Pb Francisco Barbosa
TEXTO
PRINCIPAL
“Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e acho a ciência dos conselhos.” (Pv 8.12)
Entenda o Texto Principal:
- sabedoria (compare
com Salmo 104:24; Isaías 55:89; Romanos 11:33; Efésios
1:8; Efésios 3:10; Colossenses 2:3). prudência (compare com Ex
31:3-6; Ex 35:30-35; Ex 36:1-4; 1Reis 7:14; 1Crônicas 28:1219; 2Crônicas
13:14; Isaías 28:26). Segundo Waltke (2010), prudência significa “a
capacidade de fazer planos”. e
disponho de conhecimento e discrição – ou então, “o
conhecimento e a prudência eu encontro” (Waltke), ou então, “disponho
de conhecimento e de conselhos“ (NAA);
ou então, “e
tenho o conhecimento que vem do bom senso“ (NVI).
Jesus é a verdadeira sabedoria a ser amada e buscada, ouça
este devocional de Charles Spurgeon. (3 minutos)
RESUMO
DA LIÇÃO
Davi recebeu um grande livramento a partir de seu
encontro com Abigail. Mesmo diante de um marido tolo, ela era virtuosa e foi
usada por Deus na edificação de seu lar.
Entenda o Resumo da Lição:
- O
encontro de Davi e Abigail é um episódio chave na Bíblia, narrado em 1 Samuel
25. A história envolve Abigail, esposa de Nabal, que intercede por sua família
ao encontrar Davi, que estava furioso e ameaçando atacar Nabal. Abigail, com
sua sabedoria e prudência, consegue acalmar Davi e evitar uma guerra sangrenta.
TEXTO
BÍBLICO
1 Samuel 25.3-11
3.
E era o nome deste homem Nabal e o nome de sua mulher. Abigail era uma mulher
de bom entendimento e formosa, porém o homem era duro e maligno nas obras; e
era da casa de Calebe.
- descendente
de Calebe – claro, da mesma tribo com o próprio Davi; mas muitas
versões consideram Caleb (“cachorro”) não como um nome próprio, mas comum, e o
processam, “ele era rabugento como um cão”. [Jamieson; Fausset; Brown,
aguardando revisão]
4.
E ouviu Davi, no deserto, que Nabal tosquiava as suas ovelhas.
- Davi
e os seus homens espreitavam nestes desertos, associando-se aos pastores e
pastores de Nabal e outros e fazendo-lhes bons ofícios, provavelmente em troca
de informações e suprimentos obtidos por eles. Assim, quando Nabal realizou seu
corte anual de ovelhas no Carmelo, Davi teve o direito de participar do
festival e enviou uma mensagem, contando seus próprios serviços e pedindo um
presente. “Em todos esses detalhes, ficamos profundamente impressionados com a
verdade e a força da descrição bíblica de costumes e costumes, quase idêntica à
que existem hoje. Em uma ocasião tão festiva, perto de uma cidade ou vila,
mesmo em nosso tempo, um xeque árabe do deserto vizinho dificilmente deixaria
de colocar uma palavra pessoalmente ou por mensagem; e sua mensagem, tanto em
forma quanto em substância, seria apenas uma transcrição da de Davi
”[Robinson]. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
5.
E enviou Davi dez jovens, e disse aos jovens: Subi ao Carmelo e indo a Nabal
perguntai-lhe, em meu nome, como está.
- (4-8)
Quando Davi ouviu no deserto (compare com 1Samuel 25:1) que Nabal estava
tosquiando suas ovelhas, que geralmente era acompanhada de uma refeição festiva
(veja em Gênesis 38:12), ele enviou dez jovens ao Carmelo para ele, e
pediu-lhes que lhe desejassem paz e prosperidade em seu nome e, lembrando-o dos
amistosos serviços prestados a seus pastores, solicitasse um presente para si e
seu povo. לשׁלום לו שׁאל, pergunte a ele sobre seu bem-estar, ou seja,
cumprimente-o de maneira amigável (compare com Êxodo 18: 7 ). A palavra לחי é
obscura e foi interpretada pelos primeiros tradutores meramente de acordo com
conjecturas incertas. A explicação mais simples é aparentemente in vitam, vida
longa, entendida como um desejo no sentido de “boa sorte para você” (Lutero,
Maurer, etc.); embora a palavra חי no singular só possa ser mostrada como tendo
o significado de vida em conexão com a fórmula usada em juramentos, נפשׁך חי,
etc. maneira do que como uma exclamação elíptica que significa “boa sorte para
o homem vivo”. Pois a ideia de que a palavra deve ser conectada com אמרתּם,
“dizer ao homem vivo”, ou seja, ao homem se ainda estiver vivo, é derrubada
pelo fato de Davi não ter dúvidas de que Nabal ainda estava vivo. As palavras
que se seguem também devem ser entendidas como um desejo: “Que tu e tua casa, e
tudo o que é teu, fiquem bem!” Após esta saudação, eles deveriam prosseguir com
o objetivo de sua visita: “E agora ouvi que tens tosquiadores de ovelhas. : no
formulário, veja Ges. 53, 3, Anm. 6), e nada foi perdido por eles enquanto eles
estavam no Carmelo”. Ao viver no deserto, os homens de Davi se associaram aos
pastores de Nabal, prestaram-lhes vários serviços e os protegeram e seus
rebanhos contra os habitantes do sul do deserto (os árabes beduínos); em troca
do que eles podem ter dado comida e informação. Assim, Davi provou ser um
protetor de seu povo, mesmo em seu banimento. וימצאוּ, “assim possam os jovens
(os enviados por Davi) achar graça em teus olhos! pois chegamos a um bom (ou
seja, um dia festivo). podes) ao teu servo e ao teu filho David”. Com a
expressão “teu filho”, Davi reivindica a boa vontade paterna de Nabal. No que
diz respeito ao fato em si, “em uma ocasião tão festiva perto de uma cidade ou
vila, mesmo em nosso tempo, um xeque árabe do deserto vizinho dificilmente
deixaria de dizer uma palavra, pessoalmente ou por mensagem; e seu mensagem,
tanto em forma quanto em substância, seria apenas a transcrição daquela de
Davi” (Robinson, Palestina, p. 201). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
6.
E assim direis àquele próspero: Paz tenhas, e que a tua casa tenha paz. e tudo
o que tens tenha paz!
7.
Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores; ora. os pastores que tens
estiveram conosco; agravo nenhum lhes fizemos, nem coisa alguma lhes faltou
todos os dias que estiveram no Carmelo.
8.
Pergunta-o aos teus jovens, e eles te dirão; estes jovens, pois, achem graça a
teus olhos, porque viemos em bom dia. dá. pois, a teus servos e a Davi, teu
filho, o que achares à mão.
- Em
boa hora. Um dia especial para comemorar a abundância da lã tosquiada das
ovelhas (cf. v. 11).
9.
Chegando, pois, os jovens de Davi e tendo falado a Nabal todas aquelas palavras
em nome de Davi, se calaram.
- Os
mensageiros de David entregaram sua mensagem à Nabal, ויּנוּחוּ, “e se
sentaram”, isto é, aguardando o atendimento de seu pedido. A versão dada pela
Chaldee (פּסקוּ, cessaverunt loqui) e pela Vulgata (siluerunt) é menos
adequada, e não pode ser filologicamente sustentada. A Septuaginta, por outro
lado, tem καὶ ἀνεπήδησε, “e ele (Nabal) surgiu”, como se os tradutores tivessem
lido ויּקם (vid., Septuaginta em 1Samuel 20:34). Esta renderização, segundo a
qual a palavra pertence à cláusula seguinte, dá um sentido muito apropriado, se
ao menos, supondo que o ויּקם realmente se manteve no texto, a origem e adoção
geral de ויּנוּחוּ poderia, de qualquer forma, ser explicada. [Keil e
Delitzsch, aguardando revisão]
10.
E Nabal respondeu aos criados de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de
Jessé? Muitos servos há hoje, e cada um foge a seu senhor.
- Nabal
respondeu então aos servos de Davi: “Quem é Davi? – A resposta de Nabal
parece indicar que o país estava na época em um estado solto e desordenado. A
boa conduta de Davi, no entanto, bem como os importantes serviços prestados por
ele e seus homens, foram prontamente confirmados pelos servos de Nabal. Os
preparativos de Davi para castigar sua linguagem insolente e retribuição
ingrata são exatamente o que seria feito nos dias de hoje pelos chefes árabes,
que protegem o gado dos grandes e ricos donos de ovelhas dos ataques das tribos
saqueadoras ou feras. Sua proteção cria uma reivindicação por algum tipo de
tributo, na forma de suprimentos de alimentos e bens necessários, que
geralmente é dado com grande boa vontade e gratidão; mas quando retido, é aplicado
como um direito. A recusa de Nabal, portanto, era uma violação dos usos
estabelecidos do lugar. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
11.
Tomaria eu pois o meu pão e a minha água e a carne das minhas reses que degolei
para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei de onde vêm?
- “E eu
deveria pegar meu pão e minha água (isto é, minha comida e bebida), e meu gado,
… e entregá-los a homens que não sei de onde são?” ולקחתּי é um perfeito com
vav consec., e toda a frase deve ser tomada como uma pergunta. [Keil e
Delitzsch, aguardando revisão]
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INTRODUÇÃO
Mais do que uma história sobre a
tolice de um homem, estamos diante de uma grande lição de virtuosidade,
prudência, sabedoria, sensibilidade, coragem e proatividade. Falamos de Abigail,
usada por Deus para que Davi não viesse a sujar suas mãos de sangue diante da
insensatez de Nabal.
- O
capítulo 25 de 1º Samuel narra um episódio marcante na vida de Davi antes de se
tornar rei. Ele trata do encontro entre Davi e Abigail, esposa de Nabal, um
homem rico, mas rude e insensato. Davi, enquanto fugia de Saul, protegia os pastores
e rebanhos de Nabal no deserto. Em retribuição, ele enviou mensageiros pedindo
mantimentos durante a época de tosquia das ovelhas, um tempo festivo em Israel.
Nabal, contudo, respondeu com desdém, insultando Davi e recusando-se a
ajudá-lo. Isso enfureceu Davi, que decidiu ir com seus homens para matar Nabal
e todos os do sexo masculino de sua casa. Ao saber disso, Abigail, esposa de
Nabal, agiu rapidamente e com grande sabedoria. Sem avisar o marido, ela
preparou uma generosa oferta de mantimentos e foi ao encontro de Davi. Ao
encontrá-lo, ela se prostrou com humildade, assumiu a culpa da ofensa de Nabal
e intercedeu com palavras prudentes e sábias, lembrando Davi de sua vocação
divina e pedindo que ele não se manchasse com sangue por causa de um tolo.
Podemos destacar algumas das virtudes de Abigail:
• Virtuosidade:
Abigail é descrita como "sensata e bela". Sua integridade moral e
espiritual transparece em cada atitude.
• Prudência:
Ela age com discrição, sem provocar mais conflito. Espera o momento certo para
falar com Nabal.
• Sabedoria:
Com argumentos ponderados e teológicos, ela lembra a Davi que Deus está com ele
e o livrará dos inimigos, tornando-o rei.
• Sensibilidade:
Percebe o perigo iminente e reage com empatia tanto pelo futuro de Davi quanto
pela vida de sua casa.
• Coragem:
Enfrenta o risco de sair ao encontro de um homem armado e irado, colocando-se
em perigo por amor à paz; e
• Proatividade:
Age com rapidez, organiza suprimentos e parte ao encontro de Davi antes que o
mal aconteça.
Davi
reconhece que Deus usou Abigail para impedi-lo de cometer um erro grave. Ele
louva a sabedoria dela e aceita seu presente, voltando atrás em seu plano de
vingança. Alguns dias depois, Nabal morre, e Davi toma Abigail como esposa,
reconhecendo nela uma mulher de valor. A história destaca como Deus pode usar
pessoas sábias, sensíveis e corajosas para impedir grandes tragédias. Abigail é
um exemplo brilhante de como a virtude aliada à ação decidida pode mudar o
curso de uma história. Sua vida nos ensina o poder da sabedoria feminina, da
humildade, da diplomacia e do discernimento espiritual para promover paz e
justiça.
I. PALAVRAS TOLAS, CONSEQUÊNCIAS INDESEJADAS
1. Nabal, um homem tolo. Quando falamos em Nabal imediatamente somos
remetidos ao vocábulo “tolo”. Do que adiantou tantas terras e tamanhas
riquezas? Extremamente rico, Nabal tinha suas possessões no Carmelo As três mil
ovelhas e as mil cabras nos possibilitam imaginar a dimensão do poder econômico
desse homem (1 Sm 25.2) O que sobejava em riquezas terrenas, lhe faltava em
juízo e sabedoria Davi, com a responsabilidade em manter um exército de
seiscentos homens, fez uma proposta justa a Nabal provisões em troca de
proteção. Além de um tratamento respeitoso e palavras cordiais, foi oferecida
uma colaboração bem desejável naquela região, segurança diante dos infortúnios
que poderiam acontecer. Nabal não só recusou, mas também insultou Davi e seus
homens ofendendo-os grandemente (1 Sm 25.10): a ríspida e irresponsável postura
de um tolo abriu as portas para consequências desastrosas que foram cessadas
diante da sabedoria de Abigail. Logo após recusar a hospitalidade a Davi e
ofendê-lo duramente. Nabal reuniu-se com seus companheiros em um banquete onde
se embriagou a ponto de perder a noção das coisas. Em complemento a tal
calamidade, após quase dez dias. Nabal morreu (1 Sm 25.36-38).
- Nabal vivia em Maom, e sua propriedade estava situada no Carmelo, que
fica cerca de dezesseis quilômetros ao sul de Hebrom (15:12). Ele tinha tudo
para ser um homem bem-aventurado: tinha riqueza, o bom nome da família
calebita, uma linda e sábia esposa; mas ele não tinha caráter. Em relação ao
dinheiro, Nabal era o que Saul era em relação ao poder: era corrupto a tal
ponto que seu nome significa “insensato”. Viveu para defender sua propriedade e
morreu numa orgia, desfrutando de sua herdade. Era um homem egoísta, avarento,
incomunicável, beberrão e farrista. Vejamos as características desse rico
fazendeiro: Nabal procedia de uma família nobre e piedosa (25:3a). Era da
família de Calebe, que foi um grande homem, um grande líder e um grande exemplo
para sua nação, sendo um dos espias que ousou crer em Deus e que, ao lado de
Josué, foi o único que saiu do Egito e entrou na Terra Prometida. Nabal era um
ramo podre de um tronco saudável. Ele procedia de uma família piedosa, mas
desprezou e pisou na herança e no legado recebido de sua família. Ele escarneceu
dos valores espirituais e morais dela. Seguiu um caminho de trevas, mesmo tendo
luz em sua linhagem. Deixou o exemplo dos pais e enveredou-se pelos atalhos do
erro. Há muitas pessoas ainda hoje que jogam fora os princípios em que foram
criadas. Abandonam a igreja, desobedecem aos pais e colhem os frutos amargos de
sua semeadura infeliz. Nabal era um homem rico (25:2). Ele tinha o privilégio
de ser o homem mais rico da sua região. Era um grande fazendeiro. Tinha três
mil ovelhas e mil cabras. Vivia no conforto e no luxo. A Bíblia diz, porém, que
a vida de um homem não consiste na quantidade de bens que ele possui (Lc 12:15).
Há famílias mais apegadas ao dinheiro do que às pessoas. Destroem relacionamentos
para alcançar mais bens. O dinheiro hoje é um dos principais motivos da guerra
na família. Coisas não substituem relacionamentos. A vida de Nabal foi uma
tragédia. Ele, tendo tantos motivos para ser grato a Deus e viver feliz,
estragou tudo com suas próprias mãos. Nabal era um homem rude na comunicação
(25:3,17). Nabal era duro e maligno em todo o seu trato. Ele era filho de
Belial, e ninguém podia falar-lhe. Diríamos hoje que Nabal era casca grossa,
mal-educado e incomunicável. Nabal tinha um temperamento insuportável (25:3,7).
Era como um porco-espinho. Quem se aproximava dele, se espetava. Suas palavras
eram ácidas, seu temperamento, explosivo e seu caráter, maligno. Nabal era um
homem avarento, egoísta e ingrato (25:11,14,21). Davi e seus homens serviram de
muro protetor aos pastores de Nabal, impedindo que os terroristas do deserto
invadissem suas propriedades e roubassem suas ovelhas. Porém, quando Davi
precisou de uma ajuda para o sustento de seus homens, Nabal a negou, disparatou
os mensageiros do belemita, pagando o bem com o mal. As palavras eu e meu
ocorrem com frequência em suas palavras (25:11). Assemelha-se ao rico insensato
da parábola de Jesus (Lc 12:18-21). Nabal, ainda, empilha falsas acusações
contra Davi — denunciando-o como um bandido qualquer, um desertor rebelde. Enquanto
Abigail reconheceu Davi como rei (25:28,30) e o chamou “meu senhor”, Nabal o
comparou a um servo rebelde, um renegado político, que abandonou seu senhor
(25:10). Nabal tinha mania de grandeza (25:36). Ele não ofereceu nenhuma ajuda
a Davi e a seus homens, mas egoisticamente fez em sua casa um banquete, como banquete
real. Davi, sendo rei, foi privado de sustento; Nabal não sendo rei, deu um
banquete de ostentação para refestelar-se. Não apenas se via como um rei, mas,
também, nos lembra um rei específico: o rei Saul. Nabal era um homem beberrão
(25:36). A alegria de Nabal era apenas etílica. Ela decorria de sua embriaguez.
Ele usava todos os seus bens para si mesmo, para entregar-se aos excessos da
comilança e da bebedeira. Nabal festeja, à semelhança do rei Belsazar (Dn
5:1-31), enquanto o julgamento estava prestes a lhe sobrevir. Esse fazendeiro
fanfarrão nos lembra o homem rico da parábola de Jesus, que “todos os dias, se
regalava esplendidamente”, enquanto se recusava a dar até mesmo as migalhas da
sua mesa ao pobre Lázaro, que mendigava à sua porta (Lc 16:19-21). A. W. Pink é
oportuno em seu alerta: “O insensato Nabal retrata vividamente o caso de
multidões ao nosso redor. A maldição da quebra da lei de Deus está sobre eles;
no entanto, festejam como se tudo estivesse bem com sua alma pela eternidade”. Nabal
era um homem louco, filho do maligno (25:17,25). Abigail, sua mulher, admite
publicamente que o caráter do esposo é uma extensão de seu nome. Ele é um homem
louco. Ele é filho de Belial, dominado pelo demônio.
2. Palavras insensatas. A comunicação tem um grande poder na vida humana:
quanto melhor usamos as palavras, menos nos incomodamos com eventos desastrosos
e revezes antes inevitáveis. Nabal, diante de tal situação, deveria ter sido,
pelo menos, respeitoso e coerente. Porém, diante de um guerreiro como Davi, foi
ríspido e insensível ao momento atravessado pelos seus visitantes (1 Sm
25.10,11). As palavras de Nabal foram insensatas e provocaram a ira de Davi e
seus homens. Em contraposição, às palavras de Abigail foram sábias, prudentes e
essenciais para trazer novamente a paz à sua casa.
- “Quem é Davi? E quem é o filho de
Jessé? Muitos servos há, hoje em dia, que fogem, cada um, do seu senhor.
Tomaria eu, pois, o meu pão, a minha água e a carne das minhas reses que
degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que não sei de onde vêm?”.
As palavras de Nabal revelam arrogância, ingratidão e insensatez. Em vez de
reconhecer o bem que Davi e seus homens haviam feito — protegendo seus pastores
e rebanhos — ele os despreza e os trata como foragidos comuns ou ladrões
oportunistas.
Perceba a
loucura desse homem:
1. "Quem é Davi? E quem é o filho de Jessé?"
Aqui, Nabal
finge ignorância ou desdém. Davi já era uma figura conhecida em Israel, famoso
por derrotar Golias e por sua liderança militar. Essa pergunta, então, não é
inocente — é sarcasmo e desdém deliberado. Ao rejeitar Davi, Nabal não está
apenas desonrando um homem, mas resistindo ao plano de Deus, pois Davi já havia
sido ungido por Samuel como futuro rei.
2. "Muitos servos há, hoje em dia, que fogem,
cada um, do seu senhor." Nabal sugere que Davi é um servo rebelde,
desprezando sua causa justa contra Saul. Ele distorce os fatos e julga de forma
leviana, demonstrando falta de discernimento espiritual e justiça. Isso mostra
como pessoas insensatas podem chamar o bem de mal e fazer acusações sem
fundamento.
3. "Tomaria eu, pois, o meu pão, a minha água e
a carne..." Nabal fala em "meu" pão, "minha" água,
"minha" carne, demonstrando egoísmo e avareza. Mesmo diante da
generosidade esperada na cultura oriental em tempos de festa, ele se recusa a
compartilhar. Sua mentalidade é a do acúmulo e da autoproteção, ao invés de
reconhecer o valor da retribuição justa. A insensatez de Nabal não está apenas
em suas palavras, mas em sua atitude diante de alguém enviado por Deus. Ele
representa aqueles que rejeitam o agir divino por arrogância e cegueira
espiritual. Suas palavras refletem o coração de muitos que, por orgulho,
desprezam os justos e resistem ao bem. O contraste entre Nabal e Abigail é
marcante: enquanto ele fala com desprezo e tolice, ela fala com sabedoria e
honra. Cuidado com palavras impensadas e julgamentos precipitados. A língua
pode acender grandes incêndios (cf. Tiago 3:5-6). Nabal nos lembra que a
insensatez pode atrair juízo, e que o desprezo por aqueles que Deus escolheu é
um erro fatal.
3. Consequências indesejadas. Aquilo que o homem plantar, com certeza colherá:
essa é uma verdade bíblica que precisa ser sempre considerada. Nabal plantou
insensatez, certamente uma característica que fazia parte das mais diversas
áreas da sua vida. A colheita, nesse caso, teria sido realmente calamitosa se
não fosse a presença de uma mulher virtuosa. Davi, com quatrocentos homens, foi
ao encontro de Nabal para um trágico desfecho. No entanto, o Senhor enviou
Abigail com a missão de consertar os estragos já feitos: trouxe as provisões
necessárias para saciar a fome dos homens, falou sabiamente ao reprovar a
atitude do marido e destacou a relevância de Davi manter suas mãos limpas
daquele sangue.
- Se Abigail não tivesse intervindo, as consequências para Nabal teriam
sido catastróficas e imediatas, de acordo com o contexto de 1º Samuel 25 — e
isso pode ser claramente deduzido do próprio texto e do comportamento de Davi
diante das palavras insensatas de Nabal. Davi responde à afronta (v. 13,
21-22): “Davi, porém, disse aos seus
homens: Cada um cinja a sua espada. [...] Davi dissera: Com efeito, de nada me
serviu ter guardado no deserto tudo quanto pertence a este homem, sem que coisa
alguma se perdesse de tudo quanto lhe pertence; ele me pagou mal por bem. [...]
Se eu deixar até o amanhecer de tudo o que tem, até mesmo um menino, juro que
Deus me faça o que quiser.” Consequências previstas para Nabal, caso
Abigail não tivesse agido:
1. Morte certa
para Nabal e todos os homens da casa Davi estava decidido a aniquilar todos os
do sexo masculino da casa de Nabal — um julgamento coletivo pelo desprezo e
afronta que recebeu. Isso significa que Nabal e seus servos, filhos, empregados
e até mesmo inocentes sofreriam as consequências de sua insensatez.
2. Davi se
mancharia de sangue desnecessariamente Nabal não havia cometido um crime digno
de morte, apenas fora tolo e ingrato. Se Davi o matasse, isso pesaria em sua
consciência e mancharia seu futuro reinado. A falta de discernimento de Nabal
quase levou o ungido de Deus a agir impulsivamente, desonrando a Deus com
vingança pessoal.
3. Uma
tragédia provocada por palavras tolas As palavras de Nabal em 1Sm 25:10-11,
arrogantes e cheias de desprezo, foram a centelha de uma tragédia iminente. Isso
mostra o poder destrutivo da língua insensata — ele provocou uma crise de vida
ou morte com apenas algumas frases.
4. Uma casa
destruída por causa de um homem sem sabedoria Se Abigail não tivesse intervindo,
toda a casa de Nabal teria sido extinta, e seu nome teria sido lembrado apenas
como exemplo de loucura. O egoísmo, arrogância e falta de hospitalidade de
Nabal o colocaram em rota de colisão com o juízo. Deus usou Abigail como
intercessora, poupando vidas e preservando Davi de cometer um erro. Se ela não
tivesse ido ao encontro de Davi, Nabal teria colhido imediatamente as
consequências de sua boca insensata. Isso nos ensina que: Palavras impensadas
podem trazer juízo rápido (Pv 18:6-7). A intercessão de uma pessoa sábia pode
salvar famílias inteiras. Deus, em sua misericórdia, muitas vezes levanta
alguém para evitar o desastre que a insensatez humana provoca.
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SUBSÍDIO
I
“Nabal foi ríspido e se recusou a alimentar os
seiscentos homens de Davi. Se hoje nos identificamos com a atitude de Nabal e
porque nossos costumes são muito diferentes Primeiro, nos tempos antigos, a
hospitalidade exigia que se oferecesse alimento aos viajantes, não importava
quantos fossem. Nabal era muito rico e poderia facilmente ter atendido ao
pedido de Davi. Segundo, Davi não estava pedindo esmola pois seus homens haviam
protegido os trabalhadores de Nabal, e parte da prosperidade de Nabal se devia
a vigilância de Davi, Devemos ser generosos com aqueles que nos protegem e nos
ajudam a prosperar, mesmo que não sejamos obrigados por lei ou costume. Davi se
encaminhou para a terra de Nabal sem querer ouvir ninguém (25.13,22) Ainda
assim, parou e deu atenção ao que Abigail tinha a dizer Se ele a houvesse
ignorado, teria se tornado culpado de se vingar com as próprias mãos. Não
importa quão certos imaginemos que estamos, devemos sempre parar e ouvir o que
outros têm a dizer. Agir desse modo exigirá mais tempo e esforço, mas nos
poupará de muito sofrimento e muitos problemas em longo prazo.
II. UMA MULHER VIRTUOSA
1. Virtuosa. Abigail
se destacou pelas suas virtudes em um momento tenso Seu marido, após ter sido
insensato e ofender gravemente a Davi, estava condenado a um triste fim, ele e
toda a sua casa. Mas ali havia uma mulher virtuosa! Ela era uma mulher sábia,
sensível, corajosa, prudente e persuasiva. Qualidades bem-vindas a todas as
pessoas que buscam uma postura justa e comprometida com o que é correto. Assim
que foi alertada sobre a insensatez do marido, tomou todas as providências
necessárias e partiu em direção a Davi. Com humildade, prudência, generosidade
e sabedoria foi usada pelo Senhor para a restauração da paz.
- A
história de Abigail em 1º Samuel 25 é uma das mais belas demonstrações de
virtuosidade feminina nas Escrituras. Em um cenário de tensão, arrogância e
ameaça de sangue, ela surge como instrumento de paz, sabedoria e redenção. A
virtuosidade de Abigail em seus vários aspectos pode ser visto em sua sensatez
em meio à insensatez; O texto já começa contrastando Abigail com seu marido,
Nabal: “Era, porém, Abigail mulher
sensata e formosa, mas o marido, duro e maligno nas obras.” (1Sm 25:3). A
palavra "sensata" aqui carrega o sentido de inteligente, prudente,
ponderada. Ela não apenas possuía beleza exterior, mas era adornada com
sabedoria e bom senso, em contraste direto com o temperamento tolo e bruto de
Nabal.
2. Enviada por Deus. O encontro entre Abigail e Davi foi divino e
mediante os conselhos entregues, decisivo para que o futuro rei não sujasse as
suas mãos com o sangue de um tolo (1 Sm 25.31). Davi, provocado pela atitude de
Nabal se lança em uma vingança desnecessária pois representaria dois revezes:
tiraria o futuro rei de sua missão e traria a ele o sangue de um homem cuja
culpa era a própria infelicidade. Foi a sabedoria de Abigail que fez Davi
entender que, como ungido do Senhor, seria manchado em sua trajetória pelo
sangue de muitos inocentes além do tolo Nabal.
- O
discernimento e percepção do perigo que Abigail teve, serviu de prelúdio à
grande história que estava nascendo ali em meio ao caos provocado pela
insensatez do seu marido. Ao ouvir dos servos o que Nabal havia feito com Davi,
Abigail compreende imediatamente a gravidade da situação. Ela não ignora o
problema, não se omite e não busca culpados. Ao invés disso, age com presteza e
inteligência: “Então Abigail se apressou...”
(v. 18). Seu discernimento é espiritual e prático: ela entende que um homem de
Deus foi ofendido injustamente e que um massacre está por vir. Sua resposta não
é emocional ou desesperada, mas estrategicamente equilibrada. Abigail age sem
perder tempo. Ela prepara uma oferta generosa — pão, vinho, carne, grãos e
frutas secas — e vai pessoalmente ao encontro de Davi, assumindo o risco de se
colocar diante de um guerreiro ofendido e armado (v. 20). Isso mostra sua
coragem e liderança silenciosa. Ela não espera a permissão do marido tolo nem
consulta outros. Toma a responsabilidade sobre si, para salvar sua casa.
3. Edificando a sua casa. A postura de Abigail foi determinante para que
houvesse uma reviravolta na história: a explosão de vingança foi contida e
dissipada de forma prudente, humilde, submissa e sábia. A falha foi de Nabal,
mas quem pagou o preço e correu o risco foi sua esposa Ela não sabia qual seria
a reação de Davi e seus homens ao encontrá-la. mas no tempo certo agiu sob
direção divina e a bênção se fez presente. A sua casa foi edificada Abigail nos
deixa um exemplo admirável e um convite valioso: edificar a casa! Quando nos
dedicamos a essa tarefa, devemos entender que essa é uma ação que precisa ser
direcionada pela vontade divina. O Senhor é a rocha firme sobre qual é
edificada a família (Mt 7.24-27). Sob essa premissa, tudo irá bem pois, da
mesma forma que não se constrói uma casa sob a areia, também não podemos
edificar uma família sobre os princípios frágeis desse mundo.
- Davi
vive há vários anos como um fugitivo. Precisa fugir de um lado para o outro,
entre montes e cavernas, cidades e desertos para livrar-se das mãos de Saul.
Eles e seus seiscentos homens, com as respectivas famílias estão, agora, em
Maom, enfrentando grandes problemas de logística, sobretudo de alimentação para
tanta gente. É nessa conjuntura que Davi encontra os servos de Nabal, um homem
abastado que possuía três mil ovelhas e mil cabras (25:2). Como um bom vizinho,
ele e seus homens protegeram os pastores de Nabal. Para a felicidade de Nabal,
havia uma mulher sábia em sua casa. Abigail era uma mulher bonita por fora e
por dentro (25:3). Mas fez um casamento errado. Por que ela se casou com Nabal?
Por que seus pais a entregaram para este homem? Será porque ele era rico? Por
que ela não viu quem ele era antes de se casar? É um ledo engano pensar que
dinheiro pode fazer um casamento feliz. Casar-se por interesse financeiro é uma
insensatez. É lamentável quando jovens cristãs entregam seu coração a homens
ímpios, simplesmente por causa de seus atrativos terrenos, enfrentando, como
resultado, uma vida inteira de desunião espiritual e discórdia matrimonial. Abigail,
porém, mesmo tendo um marido avarento, briguento, louco, bêbado, e possesso,
age com sabedoria e urgência para salvar sua família. Abigail é uma mulher
sensata e formosa (25:3). É digno de nota que o caráter precede a performance.
A beleza interior precede a beleza exterior. A sensatez vem antes da formosura.
Abigail é bela por dentro e por fora. A palavra “sensata” (sekel) descreve uma qualidade
moral, e não apenas aptidão mental (Sl 111:10; Pv 3:4; 12:8). Abigail é uma
mulher acessível e tratável (25:14). Quando a crise se instalou e a morte foi
decretada sobre a família de Nabal, um de seus moços não o procurou para
resolver o problema, mas foi a Abigail, pois esta era acessível, tratável e
confiável.
SUBSÍDIO
II
“Alguns homens não merecem a esposa que tem. Não
importa qual tenha sido o dote que Nabal pagou por Abigail, com certeza ela se
mostrou infinitamente mais valiosa. Era bela e mais competente que ele na
administração de seus bens, mas ele não lhe dava o devido valor Apesar dos
defeitos de Nabal, sua família e seus servos faziam todo o possível para que
ele não criasse problemas. É provável que essa lealdade fosse inspirada por
Abigail Embora sua cultura e seu marido não lhe dessem grande valor, ela
aproveitou ao máximo suas aptidões e oportunidades Davi ficou impressionado com
eia e tomou-a como esposa quando Nabal morreu Abigail foi excelente conselheira
para os dois homens de sua vida e se esforçou para impedir que tomassem
decisões precipitadas. Com sua rápida intervenção e habilidosa negociação,
dissuadiu Davi de vingar-se de Nabal Viu a situação como um todo e criou espaço
para a intervenção de Deus. Como Abigail, você olha além da crise presente e vê
o quadro mais amplo? Usa suas aptidões para promover a paz? E leal sem fechar
os olhos para as falhas de outros? Que desafio ou responsabilidade você tem
diante de si hoje que requer sua sujeição a Deus? Deus enviou Abigail para
impedir que Davi cometesse uma grande injustiça com todos os homens de Nabal (v
54) Davi reconheceu que estava errado ao planejar tão extrema vingança contra
eles. Às vezes. Deus usa outras pessoas para nos dar sábios conselhos que nos
abrem os olhos, nos protegem e nos impedem de agir mal Quando outras pessoas
nos aconselharem, devemos avaliar suas palavras e os nossos planos
primeiramente segundo a Palavra de Deus, e em seguida conforme a liderança e a
orientação do Espírito em nosso coração e nossa consciência.
III. LIVRAMENTOS NO TEMPO PRESENTE
1. Sobre
fragilidade. A fragilidade de Nabal poderia ter
ocasionado uma grande tragédia. Quantas histórias são interrompidas ou
tristemente reescritas diante dos respingos dos erros e fragilidades
negligenciadas? Falta de maturidade, de diálogo, compreensão ou ainda a
ignorância diante de algo. Enfim, muitas são as nossas fragilidades, por isso é
importante que façamos constantemente o exercício do autoexame e assim,
identificando nossas fraquezas, as depositamos diante do Senhor.
- A
história de Nabal é um retrato vívido de como vidas e histórias podem ser
drasticamente interrompidas ou deformadas quando erros e fraquezas são
negligenciados, ignorados ou encobertos pela arrogância. Nabal era um homem rico,
poderoso e influente, mas internamente era rude, insensato, sem discernimento e
sem domínio próprio. As Escrituras são claras ao fazer o contraste: enquanto
Abigail era “sensata e formosa”, Nabal era “áspero e maligno em tudo o que
fazia” (1Sm 25:3). Ele não era mau apenas em um ato isolado, mas em seu modo de
ser contínuo. Erros negligenciados se tornam armadilhas. Nabal não chegou
àquele ponto de arrogância da noite para o dia. Suas atitudes mostram uma vida
de falta de autoconhecimento, humildade e maturidade emocional e espiritual.
Quando rejeita Davi com palavras ofensivas (1Sm 25:10-11), ele expõe um coração
endurecido e um senso de superioridade tola. Nabal não apenas ignora quem Davi
é, mas ignora o que Deus está fazendo através dele. Ele não entende os tempos
espirituais, nem percebe a importância do momento. Essa ignorância espiritual e
emocional é o que leva à beira da ruína. Nabal não ouve conselhos, não
conversa, não constrói pontes. Os servos o temem e sabem que não adianta tentar
convencê-lo (v. 17). Isso demonstra isolamento emocional, autossuficiência
tóxica e um coração fechado para relacionamentos saudáveis. O casamento com
Abigail é marcado por desequilíbrio: ela é prudente e pacificadora; ele, um
insensato irascível. A ausência de diálogo entre eles é tanta que Abigail age
sozinha para salvar a casa, pois não há espaço para parceria com Nabal. Quando
não há espaço para escuta, humildade e correção, relacionamentos se fragmentam
e histórias são deformadas. As consequências recaem não apenas sobre o tolo,
mas sobre os que estão ao redor. A atitude de Nabal não só ameaçou sua vida,
mas a de todos os homens de sua casa. A tolice de um só poderia ter gerado uma
tragédia coletiva. Isso é um alerta: as falhas que não corrigimos em nós mesmos
frequentemente respingam sobre quem amamos, sobre nossos lares, filhos,
companheiros, comunidade. A omissão de hoje pode ser a ruína de amanhã.
2. Um mundo de
adversidades. No caso em que estamos estudando, as
adversidades faziam parte da vida de cada personagem: com Davi, as
perseguições. os dramas e sofrimentos de seus homens, as injustiças de Saul, os
riscos de vida da sua família; com Abigail. As consequências da insensatez de
seu marido, com Nabal, sua tolice, ganância e falta de equilíbrio. Os três
personagens tiveram posturas a partir de suas adversidades que ditou o rumo dos
acontecimentos. Davi ouviu os conselhos daquela mulher e mudou sua postura
sendo abençoado Abigail teve sensibilidade ao ocorrido e no tempo certo correu
ao encontro do futuro rei com as palavras certas e as provisões tão necessárias
e. ao voltar para casa, soube esperar o dia seguinte para que seu marido, um
pouco mais sóbrio, tomasse conhecimento do desenrolar de sua insensatez. Nabal,
diante de sua tolice, foi agressivo, ofensivo e entregou-se à bebedeira. O desenrolar
dos fatos, já conhecemos.
- A
narrativa de 1º Samuel 25 nos oferece um rico painel sobre adversidades na vida
dos três personagens — Davi, Nabal e Abigail — e como, por meio da soberania de
Deus, essas circunstâncias difíceis podem ser redimidas, transformadas e
conduzidas para o bem. Vejamos como essa verdade se desdobra na vida de cada
um. Perceba:
1.
Davi – Adversidade como prova do coração e caráter: Davi vivia como fugitivo,
perseguido injustamente por Saul, sem lar fixo, com homens cansados e famintos
ao seu redor. Mesmo assim, foi leal, protegendo os rebanhos de Nabal sem exigir
nada em troca. "De nada me serviu
ter guardado no deserto tudo quanto pertence a este homem [...] ele me pagou
mal por bem." (1Sm 25:21). Essa injustiça o abalou profundamente — a
ponto de quase agir com impulsividade e violência. Deus usou a prudência de
Abigail para impedir Davi de manchar suas mãos com sangue inocente. "Bendita sejas tu, que hoje me tolheste de
derramar sangue." (v. 33). A adversidade de Davi se tornou um teste de
maturidade espiritual, e Deus o livrou do erro, reafirmando seu chamado. A
intervenção divina preservou sua integridade e preparou-o para o trono com uma
consciência limpa.
2.
Nabal – Adversidade como consequência da insensatez: Nabal era um homem
próspero, mas sua adversidade foi de caráter. Ele enfrentava o mundo com
tolice, egoísmo e arrogância. Sua recusa em reconhecer o valor de Davi e sua
resposta grosseira revelam uma alma fechada à sabedoria e à graça. “Quem é Davi? E quem é o filho de Jessé?”
(v. 10). Ele não percebeu que estava desprezando o ungido do Senhor. Nabal
experimentou tragédia, não transformação; Nabal não permitiu que suas
adversidades o moldassem. Sua cegueira espiritual o levou à morte. “E aconteceu que, passados uns dez dias,
feriu o Senhor a Nabal, e este morreu.” (v. 38). As adversidades podem nos
moldar ou destruir — tudo depende de como respondemos a elas. Nabal resistiu à
correção, fechou-se à verdade e colheu destruição.
3.
Abigail – Adversidade como plataforma para propósito e honra: Abigail era
casada com um homem tolo, ríspido e insensato. Ela vivia em tensão, em um lar
com falta de diálogo, honra e sensibilidade espiritual. Ela não tinha liberdade
de ação plena — tanto que precisou agir sozinha e com risco pessoal para evitar
a tragédia. “E não disse nada a Nabal,
seu marido.” (v. 19). Sua sabedoria, humildade e coragem não apenas
salvaram sua casa, mas a colocaram no caminho do destino divino. Após a morte
de Nabal, Davi a toma como esposa (v. 39-42). Deus a honrou, tirando-a de um
casamento tóxico para uni-la a um homem segundo o Seu coração. Quando as
adversidades são enfrentadas com fé, prudência e coragem, Deus as transforma em
portas de honra e elevação. Abigail é prova de que a fidelidade em meio à dor
pode ser recompensada no tempo certo. Deus transforma adversidades em bem; A
história de 1º Samuel 25 nos mostra que Davi foi provado, mas poupado de cair —
Deus usou a adversidade para lapidar seu caráter; Nabal resistiu à correção — e
colheu juízo; Abigail permaneceu fiel e sábia — e foi honrada por Deus. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus...” (Rm 8.28). A adversidade não é o fim, mas
um instrumento de transformação; As crises que enfrentamos revelam quem somos e
nos convidam a amadurecer; Deus pode usar até os ambientes mais hostis para
preparar uma nova estação; A chave é responder às adversidades com fé,
humildade e sabedoria, como fez Abigail.
SUBSÍDIO
III
Professor (a), nesse tópico é importante ressaltar
que a fragilidade de Nabal poderia ter ocasionado uma grande tragédia Converse
com os alunos mostrando que muitas pessoas estão sofrendo devido os erros e
fragilidades negligenciadas. Por isso é importante o exercício do autoexame da
oração e do depositar diante do Senhor nossas fragilidades.
CONCLUSÃO
Abigail teve um papel central nos
eventos aqui estudados. Uma mulher virtuosa que soube a hora certa de entrar em
ação impedindo que Davi cometesse um grave erro e na mesma ação, edificou a sua
casa salvando a vida do marido tolo. Que possamos, inspirados nesse exemplo, buscar
uma postura de edificação diante das crises, de humildade diante de nossas
fragilidades, de confiança frente às adversidades e de sabedoria em um mundo
que clama por ajuda.
- Preciosíssimas
lições podem ser aprendidas com os três personagens da história, no entanto, a
lição frisa Abigail; Abigail é uma mulher sábia (25:18,24). Ela não recorre a
seu marido, mas com toda pressa, toma medidas cabíveis para evitar uma tragédia
sobre sua família. Qualquer demora seria potencialmente suicida. Ela aplaca a
ira de Davi com presentes e com gestos de humildade. Abigail entendeu que
enviar os presentes adiantados apaziguaria Davi e amenizaria as coisas para o
seu encontro pessoal com ele. A cena é alusiva à ocasião em que Jacó enviou
mensageiros e presentes a Esaú antes que os dois se encontrassem (Gn 32:3-21).
Abigail se lança aos pés de Davi, chamando para si a culpa e exortando Davi a
dar ouvidos às suas palavras. Ela se apresenta como conselheira de Davi, para
livrá-lo de um crime de sangue. Ele chegou a fazer voto de destruir a casa de
Nabal (25:22). Porém, ela o adverte a não reagir ao marido, tornando-se como
ele. Em vez de Davi agir como o ímpio Nabal, Davi deveria agir como o servo do
Senhor que era e, especialmente, exibir as características graciosas daquele
que é marcado e favorecido pelo Senhor. Abigail pediu a Davi que deixasse sua
glória futura regular suas ações presentes, de modo que, naquele dia, sua
consciência não o reprovaria por tolices anteriores.
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HORA
DA REVISÃO
1. Qual
foi a grande falha de Nabal?
Foi, diante de sua tolice e insensatez, recusar a tradicional
hospitalidade, negar de forma agressiva a proposta feita, ofender a honra do
futuro rei e, finalmente diante do caos se envolver em orgias e bebedeiras.
2. Aponte algumas das características de Abigail que
a qualificam como uma mulher virtuosa.
Ela era uma mulher sabe, sensível corajosa, prudente, persuasiva,
humilde, generosa, sábia e temente ao Senhor
3. Qual o exemplo admirável e o convite valioso que
Abigail nos deixa?
Abigail nos deixa um exemplo admirável e um convite valioso edificará
casa!
4. Qual deve ser a nossa postura diante de nossas
fragilidades?
A fragilidade é algo que faz parte da vida humana, somos frágeis desde o
nascimento até o último dia de nossas vidas, por isso é importante que façamos
constantemente o exercício do autoexame e assim, identificando nossas
fraquezas, as depositamos diante do Senhor.
5. De acordo com a lição, fale das adversidades de
Davi.
Nabal e Abigail Davi ouviu os conselhos daquela mulher e mudou sua
postura sendo abençoado Abigail teve sensibilidade ao ocorrido e no tempo certo
correu ao encontro do futuro rei com as palavras certas e as provisões tão
necessárias e. ao voltar para casa soube esperar o dia seguinte para que seu
marido, um pouco mais sóbrio, tomasse conhecimento do desenrolar de sua
insensatez Nabal, diante de sua tolice foi agressivo ofensivo e entregou-se a
bebedeira.