Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir” (Mt 6.25a)
Entenda o Texto Áureo:
- não
andeis ansiosos. A mesma palavra ocorre em Filipenses 4:6, “não estejais ansiosos”. Compare com
1Pedro 5:7, “lançando sobre ele toda a
vossa ansiedade”. O argumento no versículo é: tal ansiedade é
desnecessária; Deus deu a vida e o corpo; Ele não suprirá as necessidades de
comida e roupa?
VERDADE PRÁTICA
O Senhor Jesus, o nosso amigo fiel,
preenche todas as nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
Entenda a Verdade Prática:
- Inquietar-se por comida e bebida é ignorar a lição
evidente na criação, que testemunha a providência divina (Mt 6.26). Não
precisamos antecipar as preocupações; pelo contrário, devemos fortalecer nossa
fé lembrando-nos de que Deus, o Pai, valoriza cada vida humana.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus 6.25-31
25. Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que
haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo
que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do
que a vestimenta?
- Jesus não está incentivando a preguiça, mas
demonstrando como a providência divina é tão abundante que até mesmo a grama é
adornada com flores que não são produtivas, nem duradouras. Mesmo Salomão, o
mais rico dos reis de Israel, não se vestia como esses campos. Portanto, “não vos vestirá muito mais a vós, homens de
pouca fé?”. Em outras palavras, Jesus está ensinando que a ansiedade,
inevitavelmente, tem suas raízes na incredulidade.
26. Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do
que elas?
- as aves do céu –
elas fazem sua parte, e Deus cuida do resto. Portanto, não temos um destino
impessoal ou um acaso cego adiante; mas um Pai celestial, que conhece seus
filhos e como provê-los. Os pássaros do céu ensinarão você a viver pela fé. [Whedon,
1874]
♬ Sobre a providência de Deus,
ouça a música Lírios e Pardais
de Stênio Marcius.
27. E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado
à sua estatura?
- acrescentar
um côvado à sua estatura? Como ninguém literalmente desejaria adicionar
um côvado (45cm) à sua estatura, e a palavra traduzida “estatura” geralmente
significa “idade”, a melhor tradução seria: “Quem de vocês…pode acrescentar uma
hora que seja à sua vida?” (NVI). [Dummelow, 1909]
28. E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios
do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
- Prestai
atenção aos lírios do campo. A qual lírio Jesus se refere, não sabemos.
Calcott acha que é o lírio branco perfumado que cresce abundantemente por toda
a Palestina. Tristam favorece a anemone coronaria; e Thomson, o lírio huleh,
uma espécie de íris. É possível, no entanto, que os estudiosos estejam tentando
fazer distinções onde o próprio Jesus não fez nenhuma. É altamente provável
que, na linguagem popular, muitas das flores comuns da primavera se agrupassem
livremente sob o nome de lírio. [The Fourfold Gospel, 1914]
29. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
como qualquer deles.
- nem
Salomão, em toda a sua glória. A glória e a pompa do reino de Salomão
tinham fama mundial. Cf. 2Cr 9. Para uma descrição da glória de Salomão leia
1Reis 10:4-7.
30. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é
lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
- lançada
no forno. O forno judeu era um recipiente mais estreito em cima do que
em baixo, feito de barro cozido. Às vezes, o combustível era colocado dentro, e
os bolos colocados contra os lados. Às vezes, o forno era aquecido com fogo
aceso por baixo ou à sua volta. A erva
do campo (incluindo os lírios), assim como galhos e madeira eram
provavelmente usados como combustível. [Cambridge, 1893]
31. Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou
com que nos vestiremos?
- Não andeis, pois, ansiosos (“não se preocupem”,
NVI; “não vos inquieteis”, JFA).
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INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a promessa
de provisão para o crente em suas necessidades. Sabemos que a Bíblia revela que
o ser humano é composto de corpo, alma e espírito. Por isso, podemos afirmar
que ele tem necessidades físicas, emocionais e espirituais. À luz de Mateus 6,
percebemos a importância que o nosso Senhor dá a todas as esferas da natureza
humana. Por isso, nesta lição, estudaremos acerca das instruções como promessas
que o Senhor dá a respeito das inquietações e preocupações da vida.
- A providência divina é o governo de Deus pelo qual
Ele, com sabedoria e amor, cuida e dirige todas as coisas no universo. A
doutrina da providência divina afirma que Deus está no controle completo de
todas as coisas. Ele é soberano sobre o universo como um todo (Sl 103.19), o
mundo físico (Mt 5.45), os assuntos das nações (Sl 66.7), o destino humano (Gl
1.15), os sucessos e fracassos humanos (Lc 1.52) e a proteção do Seu povo (Sl 4.8).
A palavra providência tem origem nos termos em latim pro (“adiante”, “em favor de”) e vide (“ver”). Assim, você chegaria aos significados “ver adiante”
ou “prever”. Mas não. Significa “suprir o que é necessário”, “dar sustento ou
apoio”. Portanto, em referência a Deus, o substantivo providência chegou a
significar “o ato de prover intencionalmente o necessário, sustentar ou
governar o mundo”.
