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5 de agosto de 2024

EBD ADULTOS| Lição 6: O Livro de Ester |3° Trim/2024

 Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO ÁUREO

“Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14)

Entenda o Texto Áureo:

- socorro e livramento. Mordecai exibiu uma fé salutar no poder da soberania de Deus em preservar o sou povo. Ele pode ter se lembrado da promessa do Senhor a Abraão (Gn 12.3; 17.1-8). tu... perecereis. Mordecai indicou que Ester não escaparia da sentença e que não seria poupada por causa da sua proeminência (cf. 4.13). conjuntura como esta. Mordecai indiretamente apelou ao tempo providencial de Deus.

 

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VERDADE PRÁTICA

A perfeita vontade de Deus é nos guiar por caminhos que levem ao cumprimento de seus eternos propósitos.

Entenda a Verdade Prática:

- Uma vida moral e espiritualmente imaculada, esta é a maneira santa de viver que Deus aprova. Em outras palavras, Não siga as modas e costumes da sociedade mundana que o cerca, mas deixe seu modo de pensar ser tão mudado pelo Espírito Santo que você procure e reconheça a vontade de Deus, e ame fazer isso.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 1.1-9

1. E sucedeu, nos dias de Assuero (este é aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias);

- Assuero governou de c. 486 a 465 a.C.; Ester cobre o período de 483-473 a.C., do seu reinado. O nome Assuero representa a transliteração hebraica do nome persa "Khshayarsha", enquanto "Xerxes" representa o seu nome grego. Índia até à Etiópia. A Etiópia, e não a Asia Menor, é citada aqui como representando o extremo ocidental do reino para evitar qualquer lembrança da derrota anterior do rei para os gregos em c. 481-479 a.C. (c.f. 8.9). Essa descrição também evita qualquer confusão com o Assuero de Dn 9.1. cento e vinte e sete províncias. O reino compreendia 20 regiões (3.12; 8.9; 9.3) que depois foram divididas em províncias dirigidas por governadores (3.12).

2. naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que está na fortaleza de Susã,

- na cidadela de Susã. Susã (a tradução hebraica do grego Susa), a residência de inverno, ora uma das quatro capitais; as outras três eram: Babilônia, Acmetá (Ed 6.2) e Persépolis. A cidadela refere-se ao complexo fortificado do palácio construído acima da cidade para proteção.

3. no terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias estavam perante ele),

- no terceiro ano. C. 483 a.C. Isso provavelmente incluía a fase de planejamento da futura campanha de Assuero contra a Grécia, em que o rei sofreu uma humilhante derrota (c. 481-479 a.C.) Pérsia e Média. Ciro. o persa, herdou a Média e, por isso o nome Media tornou-se tão importante quanto o da Pérsia (50 a.C).

4. para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber, cento e oitenta dias.

- as riquezas etc. Heródoto (vii. 27) fala da árvore de plátano de ouro e da videira de ouro dadas por Pítio, um rico de Celenas, a Dario. Ésquilo (Persas, 161) menciona as paredes adornadas com ouro. O texto pode se referir, entre outras coisas, às barras de ouro que Dario tinha armazenado no tesouro (Heródoto iii. 96). cnto e oitenta dias. Isso pode significar uma série de entretenimentos para sucessivos grupos de convidados. Os ‘príncipes’ dificilmente poderiam ser todos dispensados de suas satrapias de uma vez. [Streane, 1907]

5. E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.

- Banquetes em uma escala tão extensa não eram incomuns no Oriente. Diz-se que Ciro, em uma ocasião, banqueteou “todos os persas”. Mesmo ordinariamente, os monarcas persas posteriores entreteriam 15.000 pessoas em sua mesa (compare com o comentário de Ester 1:3). [Barnes]  

6. As tapeçarias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas.

- As cortinas eram de linho branco e azul celeste. A palavra traduzida como ‘verde’ na ACF é melhor traduzida como algodão e é de origem persa. Os cordões, que por meio de argolas de prata prendiam as cortinas às colunas, forneciam um contraste de cores, ou seja, tecido fino, linho branco, misturado com um púrpura avermelhado. colunas de mármore. Os restos das colunas encontradas em Susã são de uma calcário azul escuro, que a palavra hebraica pode muito bem denotar. os leitos eram de ouro e de prata – ou seja, com cobertores trabalhados com ouro e prata, ou possivelmente com uma estrutura desses materiais (como explica o Targum), como aqueles que Heródoto (ix. 82) nos diz que Xerxes trouxe consigo em sua expedição contra a Grécia. de pórfiro, mármore, madrepérola e pedras preciosas. Um pavimento de mosaico de vários materiais valiosos aparentemente é o que se quer dizer, mas o significado exato dos termos usados é incerto. Talvez possamos entender que cada um seja o nome de um material, não uma cor (ACF). Devemos observar, no entanto, que o segundo destes é a mesma palavra usada na descrição das colunas, e que o último pode significar mármore com manchas ou veios escuros. A Septuaginta acrescenta que havia leitos de cristal cobertos com rosas. [Streane, 1907]

7. E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei.

- taças de ouro. Muitas dessas foram capturadas pelos gregos no acampamento persa perto de Plateia. as taças eram diferentes umas das outras. Isso parece ser notado como uma circunstância incomum. Na representação do banquete de Sargão, retratado nas paredes de seu palácio em Khorsabad, os cálices segurados pelos banqueteadores têm formas uniformes (ver Rawlinson, Monarquias Antigas, 2ª ed., i. 580). generosidade. Hebraico mão, ou seja, como era de se esperar no caso de um soberano tão grande, de uma maneira digna de um rei. [Streane, 1907]

8. E o beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um.

- de acordo com a lei – melhor, de acordo com a direção dada pelo rei para a ocasião. As palavras que seguem sugerem que, ordinariamente, a bebedeira era imposta. A embriaguez era comum entre os persas. [Streane, 1907] Veja a descrição de uma companhia bêbada colocada por Xenofonte (Ciro, o Grande, i. 3. 12) na boca de Ciro, que descreve o espetáculo apresentado por Astíages e seus amigos na ocasião do banquete de aniversário do rei.

9. Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.

- a rainha Vasti. A literatura grega registra o seu nome como Amestris. Ela deu à Iuz (c. 483 a.C.) ao terceiro filho de Assuero, Artaxerxes, que mais tarde sucederia ao seu pai Assuero no trono (Ed 7.1).

 

 

 

INTRODUÇÃO

Concluímos o estudo de Rute. Nesta lição iniciamos o estudo do livro de Ester. Rute é cheio de referências expressas ao nome de Deus. Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de Deus. Nem por isso o agir divino deixa de estar patente no livro. Ester não contém alusões diretas ao Deus da providência, mas nos apresenta uma história cujo roteiro é, por inteiro, uma manifestação da providência de Deus.

- "Ester" tem sido usado como título sem variações através dos tempos. Tanto esse livro como o de Rute são os únicos livros do Antigo Testamento que receberam o nome em homenagem a mulheres. Como acontece com Cântico dos Cânticos, Obadias e Naum, o Novo Testamento não cita Ester e nem faz qualquer alusão a esse livro. Como escrever teologia sobre um livro que se quer menciona o nome de Deus? Pode parecer difícil mas basta lê-lo com atenção para perceber, nas entrelinhas, Sua atuação bem evidente. O único livro do Antigo Testamento onde isto acontece é Cantares de Salomão, mas ali, em hebraico o nome de YAHWEH foi discernido (8:6). Ester surge como o 17? livro na cronologia literária do Antigo Testamento e encerra a sua parte histórica. Além de Ester, apenas Esdras 7-10, Neemias e Malaquias relatam a história posterior do AT. O relato de Ester termina em 473 a.C., antes de Assuero morrer assassinado (c. 465 a.C.). Ester 10.2 fala como se o reinado de Assuero estivesse concluído, portanto a data mais antiga de sua redação seria depois do seu reinado, em meados do século 5? a.C. A data razoável mais recente seria antes de 331 a.C., quando a Grécia conquistou a Pérsia.

 

I. A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO

 

1. A categorização de Ester. Da mesma forma que Rute, Ester pertence aos Escritos, os onze livros que compõem a terceira seção da Bíblia Hebraica. E nesta seção – também ao lado de Rute, integra os Megillot, os cinco livros curtos lidos anualmente nas festas judaicas. As categorizações de Rute e Ester também são semelhantes na Bíblia Cristã, na qual figuram entre os livros históricos. Por sua reconhecida canonicidade, Ester compõe o conjunto da revelação divina escrita, completa e perfeita (2 Tm 3.16,17).

- Acrescento aqui a informação de que há duas versões do livro de Ester: uma hebraica e outra, mais recente, grega. A versão hebraica foi editada pelo final do período persa (em torno de 350 a.C.), e não menciona Deus nem traz lições piedosas. A versão grega ampliou com seis longos acréscimos a hebraica e foi inserida no final do segundo 2º século a.C. As Bíblias Católicas trazem as duas versões unidas, diferenciando a parte grega com caracteres itálicos e os versículos acompanhados com uma letra. A intenção dos autores gregos é introduzir no texto comentários religiosos e devocionais, a partir das convicções religiosas.

2. Características literárias. O Livro de Ester tem 10 capítulos. Dentre suas características literárias destaca-se sua objetiva historicidade, vista na expressa referência ao rei persa Assuero (Et 1.1) e em vários outros detalhes factuais, além de seu caráter de fonte primária para a Festa de Purim, anualmente celebrada pelos judeus (Et 9.20-32). O estilo narrativo é menos dialógico que o de Rute. O texto é mais do narrador que dos personagens.

- O propósito principal do livro de Ester é explicar a origem da Festa de Purim e estabelecê-la como um memorial oficial do grande livramento que Deus concedeu ao povo judeu durante o período em que tiveram sob o domínio persa. Saiba mais sobre as festas judaicas. O livro de Ester é um livro que possui uma riqueza literária muito grande. Seu autor dominava muito bem as técnicas para construção de uma narrativa envolvente, repleta de detalhes, tensão, contrastes e reviravoltas surpreendentes. Um exemplo do nível de organização apresentado no texto é o contraste que autor estabelece de forma perfeita entre os planos de Hamã e o que de fato lhe aconteceu (Et 6-7). O nível de sutileza nos detalhes empregados pelo autor pode ser notado no episódio em que Hamã suplica pela misericórdia de Ester e acaba sendo acusado de tentativa de estupro (Et 7.7-9). Mas toda essa forma impecável de escrita é utilizada pelo autor para apontar para a provisão de Deus na história da salvação do seu povo. O autor do livro de Ester conduziu muito bem uma narrativa de suspense que certamente prende a atenção do leitor. Também é possível identificar algumas semelhanças entre a história contatada no livro de Ester e a história de José registrada no livro de Gênesis (Et 2.2-4; 3.10; 8.6; Gn 41.34-42; 44.34).

3. Autoria e data. O autor de Ester é desconhecido. Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa. Considerando essa possível autoria e algumas evidências internas, acredita-se que o livro seja datado ainda do século V a.C. (por volta de 460 a.C.), logo após a morte de Assuero, ocorrida em 465 a.C. Outro fator levado em conta para essa datação é de ordem linguística: o autor empregou algumas palavras persas em meio ao hebraico, mas não fez uso algum de expressões originárias do grego, o que revela um estilo anterior à ascensão da Grécia sobre a Pérsia, que se deu com Alexandre, o grande, em 330 a.C.

- O autor do livro de Ester é desconhecido. Alguns já sugeriram que tenha sido Mardoqueu, porém detalhes textuais tornam essa possibilidade bastante improvável. O que se sabe ao certo é que o autor do livro de Ester foi um judeu que possuía um grande conhecimento dos costumes persas, da geografia do império e da corte. É bem provável que ele tenha vivido em Susã. Possivelmente ele também teve acesso aos escritos de Mardoqueu, às crônicas do governo persa e aos decretos reais. Devido a algumas semelhanças no estilo hebraico, Esdras e Neemias também já foram apontados como possíveis autores. A data mais provável em que o livro de Ester foi escrito fica entre segunda metade do século 5 a.C e o início do século 4 a.C. Alguns tentam propor uma data mais recente, por volta do século 1 a.C. Entretanto, as evidencias praticamente descredenciam essa sugestão. Já falamos que o autor do livro de Ester conhecia muito bem as dependências do palácio de Susã, e este palácio foi queimado em no máximo 30 anos após a morte do rei Assuero (465 a.C.). Também o autor demonstra uma postura favorável com relação ao rei persa. Por último, a ausência da influência da linguística grega no texto, praticamente anula qualquer possibilidade do livro ter sido escrito após 331 a.C., quando Alexandre o Grande tomou o Império Persa. Considerando tudo isto, uma data entre 465 a.C. e o final do reinado de Artaxerxes I em 424 a.C. parece ser a melhor possibilidade.

 

SINÓPSE I

O Livro de Ester tem 10 capítulos e está classificado na categoria de livros históricos da Bíblia Cristã.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“NOME E PANORAMA GERAL

O livro de Ester leva o nome de sua personagem principal, uma judia chamada Hadassa (‘murta’), mas que foi renomeada Ester (‘uma estrela’). Um nome provavelmente escolhido como um reconhecimento de sua beleza, após tornar-se rainha. A história pertence cronologicamente ao período entre o retorno de Zorobabel e Esdras, ou seja, entre o sexto e o sétimo capítulo de Esdras. Os estudiosos chegaram à conclusão de que o rei Assuero a que se refere, é identificado como Xerxes. Assuero ou Akhashverosh equivale no hebraico ao persa Khshayarsha, e é denominado Xerxes em grego.

O escritor foi meticuloso ao datar seus acontecimentos. O banquete de casamento em que Ester tomou posse como rainha, ocorreu no sétimo ano do reinado de Assuero (479 a.C.), quatro anos depois da celebração que resultou no divórcio de Vasti. “Acreditava-se que entre estes acontecimentos, Assuero (Xerxes) tenha feito sua mal sucedida expedição à Grécia. Assim, ele retornou da sua derrota vergonhosa em Salamina (480 a.C.) e encontrou consolo nos braços de Ester”. Os acontecimentos indicados no livro variam do terceiro ao décimo segundo ano do reinado de Xerxes, ou de 483 a 474 a.C.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 543).

 

II. O CONTEXTO HISTÓRICO

 

1. O povo hebreu no exílio. Para uma melhor compreensão do contexto histórico do Livro de Ester é importante mencionar o final do período da monarquia do povo hebreu. Em 722 a.C. houve a queda do Reino do Norte sob os assírios (2 Rs 17.6). Pouco mais de 100 anos depois, Judá, o Reino do Sul, foi levado para o Cativeiro Babilônico em três levas: 605, 597 e 586 a.C. Conforme Jeremias havia profetizado, o exílio na Babilônia duraria 70 anos (Jr 25.11; 29.10-14). Foi um período em que Deus tratou com Judá, principalmente para extirpar a idolatria que havia contaminado a nação (Ez 36.16-25). Deus abomina todo o pensamento, sentimento e comportamento idolátricos (Rm 1.18-25). Por isso, nada em nossa vida pode ocupar o lugar que pertence a Ele (1 Jo 2.15-17). “A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.”

- O livro de Ester se concentra no período de reinado do rei Assuero, conhecido na história como Xerxes I (486-465 a.C.). O livro relata alguns momentos da vida do povo judeu exilado sob o domínio do Império Persa. Os personagens principais do livro são: Ester, Vasti, Assuero, Mardoqueu e Hamã. O Império Persa dominava 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia (Et 1.1,3; 10.1). Estima-se que naquela época o império possuía aproximadamente 100 milhões de habitantes. Destes, pelo menos 3 milhões eram judeus. A história narrada no livro se passa em Susã, uma das três capitais persas. Essa cidade também servia como a residência real de inverno. Várias evidências arqueológicas e documentos históricos estão de acordo com os detalhes descritos no livro. Existem indícios de que havia uma lei que limitava o governante persa a ter uma única esposa, porém o livro de Ester afirma que havia um harém no palácio de Assuero. Depois, achados arqueológicos confirmaram que de fato Dario e Xerxes tinham haréns. Arqueólogos franceses descobriram nas ruínas de Susã os mesmos detalhes que são descritos pelo autor acerca do palácio (Et 1.2-6; 2.11,14; 3.15; 5.1; 6.4; 7.7,8). Alguns questionam o motivo de Heródoto, historiador grego, não mencionar Vasti e Ester como esposas de Xerxes, enquanto destaca Amestris como sua mulher. Todavia, é conhecido que Heródoto por vezes omitiu em seus escritos personagens importantes. Por outro lado, Heródoto registra que Xerxes convocou uma importante reunião em seu terceiro ano de reinado para discutir uma campanha contra os gregos. Isto está de acordo com o que é relatado no livro de Ester, onde uma assembleia de príncipes é descrita naquele mesmo ano (Et 1.3).

2. O fim do exílio. Ao mesmo tempo em que julgava Judá por sua idolatria, o Deus Eterno, Juiz de toda a terra, exercia seu justo juízo sobre a Babilônia, por sua iniquidade (Jr 25.12). Antes, já havia julgado a Assíria, como profetizado por Naum: Deus não tem o culpado por inocente (Na 1.2,3). Em 539 a.C. Ciro venceu os babilônios e anexou seu território ao Império Persa. Logo no primeiro ano de reinado, “despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia” e o fez decretar o retorno do povo judeu para Jerusalém (Ed 1.1-3). Daniel havia se humilhado diante de Deus, jejuando e orando fervorosamente para a restauração de Jerusalém, confessando os pecados da nação de Israel (Dn 9.1-19). O ensino bíblico a respeito de nosso relacionamento com as estruturas de poder terreno é sempre confiar na soberania divina, buscando, com humildade, a intervenção de Deus em nosso favor (2 Cr 7.14). Agindo assim, poderemos ter “uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”, e contribuir para o cumprimento do maior propósito de Deus, que é a salvação de todos os homens, inclusive dos que não governam segundo os valores divinos (1 Tm 2.1-4).

- O reino do norte (Israel) terminou em 722 com a tomada da Samaria pelos assírios e em 587, quando Jerusalém foi saqueada e o templo destruído pelos babilônios, grande parte da população foi deportada para a Babilônia, terminando, praticamente, também o reino do sul (Judá). Com isso, chega ao fim a monarquia em Israel. Na história do povo de Israel, existem várias ocasiões em que os hebreus estiveram longe de sua terra. Se considerarmos o período que ficaram no Egito como um tipo de cativeiro, já que não tinham permissão para partirem, então desde antes de se estabelecerem na Palestina os israelitas já experimentaram essa realidade. Assim, podemos entender que a Bíblia menciona três grandes cativeiros que o povo de Israel precisou enfrentar: o cativeiro no Egito (apesar de haver algumas distinções com os demais), o cativeiro na Assíria e o cativeiro na Babilônia. Desde muito antes das grandes quedas frente à Assíria e a Babilônia, alguns hebreus já eram levados cativos em algumas situações. Um exemplo disto é a própria invasão do Faraó Sisaque a Palestina em aproximadamente 930 a.C. (1Rs 14:25-28). Existe certa discussão entre os estudiosos sobre essa questão. Jeremias profetizou claramente que o exílio babilônico duraria 70 anos (Jr 25:11,12; 29:10-14). Se considerarmos a data da queda de Jerusalém até a permissão de retorno dada por Ciro, então teremos aproximadamente 50 anos. Porém, se for considerada a data da primeira invasão do rei Nabucodonosor contra Judá em 605 a.C., a qual Daniel foi levado cativo, até o decreto de Ciro, então o período estimado é muito próximo à 70 anos. Essa foi a interpretação do escritor de Crônicas e do profeta Zacarias (2Cr 36.20-23; Zc 1.12). Para quem argumenta que as datas não se encaixam com exatidão, é necessário entender que o número 70 possui um peso simbólico muito grande, ou seja, não se deve interpretá-lo apenas como uma simples cronologia. Esse princípio pode ser notado na profecia das 70 semanas de Daniel (Dn 9), onde essa profecia inicial de 70 anos foi estendida sete vezes devido à falta de penitência do povo no exílio

3. O pós-exílio. Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém. Estima-se que mais de 1 milhão de judeus viviam na região da Babilônia. Mesmo com o decreto de Ciro, que permitia a volta para Jerusalém, a maioria absoluta dos judeus decidiu pelo que lhes parecia mais cômodo: permanecer nas cidades que ocupavam na Babilônia. Somente cerca de 50 mil voltaram para Jerusalém no primeiro grupo, liderados por Zorobabel (Ed 1.5; 2.64,65), no segundo ano do reinado de Ciro (538 a.C.). Esse período da história é narrado do capítulo 1 ao capítulo 6 do livro de Esdras. Entre o capítulo 6 e o capítulo 7 há um intervalo de aproximadamente 60 anos. É na segunda metade desse período que se passam os fatos do livro de Ester (483-473 a.C.).

- Como Deus das nações, em última instância, foi ele quem fez o seu povo ser dominado e ir para o cativeiro; foi ele quem fez o povo voltar. Nesse tempo, as duas autoridades centrais para o povo eram o governador da cidade e o sumo sacerdote. No entanto, a força motivadora, a palavra final, tanto para o povo quanto para o governador foi dada pelos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Antes, porém, demos uma olhada na concepção que a Bíblia mostra sobre Deus. A volta do cativeiro babilônico foi tão predita quanto o cativeiro propriamente dito e esse retorno era geralmente relacionado com a queda da Babilônia (cf. Is 13; 14; Jr 25.12; 50; 51; etc.; Dn 9.1, 2). Observaremos que Jeremias profetizou que a duração do cativeiro seria setenta anos. A volta dos judeus cativos para a terra natal foi um fato único; não existiu nada semelhante na história. Essa volta divide-se em três fases distintas. Em algum momento entre a primeira e a segunda volta do cativeiro, ocorreram os incidentes narrados no livro de Ester. Assuero, o Xerxes da história greco-persa, ficou descontente com a rainha Vasti e divorciou-se dela. Casou-se então com Ester, uma bela judia, desconhecendo a nacionalidade da donzela. Hamã, um membro da corte persa, envaidecido com um novo cargo, indignou-se com a atitude do judeu Mordecai, por haver este se recusado a prostrar-se diante dele e planejou o extermínio dos judeus em todo o império. Assuero, sem perceber, consentiu no decreto. Ester, arriscando a própria vida, aventurou-se heroicamente a comparecer à presença do rei sem ser convidada, com o propósito de interceder pelo povo. Sua petição foi atendida e Hamã foi executado na forca que preparara para Mordecai. Cerca de oitenta anos após a volta chefiada por Zorobabel, Esdras, um sacerdote judeu, conduziu uma pequena companhia composta por cerca de sete mil judeus de volta à Jerusalém. Os trabalhadores da época de Zorobabel já deviam ter falecido. Esdras ficou angustiado ao descobrir que os judeus estavam se casando com samaritanos e rejeitando a lei de Moisés. Ele corrigiu as contrariedades e fez uma revisão dos escritos do Antigo Testamento. Foi provavelmente nessa época que os serviços nas sinagogas foram instituídos visando uma melhor instrução nas Escrituras. A história de Ester mostra que a maior parte dos judeus não regressaram, mas, um grande número, permaneceu espalhado por todo o império. Entre esses judeus da dispersão estava Neemias. Ele ocupava o honroso posto de copeiro do rei Artaxerxes Longimanus. Por intermédio de uma companhia de judeus recentemente chegada de Susã, Neemias foi informado a respeito do estado desolador e indefeso de Jerusalém. Pediu permissão ao rei para ir a Jerusalém e edificar seus muros. Comissionado pelo rei como governador da província, ele partiu para a Judéia. Diante das ameaças e incessantes aborrecimentos dos samaritanos, ele deu início às obras com tamanha valentia e vigor que, em cinquenta e dois dias, os muros estavam levantados, embora cada operário tivesse de trabalhar com uma só mão, segurando na outra uma arma. Durante vinte anos, Neemias permaneceu como governador dos judeus, mantendo generosamente sua casa oficial às próprias custas, a fim de aliviar os encargos do povo empobrecido. Depois disso, voltou à Pérsia, mas fez uma visita posterior a Jerusalém, corrigindo casamentos mistos, violações do sábado e outras contrariedades que os haviam contaminado. O Último Profeta e o Encerramento do Antigo Testamento. — Na época de Neemias, ou logo depois, o último pronunciamento profético foi feito por Malaquias. Ele reprovou os sacerdotes por violarem a aliança matrimonial e o povo, pelo formalismo na religião, encerrando devidamente o cânone do Antigo Testamento com uma profecia de “Elias, o profeta”, precursor do Messias, o João Batista do Novo Testamento.

 

SINÓPSE II

Os fatos registrados no Livro de Ester se passam na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.

 

 

III. PROPÓSITO E MENSAGEM

 

1. A providência divina. O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de Deus com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito. Ao decidirem permanecer na Babilônia, sob os domínios do Império Persa, os judeus olharam para a estabilidade que imaginavam ter conquistado, não apenas no aspecto econômico, mas também cultural, social e religioso. Os persas tinham fama de benevolência com os povos que dominavam, principalmente quanto à liberdade religiosa. O retorno a Jerusalém exigia renúncia e disposição para uma viagem penosa e para a dura reconstrução de uma cidade totalmente destruída. Para muitos, pareceu melhor ficar na Babilônia: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).

- Este evento não é apenas um conto de fadas antigo; é um exemplo claro da providência divina. A ascensão de Ester ao trono não foi um mero acaso. A narrativa bíblica nos mostra que Deus estava orquestrando cada detalhe para proteger Seu povo, os judeus, de uma ameaça iminente. Este ato de providência divina é um tema central no livro de Ester, lembrando-nos que Deus atua nos bastidores de nossas vidas para cumprir Seus propósitos. Em todo o livro de Ester o nome de YAHWEH não é citado. Não há menção de Deus nele, mas o tempo todo a presença do Deus de toda a providência e seus planos eternos estão em evidência. A providência divina vista nos pequenos detalhes revela um Deus que controla a história. Deus está ali de maneira muito direta, e assim também em nossas vidas. Precisamos crer que Deus tem planos eternos para cada um de nós, e não nos desamparou, nem desamparará. Ele prometeu e cumprirá seus propósitos de levar a bom termo tudo o que planejou. Ester foi levantada rainha para aquele propósito, o de salvar o povo de Deus. Ela não estava ali para “ser feliz”, ou ser um exemplo que os mais simples podem também vencer na vida. Não. Deus tinha um plano especial para aquela moça judia, pobre e órfã, como tem um propósito singular para a sua vida.

2. Uma falsa estabilidade. Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas. Estava tudo indo muito bem em Susã, até surgir a ordem de extermínio total dos judeus (Et 3.7-13). A falsa segurança foi embora. O povo de Judá dependia novamente da intervenção divina para sua sobrevivência. Ester nos mostra Deus agindo mais uma vez, movendo as estruturas humanas; agora, no grande e poderoso Império Persa. Seja qual for a circunstância, é melhor confiar no Senhor do que no homem (Sl 118.8,9).

- A obra das mãos de Deus é claramente vista em dois temas principais do livro de Ester. O primeiro é o tema do Grande Conflito. Os personagens e os resultados da história representam o conflito cósmico universal. E é difícil não ver o outro tema principal de Ester: as reviravoltas. O livro de Ester é cheio de reviravoltas na sorte de indivíduos e de grupos de pessoas. Mais do que coincidências, essas reviravoltas são a prova do trabalho silencioso de Deus. Em Ester 1 somos apresentados ao rei do Império Persa, Assuero (esta é a forma grega do nome Xerxes). A primeira cena imediatamente nos mostra o seu caráter. O rei realiza uma festa de seis meses de duração, para exaltar as glórias do seu reino. Então o rei concede a todos os moradores, grandes e pequenos, de sua capital, Susã, uma festa especial de uma semana de duração. Feitos bastante extravagantes, não é mesmo? Enquanto os homens do reino comiam e bebiam em excesso, a rainha Vasti realizava uma festa para as mulheres. No último dia da festa, o rei convocou Vasti. O rei havia guardado o melhor para o final e orgulhosamente planejava exibir diante de todos o seu precioso troféu: a sua bela esposa. Vasti não gostou nada disso e se recusou a realizar o desejo de seu marido bêbado. É fácil imaginar a cena quando o rei Assuero recebeu a notícia da recusa. Enfurecido, ele se volta para os seus conselheiros e pede a sua opinião. Os homens, agitados, disseram que as ações de Vasti deviam receber uma punição exemplar, para o bem do reino e dos casamentos por toda a Pérsia. Vasti foi destituída da posição de rainha e foi exigido, por decreto real, respeito para com os maridos em todo o império. Felizmente, nós servimos a um rei que não é orgulhoso, destemperado, fraco ou exigente como Assuero. O Deus do Universo nos ama o suficiente, para permitir-nos o livre-arbítrio. Ele nunca exigiu que O honrássemos. No entanto, nosso Deus é o único digno de toda honra!

3. A Festa de Purim. O livro de Ester tem como propósito, também, registrar a instituição da Festa de Purim, ordenada por Mardoqueu depois do grande livramento que os judeus receberam (Et 9.20-28). Purim é o plural da palavra pur (“lançar sorte”). Conforme Ester 3.7, Hamã lançou sorte para fixar o dia da morte dos judeus. A festa comemora a frustração desse nefasto plano diante da providencial ação divina para a libertação de seu povo. A soberania de Deus não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.

- “Ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos” (Et 9.21). Uma vez que a própria continuidade do povo escolhido estivera em jogo, o seu milagroso resgate não podia deixar de ser comemorado. Mordecai escreveu e enviou cartas falando sobre os acontecimentos que concerniam a todo o povo judeu, incorporando os aspectos importantes em escritos que apresentavam as diretrizes para o futuro. O sistema postal real tornava as comunicações relativamente fáceis e abrangentes, alcançando todos os judeus- os de per to e os de longas distâncias de até 3.000 quilômetros. Assim, a carta de Mordecai estabeleceu a festa de Purim, que não fora estabelecida pela lei mosaica, mas ordenada por Mordecai (Et 9.20-28). Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deve riam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e fazer doações aos pobres. Essa celebração deveria se repetir para sempre, como as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do que as pessoas deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da intervenção do rei para livrá-las (Et 9.23-28). Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção clara do povo de Deus se reunindo para louvar a Deus pelo seu livramento e lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de Deus, algo que era central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para eles fosse possível obedecer o edito de Mordecai e Ester sem pensar em Deus pelo menos uma vez durante todo o dia. […] a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia estava precisamente correta. Tratava-se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em alegria e o la mento deles em celebração. […] Como seria possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso dos inimigos sem pensar em Deus? Como alguém poderia celebrar o Purim sem ver o que Deus havia feito? Os desvalidos que são erguidos do pó e os necessita dos que são tirados do monturo para se assentar junto aos principes não deveriam precisar ser incitados a louvar o Senhor (SI 113.5-9). A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é mais do que apenas um lembrete para o povo de Deus da habilidade passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo escondido de todos, menos dos olhos da fé.

 

SINOPSE III

O propósito do livro é registrar a providência de Deus com seu povo; sua mensagem é a respeito do perigo de se confiar nas falsas estabilidades.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“A INSTITUIÇÃO DA FESTA DE PURIM

Um dia de banquetes e alegria inaugurou a celebração de Purim (9.17,26). ‘Dia de banquetes e de alegria’ é uma hendíadis, uma figura de linguagem que expressa uma ideia por meio de duas palavras independentes — cada uma delas amplificando a outra de modo que no final a ideia é maior que as duas palavras isoladas —, em vez de uma palavra com um modificador (cp. 9.17-19,24,28). O livro tem muitos aspectos poéticos, incluindo aliteração, paralelismo, hipérbole, ironia e também construções quiasmáticas. O nome da festa (Purim ou Festa das Sortes), uma das duas festas não estabelecidas no Pentateuco (cp. Êx 34.18-27; Lv 23.1-44; 25.1-17), mas consideradas pelos judeus tão obrigatórias quanto as celebrações, salienta a importância do lançar sortes como um indício do cuidado providencial do povo de Deus e do controle de seus inimigos (Et 9.24-26). Foram designados dois dias para as celebrações: os judeus em Susã tiveram dois dias para matar seus inimigos (v. 18) e descansaram no dia 15 de adar (final de fevereiro ou início de março) e, por conseguinte, a celebração deles foi designada para esse dia. Os judeus nas províncias remotas tiveram apenas o dia 13 de adar para responder a seus inimigos, e eles celebraram no dia 14 de adar (9.19). O dia 13 de adar também é celebrado por alguns judeus como a Festa de Ester, por causa da menção de comemorar as práticas do jejum e do seu clamor (v. 31)” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 897-98).

 

CONCLUSÃO

O Livro de Ester nos lembra de que vivemos neste mundo, mas não devemos confiar em suas estruturas. Todos os reinos deste mundo passarão (Dn 2.37-45). Por isso, a Palavra de Deus diz que “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).

- O relato de Ester 1.1-17 destaca a importância da fé e da confiança na providência divina. A jornada de Ester de uma jovem humilde a rainha da Pérsia é um testemunho poderoso de como Deus pode usar circunstâncias inesperadas para realizar Seus planos. Que possamos aprender a confiar na providência divina em nossas próprias vidas, sabendo que, mesmo quando não vemos, Deus está trabalhando para o nosso bem. Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de Deus em todas as páginas do livro de Ester. Sendo assim, é justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por Deus, por meio de Sua providência constante.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

Graduado em Gestão Pública;

Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual a característica mais destacada do Livro de Ester?

Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de Deus.

2. Quais as evidências da historicidade do Livro de Ester?

Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa.

3. Qual o contexto histórico de Ester em relação ao período pós-exílico?

Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.

4. Qual o principal propósito do livro de Ester?

O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de Deus com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito.

5. Que mensagem principal podemos extrair de Ester?

Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas.