Título: Cobiça e orgulho — Combatendo o desejo da carne, o desejo dos
olhos e a soberba da vida
Comentarista: Natalino das Neves
- L I Ç Ã O 4 -
28 de ABRIL de 2019
O USO VIRTUOSO DOS BENS MATERIAIS
TEXTO DO DIA
“Manda aos ricos deste mundo que
não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em
Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.” (1 Tm
6.17)
SÍNTESE
Nosso dinheiro e nossos bens
materiais devem ser adquiridos mediante o nosso trabalho honesto.
TEXTO
BÍBLICO
2 Tessalonicenses 3.6-13.
6 Mandamo-vos, porém, irmãos, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu.
7 Porque vós mesmos sabeis como
convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós,
8
nem, de graça, comemos o pão de
homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não
sermos pesados a nenhum de vós;
9 não porque não tivéssemos
autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.
10 Porque, quando ainda estávamos
convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma
também.
11 Porquanto ouvimos que alguns
entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs.
12 A esses tais, porém, mandamos e
exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o
seu próprio pão.
13 E vós, irmãos, não vos canseis
de fazer o bem.
1 Timóteo 6.17-19:
17 Manda aos ricos deste mundo que
não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em
Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
18 que façam o bem, enriqueçam em
boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis;
19 que entesourem para si mesmos um
bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
“A igreja em Tessalônica viveu uma experiência que se repete em muitas
igrejas de nossos dias também. Pessoas que, com base em argumentos teológicos,
ficam ociosas e vivem na dependência do trabalho de outros membros. Da mesma
forma, em Éfeso, outra importante igreja do primeiro século, liderada por um
dos principais companheiros do apóstolo, também sofria com esses problemas. Havia
também muitos membros da comunidade que eram ricos e altivos. Esses não
exerciam a mordomia com os bens recebidos de Deus, antes eram egoístas. Nesta
lição mostraremos que, em ambos os casos, o comportamento inadequado é
condenado pelo apóstolo Paulo.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre
2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- No primeiro relato do Texto
Bíblico, Timóteo se reuniu com Paulo na cidade de Corinto para relatar a confiança
dos tessalonicenses em Deus, a resposta deles tanto em seus relacionamentos
mútuos como ao ministério de Paulo. Essas notícias convenceram Paulo de que os
planos de Satanás de atrapalhar a obra de Deus não haviam sido bem-sucedidos e
acalmaram a sua ansiedade. Aquela igreja é retratada como um exército que se
recusa a recuar, apesar de estar sendo atacado pelo inimigo. Essa é uma
freqüente imposição paulina (1Co 16.13; Gl 5.1; Ef 6.11,13-14; fp 1.27; 4.1;
2Ts 2.1.1). Essa situação da Igreja em Tessalônica era a alegria de Paulo, que
assim como João (3Jo 4), encontrava o maior sentido da alegria no seu
ministério ao saber que seus filhos na fé estavam amadurecendo e andando na
verdade. Isso o levou a adorar a Deus com ações de graça e regozijo. No segundo
texto, Paulo aconselha Timóteo quanto ao que ensinar aos que são ricos em bens
materiais, aqueles que têm mais do que é simplesmente essencial, como comida,
vestes e abrigo. Paulo não condena essas pessoas nem lhes ordena que se livrem
de suas riquezas. Ele as chama para que sejam bons mordomos dos recursos que
Deus lhes tem dado (Dt 8.18; 1Sm 2.7; 1Cr 29.12). Em ambas as situações, vemos
que a Igreja estava bem doutrinada, no entanto, haviam arestas que precisavam
ser aparadas. – That said, let's think maturely
the Christian faith!
I - O CRISTÃO DEVE VIVER COM O SEU PRÓPRIO DINHEIRO, FRUTO DO SEU
TRABALHO
“1. O problema do abandono do trabalho pelos
tessalonicenses. Durante a sua segunda viagem missionária, quando
Paulo esteve pela primeira vez em Tessalônica, os judeus se levantaram contra a
sua mensagem e a sua pessoa. Ele foi obrigado a fugir à noite para Bereia a fim
de salvar sua vida (At 17.1-9). Em Corinto, após reencontrar Timóteo, Paulo o
enviou à igreja em Tessalônica a fim de auxiliar aquela igreja e resolver
alguns problemas. Timóteo voltou a Corinto com um relato animador, pois os
cristãos tessalonicenses mantiveram-se perseverantes na fé e o testemunho deles
já havia se espalhado por toda a Macedônia (1 Ts 1.8). Entre o ano 51 e 52 a. C.
Paulo escreveu a Primeira Carta para responder a algumas perguntas que certos
irmãos haviam enviado por meio de Timóteo. Pouco tempo depois, ele escreveu a
Segunda Carta para corrigir alguns mal-entendidos sobre o final dos tempos e
rebater falsos ensinos que haviam se infiltrado na igreja. Um deles foi a
respeito da volta de Cristo; pois muitos afirmavam que Jesus voltaria por
aqueles dias (1 Ts 5.2). Esse ensino provavelmente motivou alguns membros da
igreja a abandonarem o trabalho e ficar esperando a vinda de Cristo, vivendo na
dependência dos outros que continuavam trabalhando. Com o aumento da
perseguição aos cristãos, essa crença tomou mais força ainda.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28
ABR, 2019]
- O bom testemunho da Igreja de
Tessalônica repercutiu por toda parte. A ideia é reverberar. Aonde quer que os
tessalonicenses fossem, o evangelho transmitido pela palavra do Senhor era ouvido.
Isso resultou num alcance local a Tessalônica, num alcance nacional à Macedônia
e à Acaia e em alcance internacional às regiões ao redor. Embora possa parecer
que essa igreja desenvolveu esse testemunho em apenas três sábados de pregação
(At 17.2), o que perfaz um período de apenas quinze dias, é melhor entender que
Paulo pregou três sábados na sinagoga antes de ter de se mudar para algum outro
lugar na cidade. Com toda probabilidade, Paulo passou meses e não semanas,
considerando:
1) as duas doações que recebeu
de Filipos (Fp 4.16);
2) o tempo em que trabalhou
noite e dia (2.9; 2Ts 3.8);
3) a profundidade do cuidado pastoral
evidenciado na carta (27-8,11).
Na verdade, Paulo não visava
corrigir o pensamento dos crentes tessalonicenses sobre a possível volta de
Jesus naqueles dias, porque ele próprio vivia como se o Senhor fosse voltar a
qualquer momento. Sua intenção era corrigir o modo de vida adotado diante dessa
esperança e explicar como se daria essa volta. É bom esclarecer que há 19 usos
indiscutíveis de o "Dia do Senhor" no Antigo Testamento e quatro no Novo
Testamento (At 2.20; 2Ts 2.2; 2Pe 3.10). Os profetas do Antigo Testamento
usavam "Dia rio Senhor" para descrever castigos históricos próximos
(Is 13.6-22; Ez 30.2-19; Jl 1.15; Am 5.18-20; Sf 1.14-18) ou castigos divinos
escatológicos distantes (Jo 2.30-32; 3.14; Zc 14.1; Ml 4.1,5). Seis vezes ele é
mencionado como "o dia do juízo" e quatro vezes como "o dia da
vingança”. O Novo Testamento chama-o de o dia da "ira" e o
"grande dia do Deus Todo-Poderoso" (Ap 16.14). Esses são os castigos
assustadores de Deus (Jo 2.30-31; 2Ts 1.7-10) para a pecaminosidade devastadora
do mundo. O "Dia do Senhor" vindouro, o qual desencadeará a ira de
Deus, enquadra-se em duas partes:
1) o fim do período de sele anos
de tribulação (cf. Ap 19.11-21), e
2) o fim do reinado de mil anos.
Na verdade, os dois são mil anos
separadamente, e Pedro refere-se ao fim do período de mil anos com relação ao
derradeiro "Dia do Senhor" (2Pe 3.10; Ap 20.7-15). Aqui, Paulo
refere-se ao aspecto do "Dia do Senhor" que porá fim ao período de
tribulação. Paulo ensina que a volta do Senhor se dará como o “ladrão de noite”, para o julgamento no
Dia do Senhor no fim dos sete anos de tribulação, que é distinto do
arrebatamento da igreja e é usada para o juízo que encerrará o reinado de mil
anos (2Pe 3.10). Como o ladrão vem inesperadamente e sem aviso, assim virá o
Dia do Senhor em ambas as fases finais.
“2. Paulo chama a atenção para o seu próprio exemplo
(vv. 7-9). Paulo, para reforçar o que iria falar na sequência,
chama a atenção para o seu próprio exemplo enquanto conviveu com os
tessalonicenses. Os gregos e os romanos acreditavam que o trabalho braçal era
exclusivo dos escravos, enquanto os judeus consideravam o trabalho uma prova de
bom caráter e responsabilidade. Paulo, enquanto esteve pregando entre os
tessalonicenses, trabalhou incansavelmente, dia e noite, afirmando ter chegado
ao estado de fadiga. Isso, para não ser pesado a nenhum dos membros da igreja e
evitar ser acusado de ganância ou de ser aproveitador. Uma das ocupações dele
era fazer tendas, serviço realizado em algumas ocasiões enquanto fazia missões
(At 18.1-3). O apóstolo afirma que pelo seu trabalho missionário teria
autoridade para ser sustentado, entretanto ele não fez uso desse direito (1 Co
9.6-14; Gl 6.6; 1 Tm 5.17,18). Provavelmente, ele percebeu o comportamento de
alguns membros que tinham por hábito aproveitar-se da boa vontade de
trabalhadores responsáveis, como acontece ainda hoje em vários lugares. O
comportamento do apóstolo mostrou que a ociosidade é prejudicial ao Reino de
Deus. Dessa forma, o que restava aos ociosos era utilizar de argumentos para tentar justificar suas
atitudes e provocar desordem entre os tessalonicenses.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28
ABR, 2019]
- Paulo invocou aqueles crentes
a imitá-lo (1Ts 1.6) porque ele imitava o exemplo de Cristo (1Co 4.16; 11.1; Ef
5.1). O tema específico relacionado a trabalhar diligentemente para ganhar o
próprio sustento. Embora Paulo tivesse "autoridade" como apóstolo
para receber apoio financeiro, ele escolheu, pelo contrário, ganhar seu próprio
sustento a fim de estabelecer um exemplo (1 o 9.3-14; Gl 6.4; 1Tm 5.1 7-18). A profissão
de Paulo não pode ser definida com esse texto de At 18.1-3, isso porque a
expressão “... fazer tendas” também
pode referir--se a pessoas que trabalhavam com couro. Com sarcasmo, Paulo, um
fabricante de tendas (At 18.3), conscientiza os coríntios de que ele e Barnabé
tinham tanto direito quanto os outros de receber total apoio financeiro pelo trabalho
deles. Exceto pela ajuda de umas poucas igrejas (Fp 4.15-16), eles pagavam suas
próprias despesas não por obrigação ou necessidade, mas voluntariamente. É
entendido que, aparentemente, a igreja havia ajudado financeiramente outros
ministros, dentre estes, muitos eram falsos mestres que buscavam apenas obter
lucro. Paulo queria se certificar de não ser classificado como eles, de modo
que suportou não aceitar ajuda para não ofender. (At 20.34; 2Ts 3.8)
“3. A ociosidade dos tessalonicenses é condenada
(vv. 10-13). Na Primeira Carta, Paulo já havia exortado os
tessalonicenses a trabalhar (1 Ts 4.11,12), mas parece que suas recomendações
não surtiram efeito entre os desobedientes e acomodados. Assim, ele fala com
autoridade e orienta a comunidade a disciplinar tais membros. No versículo 6
Paulo repete uma palavra potente, “mandamo-vos”, utilizada em outros momentos
também (1 Ts 4. 11; 2 Ts 3.4,6,10,12). Essa palavra tem referência a uma ordem
militar de execução obrigatória, se não obedecida receberia pena de traição. A
ordem é para se afastar das pessoas ociosas. Paulo afirma que aqueles que não
estavam dispostos a trabalhar que não comessem também. A ociosidade gera
desordem e divisão na comunidade. Paulo é enfático e rigoroso com os
desocupados: “[...] mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que,
trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão”. Fica evidenciada a seriedade
do assunto. As últimas palavras de Paulo na sua Segunda Carta aos
Tessalonicenses demonstram que a preparação para a volta de Jesus deve ser
feita com trabalho. O crente deve estar ocupado e comprometido em ajudar os
necessitados enquanto espera o Dia do Senhor.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Na primeira carta Paulo exorta
os crentes a diligenciarem-se por viver tranquilamente, com respeito àqueles
que não apresentam problemas sociais (1Tm 2.2) nem provocam conflito entre as
pessoas de seu convívio, e cuja alma descansa sossegada mesmo em meio às
dificuldades (1Pe 3.4). Mais tarde, Paulo lida com aqueles que não "tratam de sua própria vida" em Tessalônica
(2Ts 3.6-15). A cultura helênica menosprezava o trabalho braçal, mas Paulo o
exaltava (Ef 4.28).
II - O CRISTÃO NÃO DEVE COLOCAR SUA ESPERANÇA NA INCERTEZA DAS RIQUEZAS,
MAS EM DEUS
“1. O cuidado com o desejo de acumular riquezas (1
Tm 6.9-11). Aqueles que querem ficar ricos dedicam toda a sua
força e atenção para atingir esse objetivo. Por isso, caem em tentação e
ciladas (v. 9). Há um ditado popular que afirma: “Uma coisa puxa outra”, ou
seja, a busca desenfreada por riquezas conduz à queda espiritual e moral. No
versículo 10, Paulo deixa claro que o mal não está no dinheiro em si, mas na
cobiça e nos meios usados para adquiri-lo. O apóstolo Paulo mostra que o amor
ao dinheiro é a raiz de todos os males e que muitos da própria igreja, ao se
alimentarem desta cobiça, se desviaram da fé. Ele acrescenta que os gananciosos
são atormentados com muitas dores. Como crentes, devemos fazer um bom uso do
nosso dinheiro e bens, investindo na eternidade, utilizando os bens para
socorrer os necessitados e na evangelização. Timóteo é advertido para que
ensine os membros da igreja a respeito do dinheiro, a fim de que eles não sejam
arrastados pela torpe ganância. A intenção é o livramento do pecado e da
consequente perda da salvação.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Paulo explica à Timóteo que os
que "querem ficar ricos" possuem
um desejo consciente e racional que descreve claramente a motivação dos que são
culpados de avareza. A forma do verbo grego traduzida por "caem" indica que quem tem esse
desejo está constantemente caindo em tentação. Os gananciosos são compulsivos —
sempre caem nas ciladas do pecado por causa do desejo que os consume de
adquirir cada vez mais. Essa ganância pode levar estas pessoas a sofrerem o fim
trágico da destruição e do inferno, Esses O amor do dinheiro, literalmente
"afeto pela prata", no
contexto de 1Tm 6, esse pecado aplica-se especificamente aos falsos mestres,
mas o princípio é uma verdade universal. O dinheiro em si mesmo não é mau, uma vez
que é uma dádiva de Deus (Dt 8.18). Paulo condena somente o amor ao dinheiro (Mt
6.24) que é tão característico dos falsos mestres (1Pd 5.2; 2Pd 2.1,3,15). Para
estes apóstatas, o ouro substituiu Deus, deixaram de buscar as coisas de Deus
para dedicar-se ao dinheiro.
“2. O rico altivo não entrará no reino de Deus (1 Tm
6. 17). A condição social e financeira de uma pessoa não é
o determinante para a vida eterna com Deus. Paulo adverte aos ricos para não
serem altivos de coração e para não colocarem sua confiança na incerteza das
riquezas. Um grande número de pessoas vê no acúmulo de riqueza um sinal da
bênção divina, mas este é um grande equívoco. Infelizmente muitos pais trabalham
com tanta obstinação, por longos anos de suas vidas, em busca de acumular bens
materiais para dar segurança para suas famílias, e acabam colocando a própria
família em segundo plano. Alguns destes, quando alcançam seus objetivos,
percebem que perderam sua família por falta de atenção e cuidado. Tiago também
advertiu os membros ricos de sua igreja para clamarem e chorarem pela miséria
que passariam, pois o clamor das pessoas exploradas por eles haviam chegado
diante de Deus e serviriam para a condenação deles (Tg 5.1-6).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28
ABR, 2019]
- Os que têm em abundância são
constantemente tentados a desprezar os outros e agir como se fossem superiores –
orgulhosos; "ter uma opinião elevada de si mesmo". As riquezas e o
orgulho muitas vezes andam de mãos dadas, e, quanto mais rica. mais a pessoa é
tentada a ser orgulhosa (Pv 18.23; 28.11; Tg 2.1-4). Os que têm muito costumam
confiar em sua riqueza (Pv 23.4-5). Mas é Deus quem provê muito mais segurança
do que qualquer investimento terreno pode dar (Ec 5.18-20; Mt 6.19-21). Os ricos naqueles dias eram aqueles que contavam
com mais do que precisavam para viver. Há condenação para estes, mas entenda,
não por serem ricos e abastados, mas por usarem mal seus recursos. Em Tiago
5.1-6, ao contrário dos cristãos ricos na congregação de Timóteo (1Tm 6.17-19),
esses são os ricos perversos que professam a fé cristã e associam-se à igreja,
mas que têm o dinheiro como seu verdadeiro deus. Por prostituírem a bondade e a
generosidade de Deus, eles podem esperar apenas o castigo divino (v. .5).
“3. O cristão deve depositar suas esperanças em Deus
e usar o dinheiro para o bem (1 Tm 6.17). A recomendação de Paulo aos
ricos serve para todos os crentes, pois precisamos reconhecer Deus como a fonte
de todos os bens e cuidar deles como mordomos. Os ricos são encorajados a
praticar o bem por meio de obras de generosidade e solidariedade. As bênçãos
materiais recebidas de Deus devem ser desfrutadas e usadas, não para uma vida
inútil e egocêntrica, mas para uma vida produtiva e para o avanço do Reino de
Deus. O Senhor Jesus, em Mateus 6.19-21, adverte quanto ao entesourar ou
acumular bens no céu. Como discípulos de Jesus, precisamos aprender a acumular
tesouros com sólidos fundamentos para serem desfrutados no céu. Precisamos ter
cuidado, pois é possível ser rico neste mundo e não ser rico diante de Deus (Lc
12.13-21). Usemos nossos bens de forma sábia e para a glória de Deus, pois Ele
deseja que desfrutemos de uma vida plena aqui e também no céu.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28
ABR, 2019]
- Tiago mostra a insensatez de
acumular comida, roupas caras ou dinheiro, tudo isso está sujeito à
decomposição, ao roubo, ao fogo ou a outros tipos de perda. Ele repreende os
ricos por viverem como se Jesus nunca fosse voltar. Quase sempre, a obtenção
das riquezas era corrupta, oprimiam e defraudavam seus trabalhadores diários — uma
prática estritamente proibida no Antigo Testamento (Lv 19.13; Dt 24.14-15). Aquele
que ouve os clamores dos trabalhadores enganados, adverte Tiago, é, o Senhor
dos exércitos (um nome para Deus no AT). Depois de roubarem seus trabalhadores
para acumular riquezas, os ricos entregam-se a um estilo de vida extravagante. Em
Tiago 5.5, "Regaladamente" tem a conotação de prazeres devassos. Os
"prazeres" levam à depravação quando uma pessoa é consumida pela
busca do prazer, uma vez que a vida sem abnegação logo perde o controle em
todas as áreas. Jesus adverte em Mateus 6 quanto a inutilidade de ajuntar
riquezas terrenas. Ele recomenda o uso de bens financeiros para propósitos que
sejam celestiais e eternos. Para o cristão, a essência da adoração é ter Jesus
como infinitamente valioso, acima de todas as coisas. As formas exteriores de
adoração, aqui se inclui o dinheiro e sua administração, são atos que mostram
quanto valorizamos a Deus. Portanto, toda a vida tem o propósito de ser
adoração, pois Deus afirmou que, comendo, ou bebendo, ou fazendo qualquer outra
coisa – toda a vida –, devemos fazer tudo para mostrar quão valiosa é a glória
de Deus para nós. Dinheiro e bens são uma grande parte de nossa vida; por isso,
Deus tenciona que eles sejam uma grande parte da adoração. A maneira como
adoramos com nosso dinheiro e bens é ganhá-los, e usá-los, e perdê-los de um
modo que mostre quanto valorizamos a Jesus, e não o dinheiro.
CONCLUSÃO
“Na lição de hoje, aprendemos que precisamos depositar nossa esperança
em Deus, que é soberano e fiel, e não na incerteza das riquezas, pois elas são
perecíveis e podem ser tiradas a qualquer momento. Que esse aprendizado nos
aproxime mais de Deus e de nossos irmãos.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Jovens, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Diante do que foi exposto,
pode ficar uma pergunta: “querer ser rico é pecado?”. A resposta é Não, querer ser rico não é pecado mas é perigoso. A Bíblia
avisa que o desejo por riqueza pode causar muitos problemas e as riquezas não
trazem satisfação. Querer ser rico não deve ser a primeira prioridade na vida
do crente. Ser rico não é pecado – desde que esta riqueza não tenha sido ganha
de forma desonesta. A Bíblia dá exemplos de homens ricos que foram fiéis a Deus,
como Abraão e Jó. Mas Salomão, que era o homem mais rico de sua época,
reconheceu que a riqueza não traz satisfação (Ec 5.10). Com muito ou pouco
dinheiro, a satisfação é uma bênção que vem de Deus.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Abril de
2019
HORA DA
REVISÃO
1. Quem Paulo
enviou à igreja em Tessalônica para auxiliar a igreja e resolver problemas?
O jovem Timóteo.
2. O que levou
alguns irmãos de Tessalônica a abandonarem o trabalho?
O fato de que muitos afirmavam que Jesus voltaria por aqueles dias (1Ts
5.2).
3. Em que os
gregos e os romanos acreditavam a respeito do trabalho braçal?
Os gregos e os romanos acreditavam que o trabalho braçal era exclusivo
dos escravos, enquanto os judeus consideravam o trabalho uma prova de bom
caráter e responsabilidade.
4. Qual era a
ocupação de Paulo?
Ele fabricava tendas.
5. Qual a
recomendação dada aos ricos em 1 Timóteo 6.17, que serve para todas as pessoas?
Paulo adverte aos ricos para não serem altivos e não colocarem sua
confiança na incerteza das riquezas. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 2º Trimestre
2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]