Palavra-Chave: Provisão
I. A PROVISÃO DAS
NECESSIDADES BÁSICAS
1. Não fiqueis ansiosos! No Sermão do Monte, capítulo 6 do
Evangelho de Mateus, o Senhor Jesus ensina sobre as esmolas, a oração, o jejum,
dentre outros temas. Ele ensinou aos discípulos a respeito de não viverem de
maneira ansiosa e preocupada com as necessidades básicas da vida, pois o Deus
que provê para todos os animais e os vegetais, cuida também das necessidades
básicas, emocionais e espirituais do ser humano. Por isso, nosso Senhor
afirmou: “Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo
que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo,
pelo que haveis de vestir” (Mt 6.25a).
- Comentando o capítulo 6 de Mateu, o Comentário
Beacon traz o seguinte sobre o v.1: “Na
versão King James em inglês, este versículo parece fazer parte da discussão
sobre dar esmolas, que vem a seguir (2-4). Mas os mais antigos manuscritos
gregos apresentam o termo "justiça" em vez de esmolas. Isto faria do
primeiro versículo uma introdução mais ampla para as três discussões seguintes
sobre dar esmolas (2-4), oração (5-15) e jejum (16-18). No entanto, deve ser
observado que Kraeling inclui o primeiro versículo com o parágrafo da doação de
esmolas, embora aceite a leitura dos manuscritos mais antigos. Ele diz: "A
doação caridosa era tão importante neste período que a palavra hebraica para
'justiça' adquiriu o significado de 'dar esmolas'". Este talvez seja o
motivo pelo qual a prática de dar esmolas seja discutida primeiramente aqui.
Hoje em dia a oração provavelmente receberia o primeiro lugar, e dar esmolas o
último. John Wesley, que era um cuidadoso estudante do texto grego e
surpreendentemente ciente da importância da crítica textual, traduziu a
primeira parte deste versículo como se segue: "Atentem para não praticarem
a vossa justiça perante os homens, para serem vistos por eles". Traduções
mais recentes apresentam: "Tenham cuidado para não fazerem as suas boas
obras publicamente para serem notados pelo povo" (Berkeley); "Cuidado
ao fazerem as suas boas ações à vista dos homens, para atraírem seus olhares"
(Weymouth); "Tenham cuidado para não fazerem uma exibição de sua religião
diante dos homens" (NEB); "Tenham o cuidado de não praticarem os seus
deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros" (NTLH).
A tradução mais simples é: "Não ostentem a sua piedade". Jesus não
disse que não deveríamos deixar que alguém visse as nossas boas obras. Ele já
havia admoestado os seus discípulos: "Assim resplandeça a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que
está nos céus" (5.16). É com o motivo que Ele está lidando aqui. A frase
significativa é: para serdes vistos por eles. Devemos buscar a glória de Deus,
não a nossa própria”.
2. Provisão do alimento diário. No versículo 26, Jesus faz referência
às “aves do céu” que não semeiam, nem segam, nem fazem estoque de comida, mas o
Pai Celestial provê seu alimento diário. Essa belíssima imagem bíblica nos
lembra de que se Deus olha para os animais, uma categoria inferior ao ser
humano, temos a certeza de que Ele olha, cuida e se relaciona com as pessoas.
Dessa maneira, Ele sabe que não vivemos sem o alimento diário para nutrir o
nosso corpo. Ainda assim, mesmo a respeito da necessidade mais básica da vida,
devemos aprender a confiar em Deus e não ser dominados pela ansiedade (1 Pe
5.7). ”Assim como o corpo, a alma deve ser cuidada, preservada de maneira
irrepreensível. A forma como lidamos com nós mesmos transborda para a forma
como agimos com os outros.”
- O pecado que Jesus condena nesta seção que se
inicia no v. 26, é o da preocupação. Não andeis cuidadosos (25) pode ser
traduzido como: "Não estejais
ansiosos". Não devemos nos preocupar com o alimento ou a roupa. A vida
é mais do que o mantimento (comida). Aqui se trata tanto da existência
espiritual quanto da vida material. O Mestre, então, deu o exemplo das aves do
céu (26). Elas não semeiam, nem segam, e, contudo, o Pai Celestial as alimenta.
Quanto mais Ele cuidará de seus próprios filhos? O texto de 1Pe 5.7, em parte
cita e em parte interpreta o SI 55.22. "Lançando" significa "jogar
algo sobre outra coisa", como jogar um manto sobre um jumento (Lc 19.35).
Os cristãos devem lançar lodo o seu descontentamento, desânimo, desespero e
sofrimento sobre o Senhor, e confiar que ele sabe o que está fazendo com a vida
de cada um deles (cf. 1Sm 1.10-18). Junto com a submissão (v. 5) o a humildade (vs.
5-6), a confiança em Deus é a terceira atitude necessária para uma vida cristã
vitoriosa.
3. Provisão da vestimenta. Da mesma forma, nos versículos 28 e
30, o Senhor Jesus faz uma referência aos lírios dos campos, que não compram,
nem produzem suas roupas, mas o Pai Celestial os veste de maneira bela. Em
relação ao ser humano, Deus interage de uma maneira muito pessoal com ele de
modo que também lhe provê as vestimentas. A respeito dessa necessidade básica
humana, devemos aprender a confiar em Deus e não nos deixar dominar pela
ansiedade. Tanto o alimento diário quanto a vestimenta do corpo, Deus sabe de
que necessitamos deles e, por isso, devemos fazer a nossa parte (2 Ts 3.10,11),
mas jamais permitir que a inquietação e a ansiedade dominem os nossos corações
no processo de buscar o que comer e o que vestir (1 Tm 6.8).
- Deus não só alimenta as aves, mas Ele também veste
os lírios do campo (28). Embora eles não trabalhem, nem fiem, contudo, nem
mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles (29). Se Deus
cuida dessa maneira das flores efêmeras — que hoje estão aqui, e que amanhã
serão inexistentes (tornando-se combustível para o forno) — quanto mais Ele
vestirá os seus próprios filhos (30)? Esta é uma lógica que não se pode
contestar. Assim, o discípulo não deve ficar ansioso sobre o que comer, beber
ou vestir (31); seu Pai Celestial sabe o que ele precisa (32). R.N. Champlin
comenta assim: “Provavelmente Jesus
falou, neste ponto, da vida do homem em seu sentido total, a vida física, mas
também incluiu a ideia que o homem é mais do que um corpo. A expressão desse
ser (físico-espiritual) nesta vida deve incluir desejos e interesses que não
abranjam apenas as coisas físicas. Esta «vida» deve ser orientada pelos
princípios espirituais do reino de Deus, e deve levar em conta o verdadeiro destino,
e utilização da vida humana. A personalidade humana merece mais consideração do
que a simples satisfação dos desejos físicos. O homem é mais do que um mero
animal (Mat. 12:12). Os animais, até mesmo os mais inferiores, como as aves,
não são vencidos pela ansiedade. A criatura muito maior que elas, que é o
homem, tem a obrigação de aprender a confiar em Deus, que o criou, como também
criou os animais inferiores”.
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SINÓPSE I
O Senhor provê as necessidades
básicas de toda a Criação, sobretudo do ser humano em sua tricotomia.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A PROVIDÊNCIA DIVINA
“Deus não somente preserva o mundo
que Ele criou, como também provê as necessidades de suas criaturas. Quando Deus
criou o mundo, criou também as estações (Gn 1.14) e proveu o alimento aos seres
humanos e aos animais (Gn 1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus
renovou a promessa de provisão com essas palavras: ‘Enquanto a terra durar,
sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não
cessarão’ (Gn 8.22). Vários dos Salmos dão testemunho da bondade de Deus em
suprir o necessário a todas as suas criaturas (Sl 104;145). O mesmo Deus que
revelou a Jó o seu poder de criar e de sustentar (Jó 38—41)” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.105).
II. A PROVISÃO DAS
NECESSIDADES EMOCIONAIS
1. Somos seres integrais. A Palavra de Deus revela que somos
corpo, mas também alma (1Ts 5.23). Nesse sentido, além das necessidades
físicas, temos necessidades emocionais. Portanto, somos seres inteiros. Assim
sendo, o que se passa na alma reflete no corpo. Ela é a esfera responsável
pelas emoções e pelos sentimentos. Ela se entristece, sente afeto, se alegra (Mc
14.34; Ct 1.7; Sl 86.4). Por isso, a mordomia da alma é indispensável para o
nosso bem-estar completo. Assim como o corpo, a alma deve ser cuidada, preservada
de maneira irrepreensível (1Ts 5.23). A forma como lidamos com nós mesmos
transborda para a forma como agimos com os outros.
