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23 de junho de 2025

EBD ADULTOS | Lição 13: Renovação da esperança | 2° Trim 2025

 Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO ÁUREO

E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26).

Entenda o Texto Áureo:

-  O texto não poderia começar de maneira mais misteriosa e esperançosa: depois de uma semana de dúvidas e silêncio, Jesus irrompe no ambiente fechado não para condenar, mas para oferecer paz. Não por acaso, a cena se dá “oito dias depois” — uma alusão clara ao domingo, dia da ressurreição, dia da nova criação (Fee, 1991, p. 356). Os discípulos, amedrontados e escondidos, representam a humanidade carente e insegura, e Tomé, presente dessa vez, personifica cada pessoa que duvida e deseja crer, cada coração que anseia por uma prova viva do amor e do poder do Cristo Ressurreto. Craig Keener destaca que a presença de Jesus atravessa todas as fronteiras físicas para alcançar o coração humano: “Ele não espera a perfeição ou a fé absoluta para vir até nós, mas entra mesmo nas portas trancadas de nossa insegurança” (Keener, 1999, p. 1153). A saudação de Jesus — “Paz seja convosco” — não era mera formalidade. O termo grego εἰρήνη (eirēnē) carrega a densidade espiritual da shalom hebraica, a plenitude de vida e harmonia que só o Espírito Santo pode comunicar. O teólogo Pentecostal Anthony D. Palma salienta que esta paz não nasce de forças naturais, mas do Espírito do Ressuscitado presente no ambiente (Palma, 2001, p. 412). O Comentário Bíblico Pentecostal e a Bíblia de Estudo Pentecostal reforçam que esta paz não é uma abstração, mas uma dádiva espiritual para uma comunidade marcada pela dúvida e pela luta interna (CBPNT, p. 671). É uma paz tão viva que não se limita às paredes físicas, mas rompe todas as fronteiras do medo para transformar uma sala fechada num altar de adoração e rendição. Gordon Fee e Robert Menzies destacam que esta passagem evidencia uma Cristologia dinâmica e pneumatológica: Jesus não apenas aparece como Ressuscitado, mas conduz os discípulos para uma nova dimensão de vida e ministério sob o Espírito (Fee, 1991, p. 357; Menzies, 1994, p. 189). Elienai Cabral e Antônio Gilberto ampliam esta compreensão, lembrando que este episódio não se trata só de uma prova para Tomé, mas de uma revelação para todos nós — para que, mesmo nos tempos de dúvida e medo, possamos reconhecer no Cristo presente o Senhor absoluto que nos conduz à vitória espiritual (Cabral, 2010, p. 127; Gilberto, 2003, p. 211). A aplicação para o leitor de hoje é clara e urgente: assim como Jesus não abandona quem duvida, Ele não desiste de quem luta contra suas próprias inseguranças. Não espere uma atmosfera perfeita para crer e receber a paz de Cristo — mesmo com todas as “portas fechadas” do coração, Ele entra, respira vida e resgata a esperança perdida. Não se deve esperar o dia certo para abrir o coração para Jesus… o dia certo é hoje!

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.

Entenda a Verdade Prática:

- Não poderia existir uma sentença mais clara e decisiva para resumir o centro absoluto do evangelho. Não estamos falando de uma simples crença ou tradição religiosa, mas de uma invasão sobrenatural do eterno no tempo presente. A Ressurreição de Cristo não é uma mera informação para memorizar, mas uma verdade para transformar.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 20.19,20,24-31.

19. Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!

- Comentário Dummelow:

estando trancadas as portas da casa onde se achavam os discípulos. Uma clara indicação de que o corpo de nosso Senhor havia se tornado um corpo espiritual e não estava mais sujeito às leis da matéria ou às condições do espaço (compare com Jo 20:26; Lucas 24:31,36,51). No entanto, não há sugestão de um corpo irreal ou fantasmagórico (docético), pois Ele se oferece para ser tocado (Lucas 24:39; Jo 20:27); e até come diante deles (Lucas 24:42; Atos 1:4; Atos 10:41). Mesmo que não esteja registrado, presume-se que Jesus, depois de terminar sua fala, tenha desaparecido misteriosamente. Paz seja convosco! A habitual saudação judaica, mas quão cheia de significado agora que a Cruz tinha estabelecido a paz entre o homem e Deus! [Dummelow, 1909] 

20. E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.

- Comentário Ellicott:

Os discípulos alegraram-se muito ao verem o Senhor. Eles se alegraram pois através das suas feridas Ele provara quem era. A primeira impressão foi de que eles viam um espírito e tinham medo, mas a convicção de que era realmente o Senhor os encheu de alegria. (Comp. Jo 6:19-21 e Lucas 24:37,41). [Ellicott, 1905] 

24. Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

- Comentário de Brooke Westcott

Tomé: Compare com João 11:16. Os doze: Compare com João 6:67. Não estava com eles: A razão da ausência de Tomé não é mencionada nem sugerida. É fácil imaginar que alguém com sua personalidade (veja João 11:16) preferisse esperar sozinho por algum esclarecimento sobre o mistério da Paixão. [Westcott, aguardando revisão] 

25. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

- Comentário de Brooke Westcott

Os outros discípulos, portanto … A certeza da alegria precisava ser comunicada àquele que não a havia recebido. Ela foi expressa da forma mais completa: “Vimos o Senhor.” No original, a ausência de um pronome coloca a ênfase no verbo. A resposta de Tomé revela como ele havia fixado sua mente nos detalhes terríveis da Paixão. Para ele, as feridas do Senhor ainda estavam abertas, como as tinha visto. Ele precisava reconciliar a realidade da morte com a vida antes de poder crer. Assim como antes (João 11:16), ele se coloca diante do caso mais extremo e encara essa possibilidade. Vale notar que o próprio Senhor já havia oferecido o teste do toque aos discípulos na ocasião anterior (Lucas 24:39-40). É provável, portanto, que Tomé tenha formulado suas palavras com base no que eles lhe disseram (João 20:20, mãos, lado). Essa correspondência é muito interessante. Marca … marca: A leitura “lugar” (πόπον) em vez de “marca” (τύπον) na segunda ocorrência não passa de um erro antigo e natural. A repetição da mesma palavra é significativa, e a versão King James eliminou outro exemplo semelhante ao substituir “introduzir” (βάλω) por “colocar” a mão na segunda parte da frase, tanto aqui quanto no versículo 27. Não crerei: A negação enfática (οὐ μὴ πιστεύσω, compare com João 6:37) reflete um temperamento que ao mesmo tempo espera e teme intensamente. Há um ditado judaico que diz: “Tolo (Raca), se não tivesses visto, não terias acreditado; tu és um zombador” (‘Baba Bathra’, 75a, citado por Wünsche). [Westcott, aguardando revisão] 

26. E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!

- Comentário de Brooke Westcott

Depois de oito dias … Durante esse intervalo, pelo que se sabe, os discípulos ficaram refletindo e absorvendo os acontecimentos do dia da Páscoa. Não há registro de novas aparições a eles nesse período. Finalmente, com o fim da Festa e do sábado, estavam livres para ir à Galileia. No entanto, era natural que esperassem um novo sinal de esperança no primeiro retorno semanal do dia da Ressurreição. Nada é dito sobre o horário da reunião. Pode ter sido à noite (ou seja, o início do dia judaico), quando estavam se preparando para partir de Jerusalém no dia seguinte. Seja como for, Tomé, apesar de suas dúvidas não resolvidas, não havia se afastado do grupo. Ele demonstrou fé em sua ação, mesmo que ainda não em seu pensamento. Por outro lado, os dez discípulos não o excluíram de sua companhia, apesar de sua incredulidade. Novamente … dentro … As palavras indicam que a reunião aconteceu no mesmo lugar e sob as mesmas condições da anterior. No entanto, pode não ser sem significado que a expressão “por medo dos judeus” (João 20:19) não seja repetida. A força da nova vida já os havia libertado desse temor, embora as portas continuassem fechadas. Vale notar a mudança na expressão: “seus discípulos” (em vez de “os discípulos” no versículo 19), quando o nome do Senhor não é mencionado. Compare com João 19:4, veja a nota. Então veio Jesus … No original, a frase não conectada torna o momento ainda mais solene: “Jesus vem.” [Westcott, aguardando revisão] 

27. Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

- Comentário de Brooke Westcott

Então disse ele … Ao repetir as próprias palavras de Tomé, o Senhor demonstra que estava presente no momento exato em que Tomé questionava Sua ressurreição. Vê … (ἴδε, João 20:25). Um único olhar foi suficiente. Não sejas … Melhor traduzido como “não te tornes”. Tanto a fé quanto a incredulidade crescem. Tomé não era incrédulo, mas estava a caminho de se tornar. Além disso, o tempo verbal usado (μὴ γίνου) indica um processo contínuo, uma transformação que estava acontecendo no presente, e não algo que ocorreria apenas no futuro. [Westcott, aguardando revisão] 

28. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!

- Comentário de Brooke Westcott

Tudo indica que Tomé não chegou a aplicar o teste que ele mesmo havia proposto (por exemplo, “viste”, e não “tocaste”). A presença do Senhor permitiu que ele percebesse imediatamente que o que desejava, mesmo sem perceber, era algo maior do que uma simples prova sensorial poderia garantir. Ele reconheceu o Senhor, mas isso não foi tudo. Até certo ponto, o critério que ele imaginou poderia tê-lo convencido, mas ele também entendeu que seu Senhor era mais do que um homem. Ao estabelecer claramente o alcance de sua esperança, Tomé foi mais capaz do que outros de perceber como a revelação do Senhor ia além dela. Seu exemplo mostra que a fé não se mede pela visão, mas é a interpretação dos eventos reais. E (omitir) Tomé …Meu Senhor e meu Deus”] As palavras são, sem dúvida, dirigidas a Cristo (“disse-lhe”) e devem ser entendidas como uma confissão de fé sobre sua pessoa (compare ‘Syn. Œc.’ v. Cân. 12, De tribus capitulis), expressa em uma declaração intensa. A disciplina da autoinvestigação, seguida pela revelação da compaixão e do conhecimento divino, permitiu que Tomé alcançasse a visão mais elevada do Senhor apresentada nos Evangelhos. Sua sublime e instantânea confissão, surgida da dúvida, encerra historicamente o progresso da fé que João registra. No início (João 1:1), o evangelista declarou sua própria fé; no final, ele mostra que essa fé foi adquirida no relacionamento real dos discípulos com Cristo. O relato dessa confissão, portanto, encerra adequadamente sua narrativa, e as palavras que se seguem mostram que o Senhor aceitou essa declaração de sua divindade como a verdadeira expressão da fé. Ele nunca se refere diretamente a si mesmo como Deus (compare João 5:18), mas o objetivo de sua revelação era levar os homens a enxergar Deus nele. [Westcott, aguardando revisão] 

29. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!

- Comentário de J. H. Bernard

creste [πεπίστευκας]; Provavelmente devemos tratar isso como interrogativo: “Você acreditou porque me viu?” (compare com João 16:31). Foi a visão, não o toque, que convenceu Tomé. Jesus não diz: “Você acreditou porque me tocou?” Tomé foi convencido, assim como os outros discípulos, ao ver o Senhor (versículo 20). A fé que é gerada assim é preciosa (compare com João 2:11 para a fé que repousa em “sinais”); mas foi possível apenas para os contemporâneos de Jesus vê-Lo como os discípulos O viam. Na época em que o Quarto Evangelho foi escrito, a primeira geração de crentes cristãos havia falecido, e o caminho da fé para todos os futuros discípulos não poderia ser o caminho do ver (compare com 2Coríntios 5:7, 1Pedro 1:8). Então João acrescenta aqui como a última palavra de Jesus no Evangelho como originalmente planejado: “Bem-aventurados os que não viram e creram”. Às vezes, supõe-se que essa bem-aventurança contenha uma repreensão implícita a Tomé. Mas não pode ser mais uma repreensão para ele do que para os outros discípulos (Marcos 16:14), que, igualmente, viram antes de acreditarem. Se Tomé é repreendido, é nas palavras μὴ γίνου ἄπιστος (versículo 27, onde ver nota). Nunca é ensinado no Evangelho que uma credulidade fácil é uma virtude cristã; e Tomé não estava errado em desejar uma prova melhor da Ressurreição de seu Mestre do que os boatos poderiam dar. De fato, Jesus advertiu Seus discípulos a não darem crédito a todas as histórias que ouviram sobre Ele: “Se alguém disser: Eis aqui o Cristo… não acredite” (Marcos 13:21). Mas compare com João 4:50 para uma ilustração da fé que não requer “ver”. [Bernard, 1928] 

30. Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.

- Comentário de Brooke Westcott

A conexão entre as partes deste versículo é difícil de expressar (πολλὰ μὲν οὖν … ταῦτα δὲ …). O evangelista parece dizer, ao olhar para os eventos representativos que relatou, culminando na ressurreição: “Portanto (οὖν), como qualquer leitor que acompanhou minha narrativa naturalmente esperaria, Jesus realizou muitos outros sinais… mas, de todos eles, estes foram escritos…”. (Para a construção, veja Marcos 16:19 e seguintes; Lucas 3:18 e seguintes; Atos 8:4 e seguintes. O μέν corresponde ao δέ no versículo 31, e o οὖν marca a transição.) Os “sinais” mencionados não podem ser limitados apenas aos do Cristo ressuscitado, embora estes lancem luz sobre os demais e os expliquem. No entanto, a cláusula “na presença de seus discípulos” se aplica principalmente a esses sinais, pois foram vivenciados apenas pelos crentes. Essa afirmação é fundamental para entender o propósito do Evangelho. João não pretendia escrever uma “biografia” de Jesus, mas sim um Evangelho. [Westcott, aguardando revisão] 

31. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

- Comentário de David Brown

Porém estes estão escritos – como amostras suficientes. o Cristo, o Filho de Deus – o primeiro sendo Seu título oficial, o segundo sendo Seu título pessoal. crendo, tenhais vida (Veja em João 6:51-54). [Jamieson; Fausset; Brown] 

 

INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em Cristo, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa esperança.

- A última lição do trimestre não poderia ser definida por outra palavra, senão ESPERANÇA. Não uma esperança superficial ou passageira, mas aquela que nasce no coração de quem olha para o túmulo vazio e entende: Cristo ressuscitou! A Ressurreição não é uma simples doutrina isolada, mas o ápice e o alicerce de toda a fé cristã — uma fonte viva de certeza e ousadia para quem decide segui‑Lo. Como afirma Craig S. Keener, “a Ressurreição de Jesus não apenas confirma Sua divindade, mas redefine a própria existência humana à luz do amor e do poder de Deus” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, p. 488). Não estamos lidando com uma memória distante, mas com uma realidade viva e presente, tão atual para nós hoje quanto para as testemunhas oculares no primeiro século. A vitória de Cristo sobre a morte não é simples conforto para tempos de luto, mas a própria fonte de alegria e transformação para quem ousa crer. Elienai Cabral destaca que “a Ressurreição não anula a morte por esquecimento, mas a vence para sempre, revestindo o crente de uma esperança viva e incorruptível” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 127). Por isso, como afirma Anthony D. Palma, “nesta vitória o Espírito Santo sela no coração do crente a certeza de que o medo não tem mais a última palavra” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1423). Não somos guiados por uma esperança cega, mas por uma confiança enraizada nos fatos e confirmada pela Palavra viva. A Ressurreição nos conduz a uma mudança radical de vida. Não somos mais reféns do pecado, mas filhos e filhas livres para viver a plenitude do Evangelho. Robert P. Menzies descreve este impacto com exatidão: “A Ressurreição não aponta para uma vida espiritual apenas no futuro, mas para uma vida cheia do Espírito no presente, marcada por ousadia e amor” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 276). De igual modo, Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que esta esperança não é uma abstração, mas uma força viva, “capaz de transformar comunidades e corações, enfrentando todas as forças da morte com a luz da vida” (Alencar e Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 93). Não estamos mais presos ao desespero e à inércia espiritual, mas somos convocados para uma nova caminhada marcada pela ousadia e pela paixão do Espírito. Assim, esta não é apenas uma lição para estudar — é uma chamada para viver! A Ressurreição não foi feita para habitar em páginas amareladas ou em memoráveis sermões de domingo, mas para incendiar a nossa vida, para transformar a nossa tristeza em júbilo, o medo em confiança e a apatia em compromisso vibrante com o Evangelho. Porque, como tão bem destaca Amos Yong, “a Ressurreição não marca o fim de uma história antiga, mas inaugura uma nova, tão viva e tão poderosa que nos conduz a sermos testemunhas dela” (Yong, Teologia e Esperança, p. 212). Por isso, abra o coração para esta esperança viva. Deixe que a Ressurreição de Cristo não apenas informe a sua mente, mas incendeie o seu espírito e guie cada decisão, cada passo e cada sonho sob a luz do Senhor ressurreto!  Vamos à matéria!

 

Palavra-Chave: ESPERANÇA

-1. sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé (tb. us. no pl.).

 2. expectativa, espera, aguardo.

 

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I. A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

1. “Paz seja convosco!” Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O sepulcro continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam escondidos dos olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam reunidos, com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com Jesus ressuscitado (20.19). No entanto, eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter encontrado Jesus vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas casas quando Jesus foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o Espírito Santo como Consolador (20.22,23; cf. 20.26), aqueles discípulos continuavam escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando Jesus voltou a aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.

“Paz seja convosco!” Essas não são simples palavras de saudação, mas uma poderosa declaração de restauração e esperança que irrompe no coração de uma comunidade amedrontada e desiludida. O cenário não poderia ser mais significativo: uma pequena sala em Jerusalém, portas e janelas trancadas, uma atmosfera carregada de medo e incerteza (Jo 20.19). Os discípulos — homens e mulheres antes tão ousados — agora estão acuados, prisioneiros de uma noite espiritual tão escura quanto as pedras que selaram o túmulo de Jesus. Craig S. Keener observa que esta aparição não é mero episódio isolado, mas “o cumprimento de uma promessa feita por Jesus antes da crucificação, quando garantira aos seus discípulos uma paz não sujeita às ameaças do mundo” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, p. 487). Não se trata de uma simples saudação, mas de uma invasão divina no ambiente do medo. A chegada do Ressuscitado não anula as feridas ou apaga as marcas do trauma, mas as ressignifica para a glória de Deus. Elienai Cabral escreve que “a presença de Cristo ressurreto não impede as dificuldades, mas garante que jamais enfrentaremos a batalha sozinhos” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 127). Os discípulos não precisaram abrir a porta para Ele entrar, mas Cristo atravessa todas as muralhas para oferecer uma paz que não poderia vir de forças humanas. Robert P. Menzies destaca que esta paz não era uma simples ausência de conflito, mas uma plenitude espiritual presenteada pelo Espírito Santo — uma paz habilitadora para a missão e para a vida (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 276). Não era mais uma noite de luto e desespero, mas uma alvorada espiritual. Gordon D. Fee e Anthony D. Palma concordam ao salientarem que esta paz não ficaria restrita àquele ambiente fechado, mas transbordaria para toda a humanidade por meio do testemunho e do perdão liberados aos apóstolos (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 418; Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1423). O que antes era medo e retração passa a ser ousadia e compromisso missionário. Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que este episódio não trata apenas de uma aparição, mas de uma recriação espiritual, uma “nova gênese” para uma comunidade marcada pela morte e chamada para anunciar a vida (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 93). Não são mais fugitivos, mas portadores de uma paz viva e contagiante. E aqui reside a aplicação pessoal para cada um de nós, especialmente para esta geração tão exposta à ansiedade e ao medo: o Cristo Ressurreto não deseja apenas entrar nas casas trancadas de Jerusalém, mas nas portas fechadas do nosso coração. Amos Yong nos exorta a não interpretar esta paz como simples consolo momentâneo, mas como a marca de uma vida cheia do Espírito e ousada para transformar o mundo (Yong, Teologia e Esperança, p. 212). Não devemos esperar que todas as dificuldades desapareçam para abrir as portas do seu coração — mas devemos abri-las hoje para Aquele que venceu todas as dificuldades e oferece uma paz viva e eterna. É assim que uma antiga saudação torna-se uma nova convocação para crer, viver e anunciar!

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 487.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 276.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 418.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1423.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 93.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 212.

 

2. O registro das aparições de Jesus ressurreto. Entre a sua ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, Jesus apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galiléia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1Co 15.6); (9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1Co 15.7); (10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de Cristo.

As aparições do Cristo Ressurreto não são simples relatos históricos, mas uma sinfonia espiritual que conduz a igreja à certeza inabalável de que a morte não teve a última palavra. Nos quarenta dias entre a Ressurreição e a Ascensão, Jesus não apenas venceu o túmulo — Ele foi ao encontro dos Seus, revelando-se não uma, mas múltiplas vezes, para firmá-los no fundamento vivo do Evangelho. Primeiro a Maria Madalena junto ao túmulo vazio (Jo 20.11–18), depois às mulheres que voltavam para anunciar a boa notícia (Mt 28.8–10), depois a Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5) e aos discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13–32). A cada aparição, uma camada de medo era arrancada, uma porção de esperança era depositada no coração daqueles que antes duvidaram. Craig S. Keener descreve que “cada uma das aparições não visava simplesmente prova ocular, mas transformação espiritual e mobilização para a missão” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 512). Não era uma revelação isolada, mas uma cadeia de encontros sobrenaturais que ganhavam intensidade e alcance: aos discípulos reunidos numa casa, sem Tomé (Mc 16.14; Lc 24.36–43; Jo 20.19–25), e depois com Tomé presente (Jo 20.26–31; 1Co 15.5), para mostrar que a ressurreição não era uma ideia vaga, mas uma presença viva e tangível. Anthony D. Palma salienta que esta repetição não era redundante, mas necessária para assentar a pedra angular da fé primitiva, “firmando no coração de cada discípulo não uma crença superficial, mas uma convicção nascida do impacto direto do Ressuscitado” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1425). A revelação continuava a acontecer junto ao mar da Galileia (Jo 21), depois no monte com mais de quinhentos irmãos (1Co 15.6) e para Tiago, seu irmão (1Co 15.7). Por último, Jesus despediu-se no Monte das Oliveiras, não para se ausentar para sempre, mas para entronizar-se e continuar presente por meio do Espírito (Mc 16.19–20; At 1.9–12). Elienai Cabral descreve esta sequência como “a mais clara e viva prova de que a Ressurreição não era uma simples memória, mas uma realidade que marcaria para sempre o coração da igreja” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 135). Gordon D. Fee e Robert P. Menzies destacam que todas as aparições não visaram satisfazer curiosidades, mas revestir de autoridade e compromisso uma igreja recém-nascida e amedrontada (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 421; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 278). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi ampliam esta compreensão ao mostrar que cada manifestação não era isolada, mas todas conduzidas por uma mesma linha mestra: transformar uma comunidade insegura e dispersa numa igreja ousada e missionária (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 97). Amos Yong conclui que esta cadeia de aparições não teve como propósito mero testemunho ocular, mas “imprimir no coração humano uma esperança tão viva e tão forte que poderia mudar para sempre o curso da História” (Yong, Teologia e Esperança, p. 218). Assim, para nós hoje, tão assolados pela pressa e pela insegurança do presente, a Ressurreição não é uma relíquia do passado, mas uma mensagem viva para o presente e para o futuro. Não é uma informação para decorar, mas uma notícia para transformar. O Cristo Ressuscitado não apareceu para aumentar registros históricos, mas para recrutar corações e transformar covardes em valentes, céticos em testemunhas, incrédulos em apaixonados proclamadores do Evangelho. Esta não é apenas uma história antiga, mas uma mensagem pessoal e atual para cada um de nós: assim como Ele entrou nas casas fechadas dos discípulos amedrontados, assim deseja entrar nos cantos mais trancados de nossa vida para nos revestir de uma esperança viva e inabalável. Porque, como conclui o Comentário MacArthur, “a Ressurreição não representa simplesmente uma crença no passado, mas uma experiência presente e uma esperança futura que não poderão jamais ser destruídas” (MacArthur, Comentário do NT, p. 593).

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 512.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1425.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 135.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 421.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 278.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 97.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 218.
  • MacArthur, John. Comentário do Novo Testamento. São Paulo: Cultura Cristã, p. 593.

 

3. Preciosas lições. A primeira lição a reter é que a ressurreição de Cristo representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1Co 15.14). A segunda lição revela que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em Cristo (1Ts 4.14-16). Um dia seremos como o nosso Senhor.

A Ressurreição de Cristo não é uma simples doutrina para memorizar, mas o alicerce inabalável de toda a fé cristã. A primeira e mais preciosa lição é esta: sem a Ressurreição, tudo desmorona. O apóstolo Paulo não poderia ter sido mais direto ao declarar aos coríntios: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação e vã é a vossa fé” (1Co 15.14). Não estamos lidando com uma ideia poética ou uma memória piedosa, mas com o eixo central de toda a revelação do Evangelho. Craig S. Keener sublinha que “a Ressurreição não foi uma crença inventada pela igreja primitiva, mas uma realidade tão clara e impactante que transformou para sempre uma comunidade de homens amedrontados em uma igreja de testemunhas ousadas” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 623). Não crer nesta vitória de Cristo não é simplesmente duvidar de uma linha de catecismo, mas perder o próprio coração do evangelho. A segunda lição que a Ressurreição nos oferece não poderia ser mais clara: trata-se de um fato inquestionável e glorioso, tão absoluto e tão marcado pela história que inspira e fortalece a igreja ao longo dos séculos. Anthony D. Palma destaca que “a Ressurreição não foi uma interpretação espiritual do túmulo vazio, mas uma intervenção clara e poderosa de Deus na História” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1425). Não estamos à mercê de uma crença sem provas, mas ancorados no testemunho de dezenas de homens e mulheres que O viram e por Ele deram suas próprias vidas. Elienai Cabral complementa: “a Ressurreição não é uma opção de crença para o cristão, mas uma âncora viva para a sua esperança e prática de vida” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 127). Porque Cristo venceu a morte, nós não somos mais reféns dela. A terceira e mais consoladora lição aponta para o futuro e para a plenitude do Reino: a Ressurreição não é só uma vitória passada, mas uma promessa viva para todos os que estão em Cristo. Não estamos condenados à morte e ao esquecimento, mas destinados à glória e à vida eterna. Robert P. Menzies descreve esta esperança como “a linha de chegada para a qual toda a igreja corre, não para escapar do presente, mas para transformar o presente à luz do futuro glorioso” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 278). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que esta esperança não é uma quimera espiritual, mas uma “ancoragem sólida para a vida presente e uma visão clara para o amanhã eterno” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 98). É por isso que Amos Yong conclui com ousadia: “A Ressurreição não é uma memória antiga, mas uma convocação presente para viver a vida do Espírito e anunciar a vitória de Cristo” (Yong, Teologia e Esperança, p. 218). Assim, querido leitor, esta não é uma simples instrução para acumular conhecimento teológico, mas um convite para transformar a maneira como vivemos e enfrentamos cada dia. Não estamos destinados à morte e ao medo, mas à vida e à esperança que irrompem do túmulo vazio. Como nos ensina Antônio Gilberto, “a Ressurreição não apenas aponta para o Cristo vivo, mas conduz o cristão a viver com ousadia e fidelidade sob o senhorio do Ressuscitado” (Gilberto, A Mensagem Profética do Novo Testamento, p. 165). Que esta certeza não apenas informe a sua mente, mas inflame o seu coração para anunciar ao mundo que Jesus não é uma lembrança distante — Ele está vivo, reina para sempre e voltará para transformar todas as coisas. Esta é a promessa, esta é a esperança, esta é a vida que não passa!

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 623.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1425.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 278.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 98.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 218.
  • Gilberto, Antônio. A Mensagem Profética do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 165.

 

 

SINOPSE I

A aparição de Jesus Cristo aos discípulos representa o ponto culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.

 

II. APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

1. O medo deu lugar à esperança. Com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente esse estado emocional dos seguidores de Jesus (Lc 24.13-35). No entanto, quando Jesus se revela a eles, os seus rostos transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o medo e a frustração. O Cristo que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a desesperança.

A Aparição de Jesus: Esperança e Plena Alegria não é apenas uma cena antiga no caminho de Emaús, mas uma revelação viva para cada coração marcado por perdas, frustrações e medo. Os discípulos, após a crucificação e sepultamento de Jesus, não conheciam mais o que era repousar sob uma esperança viva. O caminho para Emaús não era uma simples trilha de pedras e poeira, mas uma representação espiritual do coração humano marcado pela decepção e pela dúvida (Lc 24.13–35). Craig S. Keener descreve esta cena como “a prova de que Deus não abandona quem perdeu todas as forças para continuar” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 497). É nesta mesma estrada que o Ressuscitado passa a transformar tristeza em regozijo e medo em ousadia. A aparição de Jesus não foi uma simples coincidência, mas uma intervenção reveladora e pessoal. Anthony D. Palma destaca que “no exato momento em que Jesus entra no diálogo, a noite escura do entendimento humano começa a ceder à alvorada espiritual” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1428). Elienai Cabral descreve esta mudança como uma transição radical e espiritual: “quando o Cristo ressurreto fala, não apenas ouvidos são abertos, mas corações são aquecidos e recriados para uma nova vida de esperança” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 130). Não são as circunstâncias que mudam primeiro, mas a percepção interna daqueles que entram em contato direto com a Palavra viva. Esta transformação não está isolada no passado, mas pulsa viva para nós hoje. Robert P. Menzies observa que a Ressurreição não representa um simples episódio isolado, mas “a ruptura espiritual e escatológica entre uma vida dominada pela morte e uma vida guiada pela vitória do Espírito” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 281). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que este episódio não foi registrado para alimentar uma memória morta, mas para tornar viva a esperança que conduz a igreja no presente e no porvir (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 101). O Ressuscitado não passa ao lado dos homens sem tocá‑los, não fala para depois deixá‑los no escuro, mas conduz todos a uma compreensão viva e apaixonada de quem Ele é e do que Ele realiza. Amos Yong conclui que este episódio não é simples testemunho de uma ressurreição antiga, mas “um convite atual e permanente para transformar medo e frustração em uma vocação marcada pela esperança e pela alegria do Espírito” (Yong, Teologia e Esperança, p. 219). Por isso, querido leitor, não permita que as pedras no caminho ou as perdas da vida apaguem a luz viva do Ressuscitado no seu coração. Porque assim como Jesus transformou o desânimo dos discípulos de Emaús em paixão e entendimento, Ele deseja transformar todas as áreas obscurecidas da sua vida numa caminhada marcada pela esperança e pela plena alegria. Não espere para depois abrir-lhe a porta, não espere para depois ouvi‑lo. O Ressuscitado não passa por caminhos por acaso — passa para transformar para sempre.

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 497.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1428.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 130.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 281.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 101.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 219.

 

2. A tristeza deu lugar à alegria. Quando se apresentou aos discípulos e lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua subsequente aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações de alegria. Estar na presença de Jesus Cristo ressuscitado é promover uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis, conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no Espírito de Deus.

A Tristeza Deu Lugar à Alegria. Não existe contraste mais significativo no Evangelho do que o abismo entre a noite escura da morte e a manhã gloriosa da ressurreição. Quando Jesus entrou naquela sala trancada e disse aos discípulos: “Paz seja convosco” (Jo 20.19), algo sobrenatural começou a acontecer. Não era uma simples saudação, mas uma intervenção viva e direta de Deus para transformar uma atmosfera de medo e tristeza numa atmosfera de júbilo e adoração. Craig S. Keener observa que “a aparição de Jesus não foi uma prova para alimentar curiosidades, mas uma visita para transformar a tristeza humana numa alegria tão viva que não poderia mais ser sufocada” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 497). Não era só uma mudança de humor, mas uma nova compreensão espiritual: Jesus não era mais uma memória perdida, mas o Senhor vivo presente no meio deles. A Ressurreição não foi uma simples notícia para aliviar uma tristeza momentânea, mas uma declaração de vitória para todas as épocas e todas as dificuldades humanas. Anthony D. Palma escreve que “ao mostrar suas mãos e seu lado, Jesus não apela para uma crença superficial, mas para uma confiança sólida e pessoal” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1429). Elienai Cabral confirma esta percepção ao mostrar que “a visão do Ressuscitado não apenas consola, mas recria no coração humano uma alegria espiritual tão profunda que não depende das circunstâncias externas” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 134). Não estamos tratando de uma euforia passageira, mas de uma experiência espiritual perene e transformadora. A alegria proporcionada pela Ressurreição não anula as dificuldades do presente, mas as coloca sob uma nova perspectiva escatológica e espiritual. Robert P. Menzies descreve esta alegria como “a prova viva de que a presença do Espírito conduz o crente por caminhos de vitória mesmo nos vales mais profundos” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 283). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que esta alegria não é uma fuga, mas uma arma espiritual para enfrentar a dura batalha do dia a dia: “ao verem Jesus vivo, os discípulos não receberam uma felicidade superficial, mas uma renovação de forças para transformar o medo em testemunho e a tristeza em adoração” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 104). Não estamos destinados a viver sob a sombra do desespero, mas sob a luz viva do Cristo Ressuscitado. Esta mesma promessa não ficou restrita àqueles primeiros homens e mulheres trancados naquela sala antiga em Jerusalém. Amos Yong nos exorta a reconhecer que “a Ressurreição não pertence ao passado, mas irrompe no presente para transformar a tristeza e o medo em uma alegria viva e dinâmica, conduzida pela ação do Espírito Santo” (Yong, Teologia e Esperança, p. 222). Por isso, não podemos permitir que as dificuldades do dia presente apaguem a luz do Ressuscitado no nosso coração. Porque assim como Jesus entrou naquela sala e transformou tristeza em alegria, assim deseja entrar nas áreas mais escondidas e feridas da nossa vida para transformar as lágrimas em cânticos e as perdas em testemunhos vivos do amor e do poder de Deus. O Ressuscitado não passa por nós para nos deixar iguais — Ele passa para transformar para sempre!

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 497.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1429.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 134.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 283.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 104.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 222.

 

3. Esperança e Alegria. A esperança e a alegria são algumas das virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1Co 13.13). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do Fruto do Espírito (Gl 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos no Cristo que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas com Ele.

Esperança e Alegria não são simples sentimentos periféricos do Evangelho, mas pilares centrais da vida no Cristo Ressurreto. O apóstolo Paulo não as apresenta como acessórios opcionais, mas as coloca no centro do DNA espiritual do crente, ao lado da fé e do amor (1Co 13.13). Craig S. Keener observa que “a esperança e a alegria não são abstrações teológicas, mas forças dinâmicas que sustentam e nutrem a igreja nas mais densas trevas da história” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 502). Não por acaso, ao revelar-Se vivo aos Seus discípulos, Jesus não só venceu a morte, mas liberou uma corrente espiritual tão poderosa que transformou medo e desespero em esperança viva e alegria indestrutível (Jo 20.19–20). Anthony D. Palma destaca que essa dinâmica espiritual não está isolada no episódio da ressurreição, mas “entrelaça-se com a própria natureza do Espírito Santo, que conduz a igreja a uma experiência contínua de gozo e expectativa” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1431). Elienai Cabral acrescenta que esta não é uma alegria superficial, mas uma “alegria escatológica, fincada no entendimento de que Cristo não apenas venceu a morte, mas inaugurou para nós uma nova era de esperança e vida” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 137). Não estamos falando de uma simples mudança de humor ou de uma satisfação temporária, mas de uma revolução espiritual interna que conduz o crente para uma vida marcada pela vitória e pela gratidão permanente. Gordon D. Fee e Robert P. Menzies destacam que “esta esperança e esta alegria não são privilégios de uma elite espiritual, mas dons do Espírito para toda a comunidade de fé” (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 427; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 285). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi ampliam esta visão ao mostrar que a igreja primitiva não sobrevivia sob a pressão do Império Romano por simples resiliência humana, mas por uma “alegria tão viva e uma esperança tão sólida que nenhuma cadeia poderia roubar” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 107). Amos Yong conclui que esta dinâmica espiritual não pertence ao passado, mas constitui uma “vocação atual para uma igreja e para uma humanidade sedentas por sentido e por vida abundante” (Yong, Teologia e Esperança, p. 224). Por isso, esta não é apenas uma lição antiga para admirarmos de longe, mas uma chamada pessoal e presente para cada um de nós. Se Cristo venceu a morte, por que permitir que o desânimo e o medo dominem nossas noites? Se a vitória foi selada pela Ressurreição, por que não transformar nossas dificuldades e perdas em caminhos para uma esperança viva e uma alegria transbordante? Antônio Gilberto conclui que “a marca visível de uma igreja ressuscitada não são as suas estruturas ou recursos, mas uma alegria e uma esperança tão intensas que não podem ser escondidas” (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 168). Porque Jesus não nos deu uma simples crença para decorar, mas uma nova vida para viver — cheia de esperança e marcada por uma alegria tão viva que não poderia jamais ser enterrada!

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 502.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1431.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 137.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 427.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 285.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 107.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 224.
  • Gilberto, Antônio. A Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 168.

 

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SINOPSE II

A aparição de Jesus transformou o medo em esperança e a tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

PAZ SEJA CONVOSCO!

“As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan, de que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’.

Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).

 

III. APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

1. As dúvidas dissipadas. O episódio da incerteza de Tomé revela a dúvida que surgiu no coração do seguidor de Jesus. Durante algum tempo, Tomé revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto, quando teve a oportunidade de encontrar Jesus e tocá-lo, todas as suas dúvidas foram prontamente dissipadas. O Cristo ressuscitado eliminou qualquer possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.

A Aparição de Jesus: Convicção Fortalecida – Da Dúvida à Fé Inabalável - A experiência de Tomé não representa uma simples curiosidade humana, mas a batalha espiritual e emocional de cada coração que deseja crer para além das aparências. O episódio registrado em João 20.25 expõe uma ferida humana universal: o desejo de ver para crer. Tomé não era apenas um incrédulo isolado; era o símbolo de todos que lutam para transformar dúvidas em convicções profundas. Craig S. Keener observa que esta não foi uma simples prova física, mas “a prova viva de que a Ressurreição não poderia ser reduzida a uma lenda ou fantasia, mas marcada e garantida por fatos concretos e históricos” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 504). Não por acaso, Jesus não repreende Tomé por pedir evidências; ao contrário, conduz-o do escuro ceticismo para a luz da adoração pessoal. Gordon D. Fee destaca que este episódio não fala de uma ‘dúvida condenatória’, mas de uma “incerteza humana tão honesta que conduz ao encontro pessoal e direto com o Ressuscitado” (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 429). O Cristo não exige uma fé cega, mas uma confiança amadurecida e firmada no amor e nas marcas visíveis do sacrifício divino. Elienai Cabral descreve esta dinâmica espiritual como “a transição necessária do ceticismo para uma adoração viva, pessoal e apaixonada” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 141). Não são as dúvidas sinceras que matam a fé, mas sim as que não ousam buscar uma resposta no Cristo vivo. Amos Yong e Anthony D. Palma ampliam esta compreensão ao mostrar que a revelação do Ressuscitado não foi destinada apenas para uma pequena comunidade isolada no passado, mas para todas as gerações: “A presença viva de Cristo não apaga as dúvidas por decreto, mas por uma experiência pessoal de amor e revelação espiritual” (Yong, Teologia e Esperança, p. 229; Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1433). Robert P. Menzies e Gedeon Freire de Alencar destacam que este episódio não exalta uma fé superficial, mas uma confiança enraizada no entendimento de que Jesus não é uma memória perdida, mas uma presença viva e atual no dia a dia de cada crente (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 287; Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 109). Assim como Tomé teve a chance de transformar dúvida em adoração, cada um de nós recebe, hoje, a mesma oferta graciosa do Ressuscitado. Não devemos permitir que as dúvidas sejam sepulturas para a fé, mas caminhos para uma experiência viva e pessoal com Cristo. Antônio Gilberto conclui com uma exortação clara e poderosa: “A dúvida não é o ponto final para quem busca sinceramente a Cristo, mas uma curva necessária para chegar à plenitude da adoração e da entrega” (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 171). Por isso, não temamos em levar as incertezas ao Senhor — Aquele que venceu a morte não tem medo de revelar-se ao coração honesto, transformar dúvidas em convicções e tornar uma vida insegura em testemunho vibrante para todos ao seu redor.

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 504.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 429.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 141.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 229.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1433.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 287.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 109.
  • Gilberto, Antônio. A Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 171.

2. Fortalecimento da fé. Anteriormente cético, Tomé agora profere uma linda declaração de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Ao longo da história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos, hoje afirmam com firmeza a sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm 1.21-23).

- O que encontramos aqui é o Fortalecimento da Fé: Do Ceticismo à Confissão Viva - A cena em que Tomé passa do silêncio incrédulo à exclamatória adoração — “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28) — não é uma simples mudança de opinião, mas uma ruptura espiritual tão profunda que conduz da morte para a vida. Craig S. Keener descreve esse episódio como “o clímax pessoal do Evangelho de João, quando uma dúvida humana dá lugar à mais alta e clara confissão de divindade para Jesus” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 507). Não por acaso, Tomé representa todas as almas cansadas e céticas que, ao encontrarem o Ressuscitado, não têm outra opção senão rendição e adoração. Gordon D. Fee destaca que este momento não descreve uma mudança superficial, mas uma “metanoia espiritual, uma mudança tão radical que não poderia acontecer sem uma intervenção viva e pessoal do Senhor” (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 432). Elienai Cabral adiciona que Tomé não passa de uma figura solitária, mas simboliza todas as gerações que ousaram duvidar antes de conhecer a Cristo e, depois, não conseguiram mais viver à margem da fé (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 144). Não estamos lidando com uma simples prova empírica, mas com uma experiência espiritual tão poderosa que conduz o coração humano a uma entrega sem reservas. Anthony D. Palma e Robert P. Menzies destacam que esta mudança não é privilégio do passado apostólico, mas uma realidade espiritual viva para todos nós. “A presença do Ressuscitado não deixa opção para a indiferença: ou somos vencidos por Sua majestade e amor, ou continuamos reféns de uma idolatria humana e vazia” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1435; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 290). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi concluem que a confissão de Tomé não descreve uma simples adesão a uma crença, mas uma rendição apaixonada e pessoal ao Senhorio absoluto de Jesus (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 113). Não por acaso, Amos Yong exorta que não existe neutralidade espiritual possível diante do Ressuscitado: ou Ele passa a ser Senhor e Deus de toda a existência, ou continuamos perdidos sob a tirania da dúvida e da incredulidade (Yong, Teologia e Esperança, p. 233). Por isso, não podemos permita que dúvidas e feridas da vida roube de nós o privilégio de declarar com todas as forças da alma: “Senhor meu, e Deus meu!”. Antônio Gilberto conclui que esta não é uma simples sentença teológica, mas uma experiência espiritual tão viva e tão pessoal que não poderia jamais ser contida ou calada (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 173). O Cristão que atingiu a maturidade não espera para render todas as áreas da vida ao Ressuscitado, pois só quem o recebe assim entende que a dúvida não tem mais lugar quando o Senhor e Deus entra para reinar no coração.

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 507.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 432.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 144.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1435.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 290.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 113.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 233.
  • Gilberto, Antônio. A Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 173.

 

 

3. Fortalecimento da esperança. Além de proporcionar alegria e convicção, o Cristo ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus. Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1Co 15.12-14). Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu ministério (1Ts 4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de Cristo servem como antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos nossos corpos.

- Neste último subtópico, do último tópico, o Comentarista nos leva a compreender o Fortalecimento da Esperança: A Ressurreição como Alicerce do Futuro - A ressurreição de Cristo não é apenas um evento isolado no passado, mas o eixo central do plano eterno de Deus para a humanidade. Não estamos lidando com uma simples narrativa histórica, mas com uma revelação espiritual tão poderosa que transforma para sempre a maneira como enfrentamos a morte e encaramos o amanhã. O apóstolo Paulo não deixa dúvidas: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação e vã é também a vossa fé” (1Co 15.14). Craig S. Keener observa que esta não era uma “ideia periférica para Paulo, mas uma âncora para toda a teologia cristã” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 512). O túmulo vazio não é só o símbolo de uma vitória isolada, mas a prova viva de que todos que dormem em Cristo despertarão para a glória. Gordon D. Fee destaca que a ressurreição e glorificação de Jesus tornam-se para nós “o modelo e a garantia de uma futura transformação espiritual e corporal” (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 435). Elienai Cabral amplia esta compreensão ao declarar que esta esperança não se limita à morte, mas invade todas as áreas da vida presente, sustentando a igreja com uma alegria viva e uma expectativa inabalável (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 148). Não se trata de uma fantasia religiosa, mas de uma promessa tão sólida e tão viva que conduz o crente para além das dificuldades temporais, enraizando-o no amor e no propósito eterno de Deus. Anthony D. Palma e Robert P. Menzies concordam ao mostrar que esta não é uma esperança superficial, mas uma certeza escatológica presente em toda a pregação apostólica (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1439; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 293). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que “a ressurreição não foi dada à igreja para simples consolo, mas para inflamar uma vida marcada pela fidelidade e pela ousadia missionária” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 119). Amos Yong conclui que esta promessa não apenas aponta para a glorificação futura, mas redefine todas as dimensões do presente: “Onde Cristo reina vivo, a morte não dita a última palavra” (Yong, Teologia e Esperança, p. 237). Não por acaso, Antônio Gilberto exorta que esta esperança não pode ser uma mera crença verbal, mas uma realidade tão viva e tão presente que conduz à adoração e à fidelidade incondicional ao Senhor Ressuscitado (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 176). Assim, aprendemos com o ilustre pastor Elienai Cabral, que não podemos permitir que as dificuldades e perdas do presente apaguem a luz desta promessa eterna. Não vivamos sob o peso do medo ou sob a angústia do amanhã. O Cristo Ressurreto não apenas venceu a morte, mas a tornou uma serva para nos levar à vida eterna e glorificada ao Seu lado. Não esperemos mais para viver sob esta poderosa esperança! Porque, assim como Cristo venceu o túmulo e ressurgiu em glória, todos que Nele creem receberão, no tempo certo, uma nova vida marcada pela vitória e pela presença do Senhor para sempre! Esta é a nossa bendita esperança!

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  • Keener, Craig S. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 512.
  • Fee, Gordon D. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 435.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 148.
  • Palma, Anthony D. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1439.
  • Menzies, Robert P. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 293.
  • Alencar, Gedeon Freire de & Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus, p. 119.
  • Yong, Amos. Teologia e Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 237.
  • Gilberto, Antônio. A Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 176.

 

 

 

SINOPSE III

A aparição de Jesus dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e renovou a esperança dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

SENHOR MEU, E DEUS MEU!

“Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. 2.25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e Deus meu! (28). ‘A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus’. Westcott afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).

 

CONCLUSÃO

Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de Jesus. O nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

Ao longo deste trimestre, fomos conduzidos por uma jornada espiritual para contemplar e assimilar a grandeza de Cristo. Não estamos lidando com uma simples figura religiosa, mas com Aquele que “era no princípio com Deus” e “era Deus” (Jo 1.1). Antônio Gilberto descreve esta realidade com exatidão: “Jesus não é apenas enviado por Deus, mas é Deus revelado, o Verbo eterno feito carne para tornar-se fonte de toda salvação e vida espiritual” (Gilberto, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 83). Elienai Cabral reforça esta compreensão ao declarar que Jesus não é uma criatura elevada à divindade, mas “a própria expressão exata do Pai, digno de toda adoração e reverência” (Cabral, A Mensagem de João, p. 127). O apóstolo não escreveu para informar curiosos, mas para transformar adoradores. Esta revelação não foi preservada para alimentar uma simples teologia conceitual, mas para incendiar uma vida prática e espiritual. O evangelista conclui seu texto com uma proposta clara e direta: “para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31). Não estamos, portanto, diante de uma narrativa antiga e distante, mas frente a uma decisão presente e pessoal. O Ressuscitado não deseja admiradores ocasionais, mas seguidores rendidos e apaixonados, cuja existência respire e exale esta vida que não passa e não morre. O Cristo eterno não morreu para deixar uma memória, mas para oferecer uma vida cheia de esperança e significado. Por isso, esta compreensão não deve permanecer isolada nas páginas do texto sagrado, mas transformar-se em uma nova maneira de viver, marcada pela realidade espiritual da ressurreição.

Se “fomos ressuscitados com Cristo” (Cl 3.1), somos convocados a:

            (1) Buscar as coisas do alto, não nos conformando com uma espiritualidade superficial e vazia, mas perseguindo uma vida elevada, ancorada nas promessas do Senhor.

            (2) Pensar nas coisas do alto, alinhando nossa mente e desejos à vontade de Cristo, para não sermos arrastados pelas forças efêmeras deste mundo.

            (3) Viver escondidos com Cristo em Deus, cultivando uma identidade espiritual tão profunda que as dificuldades e tentações não poderão roubar a paz e a alegria que só o Ressuscitado oferece.

Assim, não podemos concluir esta jornada como quem fecha um livro e passa para o próximo, mas como quem recebe uma semente viva para cultivá-la todos os dias.

Não permita que a grandeza do Cristo eterno e ressuscitado se apague no horizonte do seu coração. Faça dela o centro absoluto da sua vida, viva sob a luz do túmulo vazio e experimente a plenitude de quem foi chamado para viver para a glória Daquele que reina para sempre!

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  • Gilberto, Antônio. Comentário Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 83.
  • Cabral, Elienai. A Mensagem de João. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.

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Meu ministério aqui é um chamado do coração — compartilhar o ensino da Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em Cristo, possa crescer na fé e no conhecimento das Escrituras, sem barreiras, com subsídios preparados por um Especialista em Exegese Bíblica do Novo Testamento.

            Todo o material que ofereço é fruto de oração, estudo e dedicação, e está disponível gratuitamente para que a luz do Evangelho alcance ainda mais vidas sedentas pela verdade. Porém, para que essa missão continue firme, preciso da sua ajuda.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como os discípulos se sentiam por ocasião da morte de Jesus?

Os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.

2. Mencione pelo menos três momentos em que Jesus se manifestou aos seus discípulos.

As aparições de Jesus começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5).

3. Quais são as duas virtudes mencionadas pela lição sobre a aparição de Jesus?

Esperança e alegria.

4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé proferiu?

“Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).

5. Em que eventos da vida do Senhor Jesus fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um corpo glorificado?

Baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA

Chegamos ao final de mais um trimestre e rogamos a Deus que as ricas bênçãos continuem a se derramar sobre seu ministério. Neste trimestre, sua classe aprendeu lições preciosas acerca do Evangelho de João e, para finalizarmos, nesta última lição veremos que a esperança do crente é renovada a partir da ressurreição de Cristo. A fé e a esperança dos discípulos foram renovadas quando Jesus lhes apareceu estando todos reunidos com as portas fechadas (Jo 20.9).

Como sabemos pelas narrativas dos Evangelhos, os discípulos estavam arrasados em decorrência da morte prematura de Jesus. Por um momento, perderam a esperança na manifestação do reino messiânico, bem como na restauração de Israel enquanto nação. Mas não somente isso: perderam também a esperança nas promessas proferidas pelo próprio Mestre, de quem aprenderam preciosas lições e na companhia de quem testemunharam grandes maravilhas. Seria este o triste final da manifestação do Filho de Deus ao mundo? O relato de João nos mostra que a história teve um desfecho completamente diferente do que os discípulos imaginavam. O mesmo Cristo que havia sido ultrajado estava agora vivo diante deles (Jo 20.10-18).

Comentário Devocional da Bíblia (CPAD) afirma: “A primeira reação à descoberta de que o sepulcro de Jesus estava vazio foi de pânico. Alguém devia ter roubado o corpo! João, o ‘outro discípulo’, viu os panos em que Jesus fora envolvido sobre uma laje de pedra e supôs que o corpo de Jesus ainda estava lá. Pedro inclinou-se, entrou e descobriu que os lençóis de linho que envolviam o corpo de Cristo estavam vazios! Não havia nenhum corpo dentro! João entrou e viu os lençóis e os lenço que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. A prova era indiscutível. Os dois não entenderam, mas sabiam. Jesus ressuscitara dos mortos. Não existe nenhum acontecimento na história antiga que tenha sido mias documentado do que a morte e ressurreição de Jesus. A prova é indiscutível. As pessoas não têm de entender. Mas qualquer exame cuidadoso do testemunho obriga à crença de que Jesus realmente ressuscitou” (2012, p.709).

Ao testemunharem que Jesus havia ressuscitado, João e Pedro rapidamente foram ao encontro dos demais discípulos para confirmar as palavras de Maria Madalena: Jesus ressuscitou! (Jo 20.1-9). Não era mais só o testemunho dela; eles mesmos contemplaram que a ressurreição era real. Não é só o que lemos ou cremos, mas a experiência com o Espírito Santo nos testifica que nossa esperança no Cristo ressuscitado não é debalde (At 1.8). Ele renova a fé e fortalece por Sua graça até o fim.