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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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29 de janeiro de 2025

EBD JOVENS | Lição 5: A autenticidade contra uma fé morta | 1° Trim 2025

 Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO PRINCIPAL

 Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1Jo 3.18).

Entenda o Texto Áureo:

Segundo a tradição, quando o apóstolo João já não podia caminhar para as reuniões da Igreja, mas era levado lá pelos seus discípulos, ele proferia sempre o mesmo discurso; aquele único mandamento que recebeu de Cristo, que abrange todo o resto, o traço distintivo da nova aliança, “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros”. Quando os irmãos perguntaram por que ele repetia sempre a mesma coisa, ele respondeu: “Porque é o mandamento do Senhor, e se este for alcançado, é suficiente” (Jerônimo). [JFU, 1866] 

RESUMO DA LIÇÃO

A nossa fé em Jesus Cristo precisa ser revelada mediante as nossas ações.

Entenda o Resumo da Lição:

- As obras são o produto da fé. Aqueles que têm verdadeira fé em Jesus Cristo estarão "consagrados às boas obras" (Tito 2:14). João Batista pediu "frutos que correspondam ao arrependimento" (Mateus 3:8). O livro de Tiago enfatiza a natureza da verdadeira fé salvadora como aquela que resulta em boas obras: "Assim também a fé por si mesma é morta, se não tiver obras...Pois assim como o corpo sem o espírito está morto, também a fé sem obras está morta" (Tiago 2:17, 26). A graça por meio da fé salva, e essa fé se manifesta em obras. Se alguém afirma ter fé, mas não demonstra boas obras, sua fé é "morta" ou inexistente.

 

TEXTO BÍBLICO

Tiago 2.14-26.

 

14. Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?

Acaso a fé pode salvá-lo? Está implícito nesta pergunta que a fé não pode salvá-lo, pois muitas vezes a forma mais enfática de fazer uma afirmação é fazendo uma pergunta. O significado aqui é que aquela fé que não produz boas obras […] não salvará ninguém, pois não é uma fé genuína. [Barnes, 1870]

🔗 Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a fé e as obras? Ouça a resposta do Rev. Hernandes Dias Lopes.

15. E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano.

necessitados de roupa – no original grego, nus.

16. E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?

Vão em paz. Como se todas as necessidades deles fossem satisfeitas por meras palavras. As mesmas palavras na boca de Cristo, em quem diziam ter fé, foram acompanhadas por atos de amor. [JFU, 1866]

17. Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.

- A crença em dogma, como a existência de um só Deus (Tiago 2:19), que não se expressa em  boas obras, está “morta em si mesma”.

🔗 Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a fé e as obras? Ouça a resposta do Rev. Hernandes Dias Lopes.

18. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

Mostra-me a tua fé sem as tuas obra. A pessoa que confiou na fé é desafiado a exibi-la, se puder, à parte das obras, como uma entidade distinta por si mesma. Assume-se que tal demonstração não é possível. Se ela quiser dar qualquer evidência de que tem a fé que salva, deve ser recorrendo às obras que negligencia e, possivelmente, menospreza. Por outro lado, o desafiante, a partir das obras, pode apontá-las como provas de algo além de si mesmas. Atos de amor, que resultam de uma vitória sobre si mesmo, não poderiam ter sido realizados sem […] uma confiança viva em Deus. [Plumptre, 1890]

19. Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.

os demônios também creem, e estremecem. O significado aqui é que havia muito mais no caso referido do que mera fé especulativa. Houve uma fé que produziu algum efeito, e um efeito de caráter evidente. Na verdade, não produziu boas obras ou uma vida santa, mas tornou manifesto que havia fé; e, consequentemente, seguiu-se que a existência de mera fé não era tudo o que era necessário para salvar os homens, ou para assegurar que eles estariam seguros, a menos que se sustentasse que os demônios seriam justificados e salvos por ela. Se eles podem manter tal fé e ainda permanecer na perdição, os homens podem tê-la e ir para a perdição. Uma pessoa não deve concluir, portanto, porque tem fé, mesmo aquela fé em Deus que a deixa alarmada, que por isso está a salva. Ela deve ter uma fé que produza um efeito completamente diferente – aquela que conduza a uma vida santa. [Plumptre, 1890]

20. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?

a fé sem as obras é morta? Os manuscritos variam entre “morta” e “inútil” (Mateus 12:36; 20:3). O significado é substancialmente o mesmo. Aquilo que não tem vida está sem a atividade que é a única prova de vida. [Plumptre, 1890] Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a fé e as obras?

21. Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?

o nosso pai Abraão – ou seja, nosso antepassado Abraão. justificado pelas obras – diante das pessoas (Tiago 2:18). Em Tiago 2:23, Tiago, assim como Paulo, reconhece que foi a fé de Abraão que foi contada como justiça na sua justificação perante Deus. [JFU, 1866]

22. Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada,

pelas obras a fé foi aperfeiçoada – ou seja, “por meio das suas ações, a sua fé se tornou completa” (NTLH).

23. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.

cumpriu-se a Escritura – em Gênesis 15:6. Abraão creu em Deus, e isso lhe foi considerado como justiça – em outras palavras, “Abraão creu em Deus, e assim foi considerado justo“ (NVT).

24. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.

justificada pelas obras – diante das pessoas (Tiago 2:18). Em Tiago 2:23, Tiago, assim como Paulo, reconhece que foi a fé de Abraão que foi contada como justiça na sua justificação perante Deus. [JFU, 1866]

25. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?

- Pela natureza do ato de Raabe, está claro que ele não é citado para provar a justificação pelas obras como tais. Ela acreditou seguramente no que seus outros compatriotas não acreditaram, e isso em face de toda improbabilidade de que este povo não-guerreiro conquistaria a fortalecida Jericó. Nessa crença, ela escondeu os espiões com o risco de sua vida. Assim, Hebreus 11:31 nomeia isso como um exemplo de fé, e não de obediência. “Pela fé, Raabe, a prostituta, não foi destruída com os desobedientes” (NVI). Se faltasse um exemplo de obediência, o autor de Hebreus e Tiago dificilmente teriam citado uma mulher de carácter anteriormente mau, em vez dos muitos patriarcas morais e piedosos. Mas como um exemplo de graça livre justificando as pessoas através de um agente, em oposição a uma mera fé verbal, ninguém poderia ser mais adequado do que uma “prostituta” salva. Como Abraão era um exemplo de homem ilustre e pai dos judeus, Raabe é citada como uma gentia — alguém totalmente improvável — mostrando que a fé justificadora tem se manifestado a todos. A natureza das obras alegadas é tal que prova que Tiago as usa apenas como evidências de fé, em contraste com uma mera profissão verbal: não obras de caridade e piedade, mas obras cujo valor consiste apenas em serem provas de fé: elas eram fé expressa em ato, sinônimo da própria fé. [JFU, 1871, com adaptações]

26. Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.

assim como o corpo sem o espírito está morto (compare com Jó 34:1415; Salmo 104:29; Salmo 146:4; Eclesiastes 12:7; Isaías 2:22; Lucas 23:46; 26-28Atos 7:5960). a fé sem obras é morta (compare com Tiago 2:14,17,20). Alguns afirmam que há contradição entre Paulo e Tiago; qual a relação entre a fé e as obras? Ouça a resposta do Rev. Hernandes Dias Lopes. (5 minutos)

 

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INTRODUÇÃO

 

A Carta de Tiago apresenta uma visão prática da fé cristã, desafiando os crentes a demonstrarem sua fé por meio de ações. Na lição deste domingo, estudaremos o texto de Tiago 2.14-26 que trata a esse respeito. O texto aborda a relação intrínseca entre fé e obras, advertindo-nos contra uma fé inativa ou morta. Abordaremos os perigos de uma fé improdutiva, a evidência da fé por meio de ações e exemplos bíblicos de uma fé viva.

- O capítulo 2 da carta de Tiago é um dos textos mais importantes da Bíblia. Muitos estudiosos não conseguiram entendê-lo. Lutero pensou que Tiago estivesse contradizendo Paulo (Rm 3.28 - Tg 2.24; Rm 4.2-3 - Tg 2.21). Logo, Lutero chamou Tiago de carta de palha e sentiu que a carta de Tiago não tinha o peso do Evangelho. A fé é uma doutrina chave no cristianismo. O pecador é salvo pela fé (Ef 2.8,9), o justo vive pela fé (Rm 1.17). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Tudo o que é feito sem fé é pecado (Rm 14.23).

 

I. OS PERIGOS DE UMA FÉ IMPRODUTIVA

1. Inutilidade. Tiago no capítulo 2, nos faz duas perguntas: [...] “Que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?”; “Porventura, a fé pode salvá-lo?”. Uma fé que não se traduz em ações é inútil e não produz resultados tangíveis na vida do crente ou na igreja. Dúvidas tem surgido, no decorrer dos séculos, a respeito desse texto da Carta de Tiago, como se ele fosse uma contradição ao ensino de Paulo no tocante à salvação pela graça, e, não por meio das obras. Mas não existe nenhuma contradição nas Escrituras Sagradas. Paulo rejeita a ideia de que as boas ações sejam meritórias para a salvação. Ele explica que não podemos confiar no nosso próprio esforço para nos tornarmos justos diante de Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Paulo também ensina que, depois de receber a justificação pela graça, a fé deve se manifestar em ações. Todos serão recompensados diante de Deus pelas suas ações, (Rm 2.6). Quando Tiago fala sobre as obras, ele se refere às boas ações que frutificam naturalmente a partir de um coração que ama a Deus e ao seu próximo, um coração que foi alcançado pela graça divina. É importante ressaltar que há diferença entre crença e fé. Crença é o assentimento ao testemunho, ao passo que a fé é o mesmo assentimento ao testemunho acompanhado de confiança. O escritor aos Hebreus, buscando responder sobre a natureza da fé, apresenta-nos que a “fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (11.1). Esse texto é uma elucidação do que vem a ser a fé, sendo a única definição direta sobre o que é a fé na Bíblia. Embora essa seja uma definição teórica, o escritor bíblico não se aprofunda em “teorias”, mas se volta ao texto bíblico e fundamenta a sua afirmação nos exemplos que o Antigo Testamento fornece sobre homens e mulheres de fé, que veremos mais adiante.

- Qual é o tipo de fé que salva uma pessoa? Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Mt 7.21). Quais são as características de uma fé morta? Tiago responde então a estas perguntas afirmando que uma fé que não desemboca em vida santa é uma fé morta! A fé morta está divorciada da santidade. Há um hiato, um abismo entre o que a pessoa professa e o que a pessoa vive. Ela crê na verdade, mas não é transformada por essa verdade. A verdade chegou a sua mente, mas não desceu a seu coração. É um erro pensar que apenas recitar ou defender um credo ortodoxo faz de uma pessoa um cristão. Assentimento intelectual, apenas, não é fé salvadora. A fé que não produz vida, que não gera transformação, é uma fé espúria (Mt 7.21). As igrejas estão cheias de pessoas que dizem que crêem, mas não vivem o que crêem. Isso é fé morta. Também, uma fé meramente intelectual, pessoas consentem com certas verdades, mas não são transformadas por elas. No versículo 14, Tiago pergunta: “Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” Quando Tiago usa a palavra semelhante, ele está falando de um certo tipo de fé, ou seja, a fé apenas verbal em oposição à fé verdadeira. Ainda no versículo 14, ele pergunta: “Que proveito há, meus irmãos, se alguém disser que tem fé e não tiver obras?” A fé aqui descrita existe apenas na base da pretensão. A pessoa diz que tem fé, mas na verdade não tem. As pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Elas conhecem as doutrinas, mas elas não praticam a doutrina. Elas têm discurso, mas não têm vida. A fé está apenas na mente, mas não na ponta dos dedos. Em terceiro lugar, é uma fé que não produz frutos dignos de arrependimento. Essa fé é ineficiente, inoperante e não produz nenhum resultado. Ela tem sentimento, mas não ação.

2. Engano espiritual. Acreditar que a fé não precisa ser produtiva é enganar-se a si próprio. Tiago alerta que essa autossatisfação é perigosa, pois não leva à verdadeira transformação. Uma pessoa que tem apenas essa fé pode acreditar que está espiritualmente saudável e salva, mas está se enganando porque sua fé não tem impacto real em sua vida ou na dos outros. Desta forma, o autoengano espiritual ocorre quando há discrepância entre o que a pessoa diz acreditar e o que ela realmente faz. Por exemplo, uma pessoa pode professar amor ao próximo, mas não agir para ajudar aqueles em necessidade. Essa incoerência revela uma fé superficial, que não transforma o caráter nem motiva a prática do bem e não glorifica a Deus. Ao separar a ideia de uma fé apenas de palavras da fé que gera ação / transformação, Tiago aponta que essa é uma crença errônea e perigosa. Pregações que não fazem um chamado à fé são apenas discursos que podem até produzir satisfação momentânea, mas não produzem a alegria da salvação.

- Tiago diz que a fé sem as obras está incompleta (2.22), visto que são as obras que consumam a fé. As obras são a evidência da fé. Tiago diz que a fé sem as obras está incompleta (2.22), visto que são as obras que consumam a fé. As obras são a evidência da fé. A questão não é a fé e sim o objeto da fé. Ter fé na fé não garante a salvação. Não é a fé em ídolos. Não é a fé nos ancestrais. Não é a fé numa confissão positiva. É a fé em Deus e em tudo que vem Dele; Envolve a vontade e a prática – O exemplo do texto nos faz lembrar de Abraão e Raabe, dois personagens da galeria da fé (Hb 11). Ele era amigo de Deus e ela fazia parte do povo inimigo do Senhor. Para o Pai todos são iguais e para o nosso escândalo Ele trata ambos da mesma forma. Tanto Abraão, seu amigo, como Raabe, sua inimiga, só puderam ser aceitos e justificados pela fé. Mas não foi somente fé, porque eles só foram justificados por causa de suas atitudes. A fé verdadeira e que salva se traduz em boas ações. As boas obras não apenas apontam a existência da boa fé, como também agrega valor e significado a esta fé. As obras não salvam, mas aperfeiçoam a fé e evidenciam a salvação.

3. Testemunho ineficaz. A fé improdutiva prejudica o testemunho cristão. Quando os crentes não vivem de acordo com sua fé professada, isso pode levar outros a questionar a autenticidade do Cristianismo. Uma fé sem obras falha em mostrar o poder transformador do Evangelho. A nossa fé não pode estar alicerçada em rituais, tradições ou expressões externas de religiosidade, sem um comprometimento genuíno com os princípios morais e éticos ensinados por Cristo. A pessoa pode enganar a si mesma achando que cumprir determinados rituais ou ir à igreja é suficiente, enquanto negligencia a justiça, a misericórdia e a verdade. Nesse caso, o testemunho se torna ineficaz já que esse comportamento indica uma fé que não transforma, sendo, portanto, uma fé ilusória. Fé é uma história nova a cada dia! Não é, pois, nem estado nem qualidade. Não deve, portanto, ser confundida com “religiosidade”. Crer não é credere quod (“crer que”), mas, conforme a formulação inequívoca do Credo Apostólico, credere in (“crer em”): a saber, em Deus mesmo, no Deus do evangelho, que é Pai, Filho e Espírito Santo.

- As pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Elas têm discurso, mas não tem vida. Veja o exemplo: Uma pessoa não possui roupas próprias nem comida. O crente cuja fé está morta vê essa situação e não faz nada para resolver o problema do irmão necessitado, ainda que diga palavras bonitas de encorajamento. A fé sem obras é morta porque não fez diferença nenhuma na vida da pessoa. A fé salvadora em Jesus implica arrependimento dos pecados e a transformação do coração (2 Coríntios 5:17). Quando o Espírito Santo entra no coração na conversão, surge o desejo de seguir Jesus e abandonar o pecado. Essa mudança interior vai depois se refletir nas ações exteriores. Nossas crenças influenciam nossas ações. Se uma pessoa diz que tem fé em Jesus, mas isso não afeta sua vida de maneira nenhuma, essa fé é suspeita. Quem é salvo por Jesus vai mostrar os frutos dessa fé em sua vida (Mateus 7:18-20). Se a fé em Jesus é apenas acreditar, até os demônios acreditam! A fé salvadora é algo maior, que mexe com o coração e transforma a vida. A fé nos leva a agir. Quem ama a Deus também ama seus irmãos e ama o bem (1 João 4:20-21).

 

SUBSÍDIO I

 Uma parábola (Tg 2.15-17) — Os versículos 15 e 16 têm sido descritos como uma ‘pequena parábola’ com a aplicação no versículo 17 João usa um argumento similar: ‘Ora, aquele que possui recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?’ (1Jo 3.17). A intolerância de Tiago com a fé sem prática aparece de fôrma aguda na seguinte paráfrase: Se você tivesse um amigo que está necessitado de alimento e vestuário, e lhe disserem: ‘Bem, adeus, e que Deus o abençoe: aqueça-se e coma bem’, e depois não lhe derem roupas ou alimentos que bem faz isso? Ao falar isso para eles, sem lhes dar nada, o proveito deles será igual à sua fé professada. Sem essas obras, que são os frutos genuínos da verdadeira fé, qual será o seu proveito no dia em que Deus virá sentar-se e julgar a sua alma?

Essa fé é morta (v.17), interiormente morta, bem exteriormente inoperante. Ela não é apenas infrutífera, mas não tem uma validade própria capaz de produzir frutos de justiça. Essa fé é morta em si mesma, ou seja, não há obras que a acompanham.

A menção específica de irmã (v.15) é entendida como uma evidência contra a teoria defendida por alguns, de que temos em Tiago um documento pré-cristão de origem judaica. Ele escreve: ‘Irmãs devem receber um tratamento igualitário em relação aos irmãos da Igreja dEle, onde não há homem nem mulher’ (Gl 3.8).

Nus (gmnoi) deve ser entendido como malvestido (cf. Mt 25.36).” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.170).

 

II. A EVIDÊNCIA DA FÉ POR INTERMÉDIO DAS AÇÕES

1. Fé e ação. Tiago 2.17 afirma que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”. A verdadeira fé sempre se manifesta em ações, embora não sejam elas um substituto para a fé, mas uma expressão natural dela. A fé é ineficaz se não vier acompanhada de ação. Tiago está afirmando o seguinte: “Prove para mim que você tem fé sem obras, e eu provarei para você que tenho fé por meio das minhas obras”.

- Quando alguém nasce de novo (Ef 1.13) ele é selado com o Espírito Santo, recebe uma nova natureza e se torna filho de Deus. Esta nova natureza produz frutos – que é esperado quando andamos com Ele. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, fidelidade, bondade, domínio próprio.” (Gl 5.22-23). As obras, o fruto de todo homem prova de quem ele ou ela é filho ou filha.

2. Amor em ação. O texto dos versículos 15 e 16 tem sido compreendido como uma parábola, com aplicação no versículo 17, que exemplifica a fé viva com o cuidado pelos necessitados. A fé autêntica é demonstrada através de atos de amor e compaixão. O texto de 1 João 3.17 expressa a mesma ideia: “Ora, se alguém possui recursos deste mundo e vê seu irmão passar necessidade, mas fecha o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o amor de Deus” (NAA).

- Tanto a fé como as obras procedem de Deus. A fé é dom de Deus. Não geramos a fé, recebemo-la. As obras que praticamos são inspiradas pelo próprio Deus, pois é ele quem opera em nós tanto o querer quanto o realizar. De tal forma que não há espaço para soberba por parte de quem crê nem por parte de quem realiza boas obras, pois tanto a fé como as obras vieram de Deus e devem ser direcionadas para Deus. Nossa fé deve estar em Deus e nossas obras devem ser feitas para a glória de Deus. João é o apóstolo do amor. É dele o versículo mais conhecido da Bíblia, João 3.16 que há pouco tempo vimos em uma série muito legal. João gosta de falar do amor. João é uma pessoa simples. Sua linguagem não é tão culta como a do apóstolo Paulo e nem tão robusta quanto a linguagem do médico e historiador Lucas, autor do Evangelho com seu nome e de Atos dos Apóstolos. João possui uma linguagem simples e carinhosa. Enquanto outros autores do Novo Testamento se chamam de irmãos, João os chama de filhinhos. João compreendeu o amor de Deus em sua essência. João percebeu que este amor não é apenas em palavras, mas deve ser em ação. O próprio amor de Deus não é um amor apenas em palavras, pois Deus não disse que amava ao mundo de braços cruzados nos céus; Deus não revelou seu amor dizendo que ama ao mundo sentado confortavelmente em seu trono celestial; Deus não amou apenas em palavras, mas em ação. Por isso, o Deus cristão é o Deus que desce, encarna-se, faz-se humano para saber o que é ser humano. Ele não apenas diz que ama, mas age pelo seu amor. Deus se fez gente como a gente, tão humano quanto nós, porém, sem deixar de ser Deus. Ele vem atrás do ser humano. Não entoa seu amor do céu, mas pratica o amor na terra e entre nós. O Deus cristão não é alguém barbudo, sentado em um trono em uma nuvem e que apenas vê as coisas acontecerem. Não! É o Deus aqui, presente, pertinho, que desceu para estar próximo e agir na História da Salvação. Ali onde há um fraco, ali Deus está e ali Deus deve ser encontrado, conforme Jesus mesmo afirmou em Mateus 25.

3. Obediência em ação. Fé e obediência a Deus são intrínsecas. Sabemos que a fé genuína resulta em cumprir os mandamentos do Senhor e viver de acordo com a sua vontade. Tiago 2.19 faz uma referência direta ao texto de Deuteronômio 6.4: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR”. Essa é uma confissão central do monoteísmo (tanto judaico quanto cristão). Até mesmo os demônios sabem que existe um só Deus, mas, evidentemente, não se submetem a Ele em obediência. Vale salientar que o monoteísmo em si não produz salvação.

- Diante de Deus nossas obras não têm valor para a nossa salvação, para quitar nossa dívida diante do Senhor, para nos justificar, declarar justos, diante de Deus. Porém, diante do mundo, das pessoas, o crente precisa revelar as obras de sua fé, caso contrário sua fé é morta e não é uma fé viva, pois as pessoas não veem o nosso coração, mas veem as nossas obras. Assim, podemos afirmar que tanto a fé como as obras são fundamentais quando se trata da salvação. A fé é a raiz e as obras são o fruto. A fé produz o fruto das obras e as obras procedem da seiva que vem da raiz. A fé é a causa e as obras o resultado. Não somos salvos por causa das obras, mas para as boas obras. Não praticamos boas obras para sermos salvos, mas porque já fomos salvos pela fé. As obras não nos levam para o céu, mas aqueles que vão para o céu, porque foram salvos pela fé, serão acompanhados por suas obras.

 

SUBSÍDIO II

Professor(a), converse com seus alunos explicando que, “apenas fé — no sentido de reconhecer Deus sem obedecer a Ele em ação obediente — é uma religião que mesmo os demônios professam (cf. Mt 8.29; Mc 1.24). Mas essa fé não é uma fé salvadora; eles apenas estremecem. A fé que eles têm e mostrada pelo seu terror, uma emoção de interesse próprio, mas isso não salva. João Wesley comenta acerca daqueles que têm uma fé tão limitada: ‘isso prova somente que vocês têm a mesma fé dos demônios [...] eles [...] tremem com a expectativa terrível do tormento eterno. Essa fé certamente não pode justificá-los, nem salvá-los’.” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.171).

 

III. ABRAÃO E RAABE, EXEMPLOS DE UMA FÉ VIVA

1. Abraão. No capítulo 2, Tiago cita Abraão como exemplo de fé, destacando sua disposição em sacrificar seu filho Isaque em obediência a Deus. Foi a fé que levou Abraão a oferecer Isaque sobre o altar. Tiago nos ensina que Abraão foi “justificado” pelo que fez, porque creu em Deus (Tg 2.21-24; Rm 4.1-5). O que ocorreu em Gênesis 22 foi a “obra” que demonstrou a fé que ele já possuía. É preciso ressaltar que a verdadeira fé sempre resultará em boas obras, mas as obras não nos justificam. De acordo com a Bíblia de Aplicação Pessoal, “a verdadeira fé sempre resulta em boas obras, mas as obras não nos justificam. A fé nos traz salvação e a obediência ativa, por sua vez, demostra que a nossa fé é genuína”.

- Abraão é o Pai da fé. Em que sentido a fé que teve Abraão se assemelha à fé cristã, já que ele creu na promessa de que seria uma grande nação e não no evangelho conforme o conhecemos? Por que Tiago parece ensinar o oposto disso em sua epístola (Tg 2.20-24)? A resposta à primeira questão pode ser formulada a partir de Romanos 4.18-22. Nesse texto é possível descobrir em que sentido a fé que teve Abraão se assemelha à fé dos cristãos. Em primeiro lugar, a fé confiança de Abraão foi depositada no que Deus prometeu (Hb 11.11) e os cristãos fazem o mesmo ao crer nas promessas que Deus fez em seu Filho (2Tm 1.1; Hb 9.15; 10.23; 2Pe 3.13; 1Jo 2.25). Além disso, a fé do patriarca se manteve mesmo contra todas as circunstâncias (Rm 4.21). Ora, a fé cristã também é assim, tendo a perseverança como uma de suas marcas (Hb 10.39). Finalmente, Abraão creu que Deus era poderoso para cumprir sua promessa (Rm 4.21), e os cristãos também têm esse traço em sua fé (Fp 3.21). Assim, Paulo mostra a semelhança entre a fé que Abraão teve e a que os cristãos têm com base na natureza e na qualidade dessa fé e não com base no conteúdo dela. Até porque Abraão, obviamente, não conhecia o conteúdo específico do evangelho. É claro que ele foi salvo pela fé, mas sua fé foi em Deus e não nos componentes específicos do evangelho que ainda não tinham sido revelados. É por isso que o paralelo que Paulo faz é referente à natureza da fé e não ao seu conteúdo. Quanto à antiga questão de Tiago, deve-se entender que ele escreveu numa época em que o vocabulário paulino ainda não era conhecido (cerca de 45 AD) e, por isso, usou o termo “justificar” num sentido diferente daquele que Paulo adotou.

2. Raabe. Tiago amplia a questão ao citar Raabe no versículo 25, juntando-se assim ao escritor aos Hebreus que a reconhece como exemplo de fé. Raabe vivia em Jericó, uma cidade conquistada pelos hebreus quando eles entraram na Terra Prometida. Ela escondeu os espias hebreus e ajudou-os a escapar, demonstrando sua fé em Deus por meio de ações corajosas. Sua fé foi evidenciada por suas obras, o que resultou em sua inclusão no plano redentor de Deus. Certamente essa não era uma fé comum. Tiago mostra que o exemplo de Raabe é universal, tendo servido para Abraão e para uma mulher gentia, fora da linhagem abraâmica. Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que assim como um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou não, o crente é identificado se possuiu uma fé viva pela ação.

- O exemplo de Raabe: Ela creu e agiu. Ela ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava em uma cidade condenada. Ela não somente entendeu â mensagem, mas seu coração foi tocado (Js 2.11), e assim fez alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11.31). Ela arriscou sua própria vida para proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1.5) e tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé salvadora. O apóstolo Paulo diz que do mesmo jeito que somos destinados para a salvação, somos também destinados para as boas obras. Se a ordenação é determinativa no caso da salvação, também o é no caso das boas obras. A salvação é só pela fé, mas por uma fé que não está só. Uma fé viva se expressa por obras, ou seja, uma vida que traz glória a Jesus.

 

SUBSÍDIO III

 “Paulo refere-se à fé do patriarca Abraão no tempo em que Deus prometeu dar-lhe um filho (Gn 15.1-6). A sua fé era uma fé que aceitava a promessa de Deus sem ter provas concretas. Tiago, por outro lado, referiu-se à fé do patriarca quando ofereceu sobre o altar o seu filho (Gn 22.1-19). Tiago não está falando da imputação original de justiça a Abraão em virtude da sua fé, mas da prova infalível [...] de que a fé que resultou nessa imputação era uma fé real. Ela se expressava em uma obediência tão completa a Deus que 30 anos mais tarde Abraão estava pronto, em submissão à vontade divina, para oferecer o seu filho Isaque. O termo justificado, nesse versículo, significa na verdade ‘revelado para ser justificado’.

A interação inseparável entre a fé cristã e a ação é deixada clara em uma tradução mais recente do versículo 22: ‘Você pode ver que tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras’ (NVI). Se aceitarmos a evidência de Tiago devemos aceitar sua conclusão: ‘Vocês veem, portanto, que um homem é salvo pelo que ele faz, tanto como pelo que ele cré’ (v.24, A Bíblia Viva).

A expressão Abraão, o nosso pai (v.21) é, às vezes, usada para apoiar os argumentos de que os receptores dessa epístola eram judeus ou pelo menos de origem judaica. Mas o conceito de Abraão como o ‘pai dos fiéis’ — gentios e judeus — era um conceito cristão do primeiro século (cf. Rm 4.16; Gl 3.7-9).

Em apoio à realidade da justiça de Abraão, Tiago ressalta que ele foi chamado o amigo de Deus (v.23). Em 2 Crônicas 20.7, Abraão é chamado de ‘amigo de Deus’, para sempre; e em Isaías 41.8, Deus chama Israel de ‘semente de Abraão, meu amigo’. Essa expressão ‘amigo de Deus’ parece significar que Deus não escondeu de Abraão o que faria. Abraão foi privilegiado em ver alguma coisa do grande plano que Deus estava realizando na história. Ele exultou em ver o dia do Messias (veja Jo 8.56).” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 10. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.172).

 

CONCLUSÃO

Nesta lição fomos desafiados a cultivar uma fé autêntica e viva, evidenciada por ações. A fé improdutiva é inútil. A verdadeira fé se manifesta em obras de amor, compaixão e obediência a Deus. Exemplos como Abraão e Raabe ilustram como a fé viva opera através de ações decisivas e corajosas. Portanto, somos chamados a demonstrar nossa fé em Cristo não apenas em palavras, mas em ações. Só assim viveremos uma fé autêntica que glorifica a Deus e impacta, positivamente, o mundo ao nosso redor.

- Existem muitos conceitos errados de fé. Alguns pensam nela como uma mercadoria; Outros pensam nisso simplesmente como um meio de salvação, para nos livrar do inferno. Grande parte da pregação evangelística nos últimos anos tem sido dirigida dessa forma. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16.31) é entendido como se uma decisão fosse tomada e não houvesse mais implicações para uma vida contínua de obediência. Muitos têm a impressão de que o exercício da fé os liberta da lei. “Uma vez salvo, sempre salvo.” Tal fé é superficial. Paulo ainda nos exorta a um auto-exame; “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou náo sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2Co 13.5). A fé salvadora precisa ser examinada; houve um tempo em que, sinceramente, reconheci meu pecado diante de Deus? Houve um tempo em que meu coração desejou fortemente fugir da ira vindoura?

Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.

Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!

Dele seja a glória!

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Francisco Barbosa (@Pbassis)

Non Nobis Domine, Non Nobis

• Graduado em Gestão Pública;

• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

• Pós-graduado em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).

• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, quais são os perigos de uma fé improdutiva?

Inutilidade, engano espiritual e testemunho ineficaz.

2. As boas ações são meritórias para a salvação?

Não! As Escrituras Sagradas rejeitam a ideia de que as boas ações sejam meritórias para a salvação.

3. Como se manifesta a verdadeira fé?

A verdadeira fé sempre se manifesta em ações, embora as ações não sejam um substituto para a fé, mas uma expressão natural dela.

4. Quais os personagens bíblicos que Tiago cita como exemplo de uma fé viva?

Abraão e Raabe.

5. Como Tiago conclui o capítulo 2?

Tiago conclui o capítulo 2 mostrando que assim como um médico que tem conhecimento para saber se uma pessoa está viva ou não, o crente é identificado se possuiu uma fé viva pela ação.