- A Bíblia ensina que a humanidade possui um corpo
físico, uma alma e um espírito. Em Mateus 6.25, 31, 32 e 34, Jesus afirma que
Deus conhece muito bem as nossas necessidades, logo, aqueles que têm a Deus por
Pai não precisam andar ansiosos sobre questão alguma. Deus, pessoalmente, cuida
deles. Confie sua vida nas mãos de Deus. Deixemos Ele cuidar do homem Integral –
corpo, alma e espírito. Não podemos ser independentes. Deus cuida do nosso
corpo, apesar de muitas vezes não atentarmos para o mesmo, alimentando-o de
forma incorreta, não hidratando-o, dormindo pouco, mantendo uma vida
sedentária... Deus cuida da nossa mente, apesar de não a nutrirmos com Sua
Palavra e ensinamentos, boas leituras, boas conversas, palavras que edificam. Deus
cuida das nossas emoções, apesar de, muitas vezes, valorizarmos e nutrirmos
sentimentos negativos, como a mágoa, raiva, inveja e desprezarmos sentimentos
excelentes, como paz, alegria, gratidão, perdão, amor... Deus cuida do nosso
espírito, apesar de ficarmos dias sem falar com Ele através da oração, da
meditação, do louvor... Este Deus está constantemente aplicando sua atenção de
forma amorosa sobre seus filhos e filhas, com cautela, livrando-nos
constantemente dos desastres que podemos sofrer ou causar. Porém, cuidado de
Deus, é protetor e não superprotetor, Ele nos permite o livre arbítrio, permite
as escolhas, não sufocando-nos. Ele está atento as nossas atitudes, no entanto,
nos permite errar, adoecer, falhar e sofrer...e isso, para o nosso
amadurecimento, crescimento e aprendizado. No entanto, como Pai bondoso que é,
Ele nos garante as consolações, que nos inundam nestes momentos difíceis,
alegrando a nossa alma. Confie, entregue, descanse e aguarde por Ele com
confiança. O Senhor sempre agirá em favor daqueles que nele confiam.
2. A ansiedade no mundo. As Palavras de Jesus em Mateus 6 são
bem atuais. Ele trata das preocupações e inquietudes das pessoas no processo de
decisões. O nosso Senhor nos alerta para o fato de a ansiedade poder nos
prejudicar. De acordo com os dados da OPAS (Organização Pan-Americana de
Saúde), o Transtorno de Ansiedade, bem como outros transtornos mentais, atinge
cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. O Brasil lidera o ranking mundial de
ansiedade, pois ela afeta cerca de 18,6 milhões de pessoas, conforme dados da
OPAS. Esses dados mostram um pouco da ausência de paz no mundo e como as
inquietações estão bem presentes na vida das pessoas (Mt 6.34).
- A ansiedade é o mal deste século. Atinge homens e
mulheres, jovens e velhos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus. As
pessoas andam com os nervos à flor da pele. São como um vulcão prestes e entrar
em erupção. São como um barril de pólvora pronto a explodir. Mas, o que é
ansiedade? Jesus fala sobre algumas evidências da ansiedade, como vemos a
seguir.
1. a ansiedade é destrutiva (6.25).
A palavra ansiedade (6.25) significa “rasgar”, enquanto a palavra inquietação
(6.31) significa “constante suspense”. Essas duas palavras eram usadas para
descrever um navio surrado pelos ventos fortes e pelas ondas encapeladas de um
mar tempestuoso. A palavra “ansiedade” vem de um antigo termo anglo-saxônico
que significa “estrangular”. Ela puxa em direção oposta. Gera uma esquizofrenia
existencial. A ansiedade não esvazia o amanhã do seu sofrimento; ela esvazia o
hoje do seu poder. Ansiedade é ser crucificado entre dois ladrões: O ladrão do
remorso em relação ao passado e o ladrão da preocupação em relação ao futuro.
2. a ansiedade é enganadora (6.25,26).
A ansiedade tem o poder de criar um problema que não existe. Muitas vezes
sofremos não por um problema real, mas por um problema fictício, gerado pela
nossa própria mente perturbada. Os discípulos olharam para Jesus andando sobre
as águas vindo para socorrê-los e, cheios de medo, pensaram que era um
fantasma. É sabido que as pessoas se preocupam mais com males imaginários do
que com males reais. Estatisticamente falando, 70% dos problemas que nos deixam
ansiosos nunca vão acontecer. Sofremos desnecessariamente. A ansiedade tem o
poder de aumentar os problemas e diminuir nossa capacidade de resolvê-los. Uma
pessoa ansiosa olha para uma casa de cupim e pensa que está diante de uma
montanha intransponível. As pessoas ansiosas são como os espias de Israel, só
enxergam gigantes de dificuldades à sua frente e veem a si mesmos como
gafanhotos. A ansiedade tem o poder de desviar os nossos olhos de Deus e
fixá-los nas circunstâncias. A ansiedade é um ato de incredulidade, de falta de
confiança em Deus. Onde começa a ansiedade, aí termina a fé. A ansiedade tem o
poder de desviar os nossos olhos da eternidade e fixá-los apenas nas coisas
temporais. Uma pessoa ansiosa restringe a vida ao corpo e às necessidades
físicas. Jesus disse que aqueles que fazem provisão apenas para o corpo, e não
para a alma, são loucos.
3. a ansiedade é inútil (6.27).
Côvado aqui não se refere a estatura (45 centímetros), mas prolongar a vida,
dilatar a existência. A preocupação, segundo Jesus, em vez de alongar a vida,
pode muito bem encurtá-la. A ansiedade nos mata pouco a pouco. Rouba nossas
forças, mata nossos sonhos, mina nossa saúde, enfraquece nossa fé, tira nossa confiança
em Deus e nos empurra para uma vida menos do que cristã. Os hospitais estão
cheios de pessoas vítimas da ansiedade. A ansiedade mata! Como já afirmamos, o
sentido da palavra “ansiedade” é estrangular, é puxar em direções opostas.
Quando estamos ansiosos, teimamos em tomar as rédeas da nossa vida e tirá-las
das mãos de Deus. A ansiedade nos leva a perder a alegria do hoje por causa do
medo do amanhã. As pessoas se preocupam com exames, emprego, casas, saúde, namoro,
empreendimentos, dinheiro, casamento, investimentos. A ansiedade é incompatível
com o bom senso. E uma perda de tempo. Precisamos viver um dia de cada vez.
Devemos planejar o futuro, mas não viver ansiosos por causa dele. Preocupar-nos
com o amanhã não nos ajuda nem amanhã nem hoje. Se alguma coisa nos rouba as
forças hoje, isso significa que vamos estar mais fracos amanhã. Significa que
vamos sofrer desnecessariamente se o problema não chegar a acontecer e que
vamos sofrer duplamente se ele vier a acontecer.
4. a ansiedade é cega (6.25b,26). A
ansiedade é uma falsa visão da vida, de si mesmo e de Deus. A ansiedade nos
leva a crer que a vida é feita só daquilo que comemos, bebemos e vestimos.
Ficamos tão preocupados com os meios que nos esquecemos do fim da vida, que é
glorificar a Deus. A ansiedade não nos deixa ver a obra da providência de Deus
na criação. Deus alimenta as aves do céu. As aves do céu não semeiam, não
colhem, não têm despensa (provisão para uma semana) nem celeiro (provisão para
um ano).
3. A solução para a ansiedade. A nossa solução sempre está em
Jesus. Não há enfermidade que Ele não possa curar, mesmo as emocionais (Mt
12.15). Ao longo do Novo Testamento, o apóstolo Paulo nos ensina a cuidar do
que pensamos (Fp 4.8,9); a guardar o nosso coração e sentimentos de toda
inquietação (Fp 4.6,7); a lançar a nossa ansiedade em Deus e descansar nEle (1
Pe 5.6,7). Assim, pela Palavra de Deus sabemos que as enfermidades emocionais
podem trazer prejuízos grandes para a nossa vida. Por isso, a Bíblia nos alerta
a respeito do cuidado que devemos ter com a nossa alma. O nosso Deus nos
assegura a vitória também sobre a ansiedade (Sl 55.22).
- Se Deus nos deu um corpo com vida e, se o nosso
corpo é mais do que o alimento e as vestes, ele nos dará alimentos e vestes
(6.25). Deus é o responsável pela nossa vida e pelo nosso corpo. Se Deus cuida
do maior (nosso corpo), não podemos confiar nele para cuidar do menor (nosso
alimento e nossas vestes?). Martinho Lutero disse que Jesus está fazendo das
aves nossos professores e mestres. O mais frágil pardal se transforma em
teólogo e pregador para o mais sábio dos homens, dizendo: “Eu prefiro estar na
cozinha do Senhor. Ele fez todas as coisas. Ele sabe das minhas necessidades e
me sustenta”. Os lírios se vestem com maior glória que Salomão. Valemos mais
que as aves e os lírios. Se Deus alimenta as aves e veste os lírios do campo, não
cuidará de seus filhos? O problema não é o pequeno poder de Deus; o problema é
a nossa pequena fé (6.30). Um crente ansioso é uma contradição. A ansiedade é o
oposto da fé. É uma incoerência pregar a fé e viver a ansiedade. As úlceras não
deveriam se tornar o emblema da nossa fé. Mas, geralmente, elas se tornam! A
ansiedade nos leva a perder o testemunho cristão. Jesus está dizendo que a ansiedade
é característica dos gentios e dos pagãos, daqueles que não conhecem Deus. Mas um
filho de Deus tem convicção do amor e do cuidado de Deus (Rm 8.31,32). Jesus
não apenas faz o diagnóstico, mas também dá o remédio para a cura da ansiedade,
como vemos a seguir.
1. vencemos
a ansiedade quando entendemos que Deus é nosso Pai e conhece todas as nossas
necessidades (6.32). Vencemos a ansiedade quando confiamos em Deus (6.30). A fé
é o antídoto para a ansiedade. Deus nos conhece e nos ama. É o nosso Pai. Ele
sabe do que temos necessidade. Se pedirmos um pão, ele não nos dará uma pedra;
se pedirmos um peixe, ele não nos dará uma cobra. Nele vivemos e existimos. Ele
é o Deus que nos criou e nos mantém a vida. Ele nos protege, nos livra, nos
guarda e nos sustenta. O apóstolo Paulo nos ensinou a vencer a ansiedade orando
a Deus (Fp 4.6,7). A ansiedade é um pensamento errado, é um sentimento errado.
