Pb Francisco Barbosa
TEXTO
PRINCIPAL
“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos.” (Rm 12.16)
Entenda o Texto Principal:
- Estimai-vos
uns aos outros como semelhantes (“Tenham uma mesma atitude uns para com
os outros”, NVI; “Vivam em harmonia uns com os outros”, NVT). acompanhai-vos
dos humildes (“estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição
inferior”, NVI). Não sejais sábios em vós mesmos (“E não pensem que sabem tudo”,
NVT).
RESUMO
DA LIÇÃO
O casamento entre Mical e Davi nos permite um
atento olhar sobre temas como a humildade de Davi e o valor do amor em um
casamento.
Entenda o Resumo da Lição:
- Davi
e Mical foram casados na Bíblia, mas o relacionamento foi marcado por
conflitos.
TEXTO
BÍBLICO
1 Samuel 18.20-26.
20.
Mas Mical, a outra filha de Saul, amava Davi; o que, sendo anunciado a Saul,
pareceu isso bom aos seus olhos.
- Mical,
a outra filha de Saul, gostava de Davi – Isso deve ter acontecido algum
tempo depois. Quando disseram isto a Saul, ele ficou contente – Não por
qualquer favor a Davi, mas ele viu que se voltaria para o avanço de seus
propósitos maliciosos, e ainda mais quando, pelas artísticas intrigas e
lisonjas de seus espiões, o sentimentos leais de Davi foram descobertos.
[Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão].
21.
E Saul disse: Eu lhe darei, para que lhe sirva de laço e para que a mão dos
filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com a outra serás
hoje meu genro.
- (20-21)
Mical é casada com David. – O pretexto sob o qual Saul quebrou sua promessa não
é dado, mas parece ter sido, pelo menos em parte, que Merab não tinha amor por
Davi. Isso pode ser inferido de 1Samuel 18:17, 1Samuel 18:18, comparado com
1Samuel 18:20. Mical, a filha mais nova de Saul, amava Davi. Quando foi dito
isso a Saul, a coisa estava certa aos seus olhos. Ele disse: “Eu a darei a ele,
para que ela se torne uma armadilha para ele, e a mão dos filisteus possa cair
sobre ele” (isto é, se ele tentar obter o preço que exigirei um dote; compare
com 1Samuel 18:25). Ele, portanto, disse a Davi: “De uma segunda maneira (בּשׁתּים,
como em Jó 33:14) você se tornará meu genro”. Saul disse isso casualmente a
Davi; mas ele não respondeu, porque havia descoberto a inconstância de Saul e,
portanto, não confiava mais em suas palavras. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
22.
E Saul deu ordem aos seus servos: Falai em segredo a Davi, dizendo: Eis que o
rei te está mui afeiçoado, e todos os seus servos te amam; agora, pois,
consente em ser genro do rei.
- Saul,
portanto, empregou seus cortesãos para persuadir Davi a aceitar sua oferta.
Desta forma, podemos reconciliar de uma maneira muito simples a aparente
discrepância, que se diz que Saul ofereceu sua filha ao próprio Davi, e ainda
assim ele encarregou seus servos de falar com Davi em particular sobre a
disposição do rei de lhe dar sua filha. A omissão de 1Samuel 18:21 na
Septuaginta deve ser explicada em parte pelo fato de que בּשׁתּים aponta para
1Samuel 18:17-19, que estão faltando nesta versão, e em parte também com toda a
probabilidade da ideia entretida pelos tradutores que a própria declaração está
em desacordo com 1Samuel 18:22. Os cortesãos deveriam falar com Davi בּלּט, “em
particular”, ou seja, como se estivessem fazendo isso pelas costas do rei.
[Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
23.
E os servos de Saul falaram todas estas palavras aos ouvidos de Davi. Então,
disse Davi: Parece-vos pouco aos vossos olhos ser genro do rei, sendo eu homem
pobre e desprezível?
- David
respondeu aos cortesãos: “Parece-vos uma coisinha tornar-se genro do rei, vendo
que eu sou um homem pobre e humilde? “Pobre”, ou seja, totalmente incapaz de
oferecer algo como um dote adequado ao rei. Esta resposta foi dada por David em
perfeita sinceridade, pois ele não podia supor que o rei lhe daria sua filha
sem uma parte considerável do casamento. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
24.
E os servos de Saul lhe anunciaram isso, dizendo: Foram tais as palavras que
falou Davi.
- (24-25)
Quando esta resposta foi relatada ao rei, ele mandou dizer através de seus cortesãos
qual era o preço pelo qual ele lhe daria sua filha. Ele não exigiu nenhum dote
(ver Gênesis 34:12), mas apenas uma centena de prepúcios dos filisteus, ou
seja, a matança de uma centena de filisteus, e a prova de que isto tinha sido
feito, para vingar-se dos inimigos do rei; enquanto que, como o escritor
observa, Saul supôs que ele deveria assim causar a queda de Davi, ou seja,
provocar sua morte pela mão dos filisteus. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
25.
Então, disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não tem necessidade de dote,
senão de cem prepúcios de filisteus, para se tomar vingança dos inimigos do
rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pela mão dos filisteus.
- O
rei não quer outro preço pela noiva – nos países do Oriente, o marido compra
sua esposa com presentes ou serviços. Como nem Davi nem sua família estavam em
condições de dar um dote adequado para uma princesa, o rei insinuou que ficaria
graciosamente satisfeito em aceitar algum ato galante no serviço público. cem
prepúcios de filisteus – Tais mutilações nos corpos de seus inimigos
mortos eram comumente praticadas na guerra antiga, e o número indicado indicava
a glória da vitória. A disposição de Saul em aceitar um serviço público tinha
um ar de liberalidade, enquanto sua escolha de um serviço tão difícil e
arriscado parecia apenas dar um valor adequado à obtenção da mão da filha de um
rei. Mas ele cobriu a malícia sem princípios contra Davi sob esta proposta, que
exibia um zelo por Deus e o pacto da circuncisão. [Jamieson; Fausset; Brown,
aguardando revisão]
26.
E anunciaram os seus servos estas palavras a Davi, e esse negócio pareceu bem
aos olhos de Davi, de que fosse genro do rei; porém ainda os dias se não haviam
cumprido.
- antes
de terminar o prazo estipulado – O período em que essa façanha deveria
ser alcançada não estava esgotado. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando
revisão]
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INTRODUÇÃO
Essa lição nos propõe refletir acerca
do casamento entre Davi e Mical e seus desdobramentos. É um enlace que nos
inspira, mas também nos dá importantes alertas sobre o que não fazer. Diante
dessas questões, essa história deve ser estudada para que seja um convite à
edificação e à postura correta diante dos desafios dessa área tão central em
nossas vidas: a formação de uma nova família.
- Mical,
filha do rei Saul, foi a primeira esposa de Davi, que mais tarde se tornou rei
de Israel. Ela é mencionada pela primeira vez em 1 Samuel 14:49 como a mais
nova das duas filhas de Saul. Davi era o filho mais novo de Jessé, da tribo de
Judá. Serviu como pastor em sua juventude e era conhecido por tocar harpa.
Tocou para o rei Saul antes de ser promovido a seu escudeiro. Davi ganhou
destaque nacional em Israel quando matou o gigante filisteu Golias, um evento
que resultou em uma grande vitória militar (1 Samuel 16). O casamento de Davi e
Mical foi parte de um plano de Saul para tentar prejudicar Davi, mas, no final,
Mical se apaixonou por Davi. No entanto, o relacionamento foi marcado por
conflitos e desentendimentos, especialmente após Davi ter sido ungido como rei
e ter começado a governar.
I. UM NOIVO HUMILDE
1. A humildade na vida de Davi. É notável o quanto nós podemos aprender a partir
da vida deste personagem bíblico. Nesse momento somos chamados a refletir
acerca de sua humildade, algo constante na trajetória de Davi: na dedicação ao
pastoreio (1 Sm 16.11: Sl 78.70-72); em sua postura reconhecendo suas
limitações (1 Cr 17.16): no fato de ser um desconhecido para o rei (1 Sm
17.55-58); em sua disposição em depender de Deus e anelar por sua presença (SL
63): em honrar a posição do rei não se permitindo acelerar processos (1 Sm
24.4-7), ao ouvir as justificativas de uma mulher sabia (1 Sm 25.18-43): ao
respeitar a memória de amigos (2 Sm 9.5-13); ao aceitar as limitações impostas
por Deus (1 Cr 17) e em muitos outros momentos. Com relação ao casamento com a
filha do rei, Davi mostrou humildade deixando claro que não era digno de tal
honra (1 Sm 18.18). O que muitos veriam como uma oportunidade de ascensão
social e econômica, o homem segundo o coração de Deus repudiava. Em duas
ocasiões, um casamento real foi cogitado. Primeiramente com Merabe, por ocasião
da morte de Golias, depois com Mical, que era apaixonada por Davi. Nas duas
ocasiões, Saul tentara criar uma situação que levasse o belemita à morte (1 Sm
18.17. 20-21).
- A
humildade de Davi é um exemplo central no cristianismo e é frequentemente
citada como um modelo a seguir. Davi, apesar de ter sido um rei poderoso,
demonstrou uma humildade profunda ao reconhecer suas falhas, buscar perdão de
Deus e colocar a fé acima de seu próprio ego. O Salmo 131 apresenta Davi
colocando sua alma diante de Deus de uma maneira discreta, serena e
profundamente interessada no crescimento em santidade de vida. E. Peterson
disse que esse salmo corta fora “o complexo de grandeza e a recusa de deixar a
chupeta.” Por outro lado, Spurgeon observou que esse salmo é um dos textos
“mais curtos de ler e um dos mais longos para se aprender.” Com os passar dos
tempos os peregrinos aprenderam a cantar o Salmo 131 uns para os outros
aprendendo que o caminho de Deus é uma senda de humildade. Após a derrota de
Golias, Saul ofereceu sua filha mais velha, Merabe, a Davi como esposa. Davi
não se sentiu digno dessa honra, e Merabe foi dada a um homem chamado Adriel (1
Samuel 18:17). 1 Samuel 18:20 prepara o cenário para Davi e Mical: "Mas
Mical, a outra filha de Saul, amava Davi. Quando contaram isso a Saul, ele se
alegrou." No entanto, Saul pediu um preço estranho pela noiva: cem
prepúcios dos filisteus. Ele exigiu esse preço para que Davi fosse morto:
"Saul pretendia que Davi caísse nas mãos dos filisteus" (1 Samuel
18:25). No entanto, Davi cumpriu a missão e tomou Mical como esposa, tornando
Saul um inimigo ainda maior para ele.
2. A humildade aos olhos do mundo. Em um mundo marcado pelo narcisismo e o
individualismo, a verdadeira humildade é vista como um demérito pois é
percebida como algo que evidencia a inaptidão das pessoas a aceitarem desafios
e protagonizarem grandes feitos. Uma deturpação dessa visão de humildade aos
olhos do mundo está nas demonstrações públicas envoltas em pirotecnia midiática
nas redes sociais. Nesta área vemos atitudes altruístas, bondosas e
assistenciais que possuem, na verdade, uma intenção explícita de autopromoção:
infelizmente são valores deturpados, o que vale são os likes e o número de
visualizações nas redes sociais, por exemplo. Nas redes sociais temos uma
“amostra” bem nítida do que é a humildade aos olhos do mundo. Há uma
amplificação da busca pela “construção de pessoas perfeitas”, mas que não
existem, pois são frutos de uma intenção narcisista que vê na verdadeira
humildade uma demonstração de fraqueza e predisposição à humilhação nas mãos
dos demais
- As
redes sociais, embora não sejam ruins em si mesmas, evidenciam o impulso das
pessoas por fama e reconhecimento. No afã de ser uma celebridade virtual, ou
pelo menos “parecer ser”, as pessoas criam uma autoimagem editada em filtros,
informações e sorrisos artificiais. Debaixo de várias camadas, devidamente
selecionadas, muitas vezes, existe um coração que deseja ser reconhecido pelo
mundo. As pessoas não se tornaram orgulhosas por causa das redes sociais. Somos
orgulhosos porque o pecado que habita em nós distorce quem somos e nos seduz
com anseios por fama, poder e reconhecimento pessoal. Na maioria das vezes,
gratuitamente, isso é expresso por meio de nossos perfis editados sob medida
para agradar os outros e ser popular. Provérbios 15.33, diz que a humildade
precede a honra. Nas bem-aventuranças, os humildes — disse Jesus — herdarão a
terra (Mateus 5.5). O próprio Cristo é o nosso paradigma para sermos humildes,
tal como ele foi. Ele diz: “Aprendei de mim que sou manso e humilde” (Mateus
11.29). O apóstolo Paulo tratando sobre o tema nos conclama para que tenhamos o
mesmo sentimento de Cristo (Filipenses 2.11). Humildade, segundo os padrões
bíblicos, é não alimentar um conceito elevado acerca de si mesmo (vide Romanos
12.3). E o porquê disto? Porque somos seres criados, limitados e desde que o
pecado entrou no mundo, imperfeitos. Não somos a medida de todas as coisas e
dependemos de Deus para tudo, desde o respirar ao abrir os olhos, pois somos
suas criaturas. É partindo dessa cosmovisão que poderemos compreender melhor o
que é ser humilde e evitar erros comuns, pois muitos chamam de humildade aquilo
que ela não é.
3. A humildade na vida do cristão. Em um mundo marcado pela busca incessante por
reconhecimentos, recompensas e vantagens, a humildade apresenta um contraponto
vital propondo ao ser humano um olhar com uma perspectiva marcada por
sentimentos e características que são inerentes àqueles que seguem a Cristo. Ao
cristão, a humildade é muito mais do que uma virtude necessária, ela é um
genuíno reflexo da fé que ele traz em seu coração. Quando seguimos a Cristo,
vamos nos inspirando em seus exemplos e temos em nossas atitudes traços e
padrões que demonstram a nossa fé (Fp 2.5-11). Em uma vida marcada pela
humildade, somos alcançados pela graça de Deus (Tg 4.6) e assim podemos
caminhar sob a direção divina vivendo os seus propósitos, experimentando uma
vida plena e abençoada. Ao reconhecermos a nossa dependência divina e as nossas
limitações, abrimos com alegria nossas vidas à ação do Espírito Santo em uma dinâmica
transformadora (Gl 5.22).
- O Salmo 131 nos ensina o caminho da humildade. Os
peregrinos, nesse mundo de Deus, devem procurar mortificar a carne todos os
dias na luta contra a arrogância. Precisamos pedir graça para não cair nas
armadilhas das fantasias de grandeza, esnobismo e arrogância e presunção.
Infelizmente, muitos jovens, sem experiência na vida, desejam os lugares de
liderança nas igrejas locais, sem considerar as etapas e qualificações
necessárias. Esses são os que Spurgeon diz que “desejam tudo e acabam sendo
nada.” Por meio da oração devemos cultivar a humildade diante de Deus.
Humildade e oração estão entrelaçadas. Quanto mais confiamos em Deus mais
sinais de humildade ficam impressos em nossas vidas. O peregrino deve buscar,
de forma humilde, o crescimento espiritual. Como peregrinos, devemos desviar
das setas da arrogância reclinando nossa cabeça na providência de Deus. O
coração calmo e sereno se manifesta naqueles que confiam e esperam pelo Senhor.
Se você está cansado das pressões por fama existe uma boa nova para você.
Deposite sua alma cansada diante de Deus. Não confie no que você pode fazer,
mas naquilo que Jesus fez em seu favor na cruz do calvário. Humildemente
recline sua alma em Deus por meio da oração e descanse nas promessas de paz que
recebemos do Senhor, por meio de Jesus.
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SUBSÍDIO
I
Professor(a), neste primeiro tópico enfatiza o
concerto que Deus tinha com Davi. Esse concerto dizia respeito a todas as áreas
de sua vida, inclusive o casamento. “Enquanto um contrato se refere a um acordo
legal, um concerto é um “acordo de vida “entre duas ou mais partes. Quando Deus
faz um concerto. Ele define os termos com base em suas promessas, seus padrões
e suas regras. Os benefícios desse tipo de concerto dependem da obediência do
povo, da sua confiança em Deus e da sua fidelidade a Ele (1) Embora a palavra
“concerto” não apareça em 2 Samuel 7, está claro que Deus estava estabelecendo
um acordo solene de vida com Davi. Em Salmos 89.3-4. por exemplo. Deus diz:
“Fiz um concerto com o meu escolhido, jurei ao meu servo Davi a tua
descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em
geração. Esta promessa de que o governo sobre o povo de Deus seria estabelecido
para sempre por meio da linhagem familiar de Davi é precisamente a promessa que
Deus fez a Davi em 2 Samuel 7 (observe especialmente o v. 16). Mais adiante em
2 Samuel, o próprio Davi faz referência ao “concerto eterno que Deus fizera com
ele (2 Sm 23.51. sem dúvida referindo-se a 2 Samuel 7 Os mesmos dois princípios
que se aplicam a outros concertos do Antigo Testamento também são evidentes
aqui Deus estabeleceu as promessas e obrigações do concerto, e as pessoas
deviam aceitar os termos em fé obediente. No concerto com Davi. Deus fez a
promessa imediata de estabelecer o reino do filho de Davi. Salomão, que
edificaria uma casa para o Senhor, uma referência ao tempo. Ao mesmo tempo, a
promessa de Deus de que a casa ou dinastia de Davi duraria para sempre era
condicional dependia da obediência fiel de Davi e seus descendentes. Este
concerto era eterno somente no sentido de que Deus pretendia sempre manter um
filho de Davi no trono de Jerusalém, enquanto esses governantes permanecessem
fiéis e obedientes a Ele. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro
CPAD p. 342)
II. O AMOR DE UMA NOIVA
1. Mical e o seu amor por Davi. O relato bíblico nos revela que Mical, a filha
mais nova de Saul, amava Davi (1 Sm 18.20). O amor é um sentimento necessário
em um casamento. Em uma época em que os matrimônios eram arranjos que envolviam
política, poder, disputas territoriais, entre outros interesses, a história
desses dois jovens nos inspira. No entanto, esse casamento foi marcado por uma
série de estratégias de Saul com a intenção de matar o seu futuro genro. Tanto
com Merabe (que fora dada em casamento a outro homem), quanto com Mical, o rei
manipulou a situação desejando uma tragédia ao seu desafeto. E nas duas vezes.
Davi voltou vitorioso fazendo muito mais do que dele fora esperado. Para que
Davi pudesse se casar com Mical, o rei o desafiou a matar 100 filisteus. O
noivo, surpreendendo o sogro (1 Sm 18.25). Esse casamento contribuiu para que
se intensificasse o ciúme de Saul e o seu ódio mortal contra Davi. Em um desses
episódios, o rei enviou, à casa de Davi, soldados para assassiná-lo. Mical,
movida por amor e fidelidade ao seu marido, ajudou-o a escapar e criou uma
série de justificativas para retardar a ação dos homens de Saul (1 Sm
19.11-17). Um admirável ato de bravura realizado por uma esposa comprometida
com o seu casamento.
- 1
Sm 18.20 apresenta a sanha do ódio e do amor numa mesma família. Houve um tempo
em que Saul “amou muito” Davi (16:21), mas a atitude do rei transformou-se em
inveja doentia e, depois, em ódio consumado. No entanto, enquanto Davi é odiado
por Saul, é amado por Jônatas e Mical, seus filhos. Enquanto o reino de Saul
vai se desidratando, Davi vai se fortalecendo. Enquanto um espírito maligno
atormenta Saul, o Senhor era com Davi. Kevin Mellish coloca essa triste
realidade assim: “Enquanto Davi desfrutava de sucesso entre o povo e no campo
de batalha, a vida pessoal de Saul continuava a se desfiar. A vida de Davi
seguiu uma trajetória para cima, enquanto a vida de Saul desmoronava. Saul
estava paranoico com Davi, e a obsessão de Saul em matar Davi foi um dos fatores
que o levaram à sua queda”.
2. Uma vítima das circunstâncias? No início do casamento. Mical e Davi tiveram um bom
relacionamento. O amor da noiva, os princípios elevados do noivo e a fidelidade
de ambos resultaram em uma inspiradora história. Porém, após a fuga e diante da
sentença de morte aplicada por Saul, o casamento foi desfeito pelo rei e a
princesa foi entregue em matrimônio a outro homem: Palti, filho de Laís (1 Sm
25.44). Diante desse evento, podemos perceber como Saul, seguindo o seu próprio
padrão, impor a sua vontade e de forma despótica, se utilizou da própria filha
em seu jogo político. As circunstâncias começaram a castigar Mical, que perdeu
o seu esposo amado, e foi tratada como uma moeda de troca. Além disso, anos
depois, quando Davi já reinava, Mical foi forçada a deixar Palti e voltar para
o seu primeiro casamento sem que houvesse consulta ou ainda algum respeito
pelos seus sentimentos (2 Sm 3.14-16). De fato, mesmo diante de sua posição na
família real Mical se tornou amarga diante das decisões alheias que a jogavam de
um lado para o outro como um objeto qualquer.
- Saul
perde completamente o escrúpulo e o amor familiar ao oferecer a Davi a mão de
Merabe, sua primogênita, em casamento com o propósito de matá-lo. Saul não
respeita Davi nem sua filha. Ele está disposto a atingi-la para eliminar o seu
desafeto. O dote exigido pelo rei era que Davi guerreasse as guerras do Senhor.
Sua intenção era que Davi fosse morto pelas mãos dos filisteus no campo de
batalha. R. N. Champlin chama a atenção para o fato de que o desejo de Saul
para que Davi fosse morto pelos filisteus foi seu próprio destino (31:4). Foi
um caso de colheita segundo a semeadura.
3. O poder do diálogo. Quantos grandes problemas poderiam ser evitados se
bons diálogos fossem realizados? Tanto na história geral, passando pela
história bíblica e indo até as nossas experiências atuais, o diálogo tem sido
uma constante na busca por entendimentos e dissolução de conflitos. Um exemplo
das consequências catastróficas da falta de diálogo pode ser observado
justamente no relacionamento entre Mical e Davi: um desprezo mútuo e uma
intolerância crescente marcou a vida dos dois em um momento em que eles
facilmente poderiam aproveitar os benefícios dos novos tempos e a estabilidade
do reino a tanto pretendida. Infelizmente, a alegria de uma caminhada a dois
foi ofuscada pela falta de comunicação, o crescente desprezo e a mútua
intolerância. Quando Davi trouxe a Arca da Aliança para Jerusalém, ficou muito
feliz e grato a Deus. A sua celebração envolve danças e saltos de alegria, algo
que não foi bem visto pela amargurada Mical. Ao retornar para casa, a esposa
desprezou o marido ofendendo-o de forma lamentável. Diante de tal fato, a
situação piorou ainda mais e o fim de Mical foi envolto em amargura e solidão,
sem filhos e sem o amor do marido (2 Sm 6.23).
- Davi
frustrou o plano maligno de Saul, reagindo à sua proposta com clara humildade:
“... quem sou eu, e qual é a minha vida e a família de meu pai em Israel, para
vir a ser eu genro do rei?”. Davi recusa respeitosamente a oferta de Saul de
casar-se com Merabe. Em virtude da recusa de Davi em casar-se com Merabe,
desmantelando assim a orquestração de Saul, este a deu a Adriel, o meolatita. O
casamento de Adriel com Merabe foi desastroso, pois os cinco filhos do casal
caíram vítima da vingança do sangue cobrado dos gibeonitas da família de Saul,
e foram enforcados (2Sm 21:8,9). Agora, porém, Saul não vai diretamente a Davi,
mas envia seus servos para alinhavarem o acordo, numa fala confidencial. Seus
servos faltam com a verdade com Davi, ao falarem que o rei tinha afeição por
ele, bem como todos os seus servos. Eles imploram que ele aceite a proposta de
ser genro de Saul. Davi manteve sua postura de humildade e respondeu aos servos
de Saul: “Parece-vos coisa de somenos ser genro do rei, sendo eu homem pobre e
de humilde condição?” (18:23). Os servos relataram ao rei literalmente as
palavras de Davi. Mical soube do plano de seu pai e, como uma esposa que, depois
do Senhor, colocava seu marido em primeiro lugar em sua vida, avisou a Davi e o
ajudou num plano de fuga eficaz. A Bíblia nos diz que "Mical desceu a Davi
por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou" (1Sa 19:12). Ela ficou
debruçada na janela a observar aquele homem, que ela tanto amava, fugir para
que a sua vida fosse salva. Ela sabia que seu pai jamais o pegaria, pois ela
havia se casado com o homem... Mical tinha Davi como a pessoa mais importante
de sua vida, pois ela o admirava e o amava. Ela o salvou da morte, porém,
quando Davi já era rei, aconteceu algo que mudou o cenário da sua vida. Os
personagens eram os mesmos (Mical e Davi), a cena era a mesma (Mical junto à
janela), contudo, agora, o coração dela já não era o mesmo. Antes, ela tinha um
coração cheio de amor e respeito pelo marido. Agora, o seu coração o
desprezava. Ela se encontrava junto à janela e observava Davi que entrava em
Jerusalém com a arca da aliança, pulando e dançando. Ela não gostou do que
estava vendo. Ela o achou ridículo e o desprezou. Aquele mesmo coração que,
junto à janela, o amou e o salvou da morte, agora, junto à mesma janela, o
estava desprezando. Vemos que, por duas vezes, Mical estava junto à janela
observando aquele que ela tanto amava e admirava mas que, agora, desprezava.
SUBSÍDIO
II
Professor(a), explique aos alunos que os jovens
geralmente não decidiam com quem iam casar-se Era casar-se primeiro e amar
depois. Embora houvesse, portanto, mais vontade do que romance, esse costume
tendia a produzir um padrão estável de casamento (Gn 24.67). Esaú teve
problemas por se casar contra o desejo dos pais (Gn 26 34.351.A prática dos
casamentos arranjados não significa que os pais não consideravam os sentimentos
dos filhos (Gn 24.58), ou que o amor não acontecia algumas vezes antes do
casamento (Gn 29.10.20). Um amigo do esposo, que lhe assiste (Jo 3.29)
negociava a favor do noivo em perspectiva a seu pai com um representante do pai
da noiva. Arranjos tinham de ser feitos para a compensação do trabalho a ser
paga à família da mulher, e para um dote ao pai da noiva Ele pedia os juros do
dote, mas não pode gastá-lo (Gn 31.15) porque devia ser guardado para a mulher
no caso dela vir a enviuvar-se ou divorciar-se Quando tais somas em dinheiro
não podiam ser pagas por causa da pobreza do pretendente, outros meios eram
encontrados, tais como serviço (Gn 29.18) ou eliminação de inimigos (1 Sm
18.25). Os casamentos eram arranjados, se possível com membros da mesma
parentela. Abraão enviou um servo para encontrar uma noiva para Isaque entre
seu povo (Gn 24.3.4). e Jacó foi enviado ao mesmo lugar para achar esposa (Gn
28.2.29.19). Os pais de Sansão ficaram desgostosos porque ele não escolheu uma
esposa do seu próprio clã (Jz 14.3)”
(GOWER. Ralph Lisos e Costumes dos Tempos Bíblicos
Rio de Janeiro CPAD 2002. p. 643).
III. DEUS ERA COM DAVI
1. Davi e as armadilhas de Saul. A cada dia que passava, mais Saul odiava Davi. As
vitórias conquistadas e a admiração que o povo nutria pelo jovem (1 Sm 18.5),
eram motivos para que o rei ficasse ainda mais furioso e por vezes tentasse
matar o jovem. Logo o principal desejo do rei seria a ruína e a morte do filho
de Jessé. Duas promessas de casamento, duas armadilhas, duas vitórias
impressionantes Com Merabe, o desafio foi uma série de batalhas contra os
filisteus na esperança de que, em uma delas, o jovem tombasse Já com Mical,
Saul pediu algo inusitado e muito perigoso: a morte de cem filisteus (1 Sm
18.25). O êxito no primeiro desafio foi celebrado amplamente por todos, mas foi
a segunda armadilha que deixou o rei sem palavras, levando-o a entregar a filha
mais nova em casamento: em vez de matar cem filisteus. Davi exterminou o dobro,
duzentos Deus era com Davi e, mesmo perseguido implacavelmente por Saul, era
bem-sucedido em todas as áreas.
- As
armadilhas de Saul contra Davi, conforme relatado em 1 Samuel, foram motivadas
pela inveja e ciúme que Saul sentia pelo sucesso e popularidade de Davi. Saul,
inicialmente, havia promovido Davi ao posto de líder do exército e reconhecido
suas vitórias. No entanto, a popularidade de Davi, especialmente quando as
mulheres começaram a cantar em sua homenagem, irritou Saul.
Armadilhas
específicas:
- Tentativas
de assassinato: Saul tentou matar Davi em várias ocasiões, lançando lanças contra
ele enquanto este tocava harpa e até mesmo tentando subornar os seus guardas
para que o matassem.
- Perseguição:
Saul perseguiu Davi e seus homens, tentando prendê-los e eliminá-los.
- Tentativas
de cerco: Saul cerco Davi e seus homens, buscando deixá-los vulneráveis.
- Ofertas
enganosas: Saul ofereceu a Davi a mão de sua filha e terras em troca de seu
serviço, com a intenção de que Davi fosse morto pelos filisteus.
- Inveja
e desconfiança: A inveja de Saul em relação ao sucesso de Davi levou a uma
crescente desconfiança, culminando em uma perseguição implacável.
2. Quando Deus está conosco. Uma belíssima verdade a ser celebrada é o fato de
podermos buscar a presença de Deus em nossas vidas e assim desfrutar de sua
intimidade. Devemos constantemente almejar tal relação e diante dessa realidade
nos permitirmos viver conforme a sua vontade. A presença do Senhor é uma
possibilidade maravilhosa e uma feliz realidade na vida dos cristãos. Para que
possamos nos deleitar dessa presença, precisamos, a partir de nossa salvação em
Cristo, meditar, obedecer a Palavra do Senhor, ser fortes e corajosos e
buscarmos sempre a direção divina em nossas vidas (Js 1.7-9). Muitas são as dificuldades
e as investidas do nosso Inimigo com a finalidade de nos destruir tirando-nos
do bom caminho. Porém, se Deus está conosco, nada devemos temer.
- Deus
frequentemente intervém para livrar Davi de perigos e adversidades. Um exemplo
é quando ele salva Davi das mãos de Saul, que o perseguiu e tentou matá-lo (1
Samuel 18–23). Davi também é livrado de Golias (1 Samuel 17) e de situações
perigosas como as de um leão e um urso (1 Samuel 17:37). Em Salmos, Davi
expressa a sua confiança em Deus e a sua esperança de que Ele o livrará (Salmos
31, 34). Davi antes de tornar-se rei em Israel foi um grande libertador nas
mãos de Deus. No texto bíblico de I Samuel capítulo 23 registra-se a história
da libertação do povo de Queila da opressão dos filisteus. Nesta época Davi
teve que enfrentar o perigo, a fúria e o ciúmes do então Rei Saul, o
perseguindo pelas suas proezas realizadas no deserto. Davi diante destas lutas
e perseguições manifestava seu louvor e adoração ao Criador, escrevendo o livro
de Salmos. O Salmo 18 é uma expressão clara do testemunho de Davi, diante de um
Deus Todo-Poderoso, o livrando de seus inimigos, como a perseguição do Rei Saul
a ele, descrita no livro de Samuel. O “segredo” para vencermos as batalhas
desta vida é estarmos conectados com Deus, como Davi estava, praticando a
justiça, se relacionando com o Criador, através de uma vida de entrega ao Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, seguindo os caminhos do Mestre, fugindo do
pecado. Certamente, Deus que é bondoso para com todos, olhará dos céus, verá a
nossa angústia diante dos problemas do dia a dia e virá em nosso socorro.
3. Os nossos desafios. Nos tempos atuais, o crente é desafiado nas mais
diversas áreas. Desde as questões mais pessoais até temas de ampla abrangência
na sociedade em todos os desafios devemos, enquanto cristãos, confiar no
cuidado divino para conosco. Entre os desafios contemporâneos, destacamos as
questões sócio políticas latentes na sociedade, os relacionamentos, sejam
familiares, ou seja, em outras esferas da sociedade; as questões ligadas à
sexualidade, os desconfortos de ordem psicológica e psíquica; entre tantos
outros. Como é bom sabermos que, diante de qualquer desafio, jamais estamos só
Muitas vezes tentamos vencer nossas dificuldades buscando as nossas próprias
forças, mas essa é uma decisão inútil. Confiemos e descansemos no Senhor, Ele
cuida dos seus (Sl 37.18.19).
- Os
desafios cristãos na atualidade são multifacetados, incluindo a influência do
relativismo moral, a necessidade de diálogo com a cultura contemporânea, a
busca por uma vida cristã autêntica e o compromisso com a transformação social.
Desafios específicos:
- Relativismo
moral: A sociedade atual frequentemente questiona verdades absolutas,
desafiando os cristãos a manterem seus princípios morais e a viverem de acordo
com os ensinamentos bíblicos.
- Banalização
da sexualidade: A cultura contemporânea tende a explorar a sexualidade de forma
excessiva, o que pode levar jovens e adultos a um comportamento imoral e a uma
falta de valorização pessoal.
- Coletivismo
mundano: A pressão para se conformar com as normas e valores de grupos pode
levar as pessoas a abdicarem de seus princípios cristãos para serem aceitas.
- Dificuldade
em dialogar com a sociedade: Os cristãos precisam aprender a se comunicar
eficazmente com pessoas de diferentes crenças e culturas, mostrando como a
Bíblia pode fornecer respostas para os desafios da vida.
- Desafios
pastorais nas comunidades: Algumas das dificuldades enfrentadas pelas
comunidades paroquiais incluem a falta de envolvimento dos agentes de pastoral,
a baixa arrecadação de dízimos e a dificuldade em lidar com as novas
tecnologias.
- Engajamento
social: A necessidade de se engajar nas questões sociais, como desigualdade
social, injustiça econômica e pobreza, e buscar soluções à luz dos princípios
cristãos.
- Vida
cristã autêntica: Viver uma vida de fé genuína, que se manifesta em ações e
escolhas, é um desafio constante para os cristãos em um mundo que muitas vezes
se opõe à fé.
Como enfrentar os desafios:
- Foco
na oração e na meditação bíblica: A oração e a leitura da Bíblia são fontes de
força e sabedoria para os cristãos.
- Comunhão
com outros cristãos: O apoio mútuo e a troca de experiências podem fortalecer a
fé e ajudar a enfrentar os desafios.
- Testemunho
de vida: A vida de um cristão deve ser um testemunho do amor de Deus e da
esperança que ele oferece.
- Engajamento
social: Os cristãos devem se envolver nas questões sociais, buscando justiça e
bem-estar para todos.
- Abertura
ao Espírito Santo: Permanecer aberto à orientação e ao poder do Espírito Santo
é fundamental para a vida cristã.
- Discernimento:
Exercitar o discernimento para avaliar as situações e tomar decisões de acordo
com a vontade de Deus.
- Criatividade
e iniciativa: Buscar soluções criativas e tomar iniciativas para transformar o
mundo ao seu redor.
SUBSÍDIO
III
Professor(a), enfatize que o caráter de Davi fica
evidente no fato de que ele nunca ousou tomar os planos de Deus nas próprias
mãos e fazer as coisas à sua maneira. Davi sabia que se Deus havia planejado
algo para ele, Deus faria com que acontecesse no seu próprio tempo e à sua
maneira. Entretanto, a situação singular de Davi e Saul não deve se tornar uma
razão ou desculpa para se permitir que os líderes espirituais da igreja
continuem a desafiar a Deus (veja 24.6.)” (Bíblia de Estudo Pentecostal para
Jovens Rio de Janeiro: CPAD. p. 361)
CONCLUSÃO
Diante dos acertos de Davi,
aprendemos o valor da humildade, a preciosidade do amor no casamento, o quão
importante é a presença do Senhor em nossas vidas e a não temer os desafios,
pois não estamos sozinhos. Já diante dos erros, constatamos os lastimáveis
prejuízos pela falta de diálogo, de empatia e do respeito pela vida das pessoas
que estão à nossa volta. Importantes lições, um tempo de edificação para todos
nós
- As
lições aprendidas nesse texto estudados extrapolam o que foi proposto. O
exemplo trágico de Saul serve de lembrete àqueles que, por interesse próprio,
se opõem aos planos de Deus e a seu líder escolhido: são arrastados para baixo
numa espiral de raiva e medo que os consome e, por fim, os destrói. Como suas
investidas para matar Davi não davam certo, Saul ainda mais o temia. Saul foi
um inimigo contumaz e implacável de seu genro. Ele foi continuamente seu inimigo.
Não era somente falta de afeto, mas ódio. Porém, cada vez que os filisteus
saíam em batalha, Davi lograva mais êxito que todos os demais servos de Saul, a
ponto de seu nome tornar-se muito estimado. Assim, o capítulo encerra de modo
semelhante à sua abertura, com uma declaração sobre o sucesso de Davi sobre os
filisteus. Ao saber que Mical, sua filha caçula, amava Davi, mais uma vez
articulou matá-lo por intermédio desse casamento. O propósito de Saul era ter
Davi como genro e fazer de Mical um laço para ele. Saul está planejando um funeral,
não um casamento. Que texto mais inapropriado para tirar exemplos para um
casamento! Milcal amava e odiava, O sogro tentava assassinar... O que começou
como um "casamento de celebridade" em Israel envolveu uma série de
eventos dramáticos que acabaram levando Davi a escolher várias esposas. Mical
optou por falar contra seu marido e passou a vida sem filhos. Embora Davi fosse
um homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22), seus relacionamentos conjugais
eram problemáticos. Por meio do relacionamento de Davi e Mical, Deus agiu
apesar da natureza pecaminosa deles, e o Senhor também nos chama hoje a viver
para Ele apesar de fracassos passados em seguir Sua direção para nossas vidas.
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HORA
DA REVISÃO
1. Que
episódio da vida de Davi, estudado nesta lição, evidencia a sua humildade?
Quando lhe foi apresentada a possibilidade de casamento com a filha do
rei mostrou humildade deixando claro que não era digno de tal honra O que
muitos veriam como uma oportunidade de ascensão social e económica, o homem
segundo o coração de Deus repudiava
2. Aponte uma prova do amor de Mical por Davi.
Certa vez, o rei enviou a casa de Davi soldados para assassiná-lo. Mical
movida por amor e fidelidade ao seu marido, ajudou-o a escapar
3. Quais as consequências da falta de diálogo no
casamento de Mical E Davi?
A falta de diálogo teve como consequência principal um crescente
desprezo e a uma mútua intolerância que marcou a vida dos dois levando-o a um
casamento infeliz e repleto de amarguras
4. Descreva as armadilhas criadas por Saul para dar
fim à vida de Davi.
Diante da possibilidade de casamento com Merabe, o desafio foi uma série
de batalhas contra os filisteus na esperança de que em uma delas, o jovem fosse
morto. Já Com Mical foi solicitado por Saul a morte e a circuncisão de cem
filisteus, pois em tal pedido o rei acreditava que Davi seria abatido
5. Aponte alguns dos desafios contemporâneos
enfrentados pelos jovens.
As questões sócio políticas latentes na sociedade os relacionamentos
sejam familiares ou em outras esferas da sociedade, as questões ligadas à
sexualidade os desconfortos de ordem psicológica e psíquica entre tantos
outros.