VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)

23 de abril de 2019

(ADULTOS) Lição 4: O Altar do Holocausto



REVISTA ADULTOS 2° TRIMESTRE 2019
Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral

-  L I Ç Ã O   4  -
28 de ABRIL de 2019
O ALTAR DO HOLOCAUSTO

TEXTO ÁUREO
"Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)

VERDADE PRÁTICA
Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 27.1,2,6,7
27.1 Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
2 E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de cobre.
6 Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.
7 E os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varais estejam de ambos os lados do altar quando for levado.

INTRODUÇÃO
Qual era o caminho que o pecador percorria para ter seus pecados perdoados? Ao estudarmos o Altar dos Holocaustos e o rito de lavagem dos corpos dos sacerdotes na pia de bronze, aprenderemos como alguns símbolos apontavam, com impressionante precisão, para a completude da obra expiatória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nessa perspectiva, estudaremos o Altar dos Holocaustos, enfatizaremos relação simbólica das suas quatro pontas com a redenção provida pelo sacrifício vicário e, por último, como o Altar dos Holocaustos revela uma imagem do Calvário para nós. Que o Espírito Santo fale ao seu coração! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Temos uma descrição do Altar dos Holocaustos em Êxodo 27.1-8. Em Êxodo 30.28 o altar é conhecido como o “Altar dos Holocausto”. Sua localização era no pátio externo entre a entrada e do Lugar Santo e era a primeira peça que se avistava ao adentrar o Santuário. Nesse Altar ardia uma chama de origem divina (Lv 9.24) e permanecia constantemente aceso (Lv 6.13). O Altar era figura do sacrifício de Cristo no Calvário – sendo a primeira peça, nos ensina que só podemos entrar na presença de Deus pelo caminho da cruz (Jo 14.6). Nós entramos em uma posição de comunhão espiritual e bênçãos através de Cristo (Ef 1.3). – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I - O ALTAR DO HOLOCAUSTO

1. O Altar do Holocausto. O termo “holocausto” vem de um prefixo hebraico que significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Nós o descrevemos como uma oferta consumida no fogo. No Antigo Testamento, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia pelos ares. Quando um ofertante entrava no Pátio do Tabernáculo, a primeira imagem a aparecer-lhe era a do “altar”, mais conhecido como “o altar dos holocaustos”. A palavra “altar” sugere uma ideia de “mesa levantada”, visto que a imolação da vítima do sacrifício dava-se em cima do altar, ou seja, neste lugar, o sangue dos muitos sacrifícios era derramado pelos pecados do povo.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Um holocausto era um sacrifício totalmente queimado para Deus. O animal era morto e seu sangue era derramado sobre o altar onde a carcaça era totalmente queimada (Êx 29.16-18). Era o pagamento pelo pecado cometido. A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no sua fumaça subia até Deus. O termo ‘Altar’ tem a significação mais usual da palavra hebraica e grega que significa ‘lugar de matança’. O nosso termo ‘Altar’ vem da palavra latina ‘altus’, que chamava-se assim por ser construída em uma elevação, com a finalidade de sacrificar e para outros oferecimentos.

2. O modelo do altar e seus materiais. A forma do altar era quadrada. Seu lado interno era produzido com madeira de acácia e revestido com uma grossa camada de bronze (ou cobre). O altar media 2,25m de largura, mais 1,35m de altura. Ele tinha uma base alta e apresentava quatro cantos com quatro pontas em forma de chifres. Isso ajudava o sacerdote na ministração da cerimônia, pois o animal ficava amarrado em um desses chifres para, em seguida, ser sacrificado. Tão logo o pecador passasse pela porta principal do Pátio, ele teria que passar por alguns metros de distância pelo Altar dos Holocaustos. Assim, por meio do sacerdote, o pecador apresentaria a sua oferta de sacrifício ao Senhor. O modelo estrutural do altar apresenta-nos alguns símbolos preciosos acerca do sacrifício vicário de Jesus:
- O altar era uma caixa quadrada de madeira de acácia coberta de bronze, medindo cinco côvados de comprimento, cinco de largura e três de altura. Tinha pontas de bronze em cada um dos quatro cantos. O Altar era oco e com uma grelha dentro dele. As cinzas caíam num recipiente. Ele era transportado através de varas cobertas de cobre que passavam pelas quatro argolas. Como nas outras peças da mobília, há diferenças de opinião quanto aos detalhes da sua construção.

1) O Altar dos Holocaustos indica o caminho de salvação para o pecador. No Altar dos Holocaustos, o pecador tinha seus pecados expiados. Aqui, o Calvário de Cristo tem um significado todo especial. O Cordeiro de Deus fez-se de oferta para expiar toda a culpa do pecador. Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Assim, nosso Senhor suportou, em nosso lugar, o juízo de Deus sobre o pecado, fazendo-se pecado por nós (Is 53.4,10; Zc 13.7; Mt 26.39; 1 Tm 2.5,6). Tenha confiança na suficiência do sacrifício de Jesus! Todo acontecimento histórico e espiritual é relevante em Cristo. Examinar isso em nosso coração, de maneira sincera, implicará nossa eternidade.
- O uso de um cordeiro para sacrifício era bastante familiar aos judeus. Na instituição da festa da Páscoa, um cordeiro foi usado como sacrifício (Êx 12.1 -36); um cordeiro foi levado ao matadouro, segundo as profecias de Isaías (Is 53.7); um cordeiro era imolado nos sacrifícios diários de Israel (Lv 14.12-21; Hb 10.5-7). João Batista usou essa expressão como referência ao sacrifício definitivo de Jesus na cruz para expiar os pecados do mundo, tema que o apóstolo João aborda ao longo de seus escritos (Jo 19.36; Ap 5.1-6; 17; 17.14) e que aparece também em outros escritos do Novo Testamento (1Pe 1.19). Jesus como o ‘cordeiro’ foi imolado em nosso lugar, Cristo carregou "os pecados de muitos" (Hb 9.28) — e a plenitude da ira divina caiu sobre ele (Is 53.10-11; 2Co 5.21). Esse foi o preço do pecado que ele carregou, e ele o pagou plenamente. Seu grito de angústia em 27.46 (Eli, Eli, lamá sabactâni?) reflete o extremo amargor do cálice da ira que lhe Foi dado. não seja como eu quero, e sim como tu queres. Isso não indica nenhum conflito entre as pessoas da Trindade. Antes, revela de maneira clara como Cristo, em sua humanidade, voluntariamente rendeu sua vontade à vontade do Pai em todas as coisas — de modo tão preciso que não haveria conflito entre a vontade divina e os desejos dele (Jo 4.34; 6.38; 8.29; Fp 2.8)

2) Os chifres do Altar indicam um símbolo de poder, autoridade e proteção. Na Bíblia, “os chifres” têm um símbolo de autoridade, poder e proteção. Essa simbologia estava presente no altar do holocausto e lembra-nos o mesmo poder, autoridade e proteção que o Senhor revelou no Calvário. Jesus Cristo, a luz do mundo, é poderoso para salvar todos os homens (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8; 1Jo 2.2).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- As pontas eram um símbolo de força e era um lugar de refúgio - Homens em apuros fugiam para se agarrar as pontas do altar (1Rs 1.50-51). Cristo é a ponta da salvação (Lc 1.68-69). Ele é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16). Pela fé em Cristo nós nos apoderamos da força salvadora do Senhor (Is 27.5). Ao comissionar a Igreja à obra missionária, Jesus outorga seu poder, ou seja, com base na sua autoridade, os discípulos foram enviados a fazer "discípulos de todas as nações". O amplo escopo do comissionamento dos discípulos é consumado por meio da autoridade ilimitada de Jesus, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. A fórmula é uma forte declaração do trinitarianismo. Os apóstolos já haviam experimentado o poder do Espírito Santo de salvar, guiar, ensinar e realizar milagres. Em breve eles receberiam a presença habitadora do Espírito e uma nova dimensão de poder para testemunhar (At 2.4; 1Co 6 .19-20; Ef 3.16,20). E é interessante notar que o termo grego para ‘testemunhas’ encerra o sentido de “pessoa que dá a vida pela sua fé", pois esse foi o preço comumente pago pelo testemunho.


II - AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO
O Antigo Testamento apresenta uma linguagem que prefigura coisas e experiências presentes no Novo Testamento. De modo geral, a imagem das quatro pontas do Altar dos Holocaustos apresenta-se nessa perspectiva quando analisamos o sentido de redenção contido nelas:

1. As Quatro Pontas e a Propiciação. O ato de fazer a propiciação, segundo o Dicionário Houaiss, implica “tentar obter de alguém sua boa vontade, torná-lo favorável, aplacar a sua ira com sacrifícios”. Nas Escrituras, o sangue do sacrifício era de um animal inocente. Quando o sacerdote imolava o animal e retirava-lhe o sangue no altar de quatro pontas e, com esse gesto, apresentava a oferta pelos pecados do povo. Isso é uma propiciação, ou seja, um modo de readquirir o favor de Deus. O evento era uma ação para apaziguar a ira de Deus, a fim de que a sua justiça e a santidade fossem satisfeitas e proporcionassem um perdão eficaz ao pecador. As quatro pontas do altar do holocausto rememoram a morte de Cristo como propiciação provida por Deus para cobrir o nosso pecado e manifestar a justiça divina. O Senhor tomou sobre si o nosso pecado, revelando-nos o ato gracioso do Pai (Rm 3.24-26; 1 Jo 2.2). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- A palavra ‘propiciação’ carrega a ideia básica de apaziguamento ou satisfação, especificamente em relação a Deus. A propiciação é um ato de duas partes que envolve apaziguar a ira de uma pessoa ofendida e se reconciliar com ela. “Propiciação: “Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça” - Romanos 3:25 Aqui está a palavra que eu mais admiro, pois ela demonstra a intenção de Deus em relacionar-se com seu povo. “Propiciar”, segundo o dicionário é “tornar propício, favorável”. Você só torna algo favorável quando este algo está desfavorável, ou pelo menos inerte. Na mente de Paulo e João, quando escreveram sobre o ato de propiciar, estavam as práticas feitas pelos pagãos de fazer sacrifícios de propiciação para tornar um deus (falso) favorável a eles. Se eles queriam fertilidade, eles ofereciam sacrifícios de propiciação para tornar os deuses da fertilidade propícios a eles e terem seus desejos atendidos. Se fossem viajar pelo mar, faziam sacrifício de propiciação para tornar os deuses dos mares favoráveis a eles durante a viajem, afastando assim sua ira e ganhando seu favor. Era basicamente isso que havia na mente deles quando escreveram sobre o ato de propiciar. Seus leitores da época entendiam muito bem isso, pois se havia um deus qualquer furioso, deveriam sacrificar algo em propiciação para afastar sua ira e ganhar seu favor. Detalhe importante: há um deus enfurecido ou inerte, e eu quero que ele seja favorável a mim? Então, sou eu que devo oferecer sacrifício de propiciação para que ele se torna favorável a mim.(Walter H. C. Silva, Propiciação, Expiação, Justificação - Sabe a diferença? Disponível em: http://walterhcsilva.blogspot.com/2014/02/propiciacao-expiacao-justificacao-sabe.html. Acesso em: 23 ABR, 2019)
- ‘Propiciação’ - crucial para o valor do sacrifício de Cristo, essa palavra carrega a ideia de conciliação ou satisfação — nesse caso, a morte cruel de Cristo satisfez a santidade ofendida e a ira de Deus contra aqueles pelos quais Cristo morreu (Is 53.11; Cl 2.11-14). A palavra hebraica equivalente a essa era usada para descrever o propiciatório — a tampa da arca da Aliança — onde o sumo sacerdote aspergia o sangue do animal morto no Dia da Expiação para expiar os pecados do povo. Nas religiões pagãs, é o adorador e não a divindade o responsável por acalmar a ira da deidade ofendida. Porém, na realidade, o homem é incapaz de satisfazer a justiça de Deus se não for por intermédio de Cristo, exceto se passar a eternidade no inferno.

“2. As Quatro Pontas e a Substituição. Levítico 16 diz muito acerca do sentido de “substituição”. Ele narra que o sumo sacerdote Arão colocava as mãos sobre a cabeça do animal para sacrificá-lo. Esse animal devia ser um macho sem defeito. Posteriormente, o sumo sacerdote confessava os pecados e as faltas do pecador arrependido a partir da oferta apresentada no altar dos holocaustos com as quatro pontas. Logo, a oferta tomava o lugar do pecador. Foi exatamente assim que Jesus levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar (Is 53.4-6; Jo 1.29; 1 Pe 2.24). Na pessoa de Jesus Cristo, a nossa pena foi cumprida plenamente (1 Co 5.7). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- A palavra redimir significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo à morte de Cristo na cruz é bem notável. Se somos “redimidos”, então a nossa condição anterior era uma de escravidão. Deus comprou nossa liberdade, e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento. Esse uso metafórico de redenção é o ensinamento de Gálatas 3.13 e 4.5.
- Cristo não somente sofreu como o modelo do cristão, mas, muito mais importante, como o substituto do cristão. Carregar os pecados era ser punido por eles (Nm 14.33; Ez 18.20). Cristo sofreu o castigo e a condenação no lugar dos cristãos, satisfazendo, assim, a um Deus santo (2Co 5.21; Cl 3.13). Essa importante doutrina da expiação substitutiva é a essência do evangelho. Exatamente como o pão sem fermento simbolizou estar livre do Egito pela Páscoa (Êx 12.15-17), do mesmo modo a igreja deve ser sem fermento, uma vez que foi separada do domínio do pecado e da morte por meio do perfeito Cordeiro pascal, o Senhor Jesus Cristo. A igreja, portanto, tem de eliminar tudo o que for pecaminoso, a fim de ser separada da velha vida, incluindo a influência dos membros pecadores da igreja.

“3. As Quatro Pontas e a Reconciliação. O Altar era o lugar-símbolo da reconciliação de Deus com o povo de Israel. Ali, uma vítima inocente era completamente queimada e consumida, restando apenas o sangue colocado numa pequena pia e encaminhado ao Lugar Santíssimo, o qual, depois, era aspergido sobre o propiciatório (Êx 29.11-14; Lv 4.12,16-21; 16.14-19,27). Esse rito nos leva à cruz como o único lugar onde Deus se encontra com o pecador, a fim de perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o sangue da expiação (Hb 9.12; Rm 5.10,11; 2 Co 5.18,19). Na cruz, o Cordeiro Inocente pagou a dívida do culpado e, por isso, podemos dizer: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Todos os aspectos relacionados à conversão de uma pessoa e à vida recém transformada em Cristo são executados por um Deus soberano. Os pecadores por si mesmos não podem decidir participar dessas novas realidades (Rm 5 .10; 1Co 8.6; 11.12; Ef 2.1).è Cristo quem possui o  ministério da reconciliação - a realidade de que Deus deseja que os homens pecadores se reconciliem com Ele (Rm .5.10; Ef 4 .17-24). Deus chama os cristãos para proclamar o evangelho da reconciliação aos outros (1Co 1.17). O conceito de serviço, corno servir à mesa, deriva da palavra grega para "ministério". Deus quer que os cristãos aceitem o privilégio de servir aos incrédulos, proclamando o desejo de se reconciliarem. Deus por sua própria vontade e propósito usou seu Filho, o único sacrifício aceitável e perfeito, como meio de reconciliar os pecadores consigo, (At 2.23; Cl 1.19-20; Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.5-6). Deus dá início à mudança na situação do pecador no falo de que ele o leva de uma posição de alienação a um estado de perdão e relacionamento correto para com ele próprio. Essa é a essência do evangelho. O mérito intrínseco da morte reconciliadora de Cristo é infinito e a oferta é ilimitada. Esse é o cerne da doutrina da justificação pela qual Deus declara justo o pecador arrependido, e não computa seus pecados contra ele porque o cobre com a justiça de Cristo no momento em que o pecador coloca a sua fé sincera em Cristo e em sua morte sacrifical (Rm 3 .2 4—4.5; SI 32.2; Rm 4.8).

4. As Quatro Pontas e a Redenção. A ideia que a palavra nos dá é a da libertação da prisão do pecado. Logo, Redenção é o pagamento de um preço pelo resgate de uma pessoa. O preço: a morte de Cristo na cruz (Mt 20.28; At 20.28; Gl 3.13; 1 Tm 2.5,6; 1 Pe 1.18,19). Aqui, é importante ressaltar que o termo “redimir” aparece, na língua grega, com o significado de “comprar e tirar fora do mercado” (uma expressão retirada do comércio de escravos), ou seja, “resgatar” de uma vez por todas a pessoa da escravidão. Foi isso que Jesus fez por nós quando nos libertou da escravidão do pecado (Rm 6.22). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- Em Mateus 20.28 lemos que o Filho do Homem veio para ... dar a sua vida em resgate por muitos. A palavra traduzida como “por" significa "em lugar de", enfatizando a natureza substitutiva do sacrifício de Cristo. Um "resgate" é um preço pago para redimir um escravo ou prisioneiro. A redenção não envolve um preço pago a Satanás. Pelo contrário, o resgate é oferecido a Deus — para satisfazer a sua justiça e a sua ira contra o pecado. O preço pago foi a própria vida de Cristo, como expiação com sangue (Lv 17.11; Hb 9.22). Esse, portanto, é o significado da cruz: Cristo submeteu-se à punição divina contra o pecado em nosso favor (Is 53.4-5; 2Co 5.21). Suportar o impacto da ira divina no lugar dos pecadores era o "cálice" que ele disse que teria de beber.


III - O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
1. O lugar do sacrifício. No Altar dos Holocautos, como visto anteriormente, as vítimas inocentes eram sacrificadas no lugar dos pecadores. Segundo a doutrina do Antigo Testamento, confirmada no Novo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). O lugar em que foi cumprida de uma vez por todas tal realidade foi no Calvário (Hb 9.27,28). Nele, o Cordeiro de Deus, o Filho Unigênito, foi sacrificado por amor a nós (Jo 3.16).”
- "É o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17.11). A fraseologia evoca as próprias palavras de Cristo (Mt 26.28). "Derramamento de sangue" refere-se à morte (Hb 7.14,18). O ministério de Cristo como Sumo Sacerdote deve ser exercido no tabernáculo perfeito do céu. O verdadeiro Sumo Sacerdote que ofereceu o verdadeiro sacrifício pelo pecado no verdadeiro Tabernáculo. Ele é o cumprimento pleno das figuras sombrias do sistema levítico. O tabernáculo terreno e seus utensílios eram somente réplicas simbólicas do verdadeiro tabernáculo celestial (Hb 8.2), e também foram contaminados por causa das transgressões do povo (Lv 16.16). A missão do Filho está ligada de maneira inseparável ao supremo amor de Deus pelo "mundo" perverso e pecador da humanidade (Jo 6.32,51; 12.47; Mt 5.44-45), que está em rebelião contra Deus. Em João 3.15, a expressão "de tal maneira” enfatiza a intensidade ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em favor dos homens pecadores (2Co 5.21).

2. O lugar de punição ao pecado. O altar do holocausto denota que todo o ato pecaminoso deveria ser punido. A santidade de Deus e sua justiça não deixam o pecado sem punição. Infelizmente, nos tempos atuais, muitos não gostam de ouvir acerca da gravidade do pecado e como Deus se ira com ele. É preciso afirmar que semelhante ao altar do holocausto, o Calvário foi o lugar de punição do pecado de toda a humanidade. Na Cruz, Deus libertou-nos do pecado e proveu-nos eficaz salvação em Jesus, pois as Escrituras afirmam: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
Romanos 6.23 descreve duas certezas inexoráveis:
  1) a morte espiritual é o salário para toda pessoa que é escrava do pecado; e
  2) a vida eterna é um dom gratuito dado por Deus aos pecadores indignos que creem no seu filho (cf. Ef 2.8-9).

“3. O lugar de esperança. A obra no Calvário foi muito superior e mais ampla que a dos holocaustos, pois, a partir dali, o pecador arrependido ressuscita para uma nova vida (2 Co 5.17). A obra do Calvário traz-nos um chamado à ressurreição. Nossa vida manifesta agora todo o refrigério do Evangelho e da ação do Espírito Santo em nós. Por isso, o Calvário é um lugar de esperança! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- “...em Cristo” (2Co 5.17), essas duas palavras compreendem uma breve, mas a mais profunda afirmação do sentido inexaurível da redenção do cristão, a qual inclui o seguinte:
   1) a segurança do cristão em Cristo, que suportou no seu corpo o castigo de Deus contra o pecado
    2) a aceitação do crente em Cristo, apenas em quem Deus se compraz;
    3) a futura segurança do crente em Cristo, que é a ressurreição para a vida eterna e o único fiador pela herança do cristão no céu; e
    4) a participação do crente na natureza divina de Cristo, a Palavra eterna (2Pd 1.4). A obra do Calvário nos torna nova criatura - algo criado num nível qualitativamente novo de excelência. Diz respeito à regeneração ou novo nascimento (Jo 3.3; Ef 2.1-3; Tt 3.5; 1Pe 1.23; 1Jo 2.29). Essa expressão abrange o perdão dos pecados do cristão pagos pela morte substitutiva de Cristo (Gl 6.15; Ef 4.24). Para estes, “as coisas antigas já passaram” - depois que uma pessoa é regenerada, os sistemas de valores, as prioridades, as crenças, as paixões e os planos antigos passam a pertencer ao passado. O mal e o pecado ainda estão presentes, mas o cristão os vê a partir de uma nova perspectiva, a eles não mais o controlam, eis que se fizeram novas. A gramática grega indica que essa renovação é uma condição de fato contínua. A nova percepção espiritual do cristão de todas as coisas é uma realidade constante para ele, e agora ele vive para a eternidade, não para as coisas passageiras. Tiago descreve essa transformação como a fé que produz obras (Tg 2.14-25).


CONCLUSÃO
Hoje aprendemos que o pecador precisava, no Antigo Testamento, passar pelo “altar de sacrifícios” para que fosse aceito diante de Deus. Mas vimos também que Cristo é a oferta suficiente e eficaz para a expiação completa de nossa culpa. Em Cristo, somos redimidos! Portanto, prestemos ao Senhor um verdadeiro sacrifício de louvor! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]
- “O holocausto era um cheiro suave e agradável para Deus (Lev. 1:9,13,17) e fazia com que a pessoa fosse aceita diante de Deus e perdoada (Levítico 1:3-4). Em Efésios 5:2, Paulo nos mostra claramente que o holocausto era uma figura exata do Senhor Jesus Cristo, que "vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave". O Salmo 22 descreve em detalhes e profeticamente as palavras de Jesus na cruz quando Deus lança sobre Ele os pecados do mundo inteiro "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Salmo 22:1), e a agonia de ser crucificado: "todos os meus ossos se desconjuntaram" (Salmo 22:14). E então se segue o calor do fogo da morte: "O meu coração é como cera; derreteu-se no meio de minhas entranhas. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar (Salmo 22:14-15) Em seu último respiro, a oferta está completa e Jesus clama: "Está consumado" (João 19:30). "Ele o fez!" (Salmo 22:31).” (PALAVRAPRUDENTE)

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2019

PARA REFLETIR
A respeito de “O Altar do Holocausto”, responda:
• De onde vem o termo “holocausto”?
O termo “holocausto” vem de um prefixo hebraico que significa “ascen­dente” ou “aquilo que sobe”.
• Quais símbolos preciosos o modelo estrutural do altar dos holo- caustos nos apresenta?
O Altar dos Holocaustos indica o caminho de salvação para o pecador; os chifres do Altar indicam um símbolo de poder, autoridade e proteção.
• Em que consistia a ação do evento da propiciação?
O evento era uma ação para apaziguar a ira de Deus, a fim de que a sua justiça e a santidade fossem satisfeitas e proporcionassem um perdão eficaz ao pecador.
• O altar dos holocaustos revela qual lugar-símbolo?
O lugar-símbolo da reconciliação de Deus com o povo de Israel.
• Se o Altar do Holocausto é um lugar de sacrifício e punição do pe­cado, o que ele também é?
O lugar de esperança. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 4, 28 ABR, 2019]