Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1Jo 3.18).
Entenda
o Texto Áureo:
- Segundo a
tradição, quando o apóstolo João já não podia caminhar para as reuniões da
Igreja, mas era levado lá pelos seus discípulos, ele proferia sempre o mesmo
discurso; aquele único mandamento que recebeu de Cristo, que abrange todo o
resto, o traço distintivo da nova aliança, “Meus filhinhos, amai-vos uns aos
outros”. Quando os irmãos perguntaram por que ele repetia sempre a mesma coisa,
ele respondeu: “Porque é o mandamento do Senhor, e se este for alcançado, é
suficiente” (Jerônimo). [JFU, 1866]
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa fé em Jesus Cristo precisa ser revelada
mediante as nossas ações.
Entenda
o Resumo da Lição:
- As obras são o produto da fé. Aqueles que
têm verdadeira fé em Jesus Cristo estarão "consagrados às boas obras"
(Tito 2:14). João Batista pediu "frutos que correspondam ao
arrependimento" (Mateus 3:8). O livro de Tiago enfatiza a natureza da
verdadeira fé salvadora como aquela que resulta em boas obras: "Assim
também a fé por si mesma é morta, se não tiver obras...Pois assim como o corpo
sem o espírito está morto, também a fé sem obras está morta" (Tiago 2:17,
26). A graça por meio da fé salva, e essa fé se manifesta em obras. Se alguém
afirma ter fé, mas não demonstra boas obras, sua fé é "morta" ou
inexistente.
TEXTO BÍBLICO
Tiago 2.14-26.
14. Meus
irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?
Porventura, a fé pode salvá-lo?
- Acaso a fé pode salvá-lo? Está
implícito nesta pergunta que a fé não pode salvá-lo, pois muitas vezes a forma
mais enfática de fazer uma afirmação é fazendo uma pergunta. O significado aqui
é que aquela fé que não produz boas obras […] não salvará ninguém, pois não é
uma fé genuína. [Barnes, 1870]
🔗
Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a
fé e as obras? Ouça a
resposta do Rev. Hernandes Dias Lopes.
15. E,
se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano.
- necessitados de roupa – no original
grego, nus.
16. E
algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não
derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
- Vão em paz. Como se todas as
necessidades deles fossem satisfeitas por meras palavras. As mesmas palavras na
boca de Cristo, em quem diziam ter fé, foram acompanhadas por atos de amor.
[JFU, 1866]
17. Assim
também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
- A crença em dogma, como a existência de um
só Deus (Tiago 2:19), que não se expressa em
boas obras, está “morta em si mesma”.
🔗
Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a
fé e as obras? Ouça a
resposta do Rev. Hernandes Dias Lopes.
18. Mas
dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas
obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
- Mostra-me a tua fé sem as tuas obra.
A pessoa que confiou na fé é desafiado a exibi-la, se puder, à parte das obras,
como uma entidade distinta por si mesma. Assume-se que tal demonstração não é
possível. Se ela quiser dar qualquer evidência de que tem a fé que salva, deve
ser recorrendo às obras que negligencia e, possivelmente, menospreza. Por outro
lado, o desafiante, a partir das obras, pode apontá-las como provas de algo
além de si mesmas. Atos de amor, que resultam de uma vitória sobre si mesmo,
não poderiam ter sido realizados sem […] uma confiança viva em Deus. [Plumptre,
1890]
19. Tu
crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.
- os demônios também creem, e estremecem.
O significado aqui é que havia muito mais no caso referido do que mera fé especulativa.
Houve uma fé que produziu algum efeito, e um efeito de caráter evidente. Na
verdade, não produziu boas obras ou uma vida santa, mas tornou manifesto que
havia fé; e, consequentemente, seguiu-se que a existência de mera fé não era
tudo o que era necessário para salvar os homens, ou para assegurar que eles
estariam seguros, a menos que se sustentasse que os demônios seriam
justificados e salvos por ela. Se eles podem manter tal fé e ainda permanecer
na perdição, os homens podem tê-la e ir para a perdição. Uma pessoa não deve
concluir, portanto, porque tem fé, mesmo aquela fé em Deus que a deixa
alarmada, que por isso está a salva. Ela deve ter uma fé que produza um efeito
completamente diferente – aquela que conduza a uma vida santa. [Plumptre, 1890]
20. Mas,
ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
- a fé sem as obras é morta? Os
manuscritos variam entre “morta” e “inútil” (Mateus 12:36; 20:3). O significado
é substancialmente o mesmo. Aquilo que não tem vida está sem a atividade que é
a única prova de vida. [Plumptre, 1890] Alguns afirmam que há contradição entre
Paulo e Tiago; qual a relação entre a fé e as obras?
21. Porventura
Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o
altar o seu filho Isaque?
- o nosso pai Abraão – ou seja, nosso
antepassado Abraão. justificado pelas obras – diante das pessoas (Tiago 2:18). Em
Tiago 2:23, Tiago, assim como Paulo, reconhece que foi a fé de Abraão que foi
contada como justiça na sua justificação perante Deus. [JFU, 1866]
22. Bem
vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi
aperfeiçoada,
- pelas obras a fé foi aperfeiçoada –
ou seja, “por meio das suas ações, a sua fé se tornou completa” (NTLH).
23. E
cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado
como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
- cumpriu-se a Escritura – em Gênesis
15:6. Abraão creu em Deus, e isso lhe foi considerado como justiça –
em outras palavras, “Abraão creu em Deus, e assim foi considerado justo“ (NVT).
24. Vedes,
então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.
- justificada pelas obras – diante das
pessoas (Tiago 2:18). Em Tiago 2:23, Tiago, assim como Paulo, reconhece que foi
a fé de Abraão que foi contada como justiça na sua justificação perante Deus.
[JFU, 1866]
25. E
de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando
recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?
- Pela natureza do ato de Raabe, está claro
que ele não é citado para provar a justificação pelas obras como tais. Ela
acreditou seguramente no que seus outros compatriotas não acreditaram, e isso
em face de toda improbabilidade de que este povo não-guerreiro conquistaria a
fortalecida Jericó. Nessa crença, ela escondeu os espiões com o risco de sua
vida. Assim, Hebreus 11:31 nomeia isso como um exemplo de fé, e não de
obediência. “Pela fé, Raabe, a prostituta, não foi destruída com os
desobedientes” (NVI). Se faltasse um exemplo de obediência, o autor de Hebreus
e Tiago dificilmente teriam citado uma mulher de carácter anteriormente mau, em
vez dos muitos patriarcas morais e piedosos. Mas como um exemplo de graça livre
justificando as pessoas através de um agente, em oposição a uma mera fé verbal,
ninguém poderia ser mais adequado do que uma “prostituta” salva. Como Abraão
era um exemplo de homem ilustre e pai dos judeus, Raabe é citada como uma
gentia — alguém totalmente improvável — mostrando que a fé justificadora tem se
manifestado a todos. A natureza das obras alegadas é tal que prova que Tiago as
usa apenas como evidências de fé, em contraste com uma mera profissão verbal:
não obras de caridade e piedade, mas obras cujo valor consiste apenas em serem
provas de fé: elas eram fé expressa em ato, sinônimo da própria fé. [JFU, 1871,
com adaptações]
26. Porque,
assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é
morta.
- assim como o corpo sem o espírito está morto
(compare com Jó 34:1415; Salmo 104:29; Salmo 146:4; Eclesiastes 12:7; Isaías
2:22; Lucas 23:46; 26-28Atos 7:5960). a fé sem obras é morta (compare com
Tiago 2:14,17,20). Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual
a relação entre a fé e as obras? Ouça a resposta do Rev.
Hernandes Dias Lopes. (5 minutos)
Meu trabalho aqui é gratuito. Ele é
mantido por pequenas ofertas. Se você faz uso deste material, CONSIDERE fazer uma contribuição. Qualquer valor é
importante!
Chave PIX: assis.shalom@gmail.com
INTRODUÇÃO
A Carta de Tiago apresenta uma visão
prática da fé cristã, desafiando os crentes a demonstrarem sua fé por meio de
ações. Na lição deste domingo, estudaremos o texto de Tiago 2.14-26 que trata a
esse respeito. O texto aborda a relação intrínseca entre fé e obras,
advertindo-nos contra uma fé inativa ou morta. Abordaremos os perigos de uma fé
improdutiva, a evidência da fé por meio de ações e exemplos bíblicos de uma fé
viva.
- O capítulo 2 da carta de Tiago é um dos
textos mais importantes da Bíblia. Muitos estudiosos não conseguiram entendê-lo.
Lutero pensou que Tiago estivesse contradizendo Paulo (Rm 3.28 - Tg 2.24; Rm
4.2-3 - Tg 2.21). Logo, Lutero chamou Tiago de carta de palha e sentiu que a
carta de Tiago não tinha o peso do Evangelho. A fé é uma doutrina chave no
cristianismo. O pecador é salvo pela fé (Ef 2.8,9), o justo vive pela fé (Rm
1.17). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Tudo o que é feito sem fé
é pecado (Rm 14.23).
I. OS PERIGOS DE UMA FÉ
IMPRODUTIVA
1. Inutilidade. Tiago no capítulo 2, nos faz duas perguntas:
[...] “Que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?”;
“Porventura, a fé pode salvá-lo?”. Uma fé que não se traduz em ações é inútil e
não produz resultados tangíveis na vida do crente ou na igreja. Dúvidas tem
surgido, no decorrer dos séculos, a respeito desse texto da Carta de Tiago,
como se ele fosse uma contradição ao ensino de Paulo no tocante à salvação pela
graça, e, não por meio das obras. Mas não existe nenhuma contradição nas
Escrituras Sagradas. Paulo rejeita a ideia de que as boas ações sejam
meritórias para a salvação. Ele explica que não podemos confiar no nosso
próprio esforço para nos tornarmos justos diante de Deus: “Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
Paulo também ensina que, depois de receber a justificação pela graça, a fé deve
se manifestar em ações. Todos serão recompensados diante de Deus pelas suas
ações, (Rm 2.6). Quando Tiago fala sobre as obras, ele se refere às boas ações
que frutificam naturalmente a partir de um coração que ama a Deus e ao seu
próximo, um coração que foi alcançado pela graça divina. É importante ressaltar
que há diferença entre crença e fé. Crença é o assentimento ao testemunho, ao
passo que a fé é o mesmo assentimento ao testemunho acompanhado de confiança. O
escritor aos Hebreus, buscando responder sobre a natureza da fé, apresenta-nos
que a “fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não veem” (11.1). Esse texto é uma elucidação do que vem a ser a fé,
sendo a única definição direta sobre o que é a fé na Bíblia. Embora essa seja
uma definição teórica, o escritor bíblico não se aprofunda em “teorias”, mas se
volta ao texto bíblico e fundamenta a sua afirmação nos exemplos que o Antigo Testamento
fornece sobre homens e mulheres de fé, que veremos mais adiante.
- Qual é o tipo de fé que salva uma pessoa?
Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Mt 7.21). Quais são
as características de uma fé morta? Tiago responde então a estas perguntas
afirmando que uma fé que não desemboca em vida santa é uma fé morta! A fé morta
está divorciada da santidade. Há um hiato, um abismo entre o que a pessoa professa
e o que a pessoa vive. Ela crê na verdade, mas não é transformada por essa
verdade. A verdade chegou a sua mente, mas não desceu a seu coração. É um erro
pensar que apenas recitar ou defender um credo ortodoxo faz de uma pessoa um
cristão. Assentimento intelectual, apenas, não é fé salvadora. A fé que não produz
vida, que não gera transformação, é uma fé espúria (Mt 7.21). As igrejas estão
cheias de pessoas que dizem que crêem, mas não vivem o que crêem. Isso é fé
morta. Também, uma fé meramente intelectual, pessoas consentem com certas
verdades, mas não são transformadas por elas. No versículo 14, Tiago pergunta:
“Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”
Quando Tiago usa a palavra semelhante, ele está falando de um certo tipo de fé,
ou seja, a fé apenas verbal em oposição à fé verdadeira. Ainda no versículo 14,
ele pergunta: “Que proveito há, meus irmãos,
se alguém disser que tem fé e não tiver obras?” A fé aqui descrita existe
apenas na base da pretensão. A pessoa diz que tem fé, mas na verdade não tem. As
pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Elas conhecem as
doutrinas, mas elas não praticam a doutrina. Elas têm discurso, mas não têm
vida. A fé está apenas na mente, mas não na ponta dos dedos. Em terceiro lugar,
é uma fé que não produz frutos dignos de arrependimento. Essa fé é ineficiente,
inoperante e não produz nenhum resultado. Ela tem sentimento, mas não ação.
2. Engano espiritual. Acreditar que a fé não precisa ser produtiva
é enganar-se a si próprio. Tiago alerta que essa autossatisfação é perigosa,
pois não leva à verdadeira transformação. Uma pessoa que tem apenas essa fé
pode acreditar que está espiritualmente saudável e salva, mas está se enganando
porque sua fé não tem impacto real em sua vida ou na dos outros. Desta forma, o
autoengano espiritual ocorre quando há discrepância entre o que a pessoa diz
acreditar e o que ela realmente faz. Por exemplo, uma pessoa pode professar amor
ao próximo, mas não agir para ajudar aqueles em necessidade. Essa incoerência
revela uma fé superficial, que não transforma o caráter nem motiva a prática do
bem e não glorifica a Deus. Ao separar a ideia de uma fé apenas de palavras da
fé que gera ação / transformação, Tiago aponta que essa é uma crença errônea e
perigosa. Pregações que não fazem um chamado à fé são apenas discursos que
podem até produzir satisfação momentânea, mas não produzem a alegria da
salvação.
- Tiago diz que a fé sem as obras está
incompleta (2.22), visto que são as obras que consumam a fé. As obras são a
evidência da fé. Tiago diz que a fé sem as obras está incompleta (2.22), visto
que são as obras que consumam a fé. As obras são a evidência da fé. A questão
não é a fé e sim o objeto da fé. Ter fé na fé não garante a salvação. Não é a
fé em ídolos. Não é a fé nos ancestrais. Não é a fé numa confissão positiva. É
a fé em Deus e em tudo que vem Dele; Envolve a vontade e a prática – O exemplo
do texto nos faz lembrar de Abraão e Raabe, dois personagens da galeria da fé
(Hb 11). Ele era amigo de Deus e ela fazia parte do povo inimigo do Senhor.
Para o Pai todos são iguais e para o nosso escândalo Ele trata ambos da mesma
forma. Tanto Abraão, seu amigo, como Raabe, sua inimiga, só puderam ser aceitos
e justificados pela fé. Mas não foi somente fé, porque eles só foram justificados
por causa de suas atitudes. A fé verdadeira e que salva se traduz em boas
ações. As boas obras não apenas apontam a existência da boa fé, como também
agrega valor e significado a esta fé. As obras não salvam, mas aperfeiçoam a fé
e evidenciam a salvação.
3. Testemunho ineficaz. A fé improdutiva prejudica o testemunho
cristão. Quando os crentes não vivem de acordo com sua fé professada, isso pode
levar outros a questionar a autenticidade do Cristianismo. Uma fé sem obras
falha em mostrar o poder transformador do Evangelho. A nossa fé não pode estar
alicerçada em rituais, tradições ou expressões externas de religiosidade, sem
um comprometimento genuíno com os princípios morais e éticos ensinados por
Cristo. A pessoa pode enganar a si mesma achando que cumprir determinados
rituais ou ir à igreja é suficiente, enquanto negligencia a justiça, a
misericórdia e a verdade. Nesse caso, o testemunho se torna ineficaz já que
esse comportamento indica uma fé que não transforma, sendo, portanto, uma fé
ilusória. Fé é uma história nova a cada dia! Não é, pois, nem estado nem
qualidade. Não deve, portanto, ser confundida com “religiosidade”. Crer não
é credere quod (“crer que”), mas, conforme a formulação
inequívoca do Credo Apostólico, credere
in (“crer em”): a saber, em Deus
mesmo, no Deus do evangelho, que é Pai, Filho e Espírito Santo.
- As pessoas com uma fé morta substituem obras
por palavras. Elas têm discurso, mas não tem vida. Veja o exemplo: Uma pessoa
não possui roupas próprias nem comida. O crente cuja fé está morta vê essa
situação e não faz nada para resolver o problema do irmão necessitado, ainda
que diga palavras bonitas de encorajamento. A fé sem obras é morta porque não
fez diferença nenhuma na vida da pessoa. A fé salvadora em Jesus implica
arrependimento dos pecados e a transformação do coração (2 Coríntios 5:17).
Quando o Espírito Santo entra no coração na conversão, surge o desejo de seguir
Jesus e abandonar o pecado. Essa mudança interior vai depois se refletir nas
ações exteriores. Nossas crenças influenciam nossas ações. Se uma pessoa diz
que tem fé em Jesus, mas isso não afeta sua vida de maneira nenhuma, essa fé é
suspeita. Quem é salvo por Jesus vai mostrar os frutos dessa fé em sua vida
(Mateus 7:18-20). Se a fé em Jesus é apenas acreditar, até os demônios
acreditam! A fé salvadora é algo maior, que mexe com o coração e transforma a
vida. A fé nos leva a agir. Quem ama a Deus também ama seus irmãos e ama o bem
(1 João 4:20-21).
SUBSÍDIO I
“Uma parábola (Tg 2.15-17) — Os
versículos 15 e 16 têm sido descritos como uma ‘pequena parábola’ com a
aplicação no versículo 17 João usa um argumento similar: ‘Ora, aquele que
possui recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?’ (1Jo
3.17). A intolerância de Tiago com a fé sem prática aparece de fôrma aguda na
seguinte paráfrase: Se você tivesse um amigo que está necessitado de alimento e
vestuário, e lhe disserem: ‘Bem, adeus, e que Deus o abençoe: aqueça-se e coma
bem’, e depois não lhe derem roupas ou alimentos que bem faz isso? Ao falar
isso para eles, sem lhes dar nada, o proveito deles será igual à sua fé
professada. Sem essas obras, que são os frutos genuínos da verdadeira fé, qual
será o seu proveito no dia em que Deus virá sentar-se e julgar a sua alma?
Essa fé é morta (v.17), interiormente
morta, bem exteriormente inoperante. Ela não é apenas infrutífera, mas não tem
uma validade própria capaz de produzir frutos de justiça. Essa fé é morta em si
mesma, ou seja, não há obras que a acompanham.
A menção específica de irmã (v.15) é
entendida como uma evidência contra a teoria defendida por alguns, de que temos
em Tiago um documento pré-cristão de origem judaica. Ele escreve: ‘Irmãs devem
receber um tratamento igualitário em relação aos irmãos da Igreja dEle, onde
não há homem nem mulher’ (Gl 3.8).
Nus (gmnoi) deve
ser entendido como malvestido (cf. Mt 25.36).” (Comentário Bíblico Beacon. Volume
10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.170).
II. A EVIDÊNCIA DA FÉ POR
INTERMÉDIO DAS AÇÕES
1. Fé e ação. Tiago 2.17 afirma que “a fé, se não tiver as
obras, é morta em si mesma”. A verdadeira fé sempre se manifesta em ações,
embora não sejam elas um substituto para a fé, mas uma expressão natural dela.
A fé é ineficaz se não vier acompanhada de ação. Tiago está afirmando o
seguinte: “Prove para mim que você tem fé sem obras, e eu provarei para você
que tenho fé por meio das minhas obras”.
- Quando alguém nasce de novo (Ef 1.13) ele é
selado com o Espírito Santo, recebe uma nova natureza e se torna filho de Deus.
Esta nova natureza produz frutos – que é esperado quando andamos com Ele. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, fidelidade, bondade, domínio próprio.” (Gl
5.22-23). As obras, o fruto de todo homem prova de quem ele ou ela é filho ou
filha.
2. Amor em ação. O texto dos versículos 15 e 16 tem sido
compreendido como uma parábola, com aplicação no versículo 17, que exemplifica
a fé viva com o cuidado pelos necessitados. A fé autêntica é demonstrada
através de atos de amor e compaixão. O texto de 1 João 3.17 expressa a mesma
ideia: “Ora, se alguém possui recursos deste mundo e vê seu irmão passar
necessidade, mas fecha o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o
amor de Deus” (NAA).
- Tanto a fé como as obras procedem de Deus. A
fé é dom de Deus. Não geramos a fé, recebemo-la. As obras que praticamos são
inspiradas pelo próprio Deus, pois é ele quem opera em nós tanto o querer
quanto o realizar. De tal forma que não há espaço para soberba por parte de
quem crê nem por parte de quem realiza boas obras, pois tanto a fé como as
obras vieram de Deus e devem ser direcionadas para Deus. Nossa fé deve estar em
Deus e nossas obras devem ser feitas para a glória de Deus. João é o apóstolo
do amor. É dele o versículo mais conhecido da Bíblia, João 3.16 que há pouco
tempo vimos em uma série muito legal. João gosta de falar do amor. João é uma
pessoa simples. Sua linguagem não é tão culta como a do apóstolo Paulo e nem
tão robusta quanto a linguagem do médico e historiador Lucas, autor do
Evangelho com seu nome e de Atos dos Apóstolos. João possui uma linguagem
simples e carinhosa. Enquanto outros autores do Novo Testamento se chamam de
irmãos, João os chama de filhinhos. João compreendeu o amor de Deus em sua
essência. João percebeu que este amor não é apenas em palavras, mas deve ser em
ação. O próprio amor de Deus não é um amor apenas em palavras, pois Deus não
disse que amava ao mundo de braços cruzados nos céus; Deus não revelou seu amor
dizendo que ama ao mundo sentado confortavelmente em seu trono celestial; Deus
não amou apenas em palavras, mas em ação. Por isso, o Deus cristão é o Deus que
desce, encarna-se, faz-se humano para saber o que é ser humano. Ele não apenas
diz que ama, mas age pelo seu amor. Deus se fez gente como a gente, tão humano
quanto nós, porém, sem deixar de ser Deus. Ele vem atrás do ser humano. Não
entoa seu amor do céu, mas pratica o amor na terra e entre nós. O Deus cristão
não é alguém barbudo, sentado em um trono em uma nuvem e que apenas vê as
coisas acontecerem. Não! É o Deus aqui, presente, pertinho, que desceu para
estar próximo e agir na História da Salvação. Ali onde há um fraco, ali Deus
está e ali Deus deve ser encontrado, conforme Jesus mesmo afirmou em Mateus 25.
3. Obediência em ação. Fé e obediência a Deus são intrínsecas.
Sabemos que a fé genuína resulta em cumprir os mandamentos do Senhor e viver de
acordo com a sua vontade. Tiago 2.19 faz uma referência direta ao texto de
Deuteronômio 6.4: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR”. Essa
é uma confissão central do monoteísmo (tanto judaico quanto cristão). Até mesmo
os demônios sabem que existe um só Deus, mas, evidentemente, não se submetem a
Ele em obediência. Vale salientar que o monoteísmo em si não produz salvação.
- Diante de Deus nossas obras não têm valor
para a nossa salvação, para quitar nossa dívida diante do Senhor, para nos
justificar, declarar justos, diante de Deus. Porém, diante do mundo, das
pessoas, o crente precisa revelar as obras de sua fé, caso contrário sua fé é
morta e não é uma fé viva, pois as pessoas não veem o nosso coração, mas veem
as nossas obras. Assim, podemos afirmar que tanto a fé como as obras são
fundamentais quando se trata da salvação. A fé é a raiz e as obras são o fruto.
A fé produz o fruto das obras e as obras procedem da seiva que vem da raiz. A
fé é a causa e as obras o resultado. Não somos salvos por causa das obras, mas
para as boas obras. Não praticamos boas obras para sermos salvos, mas porque já
fomos salvos pela fé. As obras não nos levam para o céu, mas aqueles que vão
para o céu, porque foram salvos pela fé, serão acompanhados por suas obras.
SUBSÍDIO II
Professor(a), converse com seus
alunos explicando que, “apenas fé — no sentido de reconhecer Deus sem obedecer
a Ele em ação obediente — é uma religião que mesmo os demônios professam (cf.
Mt 8.29; Mc 1.24). Mas essa fé não é uma fé salvadora; eles apenas estremecem.
A fé que eles têm e mostrada pelo seu terror, uma emoção de interesse próprio,
mas isso não salva. João Wesley comenta acerca daqueles que têm uma fé tão
limitada: ‘isso prova somente que vocês têm a mesma fé dos demônios [...] eles
[...] tremem com a expectativa terrível do tormento eterno. Essa fé certamente
não pode justificá-los, nem salvá-los’.” (Comentário Bíblico Beacon. Volume
10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.171).
III. ABRAÃO E RAABE, EXEMPLOS
DE UMA FÉ VIVA
1. Abraão. No capítulo 2, Tiago cita Abraão como exemplo
de fé, destacando sua disposição em sacrificar seu filho Isaque em obediência a
Deus. Foi a fé que levou Abraão a oferecer Isaque sobre o altar. Tiago nos
ensina que Abraão foi “justificado” pelo que fez, porque creu em Deus (Tg
2.21-24; Rm 4.1-5). O que ocorreu em Gênesis 22 foi a “obra” que demonstrou a
fé que ele já possuía. É preciso ressaltar que a verdadeira fé sempre resultará
em boas obras, mas as obras não nos justificam. De acordo com a Bíblia de Aplicação
Pessoal, “a verdadeira fé sempre resulta em boas obras, mas as obras não nos
justificam. A fé nos traz salvação e a obediência ativa, por sua vez, demostra
que a nossa fé é genuína”.
- Abraão é o Pai da fé. Em que sentido a fé
que teve Abraão se assemelha à fé cristã, já que ele creu na promessa de que
seria uma grande nação e não no evangelho conforme o conhecemos? Por que Tiago
parece ensinar o oposto disso em sua epístola (Tg 2.20-24)? A resposta à
primeira questão pode ser formulada a partir de Romanos 4.18-22. Nesse texto é
possível descobrir em que sentido a fé que teve Abraão se assemelha à fé dos
cristãos. Em primeiro lugar, a fé confiança de Abraão foi depositada no que
Deus prometeu (Hb 11.11) e os cristãos fazem o mesmo ao crer nas promessas que
Deus fez em seu Filho (2Tm 1.1; Hb 9.15; 10.23; 2Pe 3.13; 1Jo 2.25). Além
disso, a fé do patriarca se manteve mesmo contra todas as circunstâncias (Rm
4.21). Ora, a fé cristã também é assim, tendo a perseverança como uma de suas
marcas (Hb 10.39). Finalmente, Abraão creu que Deus era poderoso para cumprir
sua promessa (Rm 4.21), e os cristãos também têm esse traço em sua fé (Fp
3.21). Assim, Paulo mostra a semelhança entre a fé que Abraão teve e a que os
cristãos têm com base na natureza e na qualidade dessa fé e não com base no
conteúdo dela. Até porque Abraão, obviamente, não conhecia o conteúdo
específico do evangelho. É claro que ele foi salvo pela fé, mas sua fé foi em
Deus e não nos componentes específicos do evangelho que ainda não tinham sido
revelados. É por isso que o paralelo que Paulo faz é referente à natureza da fé
e não ao seu conteúdo. Quanto à antiga questão de Tiago, deve-se entender que
ele escreveu numa época em que o vocabulário paulino ainda não era conhecido
(cerca de 45 AD) e, por isso, usou o termo “justificar” num sentido diferente
daquele que Paulo adotou.
2. Raabe. Tiago amplia a questão ao citar Raabe no
versículo 25, juntando-se assim ao escritor aos Hebreus que a reconhece como
exemplo de fé. Raabe vivia em Jericó, uma cidade conquistada pelos hebreus
quando eles entraram na Terra Prometida. Ela escondeu os espias hebreus e
ajudou-os a escapar, demonstrando sua fé em Deus por meio de ações corajosas.
Sua fé foi evidenciada por suas obras, o que resultou em sua inclusão no plano
redentor de Deus. Certamente essa não era uma fé comum. Tiago mostra que o
exemplo de Raabe é universal, tendo servido para Abraão e para uma mulher
gentia, fora da linhagem abraâmica. Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que
assim como um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou
não, o crente é identificado se possuiu uma fé viva pela ação.
- O exemplo de Raabe: Ela creu e agiu. Ela
ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava em uma cidade condenada. Ela não
somente entendeu â mensagem, mas seu coração foi tocado (Js 2.11), e assim fez
alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11.31). Ela arriscou sua própria vida para
proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1.5) e
tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé
salvadora. O apóstolo Paulo diz que do mesmo jeito que somos destinados para a salvação,
somos também destinados para as boas obras. Se a ordenação é determinativa no
caso da salvação, também o é no caso das boas obras. A salvação é só pela fé,
mas por uma fé que não está só. Uma fé viva se expressa por obras, ou seja, uma
vida que traz glória a Jesus.
SUBSÍDIO III
“Paulo refere-se à fé do patriarca Abraão no
tempo em que Deus prometeu dar-lhe um filho (Gn 15.1-6). A sua fé era uma fé
que aceitava a promessa de Deus sem ter provas concretas. Tiago, por outro
lado, referiu-se à fé do patriarca quando ofereceu sobre o altar o seu filho
(Gn 22.1-19). Tiago não está falando da imputação original de justiça a Abraão
em virtude da sua fé, mas da prova infalível [...] de que a fé que resultou
nessa imputação era uma fé real. Ela se expressava em uma obediência tão
completa a Deus que 30 anos mais tarde Abraão estava pronto, em submissão à
vontade divina, para oferecer o seu filho Isaque. O termo justificado, nesse
versículo, significa na verdade ‘revelado para ser justificado’.
A interação inseparável entre a fé
cristã e a ação é deixada clara em uma tradução mais recente do versículo 22:
‘Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi
aperfeiçoada pelas obras’ (NVI). Se aceitarmos a evidência de Tiago
devemos aceitar sua conclusão: ‘Vocês veem, portanto, que um homem é salvo pelo
que ele faz, tanto como pelo que ele cré’ (v.24, A Bíblia Viva).
A expressão Abraão, o nosso pai
(v.21) é, às vezes, usada para apoiar os argumentos de que os receptores dessa
epístola eram judeus ou pelo menos de origem judaica. Mas o conceito de Abraão
como o ‘pai dos fiéis’ — gentios e judeus — era um conceito cristão do primeiro
século (cf. Rm 4.16; Gl 3.7-9).
Em apoio à realidade da justiça de
Abraão, Tiago ressalta que ele foi chamado o amigo de Deus (v.23). Em 2 Crônicas
20.7, Abraão é chamado de ‘amigo de Deus’, para sempre; e em Isaías 41.8, Deus
chama Israel de ‘semente de Abraão, meu amigo’. Essa expressão ‘amigo de Deus’
parece significar que Deus não escondeu de Abraão o que faria. Abraão foi
privilegiado em ver alguma coisa do grande plano que Deus estava realizando na
história. Ele exultou em ver o dia do Messias (veja Jo 8.56).” (Comentário
Bíblico Beacon. Volume 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.172).
CONCLUSÃO
Nesta lição fomos desafiados a
cultivar uma fé autêntica e viva, evidenciada por ações. A fé improdutiva é
inútil. A verdadeira fé se manifesta em obras de amor, compaixão e obediência a
Deus. Exemplos como Abraão e Raabe ilustram como a fé viva opera através de
ações decisivas e corajosas. Portanto, somos chamados a demonstrar nossa fé em
Cristo não apenas em palavras, mas em ações. Só assim viveremos uma fé
autêntica que glorifica a Deus e impacta, positivamente, o mundo ao nosso
redor.
- Existem muitos conceitos errados de fé.
Alguns pensam nela como uma mercadoria; Outros pensam nisso simplesmente como
um meio de salvação, para nos livrar do inferno. Grande parte da pregação
evangelística nos últimos anos tem sido dirigida dessa forma. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo”
(Atos 16.31) é entendido como se uma decisão fosse tomada e não houvesse mais
implicações para uma vida contínua de obediência. Muitos têm a impressão de que
o exercício da fé os liberta da lei. “Uma
vez salvo, sempre salvo.” Tal fé é superficial. Paulo ainda nos exorta a um
auto-exame; “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.
Ou náo sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que
já estais reprovados” (2Co 13.5). A fé salvadora precisa ser examinada; houve
um tempo em que, sinceramente, reconheci meu pecado diante de Deus? Houve um
tempo em que meu coração desejou fortemente fugir da ira vindoura?
Tudo
já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que
o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele
seja a glória!
_______________
Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Non Nobis Domine, Non Nobis
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer
(S.J.C./SP);
• Pós-graduado em Teologia Bíblica e
Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde
1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS,
2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima),
2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil
em Campina Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
Esse artigo foi útil? Nosso trabalho te
ajudou?
Considere fazer uma contribuição.
Qualquer valor é importante! Oferte
para Chave PIX;
HORA DA REVISÃO
1. Segundo
a lição, quais são os perigos de uma fé improdutiva?
Inutilidade, engano espiritual e testemunho
ineficaz.
2. As
boas ações são meritórias para a salvação?
Não! As Escrituras Sagradas rejeitam a ideia de que
as boas ações sejam meritórias para a salvação.
3. Como
se manifesta a verdadeira fé?
A verdadeira fé sempre se manifesta em ações,
embora as ações não sejam um substituto para a fé, mas uma expressão natural
dela.
4. Quais
os personagens bíblicos que Tiago cita como exemplo de uma fé viva?
Abraão e Raabe.
5. Como
Tiago conclui o capítulo 2?
Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que assim como
um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou não, o
crente é identificado se possuiu uma fé viva pela ação.