Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?” (Ester 3.3)
Entenda o Texto Áureo:
- O Segundo Targum faz seguinte
acréscimo: Então Mardoqueu respondeu e disse-lhes: Ó tolos, destituídos de
inteligência, ouvi uma palavra minha; e diga-me, seus vilões, onde há um filho
do homem que possa se exaltar e se engrandecer? porque ele nasceu de uma mulher,
e seus dias são poucos, e no seu nascimento há choro, e ai, e angústia, e
gemido, e todos os seus dias são cheios de angústia, e no fim ele volta ao pó;
e eu, devo me curvar a tal pessoa? Não me curvarei, exceto ao Deus vivo e
verdadeiro; que é uma chama de fogo consumidor; que pendurou a terra em seu
braço e estendeu o firmamento com seu poder; que por sua vontade escurece o
sol, e à sua vontade torna as trevas claras; que em sua sabedoria pôs um limite
ao mar com areia, enquanto ele dá às suas águas o sabor do sal e às suas ondas
o cheiro do vinho; que o encerrou com uma barreira e o encerrou nos tesouros do
abismo, para que não cubra a terra, e para que, quando se enfurecer, o abismo
não ultrapasse seus limites; que por sua palavra criou o firmamento e o
expandiu no ar como uma nuvem, o espalhou como uma névoa sobre as nuvens, como
uma tenda sobre a terra, que por sua força sustenta tanto o mundo superior
quanto o inferior. Diante dele correm o sol e a lua e as Plêiades, as estrelas
e os planetas; não perdem o tempo, não descansam, mas todos correm como
mensageiros à direita e à esquerda para fazer a vontade daquele que os criou. A
ele é justo que eu louve e que diante dele eu me prostre. Eles responderam e
disseram a Mardoqueu: Soubemos que teu antepassado se prostrou diante do
antepassado de Hamã. Mardoqueu respondeu e disse-lhes: Quem foi que se prostrou
diante do antepassado de Hamã? Eles responderam: Teu antepassado Jacó não se
prostrou diante de seu irmão Esaú, que era o antepassado de Hamã? (Gn. 33s).
Ele respondeu: Eu sou da descendência de Benjamim; mas quando Jacó se curvou
diante de Esaú, Benjamim ainda não havia nascido; e daquele dia em diante ele
nunca mais se curvou diante de um homem. Por isso Deus fez com ele uma aliança
eterna, desde o ventre de sua mãe até agora, para que habite na terra de
Israel, e que a Santa Casa seja em sua terra, e que sua habitação permaneça
dentro de seus limites, e que todos a casa de Israel se reuniria ali, e os
povos se curvariam e se curvariam em sua terra. Portanto, não me curvarei nem
me curvarei diante desse perverso Hamã, o inimigo. [Paton, aguardando revisão]
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VERDADE PRÁTICA
Como
cristãos, somos sujeitos a conflitos ético morais e devemos decidir sempre de
acordo com a vontade e a orientação de Deus.
Entenda a Verdade Prática:
- Uma ética fundamentada em Cristo e, portanto, na Palavra de Deus, é o
que se deve esperar daqueles que confessam sua fé em Jesus Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ester 2.21-23; 3.1-6
Ester 2
21. Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do
rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se
indignaram e procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.
- à porta do
rei. Indica fortemente que Mardoqueu tinha uma posição de proeminência
{cí. 3.2; Dn 2.49). se indignaram. Talvez para vingar a perda de Vasti.
22. E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o
fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.
- A
23. E inquiriu-se o negócio, e se descobriu; e ambos
foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crônicas perante o
rei.
- foram
pendurados numa forca. A execução persa consistia em ser pendurado (cf.
Ed 6.11). É provável que eles tenham sido os inventores da crucificação. Livro
das Crônicas. O rei leria esses registros cinco anos mais larde (12- ano de
Assuero) como o ponto decisivo do livro de Ester (6.1-2)
Ester 3
1. Depois dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a
Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos
os príncipes que estavam com ele.
- Depois
destas coisas. Em algum momento entre o sétimo e o décimo segundo ano
(3.7) do reinado do rei. Isto é, elevou-o ao posto de vizir, ou ministro-chefe confidencial,
cuja preeminência no cargo e poder apareceu na cadeira estadual elevada
apropriada àquele supremo funcionário. Tal distinção em assentos foi
considerada de grande importância na corte formal da Pérsia. [Jamieson,
aguardando revisão]
2. E todos os servos do rei, que estavam à porta do
rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o
rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
- não se inclinava. É questionável se Ester e Mardoqueu
estavam propensos a obedecer à lei mosaica. A recusa estaria mais ligada à hostilidade
entre as famílias dos benjamitas e agagitas do que à fidelidade de Mardoqueu ao
segundo mandamento (Êx 20.4-6). todos
os servos do rei que estavam à porta do rei se inclinavam e prostravam diante
de Hamã – Grandes mansões no Oriente são invadidas por um espaçoso
vestíbulo, ou portal, ao longo do qual os visitantes se sentam, e são recebidos
pelo mestre da casa; para ninguém, exceto os parentes mais próximos ou amigos
especiais, são admitidos mais longe. Lá os oficiais do antigo rei da Pérsia
esperaram até que fossem chamados, e fizeram reverência ao ministro
todo-poderoso do dia. porém Mardoqueu
não se inclinava nem se prostrava – A obsequiosa homenagem de
prostração não totalmente estranha às maneiras do Oriente não havia sido
reivindicada pelos antigos vizires; mas este servo exigia que todos os oficiais
subordinados da corte se curvassem diante dele com seus rostos na terra. Mas
para Mardoqueu, parecia que tal atitude de profunda reverência era devida
apenas a Deus. Haman sendo um amalequita, um de uma raça condenada e
amaldiçoada, foi, sem dúvida, outro elemento na recusa; e ao saber que o
recusante era judeu, cuja inconformidade se baseava em escrúpulos religiosos, a
magnitude da afronta parecia tanto maior quanto o exemplo de Mardoqueu seria
imitado por todos os seus compatriotas. Se a homenagem fosse um simples sinal
de respeito civil, Mardoqueu não teria recusado; mas os reis persas exigiam uma
espécie de adoração, que, é bem sabido, até os gregos consideravam que a
degradação deveria expressar. Como Xerxes, no auge de seu favoritismo, havia
ordenado as mesmas honras a serem dadas ao ministro quanto a ele mesmo, essa
era a base da recusa de Mardoqueu. [Jamieson, aguardando revisão]
3. Então, os servos do rei, que estavam à porta do
rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?
4. Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isso, de dia
em dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as
palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era
judeu.
- que era
judeu. Parece evidente, pela fúria de Hamã e pela tentativa de
genocídio, que existiam fortes atitudes antissemitas em Susã, o que pode
explicar a relutância de Mardoqueu em revelar a sua origem étnica. se as palavras de Mardoqueu continuariam.
A expressão hebraica significa assuntos ou palavras. Eles desejavam saber se
sua recusa passaria impunemente. Aos olhos deles, não era apenas uma violação
do costume, mas uma presunção injustificável. porque ele tinha lhes declarado que era judeu. O ponto desta
cláusula não é claro. Pode significar que desejavam ver se sua nacionalidade o
isentaria da prostração ou, por outro lado, esperavam que ele, como pertencente
a uma raça cativa, fosse tratado com especial severidade. [Streane, aguardando
revisão]
5. Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava
nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
- Aparentemente, Hamã não percebeu a conduta de
Mardoqueu até que os servos chamaram sua atenção para isso. Isso explica por
que tantos dias se passaram sem que Mardoqueu se metesse em problemas. [L.B. Paton]
6. Porém, em seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos
só sobre Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Hamã,
pois, procurou destruir todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero,
ao povo de Mardoqueu.
- A ira de Hamã era tão excessiva que punir o homem
que a excitava parecia-lhe nada. Toda a nação à qual seu inimigo pertencia deve
perecer. Pouco mais de quarenta anos antes, com a ascensão de Dario Histaspes,
houve um massacre geral dos magos, quando o povo “matou todos os magos que
cruzaram seu caminho” (Herodes iii. 79). Este e outros exemplos[67] que podem
ser aduzidos ilustram a tendência à vingança apaixonada e excessiva por parte
da disposição oriental, que despreza a vida humana. Alguns, no entanto, viram
na conduta de Hamã a operação de um princípio mais amplo na forma de ódio
racial, paralelo em dias posteriores por explosões anti-semitas no continente,
ou a perseguição de cristãos orientais pelos turcos. Por exemplo, quando
Ciaxares e os medos convidam para um banquete um grande número de citas, cujas
depredações se mostraram incômodas, e os massacram quando bêbados (Herodes i.
106). [Streane, aguardando revisão]
INTRODUÇÃO
A
ascensão de Ester ao trono foi celebrada com grande festa. Assuero decretou
feriado e se mostrou muito generoso, distribuindo presentes aos seus súditos.
Mesmo na condição de rainha, Ester permaneceu obedecendo a Mardoqueu: não
revelou a ninguém que era judia. Havia muito o que acontecer na corte.
Conspiração, inveja e tramas. A história continua.
- A busca por uma nova rainha é o ponto de partida do
segundo capítulo do livro de Ester, e é nesse contexto que a trama começa a se
desenrolar. A decisão de Assuero de procurar uma nova rainha é um reflexo do
poder absoluto dos reis persas da época. Seu desejo não podia ser negado, e a
beleza e a juventude de uma nova rainha eram de importância vital para a
estabilidade do reino. Esse contexto cultural e político nos ajuda a
compreender a seriedade e o significado da busca por uma nova rainha. A
inclusão de Ester na competição para se tornar rainha é claramente um elemento
crucial na providência divina que molda os eventos do livro de Ester. Embora os
planos humanos estejam em jogo, Deus trabalha nos bastidores para cumprir Seus
propósitos, usando uma jovem judia aparentemente comum para proteger seu povo
da ameaça iminente que se aproxima.
PALAVRA-CHAVE: RESISTÊNCIA
I. MARDOQUEU DESCOBRE UMA CONSPIRAÇÃO
CONTRA O REI
1. Os bastidores do
poder.
Ambientes de poder costumam ser cercados de sentimentos facciosos. É da
natureza humana caída alimentar discórdias, intrigas e ressentimentos, os
quais, quando não dissipados, levam a terríveis tragédias. Nem o meio
evangélico fica isento. Isso é de origem maligna e deve ser rejeitado pelo
verdadeiro cristão (Tg 3.14-18). Nos dias de Assuero, dois de seus guardas,
Bigtã e Teres, ficaram muito indignados contra o rei e tramaram assassiná-lo.
Mardoqueu trabalhava junto à porta do palácio e ficou sabendo do plano. Fiel ao
rei, contou a Ester para que o avisasse, o que ela fez em nome de Mardoqueu (Et
2.21,22). O fato de ter sido promovida a uma posição elevada, não envaideceu
Ester: ela não se envergonhou do primo e nem aproveitou da informação para
projetar ainda mais o próprio nome. Além de permanecer obedecendo a Mardoqueu,
transmitiu ao rei a informação dando-lhe o devido crédito (Et 2.20,22b).
- Há situações em nossa vida que nem sempre são do nosso agrado: lugares
onde temos de morar, pessoas com quem temos de conviver ou problemas que temos
de enfrentar. E nem sempre isso ocorre por nossa culpa. Muitas vezes somos
vítimas das circunstâncias ou, então, tomamos decisões que achávamos acertadas,
mas que acabaram não saindo como esperávamos. Bigtã e Teres eram, de acordo com
o Livro de Ester, dois eunucos a serviço do rei persa Assuero. Mardoqueu
descansou no pátio um dia e ouviu esses dois eunucos conspirando para matar o
rei. Ele passou a informar o rei por meio de Ester, frustrando assim a trama.
Bigtã e Teres foram enforcados, e o incidente foi registrado nos arquivos
reais. Posteriormente Mardoqueu foi recompensado pelo rei. De acordo com
adições gregas ao Livro de Ester disponível na Septuaginta, eles são conhecidos
como Gabata e Tarra (grego koiné: Γαβαθά καὶ Θαρρα). Bigtã, também chamado de
Bigtana, é um nome persa que significa "Dom de Deus". Mardoqueu
Descobre um Complô (2:21-23) Neste ponto há um incidente que interrompe
momentaneamente a sequência da narrativa, que só tem significado enquanto cria
a oportunidade da posterior exaltação de Mardoqueu a um lugar de influência na
corte. Dois dos eunucos reais se enfureceram contra o monarca e tramaram o seu
assassinato. Mardoqueu ouviu esta trama acidental-mente e comunicou a Ester,
que mesmo sigilosamente, entendemos ter tido um contato diário com ele. Ela por
sua vez informou o rei (22) do plano contra sua vida. Depois de um inquérito
(23), ou seja, uma investigação, os culpados foram identificados e executa-dos.
O serviço de Mardoqueu ao revelar o plano foi devidamente registrado no livro
das crônicas reais, e, conforme revelado mais tarde (6.3), nenhuma recompensa
imediata lhe foi dada pela informação. É interessante notar que Xerxes foi mais
tarde assassinado como resultado de uma trama similar', um fato que dá a este
incidente um interesse especial.
2. A investigação. A atitude de
Ester se revelou não apenas eticamente correta, mas também revestida de
prudência. Embora possivelmente ela não imaginasse, houve uma investigação
prévia para apurar a informação, descobrindo-se que, de fato, havia um plano
homicida em andamento. Bigtã e Teres foram enforcados (Et 2.23). Mardoqueu
certamente buscou certificar-se da conversa que ouviu, antes de transmiti-la a
Ester. O rei, mesmo ouvindo da rainha, teve o cuidado de apurar a informação. É
uma questão de justiça. Nesse ponto, Assuero agiu como um líder sensato e não
exerceu o poder de forma precipitada. Mesmo sendo confiáveis as fontes, como no
caso de Mardoqueu e Ester, é conveniente que se busque comprovar toda acusação,
para não cometer injustiça (Êx 23.7; Pv 17.15). Agir com base apenas no “ouvi
dizer” estimula fofocas e torna o líder suscetível a manipulações. “Que Deus
guarde o nosso coração de toda inimizade e porfia. A vingança não nos pertence.
Como filhos de Deus, devemos perdoar e buscar a paz.”
- Quando buscamos intimidade com Deus, Ele é onisciente e tem prazer em
nos conceder uma porção de sua sabedoria. Não foi diferente com Mardoqueu que,
nas horas certas, teve a inteligência e direção divina, para tomar a decisão
certa. Como foi o caso da descoberta da traição ao Rei e, também do decreto de
Hamã para destruir os Judeus. Enquanto Mardoqueu estava à porta do rei, ele
descobriu uma conspiração para assassinar o rei Assuero. Rapidamente ele contou
à Ester sobre o plano que havia descoberto, e ela informou o rei sobre o que
estava acontecendo. Como resultado disto, os dois homens que seriam
responsáveis por matar o rei foram enforcados. Embora nossa tradução traga a
expressão “pendurados numa forca “, no original literalmente o que aparece é
“pendurado num madeiro “. Tal expressão pode referir-se à execução em estacas
de madeira. Era comum que após uma execução desse tipo, o corpo ficasse
pendurado para exibição pública. Todo o incidente, incluindo a atitude heroica
de Mardoqueu, foi escrito nos arquivos reais. É interessante notar que o texto
não destaca nenhuma recompensa imediata à Mardoqueu, ao contrário, o foco passa
a ser exatamente a promoção de Hamã, seu grande rival. Mas, agindo na direção
de Deus, Mardoqueu soube esperar o momento certo de Deus agir e, o resultado
foi a sua ascensão ao segundo mandante do governo da época. O exemplo de
Mardoqueu nos sirva de inspiração e paciência em deixar Deus agir, Ele sempre
terá o melhor para nós.
3. O registro dos fatos. Desde a
Antiguidade, era costume registrar os fatos ocorridos no cotidiano das cortes.
As crônicas do rei ficavam arquivadas para serem consultadas (Et 6.1). O ato de
fidelidade de Mardoqueu e a importância que teve para o rei e seu reino ficaram
registrados. Com ou sem registro humano, devemos sempre fazer a vontade de
Deus, sabendo que diante dEle todas as nossas obras estão escritas (Sl 139.16;
Hb 4.13; Ap 20.12)
- A execução persa consistia em ser pendurado (cf. Ed 6.11). É provável
que eles tenham sido os inventores da crucificação. Livro das Crônicas - O rei
leria esses registros cinco anos mais tarde (12º ano de Assuero) como o ponto decisivo
do livro de Ester (6.1-2). A mão de Deus é vista claramente na virada dos
acontecimentos registrados no capí-tulo 6. Qualquer que fossem as causas
naturais da insônia do rei naquela noite, nós perce-bemos que o Senhor usava
esta circunstância para fazer uma mudança na sorte dos ju-deus. Para passar as
horas do rei insone, foram lidos para ele os relatos e as crônicas reais.
Eventualmente foi trazida a parte que levava a informação fornecida por
Mardoqueu, o judeu, que causou a prisão e a execução daqueles que procuravam
matar o rei. Imediata-mente ele perguntou que honra e galardão (3) foram dados
a Mardoqueu por tão grande serviço. Foi informado de que nada lhe foi
conferido. Talvez naquele exato momento ele tenha ouvido os passos lá fora, e
perguntado: Quem está no pátio? (4) Quando ouviu que era Hamã, seu
ministro-chefe, que estava ali (pois já era cedo), ele ordenou que entrasse.
Hamã obviamente chegou cedo a fim de pedir ao rei permissão para enforcar
Mardoqueu na forca que ele havia preparado por sugestão de seus amigos e
esposa. Mas antes que pudesse fazer o seu pedido, o rei falou: Que se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada? Ou: Que se fará ao homem a quem o rei
deseja honrar? (6) Embora um pouco surpreso, Hamã não se mostrou despreparado
para esta súbita abordagem. Ele pensou que ele mesmo seria o objeto de honra e
que o rei apenas dava-lhe uma oportunidade de escolher a maneira pela qual
seria honrado. Então ele descre-veu ao rei o tipo de honra que mais o
agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei costuma andar montado, e... a
coroa real (8). E então disse: Seja entregue a veste e o cavalo à mão de um dos
príncipes do rei... e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja
honra o rei se agrada! (9).
Mas agora vem o choque: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como
disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta
do rei; e nenhuma coisa tu deixes cair de tudo quanto disseste (10). E Hamã,
embora hu-milhado, cumpriu a ordem do monarca em detalhes. Ele levou Mardoqueu,
vestido com as vestes reais, montado no cavalo do rei pelas ruas da cidade, e
apregoou diante dele as palavras que ele mesmo havia prescrito.
Vale a pena citar o comentário de F. B. Meyer9 sobre esta passagem:
"Aqui foi, na verdade, uma virada de mesa! Hamã prestando honras ao
humil-de judeu, que se recusou a honrá-lo. Certamente naquele dia o antigo
refrão deve ter tocado no coração de Mardoqueu: 'Levanta o pobre do pó e, desde
o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para
o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra'
(1 Sm 2.8). E uma antecipação de outras palavras: — 'Tendo pouca força,
guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da
sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu
farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo' (Ap
3:8-9). "Como Deus trabalhou tão claramente a favor de seu filho! A cova
de fato esta-va preparada, mas ela seria usada por Hamã; enquanto que as honras
que ele pen-sava estarem preparadas para si mesmo, seriam usadas para
Mardoqueu". O Dr. Meyer conclui o seu sermão: "Permaneça confiante,
amado irmão, mesmo em meio ao escárnio, ao ódio, e às ameaças de morte.
Contanto que a tua causa seja de Deus, ela há de vencer. Ele mesmo a
justificará. Aqueles que o honrarem, serão honrados; enquanto aqueles que o
desprezarem serão desprezados". "Embora os moinhos de Deus trabalhem
lentamente, eles trituram ao máximo; embora Ele espere com paciência, tudo
tritura".
SINÓPSE I
Mardoqueu demonstrou um ato de fidelidade ao rei ao descobrir uma
conspiração contra a coroa.
AMPLIANDO CONHECIMENTO
“Hamã, o primeiro ministro da Pérsia, é a primeira figura política na
Bíblia a idealizar um plano sinistro para, em sua esfera de influência e
autoridade, exterminar os judeus. Este plano de genocídio (isto é, um esforço
sistemático de matar todas as pessoas de um grupo étnico, nacional ou
religioso) contra a raça dos judeus se compara ao plano de Antíoco Epifânio, no
século II a.C. (veja Dn 11.28, nota), aos perversos planos de Adolf Hitler
[…].” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a A Bíblia de Estudo Pentecostal:
Edição Global, editada pela CPAD, pp.838-39.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
MARDOQUEU
Após o último levante de Jerusalém contra o domínio de Nabucodonosor, a
família de Mardoqueu foi deportada para a Babilônia. Ele provavelmente nasceu
em Susã, cidade que se tornou uma das capitais do Império Persa após Ciro ter
conquistado a Babilônia. Também herdou uma posição oficial entre os judeus
cativos, que o manteve no palácio mesmo após a expulsão dos babilônios. Certa
feita, ficou sabendo de uma conspiração para assassinar o rei Assuero, contou a
trama a Ester e salvou a vida do monarca.
A vida de Mardoqueu foi repleta de desafios, os quais ele transformou em
oportunidades. Quando os pais de Ester morreram, ela foi adotada por seu primo
Mardoqueu. Os próprios pais dele provavelmente haviam sido mortos e ele
sentiu-se responsável por ela. Mais tarde, quando foi recrutada para o harém de
Assuero e escolhida rainha, Mardoqueu continuou a aconselhá-la. Logo depois
disso, ele se pôs em conflito com o segundo no comando do império, Hamã. Embora
disposto a servir o rei, Mardoqueu se recusou a curvar-se e reverenciar o
representante do rei. Hamã ficou furioso. Por isso, ele planejou matar
Mardoqueu e todos os judeus. Seu plano se tornou lei para os medos e os persas,
e parecia que os judeus estavam irremediavelmente condenados. […] A grande
honraria que o rei proporcionou a Mardoqueu arruinou o plano de Hamã de
pendurá-lo na forca. Deus havia preparado uma eficiente estratégia contra a
qual o plano de Hamã não poderia prevalecer” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD).
II. HAMÃ É EXALTADO PELO REI
1. Um novo
personagem. Hamã era muito rico (Et 3.9). Já entra em cena sendo elevado
por Assuero acima de todos os príncipes do reino (Et 3.1). Identificado como
agagita, Flávio Josefo afirma que Hamã era amalequita, um povo historicamente
inimigo de Israel (Êx 17.8-13; Nm 24.7). O termo agagita costuma ser associado
a Agague, o rei amalequita mencionado em 1 Samuel 15.2,8,33. Versões bíblicas
como a NVI e a NTLH apresentam Hamã diretamente como “descendente de Agague”.
- Vários anos depois da ascensão de Ester ao reinado, um homem de nome
Hamã, descrito como agagita, talvez por causa da sua descendência de Agague, o
rei amalequita (1 Sm 15.8,33), foi elevado à posição de primeiro ministro ou
grão-vizir. Esta posição lhe trouxe a maior condição entre os príncipes da
corte persa, e tornou-se o segundo abaixo do rei em poder. De acordo com a
ordem do monarca, segundo o costume dos governos orientais antigos, as
princesas e nobres, assim como o povo em geral, todos precisavam inclinar-se
perante o grão-vizir quando ele passava pelo palácio e pelas ruas de Susã. Certamente,
nessa posição, Hamã amealhou grande riqueza mas a descrição de Et 3.9 não diz
respeito à riqueza dele, mas sim, ao saque que aconteceria aos judeus
assassinados se esse plano fosse levado a cabo. Dez mil talentos, o exato valor
em reais é desconhecido, mas teria pesado 375 toneladas e era equivalente a
quase 70 por cento da receita anual do rei. Como essa soma seria derivada do saque
dos bens dos judeus, isso indica que eles haviam prosperado. O primeiro
ministro provavelmente previu que mais do que esta quantia poderia ser obtida
pelo confisco das propriedades daquele povo. Então lançou sortes, ou pur, para determinar o tempo propício
para o massacre, e caiu no duodécimo mês, que é o mês de adar, cerca de onze
meses depois da elaboração do plano.
2. Um herói
(aparentemente) esquecido. O texto não nos informa o motivo da exaltação de
Hamã. Enquanto isso, nada mudou para Mardoqueu, apesar de seu ato heroico.
Tornou-se um herói (aparentemente) esquecido. É preciso ter sabedoria e
prudência para viver momentos de aparente injustiça. Ser guiado pela própria
vista pode nos levar a crises emocionais e espirituais, principalmente quando
os fatos nos parecem desfavoráveis. Asafe quase se desviou olhando para a
prosperidade dos ímpios (Sl 73.2-17). O exemplo de Mardoqueu nos apresenta um
cenário que poderia ter tido o mesmo desfecho.
- Depois de sua experiência de exaltação, Mardoqueu voltou humildemente
para a sua posição comum na porta do rei. Ele não assumiu qualquer relação diferente
para com o rei ou seus subalternos. Ele não fez como Hamã, o qual exigiu que
cada pessoa que passasse se inclinasse diante ele. Ao contrário, seu inimigo
foi para casa com sua cabeça coberta como sinal de grande pesar. Sua esposa e
amigos foram pobres confortadores. Estes sábios eram provavelmente os homens
que haviam lançado a sorte para decidir o dia da morte dos judeus. Quando
entenderam o que havia acontecido, aconselharam Hamã, ao informarem que, se
Mardoqueu representava os judeus, ele não poderia esperar vencer em uma
competição contra ele. Com este conselho ainda patente em seus ouvidos, Hamã
foi informado pelos mensageiros do rei que o banquete da rainha Ester estava
pronto, e que ele deveria comparecer rapidamente.
3. Evitando frustrações. Quando
nutrimos altas expectativas, nos tornamos sujeitos a muitas frustrações.
Mardoqueu era servo do rei, mas não tinha acesso direto ao palácio. Para
alertar Assuero da conspiração, precisou de que Ester levasse a informação (Et
2.22). Mardoqueu não pertencia ao primeiro escalão real e permaneceu exercendo
a mesma função de antes, não se abalando emocionalmente. A Bíblia nos ensina a
nos contentar com o que temos e não viver ambicionando coisas altas (Hb 13.5;
Rm 12.16). Considerar merecer mais do que tem, gera constante insatisfação e
não contribui em nada para o nosso progresso.
- A palavra grega traduzida por “contente” significa “estar satisfeito”,
“ter o bastante”. Ela indica independência e desnecessidade de auxílio. Algumas
vezes, foi usada para qualificar uma pessoa que se mantinha sem a ajuda de
ninguém. Parafraseando, Paulo estava dizendo: “Aprendi a ficar satisfeito – não
propriamente por mim, mas suprido por Cristo”. As situações exasperantes roubam
nosso contentamento, mais do que qualquer outra coisa. Nós desmoronamos e
perdemos nosso senso de satisfação e paz, quando deixamos as circunstâncias nos
vitimarem. Sem dúvida alguma, Paulo era humano e sofreu por causa disso,
também, mas ele aprendeu algo diferente: “Aprendi a viver contente”, diz ele,
“em toda e qualquer situação” (Fp 4.11, grifos do autor). Como cristãos, também
podemos nos sentir contentes diante de qualquer situação – não temos de esperar
pela vida por vir para ficar contentes. Contudo, precisamos manter um pé nela.
Paulo colocou dessa maneira: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são
aqui da terra” (Cl 3.2). “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós
eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as
que se não veem são eternas” (2Co 4.17-18).
SINÓPSE II
Enquanto Mardoqueu foi aparentemente esquecido, o rei honrou Hamã,
elevando-o ao posto mais alto da corte.
III. A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU E O
ÓDIO DE HAMÃ
1. Reverenciado
por todos. Assuero ordenou que todos os seus servos se curvassem e se
prostrassem diante de Hamã. Mardoqueu não se curvava e nem se prostrava (Et
3.2). Há distintas opiniões quanto aos motivos que o levaram a agir assim. De
acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, Mardoqueu recusou-se a se inclinar
diante de Hamã por lealdade a Deus: “Tudo indica que a homenagem prestada a
Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era imerecida, ou conflitava com atos
religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à adoração a Deus. Daí,
Mardoqueu não concordar em curvar-se ou prostrar-se diante de Hamã. Os três
companheiros de Daniel evidenciaram a mesma convicção (Dn 3.1-12)”.
- É questionável se Ester e Mardoqueu estavam propensos a obedecer à lei
mosaica. A recusa estaria mais ligada à hostilidade entre as famílias dos
benjamitas e agagitas (Hamã era filho de
Hamedata e descendente de Agague, rei dos amalequitas, que fez oposição ao rei
Saul e o único a ser preservado por Saul na batalha juntamente com o despojo do
seu melhor gado e o que havia de melhor, quando Deus havia ordenado que fosse
destruído tudo) do que à fidelidade de Mardoqueu ao segundo mandamento (Êx
20.4-6).
2. A condição de judeu. O texto
bíblico sugere que havia mesmo um motivo religioso para a conduta de Mardoqueu.
Depois de os servos do rei lhe questionarem algumas vezes porque não cumpria a
ordem de Assuero, sua única resposta foi que era judeu. A notícia chegou a
Hamã, que também ressaltou a origem judia. O agagita encheu-se de furor não
apenas contra Mardoqueu, seu ódio foi extensivo a todos os judeus, os quais
planejou destruir por completo (Et 3.4-6). Hamã não seria o único a almejar o
extermínio de todo o povo judeu.
- Parece evidente, pela fúria de Hamã e pela tentativa de genocídio, que
existiam fortes atitudes antissemitas em Susã, o que pode explicar a relutância
de Mardoqueu em revelar a sua origem étnica. Hamã estava sendo usado de modo
satânico para atingir todo o povo judeu numa tentativa sem êxito de mudar o
curso da história redentora e os planos de Deus para Israel.
3. Inimizades
intergeracionais. Além
de se sentir ferido em seu orgulho, é possível que Hamã estivesse agindo movido
por uma inimizade intergeracional – Flávio Josefo diz isso –, o que confirmaria
sua descendência de Agague, o rei amalequita morto por Samuel (1 Sm 15.32,33).
A Bíblia relata alguns episódios de vingança entre famílias, como no caso dos
filhos de Jacó que mataram os siquemitas por causa do ultraje feito a Diná,
filha de Leia (Gn 34.1-31). Além da Bíblia, a história secular apresenta
inúmeros exemplos desses conflitos alimentados e repetidos ao longo de muitas
gerações. Não muito longe de nós, em solo brasileiro, são conhecidas as
histórias de perpetuação de violência por disputas econômicas (geralmente por
terras) ou ofensas morais. Que Deus guarde nosso coração de toda inimizade e
porfia. A vingança não nos pertence. Como filhos de Deus, devemos perdoar e
buscar a paz (Mt 5.9; Rm 12.18-21; Hb 12.14).
- Agague, rei dos amalequitas (1 Sm 16), cuja vida Saul poupou,
desobedecendo à ordem divina. Samuel declarou que, por este ato, a sucessão
sairia da família de Saul, e ele próprio mandou buscar Agague, fazendo-o em
pedaços. Hamã, o agagita, de cuja sorte se fala no livro de Ester, era, segundo
a crença dos judeus, descendente de Agague, e por isso eles odiavam a sua raça.
Em Nm 24.7 parece ser o nome Agague usado como título geral dos reis
amalequitas. Hamã estava cheio de orgulho, ganância e inveja, exatamente como
Lúcifer. No entanto, a recusa de Mardoqueu de se curvar perante Hamã
provavelmente não tinha nada a ver com essas falhas de caráter. As diferenças
entre Hamã e Mardoqueu tinham origem em seus ancestrais. Eram tão “densas”
quanto sangue. Curvar-se diante de Hamã, o agagita [descendente de Agague],
seria uma grande humilhação e um sinal de desobediência para Mardoqueu, o
benjamita. A ira de Hamã não ficaria satisfeita apenas com a morte de Mardoqueu.
Seu orgulho seria vingado apenas com a morte de todos os judeus na Pérsia. Esta
história se assemelha muito com os acontecimentos dos últimos dias descritos em
Apocalipse 13 e 20. Um decreto de morte será emitido por todo o mundo para
eliminar o povo de Deus. Gogue e Magogue são descrições dos inimigos de Deus, e
essas palavras são derivadas do nome Agague. O Apocalipse prevê uma repetição
da história para os cristãos nos últimos dias. Felizmente, a história do povo
de Deus na antiga Pérsia não termina no capítulo 3.
SINOPSE III
Enquanto Hamã era reverenciado por todos, Mardoqueu o resistia.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“POR QUE HAMÃ QUERIA DESTRUIR TODOS OS JUDEUS SE APENAS UM HOMEM O TINHA
DESAFIADO?
1) Hamã era agagita (3.1), um descendente de Agague, rei dos amalequitas
(1 Sm 15.20). Os amalequitas eram antigos inimigos dos israelitas (leia Êx
17.16; Dt 25.17-19). O ódio de Hamã estava direcionado não só a Mardoqueu como
também a todos os judeus.
2) Como segundo no comando do Império Persa (3.1), Hamã adorava seu poder
e autoridade e a reverência a ele demonstrada. No entanto, os judeus viam a
Deus como sua autoridade máxima e não a um homem. Hamã percebeu que a única
forma de satisfazer seus anseios egoístas era matar a todos os que negassem sua
autoridade. Sua busca de poder pessoal e seu ódio pela raça judaica o consumia.
Hamã adorava o poder e o prestígio da sua posição, e ficou enfurecido
quando Mardoqueu não respondeu com a reverência requerida. A fúria de Hamã não
era apenas contra Mardoqueu, mas contra o que ele defendia — a dedicação dos
judeus a Deus como única autoridade digna de reverência. A atitude de Hamã foi
preconceituosa: Ele odiava um grupo de pessoas por terem um credo ou cultura
diferente. O preconceito é proveniente do orgulho pessoal — considerar-se
melhor do que as outras pessoas. Ao final, Hamã foi punido por sua atitude
arrogante (7.9,10). Deus julgará duramente os preconceituosos e aqueles cujo
orgulho os leve a menosprezar as pessoas” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.690).
CONCLUSÃO
Uma
das aplicações práticas da inteligência espiritual é não nos deixar iludir com
a natureza humana (Cl 1.9; Jr 17.5). Embora não devamos viver desconfiando de
tudo e de todos, também não podemos deixar de ser prudentes e ignorar a
malignidade do coração humano (Mt 10.16; 15.19). O Maligno pode suscitar ódio
contra nós de onde menos esperamos. Mardoqueu experimentou isso. Precisamos
estar atentos e revestidos de toda a armadura de Deus para que possamos
resistir e vencer o mal. Nossa luta não é contra carne e sangue (Ef 6.11-16; Rm
13.12).
- A inteligência espiritual é a capacidade de questionar o sentido da
vida e de se relacionar com o mundo, adaptando-se aos aspectos imateriais do
dia a dia, como valores, propósito e consciência social. Também está
relacionada a como as pessoas lidam com questões essenciais e as ajudam a viver
as emoções e sentimentos de maneira equilibrada. A inteligência espiritual pode
ser considerada uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e
experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais
efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o
espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso
de finalidade e direção. Algumas das características de quem desenvolve a
inteligência espiritual são:
- A capacidade de pensar com profundidade
- A facilidade para perceber o aspecto interdisciplinar da vida
- O tornar-se compassivo e empático
Alguns princípios da inteligência espiritual incluem:
- Ter pensamentos positivos, sempre
- Descobrir quem você é
- Ter humildade
- Viver a compaixão
- Rever seus valores
- Viver o presente
- Estarmos conectados, e o jeito que vivo minha vida afeta a vida do
outro. (Extraído do Google I.A.)
_______________
Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Graduado
em Gestão Pública;
Teologia
pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
Pós-graduando
em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva
(J.P./PB);
Servo, barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Que virtude ética Ester revelou no episódio de
informar ao rei acerca da conspiração?
O fato de ter sido promovida a uma
posição elevada não envaideceu Ester: ela não se envergonhou do primo e nem
aproveitou da informação para projetar ainda mais o próprio nome.
2. O que aprendemos com Assuero a respeito de como
tratar uma acusação?
O rei, mesmo ouvindo da rainha, teve o
cuidado de apurar a informação. É uma questão de justiça. Nesse ponto, Assuero
agiu como um líder sensato. Não exerceu o poder de forma precipitada.
3.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, por qual razão Mardoqueu não se
prostrava perante Hamã?
Tudo indica que a homenagem prestada a
Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era imerecida, ou conflitava com atos
religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à adoração a Deus.
4.
O que pode ter movido Hamã a desejar a morte de todos os judeus?
Além de sentir-se ferido em seu
orgulho, é possível que Hamã estivesse agindo movido por uma inimizade
intergeracional – Flávio Josefo diz isso –, o que confirmaria sua descendência
de Agague, o rei amalequita morto por Samuel (1 Sm 15.32,33).
5.
O que são inimizades intergeracionais?
São conflitos, alimentados e repetidos
ao longo de muitas gerações.