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17 de dezembro de 2024

EBD JOVENS | Lição 12: Proteção Contra os Vícios | 4° Trimestre de 2024

 

Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO PRINCIPAL

Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.” (Pv 25.28)

Entenda o Texto Principal:

- O homem que não pode conter seu espírito – (contraste Provérbios 16:32). O domínio não apenas sobre a pressa na raiva, mas também sobre as concupiscências, está implícito. O autocontrole devoto e vigilante é o muro da cidade; e devemos ver que não há violação nele por autossuficiência ou indolência espiritual.

 

RESUMO DA LIÇÃO

O autodomínio é uma virtude indispensável para a superação de um vício.

Entenda o Resumo da Lição:

- A palavra autodomínio é a junção de "auto" e "domínio" e significa ter domínio de si mesmo, ou seja, ter autocontrole. A Bíblia diz que Deus nos ajuda a ter autocontrole, para que possamos viver para agradar a Deus e fazer o bem.

 

TEXTO BÍBLICO

Provérbios 20.1; Romanos 6.5.6

Provérbios 20

1. O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora, e todo aquele que neles errar nunca será sábio.

- O vinho é zombador. O vinho torna os que o bebem zombadores de Deus e dos homens. a bebida forte é causadora de alvoroços – ou tumultuadamente barulhenta. Isso torna seus bebedores assim. Sheekaar inclui todas as bebidas fortes além do vinho (cf. Levítico 10:9). e todo aquele que errar por causa deles não é sábio. ‘Quando o vinho chega, a mente sai.’ Ele engole a razão, entorpece a mente, turva o cérebro, desperta as paixões

 

Romanos 6

5. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte. também o seremos na da sua ressurreição.

- Compare com Romanos 6:8-12; Efésios 1:1920Efésios 2:56; Efésios 1:1920Efésios 2:56Efésios 2:56Efésios 2:23Filipenses 3:1718Filipenses 3:1011. unidos a ele – “plantados a ele” no original grego. Compare com Salmo 92:13; Isaías 5:2; Jeremias 2:21; Mateus 15:13; Jo 12:24; Jo 15:1-8.

6. Sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.

- nosso velho homem. O eu do cristão não regenerado. A palavra grega para "velho" não diz respeito a algo velho em anos, mas a algo gasto e inútil. O nosso velho ser morreu com Cristo, e a vida que desfrutamos agora é uma vida dada de maneira divina, a vida do próprio Cristo (cf. Gl 2.20). Fomos retirados da presença e do controle do nosso ser não regenerado, e desse modo não devemos seguir as lembranças remanescentes de nossos velhos caminhos pecaminosos como se ainda estivéssemos sob a influência do mal (Ef4.20-24; CI 5.24). corpo do pecado. Em sua essência, é parecido com "nosso velho homem". Paulo usa os termos "corpo" e "carne" para se referir às tendências pecaminosas interligadas com as fraquezas e os prazeres físicos (p. ex., 8.10-11,13,23). Embora o velho ser esteja morto, o pecado mantém uma posição em nossa carne profana ou em nossa humanidade não redimida, com seus desejos corrompidos. (7.14-24). O cristão não tem duas naturezas conflitantes, a velha e a nova, mas uma nova natureza que ainda está encarcerada numa carne não redimida. Porém, o termo "carne" não equivale ao corpo físico, o qual pode ser um instrumento de santificação (v. 19; 12.1; 1 Co 6.20). destruído. Tornado ineficaz ou inoperante

 

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INTRODUÇÃO

Os vícios revelam o poder do pecado na vida de um pecador. A Palavra de Deus afirma que o Senhor Jesus veio ao mundo para remover esse poder que impera na vida do pecador. Neste contexto, o livro de Provérbios nos mostra uma importante advertência contra os vícios que podem dominar a alma humana. Nesta lição, estudaremos sobre como nos proteger contra os vícios.

- Os vícios têm sido um carrasco para milhões de pessoas no mundo. N a verdade, os vícios aprisionam as pessoas, humilhando-as e mantendo-as sob algemas. A Bíblia não usa o termo “vício” diretamente, mas fala sobre hábitos e comportamentos que nos afastam de Deus e nos prendem em ciclos destrutivos. A Bíblia frequentemente compara o vício à escravidão. Em João 8:34, Jesus diz: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” Isso significa que, quando estamos presos a um vício, estamos sob o domínio desse comportamento pecaminoso. A boa notícia é que a Bíblia também fala sobre a libertação do pecado através de Jesus Cristo. Em Romanos 6:6, Paulo escreve: “Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos.” Este versículo nos lembra que, através de Cristo, podemos ser transformados e libertados do poder do vício.

 

I. OS VÍCIOS NO LIVRO DE PROVÉRBIOS

1. Os vícios em Provérbios. Não encontraremos no livro de Provérbios nenhuma lista de vícios dos quais devemos nos afastar, mas veremos princípios que devemos considerar em nossa caminhada. Nada deve dominar sua vida, exceto a Palavra de Deus. Por isso, uma das características de Provérbios, quando se deseja convencer o jovem a andar pelo caminho justo, é apresentar o perigo do caminho dos desejos viciantes, o caminho perverso e o prejuízo que ele nos trará (Pv 7.21-23). Provérbios nos apresenta os vícios numa linguagem que deixa claro o quanto eles podem ser sedutores e, ao mesmo tempo, destrutivos para a vida de quem foi dominado por eles. Assim, a mensagem deste livro é clara: o sábio não deve ser dominado por nenhum vício.

- Quais vícios controlam e corrompem você? Um vício é um hábito ou prática maligna, imoral ou perversa. Salomão queria um filho e uma nação sábios, então ele definiu e condenou vários vícios que escravizam os homens e arruínam suas vidas. Embora a sociedade moderna não se importe mais e a maioria dos púlpitos os ignore, aprenda a odiar esses pecados esquecidos ou menosprezados. Os vícios pegam aqueles que não governam seus espíritos, pois seu espírito influencia fortemente suas ações. Se você não governa suas paixões, você é fraco e vulnerável à loucura e ao pecado. Você pode ser tomado no máximo a qualquer momento e levado à ruína.

2. A substância viciante (Pv 20.1). Ο capítulo 20 está dentro de um contexto que tem início no capítulo 18.22. A partir do capítulo 19.25 há um contraste entre características da vida do justo e do zombador. Ainda dentro desse contexto, lemos que o álcool produz zombadores e brigas e que, por isso, não é uma característica de uma pessoa séria que preza pela prudência e temperança (Pv 20.1). Provérbios ainda mostra que o álcool é responsável por trazer consequências das mais degradantes para a vida (Pv 23.30-35). A bebida forte, como qualquer outra substância viciante, tira de nós a lucidez, a moderação, o domínio próprio, a razoabilidade e, portanto, é incompatível com a vida de quem é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18)

- Bebidas inebriantes — vinho e bebida forte (1) — são personificadas para simbo­lizar o que fazem os homens que estão sob a sua influência. Eles se tornam escarnecedores de valores elevados ("zombador" NVI); pessoas barulhentas e briguentas. Temos aqui uma condenação veemente da embriaguez. Esta condenação é apresentada com lingua­gem mais abrangente e mais vívida em 23:29-35.4° O vinho (hb. yayin) é suco de uva fermentado; bebida forte (hb. shekar) é um termo geral para designar todas as bebidas inebriantes (cf. Is 28.7). Estas bebidas eram proibidas aos sacerdotes (Lv 10.9), aos nazireus (Nm 6.3) e aos recabitas (Jr 35).

3. Os demais vícios (Pv 25.28). Provérbios 25 se encontra dentro do contexto 25.1 e 29.27 denominado de, como vimos na primeira lição, coletânea de Ezequias com provérbios de Salomão. Provérbios 25.28 nos apresenta o tema do domínio próprio contra qualquer tipo de vício em qualquer área da natureza humana. Como seres humanos, guerreamos nossas guerras em diversas áreas de nossa natureza. Os desafios com vícios podem se apresentar na área das necessidades instintivas (comida, sexo e poder); na área emocional (tristeza, ira e preguiça); e na área do espirito humano (ambição, inveja e soberba). O desequilíbrio em qualquer uma dessas áreas pode produzir muitos males.

- Comentário Bíblico Beacon: “Provérbios 25:1-28; SEÇÃO IV; A COLEÇÃO DE EZEQUIAS DOS PROVÉRBIOS DE SALOMÃO. Provérbios 25:1-29.27: Devemos esta coletânea de 137 provérbios salomônicos a Ezequias, talvez o maior dos reis reformadores da história de Judá. Ezequias não somente conduziu o seu povo à reforma espiritual, mas a tradição atribui ao seu reinado um grande avivamento literá­rio. Ezequias era, indubitavelmente, um homem de grande interesse literário (cf. 2 Reis 18.18,37; Is 38:10-20). Durante o seu reinado ele tentou preservar o tesouro literário existente do seu povo, especialmente aquilo que provinha do maior sábio de Israel. De acordo com o versículo que fornece o título à seção (25.1), os escribas de Ezequias transcreveram (lit.: "removeram de um documento para outro") estes provérbios de Salomão. Os ditos desta coletânea foram tomados de alguma antologia anterior (cf. 1 Reis 4.32) e são semelhantes aos da primeira grande seção de Provérbios 10:1-22.16). Não temos aqui discursos extensos, nem conexões lógicas entre muitos de seus dísticos, e não há nenhuma ordenação de conteúdo facilmente compreendida. R. B. Y. Scott, no entanto, fez uma ordenação tópica desta seção.'

 

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SUBSÍDIO 1

Professor(a), explique aos alunos que “para muitas pessoas, hoje em dia, a dependência física e emocional de alguma substância é uma realidade amarga e implacável e as estatísticas sugerem que o consumo de drogas não está diminuindo. O problema se expandiu para incluir mais pessoas do que nunca. Há muito tempo, o vício de bebidas alcoólicas e de drogas deixou as favelas para fazer vítimas nos pátios das escolas O vício não mais é a doença dos marginalizados, econômica e culturalmente, hoje, é uma epidemia que assola as famílias de classe média Há, então, algum assunto de maior relevância que este? Há alguns séculos, quando o Senhor orientou os seus mensageiros para que registrassem a sua verdade, este foi um assunto que Ele preferiu não ignorar. Por isso, agora, aqui estamos, no século XXI, cercados por conveniências modernas e tecnologia sem precedentes, no entanto os antigos ditados que um autor escreveu há tanto tempo têm uma saudável relevância. Esta coletânea de sábios dizeres inclui mensagens e advertências pertinentes a todos os que podem estar escravizados pelos efeitos do álcool ou da sedução de outras substâncias que causam alucinações. O vício em substâncias químicas não está mais escondido, sussurrado por um seleto grupo de profissionais, atrás de portas fechadas. Por todo o país, há grupos em comunidades, faculdades e igrejas, não para repreender ou gritar, não para pregar ou moralizar, mas para oferecer ajuda. Profissionais treinados e viciados em recuperação dedicam seu tempo a encorajar, apoiar, orientar e instruir uns aos outros. A maioria deles já passou pelo pesadelo infernal do vício, de modo que entendem o que é se sentir preso, cativo de uma garrafa, de um comprimido, de uma inalação ou de uma injeção” (SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios Rio de Janeiro: CPAD, 2013. p. 176)

 

II. O VÍCIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

1. O conceito. Basicamente, podemos conceituar o vício como um hábito ou costume duradouro que leva a pessoa a fazer alguma coisa que traz algum “bem-estar. Esse comportamento se torna recorrente e cada vez mais intenso. E uma das características mais visíveis do vício se encontra exatamente quando ocorre a retirada do seu objeto. A pessoa entra num processo de abstinência e, por isso, acaba por sentir uma série de sintomas desagradáveis devido a ausência do objeto do vício. Assim, quem é dominado por um vício se torna vulnerável a uma série de perigos. Por isso que a descrição de Provérbios 25.28 é atemporal, pois o ser humano pode dominar a tecnologia. pode ser uma pessoa muito bem-sucedida, poder ter as maiores honrarias, mas se ela é dominada por um vício, ela está exposta e, por isso, é como uma cidade sem proteção alguma, desprotegida para qualquer tipo de invasão. Ela não tem vontade própria, pois se encontra sob o domínio de um senhor: o vício (Rm 6.12-14).

- O conceito de vício pode ter vários significados, dependendo do contexto:

Na área da saúde, vício é uma doença física e psicoemocional que se caracteriza por um hábito repetitivo que prejudica a vida da pessoa e das pessoas ao seu redor. Pode estar associado ao abuso de substâncias ou a dependências comportamentais, como jogos, compras ou sexo.

No âmbito jurídico, vício é um defeito ou imperfeição em algo, como um bem, um contrato ou um ato jurídico, que afeta a sua validade, eficácia ou funcionamento adequado.

No sentido geral, vício pode significar:

         Hábito profundamente enraizado de ações consideradas moralmente condenáveis

         Prática de atos geralmente prejudiciais ou moralmente censuráveis

         Disposição natural para algo, propensão irresistível ou tendência

         Erro contra as regras da arte ou da ciência

         Qualquer desvio ou deturpação linguística

A palavra vício tem origem no latim vitium, que inicialmente era usada para referir-se a uma anomalia física.

2. Tipos diversos de vícios. Os vícios se manifestam em diferentes áreas da natureza humana. Como mencionamos anteriormente, ele pode se manifestar por meio das necessidades mais básicas como a comida e a bebida, com a compulsão alimentar, o alcoolismo; por meio do sexo, com o vicio da pornografia, sexo excessivo e promiscuidade. Dessa forma, os vícios se manifestam de maneira diversa na vida das pessoas, começando sempre de forma sorrateira, recreativa e despretensiosa, até que não se consiga mais sair desse contexto dominador de maneira autónoma.

- Quando falamos em vício, a primeira coisa que vem à cabeça é o álcool e as drogas. Porém, o que muita gente esquece é que o vício não se limita somente a isso, mas a uma série de fatores que fazem desse problema algo muito mais profundo do que pensamos. A palavra vício tem origem do latim “vitium” e significa “falha ou defeito“. Para o dicionário Aurélio, a definição de vício é: Tornar mau, pior, corrompido ou estragado; alterar para enganar; corromper-se, perverter-se, depravar-se. Já para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma doença física e psicoemocional. No entanto, a psicologia vai mais à fundo e investiga não só as consequências, mas também as motivações, origens e características do vício e de seus dependentes. A área também entende o vício como um mecanismo de fuga emocional que visa a obtenção de prazer e extinção da dor.

O que caracteriza um vício?

O limite entre um hábito e o vício está nas consequências que eles causam na vida da pessoa. O vício afasta o indivíduo de sua essência e faz com que foque mais na obtenção do prazer através da dependência do que na vida que antes levava, nem que isso signifique se afastar de amigos e familiares, mentir, se prejudicar no trabalho e mudar completamente o curso de suas ações, objetivos e sonhos. (Extraído de: https://www.telavita.com.br/blog/vicio/.)

3. Vícios presentes na vida dos jovens. Há alguns vícios que são predominantes no contexto em que os jovens vivem de maneira geral. Naturalmente, sempre há exceções. Especialistas da área de Saúde Mental têm se dedicado em estudar os comportamentos de jovens por intermédio desses vícios. De acordo com eles, a dependência química é disparada o vício mais comum entre os jovens. Geralmente, a introdução ao vício se começa de maneira recreativa para depois se tornar em dependência. Esse vício impacta não só o jovem, mas toda a sua família. O alcoolismo também é um vício muito presente na vida dos jovens. Isso é um problema, pois o álcool é prejudicial ao desenvolvimento intelectual e emocional do jovem.

- “Vício é tudo aquilo que escraviza o homem e o faz refém dos seus instintos” O instinto humano tende a buscar satisfação constantemente, colocando como prioridade o prazer momentâneo ou duradouro. Essa busca está associado ao anseio de conquista do homem e a mesma inquietude que o faz criar milhares de coisas novas e surpreendentes, tem o potencial de levá-lo ao caminho do flagelo e autodestruição. Os vícios são considerados doenças que afetam diretamente o sistema nervoso, criando no indivíduo, a dependência. Quando o vício está instalado na mente da pessoa, pode comprometer fortemente seu comportamento e percepção, trazendo-o para um estado que o faz abandonar seu juízo e agir na intenção de saciar suas vontades. 7 vícios mais comuns e seus perigos:

         Bebidas Alcoólicas: o alcoolismo acontece em todo o mundo.  O uso abusivo do álcool pode acarretar em diversas doenças, inclusive levar à morte. É caracterizada por uma vontade incessante e constante de consumir bebidas alcoólicas. O efeito do álcool não é só no indivíduo, mas as pessoas próximas sofrem com a violência, a depressão e outras patologias, reflexo do consumo abusivo.

         Cigarro: o tabagismo é uma doença. Começa de forma inocente, reprisando os hábitos de outras pessoas e logo faz parte da rotina. O consumo do tabaco é liberado e é possível encontrá-lo em qualquer estabelecimento de conveniências. Em geral, as pessoas procuram os órgãos de saúde apenas para tratar as doenças quando já estão apresentando os efeitos do cigarro. O surgimento de vários tipos de neoplasias, principalmente o câncer de pulmão estão relacionadas ao consumo do cigarro.

         Internet: a dependência a internet chega a ser comparável ao álcool e drogas, já que tem efeitos tão graves quanto. Chamado de Transtorno do Vício em Internet, já afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e seu efeito maior é afastar as pessoas da realidade, fazendo-as perderem o interesse na vida.

         Celular e Smartphones: o vício em celular ganhou um nome específico “nomofobia”. Representa aquela vontade inquietante de tocar no celular a todo momento, seja para: ver as horas, abrir e-mails, acessar as notícias, ver fotografias e outras facilidades que esta tecnologia permite. Não chega a ser considerado uma doença ou transtorno, mas causa incômodos, problemas de relacionamento, reduz a performance no trabalho, dentre outras.

         Redes Sociais: diferente da nomofobia, o vício em redes sociais está associado ao estado de necessidade de interação constante. Estar presente nas redes sociais postando fotos, curtindo e consumindo conteúdo o tempo todo, pode esconder transtornos de comportamento e até a depressão. O indivíduo fica refém dos aplicativos, buscando alívio a angústias e frustrações pessoais em imagens, frases de efeito e vídeos publicados nas redes sociais.

         Jogos de azar e apostas: este tipo de vício pode arruinar completamente a vida de um indivíduo, fazendo-o perder dinheiro e outras posses. O vício em jogos pode estar vinculado à vontade constante de se desafiar, de prova social ou status, a crença que pode iludir ou influenciar outras pessoas, o desespero por dinheiro fácil ou experimentar fortes emoções.

         Remédios: o vício em remédios pode ser tão letal quanto a dependência de drogas ilícitas potentes. A “farmacodependência” já é uma realidade no Brasil. Para se ter ideia o Rivotril é o 2º remédio mais produzido e vendido no país. O uso de remédio, principalmente os psiquiátricos, cresceu 52% entre 2009 a 2014 (segundo a Secretaria Municipal de Saúde/ SP) . As pessoas abusam da automedicação para obter uma fuga às frustrações e angústias do cotidiano, procurando um abrigo e uma falsa sensação de alegria em medicamentos.

 

SUBSÍDIO 2

“O consumo de drogas não está limitado a ruazinhas sujas, você pode encontrar o vício praticamente em todos os lugares. O apartamento de cobertura de propriedade do grande apostador, casas agradáveis onde crianças pequenas brincam: eficientes escritórios onde se fazem negócios regularmente, quartéis militares onde reina a monotonia, times esportivos profissionais, onde a competição é violenta e o dinheiro é abundante o problema não conhece limites econômicos nem sociais. Este, no entanto, não é um fenômeno recente. Há séculos, Salomão falou sobre isso. Apesar de sua posição privilegiada entre os que eram politicamente poderosos e intelectualmente dotados, os seus textos refletem uma exposição em primeira mão ao problema. Aparentemente, Salomão sofreu pessoalmente com o vício, de alguma maneira, ou testemunhou essa condição nas pessoas próximas a ele. Ele personificou o álcool como um vil criminoso. O vinho é escarnecedor e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio’ (20.1). Embora, a princípio. Salomão parecesse ter a substância em vista. um exame mais atento mostra que ele, na verdade, estava se referindo ao vício. O vinho não fermentado não era algo inerentemente ruim. Na verdade, o vinho não fermentado era uma parte necessária da vida diária, nos tempos antigos Todos na família bebiam vinho, com moderação. Com responsabilidade!” A “bebida forte, no entanto, era diferente. Também chamada de ‘vinho doce’, esta bebida continha uma dose substancialmente maior de álcool do que aquilo que muitas culturas chamavam de “vinho de mesa”. Os fabricantes de bebidas fortes descobriram que a mistura de uvas com tâmaras ou romãs secas, antes da fermentação, resultava em uma bebida que provoca uma alteração mental. O mesmo processo funcionava para a destilação de cerveja forte, com a fermentação da cevada, e a mistura de frutas com alta concentração de açúcar para produzir um elevado teor alcoólico.

A palavra-chave neste provérbio é a palavra hebraica traduzida como “alvo- roçadora, que pode não ser a melhor tradução. O verbo original quer dizer ‘desviar, errar, falhar” A ênfase principal é no pecado inadvertido, quer por ignorância ou por acidente. Neste contexto, o vinho e a bebida forte seduzem suas vítimas, como uma meretriz seduz um amante (Pv 5.20.34). Além disso, este provérbio sugere que o pecado não é meramente, um caso de embriaguez, mas um rumo descendente no modo de vida. “Vinho” e “bebida forte” representam vício ou compulsão. Portanto, a intoxicação pode não ser meramente o efeito do álcool no cérebro, mas a influência do vício na vida de uma pessoa. (SWINDOLL Charles R. Vivendo Provérbios Rio de Janeiro CPAD. 2013. p. 178)

 

III. PROTEGENDO-SE CONTRA OS VÍCIOS

1. Crucificados com Cristo. Podemos afirmar que, a respeito de como sermos vitoriosos contra os vícios carnais, há uma verdade demonstrada e revelada nas Escrituras: “nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” (Rm 6.6). Com base na verdade revelada da Palavra de Deus afirmamos que o pecado e, consequentemente, os vícios não têm mais poder sobre a nossa vida. pois fomos unidos a Cristo na sua mor- te, de maneira que semelhantemente seremos unidos a Ele na ressurreição (Rm 6.5). Por isso que quem está em Cristo não se inclina para as coisas da carne, pois seu interesse é com as coisas do Espírito que é vida e habita em nós (Rm 8.5-8). Ora, a característica de uma pessoa dominada pelo Espírito de Deus é a de se inclinar para as virtudes do Espírito. Essas virtudes são reveladas por meio do amor, da mansidão, da temperança (domínio próprio), da benignidade (Gl 5.22).

- “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20. Este, de fato, é o coração do cristianismo, o firme alicerce da fé em Cristo. Até que isso se torne realidade na vida de uma pessoa, ela sofrerá derrotas e fracassos contínuos. Enquanto vivermos para nós mesmos, o resultado será a miséria, porque em nós, isto é, em nossa carne, não há nada de bom. (Romanos 7:18) Ninguém consegue seguir os passos de Cristo, fazer a vontade de Deus e guardar Seus mandamentos por conta própria. A carne de todos é totalmente depravada, irreparável, indefesa e impossível. Quanto mais tentamos fazer o bem, mais descobrimos que é impossível. O que devemos fazer com um homem completamente corrupto e incorrigível? Quando reconhecemos e admitimos que este é o nosso estado, isso nos leva à necessidade e nos causa tristeza. Assim, Deus é capaz de abrir nossos olhos para ver que fomos crucificados com Cristo; não apenas nosso certificado de dívida foi pregado na cruz (Colossenses 2:14), mas também o próprio devedor! (Romanos 6: 6) Isso foi incluído na obra de Cristo; o Pai acha que é assim, e é assim. Paulo poderia dizer em verdade: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu,”. Não podemos e certamente não devemos dizer isto se não vivermos uma vida vitoriosa. Por exemplo, se estou ofendido, zangado ou preocupado e depois digo que já não sou eu que vivo, mas é Cristo quem vive em mim, então estou dizendo que é Cristo quem peca – o que seria uma blasfêmia! Quem vive uma vida completamente vitoriosa neste mundo? Todos os que, pela fé, estão crucificados com Cristo; todos que não vivem mais para si.

2. Os vícios não reinam mais. Ora se fomos crucificados com Cristo, não podemos ser escravos do pecado, muito menos obedecer aos apelos de nossa natureza caída (Rm 6.12.13), mas devemos ser dominados pelo Espírito Santo. Isso não significa que não seremos tentados pelos desejos do pecado. Por isso, o apóstolo apela para que nos entreguemos todos os dias a Deus para desenvolver as virtudes do Espírito (Rm 6.13).

- O corpo mortal é o único depósito restante onde o pecado encontra o cristão vulnerável. O cérebro e seus processos do pensamento são parte do corpo, e assim, tentam a nossa alma com seus desejos pecaminosos (cf. 8.22-23; 1 Co 15.53; 1 Pe 2.9-11). Notemos no que no versículo 13, o apóstolo orienta a não oferecermos, ou seja, ele fala de uma decisão da vontade. Antes que o pecado possa ter poder sobre um cristão, ele deve, primeiramente, passar pela vontade dele (Fp 2.12-13). As partes de seu corpo físico, lugares a partir das quais o pecado opera no cristão (Rm 7.18,22-25; cf. 12.1; 1 Co 9.27). não podem ser usados como instrumentos de iniquidade. Aqueles usados para fazer o que viola a vontade e a lei santas de Deus, o pecado não reina mais.

3. Exercendo o autodomínio. O apóstolo Paulo diz que fazemos parte de uma nova realidade espiritual, ou seja, estamos na graça. Essa graça maravilhosa nos alcançou de maneira poderosa (Ef 2.8-10). Por isso, o pecado não pode mais nos dominar (Rm 6.14). Dessa forma, como consequência da obra realizada pelo Espírito Santo em nossas vidas, podemos dizer não ao pecado, ao vício e, ao mesmo tempo, cultivar uma virtude indispensável para vencer as lutas contra os desejos pecaminosos: a virtude do autodomínio da temperança. Desenvolvemos essa virtude quando nos submetemos, de maneira plena, ao domínio do Espírito Santo. Então, essa virtude nos auxiliará na luta contra os pecados de todas as esferas de nossa natureza. Assim, quando somos temperados pelo Espírito, exercemos o autodomínio nas áreas que antes eram dominadas por outras fontes, não deixamos espaço aberto para as tentações e ofertas maliciosas para nos derrubar. Assim, faz muito sentido quando o sábio diz que quem domina o seu espírito, isto é, exercer o autodomínio, não se assemelha mais a uma cidade sem muros, pelo contrário, é semelhante a uma cidade bem fortificada, segura e firmada numa rocha (Pv 25.28; cf. Mt 7.24).

- Johann Wolfgang Von Goethe, um polímata, autor e estadista alemão do Sacro Império Romano-Germânico, dizia que: “O homem que domina a si mesmo é libertado da força que amarra todas as criaturas.” A força a que ele se refere é o desejo de satisfazermos as nossas vontades. Todos os dias temos que escolher se vamos à academia ou não, se vamos nos alimentar de forma saudável ou não, se vamos ler a bíblia e orar ou não. Toda escolha gera uma consequência e todas elas serão fruto da sua capacidade de dominar ou não os seus desejos. Muitos servos do Deus vivo por não praticarem o autocontrole levaram sua vida e a de outras pessoas à ruína. Como se esquecer do rei Davi e Bate-Seba, Adão e Eva, o jovem rico, Sansão, e outros. O pecado deve poder exercer controle sobre o nosso corpo, pois se não fosse assim, a admoestação de Paulo seria desnecessária (v. 13). Porém, o pecado não tem de reinar nele; então, o apóstolo expressa a sua confiança de que aqueles que estão em Cristo não permitirão que isso aconteça. Deus incluiu o domínio próprio como parte do Fruto do Espírito, pois se somos nova criatura em Cristo Jesus, então somos dominados pelo Espírito, e se somos dominados pelo Espírito, temos total condição de nos dominar. O exemplo a seguir talvez seja um pouco extremo, mas servirá didaticamente. Imagine uma pessoa viciada em alguma droga, em sua grande maioria ela teve a oportunidade de escolher entre experimentar ou não a primeira dose. Mas, talvez por pressão de amigos, ou pelo desejo de ser aceita na turma, ou ainda a vontade de conhecer a sensação que a droga pode causar, levou ao primeiro trago. Em pouco tempo seu desejo pela droga vai aumentando devido a dependência química, emocional e psicológica. Veja que hoje ela é dependente, mas no princípio teve a oportunidade de controlar seus desejos.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o quanto os vícios são perigosos e podem se mostrar dominadores da natureza humana. É contra esse domínio que a Palavra de Deus nos alerta a respeito dos vícios e mostra com clareza que é possível e ao mesmo tempo, é a vontade de Deus que não sejamos dominados por eles. O autodomínio aparece como uma virtude cristã indispensável para sairmos vitoriosos na luta contra os vícios. O que nos garante a nossa vitória é que estamos crucificados com Cristo, o Espírito Santo habita em nós e, por isso, podemos andar em novidade de vida.

- O domínio próprio não é a ausência da vontade, mas a capacidade se vencer o desejo, se dominando através da disciplina e da razão, e não da motivação e da emoção. Geralmente a escolha nos desagrada. Acordar às 5h para ir à academia, não tomar o sorvete, praticar jejum e oração, ir à igreja, estudar, trabalhar, etc. Mas o que muitos ignoram é que ao vencer seu desejo, o prazer da conquista, da liberdade, e da sensação de poder sobre si mesmo, é maior que qualquer outro prazer.

 

Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.

Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!

Dele seja a glória!

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Francisco Barbosa (@Pbassis)

Graduado em Gestão Pública;

Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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HORA DA REVISÃO

1. Qual é uma das características de Provérbios a respeito dos vícios?

Uma das características de Provérbios, quando se deseja convencer o jovem a andar pelo caminho justo é apresentar o perigo do caminho dos desejos viciantes, o caminho perverso e o prejuízo que ele nos trará (Pv 721-23)

2. Qual o conceito de vício de acordo com a lição?

Basicamente, podemos conceituar o vício como um hábito ou costume duradouro que leva a pessoa a fazer alguma coisa que traz algum bem-estar. Esse comportamento se torna recorrente e cada vez mais intenso.

3. De acordo com a lição, quais os principais vícios encontrados no contexto dos jovens?

Especialistas da área de Saúde Mental tem se dedicado em estudar os comportamentos de jovens por intermédios desses vícios e de acordo com eles, a dependência química é disparada o vício mais comum entre os jovens de maneira geral

4. O que podemos afirmar a respeito do pecado e dos vícios de acordo com a revelação da Palavra de Deus?

Com base na verdade revelada da Palavra de Deus que afirmamos que o pecado e, consequentemente os vícios não têm mais poder sobre a nossa vida, pois fomos unidos a Cristo na sua morte, de maneira que semelhantemente seremos unidos a Ele na ressurreição (Rm 6.5)

5. Qual é a virtude cristã indispensável para vencer o vício?

Uma virtude indispensável para vencer as lutas contra os desejos pecaminosos é a virtude do autodomínio, da temperança.