Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo.” (Jo 20.22).
Entenda o Texto Áureo:
- soprou
sobre eles. Era costume os profetas usarem algum ato significativo para
representar a natureza de sua mensagem. A palavra traduzida como “espírito” nas
Escrituras significa vento, ar, respiração, assim como Espírito. Assim, a ação
do Espírito Santo é comparada ao vento (Jo 3:8; Atos 2:2). [Barnes, 1870]
VERDADE PRÁTICA
A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período
específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho.
Entenda a Verdade Prática:
- A promessa é para
você. Sim, você mesmo. Não importa quem você é, de onde veio, ou o que fez. A
promessa do Pai não é exclusiva. Não está limitada a um povo, a uma época ou a
uma elite espiritual. Ela é viva. Presente. Real. Deus não reservou Sua promessa
apenas para os santos do passado. Ele a estendeu a todo aquele que se arrepende
e crê no Evangelho “A promessa é para
vocês, para seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o
Senhor, nosso Deus, chamar” (Atos 2:39).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.16-18,26; 16.7,8,13;
20.21,22.
João 14
16. E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre,
- ele vos dará outro Consolador. Consolador é uma palavra usada somente por João em seu
Evangelho com referência ao Espírito Santo; em sua Primeira Epístola (1João
2:1), com referência ao próprio Cristo. Em seu sentido próprio é “advogado”,
“auxiliar”, “ajudador”. Neste sentido trata-se claramente de Cristo (1João 2:1)
e, nesse sentido, compreende todo o consolo, bem como a ajuda da obra do
Espírito. O Espírito está aqui prometido como Aquele que suprirá o próprio
lugar de Cristo na Sua ausência. para que fique sempre convosco.
Nunca vá embora, como Jesus faria no corpo. [Jamieson; Fausset; Brown]
17. o
Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
- a quem o mundo não pode receber (Veja 1Coríntios 2:14). porque habita convosco, e estará em vós. Embora
a plenitude de ambos fosse ainda futura, nosso Senhor, usando tanto o presente
como o futuro, parece claramente dizer que eles já tinham a semente dessa
grande bênção. [Jamieson; Fausset; Brown]
18. Não vos
deixarei órfãos; voltarei para vós.
- Não vos deixarei órfãos.
Em estado de luto e desolação. eu virei a vós. Isto é, pelo
Espírito, porque foi a Sua presença que fez com que a partida pessoal de Cristo
não fosse um sofrimento a eles. [JFU]
26. Mas
aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
- esse vos ensinará tudo, e tudo quanto tenho dito vós, ele vos
fará lembrar (ver em Jo 14:15,17).
Como o Filho veio em nome do Pai, assim o Pai enviará o Espírito em meu nome,
diz Jesus, isto é, com poder e autoridade divina para reproduzir em suas almas
o que Cristo lhes ensinou, “trazendo à consciência viva o que eram sementes
adormecidas em suas mentes” (Olshausen). Sobre isto repousa a credibilidade e a
suprema autoridade divina da história do Evangelho. O todo do que aqui está
dito do Espírito é decisivo de Sua personalidade divina. [Jamieson; Fausset;
Brown]
João 16
7. Todavia,
digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
- Contudo… Mas, embora vocês
estejam em silêncio, incapazes de enxergar além da separação imediata, eu, por
minha parte, continuo cumprindo até o fim meu ministério de amor—eu digo a
verdade: é melhor para vocês que eu vá embora. Os discípulos estavam enganados
pelas aparências superficiais. Para corrigir esse erro, Cristo lhes revela a
verdade, mostrando a realidade oculta aos seus olhos ofuscados pela tristeza. É
melhor para vocês – Compare com João 11:50, 18:14. De perspectivas
opostas (“é melhor para nós”, João 11:50; mas aqui “é melhor para vocês”), o
julgamento divino e humano coincidem. Compare com João 7:39, nota. O pronome
“eu” na primeira frase (“que eu vá”) é enfatizado. Isso chama a atenção para a
pessoa do Senhor como eles a conheciam, preparando-os para a ideia de “outro
Advogado” (João 14:16). Pois se eu não for – Aqui, a ênfase
muda para a necessidade da partida de Jesus. Para deixar essa ideia ainda mais
clara, Ele primeiro fala de sua partida como uma separação (ἐὰν μὴ ἀπέλθω),
depois como uma jornada que tem um propósito (ἐὰν πορευθῶ). Em João 16:10, a
ideia é a de um afastamento (ὑπάγω). Compare com João 7:33, nota. O
Consolador (Advogado) não virá… mas eu o enviarei – A ausência do
pronome antes do verbo (πέμψω, enviarei; compare com ἐγὼ πέμψω, João 15:26, eu
o enviarei) destaca o envio do Espírito como um fato. Compare com Lucas 24:49 e
Atos 1:4. A partida de Cristo era uma condição necessária para a vinda do
Espírito. Sua presença limitada em um corpo físico precisava ser retirada para
que Sua presença universal fosse reconhecida. Compare com João 7:39. Além
disso, a presença de Cristo junto ao Pai, a plenitude de Sua união com Deus
como Deus e Homem, era um pré-requisito para o envio do Espírito. Ele enviou o
Espírito em virtude de Sua ascensão como homem glorificado. Por fim, tanto o
envio quanto a recepção do Espírito exigiam uma expiação completa entre Deus e
a humanidade (Hebreus 9:26 em diante) e a glorificação da humanidade perfeita
em Cristo. [Westcott, aguardando revisão]
8. E, quando
ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.
- 8 em diante. A promessa do Paráclito é seguida por uma descrição
de Sua vitória. A sinagoga se tornou o mundo, e o mundo encontra seu conquistador.
“E
quando ele vier…” – E ele (ἐκεῖνος), quando vier… Toda a obra do
Espírito na história da Igreja é resumida em três áreas. As categorias de
pecado, justiça e juízo abrangem tudo o que é essencial para determinar a
condição espiritual do ser humano, e a obra do Paráclito se relaciona a esses
aspectos. Sua função é convencer (ἐλέγχειν, Vulg. arguere) o mundo—isto é, a
humanidade separada de Deus, mas ainda com esperança—sobre (περί, “a respeito
de”) o pecado, a justiça e o juízo. A ideia de “convicção” é complexa. Ela
envolve conceitos como exame autoritativo, prova incontestável, julgamento
decisivo e poder punitivo. Seja qual for o resultado final, quem “convence”
outra pessoa coloca a verdade do caso de forma clara diante dela, de modo que
deve ser vista e reconhecida como verdade. Aquele que rejeita a conclusão dessa
exposição o faz conscientemente e por sua própria conta e risco. A verdade,
quando reconhecida como tal, traz condenação para aqueles que se recusam a
aceitá-la. Os diferentes aspectos dessa “convicção” são evidenciados no uso da
palavra no Novo Testamento. Primeiro, há a análise completa da verdadeira
natureza dos fatos (João 3:20; Efésios 5:13); depois, a aplicação da verdade
descoberta à pessoa envolvida (Tiago 2:9; Judas 15, (22); 1 Coríntios 14:24; 2
Timóteo 4:2; compare com Mateus 18:15; João 8:9). Isso pode ocorrer por meio de
disciplina (1 Timóteo 5:20; Tito 1:9, 2:15; compare com Efésios 5:11) ou com o
propósito específico de restaurar quem está em erro (Apocalipse 3:19; Hebreus 12:5;
Tito 1:13). O efeito da convicção do mundo pelo Espírito permanece indefinido
no que diz respeito ao próprio mundo; mas, para os apóstolos, a intercessão do
Advogado foi uma defesa soberana de sua causa. No grande julgamento, eles foram
demonstrados como aqueles que estavam com a verdade, independentemente de seu
testemunho ser aceito ou rejeitado. A história registrada no livro de Atos
ilustra essa ação decisiva e dupla do testemunho divino (2 Coríntios 2:16);
pois a apresentação da verdade com poder sempre traz vida ou morte, podendo
resultar em qualquer um dos dois. Nesse sentido, a experiência dos apóstolos no
Dia de Pentecostes (Atos 2:13, 2:41) tem sido a experiência da Igreja em todas
as épocas. A repreensão divina não é apenas uma sentença final de condenação,
mas também um chamado ao arrependimento, que pode ou não ser ouvido. O próprio
Evangelho de João, como já foi bem observado (Köstlin, Lehrbegriff, 205), é um
testemunho da convicção do mundo pelo Espírito em relação ao pecado (João 3:19–21;
5:28–29, 38–47; 8:21 e seguintes, 34–47; 9:41; 14:27; 15:18–24); à justiça
(João 5:30; 7:18, 24; 8:28, 46, 50, 54; 12:32; 14:31; 18:37); e ao juízo (João
12:31; 14:30; 17:15). Pecado … justiça … juízo – Os três
conceitos de pecado, justiça e juízo são apresentados primeiro de maneira
abstrata e geral. Eles são elementos fundamentais na determinação da condição
espiritual do homem, resumindo seu passado, presente e futuro. Depois que a
mente compreende essas divisões essenciais da análise espiritual, o fato
central de cada um é declarado, a partir do qual ocorre o processo de exame,
revelação e condenação. Em cada caso, o mundo corria o risco de um erro fatal,
e esse erro é exposto à luz do critério decisivo ao qual é submetido. Os três
temas são apresentados em uma ordem natural e significativa. Primeiro, a
posição do homem é estabelecida: ele é mostrado como caído. Em seguida, a
posição das duas forças espirituais que disputam domínio sobre ele é revelada:
Cristo ascendeu ao trono da glória, e o príncipe deste mundo foi julgado. Esses
temas também podem ser vistos de outra forma. Quando a convicção do pecado se
completa, restam ao homem duas alternativas: de um lado, há uma justiça que
pode ser recebida de fora; do outro, um juízo a ser enfrentado. Assim, pode-se
dizer que na ideia de pecado, o homem é o centro, pois ele é pecador; na ideia
de justiça, Cristo é o centro, pois Ele é o único justo; e na ideia de juízo, o
diabo é o centro, pois já foi julgado. Além disso, as palavras pecado, justiça
e juízo ganham um significado ainda mais profundo quando consideradas no
contexto em que foram ditas. O mundo, por meio de seus representantes, havia
acusado Cristo de ser “um pecador” (João 9:24). Seus líderes confiavam que eram
justos (Lucas 18:9) e estavam prestes a condenar o “Príncipe da Vida” (Atos
3:15) como um criminoso (João 18:30). Nesse momento, o erro triplo (Atos 3:17),
que o Espírito viria revelar e corrigir, havia finalmente produzido seu fruto
fatal. do… do… do… – O Espírito convencerá o mundo “sobre o pecado,
sobre a justiça e sobre o juízo” (περί). Ele não apenas demonstrará que o mundo
é pecador, que lhe falta justiça e que está sob juízo, mas mostrará de forma
incontestável que o mundo não compreende corretamente o que pecado, justiça e
juízo realmente são, e, por isso, precisa de uma transformação completa
(μετάνοια). [Westcott, aguardando revisão]
13. Mas, quando
vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não
falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há
de vir.
- Porém quando vier aquele Espírito de verdade (assim chamado pois) ele vos guiará em toda verdade – A
referência não é a “verdade em geral”, mas a “todo aquele círculo de verdade
cujo peso é Cristo e Sua obra redentora”. Porque de si mesmo não falará – O
significado não é: ‘Ele não falará sobre Si mesmo’, mas ‘Ele não falará de Si
mesmo’, no sentido acrescentado na próxima sentença. mas falará tudo o que ouvir
(ou receber para comunicar); e ele vos anunciará as coisas que virão – “as
coisas vindouras”, referindo-se especialmente às revelações que, nas Epístolas
parcialmente, mas mais plenamente no Apocalipse, abrem uma vista para o Futuro
do Reino de Deus, cujo horizonte são as colinas eternas. [JFU]
João 20
21.
Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me
enviou, também eu vos envio a vós.
- Como o Pai me enviou, assim eu vos envio. Como fui enviado para proclamar a verdade do Altíssimo, e para
converter pecadores a Deus, eu envio vocês para o mesmo propósito, revestidos
com a mesma autoridade e influenciados pelo mesmo Espírito. [Clarke, 1832]
22. E,
havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
- soprou sobre eles. Era
costume os profetas usarem algum ato significativo para representar a natureza
de sua mensagem. A palavra traduzida como “espírito” nas Escrituras significa
vento, ar, respiração, assim como Espírito. Assim, a ação do Espírito Santo é
comparada ao vento (Jo 3:8; Atos 2:2). [Barnes, 1870]
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos analisar dois momentos
significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de
que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do
pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em
seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa
do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que
encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.
- Prepare-se para
mergulhar em uma das verdades mais profundas e transformadoras da fé cristã. Nesta
lição, vamos explorar dois momentos cruciais que revelam o coração do plano
divino para nos alcançar e nos capacitar. Primeiro, contemplaremos as palavras
poderosas de Jesus, quando Ele promete aos seus discípulos o dom precioso do
Espírito Santo — o mesmo Espírito que age no íntimo do pecador, despertando-o
para a realidade do pecado, revelando a justiça de Deus e anunciando o juízo
que virá. É aqui que começa a jornada da verdadeira conversão. Mas não paramos
aí. Vamos além, conectando essa promessa regeneradora registrada por João com a
manifestação gloriosa do Espírito em Atos dos Apóstolos. Ali, vemos não apenas
um Espírito que transforma o coração, mas que também capacita, envia e reveste
com poder aqueles que foram chamados para testemunhar. Este é mais do que um
estudo teológico. É um convite à experiência. Ao entender essa dupla dimensão —
o Espírito que regenera e o Espírito que capacita — você será levado a uma nova
compreensão do propósito de Deus para sua vida. Vamos juntos nessa jornada?
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obrigado por caminhar comigo nessa jornada de fé e crescimento espiritual.
I. A
PROMESSA DO PAI
1. Jesus enviará o
Consolador. No Evangelho de João, capítulo 14,
lemos: “ele vos dará outro Consolador” (v.16). Este Consolador é o Espírito
Santo que “habita convosco e estará em vós” (v.17). No capítulo 16, é
mencionado que quando o Consolador chegar “convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo” (v.8), evidenciando a atuação regeneradora da Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade.
- Você não está só.
Há uma Presença viva, poderosa e transformadora prometida por Cristo para
habitar em você. No Evangelho de João, Jesus nos entrega uma das promessas mais
reconfortantes e revolucionárias já feitas: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com
vocês para sempre” (João 14:16, NVI). Esse Conselheiro é o Espírito Santo —
a própria presença de Deus enviada para viver em nós, guiar-nos e renovar tudo
o que fomos. Jesus acrescenta: “Vocês o
conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês” (João 14:17, NVI). Aqui,
não estamos falando de uma força impessoal, mas da Terceira Pessoa da Trindade
— santa, pessoal, ativa — que entra na vida do crente para operar transformação
genuína. E Ele não vem de forma passiva. Em João 16:8, lemos: “Quando ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do juízo” (NVI). Essa não é apenas uma ação externa —
é o toque profundo do Espírito no coração humano, quebrando resistências,
iluminando o entendimento e conduzindo o pecador ao arrependimento e à fé viva.
Jonathan Edwards afirmou: "A
regeneração é obra exclusiva do Espírito de Deus no coração humano, e sem ela,
ninguém pode ver o reino dos céus." Já Martyn Lloyd-Jones declarou: "A maior necessidade do mundo é que os homens
e mulheres sejam regenerados pelo Espírito Santo. Sem isso, todo esforço humano
é vão." Essas vozes ecoam o que Jesus já nos revelou: o Espírito não
apenas consola, mas convence, transforma e conduz ao novo nascimento. Agora, a
pergunta inevitável: Você já experimentou essa atuação sobrenatural do Espírito
Santo em sua vida? Não é suficiente apenas conhecer doutrinas ou frequentar
cultos. Jesus nos convida a uma comunhão real com o Espírito que transforma
corações, renova mentes e sela com poder os que pertencem a Deus.
2. O Consolador. A palavra grega traduzida como “consolador” é
paráklêtos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar
ou interceder por outra pessoa. Assim, um paráklêtos assemelha-se a um amigo
que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um
assistente que auxilia em momentos importantes. A expressão “outro consolador”
designa o Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa
“outro”, indicando assim a distinção dele em relação a outros indivíduos da
mesma natureza, reafirmando a singularidade do Espírito Santo em relação às
outras duas pessoas da Trindade, mas também a sua igualdade com elas (Jo
14.16).
- Ele não apenas
está ao seu lado — Ele foi enviado para estar em você. Quando Jesus anunciou a
promessa do Espírito Santo, Ele usou palavras que carregam um peso eterno. Em
João 14:16, lemos: "E eu pedirei ao
Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre"
(NVI). A palavra grega usada por Jesus para "Conselheiro" é
paráklētos (παράκλητος). Trata-se de um termo rico e profundo, cuja tradução
vai muito além de “consolador”. De acordo com o léxico grego do Novo
Testamento, paráklētos refere-se àquele que é chamado para estar ao lado — um
ajudador, defensor, conselheiro e intercessor. É como um advogado amoroso que
se levanta em sua defesa, ou um amigo fiel que permanece firme ao seu lado nas
horas mais difíceis. Já o termo "outro", em grego, é állos (ἄλλος),
que significa "outro da mesma espécie". Jesus não está dizendo que
enviaria um substituto inferior. Pelo contrário: Ele promete enviar alguém
igual a Ele, da mesma natureza divina — o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da
Trindade. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define “consolador” como
aquele que conforta, alivia a dor, dá suporte emocional e espiritual. Isso nos
ajuda a entender por que Jesus escolheu essa palavra para descrever o Espírito.
Ele não seria apenas um enviado. Ele seria presença constante, poder consolador
e direção segura para a jornada. O teólogo R.C. Sproul afirma: “O Espírito Santo não é uma influência
impessoal, mas uma Pessoa que conhece, ama, guia e santifica. Sua missão é
aplicar tudo o que Cristo conquistou por nós.” Martyn Lloyd-Jones, ao falar
sobre essa promessa, disse: “A maior
tragédia da igreja moderna é ter tentado viver sem o poder do Espírito Santo.”
Ao dizer “ele estará com vocês para sempre”, Jesus estava garantindo que, mesmo
em sua ausência física, a presença divina permaneceria permanente, pessoal e
poderosa. Não se trata apenas de teologia. Trata-se de vida. Você tem vivido
como alguém que carrega dentro de si a presença do Paráklētos? Talvez hoje seja
o momento de parar e refletir: tenho caminhado sozinho, tentando resolver tudo
pelas minhas forças? Ou tenho vivido na consciência viva de que o Espírito de
Deus habita em mim, fala comigo, me guia, me consola e intercede por mim diante
do Pai? Essa promessa não é simbólica. É real. O Espírito Santo quer conduzir
você ao arrependimento, à santidade, à verdade e à intimidade com o Pai e o
Filho.
3. “Não vos
deixarei órfãos”. A palavra grega para “órfãos”,
presente em João 14.18, é órphanós. Quando Jesus morreu, os discípulos
sentiram-se órfãos. Deve ter sido difícil aceitar o fato de que o Senhor, o
Cristo de Deus, estava morto. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava os
seus discípulos de “filhinhos” (Jo 13.33). Nesta relação pessoal entre Jesus e
os seus discípulos, nosso Senhor garantia que eles nunca ficariam órfãos,
desamparados ou desprezados.
- Você nunca foi
deixado para trás. Nem está sozinho. Em um dos momentos mais íntimos e
comoventes do ministério de Jesus, Ele olha para os seus discípulos e faz uma
promessa que ecoa até hoje para todo aquele que crê: “Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês” (João 14:18, NVI). A
palavra grega aqui usada para "órfãos" é ὀρφανός (orphanos), termo
que, no contexto do grego koiné, significa sem pai, sem amparo, desprotegido,
deixado à própria sorte. No mundo antigo, ser órfão não era apenas perder os
pais — era perder a identidade, o sustento e a esperança. Era cair em abandono.
Jesus sabia exatamente como seus discípulos se sentiriam após sua morte.
Perdidos. Confusos. Feridos. Foi por isso que, com ternura, Ele os preparou com
palavras carregadas de afeição e promessa. No capítulo anterior, Ele já havia
se dirigido a eles com uma expressão profundamente familiar: “Meus filhinhos, ainda estarei com vocês por
pouco tempo” (João 13:33, NVI). Aqui, Jesus usa o termo grego τεκνία
(teknía) — uma forma diminutiva e carinhosa de “filhos” — revelando não apenas
autoridade espiritual, mas também profunda afeição paternal. Na perspectiva da
língua portuguesa, o Dicionário Aurélio define “órfão” como: “aquele que perdeu o pai ou a mãe,
especialmente durante a infância; desamparado, sem proteção.” Jesus promete
exatamente o oposto. Ele afirma que mesmo em sua ausência física, eles (e nós)
jamais estariam desamparados. O Espírito Santo viria para continuar Sua
presença de maneira íntima e constante. O teólogo e pastor Charles Haddon
Spurgeon escreveu: “Cristo não apenas
prometeu retornar; Ele o fez enviando o Espírito Santo, de forma que nunca mais
estaríamos sozinhos.” (Spurgeon, Sermão nº 1081, Metropolitan Tabernacle
Pulpit, 1873.) D. A. Carson comenta: “Jesus
não apenas fala de consolo sentimental, mas de uma realidade espiritual: a
presença contínua d’Ele através do Espírito. A promessa é de comunhão
duradoura, mesmo após sua partida visível.” (The Gospel According to John,
D. A. Carson, Eerdmans, 1991.) A promessa de Cristo aos discípulos é a mesma
para nós hoje. Não fomos deixados órfãos. A presença do Espírito Santo é o
sinal do cuidado contínuo do Pai. Mesmo quando tudo parece escuro, mesmo quando
sentimos que as forças nos faltam, o Espírito nos consola, nos lembra das
palavras de Cristo e nos fortalece no caminho. Agora, a pergunta que nos
confronta é simples, mas profunda: Você tem vivido como alguém amparado por
Deus ou como um órfão espiritual? Hoje, Jesus o convida a descansar nessa
verdade: Você é filho. Você é amado. Você não está só. Clame por esse
Consolador. Receba a certeza de que a presença de Deus é real, acessível e
eterna. Abra-se à promessa. Caminhe na certeza de que há um Pai que nunca
abandona.
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SINOPSE
I
Jesus Cristo garantiu que enviaria o Consolador e que não abandonaria os
seus discípulos.
II. O
ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS
1. João 20.22. É crucial considerarmos o contexto que envolve os
versículos 21 e 22 do capítulo 20 de João. Nessa ocasião, o nosso Senhor
apareceu ressuscitado e glorificado. A passagem bíblica onde se encontram os
versículos 21 e 22 começa no versículo 19 (Jo 20.19-23). Assim, o cenário em
que Jesus se apresenta ressuscitado, com um corpo glorificado, remete tanto ao
contexto anterior (20.1-20) como ao imediato (20.23-31; 21.1-25) de João 20.22.
- Ele não apenas
apareceu. Ele soprou vida eterna sobre os que estavam com medo. João 20:22 nos
apresenta uma cena tão íntima quanto poderosa — e muitas vezes ignorada por sua
profundidade. Após sua ressurreição, Jesus entra onde os discípulos estavam
trancados por medo e os encontra em seu estado mais frágil. Então, faz algo
extraordinário: “E, com isso, soprou
sobre eles e disse: ‘Recebam o Espírito Santo’” (João 20:22, NVI). Mas para
entender o impacto dessa ação, precisamos voltar alguns versículos. Em João
20:19-23, vemos o Cristo ressuscitado e glorificado aparecendo aos seus
discípulos pela primeira vez após vencer a morte. Um encontro carregado de
temor, surpresa, lágrimas — e promessas eternas. A palavra usada para “soprou”
no original grego é ἐνεφύσησεν (enephýsen) — um verbo raro no Novo Testamento,
encontrado apenas aqui. Curiosamente, é a mesma expressão usada na Septuaginta
(tradução grega do Antigo Testamento) em Gênesis 2:7, quando Deus sopra o
fôlego da vida em Adão. Ou seja, Jesus está, simbolicamente e espiritualmente,
iniciando uma nova criação — não apenas com um corpo glorificado, mas com
discípulos regenerados pelo Espírito. O teólogo F. F. Bruce comenta: “Esse sopro de Jesus é uma antecipação do
Pentecostes. Aqui, Ele comunica vida espiritual; em Atos 2, Ele comunica poder
para a missão.” (F. F. Bruce, The Gospel of John, Eerdmans, 1983.) A partir
dessa ação, a promessa feita em João 14:17 começa a se cumprir de forma pessoal
e real: “Vocês o conhecem, pois ele vive
com vocês e estará em vocês.” O Dicionário Michaelis define “habitar” como:
“Morar com estabilidade; estar presente de modo contínuo.” Portanto, quando
Jesus sopra e diz “Recebam o Espírito Santo”, Ele está selando a presença do
Deus vivo no interior de seus seguidores. Não é mais uma visita divina. É o
início de uma habitação permanente. John Owen, puritano e um dos maiores teólogos
sobre o Espírito Santo, escreveu: “A
habitação do Espírito é o privilégio mais elevado e o penhor mais seguro de
nossa adoção como filhos de Deus.” (John Owen, The Holy Spirit, Banner of
Truth, 1674.) Esse ato não é apenas histórico. É pessoal. Jesus não apenas
venceu a morte. Ele entrou no seu mundo fechado, nas suas portas trancadas, nos
seus medos mais profundos — e soprou vida. Jesus não quer apenas ser lembrado. Ele
quer habitar em você. Soprar sobre sua alma cansada. Encher seus pulmões
espirituais com vida nova. Hoje é o dia de abrir o coração e receber mais do
que consolo — receber o próprio Consolador.
2. O sentido de
“assoprou sobre eles” o Espírito.
O capítulo 20 do Evangelho de João contém um versículo que gera diversas
interpretações teológicas divergentes (v.22). No entanto, a Bíblia de Estudo
Pentecostal (BEP) oferece uma observação significativa sobre a interpretação
deste versículo. Ela esclarece que a palavra grega traduzida como “assoprar” é
emphusao, a qual também aparece na versão grega da Bíblia (A Septuaginta) em
Gênesis 2.7, significando “fôlego de vida”; e é utilizada em Ezequiel 37.9 no
contexto de “assoprar sobre os mortos para que vivam”. Portanto, a expressão
presente em João 20.22 sugere que o Espírito foi “soprado” para trazer nova
vida, indicando uma perspectiva de regeneração dos discípulos, como uma obra do
Espírito ocorrida antes do Dia de Pentecostes.
- Quando Jesus
soprou, Ele não apenas deu um sinal — Ele deu vida.
No Evangelho de João, capítulo 20, versículo 22, encontramos um
gesto de Jesus que carrega um significado profundamente espiritual e, ao mesmo
tempo, teologicamente discutido: “E, com
isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebam o Espírito Santo’” (João 20:22,
NVI). Este versículo tem provocado reflexões intensas ao longo dos séculos.
Afinal, o que significa esse sopro? Teria sido uma antecipação do Pentecostes?
Um símbolo? Uma transmissão real do Espírito? A resposta nos leva a uma
profundidade surpreendente. A palavra grega utilizada aqui é ἐνεφύσησεν
(enephýsen) — traduzida como “soprou”. Esta mesma palavra aparece na
Septuaginta, a antiga tradução grega do Antigo Testamento, em momentos
decisivos da história da revelação. Em Gênesis 2:7, lemos: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da
terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser
vivente” (NVI). Neste contexto, Deus não apenas forma, Ele transmite vida.
Ao usar o mesmo verbo, João quer que entendamos: Jesus está recriando. Está
soprando uma nova vida espiritual, regenerando seus discípulos com o Espírito
Santo. Também encontramos esse verbo em Ezequiel 37:9, quando o profeta vê o
vale de ossos secos: “Venha dos quatro
ventos, ó fôlego, e sopre dentro desses mortos, para que vivam” (NVI). A
Bíblia de Estudo Pentecostal observa que João 20:22 deve ser interpretado à luz
dessas passagens. O ato de Jesus não foi apenas simbólico — foi regenerador. O
Espírito Santo foi soprado sobre os discípulos não como poder missionário (isso
viria no Pentecostes), mas como vida espiritual nova, regeneração interna. O
Dicionário Houaiss define “sopro” como: “Emissão de ar produzida pelos pulmões;
fôlego; também pode significar a origem ou princípio de algo.” Jesus, portanto,
está realizando uma nova gênese. Está dando origem ao homem novo, restaurado,
espiritual. O teólogo Craig Keener, renomado estudioso do Novo Testamento,
afirma: “O sopro de Jesus nos discípulos
é uma clara alusão ao sopro de vida em Gênesis. O evangelista está apresentando
a nova criação que começa com a ressurreição e é aplicada através do Espírito.”
(Craig S. Keener, The Gospel of John: A Commentary, Baker Academic, 2003.) John
Owen, teólogo puritano, complementa: “A
regeneração é o ato soberano de Deus pelo qual o Espírito infunde nova vida na
alma, capacitando-a a crer.” (John Owen, The Holy Spirit, 1674.) A verdade
é esta: antes que os discípulos fossem enviados ao mundo em poder (Atos 2),
eles precisaram ser vivificados por dentro. Antes da missão, vem a regeneração.
3. Um episódio
anterior ao Pentecostes. Em João 20.22
também se lê: “Recebei o Espírito Santo”. Esta expressão surge como
consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito
Santo habitou os discípulos naquele momento específico. A partir desse ponto,
os discípulos tornaram-se nova criação, completamente regenerados e sendo
governados, habitados e vivificados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-14; Gl
5.16-26). Posteriormente, o que ocorreu em Pentecostes seria uma segunda obra
distinta e capacitadora do Espírito para os discípulos pregarem o Evangelho,
começando em Jerusalém até aos confins da terra (At 1.8).
- O Sopro que
Transforma Antes do Fogo que Capacita. Em João 20:22, lemos um momento
extraordinário e, para muitos, enigmático: “E,
com isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebam o Espírito Santo.’” (João
20:22, NVI) Este episódio ocorre antes do Pentecostes, e isso é crucial. Aqui,
Jesus ressuscitado entra onde os discípulos estavam trancados, assustados, e
realiza um gesto que ecoa os primórdios da criação. O verbo grego usado para
“soprou” é ἐνεφύσησεν (enephýsen) — o mesmo utilizado na Septuaginta em Gênesis
2:7, onde Deus sopra o fôlego da vida em Adão. Esse paralelismo é intencional:
o Cristo ressurreto está dando início a uma nova criação. Não apenas consola
seus seguidores; Ele os vivifica. Eles não são mais os mesmos — são agora novos
homens, regenerados pelo Espírito. O comando seguinte de Jesus — “Recebam o
Espírito Santo” — não é mera promessa para o futuro. É um ato presente,
transformador, regenerador. “João está
descrevendo o início da nova vida espiritual dos discípulos. Eles se tornam, a
partir dali, vasos vivos da habitação do Espírito.” — Craig Keener, The
Gospel of John: A Commentary (Baker Academic, 2003) Essa experiência marcante
antecede Pentecostes (Atos 2) e possui um propósito distinto. Em João 20:22,
Jesus está comunicando vida espiritual. Em Atos 1:8, Ele promete poder
espiritual: “Vocês receberão poder quando
o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas...” A
distinção entre regeneração (João 20:22) e capacitação para o ministério (Atos
1:8) é confirmada por textos como: Romanos 8:9–14 — “...se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo...
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” Gálatas
5:16–25 — “Vivam pelo Espírito, e de modo
nenhum satisfarão os desejos da carne... Se vivemos pelo Espírito, andemos
também pelo Espírito.” O Dicionário Michaelis define "habitar"
como: "Estar de maneira constante ou permanente num lugar; residir." A
partir de João 20:22, os discípulos não estavam apenas tocados por uma
promessa, mas possuídos por uma presença. O Espírito Santo não apenas veio
sobre eles — Ele passou a habitar neles. O puritano John Owen escreve: “A habitação do Espírito é a evidência segura
da adoção, da regeneração e do viver cristão genuíno.” — John Owen, The
Holy Spirit, 1674 (Banner of Truth) Por isso, quando o Pentecostes acontece,
não é repetição — é expansão. Em Atos 2, o Espírito Santo enche os discípulos
para a missão. Em João 20, Ele os vivifica para a vida.
SINOPSE II
João 20.21,22
refere-se a um acontecimento que ocorreu antes da descida do Espírito Santo no
dia de Pentecostes.
AUXÍLIO BIBLICO
TEOLÓGICO
RECEBEI O ESPÍRITO
SANTO
“O versículo 22
relaciona-se com o precedente de maneira diferente. O termo oun não ocorre na
narrativa aqui (cf. comentários acima). João declara que ‘havendo dito isso’,
Jesus sopra sobre eles e diz: ‘Recebei o Espírito Santo’. Tentemos explicar o
que isto significa para os leitores/ouvintes de João quando ele escreveu.
[...]
Embrenhemo-nos pouco a pouco pela evidência para alcançarmos uma interpretação
mais provável. Os temas de sopro/respiração, doação de vida, criação e o
Espírito estão associados em muitos textos, tanto bíblicos quanto
extrabíblicos. Note, por exemplo o agrupamento destes temas nos seguintes
textos do Antigo Testamento: Gênesis 2.7; 1 Reis 17.21 (só na tradução grega);
Salmos 104.29,30 e Ezequiel 37.4-10 (cf. Ez 36.24-27). Fora do cânon do Antigo
Testamento, esta crença bíblica tornou-se importante conceito teológico:
Sabedoria 15.11; 2 Baruque 23.5. Em Gênesis Midrash Rabá 14.8, dois destes
textos são comentados: Gênesis 2.7 e Ezequiel 37.14. O sopro como ritual
simbólico, a doação acompanhante do Espírito e a resultante vida e/ou criação
estavam profundamente enraizados nas tradições bíblicas. As palavras e ações de
Jesus teriam sido bem entendidas. Ademais, com isto, uma das técnicas de Hillel
aparece novamente: O que é verdade acerca de Deus no Antigo Testamento, também
é verdade acerca de Jesus. Como Deus criou Adão e, depois, Israel, dando o
Espírito, assim Jesus na qualidade de Deus, criou a Igreja dando o Espírito”
(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2024, p.611).
III. A
PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES
1. “De repente”. O aparecimento de Jesus em João 20 refere-se ao
período compreendido entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes. Após a
Ressurreição, o Senhor glorioso aparece aos seus discípulos. Na Páscoa, o
cordeiro da expiação foi sacrificado, sendo Jesus o Cordeiro de Deus, conforme
estudado ao longo do trimestre. No entanto, cinquenta dias depois da Páscoa,
celebrava-se a Festa da Colheita no dia de Pentecostes. Foi ao final deste dia,
ainda não concluído, após Jesus ter feito a promessa de recebimento de poder
(At 1.4,8), que “de repente” (At 2.2) ocorreu um acontecimento extraordinário:
o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4).
- Entre a gloriosa
manhã da Ressurreição e o poderoso mover do Pentecostes, existe um tempo
sagrado — um intervalo divinamente planejado, carregado de promessas, sinais e
preparação espiritual. No Evangelho segundo João, capítulo 20, Jesus
ressuscitado aparece aos seus discípulos. A cena não é apenas um reencontro — é
o início de um novo tempo: o Cristo glorificado se manifesta não mais como o
Servo Sofredor, mas como o Vencedor da morte. Esse momento acontece entre a
Páscoa e o Pentecostes, exatamente como o plano de Deus havia revelado nas
festas judaicas. Na Páscoa, celebrava-se a libertação, marcada pelo sangue do
cordeiro. João Batista declarou: “Vejam! É
o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29, NVI) Jesus foi
esse Cordeiro. Seu sacrifício consumado na cruz tornou a Páscoa plena. Mas Deus
ainda tinha mais a fazer. Pentecostes: da promessa ao poder Cinquenta dias após
a Páscoa, celebrava-se a Festa das Semanas, também chamada de Pentecostes, ou
Shavuot, conforme Levítico 23:15–21. Era a Festa da Colheita, o momento em que
os primeiros frutos da terra eram entregues a Deus. E foi nesse mesmo dia, no
momento exato em que Jerusalém estava cheia de peregrinos, que Deus escolheu
derramar os frutos do novo tempo: o Espírito Santo. “De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte... e todos
ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2:2,4, NVI) O termo grego traduzido
como “de repente” é ἄφνω (aphnō), que transmite a ideia de algo inesperado,
súbito, surpreendente. Não foi programado pelo homem — foi soberanamente
planejado por Deus. João 20: A preparação interior para o derramamento exterior
Mas antes do vento, antes das línguas de fogo, antes do falar em outras
línguas... houve algo mais íntimo e invisível. Em João 20:22, Jesus soprou
sobre os discípulos e disse: “Recebam o
Espírito Santo.” Esse gesto ecoa Gênesis 2:7 — o sopro que gera vida. Jesus
estava ali iniciando a nova criação. Foi uma obra de regeneração, não de
capacitação. Como disse Craig Keener: “João
20 mostra a comunicação da vida espiritual. Atos 2 mostra o poder para o
testemunho.” (Keener, The Gospel of John: A Commentary, 2003) John Stott,
outro autor respeitado, escreveu: “A
missão começa com o Espírito, mas o Espírito não é dado apenas para falar — Ele
é dado para transformar.” (Stott, The Message of Acts, 1990) Um processo
com propósito: da cruz à colheita. Esse período entre a cruz e o Pentecostes
foi uma espécie de gestação espiritual. Os discípulos foram regenerados (Jo
20), depois ensinados e preparados por 40 dias (At 1:3), e então, no
Pentecostes, capacitados para ir ao mundo (At 1:8). É como se Deus estivesse
dizendo: “Antes de usar suas bocas,
preciso transformar seus corações. Antes de enviá-los aos confins da terra,
quero soprar vida dentro de vocês.” O Dicionário Houaiss define “colheita”
como: “Ato de recolher aquilo que foi
cultivado e amadurecido.” Assim, o Pentecostes é a colheita do que Cristo
semeou com Sua morte e ressuscitou com poder.