Quando olhamos para a vida na perspectiva de Deus, a nossa mente é guardada
pela paz de Deus. Quando alimentamos nossos sentimentos com a verdade de que Deus
conhece e supre as nossas necessidades, então a paz de Deus guarda o nosso
coração. A paz é uma sentinela que guarda a cidadela da nossa mente e do nosso
coração.
2.
vencemos a ansiedade quando sabemos que, ao cuidarmos das coisas de Deus, ele
cuida das nossas necessidades (6.33). Aqui temos uma ordem e uma promessa. A ordem
é buscar o governo de Deus, a justiça de Deus, a vontade de Deus e o reinado de
Deus em nosso coração em primeiro lugar. Deus, e não nós, deve ocupar o topo da
nossa agenda. Os interesses de Deus, e não os nossos, devem ocupar nossa mente
e nosso coração. Somos desafiados a buscar o governo e o domínio de Cristo em
todas as áreas da nossa vida: casamento, lar, família, vida profissional,
lazer. A promessa é que, quando cuidamos das coisas de Deus, ele cuida das
nossas necessidades.... todas essas coisas
vos serão acrescentadas (6.33). Deus faz hora extra em favor dos seus
filhos. Ele trabalha em favor daqueles que nele esperam.
3.
vencemos a ansiedade quando descansamos no cuidado diário de Deus (6.34). Não
administramos o futuro. Antecipar o futuro e começar a sofrer por ele não é prudente.
Devemos cuidar do hoje e deixar o amanhã nas mãos daquele que cuida de nós.
SINÓPSE II
A ansiedade é um mal global na
atualidade. Entretanto, assim como nas enfermidades de ordem física, através de
Jesus e da sua Palavra, também podemos obter a vitória sobre ela.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
NÃO ANDEIS ANSIOSOS
“Jesus não está dizendo que é errado
o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais
(cf. 2Co 12.14; 1 Tm 5.8). O que Ele realmente reprova aqui é a ansiedade ou a
preocupação angustiosa da pessoa, revelando sua falta de fé no cuidado e no
amor paternal de Deus (Ez 34.12; 1 Pe 5.7). As palavras destes versículos
contêm a promessa de Deus a todos os seus filhos nesta era de aflições e incertezas.
Deus prometeu tomar as providências para nosso alimento, vestuário e demais
necessidades. Não precisamos preocupar-nos nesse sentido, mas fazer a nossa
parte, viver para Deus e deixá-lo reinar em nossa vida (v.33), certos de
assumir a plena responsabilidade por uma vida totalmente entregue a Ele (1 Pe
5.7; Fp 4.6)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 2009, p.1397)
III. A PROVISÃO DAS
NECESSIDADES ESPIRITUAIS
1. Necessidade de salvação. Além de ser corpo e alma, o ser
humano também é espírito. Por isso, temos necessidades espirituais. A maior
delas é a salvação. Essa necessidade foi causada pelo pecado devido a queda dos
nossos primeiros pais (Rm 5.12). Essa necessidade não é apenas de um indivíduo,
mas de toda a humanidade que carece de salvação (Rm 3.23). Assim, tudo o que o
Senhor Jesus fez na Cruz do Calvário providenciou a salvação e preencheu a
necessidade espiritual do ser humano (Jo 3.16-18).
- A queda, como registrada em Gênesis, trouxe
transtornos e males irreparáveis para a raça humana (Gn 3.17-19; Cl 3.21). Toda
natureza passou a sofrer as consequências do pecado, que introduziu a morte no
mundo e destituiu o homem de sua perfeita comunhão com o Criador (Gn 3.16-19).
Entenda-se morte, aqui, não apenas como a separação física dos entes queridos,
mas, sobretudo, a separação espiritual e eterna de Deus (Rm 5.12). Esse é o
efeito mais dramático da desobediência de nossos primeiros pais, já que Deus
não os criou para a morte, mas para a vida. É tanto que a luta pela
sobrevivência é algo inato em qualquer ser humano. Sua expulsão do Jardim do
Éden, todavia, é o símbolo perfeito dessa perda (Gn 3.22-24). Deus, em seu
infinito amor, presciência e soberania, como Senhor da história, proveu o
Cordeiro para remir a humanidade perdida (Ap 13.8; 1 Pe 1.20). Seu primeiro ato
após a entrada do pecado no mundo foi imolar um animal, derramar seu sangue e
com a pele providenciar vestes para o primeiro casal (Gn 3.21). Sangue fala do
meio para a redenção e vestes dos resultados, isto é, o usufruto da salvação
(cf. Is 61.10; Jó 29.14; Ap 19.8; 3.18). Com isso, estava inaugurada a era dos
tipos, no Antigo Testamento (Cl 2.17; Hb 8.1-3), que apontaram ao longo das
Escrituras para o grande momento da encarnação de Cristo, tal qual descrito por
Mateus, na leitura bíblica em classe: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo” (Jo 1.29). Deus é bom e justo (Sl 145.17). Ao mesmo tempo em que, no
Éden aplicou sua justiça aos culpados, também demonstrou seu amor, como se vêem
Gênesis 3.15-21. Por isso, o Cordeiro de Deus é exaltado na consumação dos séculos
(Ap 5.6-14). A promessa divina da salvação compreende: a) a redenção do homem
da escravidão do pecado b) a restauração da sua comunhão com Deus; e (c) a
segurança da vida eterna com o Senhor na glória (Jo 5.24; 10.28,29; 6.37).
Qualquer pecador pode ser salvo aqui e agora. Basta apenas arrepender-se de
seus pecados e crer na suficiência da graça manifestada em Cristo Jesus (Rm
10.8-10). É importante frisar esse ponto porque, infelizmente, há em alguns
segmentos evangélicos uma mentalidade herética de que é preciso o pecador
cumprir algum tipo de ritual para alcançar os benefícios da graça de Deus.
Alguns desses rituais são: listar todos os pecados conhecidos, confessá-los
nome por nome a algum preposto sacerdotal, “queimar” esses pecados em
fogueiras, quebrar as chamadas maldições hereditárias e passar por um processo
de catarse emocional, como se este, sim, fosse o grande segredo guardado a sete
chaves para a obtenção da salvação. Ora, a obra completa da salvação já foi consumada
na cruz! É perfeita e não precisa de nenhum adendo! (1 Pe 2.24; Cl 1.20; Is
53.4,5,12).
2. Necessidade da presença e direção de Deus. Outra necessidade
espiritual de que o ser humano tem é da presença e da direção de Deus na vida.
A cada dia que passa, precisamos buscar a presença de Deus mediante a oração
para fazer a sua vontade em nossa vida (Êx 33.15; At 1.4,5). Além dessa
preciosa presença, precisamos também da direção divina em nossa jornada. De
tempos em tempos, precisamos tomar decisões, fazer escolhas e agir. Por isso,
não podemos fazer nada sem a direção divina. Para isso, nós temos o Espírito
Santo, o nosso Ajudador, e a Palavra de Deus como bússola. O Espírito Santo nos
ilumina no entendimento das Escrituras e, por isso, nos guia em tudo (Rm 8.14).
Ele preenche essa necessidade espiritual.
- Deus tem um propósito para cada vida. Cada pessoa
tem um caminho diferente a percorrer mas a Bíblia ajuda a descobrir o caminho
certo. Decidir fazer a vontade de Deus é o melhor lugar para começar! Você pode
estar procurando o que fazer em relação a estudos, emprego, ministério, família
mas em todas as áreas de sua vida, o mais importante é honrar a Deus. Descubra
o que Deus quer para sua vida. A Bíblia ensina a vontade de Deus. Comece por
fazer o que todo cristão deve fazer – dedique sua vida a Deus e às coisas que
agradam a Deus. Pratique o bem, perdoe, vá à igreja, etc. É isso que Deus quer
que você faça de sua vida, qualquer que seja o rumo (1 Coríntios 10:31).
3. Necessitados do Espírito Santo. A direção do Espírito é
indispensável, mais fundamental ainda é a presença do próprio Espírito em nós.
Já dizia o salmista: “Não retires de mim o teu Espírito Santo” (Sl 51.11). Para
cumprir a sua missão na Terra, o Senhor Jesus foi ungido pelo Espírito Santo
(At 10.38). Da mesma forma ocorre conosco, pois só o Espírito Santo pode
convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8); só o Espírito
Santo pode nos capacitar para evangelizar de maneira eficaz (At 1.8); e até às
nossas intercessões não serão bem-sucedidas sem a ação poderosa do Espírito
Santo (Rm 8.26). Sem essa obra, a Igreja não pode avançar. O Espírito Santo
provê a nossa necessidade espiritual.
- A Bíblia deixa bastante claro que o Espírito Santo
é ativo em nosso mundo. O livro de Atos, que às vezes leva o título mais longo
de "Atos dos Apóstolos", poderia também ser chamado de "Atos do
Espírito Santo através dos Apóstolos". Após a era apostólica, houve
algumas mudanças — o Espírito não inspira outras Escrituras, por exemplo -, mas
Ele continua a fazer Sua obra no mundo. Primeiro, o Espírito Santo faz muitas
coisas na vida daqueles que creem. Ele é o Consolador dos crentes (João 14:26).
Ele também os habita e os sela até o dia da redenção — isso indica que a
presença do Espírito Santo no crente é irreversível. Ele guarda e garante a
salvação daqueles em quem habita (Efésios 1:13; 4:30). O Espírito Santo auxilia
os crentes na oração (Judas 1:20) e "intercede pelos santos de acordo com
a vontade de Deus" (Romanos 8:26–27). O Espírito Santo regenera e renova o
crente (Tito 3:5). No momento da salvação, o Espírito batiza-o ao Corpo de
Cristo (Romanos 6:3). Os crentes recebem o novo nascimento pelo poder do
Espírito (João 3:5–8). O Espírito conforta os crentes com comunhão e alegria ao
atravessarem um mundo hostil (1 Tessalonicenses 1:6; 2 Coríntios 13:14). O
Espírito, em Seu poderoso poder, enche os crentes de "toda alegria e
paz" ao confiarem no Senhor, fazendo com que "sejam ricos de
esperança" (Romanos 15:13). A santificação é uma outra obra do Espírito
Santo na vida de um crente. O Espírito Se põe contra os desejos da carne e leva
o crente à justiça (Gálatas 5:16–18). As obras da carne se tornam menos
evidentes e o fruto do Espírito se torna mais evidente (Gálatas 5:19–26). Os
crentes são ordenados a "deixarem-se encher do Espírito" (Efésios
5:18), o que significa que devem ceder-se ao pleno controle do Espírito. O
Espírito Santo também é um doador de presentes. "Ora, os dons são
diversos, mas o Espírito é o mesmo" (1 Coríntios 12:4). Os dons
espirituais que os crentes possuem são dados pelo Espírito Santo, conforme Ele
determina em Sua sabedoria (versículo 11). O Espírito Santo também trabalha
entre os incrédulos. Jesus prometeu que enviaria o Espírito Santo para
convencer "o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). O
Espírito testifica de Cristo (João 15:26), apontando as pessoas para o Senhor.
Atualmente, o Espírito Santo também está restringindo o pecado e combatendo
"o mistério da iniquidade" no mundo. Essa ação mantém a ascensão do
anticristo à distância (2 Tessalonicenses 2:6–10). O Espírito Santo tem outro
papel importante, que é dar aos crentes sabedoria pela qual possamos entender
Deus. "Deus, porém, revelou isso a nós por meio do Espírito. Porque o
Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus. Pois quem
conhece as coisas do ser humano, a não ser o próprio espírito humano, que nele
está? Assim, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de
Deus" (1 Coríntios 2:10–11). Visto que os crentes receberam o maravilhoso
presente do Espírito de Deus dentro de nós mesmos, podemos compreender os
pensamentos de Deus, conforme revelados nas Escrituras. O Espírito nos ajuda a
entender. Isso é a sabedoria de Deus, ao invés da sabedoria do homem. Nenhuma
quantidade de conhecimento humano pode substituir os ensinamentos do Espírito
Santo (1 Coríntios 2:12–13). (Esse texto foi extraído de: https://www.gotquestions.org/Portugues/que-Espirito-Santo-faz.html.
Acesso em 9/12/2024, as 10:42H).
SINOPSE III
Como seres tricotômicos, além das
necessidades físicas e emocionais, também temos as carências espirituais, as
quais por meio do Espírito Santo, o Senhor também nos provê.
CONCLUSÃO
O nosso Deus, por meio de seu Filho,
Jesus Cristo, provê todas as nossas necessidades, quer de natureza física, quer
emocional ou espiritual, pois Deus nos trata como pessoas inteiras. Dessa
maneira, somos convidados a colocar cada área de nosso ser em plena dependência
de Deus. De fato, não deixaremos de enfrentar desafios, de tomar decisões
arriscadas. Contudo, podemos descansar em Deus e, mediante a presença e direção
do Espírito, experimentar um período de plenitude em sua presença.
- Tudo começa e termina em Deus, pois fomos criados
para a sua glória! Tudo pode faltar, a vida esvair-se, mas Deus é a nossa
herança para sempre (vv.26-28). Ele é a fonte da verdadeira prosperidade! Assim,
tudo o que temos precisa constituir-se em motivo para que o nome de Deus seja
exaltado (1 Co 10.31). Este é o verdadeiro foco. Deus acima de todas as coisas.
Podemos até desfrutar das riquezas materiais como fruto da capacidade que Deus
dá a todos para administração da sua vida, mas tudo se restringirá às coisas
terrenas (Dt 8.18).
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa
ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu
Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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REVISANDO O
CONTEÚDO
1. A que o Senhor Jesus se refere em Mateus 6.26?
Jesus faz referência às “aves do céu”
que não semeiam, nem segam, nem fazem estoque de comida, mas o Pai Celestial
provê seu alimento diário.
2. A quais referências o Senhor Jesus faz em Mateus 6.28 e 30?
O Senhor Jesus faz uma referência aos
lírios dos campos, que não compram, nem produzem suas roupas, mas o Pai
Celestial os veste de maneira bela.
3. O que a Palavra de Deus revela a respeito do que somos?
A Palavra de Deus revela que somos
corpo, mas também alma (1 Ts 5.23).
4. Em quem está a solução para a ansiedade?
A nossa solução sempre está em Jesus.
Não há enfermidade que Ele não possa curar, mesmo as emocionais (Mt 12.15).
5. Qual é a maior necessidade do ser humano?
A maior delas é a salvação.