletivo, somos por vezes mencionados e celebrados Mas jamais
esqueçamos de que o que há de mais precioso em nós é fruto dos propósitos do
Senhor se cumprindo em nossas vidas. Tudo o que fazemos deve glorificar a Deus
(1Co 10.31). Estabelecida a condição acima, veja algo admirável na vida de
Davi: Alguns nomes foram tão normativos em reuniões quanto o do belemita. Após
tantos séculos e milênios de história, é praticamente impossível fazermos uma
lista com os nomes mais respeitados e deixarmos de fora o nome Davi.
- O
nome "Davi", com sua origem hebraica em "Dawid" (que
significa "amado" ou "querido"), é muito conhecido na
história, principalmente devido à figura do Rei Davi na tradição judaica. Rei
Davi, o segundo rei de Israel, é famoso por ter derrotado Golias, unificado as
tribos hebraicas e estabelecido Jerusalém como a capital do reino. Além disso,
ele é conhecido por suas habilidades como músico e poeta. O nome
"Davi" ganhou forte simbolismo religioso e se espalhou por diversas
culturas, mantendo sua popularidade até hoje. Criança de aparência cativante,
habilidoso na música e confecção de seus próprios instrumentos, mesmo tendo
sido esquecido para o jantar com o profeta Samuel, Davi foi chamado do pasto e
ungido como rei de Israel. A partir daí foi cheio do Espírito Santo (1 Samuel
16:11-13). Quando Deus chama, Ele se responsabiliza, Ele cuida e preserva, Ele
prepara e conduz!
III. NA CAMINHADA. TEMPO DE APRENDIZADO
1. Kairós e Chronos. Essas duas palavras de origem grega nos ajudam a
compreender a dimensão de tempo. Em uma tradução simples para o português.
ambos significam tempo. Porém, no sentido bíblico, são bem distintos: Chronos
faz referência ao tempo subordinado ao relógio, quantitativo, que é marcado a
partir dos movimentos de translação e movimentos da Terra. É o tempo que nos
orienta na organização do nosso cronograma diário, mensal, anual e assim por
diante Já Kairós é o “tempo oportuno” e possui uma natureza qualitativa apontando
para o momento adequado de determinado evento/experiência dentro dos propósitos
divinos. Duas passagens bíblicas que nos ajudam a entender esse conceito foram
vividas por Jesus e seus discípulos: em um momento o Mestre afirma “a minha
hora ainda não chegou” (Jo 7.6), logo mais declara ‘a minha hora chegou” (Jo
12.23). Não há contradição, em um momento encontramos o Chronos. no outro, o
Kairós.
- A
principal diferença entre Kairós e Cronos, reside na sua natureza e função em
relação ao tempo. Cronos representa o tempo cronológico, o tempo linear e
mensurável, enquanto Kairós representa o momento oportuno, o tempo qualitativo e
subjetivo. Cronos é tempo cronológico, tempo linear, tempo físico, tempo
mensurável (anos, meses, dias, etc.). É de natureza Indiferente, impessoal,
inexorável, a tudo devora. Sua função é a de tempo como uma força natural que
rege os destinos, que tudo pode devorar. Já o Kairós, significa: Tempo
oportuno, momento certo, ocasião propícia. É de natureza subjetiva, qualitativa,
a ser agarrado, a ser aproveitado. Sua função: Tempo como uma oportunidade, um
presente, algo a ser valorizado. Em resumo, Cronos é o tempo que se passa, o
tempo que todos vivem, o tempo que se mede. Kairós é o tempo que se vive, o
tempo que se sente, o tempo que se aproveita. Leia
mais aqui!
2. Por que Deus demora tanto para agir? Por vezes, nos momentos mais difíceis, fazemos
essa pergunta: “até quando?” Em nosso entendimento limitado, podemos até achar
que já é o momento de passarmos para as próximas etapas. No entanto, há o tempo
certo para tudo. Deus nunca chega na hora certa (2 Pe 3.9). Davi, ungido ainda
na sua adolescência, só foi realizado pela promessa já aos trinta anos de
idade. Parece claro para nós que ele foi preparado para tal obra, porém olhamos
a partir do ponto de vista de Davi passando pelas provas, perseguições,
incompreensões, aberturas e dificuldades. Com certeza, o Chronos foi bem
impiedoso com o nosso futuro rei Que bom que para ele o Kairós falou muito mais
alto.
- A
demora de Deus em agir pode ter diversas explicações, desde o aprendizado e
fortalecimento espiritual, até a necessidade de um momento mais propício para
um milagre maior ou para que as coisas se ajustem corretamente. A espera pode
ser uma oportunidade para crescermos espiritualmente, aprendermos a confiar e a
entregar nossas preocupações a Deus. Em alguns casos, a demora pode ser um
tempo para que Deus prepare o caminho para um milagre ou para que tudo se
ajuste de acordo com o seu plano.
3. Como é bom estar no tempo de Deus. Quando nos permitimos estar no tempo de Deus,
somos agraciados com as vitórias decorrentes desse processo. Há tempo para
todas as coisas (Ec 3.1). Convidamos-nos a alegrar diante dessa verdade, o
tempo de Deus é sempre perfeito (2 Sm 22.31). Existem momentos em que o Senhor
trabalha em nossas vidas, e essa ação requer uma dimensão temporal que sai do
simples controle do relógio e passa para a dinâmica do amadurecimento na
caminhada. É o Kairós nos envolvemos em uma ação de desenvolvimento pleno, para
tanto, convidamos-nos a entregar de coração.
- O
tempo de Deus não é o nosso tempo! O tempo de Deus é perfeito, não há atrasos
(Gálatas 4:4). O tempo de Deus está relacionado ao tempo oportuno para
cumprimento do Seu propósito ou vontade. Não pode ser medido ou cronometrado,
mas atua na nossa história consoante à Sua vontade. Para experimentar o tempo
de Deus, é importante aprender a esperar e confiar no Senhor, compreendendo que
Seu tempo não é o nosso. Isso envolve dedicar tempo à oração, estudo da Bíblia,
jejum e outros hábitos que aproximam a pessoa de Deus. A fé e a confiança em
Deus, mesmo quando as coisas não acontecem no tempo que esperamos, são
essenciais para sentir a paz e a presença de Deus Deus criou tudo que existe,
incluindo o chronos (tempo cronológico). Os seres humanos são dependentes do
chronos e tudo que se faz está ligado a ele. Mas o Senhor não pode ser limitado
ao chronos, por isso que Ele é eterno, sempre existiu e sempre existirá e, é
imutável. Quando analisamos, por exemplo, a palavra amor, temos que recorrer ao
grego e seus significados na Bíblia (ágape, philos e eros) que nos ajudam a
entender a ideia de “amor”, portanto, na mesma perspectiva, existe o kairós e
chronos. Em Atos dos Apóstolos 17:30, podemos observar que o Senhor não
considerou o tempo chronos de ignorância, no qual os povos não tinham
conhecimento da verdade. E esta é a ideia do tempo chronos; determinados
espaços de tempo e prolongados em que, não vemos nada de especial ou importante
acontecendo. uando relembramos a história do povo de Israel, que ficou cerca de
quatrocentos anos escravizado clamando o agir de Deus para que fossem libertos,
demorou. Aos olhos humanos demorou muito, entretanto o Senhor tinha prometido
um libertador, mas passaram-se várias gerações para que isso acontecesse,
através de Moisés. Quando o Senhor fez a promessa ao povo acerca do libertador,
o kairós de Deus já havia iniciado, mas foi necessário aguardar o chronos
adequado para isso. O momento que Moisés chegou, apareceu em cena, foi
precisamente quando o Egito estava fraco pela ação dos inimigos, o que permitiu
Israel condições para sair da cativeiro e ir para a terra prometida. Se você
achar ou estiver passando por algo em que sinta que “Deus está atrasado”, foque
na fé e na confiança que o Senhor faz as coisas quando é o tempo perfeito para
isso, nem antes nem depois. Podemos lembrar das palavras de Jesus quando dizia:
“a minha hora ainda não chegou” (João 7:6), no entanto depois houve outro
momento em que Ele disse: “A minha hora chegou” (João 12:23).
SUBSÍDIO
III
Professor (a), explique aos alunos que cronos é a
duração, trairás é a oportunidade Nós serenamente medimos o cronos com relógios
e calendários; perdemos-nos arrebatadamente no Kairós por nos apaixonarmos ou
saltarmos na fé Se somos dominados por uma sensação de cronos. o futuro é fonte
de ansiedade, sangrando energia do presente ou deixando-nos descontentes com o
presente Mas se somos dominados por uma sensação de Kairós. O futuro é fonte de
expectativa que verte energia no presente Uma obsessão com os cronos — horários
rígidos, esquemas de atividades cuidadosamente planejadas — é uma defensiva
planejada contra o Kairós de Deus, os inesperados descontrolados ministérios da
graça”.
CONCLUSÃO
Davi foi chamado para uma missão
muito especial, porém foi preciso um longo preparo até que pudesse, finalmente.
iniciar o seu reinado em Israel Foi um tempo de muito aprendizado, sempre
conduzido sob a direção divina. O filho de Jessé conseguiu viver o Kairós e, ao
longo desse “treinamento”, esperar convencido de que tudo estava sob o controle
do Senhor. Que possamos seguir o exemplo deixado por Davi e, no tempo certo,
viver os planos de Deus para as nossas vidas.
- Davi
esperou pacientemente no Senhor, e Ele ouviu a sua voz. Esperar o tempo de Deus
é a garantia de não agirmos precipitadamente. É o segredo de quem quer fazer a
vontade do Senhor. A Escritura diz que os nossos pensamentos não são os
pensamentos de Deus, nem tampouco os nossos caminhos são os caminhos dEle (Is
55.8). O tempo do Eterno, evidentemente, não é o nosso tempo (Sl 90.4).
Conhecedores desse fato, devemos confiar no Senhor e esperar nEle em todas as
situações. O tempo não é um inimigo, mas um amigo. Foi-nos encucado que devemos
lutar contra o tempo, mas isso é loucura – e perda de tempo. Na busca pelo
prazer, vivemos freneticamente buscando aproveitar cada segundo, mas o
resultado é dor e sofrimento, consequência do pecado adâmico, mal interpretado
pois, muitas vezes nos perguntamos: “porque Deus permite isso?”. Em sua
soberania Ele pode sim intervir mas, respeita o livre-arbítrio e a escolha dos
homens em auto-governar-se. Ele o permite, mesmo quando não consigo evitá-lo.
Resta-nos então, encarar as dificuldades e percalços como aliadas na formação e
aprimoramento do caráter e no preparo do futuro cidadão do céu. Chronos serve
para nos preparar. Quando compreendo e admito isso, consigo ver o tempo como
algo que não é ruim, que serve para amadurecer-me e não pode tirar minha
felicidade, porque esta está firmada em Deus – assim como encarava Davi. No
dizer de Paulo, o sofrimento tem uma finalidade bem definida. A demora no
cumprimento das promessas também. Logo, o propósito de Deus na minha vida é
usar o tempo para me ajustar ao ponto ideal, como afirma Davi, em Salmos 31.15:
'Os meus tempos estão nas tuas mãos...' Quando o crente vive em inteira
dependência de Deus, como define fé em Hb 11.1, entrega não apenas a condução
do seu andar neste mundo, mas também deixa a sua mercê o tempo. O que o crente
deve fazer então, já que para tudo está determinado um tempo? Entregar-se!
Deixar que o Espírito Santo leve a efeito o plano de Deus em sua vida e ter
cuidado para não se afastar da vontade de Deus perdendo a oportunidade quanto
ao propósito divino para a sua vida: ‘tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo propósito debaixo do céu’ (Ec 3.1). Ao entregar-nos totalmente
ao Senhor e ficarmos em sua dependência, nos enquadramos na Escritura de Ec 8.5
e 6 que diz: ‘Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o
coração do sábio discernirá o tempo e o modo. Porque para todo o propósito há
tempo e modo. Porquanto o mal do homem é grande sobre ele.’ Tudo devemos
entregar ao Senhor, pois somos incapazes de guiar-nos sozinhos. E como o
faríamos? Não sabemos discernir o que há de suceder e como haja de suceder! Só
o Senhor poderá cumprir seus propósitos e no tempo exato, previamente
determinado. Há tempo para tudo, e o seu tempo não é o nosso; somos
imediatistas, Deus é paciente e sabe agir no tempo certo, quer seja ele Кαιρόζ
(kairós); Χρόνοζ (Chronos); ώρα (hõra) ou ןץ (‘et).
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HORA
DA REVISÃO
1. Qual
foi a ocorrência de Davi ao saber da morte de Saul?
Davi não dançou, não convidou, não serviu um banquete, pelo contrário,
chorou muito, compôs um cântico de honra e não permitiu que faltassem com o
respeito devido à monarca morta.
2. Aponte três fatores essenciais ao aprendizado de
Davi.
Paciência, aprendizado e serviço A paciência o fez se desenvolver no
tempo certo, o aprendizado que lhe foi permitido adquirir habilidades para
superar a missão que assumiria; o serviço deu a prática necessária para
desenvolver a excelência.
3. Como a Palavra de Deus nos apresenta o Reino de
Deus?
Como um reino que já está presente e que não veio de forma alarmante o
descrito como justiça, paz e alegria no Espírito Santo também o descrito como
um império eterno que jamais passará; e apresenta como eterno com domínio sobre
todas as gerações.
4. Qual a diferença entre Chronos e Kairós?
Chronos faz referência ao tempo subordinado ao relógio, quantitativo. E
o tempo que nos orienta na organização do nosso cronograma diário, mensal,
anual e assim por diante Kairós é o “tempo de Deus” e possui uma natureza
qualitativa apontando para o momento oportuno de determinado evento/experiência
dentro dos propósitos divinos.
5. Quais variantes devem ser levadas em conta no
tempo Kairós?
A imaturidade e o despreparo, a incredulidade e a desobediência humana.