Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19)
Entenda o Texto Áureo:
- Deus não
é homem. Em contraste com a impossibilidade de se poder confiar no
homem, tão bem ilustrado no próprio Balaão, Deus é confiável e imutável. Ele
não muda; por isso, suas palavras sempre se cumprem. nem filho de homem – um mero mortal, com inconstâncias humanas.
É a única ocorrência da expressão que é certamente anterior a Ezequiel.
VERDADE PRÁTICA
As promessas de Deus são infalíveis
porque Deus e sua Palavra sempre cumprem um propósito.
Entenda a Verdade Prática:
- Temos certeza, quanto às promessas divinas, que:
As
promessas de Deus são infalíveis (1 Rs 8.56; Js 23.14)
Deus
sempre cumpre a suas promessas (2 Co 1.19,20).
Porque
Ele é fiel e Justo (1 Jo 1.9; 1 Co 1.9; 10.13; 2 Co 1.18; 1 Ts 5.24; 2 Ts 3.3;
Hb 10.23).
Ele
não pode mentir (Tt 1.2).
Porque
suas promessas foram dadas com juramento (Hb 6.13; Dt 6.10; Mt 14.7)
Deus
nunca se retrata ou altera a suas promessas (Sl 89.34).
A
Palavra de Deus é fiel (1 Tm 1.15; 3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt 1.9; 3.8).
Temos
em Cristo a garantia das promessas (2 Co 1.20; Ef 3.6).
Deus
pode fazer o impossível (Lc 1.37; 18.27)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Salmos 102.25-27; 2 Pedro 3.8-13
Salmo 102
25. Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.
- Desde
muito antes fundaste a terra – O que é aqui afirmado por Deus, é, no
Novo Testamento (Hebreus 1:10), citado e afirmado por Cristo. Assim nos é
ensinada a personalidade e a unidade do Pai e do Filho:“Para que todos os
homens honrem o Filho, assim como honram o Pai” (Jo 5:23). “Porque tudo o que o
Pai faz, isso também faz o Filho da mesma forma” (Jo 5:19). [Whedon]
26. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste,
envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
- Comparado com o breve período de vida do homem, o
mundo natural é um símbolo de permanência; comparado com a eternidade de Deus,
ele é visto como transitório. Ele existiu desde toda a eternidade antes dela, e
o chamou à existência: Ele existirá inalterado quando ele tiver passado. e serão mudados – Ou, passarão. O
pensamento do salmista aqui é mais sobre a transitoriedade do céu e da terra em
contraste com a eternidade de Deus do que sobre os novos céus e a nova terra,
Isaías 65:17; 66:22. [Cambridge]
27. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
- Porém tu
és o mesmo – Assim a Septuaginta, o Caldaico e Hebreus 1:12 o citaram. O
hebraico é estritamente, ‘mas tu és ELE’. Deuteronômio 32:39 é referido. O
siríaco traduz, ‘tu és como és’. Árabe, ‘tu és tu mesmo’, o imperecível, em
contraste com os céus e a terra, que perecem, apesar de sua aparente
estabilidade: respondendo ao paralelo.
2 Pedro 3
8. Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como
mil anos, e mil anos, como um dia.
- desta uma
coisa – como a consideração de maior importância (Lucas 10:42). não ignoreis – como é o caso
daqueles zombadores (2Pedro 3:5). Além da refutação deles (2Pedro 3:5-7)
extraída da história do dilúvio, aqui ele acrescenta outra (dirigida mais aos
crentes do que aos zombadores): A demora de Deus no cumprimento de Sua promessa
não é, como os atrasos dos homens, devido à incapacidade ou à inconstância em
cumprir Sua palavra, mas sim devido à ” longanimidade”. um dia…mil anos – (Salmo 90:4): Moisés diz: “A tua eternidade,
que não faz distinção entre mil anos e um dia, é o refúgio para nós, criaturas
que vivem apenas um dia”. Pedro vê a eternidade de Deus em relação ao último
dia: para nós, seres de vida curta, esse dia parece demorar muito para chegar,
mas para o Senhor o intervalo é indiferente à ideia de longo ou curto. Sua
eternidade excede todas as medidas de tempo: para o Seu conhecimento divino,
todas as coisas futuras estão presentes: Seu poder não requer longos adiamentos
para a realização de Sua obra: Sua longanimidade exclui toda expectativa
impaciente e ansiosa, como a que nós, seres humanos, sentimos. Ele é igualmente
abençoado em um dia ou em mil anos. Ele pode fazer o trabalho de mil anos em um
dia: por isso, em 2Pedro 3:9, diz-se que Ele não é “lento”: Ele sempre tem o
poder para cumprir a Sua “promessa”. mil
anos como um dia. Para Deus, nenhum atraso é longo: assim como para
alguém de riquezas incalculáveis, 100 reais são como uma única moeda. O
œonologe (medidor das eras eternas) de Deus difere totalmente do horologe
(ampulheta) do homem. Seu gnomon (ponteiro do relógio) mostra todas as horas de
uma vez, na maior atividade e em perfeita tranquilidade. Para Ele, as horas
passam, nem mais lentamente, nem mais rapidamente, do que convém à Sua
economia. Não há nada que faça com que Ele precise apressar ou atrasar o fim.
As palavras “para o Senhor” (Salmo 90:4, “À tua vista”), silenciam todas as
objeções do homem com base na sua incapacidade de compreender isso (Bengel).
[Fausset, 1866]
9. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia;
mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que
todos venham a arrepender-se.
- folga
– lenta, tardia, atrasada; excedendo o tempo devido, como se aquele tempo já
tivesse chegado. Hebreus 10:37, “não tardará”. sua promessa – que os escarnecedores criticam. 2Pedro 3:4:
“Onde está a promessa?” Ela certamente será cumprida “segundo a sua promessa”
(2Pedro 3:13). alguns – os
“escarnecedores”. contar – Sua
promessa de ser o resultado de “negligência” (atraso). longanimidade – esperando até que o número completo de pessoas
designadas para “salvação” (2Pedro 3:15) seja completado. para nós-ala – Os manuscritos mais
antigos, a Vulgata, o siríaco, etc., leram “em direção a VOCÊ”. qualquer – não desejando que algum,
sim, mesmo que os escarnecedores, perecessem, o que seria o resultado se Ele
não desse espaço para o arrependimento. venham
– vá e seja recebido ao arrependimento: o grego implica que há espaço para que
sejam recebidos ao arrependimento (compare grego, Marcos 2:2; Jo 8:37).
10. Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus
passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e
as obras que nela há se queimarão.
- A certeza, a rapidez e os efeitos concomitantes da
vinda do dia do Senhor. Faber argumenta a partir disso que o milênio, etc.,
deve preceder a vinda literal de Cristo, e não segui-lo. Mas “o dia do Senhor”
compreende toda a série de eventos, começando com o advento pré-milenista, e
terminando com a destruição dos ímpios, e conflagração final, e julgamento
geral (que intervém por último entre a conflagração e a renovação dos eventos).
a Terra). vai – enfático. Mas
(apesar dos escarnecedores, e apesar do atraso) venha e esteja presente no dia
do Senhor. como um ladrão –
Pedro se lembra e repete a imagem de seu Senhor (Lucas 12:39,41) usada na
conversa em que ele participou; assim também Paulo (1Tessalonicenses 5:2) e
João (Apocalipse 3:3; 16:15). os céus
– que os escarnecedores dizem que “continuarão” como são (2Pedro 3:4; Mateus
24:35; Apocalipse 21:1). com um grande
barulho – com um ruído agudo, como o de uma flecha zumbindo, ou o
estrondo de uma chama devoradora. obras
– os materiais componentes do mundo (Wahl). No entanto, como “as obras” na
terra são mencionadas separadamente da “terra”, então é provável que
“elementos”, mencionados depois de “os céus”, significam “as obras ali”, ou
seja, o sol, a lua, e as estrelas (como Teófilo de Antioquia [pg 22, 148, 228];
e Justino Mártir [Apologia, 2.44], usam a palavra “elementos”): estes, como na
criação, assim na destruição do mundo, são mencionados (Bengel) Mas como
“elementos” não são tão usados nas Escrituras Gregas, talvez se refiram aos
materiais componentes dos “céus”, incluindo os corpos celestes; claramente
pertence à primeira cláusula, “os céus”, não ao seguinte, “a terra” etc. derreta – dissolva-se, como em
2Pedro 3:11. as obras … aí –
da natureza e da arte.
11. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém
ser em santo trato e piedade,
- Seu dever, vendo que isto é assim, é estar sempre
esperando ansiosamente o dia de Deus. então
– Alguns manuscritos mais antigos substituem “assim” por “então”: uma refutação
feliz do “assim” dos escarnecedores, 2Pedro 3:4 (Versão em Inglês, “Como eram”,
grego, “assim”). para serem –
grego, “estão sendo (na nomeação de Deus, em breve a ser cumprida) dissolvido”;
o tempo presente implicando a certeza como se estivesse realmente presente. que tipo de homens – exclamatório.
Quão vigilante, orante e zeloso! ser
– não o mero verbo substantivo grego da existência ({einai}), mas
({huparchein}) denotando um estado ou uma condição em que se supõe que seja
(Tittmann). Que homens santos devem ser encontrados quando o evento chegar!
Este é o “santo mandamento” mencionado em 2Pedro 3:2. conversa … piedade – grego, plural: comportamentos (para com os
homens), piedade (ou piedade para com Deus) em seus múltiplos modos de
manifestação.
12. aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os
céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
- tendo
pressa – desejando com o máximo de entusiasmo [Wahl], orando pela, e
contemplando, a vinda do Salvador como estando próxima. O grego pode significar
“apressando (ou seja, impulsionando [Alford]) o dia de Deus”, não no sentido de
que o tempo determinado por Deus seja mutável, mas Deus nos designa como
instrumentos para realizar os eventos que devem ocorrer antes que o dia de Deus
possa chegar. Ao orar pela sua vinda, promovendo a pregação do Evangelho como
testemunho a todas as nações e trazendo aqueles a quem “a longanimidade de
Deus” espera salvar, nós apressamos a chegada do dia de Deus. O verbo grego é
sempre usado no neutro no Novo Testamento, não no ativo; mas a Septuaginta o
usa no ativo. Cristo diz: “Certamente, venho sem demora. Amém”. Nossa parte é
acelerar essa consumação, orando: “Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:20). a vinda. Grego, “presença” de uma
pessoa: geralmente, do Salvador. do
dia de Deus. Deus tem dado muitos milhares de dias aos homens: um deles
será o próprio grande “dia de Deus”. céus
– as regiões superiores e inferiores do céu. se derreterão. Nossas rochas ígneas mostram que elas já
estiveram em estado líquido. [Fausset]
13. Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em
que habita a justiça.
- Porém
– “Mas”: em contraste com os efeitos destrutivos do dia de Deus, existem seus
efeitos construtivos. Como o dilúvio foi o batismo da terra, ocorrendo em uma
terra renovada, parcialmente liberta da “maldição”, assim o batismo com fogo
purificará a terra de modo a ser a renovada morada do homem regenerado,
totalmente livre da maldição. sua
promessa – (Isaías 65:17; 66:22). O “nós” não é enfático como na versão
inglesa. novos céus – novos
céus atmosféricos que cercam a terra renovada. a justiça – habita naquele mundo vindouro como sua
característica essencial, tendo todas as poluições sido removidas.
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INTRODUÇÃO
A Bíblia revela atributos exclusivos
de Deus: sua onipotência, onipresença, onisciência, e, o que enfatizaremos
nesta lição, sua imutabilidade. Por isso, Ele não falha em suas santas
promessas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A infalibilidade de Deus
em suas promessas é um tema de grande valor que fortalece a nossa vida
espiritual e aprofunda o nosso relacionamento com Ele.
- Deus se dá a conhecer ao homem através dos seus
atributos, quer seja pela revelação geral – a natureza (Sl 19.1-4; Rm 1.20),
quer seja pela sua revelação especial – a Palavra alguns exemplos: (Gn 3.8; 18.1;
Êx 3.1-4; 34.5-7). Dentre estes atributos que Deus nos revelou de Si mesmo,
temos os Atributos naturais e morais (envolvem sua essência;ex.:
eternidade, imutabilidade) e os atributos morais, sua vontade (ex.: santidade,
justiça); e temos os Atributos incomunicáveis e comunicáveis. De todos estes,
esta lição aborda a imutabilidade
de Deus (a Sua qualidade de nunca mudar). É claramente ensinada em toda a Escritura.
Por exemplo, em Malaquias 3:6 Deus afirma: “Porque
eu, o SENHOR, não mudo” (Ver também Números 23:19; 1 Samuel 15:29; Isaías
46:9-11 e Ezequiel 24:14). Tiago 1:17 ensina também a imutabilidade de Deus:
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito
são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou
sombra de mudança." A "sombra de mudança" refere-se a nossa
perspectiva sobre o sol: é eclipsado, se move e lança sua sombra. O sol nasce e
se põe, aparece e desaparece a cada dia; ele sai de um trópico e entra outro em
certas épocas do ano. Mas com Deus, que, espiritualmente falando, é a própria
luz, não há treva alguma; não há nenhuma mudança, nem nada parecido. Deus é
imutável em Sua natureza, perfeições, propósitos, promessas e dádivas. Ele,
sendo santo, não pode voltar-se para o que é mau; sendo a fonte de luz, não
pode ser a causa da escuridão. Uma vez que cada boa e perfeita dádiva vem dele,
não pode ser a fonte do mal, nem pode tentar ninguém a pecar (Tiago 1:13). A
Bíblia é clara que Deus não muda de ideia, de vontade ou de natureza. Há várias
razões lógicas por que Deus deve ser imutável, isto é, por que é impossível que
Deus mude. Em primeiro lugar, se alguma coisa muda, deve fazê-lo em alguma
ordem cronológica. Deve haver um ponto no tempo antes da mudança e um ponto no
tempo após. Portanto, para que a mudança ocorra, deve acontecer dentro das
limitações de tempo; no entanto, Deus é eterno e existe fora das restrições de
tempo (Salmo 33:11; 41:13; 90: 2-4; João 17: 5; 2 Timóteo 1:9). Em segundo
lugar, a imutabilidade de Deus é necessária para a Sua perfeição. Se algo muda,
deve mudar para melhor ou pior porque uma mudança que não faz diferença não é
uma mudança. Para que a mudança ocorra, ou algo necessário é adicionado, o que é
uma mudança para melhor, ou algo necessário é perdido, o que é uma mudança para
o pior. Mas, uma vez que Deus é perfeito, Ele não precisa de nada. Portanto,
Ele não pode mudar para melhor. Se Deus perdesse algo, Ele não seria mais
perfeito; portanto, Ele não pode mudar para pior. Em terceiro lugar, a
imutabilidade de Deus está relacionada com a Sua onisciência. Quando alguém
muda de ideia, muitas vezes é porque nova informação veio à luz que não era
anteriormente conhecida ou porque as circunstâncias mudaram e exigem uma
atitude ou ação diferente. Porque Deus é onisciente, Ele não pode aprender algo
novo que não já soubesse. Então, quando a Bíblia fala de Deus mudando de ideia,
deve ser entendido que a circunstância ou situação mudou, e não Deus. Quando Êxodo
32:14 e 1 Samuel 15:11-29 falam de Deus se arrependendo, é simplesmente
descrevendo uma mudança de dispensação e relações externas para com o homem. Números
23:19 apresenta claramente a imutabilidade de Deus: "Deus não é homem,
para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo
ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" Não, Deus
não se arrepende. Estes versículos afirmam a doutrina da imutabilidade de Deus:
Ele é imutável e inalterável.
PALAVRA-CHAVE: Infalibilidade
I. DEUS É INFALÍVEL
1. A infalibilidade de Deus. O Salmo 102 revela a autoridade de
Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25). Contudo, o
salmista faz o contraste entre Deus e sua Criação; o que há na Criação um dia
passará, envelhecerá e mudará, mas o Criador não muda, Ele permanece para
sempre (v.26). A imutabilidade de Deus revela que Ele é infalível (v.27). Por
isso que, na Bíblia, não há uma só referência que mostre que Deus falhou em
seus planos, palavras e promessas. Ele é absoluto, infalível e imutável.
- Os propósitos de Deus são infalíveis. Nessa
afirmação estão embutidas duas convicções elementares. No primeiro momento, a
convicção da infalibilidade do próprio Deus. Os seus propósitos são infalíveis
porque Ele é infalível. E, em segunda instância, os seus propósitos jamais
falharam, falham ou falharão. Eles prevalecerão acima dos desmandos dos homens
ímpios, pois a Sua soberania não encontra obstáculos intransponíveis. Os
acontecimentos que marcaram o passado, os fatos do hoje e aqueles eventos que
se desenrolarão no futuro estão debaixo dos Seus decretos soberanos. Isto é
motivo de regozijo para todos aqueles que conhecem a Cristo, crendo Nele e na
obra da salvação, pois Ele em sua infinita misericórdia completará essa boa
obra na vida dos seus eleitos. Soberania, graça, misericórdia e justiça são as
marcas desse plano. Um problema levantado dentro desse assunto é: “Deus se
arrepende?” (Gn 6.6). Na verdade, tal linguagem não corresponde ao que, como
homens, vivenciamos no arrependimento. Tanto a imutabilidade como a sabedoria e
onisciência de Deus tornam vazias as ideias de que ele muda seus planos eternos
ou que se arrepende de algo que fez. Nesse caso, o arrependimento é mais uma
linguagem antropomórfica (ver Gn 6.6 no que fala do “coração” de Deus). Há
também o problema de vermos Deus tratando fatos iguais de maneiras diferentes
durante a história. Isso também não quer dizer que Deus mude, mas que ele
executa seu plano para com o homem durante a história conforme seus eternos
propósitos. A imutabilidade de Deus também nos conforta e encoraja, pois
sabemos que suas promessas não falharão (Ml 3.16; 2Tm 2.13). Deus também mantém
sempre a mesma atitude contra o pecado.
2. Uma promessa infalível. Em 2 Pedro 3, vemos que o apóstolo
Pedro tem o propósito de responder à igreja a respeito da suposta demora do
retorno do Senhor Jesus. Ele explica que o tempo de Deus é diferente do nosso,
pois Ele é o Criador e nós somos as criaturas (v.8). O motivo de o Senhor ainda
não retornar para nos buscar nada tem a ver com alguma falha em sua promessa,
mas por sua longanimidade e bondade, pois não deseja que o ser humano se perca
(v.9). Ele é paciente. Mas haverá um momento em que o Senhor voltará,
surpreenderá a muitos e transformará todas as coisas (vv.10-13). A promessa de
sua vinda é infalível.
- Muitas vezes a Bíblia nos fala da promessa de que
um dia Jesus vai voltar, de maneira visível e poderosa. Não há por que duvidar.
Jesus nunca mentiu, a Bíblia não mente. Jesus certamente vai voltar um dia.
Leia dois textos que prometem isso: “Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da Terra se
lamentarão e verão do Filho do homem vindo nas nuvens com poder e grande
glória. E Ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes
reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”
(veja também Mt 24:30,31). “Pois dada a
ordem com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor
descerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os
que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro
com o Senhor nos ares” (1Ts 4.16,17). Não temos a data marcada! A Bíblia
não diz quando essa promessa vai se cumprir. Há indícios, há sinais proféticos
dos sinais dos tempos, mas ” o dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos no céu,
nem o Filho, somente o Pai” (Mc 13.32).
3. A Palavra infalível de Deus. Ao longo da Bíblia, vemos que Deus
cumpre suas promessas, conforme lemos em Reis: “Bendito seja o Senhor, que deu
repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra
caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu
servo” (1 Rs 8.56). Esse texto confirma a infalibilidade de Deus em cumprir suas
preciosas promessas. Ele não esquece nenhuma delas, porque é zeloso para
cumprir o que prometeu (Jr 1.12). Portanto, a Bíblia, a Palavra de Deus, é a
fonte de promessas infalíveis para as nossas vidas.
- Uma das coisas que nos anima quando nós servimos
ao nosso Senhor é o número de promessas que Deus fez para nós em Sua palavra.
Ele promete coisas como: “Eu nunca te
deixarei nem te abandonarei … Estou com você sempre … e Minha graça te basta.”
Nós sabemos que Deus “suprirá todas as
nossas necessidades de acordo com Suas riquezas em glória por Cristo Jesus”.
Jesus diz: “Vinde até mim todos os que
estão cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.” Nós sabemos que “Todo aquele que clamar o nome do Senhor será
salvo”, e assim por diante. As promessas de Deus! Nós amamos as promessas
de Deus porque nós sabemos que Deus cumpre Suas promessas. Deus cumpre Suas
promessas.
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SINÓPSE I
As promessas de Deus são infalíveis
porque o nosso Deus não falha.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
DEUS É FIEL!
“Talvez você esteja enfrentando águas
profundas e duras provações em sua vida. Se este for o caso, caro amigo leitor,
busque a Deus e confie em suas promessas. Uma tranquilidade e paz sobrenaturais
estão ao seu alcance em qualquer situação. Elas são suas, é só apropriar-se
delas. Entregue-se a Deus e às suas promessas — e confie verdadeiramente nEle —
e essa paz será sua. Ele lhe dará forças. Deus é fiel!
Nunca se esqueça de que nosso Deus
cumpre suas promessas. Números 23.19 afirma: ‘Deus não é homem, para que minta;
nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria?
Ou falaria e não o confirmaria?’ Antes de morrer, Josué, já em idade avançada,
declarou: ‘E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra; e vós bem
sabeis, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma que nem uma só palavra
caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos
sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra’ (Js 23.14; veja também 21.45).
Tempos depois, Salomão proclamou: ‘Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao
seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas
as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo’ (1 Rs
8.56). Verdadeiramente, Deus é fiel”. (RHODES, Ron. O Livro Completo das
Promessas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.13)
II. DEUS NÃO MENTE
NEM SE ARREPENDE
1. Deus não mente nem se arrepende. Em Números lemos que Deus “não
mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19). Ao longo do capítulo 23, há um contexto
que reforça a verdade de que o Altíssimo não mente nem se arrepende. Por
ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que Balaão amaldiçoasse o povo de
Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de Deus que não
agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Ele não mente nem se
arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar;
pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.20). Assim, Balaão não
podia fazer o que Deus não havia decretado.
- Em contraste com a impossibilidade de se poder
confiar no homem, tão bem ilustrado no próprio Balaão, Deus é confiável e
imutável. Ele não muda; por isso, suas palavras sempre se cumprem. A primeira
parte desta profecia falava diretamente com Balaque (18) e o instruiu sobre o
caráter de Deus. Ele tinha de entender que Deus não é homem (19). Deus não pode
ser forçado a mentir, nem persuadido a mudar de opinião sobre um assunto como
esse que eles tratavam. Deus queria mostrar a Balaque que Ele não podia ser
persuadido a mudar de opinião, pouco importando quantas vezes fosse pedido que
Balaão profetizasse. Como disse Balaão: Eis
que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso
revogar (20).
2. Deus se arrependeu? Em Gênesis 6 lemos que Noé construiu
uma arca para a salvação dele, de sua família e dos animais por causa da
destruição que viria devido a grande corrupção e violência da sociedade de sua época
(Gn 6.3,14; 1 Pe 3.20). Entretanto, esse mesmo texto diz que Deus havia “se
arrependido” de ter feito o ser humano, pois “pesou-lhe o coração” ao
contemplar o caminho de corrupção e violência que a humanidade decidiu trilhar.
Assim, poderíamos nos perguntar: Afinal de contas, Deus se arrepende?
- Duas vezes a Bíblia diz que Deus se arrependeu de
algo que havia feito no passado (Gn 6.6-7 e 1Sm 15.11), e pelo menos onze vezes
diz que ele se arrependeu ou se arrependeria de algo que estava prestes a fazer
no futuro (Êx 32.12-14; 2Sm 24.16; 1Cr 21.15; Sl 106.45; Jr 4.28; 18.8; 26.3,
13, 19; 42.10; Jl 2.13-14; Am 7.3, 6; Jn 3.9-10; 4.2). No entanto, a Bíblia
também diz que Deus não se arrependerá. Por exemplo, o Salmo 110.4 diz: “O
Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem
de Melquisedeque” (Sl 110.4). E Ezequiel 24.14 diz: “Eu, o Senhor, o disse:
será assim, e eu o farei; não tornarei atrás, não pouparei, nem me
arrependerei; segundo os teus caminhos e segundo os teus feitos, serás julgada,
diz o Senhor Deus” (veja também Jr 4.27-28). Mas ainda mais importante do que
esses trechos são os textos que dizem que Deus seria como um homem se ele se
arrependesse. Em outras palavras, a liberdade de Deus da necessidade de se
arrepender é baseada em sua divindade. Ser Deus significa que ele não pode se
arrepender. Números 23.19 — “Deus não é homem, para que minta; nem filho de
homem, para que se arrependa.” 1 Samuel 15.29 — “Também a Glória de Israel não
mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa.” Este
último texto vem na mesma narrativa que diz, em certo trecho, que Deus se
arrependeu de ter feito Saul rei sobre Israel (1Sm 15.11, 35). Portanto, não
devemos pensar que essas duas visões venham de diferentes autores do Antigo
Testamento que discordam entre si. Em vez disso, provavelmente deveríamos dizer
que há um sentido em que Deus se arrepende, e há um sentido em que ele não se
arrepende. As passagens de 1 Samuel 15.29 e Números 23.19 têm a intenção de nos
impedir de ver o arrependimento de Deus de uma forma que o colocaria na
limitada categoria de um homem. O arrependimento de Deus não é como o do homem.
Eu entendo que isso significa que Deus não é pego de surpresa por eventos
inesperados como nós. Ele conhece todo o futuro. (“Eis que as primeiras
predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam,
eu vo-las farei ouvir” (Is 42.9). Deus jamais peca. Portanto, seu
arrependimento não se deve à falta de previsão nem à tolice. Em vez disso, o
arrependimento de Deus é sua expressão de uma atitude e ação diferente sobre
algo passado ou futuro — não porque os eventos o pegaram desprevenido, mas
porque os eventos tornam a expressão de uma atitude diferente mais apropriada
agora do que teria sido antes. A mente de Deus “muda”, não porque responde a
circunstâncias imprevistas, mas porque ele ordenou que sua mente estivesse de
acordo com a maneira como ele próprio ordena os eventos mutáveis do mundo.
3. Uma aparente contradição. Em Números lemos que Deus não “se
arrepende” (Nm 23.19), em Gênesis, que Ele “se arrependeu” (Gn 6.6). Contudo,
em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Ele tenha feito de
errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o
plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre.
Juntamente com a expressão “arrependimento”, a expressão “pesou-lhe em seu
coração” traz a conotação humana aplicada a Deus para reforçar a ideia do
quanto Ele se entristeceu com a escolha que o ser humano fez. Na Teologia,
damos o nome a esse fenômeno presente nas Escrituras de “antropopatismo”, ou
seja, a forma que o autor sagrado usa para atribuir características humanas a
Deus, no sentido de que a mensagem fosse mais bem compreendida pelo leitor do
texto sagrado. Em Gênesis 6, a falha não estava em Deus, mas no ser humano; o
“arrependimento” de Deus não era em relação ao seu plano criador, mas ao ato
rebelde do ser humano.
- Sabemos que a Bíblia está repleta de trechos que
possuem uma linguajem antropomórfica e antropopática. Ou seja, respectivamente
falando, textos que visam dar a pessoa divina um atributo físico (mãos, olhos,
pés) ou um sentimental (zelo, amor, raiva) do homem. Antropomorfismo é a junção
de duas palavras gregas antropos = homem e morfê = forma, logo, se tem o
significado de forma de homem. Antropopatismo segue neste mesmo vácuo, a saber;
antropos = homem e pathos = sentimentos, logo, se tem o significado de
sentimento do homem. Estes textos são de caráter pedagógico para que a
compreensão da Bíblia se torne mais acessível, pois se não houvesse esses
recursos literários no bojo das Sagradas Escrituras, sua compreensão seria
muito mais complexa do que já é. Imaginemos a possibilidade de Deus – um ser perfeito
e puro – nos comunicar a sua revelação na sua linguajem restrita. Se isso
ocorresse, de fato, o homem jamais o compreenderia.
SINÓPSE II
O nosso Deus não mente nem se
arrepende, pois nEle não há sombra de variação.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE
“Deus nunca falha; nunca hesita;
nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e
alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de Deus não exclui a
possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias.
Por exemplo, Deus realmente muda, às vezes, seus planos no tocante ao juízo, em
resposta às orações intercessória do seu povo fiel (ver Êx 32.11,14) ou como
resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10;4.2)”. O alicerce da
esperança do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra
de Deus. As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu
povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal
crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no
passado ele confia que Deus o livrará: ‘Em Ti confiaram nossos pais; cofiaram e
tu os livrastes’ (v.4). O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em
favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos
milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a
nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.269, 841).
III. AS INFALÍVEIS
PROMESSAS DE DEUS
1. Um plano glorioso. A queda do ser humano não pegou Deus
de surpresa. Pelo contrário, havia um plano delineado por Ele desde o início,
conforme lemos em Apocalipse: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a
terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Um plano glorioso que, segundo
o conselho da sua vontade (Ef 1.11,12), já havia sido planejado por meio de
Jesus, o nosso Salvador (Jo 1.1-4). Assim, o mistério da salvação foi revelado
como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).
- Deus tem os Seus meios e os Seus métodos para
realizar Seus planos. Nada vai pegá-Lo de surpresa, porque todos os Seus
propósitos foram planejados na eternidade, e para a eternidade. Por isso devemos
aprender a confiar n’Ele sempre, pois Ele nunca falha e Seus planos nunca serão
frustrados: “Bem sei que tudo podes, e
nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Qualquer pessoa que
se proponha a estudar a pessoa e a obra de Jesus Cristo, só terá sucesso se
considerar, antes de mas nada, que sua vinda ao mundo nada teve de casual, e
nem mesmo de inesperada. O plano divino da encarnação tinha sido, desde os
primórdios da raça humana, anunciado de muitas formas e maneiras, por
intermédio de muitas pessoas inspiradas diretamente pelo próprio Deus. E mais
do que anunciado, a encarnação do Filho de Deus, com todas as suas consequências,
havia sido planejada desde a eternidade, pelo Deus Triúno. Antes de considerarmos
a pessoa de Cristo e suas obras, convém estudar as várias promessas
relacionadas a sua vinda, bem como o planejamento, antes da fundação do mundo,
da encarnação do Homem-Deus. Somente tendo isso claramente em nossas mentes é
que conseguiremos compreender o grande mistério da encarnação do Homem-Deus
2. A eternidade. Juntamente com o seu plano de salvação, Deus
promete a vida eterna (1 Jo 2.24,25). Isso mostra que não fomos criados para a
queda, para a rebelião contra Deus e, consequente, a finitude. Fomos criados
para, eternamente, andar e viver na presença de Deus. Dessa forma, o Senhor
Jesus é o garantidor da eternidade que um dia experimentaremos por ocasião de
sua vinda e transformação do nosso corpo corruptível em um incorruptível,
celestial (1 Co 15.54).
- Quando Deus criou o homem, era seu propósito
desfrutar com ele uma comunhão íntima e pessoal. A promessa da vida eterna é
encontrada na Bíblia, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, e
revela o plano gracioso de Deus para a salvação do homem, o qual se encontra
morto em seus delitos e pecados, concedendo-lhe a bênção da vida eterna: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos
vossos delitos e pecados...” (Ef 2.1). No livro do profeta Daniel, um dos
livros do Antigo Testamento, no capítulo 12, versículo 2, encontramos essa
gloriosa promessa divina: “Muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para
vergonha e horror eterno.” E em todo o Novo Testamento encontramos essa
bendita promessa, conforme podemos ver no ensino de Jesus sobre o grande
julgamento no Juízo Final: “E estes irão
para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt 25.46). Neste
texto Jesus estabelece a diferença entre o destino eterno do ímpio e o do justo
no dia do juízo final, onde todos os homens serão julgados.
3. Esperança forjada na promessa infalível de Deus. Ao longo dos
séculos, o ser humano busca uma maior expectativa de vida. Ele a tem buscado no
suporte dos avanços da Medicina, dos novos recursos científicos e tecnológicos
à disposição da humanidade. Mas o envelhecimento e a morte são realidades
vivenciadas pelo homem, inexoravelmente. Contudo, os que têm a sua esperança forjada
na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a
alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus. Compreendemos que a vida é
um dom de Deus (Rm 6.23) e que, por isso, de maneira grata e alegre, tomamos a
caminhada com Deus até chegar o dia em que o conheceremos como Ele nos conhece
(1 Co 13.12).
- “Alegrai-vos
sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” Filipenses 4.4 A alegria no
Senhor não se esgota, diferente da alegria que temos nas coisas passageiras que
se findam. A alegria do cristão não se resume às circunstâncias. A alegria nas
circunstâncias não tem lastro, é estéreo e passageira. A alegria da salvação é
eterna. Salvação é uma dádiva de Deus, uma oferta da graça. Não é merecida nem
comprada. Salvação é uma dádiva permanente.
SINÓPSE III
A nossa esperança está forjada na
infalibilidade da promessa de Deus.
CONCLUSÃO
Concluímos mais um trimestre
estudando a respeito das promessas infalíveis de Deus. Aqui, temos a
oportunidade de renovar a nossa esperança no Senhor, sabendo que podemos fazer
a nossa caminhada com Cristo de maneira confiante e segura, pois o nosso Deus é
fiel para cumprir as suas infalíveis promessas. Confiemos em Deus e na força do
seu poder!
- A maior das promessas que temos estudado ao longo
deste trimestre é, sem dúvida, a promessa de vida eterna! Vida eterna é, antes
de qualquer coisa, a vida do Filho Unigênito de Deus. É a vida de Deus. A vida
que está em Deus. É vida sobrenatural. Vida eterna não é vida que nós temos
naturalmente. Para obtermos essa vida, nós devemos recebê-la como um presente
gracioso de Deus (Jo 10.28; Jo 17.2). Vida eterna, por ser um dom de Deus, não
é uma vida que alguém poderá fabricar, construir ou produzir. Não é resultado
de alguma coisa que obtemos, mas de um relacionamento que nutrimos.
Vida eterna está em Cristo.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa
ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu
Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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REVISANDO O
CONTEÚDO
1. O que o Salmo 102 revela?
O Salmo 102 revela a autoridade de
Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25).
2. O que lemos no Livro de Números, segundo a lição?
Em Números lemos que Deus “não mente”
nem “se arrepende” (Nm 23.19).
3. O que tem a ver o “arrependimento” em Gênesis 6?
Em Gênesis 6, o “arrependimento” nada
tem a ver com algo que Deus tenha feito de errado, ou alterado um plano
original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o
Senhor havia delineado para ela desde sempre.
4. De acordo com a lição, como o mistério da salvação foi revelado?
O mistério da salvação foi revelado
como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).
5. O que os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus
sabem?
Os que têm a sua esperança forjada na
promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a
alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus.