Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral
- L I Ç Ã O 1 -
7 de ABRIL de 2019
Tabernáculo
— Um lugar da habitação de Deus
TEXTO ÁUREO
“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx
25.8).
VERDADE PRÁTICA
O
Tabernáculo de Moisés foi o protótipo da Igreja de Cristo, na qual hoje Deus
habita e manifesta sua glória.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 25.1-9.
1 Então, falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada;
de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha
oferta alçada.
3 E esta é a oferta alçada que tomareis deles: ouro, e prata,
e cobre,
4 e pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de
cabras,
5 e peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de
texugos, e madeira de cetim,
6 e azeite para a luz, e especiarias para o óleo da unção, e
especiarias para o incenso,
7 e pedras sardônicas, e pedras de engaste para o éfode e
para o peitoral.
8 E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
9 Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do
tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
INTRODUÇÃO
“Deus sempre desejou se relacionar com o seu
povo. Ao longo das Escrituras Sagradas, o Pai Celestial buscou se revelar ao
ser humano para relacionar-se com ele. Deus é um ser pessoal. Nesta primeira
lição, veremos que o Tabernáculo foi construído para que Deus habitasse nele e
se encontrasse com o seu povo. Assim, compreenderemos que essa construção
requereu a participação humana por meio de ofertas voluntárias, que esse
projeto veio da mente de Deus e que há uma relação tipológica entre o
Tabernáculo e a Igreja de Cristo.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
- O Tabernáculo foi instituído por
Deus para ser o local de sua habitação entre os homens, particularmente seu
povo, Israel (Êx 25.8 e 29.46,47). Este templo acompanhou o povo de Deus
durante toda a peregrinação no deserto e foi substituído pelo Templo de
Salomão. O Tabernáculo tipifica o Senhor Jesus Cristo (Jo 1.14; 5.46; Hb 10.7; Lc 24.44; Ez 3.16,17; Is 8.14),
também é tipo da Igreja, que agora é a morada de Deus, sua habitação. Assim, o Tabernáculo
é cópia e sombra daquele que está no céu (Hb 8.5; Ef 3.16,17; Cl 1.19, 2.9,17).
As escrituras são claras em dizer que o Tabernáculo retrata o santuário
celestial (Hb 8.9.21-24; Ap 15.5; Jr 17.12). Durante a narrativa bíblica vemos
que Senhor habitou com o homem, entre os homens e finalmente nos homens. O
propósito final do Senhor está revelado em Apocalipse 21.3: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará
com eles, e será o seu Deus.” – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!
I–A PARCERIA DE
DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO (Êx 25.1-7)
“1. Por que construir um Tabernáculo no deserto? O pioneiro
pentecostal, Gunnar Vingren, que redigiu uma monografia para sua graduação
teológica, na qual foi escrita à mão, e apresentada no Seminário Teológico
Sueco, em Chicago, USA, em 1909, iniciou seu texto monográfico assim: “Por
ordem divina, o Tabernáculo propriamente dito, a mosaica tenda do Testemunho,
constituiria uma morada sagrada, erguida segundo um modelo celestial”. Desde
que os israelitas saíram do Egito e caminharam até as cercanias do Monte Sinai,
onde Deus falou com Moisés e revelou-lhe suas Leis, o Altíssimo quis habitar
entre o seu povo. Para isso, Ele concedeu a Moisés a planta de uma “Tenda”, a
fim de construí-la para reunir o povo de Israel diante dEle e, assim, receber
sua Palavra. Essa tenda, denominada “Tabernáculo”, era de caráter provisório,
pois podia ser armada e desarmada durante a caminhada israelita pelo deserto.
Entretanto, conforme escreveu Gunnar Vingren, a razão principal de sua
existência era a de servir como uma morada sagrada, o lugar de encontro entre
Deus e seu povo.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 1, 7 ABR, 2019]
- O elemento histórico
fornecido pelo comentarista é interessante, do ponto de vista histórico-denominacional,
mas é pouco esclarecedor do por quê Deus ordenou que se construísse um templo
desmontável no deserto. O tabernáculo era um aparato muito funcional. O
tabernáculo servia como lugar de encontro entre Deus e os homens, e desta forma
ficou conhecido como a "tenda da congregação". Aliás, Tabernáculo significa ‘tenda’. O
tabernáculo era a tenda onde o povo de Israel se reunia para adorar a Deus. Seu
propósito era permitir que as pessoas se aproximassem de Deus, porque o
tabernáculo representava a presença de Deus (Êx 25.8-9). Ali, os israelitas
poderiam oferecer sacrifícios para o perdão dos pecados e adorar a Deus.
“2. A materialização da obra de Deus (Êx 25.1,2). O projeto de Deus
teve origem no céu, e se materializou na Terra por meio de seus filhos. A
construção do Tabernáculo se efetivou mediante a participação do povo de Deus
através de ofertas alçadas e voluntárias como o ouro, prata, cobre, pano azul,
púrpura e carmesim. A obra de Deus requer parceria humana! No tempo da graça, o
princípio da manutenção da igreja local é o mesmo. O dízimo e as ofertas
alçadas são para o sustento das necessidades que envolvem uma igreja: projeto
de construções de templo, de sustento de obreiros, de evangelização, de ações
sociais, de educação cristã. Em vez de cultivarmos uma postura contrária,
deveríamos voluntariamente ofertar à Obra de Deus como fruto de gratidão e
reconhecimento de suas bênçãos em nossas vidas (2Co 9.7).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 1, 7 ABR, 2019]
- Tabernáculo
deriva do verbo "habitar", era o nome apropriado para a construção
que seria o lugar da presença de Deus com seu povo. Sua presença estaria entre
os querubins, e dali Deus se encontraria com Moisés (Êx 25.22). O Pentateuco
registra cinco nomes para o tabernáculo:
1)
"santuário", que denotava o lugar sagrado ou posto à parte, ou seja,
lugar santo;
2)
"tenda", que indicava a habitação temporária ou desmontável;
3)
"tabernáculo", de "habitar", que designava o lugar da
presença de Deus (bem como outros títulos);
4)
"tabernáculo da congregação ou reunião"; e
5)
"tabernáculo do testemunho".
Sua
origem encontra-se Deus e foi entregue a Moisés por meio de revelação especial
(Êx 25.9,40; 26.30; Hb 8.5). Interessante notar que foi dada ao povo a
oportunidade de contribuir pessoalmente de maneira voluntária e livre para a
construção deste centro cultual, conforme uma lista de 14 componentes e
materiais necessários para a construção. É importante frisar que os israelitas
saíram do Egito com grande despojo, tinham abundância para contribuir e o
fizeram com tanta alegria e entusiasmo que tiveram que ser impedidos de dar mais
(35.21-29; 36.3-7). Uma resposta semelhante ocorreu anos depois, quando o rei
Davi pediu ofertas para construir o Templo (1Cr 29.1-9).
“3. Três verdades bíblicas que o ofertante deve saber (Êx
25.2):
(1) A oferta foi um plano
de Deus para o sustento de sua obra. No Antigo Testamento há uma promessa de
bênçãos materiais para os que reconhecessem essa verdade. Aqui, não há o
estímulo para se negociar oferta e bênçãos, mas a afirmação de que é a vontade
do Senhor que contribuamos generosa e voluntariamente para a sua obra,
reconhecendo que Ele domina até as nossas finanças. Isso deve ser voluntário,
jamais por coação.
- É importante esclarecer
que a Lei do Antigo Testamento não nos domina hoje, estamos sujeitos às regras
da Nova Aliança; o modelo da Antiga Aliança só é aplicável naquilo que o Novo
Testamento ratifica. Quando falamos sobre ofertas, achamos exemplos em todas as
épocas da história bíblica. Caim e Abel ofertaram ao Senhor (Gênesis 4:3-5;
Hebreus 11:4). Além dos dízimos exigidos do povo de Israel, eles levaram
ofertas para propósitos definidos por Deus (Êx 25.1-9). No Novo Testamento, dízimo
e ofertas também estão com seus propósito bem definidos, por exemplo, temos no
Novo Testamento instruções sobre a coleta nas igrejas locais para cuidar dos
santos necessitados (1Co 16.1-2). Também, ele falou que o dinheiro ofertado
para divulgar o evangelho era um sacrifício aceitável a Deus (Fp 4.18). É assim
que alguns evangelistas e presbíteros recebiam sustento de igrejas no primeiro
século (1Co 9.14; Fp 4.14-17; 1Tm 5.17-18).
(2) O ato de ofertar é
voluntário. O versículo 2 mostra que o Senhor aceitaria a oferta “de todo homem
cujo coração se mover voluntariamente” (cf. Êx 35.29). Deus conhece cada um dos
seus servos e servas, por isso, reconhece quem faz essa obra de maneira
generosa ou egoísta. Jamais nosso Senhor aceitaria ofertas por coação, mas Ele
deseja ver, em nós, uma atitude voluntária e amorosa: “Porque, dou-lhes
testemunho de que, segundo as suas posses, e ainda acima das suas posses, deram
voluntariamente” (2Co 8.3). Portanto, na Igreja de Cristo, não pode haver mercantilismo
da fé! Você não pode se deixar coagir para trocar ou negociar o que é
espiritual, a fim de receber bênçãos materiais. O que a Palavra de Deus diz é
que você precisa amar ao Senhor de todo o coração e, constrangido por esse
amor, doar voluntariamente. Essa perspectiva humilde gera bênçãos da parte de
Deus.
- Todos
os israelitas que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram ao
Senhor ofertas voluntárias para toda a obra que o Senhor, por meio de Moisés,
ordenou-lhes que fizessem. Em 2Co 8.3, Paulo destacou três elementos referentes
à oferta dos macedônios, os quais resumiram o conceito da oferta voluntária:
1)
"na medida de suas posses". A oferta é proporcional — Deus não
estabelece nenhuma quantidade ou porcentagem, e espera que seu povo oferte com
base em suas posses (Lc 6.38; 1Co 16.2);
2)
"e mesmo acima delas". A oferta é sacrifical. O povo de Deus deve dar
de acordo com suas posses, embora deva ser em proporções que sejam sacrificiais
(cf. Mt 6.25-34; Mc 12.41-44; Fp 4.19); e
3) "se mostraram voluntários" -
literalmente "aquele que escolhe seu próprio curso de ação". A oferta
é voluntária - o povo de Deus não deve doar por compulsão, manipulação ou
intimidação. À oferta voluntária sempre foi o plano de Deus (2Co. 9.6; G n
4.2-4; 8.20; Fx 25.1-2; 35.4-5,21-22; 36.5 -7; Nm 18.12; Dt 16.10.1 7; 1Cr
29.9; Pv 3.9-10; 11.24; Lc 19.1-8). A oferta voluntária não deve ser confundida
com o dízimo, o qual era relacionado com o sistema de tributação nacional de Israel
(Lv 27.30-32) e é comparado ao pagamento dos impostos (Mt 22.21; Rm 13.6-7).
(3) Fidelidade ao Senhor
trará abundância. A Bíblia nos ensina que quem é fiel no pouco será muito
recompensado (Mt 25.21). Moisés foi um líder que compreendeu bem essa verdade e
a viveu, pois o povo trouxe tanta oferta em ouro, prata, cobre, pedras
preciosas e madeiras, que encheram os depósitos, e “disseram a Moisés: o povo
traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o Senhor
ordenou” (Êx 36.5). Seja fiel ao Senhor!” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
É
interessante notar o que diz a passagem de Mateus 25.21, onde temos que, tanto
o homem com cinco talentos quanto o que tinha dois receberam exatamente a mesma
recompensa, indicando que a recompensa está baseada na fidelidade e não nos
resultados. Como mordomos de Deus devemos entender que tudo pertence ao Senhor
e que Ele manifestou em sua Palavra os nossos deveres para com sua Criação. É
necessário que saibamos que, mordomia é um princípio divino para abençoar as
nossas vidas enquanto aqui vivermos. Se formos bons mordomos seremos
recompensados pelo Justo Juiz naquele dia, senão, sofreremos o dano por nosso
desprezo a administração aos bens temporais e espirituais. Precisamos nos certificar
de que, como despenseiros, devemos ser fiéis. Agora quanto ao texto de Êx 36.5,
a abundancia de oferta não derivou da fidelidade de Moisés, mas da disposição
do povo em ofertar motivado pelo propósito divino. As ofertas sobejaram não
porque Moisés foi fiel, note que o texto diz que o povo levou voluntariamente muito mais do que o necessário
para a construção do tabernáculo.
II-O TABERNÁCULO
FOI UM PROJETO DE DEUS (Êx 25.8,9)
“Após estudarmos a primeira seção de versículos (vv.1-7) que
mostra a conclamação do Senhor ao seu povo para a construção do Tabernáculo por
meio das ofertas alçadas, agora nos deteremos nos versículos 8 e 9, pois estes
revelam como Deus elaborou esse projeto”.
“1. Deus arquitetou o Tabernáculo (Êx 25.8). “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Assim
inicia o versículo oito. O Tabernáculo seria um santuário em pleno deserto,
onde Deus habitaria entre o seu povo. Desde o início, é perceptível o caráter
provisório do projeto divino, pois o povo de Israel não faria uma peregrinação
perpétua no deserto. Deus elaborou a engenharia e arquitetou toda a construção
do Tabernáculo, dando a Moisés a relação dos materiais que deveriam ser
utilizados. Por meio do legislador de Israel, o Senhor conduziu seu povo desde
a saída do Egito até o Monte Sinai. Nesse monte, Ele revelou-se a Moisés e aos
setenta anciãos do povo, bem como a Arão, Nadabe e Abiú, que viram a glória de
Deus (Êx 24.9-11). Ali, a glória do Senhor estava presente e uma nuvem cobria o
monte: “o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do
monte” (Êx 24.15-17). Por quarenta dias e quarenta noites Moisés entrou no meio
da nuvem e subiu até o cume do monte para ouvir a Deus (Êx 24.18). Ali, o
Altíssimo deu a Moisés as diretrizes para construir o lugar onde Ele habitaria..” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
- Deus
entregou a Moisés o padrão que deveria ser seguido. Foi Deus quem mostrou a
Moisés:
(1) uma estrutura material, fornecida com
objetos materiais, como o modelo que ele deveria seguir ao fazer o Tabernáculo
e suas dependências;
(2) a representação pictórica do todo;
(3) uma série de visões nas quais as formas
foram representadas ao olho da mente. Toda a analogia dos tratos Divinos é a
favor da última visão mencionada. O tabernáculo e tudo o que estava relacionado
a ele deveria estar em estrita conformidade com as idéias reveladas pelo Senhor
a Moisés (compare Êx 25.40; 26.30; At 7.44; Hb 8.5). A palavra aqui traduzida “pattern"
também é usado para denotar os planos para o templo que foram dados por Davi a
Salomão (1Cr 28.11-12,19), e é em outra parte traduzida como "forma,
semelhança”; (Dt 4.16-17; Ez 8.3,10)
Sobre
os representantes que acompanharam Moisés no monte, segundo instruções de Deus,
foram privilegiados em ver Deus sem serem consumidos pela santidade dele. O que
precisamente viram permanece ponto ignorado e deve ser mantido dentro da
descrição dada, a qual focaliza somente sobre o que estava sob os pés de Deus.
Talvez isso indique que somente houve uma manifestação parcial, como aquela
verificada por Moisés (Êx 33.20), ou
que os anciãos, na presença da divina majestade, beleza e força (SI 96.6), não
ousaram levantar os olhos acima do estrado dos pés. Essa foi a primeira
(terminando em 32.6) de duas (40 dias e 40 noites) viagens ao Sinai (cf.
34.2-28). Durante esses dias Moisés recebeu todas as instruções sobre o
tabernáculo, sua mobília e adornos (caps. 25—31).
“2. O Tabernáculo foi um projeto de Deus. Embora Moisés haja sido formado academicamente no Egito,
nenhum item do Tabernáculo era fruto de sua mente engenhosa e disciplinada.
Recebendo instruções diretas de Deus, Moisés persuadiu ao povo hebreu a
construir o Tabernáculo, pois este era um projeto celestial. O Pai desejava
habitar entre os homens e derrubar a parede de separação erguida pelo pecado no
Éden. Ele queria fundir o Céu com a Terra. Esse projeto glorioso só alcançaria
o objetivo máximo na encarnação e crucificação de Jesus Cristo, seu amado Filho
“na plenitude dos tempos” (Gl 4.4; Ef 1.5-10).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 1, 7 ABR, 2019]
- O
Tabernáculo nos apresenta a obra expiatória de Jesus e como ela se aplica a
nós. Por causa do pecado, todos estamos separados da presença de Deus. O altar
dos holocaustos, onde sacrifícios eram constantemente queimados, lembrava o
povo do preço do pecado – a morte. Somente a morte de um sacrifício podia pagar
pelo pecado. Os holocaustos também apontavam para o sacrifício de Jesus na
cruz, que paga por todos os pecados e nos purifica (Hb 9.27-28).No tempo
designado por Deus, quando as precisas condições religiosas, culturais, e
políticas exigidas pelo seu piano perfeito haviam atingido o auge, Jesus veio
ao mundo. Deus enviou seu Filho. Assim como um pai marca a data da cerimônia da
maioridade de seu filho e da liberdade dc snus protetores,curadores-e tutores.
Deus enviou o seu Filho no momenlo certo para libertar da escravidão da lei
todo aquele que crê — uma verdade que Jesus afirmou várias vezes (Jo
5.30,36-37; 6.39,44,57; 8.16,18,42; 12.49; 17.21,25; 20.21). O fato de o Pai
ter enviado Jesus ao mundo ensina a respeito de sua preexistência como o eterno
segundo membro da trindade. Veja notas em fp 2.6-7; Hb 13-5: cf. Rm 8.3-4.
nascido de mulher. Fnfatiza a plena humanidade de Jesus, e não simplesmente o
fato de ter nascido de uma virgem (Is 7.14; Ml 1.20-25). Jesus tinha de ser
totalmente Deus para que o seu sacrifício tivesse o valor ilimitado necessário
para que pudesse suportar o castigo do pecado como substituto rio ser humano.
Veja Lc 1.32,35; Jo 1.1,14,18. sob a lei. Como todos os seres humanos, Jesus
foi obrigado a obedecer à lei de Deus. Diferente de qualquer outro, ele
obedeceu perfeitamente a essa lei (Jo 8.46; 2Co 5.21; I Ib 4.13; 7.26; lPe
2.22; 1 Jo 3.5). Sua impccabilidade lez dele o sacrifício imaculado pelos
pecados, aquele que "cumpriu ioda a justiça", ou seja, quo obedeceu a
Deus em tudo de modo perfeito. E essa justiça perfeita que é imputada àqueles
que creem nele.
“3. O plano térreo do Tabernáculo (25.9). O plano térreo do Tabernáculo continha um espaço físico de
100 por 50 côvados aproximadamente, 50 por 25 metros, uma vez que um “côvado”
equivale de 45 a 50 centímetros, pois a medida do côvado naqueles tempos era “a
distância entre o cotovelo e a ponta do dedo médio de um homem”.
a) O Pátio. Esse espaço
do Tabernáculo era chamado “Átrio” (ou Pátio) e era fechado por uma cerca feita
de cortinas de “linho fino torcido” e presas por ganchos e pinos em pilares de
madeira de acácia (Êx 27.18).
- As dimensões do átrio
retangular, envolto por cortinas e varais ao redor do tabernáculo, foram
fornecidas com precisão (vs. 9-19; 44 m de comprimento por 22 m de largura). As
cortinas externas eram altas o suficiente, 5 côvados ou 2,4 m, para bloquear
toda visão do interior do átrio (v. 10). O acesso geral e livre pelos lados ao
átrio onde Deus habitava não era permitido. A cortina que formava a cobertura,
para a entrada no átrio tinha cor diferente daquela que circundava o átrio
retangular. Claramente não havia somente um caminho para adentrar-se nesse
lugar especialíssimo escolhido por Deus e enfaticamente indicado como o lugar
de sua habitação com o povo.
b) O Altar dos
holocaustos. No espaço externo dentro do Átrio, desde a Porta de entrada, havia
o “altar de bronze” (ou cobre), onde eram feitas as ofertas queimadas e,
principalmente, onde era feito o sacrifício pelos pecados do povo (Êx 27.1-8;
38.1-6).
- A maior peça de mobília, também conhecida como "altar do
holocausto" (Lv 4.7,10,18), situava-se no átrio do tabernáculo. Era coberto
não com ouro, como as peças no interior do Santo Lugar, mas com bronze.
Semelhante às outras peças de mobília e equipamento, esse altar também foi
construído de tal modo a poder ser carregado em varais (vs. 6-7). “x”
c) A Pia de bronze (ou
cobre). Havia, também, “uma bacia de bronze (ou cobre)” para que os sacerdotes
lavassem as mãos e os pés antes de entrarem no interior do Tabernáculo (Êx
30.18-21; 38.8).
- Lavar as mãos e os pés era obrigatório antes do envolver-se
nos deveres sacerdotais. Novamente, a seriedade de estar cerimonialmente
purificado é vista na advertência de morte caso essa lavagem fosse
negligenciada. Nada era feito casualmente no santuário ou no átrio!
d) A Tenda do Testemunho.
O Tabernáculo, propriamente dito, era a parte interna e ficava dentro do Pátio,
composto por duas partes: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ou Santo dos
Santos).
- O tabernáculo (do hebreu mishkan, que significa moradia). Ele
era chamado:
● tenda da congregação (capítulo 29.42), ou melhor, de reunião
pois ali o SENHOR desceria para encontrar-se com Moisés e com o povo de Israel
(capítulo 29.42-43), substituindo a tenda que Moisés usara até então (capítulo
33.7).
● tenda do testemunho
(capítulo 38.21; Números 1.50, 9.15, 17.8), porque nela era guardado o
Testemunho: as duas tábuas da Lei (capítulo 25.16, 22).
● casa do SENHOR
(Deuteronômio 23.18).
● templo do SENHOR
(Josué 6.24).
● santuário (capítulo
25.8).
e) O Lugar Santo. No
Lugar Santo havia três elementos: o Candeeiro (Candelabro, ou Castiçal) de Ouro
com suas sete lâmpadas; a mesa feita de madeira de acácia e coberta de ouro,
era chamada “Mesa dos pães da proposição”. Por fim, ainda no “Lugar Santo”, de
frente para a entrada de cortinas bordadas que dava para o “Lugar Santíssimo”,
estava o “Altar de Incenso” revestido de ouro, no qual se faziam intercessões
pelo povo de Deus (Êx 30.1-6; 37.25-28).
- O Candelabro: Em frente à mesa dos pães da proposição, no lado
sul do Santo Lugar, localizava-se o candelabro adornado, ou menorá, que tinha a
forma de um pé de amêndoa em flor. O candelabro fornecia luz para os sacerdotes
enquanto estes serviam no Santo Lugar. De acordo com as instruções de Deus (27.20-21;
30.7-8; Lv 24.1-4), era providenciado para que ele fosse mantido bem abastecido
com azeite de oliva para que nunca se extinguisse. O candelabro é interpretado
como tipificando o Senhor Jesus Cristo, que é a verdadeira luz que veio ao
mundo (Jo 1.6-9; 8.12).
- A mesa: A cada semana uma nova fornada de 12 pães era colocada
na mesa no lado norte do Santo Lugar. Os utensílios dessa mesa também eram feitos
de ouro refinado (v. 29). Esse "pão da sua presença" não era colocado
para que Deus alimentasse o seu povo, diferentemente de alimento posto nas
colunas e templos pagãos, mas para reconhecer que as 12 tribos eram sustentadas
constantemente sob o olhar vigilante e o cuidado do Senhor. A cada sábado, o
pão era consumido no Santo Lugar pelos sacerdotes em serviço (Lv 24.5-9). Os
pães da proposição tipificavam o Senhor Jesus Cristo como o pão que veio do céu
(Jo 6.32-35).
- O projeto do Altar do Incenso para o Santo Lugar não foi dado
junto com os outros dois (25.23-40), mas segue as instruções sobre o
sacerdócio, talvez porque se tratasse da última poça à qual o sumo sacerdote se
achegava antes de entrar no Santo dos Santos, uma vez por ano. Logo depois que
a cerimônia de consagração de Arão fora observada, receberam atenção seus deveres
de 1) garantir que incenso devido fosse oferecido continuamente sobre esse
altar e que 2) ele também deveria purificá-lo uma vez por ano com o sangue da
oferta de expiação (v. 10).
f) O Lugar Santíssimo
(Santo dos Santos). Por último, e de fato, em primeiro lugar, estava “O lugar
Santíssimo”, onde se encontrava a única mobília, chamada de “Arca do Concerto”
(Nm 10.33) ou “Arca do Testemunho” (Êx 25.22), ou também “Arca da Aliança”, na
qual se guardavam as “Tábuas da Lei” (Êx 31.18).” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
- O Santo dos Santos ou Lugar
Santíssimo, era a parte do templo onde ficava a Arca da Aliança, que
representava a presença de Deus. Neste ambiente, somente o sumo sacerdote podia
entrar no Santo dos Santos e uma vez por ano, no dia da Expiação, para oferecer
o sacrifício a Deus. Essa era uma ocasião muito solene e ninguém mais podia
entrar na presença de Deus (Lv 16.15-17). Mas agora todos que creem em Jesus
podem entrar na presença de Deus. O Santíssimo Lugar era particularmente santo
porque Deus abençoava esse lugar com Sua presença. Quem entrasse no Santo dos
Santos estava chegando o mais perto possível de Deus! E não existe nada mais
santo que Deus.
III-A RELAÇÃO
TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA
“1. A importância dos aspectos tipológicos do Tabernáculo. O apóstolo Paulo deu importância a essa relação tipológica
quando escreveu: “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito,
para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm
15.4). O Tabernáculo de Moisés, no deserto, deixou profundas lições para a
Igreja. Nessa tipologia, descobrimos uma relação com a Igreja e com o Senhor
Jesus. Nas lições seguintes, veremos a importância simbólica do Tabernáculo em
seus adereços, utensílios e cultos, seus ministros e ajudantes, sua ordem e o
significado de cada item na relação espiritual-tipológica com a Igreja de
Cristo”.
- O Antigo Testamento revelado
de maneira divina, para o nosso ensino foi escrito. Embora os cristãos vivam debaixo
da nova aliança e não estejam debaixo da antiga aliança, a lei moral de Deus
não mudou e toda a Escritura é para benefício espiritual (1Co 10.6,10-11; 2Pe
1.20-21). A descrição de Paulo dos benefícios da Escritura certamente inclui o
Novo Testamento, mas fala, em especial, a respeito "das sagradas
letras" — ou o Antigo Testamento (2Tm 3.1 5-17). Como já vimos, o
tabernáculo era uma tenda onde o povo de Israel se reunia para adorar a Deus.
Seu propósito era permitir que as pessoas se aproximassem de Deus, porque o
tabernáculo representava a presença de Deus. Hoje em dia, não precisamos mais
de um tabernáculo, porque esse era apenas um símbolo da realidade espiritual.
Jesus cumpre todas as funções do tabernáculo dentro de nossos corações.
“2. A Igreja de Cristo é o Tabernáculo de Deus na Terra. O
Tabernáculo e o Templo de Salomão simbolizam a Igreja de Cristo edificada para
“morada de Deus em Espírito” (Ef 2.22). Alguns textos do Novo Testamento fazem
da tipologia o modo de comparação entre o Tabernáculo e a Igreja. Paulo
tipificou a Igreja como edifício de Deus para falar de crescimento coerente e
organizado da comunidade cristã (1Co 3.9). Neste edifício, os crentes em Cristo
são identificados como “pedras vivas”, as quais são edificadas umas sobre as
outras. Portanto, a Igreja é o edifício espiritual construído para morada de
Deus como o Tabernáculo no Antigo Testamento. Ela também é tratada como “Templo
de Deus” (1Co 3.16). A figura do templo, aqui, tem dupla referência, pois
refere-se à Igreja e, também, ao lugar da presença de Deus. A Igreja é
tipificada como a Casa de Deus, de caráter familiar, porque a palavra “casa”,
nesse contexto, refere-se à família que mora na casa (1Tm 3.15). O tabernáculo
de Moisés era material, e Deus habitava nele; a Igreja é o tabernáculo
espiritual onde o Altíssimo habita e se manifesta gloriosamente (Ef 2.22).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
- “Ao considerarmos o significado do tabernáculo (e depois do templo) nas
Escrituras, será útil manter dois pontos em mente. Primeiro, o tabernáculo era
a casa de Deus, o lugar de sua morada. Cortinas azuis, púrpura e com fios
carmesim, uso abundante de ouro puro e um véu dividindo suas duas salas
definiam o tabernáculo como o palácio do mais sagrado rei. Segundo, o tabernáculo
era também o caminho para Deus, os rituais de sacrifício proporcionavam a
expiação e a purificação necessárias para habitar com Deus. Uma visão geral
simplificada do sistema sacrificial apresenta o caminho para Deus como
envolvendo um movimento triplo na presença de Deus, uma “jornada” traçada
através da ordem ritual de três sacrifícios primários. A adoração
frequentemente começava com a oferta de purificação, com sua ênfase no sangue,
ressaltando a necessidade de expiação pela humanidade, isto é, ser perdoado e
purificado por Deus. Então seguia-se todo o holocausto que, com sua ênfase em
queimar o animal inteiro à parte de sua pele, simbolizava uma vida de total
consagração a Deus. A liturgia terminaria com uma oferta de paz na qual o
adorador banqueteava-se com uma refeição sagrada, juntamente com a família e
amigos, na presença de Deus. A expiação, então, como a jornada do sacrifício
ensina, leva à santificação, e a santificação produz comunhão jubilosa com
Deus. Em suma, o relacionamento de Israel com Deus foi preservado e cultivado
pelo ritual sacrifical do tabernáculo, possibilitando que o Criador do céu e da
terra habitasse com seu povo em comunhão. Para entender a profundidade e a
maravilha de tal propósito, refletiremos sobre o significado do tabernáculo
primeiro dentro do propósito de Deus para a criação e depois representando o
coração da aliança de Deus com o Seu povo – um propósito assumido e cumprido
por Jesus Cristo.” (VOLTEMOSAOEVANGELHO).
- Todo cristão nova é uma nova
pedra no templo de Cristo, a igreja, o corpo de Cristo formado pelos crentes (1Pe
2.5). A edificação de Cristo da sua igreja não se completará até que cada
pessoa que deverá crer nele o tenha feito (2Pe 3.9). O termo para
"habitação" indica um lar permanente. Deus, o Espírito Santo, passa a
residir de modo permanente no seu santuário terrestre, a igreja, o vasto corpo
espiritual formado por iodos os remidos (cf. ICo 6.19-20; 2Co6.16). Como pedras
que vivem, os cristãos têm uma identificação e união tão íntima com Cristo que
a vida que existe em Cristo existe neles também (Cl 2.20; 3.3-4; 2Pe 1.4). No
sentido metafórico, “edificados casa espiritual” implica em que Deus está
edificando uma casa espiritual, colocando todos os cristãos no devido lugar e
integrando-os uns com os outros e cada um deles com a vida de Cristo (Ef 2.19;
Hb 3.6).
CONCLUSÃO
“Esta lição teve por objetivo levar ao aluno
à compreensão da tipologia do Tabernáculo em relação à Igreja. O Tabernáculo
seria mais do que um protótipo ou modelo futuro da Igreja, no qual Deus
revelaria a sua glória. Esse Tabernáculo aparece como “um bem futuro” (Cl
2.17), que aponta para a Pessoa de Jesus Cristo, que veio a esse mundo mostrar,
na prática, o desejo de Deus em habitar com os homens. Ele fez isso na
encarnação de seu Filho, o tabernáculo divino.” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]
- O tabernáculo e o templo
revelavam não apenas que Deus viria na carne para habitar conosco, mas também
que, por seu Espírito, faria de seu povo o templo em quem ele habitaria para
sempre. Somos agora o templo de Deus pela obra regeneradora, interior e
purificadora do Espírito Santo. Paulo escreve que em Cristo “todo o edifício,
bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor” (Ef 2.21). O Espírito
nos transformou em uma habitação santa para o nosso santo Senhor. Somos a casa
de Deus, composta de membros de todas as tribos e nações, edificada sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Cristo como a principal pedra
angular. Pedro, para quem o grande templo de Jerusalém era uma visão familiar,
diz: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus
Cristo” (1Pe 2.5). (VOLTEMOSAOEVANGELHO)
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2019
PARA REFLETIR
A respeito de
“Tabernáculo — Um lugar da habitação de Deus”, responda:
• Como se efetivou a
construção do Tabernáculo?
A construção do
Tabernáculo se efetivou mediante a participação do povo de Deus através de
ofertas alçadas e voluntárias como o ouro, prata, cobre, pano azul, e púrpura,
e carmesim.
• Cite as três verdades
bíblicas que o ofertante deve saber.
(1) A oferta foi um
plano de Deus para o sustento de sua obra; (2) O ato de ofertar é voluntário;
(3) A fidelidade ao Senhor trará abundância.
• O Tabernáculo foi fruto
da mente engenhosa de Moisés?
Não. Deus elaborou a
engenharia e arquitetou toda a construção do Tabernáculo, dando a Moisés a
relação dos materiais que deveriam ser utilizados.
• Quais os elementos que
constituem o plano térreo do Tabernáculo?
a) O Átrio; b) O Altar
dos holocaustos; c) A Bacia de bronze (ou cobre); d) A Tenda do Testemunho; e)
O Lugar Santo; f) O Lugar Santíssimo (Santo dos Santos).
• Como Paulo tipificou a
Igreja?
O apóstolo Paulo deu
importância à tipologia bíblica quando escreveu aos romanos: “tudo que dantes
foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e
consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4). [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 1, 7 ABR, 2019]