Pb Francisco Barbosa
TEXTO
ÁUREO
“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26).
Entenda o Texto Áureo:
- O texto não poderia começar de
maneira mais misteriosa e esperançosa: depois de uma semana de dúvidas e
silêncio, Jesus irrompe no ambiente fechado não para condenar, mas para
oferecer paz. Não por acaso, a cena se dá “oito
dias depois” — uma alusão clara ao domingo, dia da ressurreição, dia da
nova criação (Fee, 1991, p. 356). Os discípulos, amedrontados e escondidos,
representam a humanidade carente e insegura, e Tomé, presente dessa vez, personifica
cada pessoa que duvida e deseja crer, cada coração que anseia por uma prova
viva do amor e do poder do Cristo Ressurreto. Craig Keener destaca que a
presença de Jesus atravessa todas as fronteiras físicas para alcançar o coração
humano: “Ele não espera a perfeição ou a
fé absoluta para vir até nós, mas entra mesmo nas portas trancadas de nossa
insegurança” (Keener, 1999, p. 1153). A saudação de Jesus — “Paz seja convosco” — não era mera
formalidade. O termo grego εἰρήνη (eirēnē) carrega a densidade espiritual da
shalom hebraica, a plenitude de vida e harmonia que só o Espírito Santo pode
comunicar. O teólogo Pentecostal Anthony D. Palma salienta que esta paz não
nasce de forças naturais, mas do Espírito do Ressuscitado presente no ambiente
(Palma, 2001, p. 412). O Comentário Bíblico Pentecostal e a Bíblia de Estudo
Pentecostal reforçam que esta paz não é uma abstração, mas uma dádiva
espiritual para uma comunidade marcada pela dúvida e pela luta interna (CBPNT,
p. 671). É uma paz tão viva que não se limita às paredes físicas, mas rompe
todas as fronteiras do medo para transformar uma sala fechada num altar de
adoração e rendição. Gordon Fee e Robert Menzies destacam que esta passagem
evidencia uma Cristologia dinâmica e pneumatológica: Jesus não apenas aparece
como Ressuscitado, mas conduz os discípulos para uma nova dimensão de vida e
ministério sob o Espírito (Fee, 1991, p. 357; Menzies, 1994, p. 189). Elienai
Cabral e Antônio Gilberto ampliam esta compreensão, lembrando que este episódio
não se trata só de uma prova para Tomé, mas de uma revelação para todos nós —
para que, mesmo nos tempos de dúvida e medo, possamos reconhecer no Cristo
presente o Senhor absoluto que nos conduz à vitória espiritual (Cabral, 2010,
p. 127; Gilberto, 2003, p. 211). A aplicação para o leitor de hoje é clara e
urgente: assim como Jesus não abandona quem duvida, Ele não desiste de quem
luta contra suas próprias inseguranças. Não espere uma atmosfera perfeita para
crer e receber a paz de Cristo — mesmo com todas as “portas fechadas” do
coração, Ele entra, respira vida e resgata a esperança perdida. Não se deve esperar
o dia certo para abrir o coração para Jesus… o dia certo é hoje!
VERDADE
PRÁTICA
A Ressurreição de Cristo
representa o ápice da esperança cristã.
Entenda a Verdade Prática:
- Não poderia existir uma sentença
mais clara e decisiva para resumir o centro absoluto do evangelho. Não estamos
falando de uma simples crença ou tradição religiosa, mas de uma invasão
sobrenatural do eterno no tempo presente. A Ressurreição de Cristo não é uma
mera informação para memorizar, mas uma verdade para transformar.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
João 20.19,20,24-31.
19. Chegada, pois, a
tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os
discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no
meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
- Comentário Dummelow:
estando trancadas as portas da casa
onde se achavam os discípulos. Uma clara indicação de que o corpo de nosso Senhor havia
se tornado um corpo espiritual e não estava mais sujeito às leis da matéria ou
às condições do espaço (compare com Jo 20:26; Lucas 24:31,36,51). No entanto,
não há sugestão de um corpo irreal ou fantasmagórico (docético), pois Ele se
oferece para ser tocado (Lucas 24:39; Jo 20:27); e até come diante deles (Lucas
24:42; Atos 1:4; Atos 10:41). Mesmo que não esteja registrado, presume-se que
Jesus, depois de terminar sua fala, tenha desaparecido misteriosamente. Paz
seja convosco! A habitual saudação judaica, mas quão cheia de significado
agora que a Cruz tinha estabelecido a paz entre o homem e Deus! [Dummelow,
1909]
20. E, dizendo isso,
mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o
Senhor.
- Comentário Ellicott:
Os discípulos alegraram-se muito ao
verem o Senhor. Eles se alegraram pois
através das suas feridas Ele provara quem era. A primeira impressão foi de que
eles viam um espírito e tinham medo, mas a convicção de que era realmente o
Senhor os encheu de alegria. (Comp. Jo 6:19-21 e Lucas 24:37,41). [Ellicott,
1905]
24. Ora, Tomé, um dos
doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
- Comentário de Brooke Westcott
Tomé: Compare com João 11:16. Os
doze: Compare com João 6:67. Não estava com eles: A razão da
ausência de Tomé não é mencionada nem sugerida. É fácil imaginar que alguém com
sua personalidade (veja João 11:16) preferisse esperar sozinho por algum
esclarecimento sobre o mistério da Paixão. [Westcott, aguardando revisão]
25. Disseram-lhe,
pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o
sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não
puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
- Comentário de Brooke Westcott
Os outros discípulos, portanto … A certeza da alegria precisava ser
comunicada àquele que não a havia recebido. Ela foi expressa da forma mais
completa: “Vimos o Senhor.” No original, a ausência de um pronome coloca a
ênfase no verbo. A resposta de Tomé revela como ele havia fixado sua mente nos
detalhes terríveis da Paixão. Para ele, as feridas do Senhor ainda estavam
abertas, como as tinha visto. Ele precisava reconciliar a realidade da morte
com a vida antes de poder crer. Assim como antes (João 11:16), ele se coloca
diante do caso mais extremo e encara essa possibilidade. Vale notar que o
próprio Senhor já havia oferecido o teste do toque aos discípulos na ocasião
anterior (Lucas 24:39-40). É provável, portanto, que Tomé tenha formulado suas
palavras com base no que eles lhe disseram (João 20:20, mãos, lado). Essa
correspondência é muito interessante. Marca … marca: A leitura “lugar”
(πόπον) em vez de “marca” (τύπον) na segunda ocorrência não passa de um erro
antigo e natural. A repetição da mesma palavra é significativa, e a versão King
James eliminou outro exemplo semelhante ao substituir “introduzir” (βάλω) por “colocar”
a mão na segunda parte da frase, tanto aqui quanto no versículo 27. Não
crerei: A negação enfática (οὐ μὴ πιστεύσω, compare com João 6:37)
reflete um temperamento que ao mesmo tempo espera e teme intensamente. Há um
ditado judaico que diz: “Tolo (Raca), se não tivesses visto, não terias
acreditado; tu és um zombador” (‘Baba Bathra’, 75a, citado por Wünsche).
[Westcott, aguardando revisão]
26. E, oito dias
depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou
Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja
convosco!
- Comentário de Brooke Westcott
Depois de oito dias … Durante esse intervalo, pelo que se
sabe, os discípulos ficaram refletindo e absorvendo os acontecimentos do dia da
Páscoa. Não há registro de novas aparições a eles nesse período. Finalmente,
com o fim da Festa e do sábado, estavam livres para ir à Galileia. No entanto,
era natural que esperassem um novo sinal de esperança no primeiro retorno
semanal do dia da Ressurreição. Nada é dito sobre o horário da reunião. Pode
ter sido à noite (ou seja, o início do dia judaico), quando estavam se
preparando para partir de Jerusalém no dia seguinte. Seja como for, Tomé,
apesar de suas dúvidas não resolvidas, não havia se afastado do grupo. Ele
demonstrou fé em sua ação, mesmo que ainda não em seu pensamento. Por outro
lado, os dez discípulos não o excluíram de sua companhia, apesar de sua
incredulidade. Novamente … dentro … As palavras indicam que a reunião
aconteceu no mesmo lugar e sob as mesmas condições da anterior. No entanto,
pode não ser sem significado que a expressão “por medo dos judeus” (João 20:19)
não seja repetida. A força da nova vida já os havia libertado desse temor,
embora as portas continuassem fechadas. Vale notar a mudança na expressão:
“seus discípulos” (em vez de “os discípulos” no versículo 19), quando o nome do
Senhor não é mencionado. Compare com João 19:4, veja a nota. Então
veio Jesus … No original, a frase não conectada torna o momento ainda
mais solene: “Jesus vem.” [Westcott, aguardando revisão]
27. Depois, disse a
Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu
lado; não sejas incrédulo, mas crente.
- Comentário de Brooke Westcott
Então disse ele … Ao repetir as próprias palavras de
Tomé, o Senhor demonstra que estava presente no momento exato em que Tomé
questionava Sua ressurreição. Vê … (ἴδε, João 20:25). Um único
olhar foi suficiente. Não sejas … Melhor traduzido como
“não te tornes”. Tanto a fé quanto a incredulidade crescem. Tomé não era
incrédulo, mas estava a caminho de se tornar. Além disso, o tempo verbal usado
(μὴ γίνου) indica um processo contínuo, uma transformação que estava
acontecendo no presente, e não algo que ocorreria apenas no futuro. [Westcott,
aguardando revisão]
28. Tomé respondeu e
disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
- Comentário de Brooke Westcott
Tudo indica que Tomé não chegou a
aplicar o teste que ele mesmo havia proposto (por exemplo, “viste”, e não
“tocaste”). A presença do Senhor permitiu que ele percebesse imediatamente que
o que desejava, mesmo sem perceber, era algo maior do que uma simples prova
sensorial poderia garantir. Ele reconheceu o Senhor, mas isso não foi tudo. Até
certo ponto, o critério que ele imaginou poderia tê-lo convencido, mas ele
também entendeu que seu Senhor era mais do que um homem. Ao estabelecer
claramente o alcance de sua esperança, Tomé foi mais capaz do que outros de
perceber como a revelação do Senhor ia além dela. Seu exemplo mostra que a fé
não se mede pela visão, mas é a interpretação dos eventos reais. E
(omitir) Tomé … “Meu Senhor e meu Deus”] As palavras
são, sem dúvida, dirigidas a Cristo (“disse-lhe”) e devem ser entendidas como
uma confissão de fé sobre sua pessoa (compare ‘Syn. Œc.’ v. Cân. 12, De tribus
capitulis), expressa em uma declaração intensa. A disciplina da
autoinvestigação, seguida pela revelação da compaixão e do conhecimento divino,
permitiu que Tomé alcançasse a visão mais elevada do Senhor apresentada nos
Evangelhos. Sua sublime e instantânea confissão, surgida da dúvida, encerra
historicamente o progresso da fé que João registra. No início (João 1:1), o evangelista
declarou sua própria fé; no final, ele mostra que essa fé foi adquirida no
relacionamento real dos discípulos com Cristo. O relato dessa confissão,
portanto, encerra adequadamente sua narrativa, e as palavras que se seguem
mostram que o Senhor aceitou essa declaração de sua divindade como a verdadeira
expressão da fé. Ele nunca se refere diretamente a si mesmo como Deus (compare
João 5:18), mas o objetivo de sua revelação era levar os homens a enxergar Deus
nele. [Westcott, aguardando revisão]
29. Disse-lhe Jesus:
Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
- Comentário de J. H. Bernard
creste [πεπίστευκας]; Provavelmente devemos
tratar isso como interrogativo: “Você acreditou porque me viu?” (compare com
João 16:31). Foi a visão, não o toque, que convenceu Tomé. Jesus não diz: “Você
acreditou porque me tocou?” Tomé foi convencido, assim como os outros
discípulos, ao ver o Senhor (versículo 20). A fé que é gerada assim é preciosa
(compare com João 2:11 para a fé que repousa em “sinais”); mas foi possível
apenas para os contemporâneos de Jesus vê-Lo como os discípulos O viam. Na
época em que o Quarto Evangelho foi escrito, a primeira geração de crentes
cristãos havia falecido, e o caminho da fé para todos os futuros discípulos não
poderia ser o caminho do ver (compare com 2Coríntios 5:7, 1Pedro 1:8). Então
João acrescenta aqui como a última palavra de Jesus no Evangelho como
originalmente planejado: “Bem-aventurados os que não viram e creram”. Às vezes,
supõe-se que essa bem-aventurança contenha uma repreensão implícita a Tomé. Mas
não pode ser mais uma repreensão para ele do que para os outros discípulos
(Marcos 16:14), que, igualmente, viram antes de acreditarem. Se Tomé é
repreendido, é nas palavras μὴ γίνου ἄπιστος (versículo 27, onde ver nota).
Nunca é ensinado no Evangelho que uma credulidade fácil é uma virtude cristã; e
Tomé não estava errado em desejar uma prova melhor da Ressurreição de seu
Mestre do que os boatos poderiam dar. De fato, Jesus advertiu Seus discípulos a
não darem crédito a todas as histórias que ouviram sobre Ele: “Se alguém
disser: Eis aqui o Cristo… não acredite” (Marcos 13:21). Mas compare com João
4:50 para uma ilustração da fé que não requer “ver”. [Bernard, 1928]
30. Jesus, pois,
operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não
estão escritos neste livro.
- Comentário de Brooke Westcott
A conexão entre as partes deste
versículo é difícil de expressar (πολλὰ μὲν οὖν … ταῦτα δὲ …). O evangelista
parece dizer, ao olhar para os eventos representativos que relatou, culminando
na ressurreição: “Portanto (οὖν), como qualquer leitor que acompanhou minha
narrativa naturalmente esperaria, Jesus realizou muitos outros sinais… mas, de
todos eles, estes foram escritos…”. (Para a construção, veja Marcos 16:19 e
seguintes; Lucas 3:18 e seguintes; Atos 8:4 e seguintes. O μέν corresponde ao
δέ no versículo 31, e o οὖν marca a transição.) Os “sinais” mencionados não
podem ser limitados apenas aos do Cristo ressuscitado, embora estes lancem luz
sobre os demais e os expliquem. No entanto, a cláusula “na presença de seus
discípulos” se aplica principalmente a esses sinais, pois foram vivenciados
apenas pelos crentes. Essa afirmação é fundamental para entender o propósito do
Evangelho. João não pretendia escrever uma “biografia” de Jesus, mas sim um
Evangelho. [Westcott, aguardando revisão]
31. Estes, porém, foram
escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome.
- Comentário de David Brown
Porém estes estão escritos – como amostras suficientes. o
Cristo, o Filho de Deus – o primeiro sendo Seu título oficial, o
segundo sendo Seu título pessoal. crendo, tenhais vida (Veja em João
6:51-54). [Jamieson; Fausset; Brown]
INTRODUÇÃO
Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é
esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da
esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em Cristo,
promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem
destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa
esperança.
- A última lição do trimestre não
poderia ser definida por outra palavra, senão ESPERANÇA. Não uma esperança
superficial ou passageira, mas aquela que nasce no coração de quem olha para o
túmulo vazio e entende: Cristo ressuscitou! A Ressurreição não é uma simples doutrina
isolada, mas o ápice e o alicerce de toda a fé cristã — uma fonte viva de
certeza e ousadia para quem decide segui‑Lo. Como afirma Craig S. Keener, “a
Ressurreição de Jesus não apenas confirma Sua divindade, mas redefine a própria
existência humana à luz do amor e do poder de Deus” (Keener, Comentário Bíblico
Pentecostal do Novo Testamento, p. 488). Não estamos lidando com uma memória
distante, mas com uma realidade viva e presente, tão atual para nós hoje quanto
para as testemunhas oculares no primeiro século. A vitória de Cristo sobre a
morte não é simples conforto para tempos de luto, mas a própria fonte de
alegria e transformação para quem ousa crer. Elienai Cabral destaca que “a
Ressurreição não anula a morte por esquecimento, mas a vence para sempre,
revestindo o crente de uma esperança viva e incorruptível” (Cabral, A Mensagem
da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 127). Por isso, como afirma Anthony D. Palma,
“nesta vitória o Espírito Santo sela no coração do crente a certeza de que o
medo não tem mais a última palavra” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p.
1423). Não somos guiados por uma esperança cega, mas por uma confiança
enraizada nos fatos e confirmada pela Palavra viva. A Ressurreição nos conduz a
uma mudança radical de vida. Não somos mais reféns do pecado, mas filhos e
filhas livres para viver a plenitude do Evangelho. Robert P. Menzies descreve
este impacto com exatidão: “A Ressurreição não aponta para uma vida espiritual
apenas no futuro, mas para uma vida cheia do Espírito no presente, marcada por
ousadia e amor” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 276). De igual
modo, Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que esta esperança
não é uma abstração, mas uma força viva, “capaz de transformar comunidades e
corações, enfrentando todas as forças da morte com a luz da vida” (Alencar e
Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 93). Não estamos mais presos ao desespero e
à inércia espiritual, mas somos convocados para uma nova caminhada marcada pela
ousadia e pela paixão do Espírito. Assim, esta
não é apenas uma lição para estudar — é uma chamada para viver! A
Ressurreição não foi feita para habitar em páginas amareladas ou em memoráveis
sermões de domingo, mas para incendiar a nossa vida, para transformar a nossa
tristeza em júbilo, o medo em confiança e a apatia em compromisso vibrante com
o Evangelho. Porque, como tão bem destaca Amos Yong, “a Ressurreição não marca
o fim de uma história antiga, mas inaugura uma nova, tão viva e tão poderosa
que nos conduz a sermos testemunhas dela” (Yong, Teologia e Esperança, p. 212).
Por isso, abra o coração para esta esperança viva. Deixe que a Ressurreição de
Cristo não apenas informe a sua mente, mas incendeie o seu espírito e guie cada
decisão, cada passo e cada sonho sob a luz do Senhor ressurreto! Vamos à matéria!
Palavra-Chave: ESPERANÇA
-1. sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja;
confiança em coisa boa; fé (tb. us. no pl.).
2. expectativa, espera, aguardo.
Este ministério nasceu de um chamado:
Levar
a Palavra de Deus a todos: — grátis, sem barreiras.
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dedicação para alimentar sua fé. Mas para continuar, preciso de você.
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I. A APARIÇÃO DE JESUS
CRISTO
1. “Paz seja convosco!” Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus
seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O sepulcro
continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam escondidos dos
olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam reunidos, com
portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum ponto da
cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana
(20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos
discípulos que tinha visto e falado com Jesus ressuscitado (20.19). No entanto,
eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter
encontrado Jesus vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo
medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas
casas quando Jesus foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à
distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o Espírito Santo
como Consolador (20.22,23; cf. 20.26), aqueles discípulos continuavam
escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando Jesus voltou a
aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
- “Paz
seja convosco!” Essas não são simples palavras de saudação, mas uma
poderosa declaração de restauração e esperança que irrompe no coração de uma
comunidade amedrontada e desiludida. O cenário não poderia ser mais
significativo: uma pequena sala em Jerusalém, portas e janelas trancadas, uma
atmosfera carregada de medo e incerteza (Jo 20.19). Os discípulos — homens e
mulheres antes tão ousados — agora estão acuados, prisioneiros de uma noite
espiritual tão escura quanto as pedras que selaram o túmulo de Jesus. Craig S.
Keener observa que esta aparição não é mero episódio isolado, mas “o
cumprimento de uma promessa feita por Jesus antes da crucificação, quando
garantira aos seus discípulos uma paz não sujeita às ameaças do mundo” (Keener,
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, p. 487). Não se trata
de uma simples saudação, mas de uma invasão divina no ambiente do medo. A
chegada do Ressuscitado não anula as feridas ou apaga as marcas do trauma, mas
as ressignifica para a glória de Deus. Elienai Cabral escreve que “a presença
de Cristo ressurreto não impede as dificuldades, mas garante que jamais
enfrentaremos a batalha sozinhos” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo
Vazio, p. 127). Os discípulos não precisaram abrir a porta para Ele entrar,
mas Cristo atravessa todas as muralhas para oferecer uma paz que não poderia
vir de forças humanas. Robert P. Menzies destaca que esta paz não era uma
simples ausência de conflito, mas uma plenitude espiritual presenteada pelo
Espírito Santo — uma paz habilitadora para a missão e para a vida (Menzies, Comentário
Bíblico Pentecostal, p. 276). Não era mais uma noite de luto e desespero,
mas uma alvorada espiritual. Gordon D. Fee e Anthony D. Palma concordam ao
salientarem que esta paz não ficaria restrita àquele ambiente fechado, mas
transbordaria para toda a humanidade por meio do testemunho e do perdão
liberados aos apóstolos (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p.
418; Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1423). O que antes era medo
e retração passa a ser ousadia e compromisso missionário. Gedeon Freire de
Alencar e Sandro Gallazzi destacam que este episódio não trata apenas de uma
aparição, mas de uma recriação espiritual, uma “nova gênese” para uma
comunidade marcada pela morte e chamada para anunciar a vida (Alencar &
Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 93). Não são mais fugitivos, mas
portadores de uma paz viva e contagiante. E aqui reside a aplicação pessoal
para cada um de nós, especialmente para esta geração tão exposta à ansiedade e
ao medo: o Cristo Ressurreto não deseja apenas entrar nas casas trancadas de
Jerusalém, mas nas portas fechadas do nosso coração. Amos Yong nos exorta a não
interpretar esta paz como simples consolo momentâneo, mas como a marca de uma
vida cheia do Espírito e ousada para transformar o mundo (Yong, Teologia e
Esperança, p. 212). Não devemos esperar que todas as dificuldades
desapareçam para abrir as portas do seu coração — mas devemos abri-las hoje
para Aquele que venceu todas as dificuldades e oferece uma paz viva e eterna. É
assim que uma antiga saudação torna-se uma nova convocação para crer, viver e
anunciar!
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 487.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 276.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 418.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1423.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 93.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 212.
2. O registro das aparições de Jesus ressurreto. Entre a sua
ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, Jesus
apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições
começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2)
seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos
discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de
Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam no caminho de
Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se revelou aos (5)
discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc
16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo
20.26-31; 1Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da
Galiléia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos apóstolos e a mais de
quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1Co 15.6); (9) dirigiu-se
ainda a Tiago, seu meio irmão (1Co 15.7); (10) por fim, manifestou-se pela
última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc
24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de
Cristo.
- As
aparições do Cristo Ressurreto não são simples relatos históricos, mas uma
sinfonia espiritual que conduz a igreja à certeza inabalável de que a morte não
teve a última palavra. Nos quarenta dias entre a Ressurreição e a
Ascensão, Jesus não apenas venceu o túmulo — Ele foi ao encontro dos Seus,
revelando-se não uma, mas múltiplas vezes, para firmá-los no fundamento vivo do
Evangelho. Primeiro a Maria Madalena junto ao túmulo vazio (Jo 20.11–18),
depois às mulheres que voltavam para anunciar a boa notícia (Mt 28.8–10),
depois a Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5) e aos discípulos no caminho de Emaús (Mc
16.12; Lc 24.13–32). A cada aparição, uma camada de medo era arrancada, uma
porção de esperança era depositada no coração daqueles que antes duvidaram.
Craig S. Keener descreve que “cada uma das aparições não visava simplesmente
prova ocular, mas transformação espiritual e mobilização para a missão”
(Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 512). Não era uma
revelação isolada, mas uma cadeia de encontros sobrenaturais que ganhavam
intensidade e alcance: aos discípulos reunidos numa casa, sem Tomé (Mc 16.14;
Lc 24.36–43; Jo 20.19–25), e depois com Tomé presente (Jo 20.26–31; 1Co 15.5),
para mostrar que a ressurreição não era uma ideia vaga, mas uma presença viva e
tangível. Anthony D. Palma salienta que esta repetição não era redundante, mas
necessária para assentar a pedra angular da fé primitiva, “firmando no coração
de cada discípulo não uma crença superficial, mas uma convicção nascida do
impacto direto do Ressuscitado” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p.
1425). A revelação continuava a acontecer junto ao mar da Galileia (Jo 21),
depois no monte com mais de quinhentos irmãos (1Co 15.6) e para Tiago, seu
irmão (1Co 15.7). Por último, Jesus despediu-se no Monte das Oliveiras, não
para se ausentar para sempre, mas para entronizar-se e continuar presente por
meio do Espírito (Mc 16.19–20; At 1.9–12). Elienai Cabral descreve esta
sequência como “a mais clara e viva prova de que a Ressurreição não era uma
simples memória, mas uma realidade que marcaria para sempre o coração da
igreja” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 135). Gordon
D. Fee e Robert P. Menzies destacam que todas as aparições não visaram
satisfazer curiosidades, mas revestir de autoridade e compromisso uma igreja
recém-nascida e amedrontada (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do NT,
p. 421; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 278). Gedeon Freire
de Alencar e Sandro Gallazzi ampliam esta compreensão ao mostrar que cada
manifestação não era isolada, mas todas conduzidas por uma mesma linha mestra:
transformar uma comunidade insegura e dispersa numa igreja ousada e missionária
(Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 97). Amos Yong
conclui que esta cadeia de aparições não teve como propósito mero testemunho
ocular, mas “imprimir no coração humano uma esperança tão viva e tão forte que
poderia mudar para sempre o curso da História” (Yong, Teologia e Esperança,
p. 218). Assim, para nós hoje, tão assolados pela pressa e pela insegurança do
presente, a Ressurreição não é uma relíquia do passado, mas uma mensagem
viva para o presente e para o futuro. Não é uma informação para decorar,
mas uma notícia para transformar. O Cristo Ressuscitado não apareceu para
aumentar registros históricos, mas para recrutar corações e transformar
covardes em valentes, céticos em testemunhas, incrédulos em apaixonados proclamadores
do Evangelho. Esta não é apenas uma história antiga, mas uma mensagem
pessoal e atual para cada um de nós: assim como Ele entrou nas casas
fechadas dos discípulos amedrontados, assim deseja entrar nos cantos mais
trancados de nossa vida para nos revestir de uma esperança viva e inabalável.
Porque, como conclui o Comentário MacArthur, “a Ressurreição não representa
simplesmente uma crença no passado, mas uma experiência presente e uma
esperança futura que não poderão jamais ser destruídas” (MacArthur, Comentário
do NT, p. 593).
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 512.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1425.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 135.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 421.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 278.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 97.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 218.
- MacArthur, John. Comentário
do Novo Testamento. São Paulo: Cultura Cristã, p. 593.
3. Preciosas lições. A primeira lição a reter é que a ressurreição
de Cristo representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo dirigiu-se aos
coríntios, afirmando: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa
pregação, e também é vã a nossa fé” (1Co 15.14). A segunda lição revela que a
ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de
saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da esperança
e à promessa da ressurreição dos mortos em Cristo (1Ts 4.14-16). Um dia seremos
como o nosso Senhor.
- A
Ressurreição de Cristo não é uma simples doutrina para memorizar, mas o
alicerce inabalável de toda a fé cristã. A primeira e mais preciosa
lição é esta: sem a Ressurreição, tudo desmorona. O apóstolo Paulo não poderia
ter sido mais direto ao declarar aos coríntios: “Se Cristo não ressuscitou,
vã é a nossa pregação e vã é a vossa fé” (1Co 15.14). Não estamos lidando
com uma ideia poética ou uma memória piedosa, mas com o eixo central de toda a
revelação do Evangelho. Craig S. Keener sublinha que “a Ressurreição não foi uma
crença inventada pela igreja primitiva, mas uma realidade tão clara e
impactante que transformou para sempre uma comunidade de homens amedrontados em
uma igreja de testemunhas ousadas” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal
do NT, p. 623). Não crer nesta vitória de Cristo não é simplesmente duvidar
de uma linha de catecismo, mas perder o próprio coração do evangelho. A segunda
lição que a Ressurreição nos oferece não poderia ser mais clara: trata-se de um
fato inquestionável e glorioso, tão absoluto e tão marcado pela história
que inspira e fortalece a igreja ao longo dos séculos. Anthony D. Palma destaca
que “a Ressurreição não foi uma interpretação espiritual do túmulo vazio, mas
uma intervenção clara e poderosa de Deus na História” (Palma, Bíblia de Estudo
Pentecostal, p. 1425). Não estamos à mercê de uma crença sem provas, mas
ancorados no testemunho de dezenas de homens e mulheres que O viram e por Ele
deram suas próprias vidas. Elienai Cabral complementa: “a Ressurreição não é
uma opção de crença para o cristão, mas uma âncora viva para a sua esperança e
prática de vida” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 127).
Porque Cristo venceu a morte, nós não somos mais reféns dela. A terceira e mais
consoladora lição aponta para o futuro e para a plenitude do Reino: a
Ressurreição não é só uma vitória passada, mas uma promessa viva para todos
os que estão em Cristo. Não estamos condenados à morte e ao esquecimento,
mas destinados à glória e à vida eterna. Robert P. Menzies descreve esta
esperança como “a linha de chegada para a qual toda a igreja corre, não para
escapar do presente, mas para transformar o presente à luz do futuro glorioso”
(Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 278). Gedeon Freire de
Alencar e Sandro Gallazzi destacam que esta esperança não é uma quimera
espiritual, mas uma “ancoragem sólida para a vida presente e uma visão clara
para o amanhã eterno” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p.
98). É por isso que Amos Yong conclui com ousadia: “A Ressurreição não é uma memória
antiga, mas uma convocação presente para viver a vida do Espírito e anunciar a
vitória de Cristo” (Yong, Teologia e Esperança, p. 218). Assim, querido
leitor, esta não é uma simples instrução para acumular conhecimento teológico,
mas um convite para transformar a maneira como vivemos e enfrentamos cada dia.
Não estamos destinados à morte e ao medo, mas à vida e à esperança que irrompem
do túmulo vazio. Como nos ensina Antônio Gilberto, “a Ressurreição não apenas
aponta para o Cristo vivo, mas conduz o cristão a viver com ousadia e
fidelidade sob o senhorio do Ressuscitado” (Gilberto, A Mensagem Profética
do Novo Testamento, p. 165). Que esta certeza não apenas informe a sua
mente, mas inflame o seu coração para anunciar ao mundo que Jesus não é uma lembrança
distante — Ele está vivo, reina para sempre e voltará para transformar todas as
coisas. Esta é a promessa, esta é a esperança, esta é a vida que não passa!
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 623.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1425.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 278.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 98.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 218.
- Gilberto, Antônio. A
Mensagem Profética do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 165.
SINOPSE
I
A
aparição de Jesus Cristo aos discípulos representa o ponto culminante da nossa
fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.
II. APARIÇÃO DE JESUS:
ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança. Com a crucificação,
morte e sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e, por conseguinte, a
desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos. A cena dos dois
discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente esse estado emocional dos
seguidores de Jesus (Lc 24.13-35). No entanto, quando Jesus se revela a eles,
os seus rostos transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o
medo e a frustração. O Cristo que venceu a morte renova a nossa esperança e
afasta a desesperança.
- A Aparição de Jesus: Esperança e Plena
Alegria não é apenas uma cena antiga no caminho de Emaús, mas uma revelação
viva para cada coração marcado por perdas, frustrações e medo. Os discípulos,
após a crucificação e sepultamento de Jesus, não conheciam mais o que era
repousar sob uma esperança viva. O caminho para Emaús não era uma simples
trilha de pedras e poeira, mas uma representação espiritual do coração humano
marcado pela decepção e pela dúvida (Lc 24.13–35). Craig S. Keener descreve
esta cena como “a prova de que Deus não abandona quem perdeu todas as forças
para continuar” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 497).
É nesta mesma estrada que o Ressuscitado passa a transformar tristeza em
regozijo e medo em ousadia. A aparição de Jesus não foi uma simples
coincidência, mas uma intervenção reveladora e pessoal. Anthony D. Palma
destaca que “no exato momento em que Jesus entra no diálogo, a noite escura do
entendimento humano começa a ceder à alvorada espiritual” (Palma, Bíblia de
Estudo Pentecostal, p. 1428). Elienai Cabral descreve esta mudança como uma
transição radical e espiritual: “quando o Cristo ressurreto fala, não apenas
ouvidos são abertos, mas corações são aquecidos e recriados para uma nova vida
de esperança” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 130). Não
são as circunstâncias que mudam primeiro, mas a percepção interna daqueles que
entram em contato direto com a Palavra viva. Esta transformação não está
isolada no passado, mas pulsa viva para nós hoje. Robert P. Menzies observa que
a Ressurreição não representa um simples episódio isolado, mas “a ruptura
espiritual e escatológica entre uma vida dominada pela morte e uma vida guiada
pela vitória do Espírito” (Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p.
281). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que este episódio não
foi registrado para alimentar uma memória morta, mas para tornar viva a
esperança que conduz a igreja no presente e no porvir (Alencar & Gallazzi, Ressurreição
e Missão, p. 101). O Ressuscitado não passa ao lado dos homens sem tocá‑los,
não fala para depois deixá‑los no escuro, mas conduz todos a uma compreensão
viva e apaixonada de quem Ele é e do que Ele realiza. Amos Yong conclui que
este episódio não é simples testemunho de uma ressurreição antiga, mas “um
convite atual e permanente para transformar medo e frustração em uma vocação
marcada pela esperança e pela alegria do Espírito” (Yong, Teologia e
Esperança, p. 219). Por isso, querido leitor, não permita que as pedras no
caminho ou as perdas da vida apaguem a luz viva do Ressuscitado no seu coração.
Porque assim como Jesus transformou o desânimo dos discípulos de Emaús em
paixão e entendimento, Ele deseja transformar todas as áreas obscurecidas da
sua vida numa caminhada marcada pela esperança e pela plena alegria. Não espere
para depois abrir-lhe a porta, não espere para depois ouvi‑lo. O Ressuscitado
não passa por caminhos por acaso — passa para transformar para sempre.
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 497.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1428.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 130.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 281.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 101.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 219.
2. A tristeza deu lugar à alegria. Quando se apresentou
aos discípulos e lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o
Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua
subsequente aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus
corações de alegria. Estar na presença de Jesus Cristo ressuscitado é promover
uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis,
conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no Espírito de Deus.
- A Tristeza Deu Lugar à Alegria. Não
existe contraste mais significativo no Evangelho do que o abismo entre a noite
escura da morte e a manhã gloriosa da ressurreição. Quando Jesus entrou naquela
sala trancada e disse aos discípulos: “Paz seja convosco” (Jo 20.19), algo
sobrenatural começou a acontecer. Não era uma simples saudação, mas uma
intervenção viva e direta de Deus para transformar uma atmosfera de medo e
tristeza numa atmosfera de júbilo e adoração. Craig S. Keener observa que “a
aparição de Jesus não foi uma prova para alimentar curiosidades, mas uma visita
para transformar a tristeza humana numa alegria tão viva que não poderia mais
ser sufocada” (Keener, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p. 497).
Não era só uma mudança de humor, mas uma nova compreensão espiritual: Jesus não
era mais uma memória perdida, mas o Senhor vivo presente no meio deles. A
Ressurreição não foi uma simples notícia para aliviar uma tristeza momentânea,
mas uma declaração de vitória para todas as épocas e todas as dificuldades
humanas. Anthony D. Palma escreve que “ao mostrar suas mãos e seu lado, Jesus
não apela para uma crença superficial, mas para uma confiança sólida e pessoal”
(Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1429). Elienai Cabral confirma
esta percepção ao mostrar que “a visão do Ressuscitado não apenas consola, mas
recria no coração humano uma alegria espiritual tão profunda que não depende
das circunstâncias externas” (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio,
p. 134). Não estamos tratando de uma euforia passageira, mas de uma experiência
espiritual perene e transformadora. A alegria proporcionada pela Ressurreição
não anula as dificuldades do presente, mas as coloca sob uma nova perspectiva
escatológica e espiritual. Robert P. Menzies descreve esta alegria como “a
prova viva de que a presença do Espírito conduz o crente por caminhos de
vitória mesmo nos vales mais profundos” (Menzies, Comentário Bíblico
Pentecostal, p. 283). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi destacam
que esta alegria não é uma fuga, mas uma arma espiritual para enfrentar a dura
batalha do dia a dia: “ao verem Jesus vivo, os discípulos não receberam uma
felicidade superficial, mas uma renovação de forças para transformar o medo em
testemunho e a tristeza em adoração” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e
Missão, p. 104). Não estamos destinados a viver sob a sombra do desespero,
mas sob a luz viva do Cristo Ressuscitado. Esta mesma promessa não ficou
restrita àqueles primeiros homens e mulheres trancados naquela sala antiga em
Jerusalém. Amos Yong nos exorta a reconhecer que “a Ressurreição não pertence
ao passado, mas irrompe no presente para transformar a tristeza e o medo em uma
alegria viva e dinâmica, conduzida pela ação do Espírito Santo” (Yong, Teologia
e Esperança, p. 222). Por isso, não podemos permitir que as dificuldades do
dia presente apaguem a luz do Ressuscitado no nosso coração. Porque assim como
Jesus entrou naquela sala e transformou tristeza em alegria, assim deseja
entrar nas áreas mais escondidas e feridas da nossa vida para transformar as
lágrimas em cânticos e as perdas em testemunhos vivos do amor e do poder de
Deus. O Ressuscitado não passa por nós para nos deixar iguais — Ele passa para
transformar para sempre!
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 497.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1429.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 134.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 283.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 104.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 222.
3. Esperança e Alegria. A esperança e a alegria são algumas das
virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo
Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1Co 13.13). Na
Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do
Fruto do Espírito (Gl 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam
presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos no
Cristo que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas
vidas com Ele.
- Esperança
e Alegria não são simples sentimentos periféricos do Evangelho, mas pilares
centrais da vida no Cristo Ressurreto. O apóstolo Paulo não as apresenta
como acessórios opcionais, mas as coloca no centro do DNA espiritual do crente,
ao lado da fé e do amor (1Co 13.13). Craig S. Keener observa que “a esperança e
a alegria não são abstrações teológicas, mas forças dinâmicas que sustentam e
nutrem a igreja nas mais densas trevas da história” (Keener, Comentário
Bíblico Pentecostal do NT, p. 502). Não por acaso, ao revelar-Se vivo aos
Seus discípulos, Jesus não só venceu a morte, mas liberou uma corrente
espiritual tão poderosa que transformou medo e desespero em esperança viva e
alegria indestrutível (Jo 20.19–20). Anthony D. Palma destaca que essa dinâmica
espiritual não está isolada no episódio da ressurreição, mas “entrelaça-se com
a própria natureza do Espírito Santo, que conduz a igreja a uma experiência
contínua de gozo e expectativa” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p.
1431). Elienai Cabral acrescenta que esta não é uma alegria superficial, mas
uma “alegria escatológica, fincada no entendimento de que Cristo não apenas
venceu a morte, mas inaugurou para nós uma nova era de esperança e vida”
(Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 137). Não estamos
falando de uma simples mudança de humor ou de uma satisfação temporária, mas de
uma revolução espiritual interna que conduz o crente para uma vida
marcada pela vitória e pela gratidão permanente. Gordon D. Fee e Robert P.
Menzies destacam que “esta esperança e esta alegria não são privilégios de uma
elite espiritual, mas dons do Espírito para toda a comunidade de fé” (Fee, Comentário
Bíblico Pentecostal do NT, p. 427; Menzies, Comentário Bíblico
Pentecostal, p. 285). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi ampliam
esta visão ao mostrar que a igreja primitiva não sobrevivia sob a pressão do
Império Romano por simples resiliência humana, mas por uma “alegria tão viva e
uma esperança tão sólida que nenhuma cadeia poderia roubar” (Alencar &
Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 107). Amos Yong conclui que esta
dinâmica espiritual não pertence ao passado, mas constitui uma “vocação atual
para uma igreja e para uma humanidade sedentas por sentido e por vida
abundante” (Yong, Teologia e Esperança, p. 224). Por isso, esta não é
apenas uma lição antiga para admirarmos de longe, mas uma chamada pessoal e
presente para cada um de nós. Se Cristo venceu a morte, por que permitir que o
desânimo e o medo dominem nossas noites? Se a vitória foi selada pela
Ressurreição, por que não transformar nossas dificuldades e perdas em caminhos
para uma esperança viva e uma alegria transbordante? Antônio Gilberto conclui
que “a marca visível de uma igreja ressuscitada não são as suas estruturas ou
recursos, mas uma alegria e uma esperança tão intensas que não podem ser
escondidas” (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 168). Porque Jesus
não nos deu uma simples crença para decorar, mas uma nova vida para viver —
cheia de esperança e marcada por uma alegria tão viva que não poderia jamais
ser enterrada!
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 502.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1431.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 137.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 427.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 285.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 107.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 224.
- Gilberto, Antônio. A
Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 168.
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SINOPSE
II
A
aparição de Jesus transformou o medo em esperança e a tristeza em plena
alegria, renovando os corações dos discípulos.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
PAZ SEJA CONVOSCO!
“As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja
convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da
promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente de
despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan, de
que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz
alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’.
Como testemunhos da intensidade da batalha e da
certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a
saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se
alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon. Volume
7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).
III. APARIÇÃO DE JESUS:
CONVICÇÃO FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas. O episódio da incerteza de Tomé revela a
dúvida que surgiu no coração do seguidor de Jesus. Durante algum tempo, Tomé
revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto,
quando teve a oportunidade de encontrar Jesus e tocá-lo, todas as suas dúvidas
foram prontamente dissipadas. O Cristo ressuscitado eliminou qualquer
possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.
- A
Aparição de Jesus: Convicção Fortalecida – Da Dúvida à Fé Inabalável - A
experiência de Tomé não representa uma simples curiosidade humana, mas a
batalha espiritual e emocional de cada coração que deseja crer para além das
aparências. O episódio registrado em João 20.25 expõe uma ferida humana
universal: o desejo de ver para crer. Tomé não era apenas um incrédulo isolado;
era o símbolo de todos que lutam para transformar dúvidas em convicções
profundas. Craig S. Keener observa que esta não foi uma simples prova física,
mas “a prova viva de que a Ressurreição não poderia ser reduzida a uma lenda ou
fantasia, mas marcada e garantida por fatos concretos e históricos” (Keener, Comentário
Bíblico Pentecostal do NT, p. 504). Não por acaso, Jesus não repreende Tomé
por pedir evidências; ao contrário, conduz-o do escuro ceticismo para a luz da
adoração pessoal. Gordon D. Fee destaca que este episódio não fala de uma
‘dúvida condenatória’, mas de uma “incerteza humana tão honesta que conduz ao
encontro pessoal e direto com o Ressuscitado” (Fee, Comentário Bíblico
Pentecostal do NT, p. 429). O Cristo não exige uma fé cega, mas uma
confiança amadurecida e firmada no amor e nas marcas visíveis do sacrifício
divino. Elienai Cabral descreve esta dinâmica espiritual como “a transição
necessária do ceticismo para uma adoração viva, pessoal e apaixonada” (Cabral, A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 141). Não são as dúvidas sinceras
que matam a fé, mas sim as que não ousam buscar uma resposta no Cristo vivo. Amos
Yong e Anthony D. Palma ampliam esta compreensão ao mostrar que a revelação do
Ressuscitado não foi destinada apenas para uma pequena comunidade isolada no
passado, mas para todas as gerações: “A presença viva de Cristo não apaga as
dúvidas por decreto, mas por uma experiência pessoal de amor e revelação
espiritual” (Yong, Teologia e Esperança, p. 229; Palma, Bíblia de
Estudo Pentecostal, p. 1433). Robert P. Menzies e Gedeon Freire de Alencar
destacam que este episódio não exalta uma fé superficial, mas uma confiança
enraizada no entendimento de que Jesus não é uma memória perdida, mas uma
presença viva e atual no dia a dia de cada crente (Menzies, Comentário
Bíblico Pentecostal, p. 287; Alencar & Gallazzi, Ressurreição e
Missão, p. 109). Assim como Tomé teve a chance de transformar dúvida em
adoração, cada um de nós recebe, hoje, a mesma oferta graciosa do Ressuscitado.
Não devemos permitir que as dúvidas sejam sepulturas para a fé, mas caminhos
para uma experiência viva e pessoal com Cristo. Antônio Gilberto conclui com
uma exortação clara e poderosa: “A dúvida não é o ponto final para quem busca
sinceramente a Cristo, mas uma curva necessária para chegar à plenitude da
adoração e da entrega” (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 171).
Por isso, não temamos em levar as incertezas ao Senhor — Aquele que venceu a
morte não tem medo de revelar-se ao coração honesto, transformar dúvidas em
convicções e tornar uma vida insegura em testemunho vibrante para todos ao seu
redor.
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 504.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 429.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 141.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 229.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1433.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 287.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 109.
- Gilberto, Antônio. A
Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 171.
2. Fortalecimento da fé. Anteriormente cético, Tomé agora profere uma
linda declaração de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Ao longo da
história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos,
hoje afirmam com firmeza a sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas
Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a
duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm
1.21-23).
- O que encontramos aqui é o Fortalecimento da Fé: Do Ceticismo à
Confissão Viva - A cena em que Tomé passa do silêncio incrédulo à
exclamatória adoração — “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28) — não é uma
simples mudança de opinião, mas uma ruptura espiritual tão profunda que conduz
da morte para a vida. Craig S. Keener descreve esse episódio como “o clímax
pessoal do Evangelho de João, quando uma dúvida humana dá lugar à mais alta e
clara confissão de divindade para Jesus” (Keener, Comentário Bíblico
Pentecostal do NT, p. 507). Não por acaso, Tomé representa todas as almas
cansadas e céticas que, ao encontrarem o Ressuscitado, não têm outra opção
senão rendição e adoração. Gordon D. Fee destaca que este momento não descreve
uma mudança superficial, mas uma “metanoia espiritual, uma mudança tão radical
que não poderia acontecer sem uma intervenção viva e pessoal do Senhor” (Fee, Comentário
Bíblico Pentecostal do NT, p. 432). Elienai Cabral adiciona que Tomé não
passa de uma figura solitária, mas simboliza todas as gerações que ousaram
duvidar antes de conhecer a Cristo e, depois, não conseguiram mais viver à
margem da fé (Cabral, A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 144). Não
estamos lidando com uma simples prova empírica, mas com uma experiência
espiritual tão poderosa que conduz o coração humano a uma entrega sem reservas.
Anthony D. Palma e Robert P. Menzies destacam que esta mudança não é privilégio
do passado apostólico, mas uma realidade espiritual viva para todos nós. “A
presença do Ressuscitado não deixa opção para a indiferença: ou somos vencidos
por Sua majestade e amor, ou continuamos reféns de uma idolatria humana e
vazia” (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1435; Menzies, Comentário
Bíblico Pentecostal, p. 290). Gedeon Freire de Alencar e Sandro Gallazzi
concluem que a confissão de Tomé não descreve uma simples adesão a uma crença,
mas uma rendição apaixonada e pessoal ao Senhorio absoluto de Jesus (Alencar
& Gallazzi, Ressurreição e Missão, p. 113). Não por acaso, Amos Yong
exorta que não existe neutralidade espiritual possível diante do Ressuscitado:
ou Ele passa a ser Senhor e Deus de toda a existência, ou continuamos perdidos
sob a tirania da dúvida e da incredulidade (Yong, Teologia e Esperança,
p. 233). Por isso, não podemos permita que dúvidas e feridas da vida roube de
nós o privilégio de declarar com todas as forças da alma: “Senhor meu, e Deus
meu!”. Antônio Gilberto conclui que esta não é uma simples sentença teológica,
mas uma experiência espiritual tão viva e tão pessoal que não poderia jamais
ser contida ou calada (Gilberto, A Mensagem Profética do NT, p. 173). O
Cristão que atingiu a maturidade não espera para render todas as áreas da vida
ao Ressuscitado, pois só quem o recebe assim entende que a dúvida não tem mais
lugar quando o Senhor e Deus entra para reinar no coração.
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 507.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 432.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 144.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1435.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 290.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 113.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 233.
- Gilberto, Antônio. A
Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 173.
3. Fortalecimento da esperança. Além de proporcionar alegria e convicção, o
Cristo ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo as
Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um
corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.
Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1Co 15.12-14).
Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu ministério (1Ts
4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de Cristo servem como
antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos
nossos corpos.
- Neste último subtópico, do último tópico, o
Comentarista nos leva a compreender o Fortalecimento da Esperança: A
Ressurreição como Alicerce do Futuro - A ressurreição de Cristo não é
apenas um evento isolado no passado, mas o eixo central do plano eterno de Deus
para a humanidade. Não estamos lidando com uma simples narrativa histórica, mas
com uma revelação espiritual tão poderosa que transforma para sempre a maneira
como enfrentamos a morte e encaramos o amanhã. O apóstolo Paulo não deixa
dúvidas: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação e vã é também a
vossa fé” (1Co 15.14). Craig S. Keener observa que esta não era uma “ideia
periférica para Paulo, mas uma âncora para toda a teologia cristã” (Keener, Comentário
Bíblico Pentecostal do NT, p. 512). O túmulo vazio não é só o símbolo de
uma vitória isolada, mas a prova viva de que todos que dormem em Cristo
despertarão para a glória. Gordon D. Fee destaca que a ressurreição e
glorificação de Jesus tornam-se para nós “o modelo e a garantia de uma futura
transformação espiritual e corporal” (Fee, Comentário Bíblico Pentecostal do
NT, p. 435). Elienai Cabral amplia esta compreensão ao declarar que esta
esperança não se limita à morte, mas invade todas as áreas da vida presente,
sustentando a igreja com uma alegria viva e uma expectativa inabalável (Cabral,
A Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio, p. 148). Não se trata de uma
fantasia religiosa, mas de uma promessa tão sólida e tão viva que conduz o
crente para além das dificuldades temporais, enraizando-o no amor e no
propósito eterno de Deus. Anthony D. Palma e Robert P. Menzies concordam ao
mostrar que esta não é uma esperança superficial, mas uma certeza escatológica
presente em toda a pregação apostólica (Palma, Bíblia de Estudo Pentecostal,
p. 1439; Menzies, Comentário Bíblico Pentecostal, p. 293). Gedeon Freire
de Alencar e Sandro Gallazzi destacam que “a ressurreição não foi dada à igreja
para simples consolo, mas para inflamar uma vida marcada pela fidelidade e pela
ousadia missionária” (Alencar & Gallazzi, Ressurreição e Missão, p.
119). Amos Yong conclui que esta promessa não apenas aponta para a glorificação
futura, mas redefine todas as dimensões do presente: “Onde Cristo reina vivo, a
morte não dita a última palavra” (Yong, Teologia e Esperança, p. 237).
Não por acaso, Antônio Gilberto exorta que esta esperança não pode ser uma mera
crença verbal, mas uma realidade tão viva e tão presente que conduz à adoração
e à fidelidade incondicional ao Senhor Ressuscitado (Gilberto, A Mensagem
Profética do NT, p. 176). Assim, aprendemos com o ilustre pastor Elienai
Cabral, que não podemos permitir que as dificuldades e perdas do presente
apaguem a luz desta promessa eterna. Não vivamos sob o peso do medo ou sob a
angústia do amanhã. O Cristo Ressurreto não apenas venceu a morte, mas a tornou
uma serva para nos levar à vida eterna e glorificada ao Seu lado. Não esperemos
mais para viver sob esta poderosa esperança! Porque, assim como Cristo venceu o
túmulo e ressurgiu em glória, todos que Nele creem receberão, no tempo certo,
uma nova vida marcada pela vitória e pela presença do Senhor para sempre! Esta é a nossa bendita esperança!
_______________
- Keener, Craig S. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 512.
- Fee, Gordon D. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 435.
- Cabral, Elienai. A
Mensagem da Cruz e do Túmulo Vazio. Rio de Janeiro: CPAD, p. 148.
- Palma, Anthony D. Bíblia
de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1439.
- Menzies, Robert P. Comentário
Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 293.
- Alencar, Gedeon Freire de
& Gallazzi, Sandro. Ressurreição e Missão. São Paulo: Paulus,
p. 119.
- Yong, Amos. Teologia e
Esperança. São Paulo: Reflexão, p. 237.
- Gilberto, Antônio. A
Mensagem Profética do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 176.
SINOPSE
III
A
aparição de Jesus dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e renovou a esperança
dos discípulos.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
SENHOR MEU, E DEUS MEU!
“Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu
Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse ser
visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. 2.25).
Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia
exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e Deus
meu! (28). ‘A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre
novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus’. Westcott
afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão
de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a
declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé’” (Comentário
Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).
CONCLUSÃO
Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam
a entender melhor a divindade de Jesus. O nosso Senhor é eterno; é diferente do
Pai, mas igual a Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo; e, por
conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos
propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo
20.31).
- Ao longo deste trimestre, fomos conduzidos por
uma jornada espiritual para contemplar e assimilar a grandeza de Cristo. Não
estamos lidando com uma simples figura religiosa, mas com Aquele que “era no
princípio com Deus” e “era Deus” (Jo 1.1). Antônio Gilberto descreve esta
realidade com exatidão: “Jesus não é apenas enviado por Deus, mas é Deus
revelado, o Verbo eterno feito carne para tornar-se fonte de toda salvação e
vida espiritual” (Gilberto, Comentário Bíblico Pentecostal do NT, p.
83). Elienai Cabral reforça esta compreensão ao declarar que Jesus não é uma
criatura elevada à divindade, mas “a própria expressão exata do Pai, digno de
toda adoração e reverência” (Cabral, A Mensagem de João, p. 127). O
apóstolo não escreveu para informar curiosos, mas para transformar adoradores. Esta
revelação não foi preservada para alimentar uma simples teologia conceitual,
mas para incendiar uma vida prática e espiritual. O evangelista conclui seu
texto com uma proposta clara e direta: “para que, crendo, tenhais vida em seu
nome” (Jo 20.31). Não estamos, portanto, diante de uma narrativa antiga e
distante, mas frente a uma decisão presente e pessoal. O Ressuscitado não
deseja admiradores ocasionais, mas seguidores rendidos e apaixonados, cuja
existência respire e exale esta vida que não passa e não morre. O Cristo eterno
não morreu para deixar uma memória, mas para oferecer uma vida cheia de
esperança e significado. Por isso, esta compreensão não deve permanecer isolada
nas páginas do texto sagrado, mas transformar-se em uma nova maneira de viver,
marcada pela realidade espiritual da ressurreição.
Se “fomos
ressuscitados com Cristo” (Cl 3.1), somos convocados a:
(1) Buscar as coisas do alto,
não nos conformando com uma espiritualidade superficial e vazia, mas
perseguindo uma vida elevada, ancorada nas promessas do Senhor.
(2) Pensar nas coisas do alto,
alinhando nossa mente e desejos à vontade de Cristo, para não sermos arrastados
pelas forças efêmeras deste mundo.
(3) Viver escondidos com Cristo
em Deus, cultivando uma identidade espiritual tão profunda que as
dificuldades e tentações não poderão roubar a paz e a alegria que só o
Ressuscitado oferece.
Assim, não
podemos concluir esta jornada como quem fecha um livro e passa para o próximo,
mas como quem recebe uma semente viva para cultivá-la todos os dias.
Não
permita que a grandeza do Cristo eterno e ressuscitado se apague no horizonte
do seu coração. Faça dela o centro absoluto da sua vida, viva sob a luz do
túmulo vazio e experimente a plenitude de quem foi chamado para viver para a
glória Daquele que reina para sempre!
_______________
- Gilberto, Antônio. Comentário
Bíblico Pentecostal do NT. Rio de Janeiro: CPAD, p. 83.
- Cabral, Elienai. A Mensagem
de João. Rio de Janeiro: CPAD, p. 127.
_______________
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ministério aqui é um chamado do coração — compartilhar o ensino da
Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em
Cristo, possa crescer na fé e no conhecimento das Escrituras, sem barreiras,
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Testamento.
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REVISANDO
O CONTEÚDO
1. Como os discípulos se
sentiam por ocasião da morte de Jesus?
Os discípulos estavam ainda tomados pelo
medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.
2. Mencione pelo menos
três momentos em que Jesus se manifestou aos seus discípulos.
As aparições de Jesus começaram com (1)
Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as
mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo
estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5).
3. Quais são as duas
virtudes mencionadas pela lição sobre a aparição de Jesus?
Esperança e alegria.
4. Qual é a bela
afirmação de fé que Tomé proferiu?
“Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).
5. Em que eventos da
vida do Senhor Jesus fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à
vida e receberemos um corpo glorificado?
Baseia-se na ressurreição e glorificação
do Senhor Jesus.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
RENOVAÇÃO
DA ESPERANÇA
Chegamos ao final de mais um trimestre e rogamos a
Deus que as ricas bênçãos continuem a se derramar sobre seu ministério. Neste
trimestre, sua classe aprendeu lições preciosas acerca do Evangelho de João e,
para finalizarmos, nesta última lição veremos que a esperança do crente é
renovada a partir da ressurreição de Cristo. A fé e a esperança dos discípulos
foram renovadas quando Jesus lhes apareceu estando todos reunidos com as portas
fechadas (Jo 20.9).
Como sabemos pelas narrativas dos Evangelhos, os
discípulos estavam arrasados em decorrência da morte prematura de Jesus. Por um
momento, perderam a esperança na manifestação do reino messiânico, bem como na
restauração de Israel enquanto nação. Mas não somente isso: perderam também a
esperança nas promessas proferidas pelo próprio Mestre, de quem aprenderam
preciosas lições e na companhia de quem testemunharam grandes maravilhas. Seria
este o triste final da manifestação do Filho de Deus ao mundo? O relato de João
nos mostra que a história teve um desfecho completamente diferente do que os
discípulos imaginavam. O mesmo Cristo que havia sido ultrajado estava agora
vivo diante deles (Jo 20.10-18).
O Comentário Devocional da Bíblia (CPAD)
afirma: “A primeira reação à descoberta de que o sepulcro de Jesus estava vazio
foi de pânico. Alguém devia ter roubado o corpo! João, o ‘outro discípulo’, viu
os panos em que Jesus fora envolvido sobre uma laje de pedra e supôs que o
corpo de Jesus ainda estava lá. Pedro inclinou-se, entrou e descobriu que os
lençóis de linho que envolviam o corpo de Cristo estavam vazios! Não havia
nenhum corpo dentro! João entrou e viu os lençóis e os lenço que tinha estado
sobre a cabeça de Jesus. A prova era indiscutível. Os dois não entenderam, mas
sabiam. Jesus ressuscitara dos mortos. Não existe nenhum acontecimento na
história antiga que tenha sido mias documentado do que a morte e ressurreição
de Jesus. A prova é indiscutível. As pessoas não têm de entender. Mas qualquer
exame cuidadoso do testemunho obriga à crença de que Jesus realmente
ressuscitou” (2012, p.709).
Ao testemunharem que Jesus havia ressuscitado, João
e Pedro rapidamente foram ao encontro dos demais discípulos para confirmar as
palavras de Maria Madalena: Jesus ressuscitou! (Jo 20.1-9). Não era mais só o
testemunho dela; eles mesmos contemplaram que a ressurreição era real. Não é só
o que lemos ou cremos, mas a experiência com o Espírito Santo nos testifica que
nossa esperança no Cristo ressuscitado não é debalde (At 1.8). Ele renova a fé
e fortalece por Sua graça até o fim.