2. “E todos foram
cheios do Espírito Santo”. Observamos que
durante o ato de conversão, o Espírito Santo realiza a Regeneração (Jo 14.17;
16.8-10; Jo 20.22; 2Co 5.17). Contudo, desde que se dá esta obra regeneradora
do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos
de poder para testemunho do Evangelho. Assim sendo, especialmente no Livro dos
Atos dos Apóstolos, os teólogos associam “ser cheio do Espírito” ao “Batismo no
Espírito Santo”, como descrito quando dizemos: “todos foram cheios do Espírito
Santo” e consequentemente “começaram a falar em outras línguas, conforme o
Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).
- Cheios do
Espírito: da Regeneração ao Poder para o Testemunho: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito os capacitava.” (Atos 2:4, NVI) Esse versículo
não é apenas uma lembrança histórica; é um convite atual, urgente e necessário
para todo aquele que crê. Em Atos 2, o Espírito Santo desceu como vento
impetuoso e fogo sobre os discípulos. Mas para entender o que realmente
aconteceu ali, é essencial distinguirmos duas obras distintas do Espírito: a
regeneração e o revestimento de poder.
1. A
regeneração: o novo nascimento: - Antes de serem cheios de poder, os discípulos
já haviam recebido o Espírito Santo de maneira pessoal e transformadora. Isso
ocorreu quando Jesus soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo.” (João 20:22, NVI) Nesse ato, o termo
grego usado para “assoprar” é ἐμφυσάω (emphusáō), o mesmo utilizado na
Septuaginta em Gênesis 2:7, quando Deus soprou o fôlego da vida em Adão. Jesus
estava inaugurando uma nova criação espiritual. Os discípulos, a partir daquele
momento, tornaram-se nova criatura: “Portanto,
se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis
que surgiram coisas novas!”
(2 Coríntios 5:17, NVI). O Espírito, nesse momento, habita no
crente regenerado (João 14:17), convence o mundo do pecado, da justiça e do
juízo (João 16:8-10) e produz o novo nascimento, conforme ensinado por Jesus a
Nicodemos (João 3:5-6).
2. A plenitude:
o batismo no Espírito para testemunhar com poder. Entretanto, a jornada
espiritual não para na regeneração. É necessário mais. É urgente mais. O
próprio Jesus ordenou: “Fiquem na cidade
até que sejam revestidos do poder do alto.” (Lucas 24:49, NVI) “Mas receberão poder quando o Espírito Santo
descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas...” (Atos 1:8, NVI). Esse
revestimento é aquilo que muitos teólogos pentecostais identificam como o
batismo no Espírito Santo. Em Atos 2:4, lemos que “todos foram cheios do
Espírito Santo”, expressão que, segundo o léxico grego, usa o verbo πληρόω
(plēróō) — “encher por completo, saturar”. Não se trata apenas de ter o
Espírito habitando, mas ser dominado por Ele, capacitado, inflamado e
impulsionado a testemunhar com ousadia. O Dicionário Houaiss define
"revestir" como: “Cobrir-se ou
ser coberto com alguma coisa que muda o aspecto ou reforça a natureza.” Assim,
ser revestido do Espírito é ser envolvido por uma unção que muda nossa postura
e nos capacita a cumprir o chamado de Cristo com autoridade e coragem.
3. Uma
distinção necessária, uma busca inadiável. John Stott, em "Batismo e
Plenitude do Espírito Santo", explica: “Todo crente tem o Espírito, mas nem todo crente está cheio do Espírito.
O batismo no Espírito é a promessa de capacitação, não apenas de regeneração.”
(Stott, 1964) R. A. Torrey, evangelista e sucessor de D. L. Moody, afirmou: “O batismo com o Espírito é uma necessidade
absoluta para o serviço cristão efetivo.” (Torrey, What It Means to Be
Filled with the Holy Spirit, 1895) A história de Atos 2 não é uma experiência
isolada, mas uma realidade acessível. O mesmo Espírito que regenerou os
discípulos soprou vida neles e, posteriormente, os encheu de poder. E o
resultado? “Eles saíram e pregaram por
toda parte...” (Marcos 16:20) “E três
mil pessoas creram naquele dia...” (Atos 2:41).
3. “E começaram a
falar em outras línguas”. O Batismo no
Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já
regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O
cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas
as gerações futuras até a volta de Cristo (At 2.38,39). O falar em outras
línguas evidenciou esta obra capacitadora (At 2.11). Apesar de algumas pessoas
compreenderem estas línguas nos seus próprios idiomas, eram na verdade
expressões espirituais concedidas pelo Espírito que habilitou os discípulos a
glorificar as grandezas de Deus. Eram línguas desconhecidas por quem falava,
mas compreendidas pelos ouvintes. Assim sendo, as línguas mencionadas por Lucas
são evidências físicas visíveis do Batismo no Espírito Santo.
- Línguas que
Glorificam: A Evidência Visível do Poder Invisível: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras
línguas, conforme o Espírito os capacitava.” (Atos 2:4, NVI) O Batismo no
Espírito Santo não foi uma experiência isolada no tempo, nem um fenômeno
reservado aos apóstolos do primeiro século. Foi — e continua sendo — uma obra
sobrenatural, regeneradora e capacitadora que marcou o nascimento da Igreja com
poder, e marca, até hoje, todos aqueles que se entregam completamente ao
domínio do Espírito de Deus.
1. Uma
experiência para regenerados, não para incrédulos. No Pentecostes, os
discípulos já eram nascidos de novo. Jesus havia soprado sobre eles dizendo: “Recebam o Espírito Santo” (João 20:22,
NVI). Ali, a regeneração se efetivou. Mas cinquenta dias depois, em Atos 2,
algo maior os envolveu: foram cheios do Espírito e capacitados para a missão
(Atos 1:8). O Batismo no Espírito Santo foi, portanto, uma segunda obra,
distinta da salvação, destinada ao empoderamento do testemunho.
2. “Começaram a
falar em outras línguas” – O sinal visível da promessa. A expressão usada por
Lucas — “e começaram a falar em outras línguas” — emprega o verbo grego λαλέω
(laléō), que significa “falar, proclamar, expressar-se”, e o termo γλώσσαις ἑτέραις
(glóssais heterais), que literalmente significa “línguas diferentes ou outras
línguas”. Esse fenômeno era visível, audível e inegavelmente sobrenatural. O
Dicionário Michaelis define “língua” como: “Sistema de sons articulados, com
valor próprio, que serve de instrumento de comunicação entre os indivíduos.” Contudo,
no contexto do Pentecostes, essas línguas não se originavam do conhecimento
humano, mas da inspiração divina. O próprio texto bíblico revela: “Tanto judeus como convertidos ao judaísmo;
cretenses e árabes, nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa
própria língua!” (Atos 2:11, NVI). Aqui está o ponto central: as línguas
não eram compreendidas por quem falava, mas pelos ouvintes. O Espírito estava
traduzindo louvor, glória e adoração ao Deus Altíssimo por meio da boca dos que
se entregaram sem reservas.
3. Um sinal que
atravessa gerações. Muitos hoje questionam se essa manifestação ainda está
disponível. Mas o apóstolo Pedro, cheio do Espírito, declara: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja
batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o
dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para
todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.”
(Atos 2:38-39, NVI). A promessa do Espírito não tem prazo de validade. Ela
atravessa séculos, culturas e fronteiras. Como ensina o teólogo pentecostal
Stanley Horton: “O falar em línguas, no
Novo Testamento, nunca foi apresentado como simples êxtase emocional, mas como
um dom concedido por Deus com propósito específico: glorificá-lo e equipar seu
povo.” (Horton, A Doutrina do Espírito Santo, CPAD, 2004).
4. Por que
falar em línguas é importante hoje? Confirmação pessoal de que você foi
revestido de poder (Atos 10:46). Evidência visível para outros crentes de que o
Espírito está agindo (Atos 19:6). Instrumento de edificação espiritual, pois “quem fala em língua a si mesmo edifica”
(1 Coríntios 14:4, NVI). Expressão de oração e adoração profundas, além da
limitação do vocabulário humano (Romanos 8:26).
5. Conclusão:
Uma promessa viva que chama pelo seu nome. Você foi salvo? Glória a Deus! Mas
já foi cheio do Espírito, ao ponto de fluir como os rios de água viva que Jesus
prometeu? “Quem crer em mim, como diz a
Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” Ele estava se referindo ao Espírito...” (João 7:38-39, NVI) Se sim,
então há mais. Se não, então o momento é agora. Busque. Clame. Renda-se. Abra
sua boca — e deixe o Espírito falar por você!
SINOPSE III
A Promessa do Pai também tem a ver com o
derramamento do Espírito Santo conforme aconteceu no dia de Pentecostes.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A PROMESSA DO PAI.
O dom que Deus Pai prometera (Jl 2.28,29; Mt 3.11)
é o batismo no Espírito Santo (veja o v.5, nota). O cumprimento dessa promessa
é descrito como estar ‘cheio do Espírito Santo’ (2.4). Isto significa que ser
‘batizado no Espírito’ e ‘cheio do Espírito’ são expressões que, às vezes, são
intercambiáveis no livro de Atos. No entanto, nem toda referência a estar cheio
do Espírito indica o batismo no Espírito Santo. Este batismo no Espírito Santo
não é a mesma coisa que passar a ter o Espírito Santo, o que acontece no
momento em que uma pessoa aceita o perdão de Cristo, confia a Ele a sua vida, e
se torna ‘salva’ espiritualmente (veja o artigo REGENERAÇÃO: NASCIMENTO E
RENOVAÇÃO ESPIRITUAL, p.1847). Essas são duas obras distintas do Espírito
Santo, frequentemente separadas por um período de tempo (veja o artigo O NOVO E
ESPIRITUAL NASCIMENTO DOS DISCÍPULOS, p.1901)” (Bíblia de Estudo Pentecostal —
Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1917).
CONCLUSÃO
A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração
do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em
todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta
completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se
arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do
Pai pode se manifestar na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo,
batizando-o no Espírito Santo.
- Desde as páginas
do Antigo Testamento até a consumação final em Cristo, há uma promessa que
pulsa com poder e esperança: a Promessa do Pai. Não se trata apenas de um
conceito teológico ou de uma doutrina distante. Trata-se de uma experiência
real, viva, regeneradora e capacitadora, disponível para cada coração que se
rende ao Senhor. Quando Jesus disse aos seus discípulos: "Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas
fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto" (Lucas 24:49,
NVI), ele não falava de uma metáfora espiritual, mas de uma realidade gloriosa,
previamente anunciada pelos profetas e agora acessível pela fé em Cristo. A
palavra grega usada por Lucas para "promessa" é ἐπαγγελία (epangelía),
que significa “declaração solene de bênção garantida”. É algo que Deus jurou
cumprir, e que se manifesta em dois grandes atos na vida humana: Para o
pecador, como regeneração — obra do Espírito que convence do pecado, da justiça
e do juízo (João 16:8). Para o salvo, como capacitação sobrenatural para
testemunhar com ousadia (Atos 1:8). Essa promessa alcançou sua manifestação
inicial no Pentecostes (Atos 2), quando os discípulos, já regenerados, foram
cheios do Espírito Santo. E ela continua em vigor: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado... e receberão o dom do
Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos
os que estão longe, para todos quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.” (Atos
2:38-39, NVI). A palavra “todos” aqui não deixa espaço para dúvidas: você está
incluído. Segundo Martyn Lloyd-Jones, renomado pregador reformado: "O batismo com o Espírito Santo é um clamor
que todo crente deveria ter. É a diferença entre alguém que sabe o caminho e
alguém que caminha nele com fogo" (Lloyd-Jones, “Joy Unspeakable”,
1984). E o teólogo pentecostal Gordon D. Fee reforça: "O Espírito é o sinal distintivo da nova era.
O crente vive no Espírito, anda no Espírito e ministra no Espírito — tudo nasce
dessa promessa." (Fee, “Paul, the Spirit, and the People of God”,
1996).
A promessa é sua.
A hora é agora._______________
Este ministério nasceu de
um chamado:
Levar a Palavra de Deus a
todos: — grátis, sem barreiras.
Cada estudo, cada palavra, é fruto de oração e dedicação para alimentar sua fé. Mas para continuar, preciso de você.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo
com João 14, conforme apresentado na lição, como podemos perceber o registro de
alguns ensinos de Jesus?
O Espírito Santo como Consolador e Regenerador.
2. Dê o conceito da palavra
“Consolador” de acordo com a lição.
Refere-se a alguém chamado para ajudar,
encorajar ou interceder por outra pessoa.
3. Quais são as duas expressões em
João 20.22 que são muito importantes?
“Assoprou sobre eles” e “Recebei o Espírito
Santo”.
4. Que obra extraordinária o Senhor
Jesus realizou em Atos 2?
O Batismo no Espírito Santo.
5. No ato da conversão, o Espírito Santo opera a Regeneração. A partir da obra regeneradora, o salvo precisa de quê?
Desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho.