Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei.” (Dn 3.17)
Entenda o Texto Principal:
- O
equilíbrio e a calma dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro
contraste com a fúria incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à
sua serenidade. Os três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de
te responder ("defender-nos", NVI) sobre este negócio. Eis que o
nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do
forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que
não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste
(16-18). A verdadeira fé não está ligada às circunstâncias nem às consequências.
Ela está fundada na imutável fidelidade de Deus. E a fé é decisiva no que tange
à questão da fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor
racionalizar apenas um pouco. Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao
rei? Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus
corações? Uma pequena concessão à limitada compreensão das coisas divinas por
parte do rei seria uma questão insignificante. Mas não! A reputação do caráter
do Deus vivo e verdadeiro dependia desse momento. Multidões de pagãos de
muitos países estavam observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não,
eles deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.
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é gratuito. Ele é mantido por pequenas ofertas. Se você faz uso deste material,
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RESUMO DA LIÇÃO
Se demonstrarmos a coragem de recusar a
idolatria, podemos confiar que Deus nos protegerá.
Entenda o Resumo da Lição:
- Os três
amigos admitiram que não tinham defesa alguma; eles se confiaram totalmente ao
seu Deus. Os v. 17,18 são mais bem traduzidos assim: “Se o nosso Deus, a quem
servimos, é capaz de nos salvar, ele vai nos salvar [...] mas se não, que seja
conhecido a ti, ó rei...”, respondendo à pergunta do rei do v. 15. A fé e as
convicções dos três não permitiriam que prestassem culto aos deuses da
Babilônia nem que adorassem a imagem de ouro, mesmo que o seu Deus não se
dispusesse a intervir.
*******
“Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos...
Elohim, o Poder (relativo a Elah, a palavra caldaica que aparece neste
versículo), era capaz. Eles estavam dispostos a submeter o Senhor a teste.
Esperavam livramento - ser tirados da fornalha, e não postos dentro dela. Esse
seria um livramento da mão perversa do rei idólatra. A tarefa era impossível
para a instrumentalidade humana. Nesse caso, somente o Ser divino poderia
fazê-lo. Ocasionalmente, todos os homens enfrentam situações em que “somente
Deus é capaz” e então são obrigados a entregar a vida nas mãos Dele.
*******
TEXTO BÍBLICO
Daniel 3.1-6
1. O Rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja
altura era de sessenta côvados, e a sua largura, de seis côvados; levantou-a no
campo de Dura, na província de Babilônia.
– imagem de ouro. A estátua
que, arrogantemente, o rei mandou fazer, era uma representação dele mesmo como
uma expressão de sua grandeza e glória e reflete o sonho no qual ele era a
cabeça de ouro (2.38). Talvez ela não fosse feita de ouro maciço, mas mais provavelmente
apenas folheada a ouro, como muitos outros objetos encontrados nas ruínas da
Babilônia. A palavra para "imagem" geralmente significa uma forma
humana. A altura dessa imagem era de c. 27 m, e sua largura 2,7 m, que seria
comparável em altura às tamareiras encontradas naquela região. A estátua que
divinizava o rei não era necessariamente grotescamente fina em proporção à sua altura,
uma vez que uma base imponente poderia contribuir para essa altura. Ela
estabeleceu o culto a Nabucodonosor ou à nação sob seu poder, em acréscimo ao
culto de outros deuses.
2. E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas,
os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os
oficiais e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração
da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
– Os líderes que estavam presentes
na "reunião de cúpula" para a exibição de Nabucodonosor eram: os
sátrapas, ou líderes de províncias; os administradores, ou chefes militares; os
governadores, ou administradores civis; os conselheiros, ou advogados; os
tesoureiros os juízes, ou árbitros oficialmente instituídos; os magistrados, ou
os juízes na concepção de nossos dias; os oficiais, ou outros líderes civis.
3. Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os
presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os
governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei
Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que
Nabucodonosor tinha levantado.
– Este capítulo afirma repetidamente
que esta era a imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado. Não está claro
se a imagem representada Nabucodonosor ou um de seus deuses. Todos os
principais funcionários de todo o seu império foram reunidos diante da estátua
por sua dedicação , como uma declaração pública de que a unidade do império de
Nabucodonosor estava enraizada no culto comum a imagem de ouro.
4. E o arauto apregoava em voz alta’. Ordena-se a vós,
ó povos, nações e gente de todas as línguas:
– Um arauto foi comissionado para
exprimir a convicção da liderança babilônica. Visto que fora o rei quem
ordenara aquele culto, todos eram cem por cento favoráveis. Todos os povos
dentro dos limites do império babilônico foram obrigados a adorar a imagem.
Isso significa que praticamente todo o mundo então conhecido foi forçado a
adorar o monstro da planície. Quanto a “povos, nações e línguas”, cf. os vss.
Dn 3.7,29; 4.1; 5.19; 6.25; 7.14. Isso fala em universalidade. Judite 3.8 pinta
Nabucodonosor decidido a eliminar todas as religiões não-babilónicas. Isso se
tornou um ato de patriotismo. Talvez exista um paralelo aqui a Antioco (ver
Dan. 11.36). A ordem era “ou obedece, ou é queimado”. aloud. Chal. with might.
5. Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da
harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música,
vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem
levantado.
– citara. Parecida com uma
harpa, possivelmente quadrada ou retangular, com cordas para serem tocadas com
uma palheta, que atingia sons muito agudos, saltério. Um instrumento tocado com
os dedos e não com palheta, que emitia tons graves.
6. E qualquer que se não prostrar e não a adorar será
na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente.
– fornalha. Foram
encontrados alguns fornos amigos que eram construídos na forma de um túnel
vertical, com apenas uma abertura no topo, tendo uma cúpula apoiada sobre
colunas. O carvão era normalmente utilizado como combustível.
- OBS.: Todos os comentários,
exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de
Janeiro de 2017)
- Caso deseje, poderá baixar o
MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.
INTRODUÇÃO
Nesta
Lição trataremos do episódio em que Ananias, Misael e Azarias resistem
bravamente a ordem de Nabucodonosor para que todos adorassem a estátua de ouro
por ele erigida. Esse é um relato de como três jovens tementes a Deus ousam
enfrentar um monarca tirano e totalitário que procurou impor sua religião a
todas as pessoas. Mesmo ameaçados de morte, eles não negaram ao Deus Altíssimo,
preferindo enfrentar a fornalha ardente. Neste estudo, além de inspirados pela
resistência dos jovens hebreus, seremos advertidos sobre os cuidados com as
formas sutis de idolatria que procuram retirar a centralidade de Deus de nossas
vidas.
- J. A. Seiss faz uma defesa vigorosa de Nabucodonosor e de seu intento.
Ele argumenta que o conceito audacioso da grande imagem era resultado direto do
sonho do rei. Ele próprio não tinha caído em adoração diante do homem que
transmitiu a mensagem do Deus dos céus? Agora todo o seu reino se curvaria
diante dessa maravilhosa ideia revelada a ele. Em sua mente pagã confusa esse
era um tributo maravilhoso ao Deus de Daniel e seus amigos hebreus. Isso
tornaria a recusa deles (em se curvar diante da estátua) ainda mais irracional
e irascível. Diante da luz da revelação clara e completa e dos princípios
divinos que Nabucodonosor não tinha, fica evidente que ele cometeu um grande
equívoco que não pode ser justificado ou desculpado de acordo com os padrões
bíblicos. Mas o erro estava no método e não nos motivos. Era o erro da educação
defeituosa, não da intenção. Ele honestamente queria reconhecer e glorificar o
Deus dos céus que tinha se comunicado com ele de forma tão marcante. Ele
desejava que o seu império, por meio de todos os seus representantes reunidos,
reconhecesse que Deus era a cópia tangível da imagem dada a ele em sonho. A
profundidade da sua natureza religiosa, das suas experiências e convicções se
intensificaram no sentido de fazer obedecer ao que ele havia arranjado e
ordenado de maneira tão devota e honesta". Mas é provável que esse esforço
em defender o rei pagão da Babilônia não cubra todos os pontos.
I. O REI TOTALITÁRIO
MANDA CONSTRUIR UMA ESTÁTUA DE OURO
1. O
endeusamento do rei. Ao longo da história
muitos homens tentaram assumir a posição de deuses, em busca de glória e
reverência. Envenenado pelo poder, Nabucodonosor também fez isso. O monarca
mandou construir no campo de Dura uma estátua de ouro com mais de vinte e sete
metros de altura. O fato de ter ouvido anteriormente que ele era a cabeça de
ouro da estátua de seu próprio sonho seria a causa dessa soberba construção? A
Bíblia não dá detalhes sobre isso. Também não menciona de quem era a
representação da imagem, se dele mesmo ou se de alguma de suas divindades. Seja
como for, vemos aqui um ato extremo de auto exaltação e demonstração de poder.
Muitas vezes a religião é somente um pretexto para alguém esconder o desejo de
ser notado pelo mundo, usando-a para fins egoístas. Não era incomum também
entre os monarcas babilônios o Levantamento de imagens em sua própria honra.
- Não parece provável que Nabucodonosor tenha erigido uma imagem a um dos
antigos deuses da Babilônia, visto que a terra estava cheia de deidades e
templos competindo entre si. É possível, no entanto, que esse sonho tivesse
marcado profundamente o rei, em relação ao seu lugar no mundo e na história.
