Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“[…] MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.” (Dn 5.26-28)
Entenda o Texto Principal:
- Mene, Mene. Isso significa
"contado” ou "designado" e é duplicado para reforçar a ênfase.
TEQUEL significa "pesado" ou “avaliado" por Deus que pesa todos
os atos (1Sm 2.3; Sl 62.9). PERES indic.a "dividido", ou seja, entre
os medos e os persas. PARSIM no v. 25 é o plural de penes, possivelmente para
enfatizar as partes na divisão.
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RESUMO DA LIÇÃO
O prazer
carnal pode satisfazer momentaneamente, mas o seu fim é a destruição.
Entenda o Resumo da Lição:
- Poucos
argumentariam contra o prazer carnal e o seu poder para destruir vidas. Mas a
ameaça potencial da imoralidade é muitas vezes ignorada em uma geração cujo
lema é: “Se dá prazer, faça!”
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“Salomão
mostra que a imoralidade sexual é um pecado difícil de ser superado. Ele sabia
que um simples passo abaixo no caminho da imoralidade sexual traz consequências
eternas. Paulo viu o mesmo perigo quando escreveu: “Fuja da imoralidade sexual.
Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas aquele que comete
pecados sexuais peca contra o próprio corpo” (1 Coríntios 6:18 NVI).”
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TEXTO BÍBLICO
Daniel 5.1-6; 25-31
1. O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus
grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
– Belsazar. Esses acontecimentos
se deram em 539 a.C., cerca de duas décadas depois da morte de Nabucodonosor
(c. 563/562 a.C.). Esse rei, cujo nome (semelhante ao de Daniel; cf. 4.8)
significa "Bel protege o rei" estava para ser conquistado pelo
exército medopersa.
2. Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os
vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo
que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as
suas mulheres e concubinas.
– utensílios. A celebrarão
foi concebida para elevar o estado de ânimo e superar o sentimento de derrota,
porque nesse mesmo tempo os exércitos rnedo-persas (cf. v. 30) já tinham a
Babilônia impotentemente sob cerco.
3. Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram
tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o
rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.
– um reino eterno (מלכות עלם).
Compare com Salmo 145:13 (מלכות כל עולמים). de geração em geração (ou
seja, gerações sucessivas): assim Daniel 4:34 (Aram. 31). Para ‘com’, compare
com também Daniel 7:2 e Salmo 72:5 hebraico. O pensamento desta e da cláusula
anterior, como Daniel 4:34 b, Salmo 145:13: compare com também Daniel 2:44,
Daniel 7:14 b, 18 b. [Driver, aguardando revisão]
4. Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de
ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
– Esse exercício era uma invocação
para que suas divindades viessem salvá-los.
5. Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de
homem, e escreviam, defronte do castiçal na estucada parede do palácio real: e
o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
– de mão de homem. