Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3).
Entenda o Texto Áureo:
- conheçam…
– Esta vida eterna, portanto, não é mera existência consciente e interminável,
mas uma vida de conhecimento com Deus em Cristo (Jó 22:21). a ti,
o único Deus verdadeiro – o único Deus vivo e pessoal; em glorioso
contraste igualmente com o politeísmo pagão, o naturalismo filosófico e o
panteísmo místico. e a Jesus Cristo, a quem tens enviado – Este é o único lugar
onde nosso Senhor se dá este nome composto, depois tão presente na pregação e
escrita apostólica. Aqui os termos são usados em seu significado estrito –
“JESUS”, porque Ele “salva o seu povo dos seus pecados”; “Cristo”, como ungido
com a plenitude incomensurável do Espírito Santo para o exercício de Seus
ofícios salvíficos (ver em Mateus 1:16); “QUEM FOI ENVIADO”, na plenitude da
Autoridade e Poder Divino, para salvar. “A própria justaposição aqui de Jesus
Cristo com o Pai é uma prova, por implicação, da Divindade do nosso Senhor. O
conhecimento de Deus e de uma criatura não poderia ser a vida eterna, e tal
associação de um com o outro seria inconcebível” (Alford). [Jamieson; Fausset;
Brown].
VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus
discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.
Entenda a Verdade Prática:
- Este versículo
está na oração sacerdotal de Jesus, momentos antes de sua prisão. É o clímax da
missão terrena de Cristo, onde Ele ora por si, pelos discípulos e pelos que
ainda crerão. João 17:3 define o que Jesus entende como "vida
eterna".
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-3,11-17.
1. Jesus
falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
- chegada é a hora – ou seja, ma Minha glorificação pela morte. glorifica
a teu Filho. Cristo pede ao Pai que O glorifique aceitando o sacrifício
de Sua morte, e ressuscitando-O dentre os mortos. Quando isso for feito, o
Filho glorificará o Pai convertendo o mundo. [Dummelow, 1909]
2. assim
como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos
quantos lhe deste.
- poder sobre toda carne. Compare com João 3:35: “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas
lhe deu em sua mão”; Mateus 11:27: “Todas as coisas me foram entregues pelo meu
Pai”; Mateus 28:18: “Todo o poder me é dado no céu e na terra”. para
que a todos quantos lhe deste, lhes dê a vida eterna. A fraseologia
aqui é muito especial: “Para que tudo o que Tu lhe deste, Ele lhes dê a vida
eterna”. Sobre a importância dessa linguagem e de todo o sentimento expresso
por ela, veja as notas em João 6:37-40. [JFU]
3. E a vida
eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo,
a quem enviaste.
- “Esta é a vida eterna” Zoē
aiōnios (vida eterna): Não se refere meramente à duração infinita, mas a uma
qualidade de vida – a comunhão íntima com Deus. Segundo Champlin, é uma
experiência espiritual dinâmica, presente já no agora, e não apenas uma
realidade futura. “que te conheçam” Ginōskōsin (do verbo ginōskō): conhecimento
relacional e experiencial, não meramente intelectual. Para o Beacon, o termo
implica uma experiência pessoal de fé, amor e obediência, muito além de saber
doutrinas corretas. No Antigo Testamento, esse verbo frequentemente expressa
intimidade profunda (como em Oséias 6:6 – “conhecimento de Deus”). “a ti
só por único Deus verdadeiro”. Aqui, Jesus afirma o monoteísmo
absoluto, uma declaração profundamente judaica, contra o pano de fundo do mundo
greco-romano politeísta. O uso de “único” (monon) enfatiza que fora de Yahweh
não há outro Deus real. “e a Jesus Cristo, a quem enviaste”
Jesus se coloca como co-participante essencial da salvação. Segundo o Beacon, o
envio de Cristo implica missão divina, autoridade e mediação. O título “Jesus
Cristo” (Yeshua HaMashiach) une o nome humano (Jesus) e o título messiânico (Cristo),
apontando para sua identidade plena como Salvador e Ungido.
11. E eu já
não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo,
guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
- E eu
já não estou no mundo. Seu ponto de vista é
depois de sua ascensão. Pai Santo. A primeira petição pelos
seus apóstolos. O discurso de abertura, o primeiro, é simplesmente ao Pai;
aqui, onde se pede a santa preservação, o endereçamento é ao Pai Santo; em João
17:25, onde a retribuição no mundo é indicada, é o Pai Justo. Stier argumenta
elaboradamente que a santidade de Deus é idêntica ao seu amor absoluto. Pode
ser, de fato, admitido que do amor primário de Deus, a retidão pura e absoluta,
a misericórdia e a pureza são as formas perfeitas. No entanto, esse amor é mais
santo do que a própria santidade. Esse amor é santo porque é absolutamente
correto; e a santidade consiste na retidão, com toda a intensidade da emoção
infinita, e toda a firmeza de uma vontade infinita eternamente determinante.
[Whedon]
12. Estando
eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a
Escritura se cumprisse.
- o filho da perdição – isto é, aquele que está destinado à perdição (ou destruição):
Judas Iscariotes. Em 2Tessalonicenses 2:3, a expressão é usada para o
Anticristo. para que a Escritura se cumpra. Salmo 41:9, de acordo com Jo
13:18. [Dummelow, 1909]
13. Mas,
agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria
completa em si mesmos.
- Ou seja, tal tensão se
enquadra mais no santuário superior do que na cena de conflito; mas eu falo tão
“no mundo”, que Minha alegria, a alegria que experimento ao saber que tais
intercessões devem ser feitas para eles pelo seu Senhor ausente, pode ser
provada por aqueles que agora os ouvem, e por todos aqueles que lerão o
registro deles. [Jamieson; Fausset; Brown]
14. Dei-lhes
a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não
sou do mundo.
- Tua palavra. A revelação de Deus como um todo (ver em Jo 17:16 e Jo 5:47). lhes
dei. “Eu” em oposição enfática ao mundo. os odiou. Em vez disso,
“odeia”; o aoristo expressa o único ato de ódio em contraste com o perfeito
“lhes dei” um dom que eles continuam a possuir. Estes são os dois resultados do
discipulado; de um lado, a proteção de Cristo (Jo 17:12) e o dom da palavra de
Deus; do outro, o ódio do mundo. [Cambridge]
15. Não peço
que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
- Não suplico que os tires
do mundo – pois isso, embora garantisse
sua própria segurança, deixaria o mundo sem bênçãos com seu testemunho. mas
que os guardes do maligno – todo o mal no mundo e do mundo. [Jamieson;
Fausset; Brown]
16. Não são
do mundo, como eu do mundo não sou.
- (veja Jo 15:18-19). Isto
é reiterado aqui, para preparar o caminho para a oração que se segue.
[Jamieson; Fausset; Brown]
17.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
- Aqui está a segunda
petição pelos Onze (compare com o versículo 15), ou seja, para consagração
deles. [santifica] ἁγιάζειν (ver em João 10:36) não se refere tanto a seleção
de uma pessoa para um trabalho importante, mas a equipar e adequá-la para sua
devida execução. É aplicado à separação divina de Jeremias para a obra de um
profeta (Jeremias 1:5); e também a Arão e seus filhos por seu ofício sacerdotal,
Êxodo 28:41, onde o mandamento divino a Moisés é ἀγιάσεις αὐτούς, ἵνα ἱερατεύωσίν
μοι. ἁγιάζειν não é equivalente a καθαρίζειν; aquele que não é ἡγιασμένος não é
necessariamente impuro. Dos apóstolos já havia sido dito ἤδη ὑμεῖς καθαροί ἐστε,
e o instrumento eficaz de sua purificação foi o λόγος que Jesus lhes havia
falado (João 15:3), pois o Divino λόγος é dito aqui também ser o meio de sua
consagração. Mas as duas ideias de ἁγιασμός e καθαρισμός não são idênticas. Só
porque os Onze já eram, em certo sentido, puros, não sendo “do mundo”, assim
como seu Mestre não era “do mundo” (versículo 16), sua consagração para sua
tarefa futura é um benefício adequado a ser solicitado em oração de Deus que é
ele mesmo ἅγιος (versículo 11). Compare com a oração de Paulo por seus
convertidos tessalonicenses para que Deus os consagrasse totalmente (ἁγιάσαι ὑμᾶς
ὁλοτελεῖς, 1Tessalonicenses 5:23). pela verdade [ἐν τῇ ἀληθείᾳ]. A
verdade seria o meio de sua consagração, pois (embora isso não seja expresso na
presente passagem) o “Espírito da Verdade” seria o Agente (compare com João
16:13). Veja também João 8:32. Assim, Paulo disse de seus convertidos
tessalonicenses que Deus os havia escolhido εἰς σωτηρίαν ἐν ἁγιασμῷ πνεύματος
καὶ πίστει ἀληθείας (2 Tessalonicenses 2:13). Westcott faz o comentário
significativo de que “o fim da Verdade não é a sabedoria… mas a santidade”. Após
άληθείᾳ o texto recebido adiciona σου, mas א*ABC*DLWΘ omitem. O significado de ἀληθείᾳ
é explicado na próxima sentença. tua palavra é a verdade [ὁ λόγος ὁ σὸς
ἀλήθειά ἐστιν]. Nem sempre é percebido que esta é uma citação da Septuaginta do
Salmo 119:142, ὁ λόγος σου ἀλήθεια (compare com 2Samuel 7:28). Jesus já havia
dito sobre os discípulos, τὸν λόγον σου τετήρηκαν (verso 6); e assim estavam no
caminho da consagração, que é na verdade (compare com João 14:6). Tal
consagração não é um evento isolado na história de vida de um discípulo, mas é
um processo contínuo (compare com οἱ ἁγιαζόμενοι, Hebreus 2:11). Westcott cita
um paralelo interessante de uma oração judaica para o ano novo: “Purifique
nossos corações para servir a Ti em verdade. Tu, ó Deus, és a Verdade, e Tua
palavra é a verdade e permanece para sempre”. [Bernard, 1928]
INTRODUÇÃO
Na presente lição, iremos explorar João 17.
Este capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em
benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus
discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração
sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no
seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo.
- Nesta lição, mergulharemos em um dos momentos mais
sublimes e profundos de toda a narrativa bíblica: João capítulo 17 — a chamada
“oração sacerdotal” de Jesus. Este não é apenas mais um trecho das Escrituras;
trata-se da oração mais solene, íntima e teologicamente rica registrada nos
Evangelhos, proferida pelo próprio Filho de Deus momentos antes de sua prisão e
crucificação. Nesta oração, Jesus intercede por três grupos distintos: por si
mesmo, pedindo ao Pai que o glorifique com a glória eterna que possuía antes da
criação do mundo; pelos seus discípulos imediatos, rogando por sua proteção,
santificação e unidade; e, maravilhosamente, por todos os que viriam a crer
através da mensagem deles — ou seja, por nós, os cristãos de todas as eras. Este
capítulo revela o coração pastoral, missionário e celestial de Cristo. Ele não
apenas deseja sua glorificação como Filho eterno, mas também manifesta sua
paixão pela comunhão e santidade do seu povo. Ele ora para que sejamos um,
assim como Ele e o Pai são um — uma unidade que transcende culturas, línguas e
gerações, e que serve como testemunho vivo da verdade do Evangelho diante do mundo.
João 17 não é apenas um registro histórico de uma oração feita no passado. É
uma janela aberta para compreendermos o plano eterno da Trindade, o valor
infinito dos redimidos, e a missão suprema da Igreja no mundo: glorificar a
Deus através da proclamação do Evangelho de Jesus Cristo com poder, unidade e
fidelidade. Ao estudarmos este capítulo, somos chamados a renovar nosso
compromisso com a verdade, com a santidade e com a missão, conscientes de que
fazemos parte do clamor intercessório do próprio Cristo. Vamos à materia!
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I. A
ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO
1. A oração de
Jesus. Entre todas as orações do Senhor
documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou,
possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1
está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do
Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado
anteriormente (Jo 16.13). Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o
mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Em relação à oração
de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração
Intercessória”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”.
Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por
si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também,
fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
- Entre todas as orações registradas de Jesus nos
Evangelhos, nenhuma se iguala, em profundidade teológica, beleza espiritual e
peso redentivo, à oração registrada por João no capítulo 17 de seu Evangelho.
De fato, como bem destaca o Comentário Bíblico Beacon, João 17 é “a mais
elevada, sublime e reveladora oração de Cristo”, sendo corretamente denominada
por estudiosos como “A Oração Intercessória”, “A Oração Sacerdotal” ou “A
Oração da Consagração”. A frase de abertura do capítulo — “Jesus falou essas
coisas” — conecta diretamente com o poderoso discurso anterior, onde o Senhor
prometeu o envio do Espírito Santo Consolador (João 14–16). A expressão, no
grego, é tauta elalēsen Iēsous, e
segundo o Comentário de Champlin, ela age como um elo literário entre a
instrução e a intercessão, marcando a transição entre a revelação e a entrega. O
cenário desta oração é intimamente ligado à Última Ceia. Como observa John
MacArthur, é provável que Jesus ainda estivesse no mesmo ambiente do cenáculo,
ou talvez a caminho do Getsêmani, quando ergueu os olhos ao céu e pronunciou
esta oração — não em angústia, mas em glória e plena comunhão com o Pai. Jesus
divide sua oração em três movimentos intercessórios, todos profundamente
carregados de implicações teológicas:
1. Jesus ora
por Si mesmo (Jo 17.1–8) - Aqui, o Senhor pede: “Pai, chegou a hora. Glorifica
o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique”. A palavra “glorificar” (do
grego doxazō) é riquíssima: segundo o Dicionário Vine, ela significa
“reconhecer ou manifestar a excelência inerente e intrínseca de alguém”. Jesus
não está buscando vaidade ou honra terrena, mas a manifestação visível da
glória que Ele compartilha eternamente com o Pai (cf. v. 5). Hernandes Dias
Lopes comenta que: “Jesus ora não apenas
para ser glorificado, mas para glorificar o Pai através da consumação da obra
da cruz. Sua glorificação é missional, não egocêntrica.”
2. Jesus
intercede pelos seus discípulos (Jo 17.9–19): - Neste trecho, Jesus roga
especificamente pelos apóstolos e pelos que estavam com Ele no ministério
terreno. Ele pede por sua preservação na verdade (santifica-os na tua verdade;
a tua palavra é a verdade – v. 17), pela unidade, e pela proteção contra o
maligno. Segundo o Comentário de MacArthur, “Jesus sabia que seus discípulos seriam odiados pelo mundo. Por isso,
sua oração não é para que sejam retirados do mundo, mas que sejam guardados
nele. O foco aqui é missional e escatológico: eles são enviados, mas
santificados.” O termo grego para “santificar” (hagiazō) carrega o sentido
de separar para um propósito sagrado, e no léxico de Vine, implica tanto pureza
moral quanto consagração prática.
3. Jesus ora
pela Igreja futura (Jo 17.20–26): - Surpreendentemente, Jesus amplia sua oração
aos que creriam por meio da pregação apostólica — ou seja, Ele ora por nós!. O
clímax da oração sacerdotal é a unidade da Igreja: “para que todos sejam um,
como tu, ó Pai, o és em mim e eu em ti” (v. 21). Champlin observa que a unidade
aqui referida não é institucional, mas espiritual, orgânica e teológica —
fundamentada na verdade do Evangelho e na participação da mesma glória de
Cristo. O Comentário Beacon enfatiza que esta unidade tem um propósito
missional claro: “para que o mundo creia que tu me enviaste”. A credibilidade
do Evangelho está diretamente ligada à unidade visível da Igreja. Está claro
também a Trindade revelada em ação: O Filho ora ao Pai, com base em Sua missão
e autoridade, e promete o Espírito (cf. caps. 14–16). A vida eterna é definida
como “conhecer a Deus e a Jesus” (v. 3), apontando para um relacionamento vivo
e transformador, não apenas uma promessa futura. A Igreja nasce da Palavra, é
sustentada pela verdade e é enviada com a glória de Cristo. Jesus fala da
glória que possuía antes da fundação do mundo, revelando sua eternidade e
divindade. João 17 não é apenas uma oração registrada por um apóstolo inspirado
— é uma janela escancarada para o coração de Cristo, momentos antes da cruz.
Aqui, Ele revela sua missão, seus afetos, sua glória e seu compromisso eterno
com a Igreja. Como bem diz Hernandes Dias Lopes: “Esta oração é a mais santa das santas. Estamos, por assim dizer,
pisando em solo sagrado.” Ao estudarmos esta oração, somos lembrados de
que, antes de qualquer sacrifício, dor ou sofrimento, Jesus orou por nós. E
ainda ora (Hb 7.25).
2. A oração de Jesus
pela sua glorificação. Na oração de Jesus
pedindo por sua “glorificação” havia um significado espiritual mais profundo,
que não se tratava de um ato egoísta. Como já abordamos, Ele estava plenamente
ciente de seu ministério e, portanto, da finalidade de sua missão na Terra.
Assim, em sua conversa direta com o Pai, Jesus declara que “é chegada a hora”,
referindo-se ao momento em que o Pai o glorificaria por meio de seu sacrifício
redentor no Calvário. Nosso Senhor expressa: “glorifica a teu Filho para que
também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). Que tipo de glorificação
seria essa? Mediante a sua morte, o mundo o conheceria e a vida eterna seria
oferecida a todos que o aceitassem como Salvador de suas vidas. Glorificar
alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o Filho de
Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3,4).
- A oração de Jesus por sua glorificação, registrada em
João 17.1, não é uma busca egoísta por exaltação pessoal, mas um profundo
clamor por que a missão redentora do Pai fosse plenamente revelada através de
Sua morte e ressurreição. Ao dizer: “É chegada a hora; glorifica a teu Filho,
para que também o teu Filho te glorifique a ti”, Jesus aponta diretamente para
a cruz como o ápice da revelação divina. Segundo o Comentário Beacon, essa
glorificação não é terrena ou vaidosa, mas a consumação do plano eterno de Deus,
onde a glória do Filho e do Pai se entrelaçam no sacrifício redentor. O verbo
“glorificar” (doxazō, no grego), conforme o Dicionário Vine, significa “tornar
conhecido, revelar ou manifestar algo ou alguém em sua verdadeira essência”.
Jesus ora para que, através da cruz, o mundo O reconheça como o Messias
prometido, e, por consequência, conheça o caráter amoroso, justo e salvador do
Pai. Russell Champlin observa que essa glorificação passa pela obediência até a
morte, que revela ao mundo a natureza divina e o coração missionário de Deus. A
cruz, longe de ser derrota, é o trono onde o Filho é revelado em glória. Hernandes
Dias Lopes acrescenta que “a cruz não foi um acidente de percurso, mas o ponto
culminante da missão de Jesus”. É nela que o Filho é exaltado como Salvador do
mundo, oferecendo vida eterna àqueles que creem (Jo 17.3). Como afirma John
MacArthur, a glória pedida por Cristo é inseparável da redenção: “Ao ser
glorificado por meio da cruz, Cristo glorifica o Pai, pois cumpre perfeitamente
Sua vontade, revelando ao mundo o plano de salvação”. Glorificar, portanto, é
revelar — e a cruz é o maior palco da revelação de Deus ao mundo.
3. A mesma glória
com o Pai. No versículo 5 está escrito: “E,
agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha
contigo antes que o mundo existisse”. Essa referência à glória se relaciona à
divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação. Na
realidade, o que Jesus solicita é a glorificação mútua entre o Filho e o Pai
(v.5). Somente nosso Senhor, o Filho de Deus, poderia fazer tal pedido por essa
glorificação, uma honra que Ele possuía “antes que o mundo existisse”. Essa
declaração evidencia a divindade de Jesus, ao revelá-lo como um com o Pai (Jo
17.11,21,24). Assim, com base nessa igualdade com o Pai, o pecador que confessa
e se arrepende de seus pecados recebe a vida eterna e conhece, pela fé, “o
único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
- Em João 17.5, Jesus ora: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória
que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”. Esta afirmação é uma das
mais explícitas declarações da pré-existência e divindade do Filho em todo o
Novo Testamento. Ao pedir para ser glorificado “junto” ao Pai, com a mesma
glória eterna que compartilhava antes da criação, Jesus reivindica uma posição
que só pode ser atribuída à Deidade. O termo grego para seautō (παρὰ σεαυτῷ)
indica uma comunhão íntima e eterna — como destaca o Comentário Bíblico Beacon,
trata-se de um reconhecimento claro da unidade essencial entre o Pai e o Filho,
anterior à encarnação e à criação. Essa glória mencionada não é uma mera
recompensa futura, mas a glória eterna da Trindade, momentaneamente velada na
encarnação (cf. Fp 2.6-8), e agora desejada em sua plenitude, após a obra
redentora. Conforme explica o Dicionário Vine, glória (do grego doxa) refere-se
à manifestação da excelência divina. Aqui, Jesus deseja que sua natureza gloriosa
— compartilhada com o Pai desde toda a eternidade — seja plenamente restaurada
à vista do universo redimido, após a cruz e a ressurreição. Russell Champlin
observa que essa oração é uma autêntica proclamação cristológica, pois somente
alguém coigual ao Pai poderia fazer tal petição sem blasfemar. John MacArthur
complementa afirmando que este pedido revela o anseio do Filho de retornar à
sua posição de supremacia celeste — não como se tivesse perdido a divindade,
mas como quem voluntariamente velou sua glória para cumprir a missão redentora.
É, portanto, uma oração de retorno à majestade visível, agora com o acréscimo
da vitória conquistada na cruz. Já Hernandes Dias Lopes destaca que “Jesus nunca deixou de ser Deus, mas ocultou
sua glória para viver entre nós; agora, Ele deseja que essa glória resplandeça
plenamente para que todos vejam quem Ele realmente é”. Dessa glória eterna,
compartilhada entre o Pai e o Filho, decorre a salvação dos pecadores. Como
ensina João 17.3, “a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. O verbo “conhecer” (ginōskō, no
grego) implica relacionamento íntimo e transformador, não mero saber teórico.
Com base na perfeita unidade entre o Pai e o Filho (vv. 11, 21, 24), aqueles que,
pela fé, se arrependem e confessam a Cristo como Senhor entram nesse
relacionamento salvador, recebendo vida eterna e participando da mesma glória
(cf. Jo 17.22). Isso confirma a natureza salvífica, trinitária e eterna da
oração sacerdotal de Cristo.
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SINOPSE
I
A oração de Jesus demonstra o seu desejo em glorificar o Pai e reafirmar
a glória que compartilha com Ele desde toda a eternidade.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A ORAÇÃO POR SI MESMO
“Do ponto de vista de Jesus, quando Ele olha para os anos passados da
sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas específicas e evidentes
que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora. 1. Eu glorifiquei-te na
terra (4). Ele teve uma glória com o Pai antes que o mundo existisse e Ele
antevia que isto seria restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo
(5; cf. 24). Colocado em linguagem moderna, Ele estava dizendo que, a partir da
perspectiva divina, a Encarnação era um celebrado sucesso. 2. Tendo consumado a
obra que me deste a fazer (4). O verbo grego para consumar é teleiosas, que
significa ‘completar, trazer ao final, terminar, realizar... trazer ao objetivo
ou à realização, no sentido de superação ou suplantação de um estado imperfeito
de coisas por alguém que está livre de objeções’. A obra é a redenção do homem,
e está consumada da maneira mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de
exclamar ‘Aleluia, está consumado!’ 3. Manifestei o teu nome aos homens que do
mundo me deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa
‘tornar conhecido pelas palavras transmitidas... embora aqui o ensino seja
acompanhado por uma revelação que vem da obra’. Na adoração judaica, era proibido
pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e
os homens ‘já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado’. 4. Eu lhes
dei as palavras que me deste (8). Ele, a eterna Palavra viva, deu aos homens as
palavras que eles receberam. Disto vem o conhecimento — eles têm conhecido a
verdadeira natureza [de Jesus]; saí de ti — e a fé — e creram na sua missão;
que me enviaste (8; cf. 18,21,23,25). Strachan comenta: ‘Os discípulos foram
capazes, ouvindo as ‘palavras’ de Jesus, de manter a Palavra de Deus (6).
‘Manter’ quer dizer mais do que obedecer. Quer dizer proteger e comunicar ao
mundo a revelação que Deus confiou à sua Igreja’” (Comentário Bíblico Beacon.
Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.138,139).
II. A
ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1. Intercessão pela
proteção dos discípulos. Nos versículos 4 a
8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao
Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra. No versículo 6,
Ele intercede por seus discípulos e pela unidade entre eles, uma vez que seriam
os responsáveis por continuar a obra que Jesus havia iniciado. Para o Pai, o
nosso Senhor se refere aos discípulos como “homens que do mundo me deste”
(v.6). O Redentor revela que seus discípulos pertenciam ao Pai e que Este os
entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo
17.6b). Ao longo de quase quatro anos, Jesus investiu nesses homens, que se
mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a missão de evangelização.
- Nos versículos 4 a 8 de João 17 (exceto o v.5), Jesus ora
com a solenidade de quem está prestando contas ao Pai de sua missão terrena.
Ele declara com ousadia: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me
deste para fazer” (v.4). Esse relatório espiritual é um modelo de obediência perfeita.
Conforme afirma John MacArthur, “Jesus
não deixou nada incompleto — tudo o que o Pai lhe confiou foi executado com
perfeição, inclusive o discipulado e preparo daqueles que dariam continuidade
ao ministério”. Essa oração não é mera formalidade, mas intercessão viva
por aqueles que seriam lançados ao campo de batalha espiritual para proclamar o
Reino. No versículo 6, Jesus intensifica sua intercessão, apresentando os
discípulos como uma herança sagrada do Pai: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu
mos deste, e guardaram a tua palavra”. A expressão “manifestei o teu nome”
aponta para a revelação completa do caráter de Deus — amor, justiça, santidade
e poder — como destaca o Comentário Bíblico Beacon. O verbo grego phanerōsō
(φανερόω), traduzido como “manifestar”, carrega o sentido de “tornar visível o
que antes era oculto” (Dicionário Vine), ou seja, Jesus revelou a essência do
Pai por meio de sua vida, ações e palavras. Ao dizer que os discípulos
“guardaram a tua palavra”, Jesus reconhece a fé genuína daqueles homens.
Segundo Russell Champlin, isso não significa que eles eram perfeitos, mas que
abraçaram o ensino divino com compromisso e perseverança, mesmo diante de
limitações humanas. Já Hernandes Dias Lopes afirma que “Jesus orou por aqueles que o Pai separou do mundo — homens comuns, mas
chamados para uma missão extraordinária: levar o Evangelho até os confins da
Terra”. A intercessão de Cristo é, ao mesmo tempo, proteção e
comissionamento, pois Ele sabia que os discípulos enfrentariam o ódio do mundo
e a oposição espiritual. Essa oração não é apenas histórica, mas atual: Jesus
continua intercedendo (Hb 7.25), e seus discípulos hoje também são alvos dessa
poderosa intercessão. A unidade pela qual Ele ora é uma capacitação espiritual
— um revestimento de autoridade celestial para a missão. A oração de João 17 é
um clamor do Filho ao Pai para que os enviados recebam proteção, perseverança e
poder. Como Jesus declarou: “Não são do
mundo, como eu do mundo não sou” (Jo 17.16), Ele os separa com propósito,
cobre-os com sua glória e os envia cheios do Espírito, para cumprir a obra
iniciada pelo Mestre — e que continua até que Ele venha.
2. Os discípulos
receberam a Palavra. Apesar de, em certas ocasiões, os
discípulos terem encontrado dificuldades para compreender completamente os
ensinamentos de Jesus, as suas recordações foram reavivadas pelo Espírito Santo
quando receberam o poder no dia de Pentecostes, permitindo-lhes assim entender
e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14-36). No versículo 6, Jesus
referiu-se ao Pai afirmando que os seus discípulos mantiveram a mensagem
recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao vivermos conforme a Palavra de Deus,
aceitando e obedecendo aos ensinamentos de Cristo, podemos testemunhar o
Evangelho com credibilidade.
- Em João 17.6, Jesus declara que seus discípulos “guardaram a tua Palavra”. Essa afirmação
é profundamente significativa. O verbo grego utilizado para “guardar” é tēreō
(τηρέω), que, segundo o Dicionário Vine, transmite a ideia de vigiar
atentamente, proteger com zelo e obedecer com reverência. Apesar das limitações
dos discípulos — suas dúvidas, medos e até falhas —, Jesus reconhece que, em
essência, eles abraçaram a revelação divina. Russell Champlin ressalta que
“guardar a Palavra” aqui não implica perfeição doutrinária imediata, mas uma
disposição contínua de receber, valorizar e obedecer aos ensinos do Mestre. É
importante notar que, em muitos momentos, os discípulos não compreenderam
plenamente os ensinamentos de Jesus. No entanto, essa aparente limitação foi
soberanamente tratada por Deus quando, no Pentecostes, o Espírito Santo desceu
com poder (At 2.1-4), reavivando as palavras de Cristo em seus corações e
mentes. Conforme João 14.26, o Espírito lhes traria à memória tudo o que Jesus
ensinou. John MacArthur comenta que “o
Espírito é o intérprete da verdade de Cristo e o capacitador da proclamação
apostólica”. Aqueles homens, antes confusos, tornaram-se arautos ousados da
verdade eterna (At 2.14-36). Hernandes Dias Lopes observa que “Jesus semeou a Palavra em seus corações, e o
Espírito Santo regou essas sementes até que florescessem em ministério
frutífero”. A fidelidade dos discípulos à Palavra foi o fundamento da
propagação do Evangelho no mundo. Essa fidelidade permanece como requisito
essencial para qualquer cristão que deseja ser uma testemunha autêntica. Como
ensina o Comentário Bíblico Beacon, “o
discipulado genuíno começa com a obediência fiel à Palavra, continua com
dependência do Espírito, e se completa na missão evangelizadora”. A
aplicação pentecostal é clara: não basta apenas ouvir a Palavra — é preciso
recebê-la com fé, obedecê-la com coragem e proclamá-la com poder. Quando
vivemos segundo a Palavra e somos cheios do Espírito, o mundo não apenas nos
ouve, mas vê Cristo em nós. O testemunho eficaz nasce do casamento entre a
Verdade revelada e o Poder recebido. Assim como os primeiros discípulos foram
transformados em instrumentos de avivamento, também hoje, aqueles que guardam a
Palavra podem impactar sua geração com autoridade, convicção e unção do alto.
3. Protegidos do
mundo. O versículo 14 afirma: “Dei-lhes a
tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou
do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este pode referir-se
ao “universo criado” (Jo 17.5) ou à humanidade (Jo 3.16). No entanto, aqui
Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). O
apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual maligno (Ef
2.2). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os seus
discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a
influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
- Ao dizer: “Dei-lhes
a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não
sou do mundo” (Jo 17.14), Jesus revela uma das verdades mais confrontadoras
da vida cristã: a Palavra de Deus nos separa do sistema maligno que domina esta
era. O termo “mundo” (kosmos no grego), segundo o Dicionário Vine, pode ter
múltiplos significados, como “a criação material”, “a humanidade em geral” ou,
como neste texto, “o sistema organizado de maldade sob a autoridade de
Satanás”. O próprio Cristo já havia chamado Satanás de “o príncipe deste mundo”
(Jo 12.31; 14.30), e o apóstolo Paulo o descreve como “o espírito que agora
atua nos filhos da desobediência” (Ef 2.2). Jesus não pede ao Pai que retire
seus discípulos do mundo (Jo 17.15), mas que os proteja do mal presente nesse
sistema. John MacArthur observa que “Jesus
intercede não por isolamento, mas por preservação espiritual em meio à
corrupção”. O Comentário Bíblico Beacon reforça que a hostilidade do mundo
é inevitável para quem vive em fidelidade à Palavra. O Evangelho confronta
valores, expõe o pecado e denuncia o domínio das trevas. Por isso, o mundo
odeia os que pertencem a Cristo — não por serem religiosos, mas porque carregam
a verdade que liberta e denuncia. Russell Champlin destaca que o ódio do mundo
é inevitável porque o discípulo autêntico representa uma ameaça ao sistema
mundano. Ele escreve: “A presença de um
cristão verdadeiro é uma lembrança viva da luz que dissipa as trevas”. O
cristão é sal e luz (Mt 5.13-16), e isso, por natureza, incomoda as estruturas
espiritualmente corrompidas. Já Hernandes Dias Lopes comenta que “quanto mais a Igreja se consagra à Palavra,
mais ela é odiada pelo mundo e mais precisa da proteção de Deus”. Isso
evidencia a tensão inevitável entre fidelidade e perseguição. A oração de Jesus
pela proteção dos discípulos não é um pedido de conforto, mas de capacitação.
Ele sabe que, sem a intervenção do Pai, nenhum deles resistiria ao ódio do
mundo e às investidas do maligno. Por isso, Ele intercede: “Não peço que os tires do mundo, mas que os
livres do mal” (Jo 17.15). O verbo “livrar” no grego (tēreō) implica em
proteção contínua — não isenção de tribulações, mas sustento no meio delas.
Essa é a segurança do crente cheio do Espírito: pode andar em meio ao fogo sem
se queimar, porque o Deus que guarda não dorme. Para o crente pentecostal, essa
promessa é combustível espiritual: não fomos chamados para nos esconder do
mundo, mas para vencê-lo no poder do Espírito Santo. Assim como os discípulos,
também fomos enviados ao mundo como embaixadores do Reino (Jo 17.18), com a
missão de viver uma santidade que confronta, uma fé que resiste, e uma Palavra
que transforma. Em um sistema dominado pelas trevas, somos chamados a brilhar
com autoridade, cheios da Palavra e protegidos pelo poder de Deus.
SINOPSE II
Jesus pediu a
proteção para os seus discípulos, que acolheram a Palavra e necessitavam ser
guardados do mal que existe no mundo.
A ORAÇÃO PELOS
DISCÍPULOS
“A oração final de Jesus por seus discípulos
mostra os desejos mais profundos de nosso Senhor para os seus seguidores, tanto
para aquela época quanto para os nossos dias. Isto também é um exemplo
inspirado pelo Espírito de como todos os pastores e líderes de ministério devem
orar pelas pessoas, e como os pais cristãos devem orar por seus filhos. Ao orar
por aqueles que estão sob os nossos cuidados, nossas maiores preocupações devem
ser: (1) que essas pessoas possam conhecer a Jesus Cristo e à sua Palavra
intimamente (vv.2,3,17,19; veja o v.3, nota); (2) que Deus possa protegê-las
das más influências do mundo, impedindo que se afastem dele e dar-lhes
discernimento para reconhecer e rejeitar crenças ímpias e falsos ensinamentos
espirituais (vv.6,11,14-17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio
de Janeiro: CPAD, 2022, p.1891).
III. A
ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER
1. Oração pela
unidade da Igreja. Nesta terceira parte de sua súplica,
Jesus pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma unidade de natureza
eclesiástica ou orgânica, Jesus intercedeu pela harmonia espiritual do seu
povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a que existe entre
Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que todos sejam um,
assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21).
- Na parte final de sua oração sacerdotal, Jesus Cristo
eleva ao Pai uma súplica que ecoa até hoje como um clamor urgente: a unidade da
Igreja. Em João 17.21, Ele roga: “Para
que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti”. Não se
trata de uma união institucional ou organizacional, mas de uma unidade
espiritual profunda, moldada pela relação íntima entre o Pai e o Filho. O verbo
“serem” no grego (ōsin, de eimi) denota um estado de existência essencial, não
apenas funcional. Segundo o Dicionário Vine, essa expressão enfatiza uma
comunhão vital, viva e contínua. Hernandes Dias Lopes explica que “Jesus não ora por uniformidade, mas por
unidade no Espírito. Ele clama por um povo que, embora diverso, viva em
harmonia na verdade e no amor.” Para Champlin, essa unidade “não é produzida por rituais ou estruturas
humanas, mas pelo Espírito Santo que opera na Palavra”. A verdadeira
comunhão da Igreja não nasce de estratégias humanas, mas da experiência
compartilhada de redenção, regeneração e santificação. É a obra da cruz que une
pecadores perdoados em um só corpo (Ef 2.14-16). O Comentário Bíblico Beacon
aponta que essa oração tem implicações missionais: a unidade dos crentes tem
como objetivo principal “para que o mundo
creia que tu me enviaste” (Jo 17.21b). Ou seja, a credibilidade do
testemunho da Igreja diante do mundo depende diretamente da comunhão entre os
seus membros. Divisões e contendas comprometem a eficácia evangelística.
MacArthur enfatiza que “a unidade visível
dos verdadeiros crentes autentica a mensagem invisível do Evangelho”.
Unidade, aqui, é mais do que doutrina: é vida vivida em amor, verdade e
santidade. O Comentário Esperança reforça que esta unidade não nega as
diferenças de personalidade, cultura ou expressão litúrgica, mas transforma
essas diferenças em riqueza espiritual, como um corpo com muitos membros
funcionando em perfeita cooperação (1Co 12.12-27). A oração de Cristo revela
que a Igreja só pode permanecer unida se estiver centrada Nele, sustentada pela
verdade revelada (Jo 17.17) e fortalecida pela ação contínua do Espírito Santo
(Jo 14.26). Para nós, crentes pentecostais, essa intercessão de Cristo deve ser
mais do que um texto lido — deve ser um anseio vivido. Não há avivamento
autêntico sem reconciliação, e não há poder celestial onde reina o egoísmo. O
Espírito Santo não habita em meio a divisões carnais, mas derrama sua unção
sobre um povo quebrantado, humilde e unido em propósito (Sl 133.1-3; At 2.1-4).
A oração de Jesus é um chamado urgente para que deixemos de lado as barreiras
humanas e sejamos, de fato, um só povo, um só coração e uma só voz, proclamando
ao mundo que o Pai enviou o Filho — e isso é vida eterna.
2. Propósito da
unidade. O propósito da unidade espiritual da
Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me
enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade espiritual com Cristo por
pelo menos quatro motivos: (1) união essencial dos salvos como membros do Corpo
de Cristo (1Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo
conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2Pe 3.18); (3) união essencial dos
salvos no desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23); (4) união
essencial dos salvos manifestada na glória como filhos de Deus e detentores da
vida eterna (Jo 17.22).
- O propósito primordial da unidade espiritual da Igreja,
conforme a poderosa intercessão de Jesus em João 17:21 — “para que o mundo creia que tu me enviaste” — é o ponto central para
entender a missão e a natureza do corpo de Cristo. Esta oração revela que a
unidade não é um fim em si mesma, mas um meio divinamente designado para
autenticar o testemunho do Evangelho diante de um mundo cético e
espiritualemente cego. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, a unidade visível
da Igreja é o selo que confirma a veracidade da missão messiânica de Jesus e o
poder transformador da salvação. A Igreja manifesta essa unidade espiritual por
quatro razões essenciais, que são vitais para o crescimento e a eficácia do
Reino de Deus na Terra. Primeiro, existe a união essencial dos salvos como
membros do Corpo de Cristo, destacada por Paulo em 1 Coríntios 12:12 — “Assim como
o corpo é um e tem muitos membros... assim é Cristo.” Esta união orgânica
indica uma conexão vital e indispensável entre todos os crentes, cada um
exercendo dons e funções para a edificação mútua, formando um só corpo unido em
Cristo. MacArthur reforça que essa realidade corporal “é a base da unidade espiritual; não uma unidade superficial, mas uma
união de vida e propósito”. Em segundo lugar, a unidade é promovida pelo
conhecimento crescente de Jesus Cristo (2 Pe 3:18). O aprendizado contínuo das
Escrituras e a revelação do caráter de Cristo pelo Espírito Santo aprofundam a
comunhão entre os crentes, permitindo que todos caminhem “na mesma verdade” (Ef
4:13). Para Champlin, a unidade na Igreja depende da maturidade espiritual que
resulta do “crescimento constante em
graça e em conhecimento do Senhor”. Esse conhecimento gera uma fé robusta e
um amor que une, conforme enfatizado no Comentário Bíblico Esperança. Terceiro,
essa unidade se manifesta no desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5:22-23),
que produz amor, paciência, mansidão, bondade e outras virtudes espirituais que
tornam o corpo visivelmente coeso. O Comentário Pentecostal Novo Testamento
destaca que o fruto é a expressão prática da presença do Espírito Santo no
crente e o agente que sustenta a comunhão verdadeira, superando divisões
humanas. Sem esse fruto, a unidade se torna mera aparência, sem poder nem
substância. Por fim, a unidade culmina na manifestação da glória compartilhada
dos filhos de Deus, conforme João 17:22: “Eu lhes dei a glória que me deste,
para que sejam um.” Esta glória não é apenas futura, mas presente — uma
participação na vida divina que confere identidade, propósito e esperança. O
Dicionário Vine define “glória” (doxa) como a revelação da natureza e do
caráter divinos em nós. Hernandes Dias Lopes pontua que essa glória é a marca
visível da família de Deus, um testemunho irresistível que atrai o mundo para a
fé e revela a vida eterna que habita no crente. Assim, a unidade da Igreja não
é idealismo utópico, mas uma necessidade espiritual vital que confirma que
Cristo foi enviado pelo Pai. Ela é o alicerce da missão e a manifestação
concreta do poder do Evangelho no mundo. Como Igreja pentecostal, somos
chamados a viver, buscar e promover essa unidade, pelo Espírito Santo, para que
o mundo creia verdadeiramente no Evangelho de Jesus Cristo.
3. Oração por
encorajamento à unidade. Em João 17.21,22,
o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a manter a
unidade com Ele. A crença em Cristo como o único e suficiente Salvador é a
principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam encorajados
a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé, o
testemunho perde completamente a sua credibilidade.
- No poderoso clímax da Sua oração sacerdotal, Jesus
intercede fervorosamente para que Seus discípulos não apenas experimentem, mas
sejam continuamente encorajados a permanecer firmes na unidade com Ele e entre
si (Jo 17:21-22). Essa súplica divina não é uma mera aspiração idealista, mas
uma necessidade espiritual vital, pois a unidade da Igreja repousa
integralmente sobre a crença inabalável em Cristo como o único e suficiente
Salvador. Conforme ressalta o Comentário Bíblico Beacon, essa unidade é “a base para um testemunho genuíno e poderoso
no mundo que rejeita a verdade”. Sem essa comunhão essencial na fé, o
testemunho cristão torna-se fraco, fragmentado e incapaz de convencer o mundo
da realidade do Evangelho. O próprio termo grego usado para “ser um” (hen, do
verbo einai) implica uma união profunda e inseparável, que reflete a íntima comunhão
entre o Pai e o Filho (Jo 17:21). Champlin destaca que essa unidade “é o eco terreno da unidade celestial, uma
aliança espiritual que sustenta a Igreja e a fortalece para enfrentar a
oposição do mundo”. Jesus roga para que essa comunhão transcenda meras
estruturas humanas, tornando-se uma realidade viva e perceptível, pois o mundo
“só crerá” se perceber essa união verdadeira. Sem ela, o testemunho cristão
perde totalmente sua credibilidade e poder. MacArthur observa que o
encorajamento à unidade é também um chamado à vigilância contra tudo o que
possa dividir o corpo de Cristo, lembrando que o inimigo busca justamente
destruir essa comunhão (Ef 4:3). O Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento ressalta que o Espírito Santo é o agente da unidade, atuando no
coração dos crentes para consolidar a fé comum em Jesus, o fundamento único e
suficiente da salvação. Essa unidade não se baseia em compromissos humanos, mas
na fidelidade absoluta à Palavra revelada e na presença viva do Espírito. O
Comentário Bíblico Esperança acrescenta que essa unidade fortalece a Igreja
para cumprir sua missão de levar a mensagem do Evangelho ao mundo, pois “a força do testemunho cristão está
diretamente relacionada à coesão espiritual entre seus membros.” Na Bíblia
de Estudo Pentecostal, é enfatizado que a oração de Jesus em João 17 é um
convite para que os crentes vivam diariamente em comunhão, resistindo às forças
que promovem a divisão, e cultivando uma fé compartilhada que revela o amor de
Deus. Por fim, o Dicionário Vine explica que o termo para “testemunho”
(martyria) aqui envolve a vida prática e a palavra proclamada. Portanto, o
encorajamento à unidade que Jesus ora é fundamental para que a Igreja não
apenas fale, mas viva o Evangelho com poder e autenticidade, revelando ao mundo
que o Pai enviou o Filho para trazer salvação. Sem essa unidade, o testemunho
cristão perde sua autoridade divina e se torna um eco vazio diante das trevas
do mundo.
SINOPSE III
Jesus fez uma oração pela unidade da Igreja,
promovendo a comunhão entre aqueles que viriam a crer.
CONCLUSÃO
É extraordinário perceber que a oração
sacerdotal de Jesus Cristo continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do
Corpo de Cristo e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no
Reino de Deus. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar
entusiasmados para testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o
Senhor Jesus realizou no Calvário.
- É verdadeiramente extraordinário reconhecer que a oração
sacerdotal de Jesus Cristo, registrada em João 17, ecoa poderosamente em nossos
dias, convocando cada um de nós a viver com propósito e unidade no Corpo de
Cristo. Jesus intercedeu pela Sua glorificação, pela proteção e fortalecimento
dos discípulos, e principalmente pela unidade espiritual da Igreja, que é o
alicerce para um testemunho autêntico e eficaz no mundo. Essa oração revela que
a comunhão profunda entre os crentes, fundada na fé inabalável em Jesus como o
único Salvador, é essencial para que o mundo creia e veja refletida a glória do
Pai no Seu povo (Jo 17:21-22). Como membros do Corpo de Cristo, fomos chamados
para um ministério vivo e ativo, participando da missão que Jesus iniciou.
Somos guardados e fortalecidos pelo Espírito Santo para permanecer fiéis à
Palavra, produzirmos o fruto do Espírito e manifestarmos a glória que nos foi
dada, para que sejamos um testemunho verdadeiro da salvação e da vida eterna. A
intercessão de Cristo nos lembra que essa unidade não é apenas um ideal, mas
uma necessidade espiritual que determina a eficácia do Evangelho que
proclamamos (1Co 12:12; Gl 5:22-23; Jo 17:22). Diante disso, a responsabilidade
que temos é imensa e urgente: devemos nos apresentar com coragem e entusiasmo
para testemunhar, levando ao mundo a mensagem da cruz e da ressurreição, que
nos reconciliou com o Pai e nos uniu em um só corpo. O mundo observa atentamente
a qualidade dessa unidade e fé; se ela falhar, o testemunho perde sua
credibilidade. Portanto, a oração sacerdotal de Jesus não é apenas uma
lembrança histórica, mas uma convocação diária para que vivamos em comunhão
plena, sob a direção do Espírito, refletindo o amor e a verdade de Cristo em
nossas atitudes e palavras.
Aplicando essa verdade à nossa vida prática, três caminhos se
destacam para que sejamos instrumentos eficazes do Reino:
primeiro,
cultivar uma comunhão sincera com outros irmãos, buscando sempre a unidade que
Jesus orou;
segundo,
permanecer firmes na Palavra e na oração, permitindo que o Espírito Santo nos
transforme e fortaleça para resistir às divisões e ataques do inimigo;
terceiro, ser
ousados no testemunho, anunciando o Evangelho com poder e amor, sabendo que
nossa unidade e fé são o testemunho mais convincente que podemos oferecer ao
mundo.
Em resumo, a oração de Jesus em João 17 nos chama para uma vida
vibrante e unificada, centrada na glória de Deus e na missão de fazer
discípulos. Como igreja e como indivíduos, somos convidados a honrar esse
chamado, conscientes do privilégio e da responsabilidade de sermos o corpo que
revela ao mundo o Filho enviado pelo Pai, manifestando o poder transformador do
Evangelho para a glória de Deus._______________
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ministério aqui é um chamado do coração — compartilhar o ensino da
Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Em quais
partes podemos apresentar a oração sacerdotal de Jesus?
Nosso Senhor
apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo
17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma
oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
2. A que se relaciona a menção à
glória no versículo 5?
Essa referência à
glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da
sua encarnação.
3. De que forma Jesus dirige a sua
oração ao Pai nos versículos 4 a 8?
Nos versículos 4 a
8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao
Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra.
4. A que “Mundo” se refere Jesus em
João 17.14?
Jesus se refere ao
sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14).
5. Indique pelo menos dois motivos que
evidenciam a unidade espiritual dos salvos com Cristo.
(1) união essencial
dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1Co 12.12); (2) união essencial dos
salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (1Pe 3.18).