Afinal, não era ele a cabeça de ouro? Não era ele o primeiro e maior de todos
os reis da terra? Não é difícil imaginar a crescente vaidade desse déspota
oriental, cuja mente pagã falhou em sondar o verdadeiro significado das
percepções espirituais que Deus havia tentado compartilhar com ele. Essa
estátua de dois metros e sessenta de largura e vinte e sete metros de altura,
que se elevava acima do campo de Dura, sendo visível a quilômetros de
distância, proclamava a todos o esplendor do homem que a havia projetado e a
glória do rei que ela simbolizava. O campo de Dura certamente ficava próximo de
Babilônia, mas sua localização exata é desconhecida. Qualquer que tenha sido o
motivo de Nabucodonosor, o decreto que convocava todos os líderes políticos do
reino, grandes e pequenos, não deixava dúvida quanto à exigência do rei.
Instantaneamente, após o sinal combinado de antemão ao som da orquestra
imperial, cada homem deveria prostrar-se em adoração diante da imagem.
2. Em busca de adoração. O rei extravagante mandou convocar todas as autoridades do
seu reino para comparecerem à cerimônia de consagração da imagem levantada.
Mais que um simples convite, era uma ordem! Dessa forma ele queria impor sua
religião a todos, além da presença, todos deveriam se prostrar em adoração
diante da suntuosa imagem assim que os instrumentos fossem tocados. A estátua
sobrepujava um objeto arquitetônico; era um ídolo que deveria ser reverenciado
por todos os súditos, tanto que a palavra “adorar” (hb. sãghadh) é mencionada
diversas vezes (vv. 5, 6, 7, 10, 11, 12, 14, 15, 18, 28). A punição para o
descumprimento seria a morte dentro da fornalha, A solenidade é extravagante e
pomposa. Assim que os instrumentos musicais fossem tocados, todos, incluindo as
autoridades, deveriam se prostrar e adorar a imagem levantada pelo rei.
- Para mostrar as realizações do rei e garantir a lealdade dos seus oficiais,
todos foram convocados para esse momento. Alistar títulos fazia parte do estilo
de narrativa (cf. 2.2), característica preservada também na Babilônia.
Sobreviveu uma lista da corte de Nabucodonosor, encontrada na cidade da
Babilônia (ANET p. 307-8). Metade dos oito títulos são termos do persa antigo
(sátrapas, conselheiros, tesoureiros, juízes); dois, assírios assimilados pelo
aramaico (prefeitos, governadores)-, dois, ara-maicos (magistrados, autoridades
provinciais). Essa lista imponente é repetida no v. 3 e parcialmente no v. 27,
assim como os instrumentos musicais são repetidos nos v. 5,7,15. v. 4. o arauto,
um membro indispensável da corte antes da época da comunicação de massa. Como
em Et 3.12 etc., tomou-se o cuidado de transmitir o decreto a todos. v. 5. A
música era essencial nos templos e palácios antigos. Cantores e instrumentistas
eram recrutados de perto e de longe, de forma voluntária ou como tributos ou
cativos. Dos seis instrumentos na orquestra de Nabucodonosor, três têm nomes
gregos, cítara, harpa e flauta dupla (qitros, psantêrtn, sümponyã). Visto que
certamente havia gregos na Babilônia de Nabucodonosor (v. comentário de 1.5 e
Introdução, “As línguas de Daniel”), essas palavras não são “evidência
filológica sólida do reflexo da civilização helenista em Daniel” (Montgomery).
Embora não ocorra nenhum exemplo de sümponyã como instrumento musical em fontes
gregas antes do século II a.C., a palavra é comum em outros sentidos musicais
(harmonia, alguns acordes), e poderia ter sido usada assim aqui (v. T. C.
Mitchell e R. Joyce em Notes..., e J. Rimmer e T. C. Mitchell, AncientMusical
Instruments of Western Asia in the British Museum, London, 1969).
3. A ausência de Daniel. Daniel não é mencionado neste episódio. Onde estava e o que
fazia na ocasião não é revelado. Mesmo aqui extraímos algumas lições. O fato
dele não estar diretamente envolvido nesse relato, apesar de ser o personagem
humano principal no livro, indica que a coragem e a fé não eram exclusivas
dele. Mostra que a fé e a fidelidade ao Senhor eram qualidades compartilhadas
igualmente pelos outros jovens judeus. Além disso, o fato de Daniel, autor do
livro, ter registrado o episódio sem a sua presença, demonstra sua humildade ao
não se colocar como a única testemunha fiel na Babilônia, mas sim como alguém
que deseja transmitir as lições e os exemplos de fé de seus companheiros. A
fidelidade não é exclusiva de alguém. Da mesma forma, não existem heróis
solitários na vida cristã e sempre há alguém com quem podemos contar. A igreja
é um corpo, formado por muitos membros (Rm 12.4,5).
- Uma possibilidade é que Daniel estivesse ausente da cerimônia de
adoração à imagem, por estar cumprindo alguma missão diplomática ou
administrativa em outra província do império babilônico. Afinal, ele era
governador de toda a Babilônia e chefe supremo de todos os sábios (Daniel 2:48).
Talvez ele tivesse sido enviado pelo próprio rei para resolver algum assunto
importante, ou talvez ele tivesse aproveitado a oportunidade para se ausentar e
evitar o conflito. A verdade é que não sabemos onde estava Daniel, por ocasião
da adoração da estátua. Conhecendo bem o caráter desse profeta, como é mostrado
no livro que leva seu nome, podemos estar certos de uma coisa: se ele estivesse
presente àquela cerimônia, também não teria se prostrado.
SUBSÍDIO
1
“[…] uma
estátua de ouro […]”
Alguns
comentadores de renome têm pensado que a estátua do presente texto fosse uma
imagem do deus Merodaque, o padroeiro da cidade de Babilônia: ou do deus Nebo,
do qual derivava o nome do rei. Outros porém são de opinião que a estátua ali
erigida era do próprio monarca Nabucodonosor. (Ver Jz 8.27; 2 Sm 18.18). Entre
os antigos conquistadores era natural que, após uma grande conquista, o
conquistador fizesse uma estátua de sua própria pessoa, gravando nela o seu
nome e o nome de seu deus. Segundo Heródoto, a estátua de Sesostris, do Egito,
tinha na largura do peito, de ombro a ombro, uma inscrição com os caracteres
sagrados do Egito, onde se lia: ‘Com meus próprios ombros conquistei esta
terra’ . E, segundo Cícero, havia ‘uma bela estátua de Apoio, em cuja coxa
estava o nome de Miro, em minúsculas letras de prata’. Pode, de fato, ser
imaginado que a estátua erigida ali, fosse a do próprio rei, contendo, na
altura do peito, o nome de seu deus (Comp. com Ap 13.15). Quanto ao testemunho
da Arqueologia. Operte, que fez escavações nas ruínas de Babilônia, em 1854,
achou o pedestal de uma colossal estátua que pode ter sido um resto da gigante
imagem de ouro de Nabucodonosor.” (SILVA” Severino Pedro da. Daniel. Versículo
por Veículos. As Visões para Estes Últimos Dias. Rio de Janeiro: CPAD, 1985,
pp. 53,54)
II. A CORAGEM DOS AMIGOS DE DANIEL
1. A denúncia e o perfil
dos acusadores. Diante do
decreto, alguns caldeus (9,8) se dirigem ao rei e denunciam o trio de jovens
hebreus, dizendo: “Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios
da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei,
não fizeram caso de ti: a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que
Levantaste, adoraram” (3.12), Em primeiro lugar, as palavras dos acusadores
revelam que eram invejosos, ao mencionar a posição privilegiada que os jovens
judeus conquistaram em tão pouco tempo. Em segundo lugar, eram bajuladores, ao
apelarem para o ego do rei (“não fizeram caso de ti”). Em terceiro lugar, eram
ingratos, porquanto se esqueceram que eles tiveram a vida poupada pela
intervenção de Daniel e destes jovens que agora denunciam (2.24).
- Não deveria nos surpreender que
os três hebreus, recentemente promovidos a cargos de liderança política,
despertassem uma certa inveja entre os outros funcionários púbicos. A ausência
de Daniel da convocação pode ser explicada pelo fato de estar cumprindo alguma
tarefa especial para o rei. Alguns homens caldeus (8), não a casta sacerdotal,
mas cidadãos babilônios, tomaram as devidas precauções para que os três hebreus
não escapassem. Quando o rei ficou sabendo da atitude dos três hebreus, ficou
furioso e convocou os três imediatamente. Sem dar-lhes chance de se defenderem,
deu-lhes mais uma oportunidade de prestar adoração após o som especial da
música. A recusa em fazê-lo significaria a imediata execução do decreto
irreversível — eles seriam lançados dentro do forno de fogo ardente; e quem é o
Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?, vociferou o rei. O equilíbrio e a
calma dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria
incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade. Os
três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder
("defender-nos", NVI) sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a
quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo
ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos
a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (16-18). A verdadeira
fé não está ligada às circunstâncias nem às conseqüências. Ela está fundada na
imutável fidelidade de Deus. E a fé é decisiva no que tange à questão da
fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar
apenas um pouco. Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei?
Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus
corações? Uma pequena concessão à limitada compreensão das coisas divinas por
parte do rei seria uma questão insignificante. Mas não! A reputação do caráter
do Deus vivo e verdadeiro dependia desse momento. Multidões de pagãos de muitos
países estavam observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não, eles
deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.
2. A bravura dos jovens. Tomado de fúria, o rei manda chamar os três rapazes e lhes dá o
ultimato: se adorassem a estátua estariam livres; do contrário seriam lançados
imediatamente na fornalha. Em sua prepotência, ainda diz: “[..,] e quem é o
Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15). Mostrando profunda
convicção e força de caráter, que se manifesta em crentes sinceros que não se
acovardam (z Tm t.7), os três rapazes rejeitam até mesmo se defender. Eles não
precisam se justificar diante da injustiça; e Deus quem os justifica (Rm 8.33).
Com bravura, afirmam que se forem lançados na fornalha Deus os livrará. E mesmo
se isso não ocorresse, em hipótese alguma iriam cultuar a imagem (v.18). Não
negociaram a fé, Mesmo que as pessoas mais influentes tivessem cedido e ainda
que a multidão tenha se curvado a estátua, estes não o fariam, Tal resposta
mostra que estes jovens eram novos em idade, mais maduros na fé. Sabiam que
eventualmente, dependendo da vontade de Deus, estariam preparados para a morte,
Preferiam morrer a ceder ao pecado!
- Os três amigos confiantes foram
denunciados, por inveja, uma sorte comum aos honestos, sem meios satisfatórios
de refutação, pois a acusação não era falsa. Essas acusações tocam no ponto fraco
do rei, mas ele não puniria os homens sem ouvi-los. Se isso fosse verdade, esse
desafio era digno de ser visto, e o seu castigo seria um espetáculo público
salutar. A sua pergunta se concentrou no aspecto religioso (nem aqui nem no v.
18 é repetida a acusação “não te dão ouvidos”), e ele ainda ofereceu uma
oportunidade aos acusados de provar a sua lealdade, sob coerção. E que deus (v.
15) faz eco à zombaria de Rabsaqué, oficial de Senaqueribe (2Rs 18:32-35),
orgulho que de forma traiçoeira recai sobre os altamente bem-sucedidos, v.
16-18. Como resposta, os três amigos admitiram que não tinham defesa alguma;
eles se confiaram totalmente ao seu Deus. Os v. 17,18 são mais bem traduzidos
assim: “Se o nosso Deus, a quem servimos,
é capaz de nos salvar, ele vai nos salvar [...] mas se não, que seja conhecido
a ti, ó rei...”, respondendo à pergunta do rei do v. 15 (P. W. Coxon,
VT 26 (1976), p. 400-9). A fé e as convicções dos três não permitiriam
que prestassem culto aos deuses da Babilônia nem que adorassem a imagem de
ouro, mesmo que o seu Deus não se dispusesse a intervir.
3. O Deus que salva na
fornalha. Nabucodonosor mandou aquecer a
fornalha sete vezes mais, e determinou que os moços fossem amarrados e jogados
dentro dela. E o milagre acontece. O próprio rei percebeu que eles não estavam
sós, mas havia um quarto homem com eles, com aparência divina, Eles estão
vivos, e caminham Livremente pelo fogo (v.25). O fogo queimou as cordas, mas
eles estão ilesos, O Senhor permite que passemos por vales e provações, mas
sempre está conosco (ls 43,2; Mt 28.20). Como resultado da fidelidade e bom
testemunho dos jovens, o rei, agora, em vez de exigir adoração, louva a Deus
(v.28). Quando o crente e fiel, o Senhor é exaltado, Quando o crente honra a
Deus, Deus também o honra (v.26)
- O castigo ameaçador foi
executado quase que imediatamente. O rei ficou tão furioso que se mudou o
aspecto do seu semblante (19), e o fogo foi aquecido sete vezes mais. Deu-se
ordem a um grupo de soldados fortes para amarrar (20) os três prisioneiros,
que estavam "vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras
roupas" (21, NVI), e lançá-los na fornalha. Quando Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego caíram no fogo, seus executores morreram diante deles, por causa do
intenso calor. Nabucodonosor estava endurecido de ver tantos homens morrerem,
mesmo de formas horrendas. Mas o que aconteceu o espantou. Ele se levantou
depressa e falou com seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados
dentro do fogo? [...] Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando
dentro do fogo, e nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao
filho dos deuses (24-25). Seiss,3 seguindo Keil e muitos outros, também traduz
a última frase do versículo 25 como: "semelhante ao filho dos
deuses".'t Keil' explica: N. do T.: a versão inglesa King James traz
"semelhante ao Filho de Deus". O quarto homem que Nabucodonosor viu
na fornalha era semelhante [...1 a um filho dos deuses, i.e., alguém da raça
dos deuses. No versículo 28, o mesmo personagem é chamado de um anjo de Deus.
Sem dúvida, Nabucodonosor estava seguindo a concepção dos judeus, devido à
conversa que teve com os três que foram salvos. Aqui, por outro lado, ele fala
dentro do espírito e significado da doutrina babilônica acerca dos deuses... Nabucodonosor
se aproximou da porta da fornalha e gritou aos três homens para saírem,
chamando-os de servos do Deus Altíssimo. Essa expressão não vai além do âmbito
das idéias pagãs. Ele não chama o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego de o
único e verdadeiro Deus, mas somente de Deus Altíssimo, o principal entre os
deuses. Independentemente da profundidade de discernimento que Nabucodonosor
tinha em relação à identidade do quarto que caminhava entre as chamas, fica
claro que aqui havia uma manifestação do sobrenatural, e o rei não era cego
para deixar de enxergar isso. Deus estava lá na fornalha da aflição com seus
servos. E a presença de Deus, o Criador da luz e do calor, era suficiente para
controlar o efeito dessas forças naturais sobre esses homens que ousaram
confiar nele.
SUBSÍDIO
2
“A religião e o estado
Fomos
apresentados à questão dos valores em Daniel 1, onde observamos que o modo de
Nabucodonosor tratar os utensílios do Templo de Jerusalém representa a
tendência generalizada de relativizar o absoluto. Em Daniel 2, é mostrado para
Nabucodonosor que nenhum Estado ou sistema político tem valor absoluto aos
olhos de Deus. No entanto, agora, em Daniel 3, Nabucodonosor desafia a noção,
fazendo do seu império e governo um absoluto, na medida em que insiste em ser
tratado como deus é adorado. E assim, Nabucodonosor absolutizar o relativo.”
(LENNOX, John, Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma época de
Relativismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2077, p. 155.)
III. IDOLATRIAS E FORNALHAS DO TEMPO
PRESENTE
1. O pecado da idolatria. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento a Palavra de Deus adverte
enfaticamente sobre a idolatria (Dt 5.7; 1 Co 10.14; Gl 5.20; 1Pe 4.3). É um
pecado grave que viola o primeiro mandamento (Êx 20.3). É a adoração a um
ídolo, uma imagem ou qualquer outra coisa que seja considerada um falso deus ou
objeto de adoração no lugar do Deus verdadeiro. Por essa razão, os jovens
hebreus se negaram a atender a ordem do rei. A sua nação estava sendo castigada
pelo Senhor por causa da idolatria, e eles não estavam dispostos a cometer o
mesmo erro do povo, Eles não chegaram a considerar sequer a possibilidade de
realizar uma adoração falsa em público enquanto mantinham a fé em Deus dentro
de seus corações. Sabiam eles que qualquer forma de compromisso com a idolatria
já era uma negação de Deus, pois o verdadeiro testemunho é baseado na
integridade, expresso pelos lábios e guardado no coração.
- O que é
um ídolo? Ídolo é uma imagem, uma representação de algo ou um símbolo que seja
objeto de devoção passional, quer material, quer imaginado. De modo geral,
idolatria é a veneração, o amor, a adoração ou reverência a um ídolo. É
geralmente praticada para com um poder superior, real ou imaginário, quer se
creia que tal poder tenha existência animada (como um humano, um animal ou uma
organização), quer ele seja inanimado (como uma força ou um objeto sem vida da
natureza). A idolatria geralmente envolve alguma formalidade, cerimônia ou
ritual. No Antigo Testamento, as palavras hebraicas utilizadas para se referir
a ídolos não raro sublinhavam a sua origem e inerente inutilidade, ou então
eram termos depreciativos. Entre estes, há palavras traduzidas por “imagem
esculpida ou entalhada” (literalmente: algo esculpido); “estátua, imagem ou
ídolos fundidos” (literalmente: algo lançado ou despejado); “ídolo horrível”;
“ídolo vão” (literalmente: futilidade); e “ídolo sórdido”. No Novo Testamento,
“ídolo” é a tradução usual da palavra grega eídolon e significa “imagem” ou
“falso deus”. É bom que se diga que nem todas as imagens são ídolos. O
mandamento para não fazer imagens não proibia a fabricação de toda e qualquer
representação e estátua (Êx 20:4,5). Isto é indicado pela ordem posterior,
quando o próprio Deus mandou que os israelitas fizessem dois querubins de ouro
para a arca do pacto e que bordassem representações dessas criaturas
espirituais nos dez panos de tenda da cobertura interna do tabernáculo e na
cortina que separava o Santo do Santíssimo (Êx 25:1,18; 26:1,31-33). Apenas os
sacerdotes oficiantes viam essas representações no interior do tabernáculo, as
quais serviam primariamente como símbolo dos querubins celestes (Hebreus 9:24-25).
É evidente que as representações de querubins no tabernáculo não se destinavam
a ser veneradas, visto que os próprios anjos não aceitavam adoração (Apocalipse
19:10; 22:8,9). Para Agnaldo Faissal, idolatria é tudo aquilo que “pode ser
aplicada a toda forma de adoração, reverência, prestação de serviço sagrada a
objetos, pessoas, instituições ou qualquer outra coisa que tome o lugar de Deus
ou que diminua a honra que lhe devemos prestar”.142 Idolatria, no sentido deste
estudo, é o desvio da verdadeira adoração a Deus. Fonte: https://pib7joinville.com.br/estudos/entendendo-e-vivendo/2228-o-pecado-da-idolatria.html
2. Tipos de idolatria. Além da devoção religiosa a falsos deuses e imagens de escultura, a
idolatria também pode se manifestar em várias outras condutas que excluem a
primazia do Senhor da vida:
a) Autolatria. Forma de idolatria própria que conduz
ao egoísmo, ao individualismo e ao narcisismo. Quando o ego e a autoimagem são
colocados acima de tudo, as pessoas se tornam amantes de si mesmas (2 Tm 3.2)
b) Culto à personalidade. Valorização e veneração
excessiva de outras pessoas, tais como figuras públicas, artistas, influencers
e até mesmo religiosos. Paulo combateu esse tipo de prática que levava ao
partidarismo na igreja de Corinto (2 Co 1.12,13).
c) Amor ao dinheiro e a riqueza. A busca desenfreada
por riqueza e o foco no dinheiro como o principal objetivo da vida. Jesus disse
que ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o
outro ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a
Mamom (Mt 6.24).
d) Idolatria política. Esse pecado também se
manifesta na supervalorização de ideias e formas de pensamento segundo a
tradição dos homens (Cl 2.8). Em nossos dias, novas formas de idolatria se
escondem em ideologias políticas que prometem algum tipo de salvação ou
redenção humana. Devemos ter a convicção de que nenhum homem, partido e nem
mesmo o Estado é capaz de salvar. Só temos um Deus e Salvador!
- A
idolatria é uma das poucas coisas das quais a Bíblia nos aconselha a fugir.
Quando alguma coisa recebe a adoração que só Deus merece, isso é idolatria.
Esse pecado é muito sério, porque nos afasta de Deus e nos abre para a
influência de demônios, que são a verdadeira força por trás de deuses falsos.
Por isso, vigie contra esses 3 tipos de idolatria:
1.
Adoração a outros deuses: - Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito,
da terra da escravidão. Não terás outros deuses além de mim (Êx 20.2-3). Desde
os tempos mais remotos, o ser humano tem adorado deuses falsos, em vez do único
Deus verdadeiro. De Baal a Iemanjá, todos esses deuses são mentiras do diabo
para nos afastar da adoração ao Criador do universo. Quando os israelitas
estavam no Egito, eles eram escravos. A saída do Egito foi sua libertação. Esse
versículo relaciona a idolatria com a escravidão. A adoração a outros deuses
nos escraviza mas Jesus veio para nos libertar do pecado e da idolatria.
2.
Adoração a outras criaturas: - Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram
a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem
mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis (Rm 1.22-23). Muitas
pessoas, ao verem as maravilhas que Deus criou, caiem no erro de adorar à
criação, em vez de ao Criador. Adoração à natureza, à terra, ao astros, a
outras pessoas tudo isso é idolatria. Nem mesmo a pessoa mais bonita,
inteligente e bondosa do mundo se compara com nosso Deus maravilhoso! A
idolatria a seres criados por Deus é loucura. A Bíblia diz que essa idolatria
acontece quando as pessoas rejeitam a Deus e se tornam insensatos. Achar que a
criação se pode tornar como o Criador é de doidos, mas muitas pessoas acreditam
que é possível. Não podemos tomar o lugar de Deus.
3.
Adoração ao dinheiro: - Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza
terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a
ganância, que é idolatria (Cl 3.5). Sim, a ganância também é idolatria. Quem só
pensa em dinheiro está adorando o dinheiro. Esse tipo de idolatria é uma
tentação natural do lado pecaminoso de nossa natureza, que precisa ser
combatido ativamente. Nesse versículo, a ganância Vem ao lado de todo tipo de
impurezas. O amor ao dinheiro é tão perigoso quanto a imoralidade sexual. Assim
como o adultério é uma traição ao cônjuge, a idolatria é uma traição da aliança
com Deus.
- A
solução para a idolatria: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de
toda a sua alma e de todas as suas forças (Dt 6.5). Só há uma forma de evitar
todo tipo de idolatria: se dedicando completamente a Deus. Quando Deus está em
primeiro lugar em sua vida, não há lugar para ídolos. O amor a Deus liberta da
idolatria, pelo poder de Jesus. Ame a Deus com tudo que você é e você vencerá a
idolatria!
3. As novas fornalhas. Nabucodonosor não foi o único governante a exigir das pessoas lealdade
absoluta. Esse tipo de regime totalitário aconteceu diversas vezes na história,
transformando o Estado ou o líder político em objeto de reverência absoluta,
por meio do culto a personalidade, E um sistema no qual o governo possui
controle sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos, e não há espaço para
oposição política ou liberdades individuais. Em muitos casos, a religião é
distorcida e usada como instrumento desse tipo de regime. Em nossa cultura
ocidental, os cristãos estão sendo empurrados para formas atualizadas de
fornalhas ardentes. Elas não queimam o corpo, mas tentam destruir a fé, a
espiritualidade e as convicções daqueles que servem ao Deus das Escrituras.
Pensamentos totalitários procuram jogar os cristãos para a morte na cultura,
caso não adoremos os seus ídolos. As fornalhas são novas, mas a estratégia é
antiga. Vale a pena seguir o exemplo dos jovens hebreus e batalhar pela fé.
- É
interessante olhamos para as orações que fazemos a Deus! A oração mais comum
entre nós é o pedido de proteção a Deus. Mas para aqueles que andam em aliança
com Jesus, esta é uma promessa garantida, especialmente em tempos incertos como
o que vivemos. Jesus não disse que iria nos tirar da fornalha, mas Ele estaria
conosco na fornalha. As fornalhas continuam por ai, os adversários só se
multiplicaram. Note que em resposta ao Rei eles disseram: “Ele nos livrará de sua mão”, (v. 17b), fé, confiança! A resposta
deles aumenta a fúria e a fúria do rei. Nosso Deus é capaz de nos libertar (v. 17ª).
Nós escolhemos Deus, não vamos adorar a sua imagem. Eles sabem que adorar
qualquer outra coisa além do Deus verdadeiro é uma violação dos mandamentos de
Deus, e preferem enfrentar a morte a renegar sua fé. Certifique-se de que sua
fé em Deus Hb 11: 34,35. Mantenha a sua posição como cristão e sirva a Deus. Prepara-se
para uma reação negativa. Nossa tarefa é obedecer. Enfrente a raiva e a fúria.
CONCLUSÃO
Muitos
anos se passaram desde o episódio em que os jovens hebreus enfrentaram a ameaça
de serem lançados em um forno ardente por não adorarem a estátua do rei. Hoje,
a igreja de Cristo se depara com pressões para ceder a ideologias prejudiciais.
É essencial encontrar a coragem de resistir a essas pressões idólatras
evidentes e, ao mesmo tempo, discernimento para evitar a adoração de ídolos que
sutilmente se ocultam em outras formas de expressão.
- Daniel,
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são uma prova viva, que podemos viver para a
gloria de Deus neste mundo. O livro de Daniel destaca o Deus que é soberano
sobre tudo e sobre todos, essa experiência da fornalha ardente e
extraordinária. Como estamos carentes de crentes como Daniel e seus amigos.
Eles passaram pelo vale da sombra da morte, passaram pela fama, sem perder a
fé. Ser fiel a Deus não livrou aqueles jovens da fúria do rei nem de serem
lançados na fornalha de fogo ardente. A fornalha estava tão quente, que só as
chamas foram suficientes para matar os homens responsáveis por leva-los.
Nabucodonosor ficou irado, mandou aquecer a fornalha sete vezes mais. Imagino a
mente de Nabucodonosor, colocando toda sua confiança na força daquele fogo. O
escritor de Hebreus, quando ele cita os heróis da fé, aquela galeria de grandes
testemunhos, ele diz: "apagaram a força do fogo" (Hebreus 11.34) pode
ser uma referência especial a Sadraque, Mesaque e Abede-nego, os três amigos de
Daniel, eles foram parar na galeria dos heróis da fé. Através da fé desses três
jovens, Deus foi honrado e louvado em um reino totalmente pagão.
_______________
Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Graduado
em Gestão Pública;
Teologia
pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
Pós-graduando
em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva
(J.P./PB);
Servo, barro nas mãos do Oleiro.
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HORA DA REVISÃO
1.
Em que local o Nabucodonosor mandou construir a estátua de ouro?
R. No campo de Dura
2. O fato de Daniel não estar
diretamente envolvido nesse relato, apesar de ser o personagem humano principal
no livro, indica o quê?
R. Indica que a coragem e a fé não eram exclusivas
dele.
3.
Quantas vezes Nabucodonosor mandou aquecer a fornalha?
R. Sete vezes
4. O que é a idolatria?
R. É um pecado grave que viola o primeiro mandamento. É
a adoração a um ídolo, uma imagem ou qualquer outra coisa que seja considerado
o falso deus ou objeto de adoração no lugar do Deus verdadeiro.
5.
Além da devoção religiosa a falsos deuses e imagens de escultura, de que outra
forma a idolatria pode se manifestar?
R. Autolatria, culto a personalidade, amor ao dinheiro
e a riqueza e idolatria política