Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30)
Entenda
o Texto Principal:
- Um
coração livre de “inveja”, raiva e toda afeição defeituosa para com o próximo,
livra o corpo de uma grande fonte de muitas doenças; pois produz alegria e paz,
fluindo de uma boa consciência, e é acompanhada pela bênção de Deus. [Assim,
marpee ‘ (H4832) é retirado de rapa’ (H7495), para fazer som]. Um sentido ativo
também está incluído em uma ‘mente sã’, tanto o som em si quanto trazendo a
saúde aos outros; cujo sentido está implícito também no hebraico para “carne”
no plural – ‘é a vida para os corpos dos outros.’ Gejer, Maurer, etc., tomem,
‘um coração calmo’ ou ‘tranquilo’), para remir ou diminuir] – um livre de toda
raiva, ódio e inveja imoderados. Portanto, o hebraico é tomado (Eclesiastes
10:4). Em qualquer facilidade, “um som”, ou então um ‘coração tranquilo’ se
opõe à “inveja”; e “a vida da carne” à “podridão dos ossos” – a saber, aquilo
que corrói toda a sua medula (Provérbios 12:4 ; Provérbios 17:22).
RESUMO DA LIÇÃO
O jovem cristão não pode deixar se dominar
pela inveja, mas deve ser dominado pela sabedoria da Palavra de Deus.
Entenda
o Resumo da Lição:
- Uma pessoa
invejosa é aquela que se perturba com o sucesso dos outros. Ela não se alegra com
o que tem, mas se entristece pelo que o outro tem. A paz de espírito é resultado
da graça de Deus em nossa vida. Somente aqueles que foram reconciliados com
Deus, por meio de Cristo, têm paz com Deus e desfrutam da paz de Deus.
TEXTO BÍBLICO
Provérbios 23.17-21; 24.1,2
Provérbios
23
17. Não tenha o teu
coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do Senhor todo o dia.
- Teu
coração não inveje aos pecadores – na prosperidade, para ser tentado a
imitar o seu exemplo (Salmos 37:1 ; Salmos 73:3). porém permanece no temor ao
SENHOR o dia todo – o antídoto para a inveja da prosperidade dos
pecadores. “O dia todo;” não por ataques e arrancos impulsivos; não seguir a
piedade apenas enquanto ela for acompanhada de sucesso mundano, nem abandoná-la
quando vir dificuldades no caminho, e quando a prosperidade parecer acompanhar
os ímpios.
18. Porque deveras há
um fim bom; não será malograda a tua esperança.
- Porque
certamente há um bom futuro para ti – está chegando o fim desejado, a
recompensa da piedade (Provérbios 24:14 ; Provérbios 24:20 ; Salmos 37:37 ;
compare com Provérbios 5:4). Como muitos pecadores florescem externamente e
muitos santos sofrem adversidades, até o fim da vida, a recompensa principal
deve estar além desta vida.
19. Ouve tu, filho
meu, e sê sábio e dirige no caminho o teu coração,
- Não
volte para trás ou se desvie do caminho estreito. As etapas são:(1) Ouça; (2)
Seja sábio – o fruto doutrinário de ouvir; (3) Guia o teu coração no caminho,
como fruto prático de ambos.
20. Não estejas entre
os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.
- Literalmente,
‘entre aqueles que comem carne para si mesmos de forma imoderada’ (Deuteronômio
21:20). Maurer traduz, ‘entre aqueles que são pródigos de seu corpo’ – isto é,
que entregam seu corpo aos desejos carnais. Eu prefiro a versão em inglês (cf.
Provérbios 23:21).
21. Porque o beberrão
e o comilão cairão em pobreza, e a sonolência faz trazer as vestes rotas.
- A
intemperança leva à prodigalidade, descuido e ruína. a sonolência os faz vestir
trapos.. O luxo e o excesso mencionados acima levam à sonolência e à
incapacidade de trabalhar, e a pobreza segue como resultado natural (comp.
Provérbios 19:15; Provérbios 24:33, etc.). A Vulgata ainda segue a mesma corda
do verso anterior:”Aqueles que perdem tempo bebendo, e que fazem piqueniques
(dantes symbola), serão arruinados, e a senolência vestida de trapos”. A LXX.
introduz uma idéia nova que o hebraico não garante:”Pois todo bêbado e
prostituto será pobre, e todo preguiçoso se vestirá de farrapos e trapos”.
Provérbios
24
1. Não tenhas inveja
dos homens malignos, nem desejes estar com eles,
- homens
malignos, nem desejes estar com eles, ou seja, não compartilhe dos
caminhos deles. Provérbios 23:17; Provérbios 23:30-35 mostra os resultados
malignos de seus caminhos, o que deve alertar a todos sobre o quão pouco são
dignos de inveja, muito menos de serem imitados.
2. Porque o seu
coração medita a rapina, e os seus lábios falam maliciosamente,
- Porque
o coração deles imagina destruição – contra os outros, o que recai
sobre si mesmos (Provérbios 11:3; Provérbios 11:5-6; Jó 5:2).
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INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito de uma
obra da carne: a inveja. O livro de Provérbios aconselha ao jovem a evitar a
inveja e a não desejar o mesmo estilo de vida de quem vive de modo contrário às
virtudes do Reino de Deus. Estudaremos os perigos da inveja e como nos proteger
dessa obra de carne.
- A inveja
é um sentimento de desgosto ou pesar pela felicidade de outra pessoa, acompanhado
pelo desejo de possuir o que é dela. É um sentimento que pode ser despertado
quando se compara a outra pessoa e se percebe que o próprio valor, autoestima
ou autorrespeito estão diminuídos. A psicologia diz que o querer o que é do
outro faz parte da natureza da natureza humana – então, é uma obra da carne!
Por isso, uma definição simples de inveja é “querer o que pertence a outra
pessoa”. Uma descrição mais completa da inveja é “um desejo ressentido e
insatisfeito pelas posses, posição, fortuna, conquistas ou sucesso de outra
pessoa”. A Bíblia diz que a inveja é um ato da carne, um resultado do pecado
humano: “Ora, as obras da carne são
conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria,
feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções,
invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como
antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de
Deus” (Gálatas 5:19–21; veja também Romanos 1:29; 1 Pedro 2:1–2).
I. UM CONSELHO
CONTRA A INVEJA
1. A
inveja adoece o corpo. Provérbios 14 apresenta textos paralelos que fazem o
contraste entre a sabedoria e a tolice (vv. 1-19) e o rico e o pobre
(vv.20-35). Mais especificamente, o versículo 30 mostra um contraste entre o
coração sábio e um coração invejoso (v.30). Nesse caso, um coração sábio traz
vida ao corpo, mas um coração cheio de inveja o adoece, o prejudica. Nesse
sentido, o coração sábio cultiva a paz, o amor, a parceria e, por isso, traz
saúde para o corpo, permitindo que a vida seja encarada de uma maneira mais
sábia, com mais leveza e tranquilidade. Mas um coração contaminado pela inveja
adoece a alma de tal forma que, na tentativa de desconstruir a outra pessoa
para atingir um objetivo, as atitudes malignas acabam dominando o centro da
vida, corroendo tudo o que há de bom nela ou em alguém. Por isso, a inveja
adoece o corpo, a vida.
- O ânimo
sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos (Pv 14.30). Uma pessoa
invejosa é aquela que se perturba com o sucesso dos outros. Ela não se alegra
com o que tem, mas se entristece pelo que o outro tem. Um invejoso nunca é
feliz, porque está buscando sempre aquilo que não lhe pertence. Um invejoso
nunca é grato, pois está sempre querendo o que é do outro. Um invejoso nunca
tem paz, porque sua mesquinhez é como um câncer que lhe destrói os ossos. A
Organização Mundial da Saúde afirma que mais de 50% das pessoas que passam
pelos hospitais são vítimas de doenças com fundo emocional. Quando a alma está
inquieta, o corpo padece. Quando a mente não descansa, o corpo adoece. A paz de
espírito é um bem precioso. Essa paz não está em coisas nem se compra na
farmácia. A paz de espírito dá saúde ao corpo. Um coração em paz dá vida ao
corpo. Um coração tranquilo é a vida do corpo. A Bíblia descreve claramente os
efeitos devastadores da inveja. Quando se deixa crescer no coração, a Bíblia
diz que a inveja leva à morte espiritual, emocional e física: "O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a
inveja é a podridão dos ossos" (Pv 14.30). E em Tiago 3.14-16,
encontramos uma severa advertência sobre o pecado da inveja: “Se, pelo contrário, vocês têm em seu coração
inveja amargurada e sentimento de rivalidade, não se gloriem disso, nem mintam
contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; pelo contrário,
é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e rivalidade, aí há
confusão e toda espécie de coisas ruins.” Quando esse sentimento aparece, a
área do cérebro ativada é a mesma responsável por processar as sensações de dor
física ou emocional, segundo um estudo do Instituto Nacional de Ciência
Radiológica, em Tóquio, de 2009; ou seja: a inveja dói de verdade!
2.
Não tenha inveja do pecador! O capítulo 23 está inserido dentro de uma
coleção de textos que versam sobre a sabedoria moral e espiritual
(22.22-24.22). Dentro desse contexto, o versículo 17 apresenta o conselho do
sábio ao jovem a não ter inveja da vida de pecadores. Pelo contrário, o sábio
estimula o jovem a, no lugar de ter inveja dos pecadores, mergulhar no “temor
do Senhor” todo o dia, pois há um caminho seguro para o futuro onde a esperança
não será frustrada (v.18). Consequentemente, os versículos 19 a 21 exortam o
jovem a ter sabedoria, perseverar no caminho certo e. por isso, ficar longe de
quem tem um estilo de vida exagerado em bebida e comida (v.20), isto é, de quem
pensa que a vida se resume aos prazeres e aos deleites. O estilo de vida sem
moderação é um caminho intenso para a miséria. O sábio está ensinando que o
jovem não precisa ter inveja de um estilo de vida como esse.
- Na prosperidade,
para ser tentado a imitar o seu exemplo (Salmos 37:1 ; Salmos 73:3) – é o
conselho do sábio; o antídoto para a inveja da prosperidade dos pecadores. Não tenha o teu coração inveja dos
pecadores; antes, no temor do S e n h o r perseverarás todo dia. Porque deveras
haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança (Pv 23.17,18). Asafe,
no Salmo 73, registra a crise que viveu quando invejou a prosperidade do ímpio.
Mesmo lavando as mãos na inocência e purificando o seu coração, ele era
castigado a cada manhã. O ímpio, porém, via seus bens prosperando, apesar de
desandar a boca para falar contra Deus. O ímpio era bajulado e vivia regalado em
banquetes, sem jamais sentir sua saúde abalada. Por um momento, Asafe pensou
que a vida do ímpio era melhor que a sua. Até que, certa feita, entrou no
santuário de Deus e atinou com o fim do ímpio. O ímpio só tinha dinheiro e nada
mais. Seu refúgio era vulnerável. Seu destino era a infelicidade eterna.
Invejar os pecadores, portanto, é ter uma visão míope da realidade. Os
pecadores podem parecer felizes, mas caminham para a morte. Os pecadores podem rir
agora, mas chorarão amargamente sem nenhuma gota de consolo. Os pecadores podem
estufar o peito para narrar suas vantagens, suas aventuras e seus prazeres, mas
serão quebrados repentinamente sem que haja cura e enfrentarão sofrimento
eterno. Em vez de invejar os pecadores, devemos perseverar em temer a Deus,
pois esse é um investimento seguro para o futuro. O resultado desse
investimento é graça no presente e glória no futuro! Não ande com os farristas
— Ouve, filho meu, e sê sábio; guia retamente no caminho o teu coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem
entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a
sonolência vestirá de trapos o homem (Pv 23.19-21). O sábio se revela tanto
pelo que evita como pelo que realiza. A sabedoria nos faz ouvir os bons conselhos
e nos faz afastar de más companhias. A sabedoria coloca os nossos pés no
caminho reto. Andar com beberrões e comilões, caminhar com os farristas, adotar
seu estilo de vida e abraçar seus valores é cair na pobreza. O farrista quer
curtir a vida, em vez de trabalhar. Ele semeia na boêmia, mas encolhe suas mãos
do trabalho. Entrega-se à sonolência, em vez de entregar-se ao labor. O
preguiçoso sonolento, o farrista boêmio, o beberrão e o comilão se vestirão de
trapo. A pobreza é seu patrimônio. A desdita é sua herança. A escassez é sua porção.
O sábio foge desse caminho e se afasta dessas más companhias. Não engrossa as
fileiras daqueles que vivem para beber as taças dos prazeres, sem refletir no
amanhã. O sábio é alguém comprometido com o trabalho. Investe no conhecimento.
Semeia no futuro. Colhe os abundantes frutos de seu investimento. No presente, aqueles
que pulam de festa em festa, de banquete em banquete, parecem aproveitar melhor
a vida; no futuro, porém, estarão rendidos à pobreza e cobertos de trapos, enquanto
os sábios desfrutarão dos resultados benditos de sua prudente semeadura.
3.
Não tenha inveja da pessoa violenta. O capítulo 24 que se encontra no mesmo
contexto do capítulo 23. é uma exortação a não ter inveja de pessoas perversas
(vv.1.2). A palavra “rapina” traz o significado de roubos e extorsões seguidos
de violência. Evitar ao máximo o caminho de pessoas que possuem um estilo de
vida violento, que só sabem causar confusão, contendas e disputas. A violência
se encontra em suas conversas, a perversidade é gerada em seu coração. Quem
anda no caminho de pessoas assim, será tragado pelas suas práticas perversas. A
advertência do sábio aqui é para se evitar as más companhias de pessoas que não
têm nada de positivo a acrescentar, a não ser as práticas baseadas na maldade e
na perversidade.
- Invejar
os malignos e andar com eles é uma séria ameaça à vida. A inveja é o desejo de
ser o que o outro é, de possuir o que o outro tem. A inveja é o
descontentamento com o que se tem e o desejo ardente pelo que se não tem.
Invejar as pessoas erradas e andar com elas, portanto, é um duplo pecado, pois,
se a inveja em si já é nociva, invejar o maligno é ainda mais grave. A inveja é
um sentimento subjetivo, mas andar com os maus é uma atitude objetiva. E dar
mais um passo rumo ao desastre. É caminhar deliberadamente na direção do fracasso.
Os malignos maquinam a violência, e seus lábios falam o mal. Os maus têm as
mãos e os lábios a serviço da maldade. Vivem para espalhar aquilo que ofende
Deus e destrói o próximo. Invejar essas pessoas é matricular-se na escola da
violência, é enveredar-se pelo caminho sinuoso da perversidade, é doutorar-se
no mais perverso estilo de vida. Em vez de desejar imitar os malignos, devemos imitar
aqueles que praticam o bem; em vez de andar com os maus, devemos andar com
pessoas que nos inspiram à prática do bem; em vez de dar às mãos àqueles que
fazem e falam coisas perversas, devemos ser parceiros de caminhada daqueles
cujas mãos praticam o bem e cujos lábios proferem palavras edificadoras.
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SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique aos
alunos que a inveja é o desejo de ser melhor ou pelo menos, igual aos colegas,
em realizações, excelência ou posses. Os antigos se referiam à inveja como um
sentimento maligno ou hostil. Agostinho a incluiu entre as paixões que “se
enfurecem como tiranos e confundem toda a alma e a vida do homem, com
tempestades de todos os lados. Ele, então, descreveu essa alma como tendo uma
“ansiedade” por conseguir o que não possuía. Para onde quer que o homem se
volte, a avareza pode confiná-lo, a satisfação dos próprios desejos pode
dissipá-lo, a ambição pode dominá-lo, a soberba pode enchê-lo, a inveja pode
torturá-lo e a preguiça pode drogá-lo. A tortura é uma descrição apropriada
daquilo que a inveja faz. Esta doença do espírito cobra um preço muito alto das
suas vítimas.” (Adaptado de SWINDOLL, Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de
Janeiro: CPAD. 2013. p. 195.)
II. O QUE É O VÍCIO
DA INVEJA
1. O
conceito.
A etimologia de uma palavra nos ensina muito a respeito de seu significado. Por
exemplo, a palavra “inveja” deriva do verbo latino invidere que significa
“olhar mal”. Nesse sentido, a palavra remete a ideia de um olhar negativo,
depreciativo em relação ao outro. Nos textos de Provérbios em estudo, o sábio
nos estimula a não ter inveja de quem pratica o mal. Mas podemos ter inveja de
quem pratica o bem? Geralmente, a inveja desperta a ambição a respeito das
qualidades ou das conquistas dos outros. Isso é considerado uma obra da carne,
um vício da alma. Assim, a inveja é uma obra do pior instinto do ser humano,
pois faz com que ele fique se comparando sempre com o outro, focando sempre nas
suas fragilidades.
- O Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa traz a seguinte definição:
inveja
A forma inveja pode ser [segunda pessoa singular
do imperativo de invejar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo
de invejar] ou [substantivo feminino].
substantivo feminino
1. Desgosto pelo bem alheio.
2. Desejo de possuir o que outro tem,
geralmente acompanhado de ódio pelo possuidor.
não ter
inveja a
•Não ser
somenos; não ficar atrás de.
- sinonimo
ou antônimo; Sinônimo geral: INVÍDIA, ZELOTIPIA
- Origem
etimológica: latim invidìa, -ae.
Palavras
relacionadas: invejar; amodorrado; moer; ínvido. ("inveja", in
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2024, https://dicionario.priberam.org/inveja).
É um sentimento de inferioridade e de desgosto diante da felicidade do outro. É
um sentimento de cobiça da riqueza, do brilho e da prosperidade alheia. É o
desejo constante que algumas pessoas sentem ao almejar a todo custo as
conquistas da vida alheia, é desejar o que o outro possui ou realiza. Está
intimamente ligada ao ciúme, no momento que produz desgosto ou tormento ao
indivíduo que almeja possuir algo que pertence a outro indivíduo.
2. A
inveja gera ódio.
Gênesis 3.8-14 relata o episódio em que, por inveja de seu irmão Abel, o qual
teve a sua oferta recebida por Deus, Caim se levantou contra seu próprio irmão
e o matou. Ao longo de seu relacionamento com Abel, Caim intensificou o seu
ressentimento, que foi derivado da inveja que sentia contra o irmão. Esse
episódio nos revela o lado obscuro e destrutivo do vício da inveja. Ele gera
ódio e a prática do mal.
- O motivo
pelo qual o Senhor rejeitou a oferta de Caim não foi por se tratar do fruto da
terra, como alguns ensinam. De acordo com a lei mosaica as ofertas de cereais
eram do agrado de Deus (Êx 29.41, 30.9, 40.29). O problema de Caim estava em
seu coração. Quando sua oferta foi rejeitada, sua máscara de religiosidade caiu
por terra. Deixou-se dominar pela ira e pela inveja. Seu semblante ficou
descaído demonstrando todo mal em seu coração. Deus lhe disse: “Por que te iraste? e por que está descaído o
teu semblante? Porventura se procederes bem, não é certo que serás aceito? E se
não fizeres bem, o pecado jaz à porta…” (Gn 4.6-7). Apesar da advertência
divina, Caim não conseguiu vencer os desejos da carne. Dominado pelo sentimento
de ódio e inveja planejou e arquitetou vingança contra seu irmão Abel. Caim não
podia suportar a ideia que seu irmão era melhor do que ele. De igual modo, em
nossos dias, alguns ditos cristãos não conseguem suportar o sucesso de seus
irmãos. Dominados pela inveja se apressam em depreciar ou desqualificar a
vitória dos outros. Motivado pela inveja, Caim tirou a vida de Abel (Gn 4.8). O
crime foi premeditado. Em sua ingenuidade Abel foi apanhado em uma terrível
cilada.
3. O
autoexame contra a inveja. Há vários textos no Novo Testamento que abordam a
respeito da inveja, mostrando-a como uma obra da carne (Gl 5.19-21; Rm
13.13.14; 1 Pe 2.1). Contudo, a Carta de Tiago traz um alerta muito claro a
respeito dessa obra da carne, nos convidando a fazer um exame de consciência
(Tg 3.14). O escritor sagrado deixa claro que esse vício tem como responsável o
Diabo (Tg 3.15), pois onde há “a inveja” e “o espírito faccioso”, há a
paternidade do Diabo (Tg 3.15.16). Por isso, precisamos sempre examinar o nosso
coração diante de Deus, meditando na sua Palavra. Sim, em meditação na Palavra
de Deus, fazendo as perguntas certas, Deus pode nos revelar os pecados que
estão nos rondando, dos pensamentos malignos que estão nos cercando dos
sentimentos perversos que estão sendo cultivados e alimentando a nossa vontade.
- A
sabedoria egocêntrica que se consome com a ambição pessoal não provém de Deus;
Tiago afirma que esse sentimento é terrena,
animal e demoníaca. Uma descrição da sabedoria humana como sendo: 1)
limitada à terra; 2) caracterizada pela humanidade, pela fragilidade, por um
coração não santificado e um espírito não redimido; e 3) gerada pelas forças de
Satanás (cf. 1 Co 2.14; 2Co 11.14-15). Esse tipo de sentimento carnal traz como
resultado final a confusão. Essa é a desordem que resulta da instabilidade e do
caos da sabedoria humana: Toda espécie de
coisas ruins - literalmente, “toda obra inútil (ou vil)". Indica
coisas que não são tão más em si mesmas, mas que também não servem para bem
algum.
III. PROTEGENDO-SE
CONTRA A INVEJA
1.
Não deseje o estilo de vida pecaminoso. Vivemos num mundo em que vamos encontrar e,
até mesmo, estabelecer algum nível de relacionamento com diversos tipos de
pessoas. Pessoas justas e piedosas cruzarão o nosso caminho, mas pessoas
injustas e ímpias também. Para não desejar o estilo de vida ímpio e injusto é
preciso cultivar no coração a justiça e a piedade na presença de Deus (Sl
15.1-5). Então, aqueles que amam a justiça e a piedade desejarão se relacionar
com os justos e piedosos. Esse é o objetivo da sabedoria de Provérbios, fazer
com que o jovem tenha prazer de buscar o bem, a justiça e piedade na vida e, ao
mesmo tempo, desprezar o estilo da maldade, a injustiça e a impiedade (Mc
12.30.31). Por isso, não tenha inveja do estilo de vida pecaminoso.
- A Bíblia
ensina que nossas amizades podem nos influenciar de muitas maneiras. Quando
passamos muito tempo com más companhias, podemos adquirir seus maus hábitos.
Por isso, precisamos tomar cuidado com nossas amizades. Não podemos evitar as
amizades com pessoas que não são crentes. Na verdade, Jesus nos enviou para
sermos luz entre aqueles que ainda não o conhecem (João 17:17-18). Somente
através do contato poderemos partilhar o evangelho. Nossa missão é viver no
mundo sem sermos contaminados por ele. As amizades que devemos evitar são com
pessoas que dizem seguir a Cristo, mas não mostram isso em suas vidas. Essas
pessoas são muito perigosas para a vida espiritual dos crentes. Em um mundo
dominado pelo pecado, os cristãos devem ser diferentes. Suas vidas devem ser um
exemplo de como Jesus nos transforma. Quando uma pessoa diz ser cristã, mas
vive no pecado e promove maus comportamentos entre outros crentes, isso não é
nada bom. Essa pessoa poderá destruir muitos crentes, que podem ser enganados a
seguir seu exemplo. Se uma pessoa que faz parte da igreja vive no pecado e
ninguém diz que isso é errado, outros crentes poderão achar que não tem
problema. Assim, por causa de uma má companhia, várias pessoas poderão cair no
pecado. O ensinamento que receberam do evangelho será corrompido por práticas
erradas. Por isso, é muito importante entender quando algo é errado e, se a
pessoa insiste no pecado sem querer mudar, é melhor manter distância, para não
ser influenciado. Nas nossas amizades com descrentes, sabemos que devemos estar
de alerta, para não recebermos influências erradas. Mas, nas amizades com
cristãos costumamos baixar a guarda. O ambiente cristão deve ser um ambiente
seguro, onde as pessoas sabem que não vão aprender hábitos errados. As más
companhias entre cristãos corrompem essa segurança. A Bíblia nos ensina o
caminho correto para nossa vida. Se nossas companhias nos corrompem e desviam
do caminho de Deus, devemos procurar companhia melhor.
2.
Não deseje o estilo de vida violento. É comum que o jovem seja tentado a ser
seduzido por ideologias, filosofias e grupos que preguem a violência. Na
juventude, tudo é intenso. Os produtores intelectuais do nosso tempo desejam
tocar o coração de todos os jovens porque veem neles a manutenção de suas
ideias. Geralmente, as ideias propagadas pelos atuais produtores são
exageradamente emotivas, apelativas e violentas. Entretanto, a Palavra de Deus
nos mostra que nada justifica a ideia do desrespeito, principalmente, em nossa
família, em nossa igreja local e em qualquer lugar em que estamos inseridos.
Não tenha inveja das pessoas e das ideias violentas delas.
- Corremos
um sério risco com a nossa juventude exposta a todo tipo de ideologias e
filosofias tão maçantes na educação formal, que por vezes, é lançada na mente
deles por um período longo do dia, enquanto que, a formação cristã fica
relegada a um dia na semana, e quando há uma preocupação com o ensino na
igreja. Assim, o perigo dos "ideólogos" que tornam
"incompreensível" e "falsificam" o Evangelho, por exemplo,
ou até mesmo desclassificam as Escrituras como retrógradas e não úteis para
estes tempos modernos. Particularmente na América Latina, ideologias de
esquerda tentam reinterpretar o Evangelho em um sentido marxista, quando não o
desclassificam, tem invadido todos os graus da educação brasileira, desde o
fundamental até às Universidades. O perigo é real, é constante e tem feito
estragos! O campo educacional pode ser um desafio para a fé dos jovens
cristãos, pois o ambiente acadêmico pode ser hostil a quem professa a fé
cristã. No entanto, é possível fortalecer a vida cristã na universidade e
permanecer firme na fé. Algumas dicas para jovens cristãos na universidade são:
Estudar a Bíblia e ter momentos de
comunhão diária
Refletir sobre a vida espiritual e se a
decisão de seguir a Jesus foi tomada
Ser coerente e firme nos princípios
Não enfrentar com agressividade quem
pensa diferente
Estudar muito e ter senso crítico
Pedir sabedoria a Deus para lidar com
os desafios
Ser um canal de bênçãos e informação
para a comunidade
Conhecer a história da ciência e o
papel do cristianismo no seu surgimento
Conhecer as fraquezas da visão de mundo
naturalista
Saber responder a perguntas sobre a fé
O jovem
cristão deve demonstrar em atos aquilo em que acredita, sendo generoso,
perdoador, fiel e educado. Ele pode compartilhar seu ponto de vista em
discussões em sala de aula, participar de grupos de oração ou de atividades
cristãs na escola.
3. Um
coração sábio.
Uma das melhores formas de nos proteger contra a inveja, conforme Bíblia, é
fazer o caminho contrário: desejar e cultivar um coração sábio. No lugar de
invejar a outra pessoa, podemos nos deixar ser influenciados por pessoas de
Deus que procuram viver uma vida justa, piedosa e benigna com Ele e com o
próximo. Com essas pessoas podemos aprender sobre o contentamento, a gratidão e
a sabedoria. Na lição passada, estudamos a respeito do contentamento, esta é
uma virtude preciosa contra o vício da inveja. A gratidão é outra virtude
cristã preciosa para proteger o nosso coração da inveja.
- De
acordo com a Bíblia, um coração sábio é aquele que é capaz de discernir o que
dizer e como dizer, e que sabe tirar coisas boas da experiência de vida para
ajudar os outros. O Salmo 90:12 diz: "Ensina-nos
a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio".
Este versículo é frequentemente interpretado como um provérbio que significa: “A vida é curta, portanto, viva com sabedoria”.
A sabedoria é importante porque as escolhas que fazemos na Terra têm
consequências eternas. Aprender a contar os dias significa investir tempo na
busca pela sabedoria, bondade e reino de Deus. Tanto o Antigo quanto o Novo
Testamento trazem a ideia de que sejamos humildes e não orgulhosos (cf. Tg
4.13-17). Viver de maneira humilde e não orgulhosa passa pela capacidade de ter
consciência do quanto somos finitos. É próprio da juventude não pensar muito na
finitude da vida. Essa fase é caracterizada por muitos sonhos, anseios e, por
isso, o olhar está sempre no futuro. Entretanto, o(a) jovem que está consciente
de que não pode escapar dessa realidade finita e compreende a sabedoria bíblica
aqui ensinada, saberá selecionar as coisas que valem a pena. Como a vida é passageira,
não podemos perder tempo com escolhas superficiais. Assim, podemos aprender com
Jesus e seus apóstolos; estes últimos tinham plena consciência da finitude de
suas vidas terrenas, ao mesmo tempo que sua esperança estava fundamentada no
céu (2 Co 5.1; 2 Tm 46); embora muitos tenham tido uma vida relativamente curta
(At 12.1,2), o mundo nunca mais foi o mesmo depois de seus ministérios.
Portanto, com Jesus e seus apóstolos, aprendemos que quem olha para o céu lida
muito melhor com as coisas aqui da Terra.
CONCLUSÃO
Temos um desafio de nos relacionar com
pessoas ímpias e, ao mesmo tempo, não nos deixarmos influenciar com suas
condutas mas, igualmente, temos o desafio de nos relacionarmos com pessoas de
Deus e, ao mesmo tempo, estarmos abertos para aprender uma virtude que talvez
ainda não tenhamos, Sim, o Espírito Santo usa pessoas para nos ajudar a
amadurecer na vida cristã. No lugar de praticar a inveja, somos convidados a
observar e a aprender com quem faz o bem e, assim, alcançarmos um coração sábio
- Uma vida
de sabedoria conduz à uma experiência de alegria e de felicidade. Essa é a
oração do salmista: “Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade […]
Alegra-nos pelos dias em que nos afligisse, e pelos anos em que vimos o mal”
(vv.14,15). Se outrora o salmista viveu as consequências de uma vida de
equívocos, agora ele deseja viver a alegria e a benignidade de uma vida
virtuosa, ou seja, sábia.
Às vezes
colhem os frutos desagradáveis de uma vida pregressa na contramão dos valores
de Deus. Entretanto, quando nos dispomos a viver de maneira coerente com o
Senhor, podemos fazer a mesma oração do salmista, já que a alegria e a
benignidade de Deus nos esperam. Diante de um Deus eterno, não desperdice a
vida naquilo que não agrada ao Senhor. Somos convidados a ter consciência de
nossa finitude, a selecionar com precisão as nossas escolhas e viver, segundo a
graça de Deus, de maneira coerente com o propósito dEle para a nossa vida.
Finalmente, Deus confirmará as obras de nossas mãos.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa
ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu
Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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HORA DA REVISÃO
1. De acordo com
Provérbios 14.30 o que a inveja faz?
A inveja adoece o corpo, a
vida.
2. O que significa a
palavra “inveja”?
A palavra “inveja” deriva do
verbo latino invidere que significa “olhar mal”.
3. Mencione alguns
textos do Novo Testamento que citam a inveja.
Gl 5.19-21: Rm 13.13.14. 1 Pe
2.1.
4. Quais são as
características das ideias propagadas pelos produtores culturais de maneira
geral?
Geralmente, as ideias
propagadas pelos atuais produtores são exageradamente emotivas, apelativas e
violentas.
5. O que podemos
fazer no lugar de invejar uma pessoa?
No lugar de invejar a outra
pessoa, podemos nos deixar ser influenciados por pessoas de Deus que procuram
viver uma vida justa, piedosa e benigna com Ele e com o próximo.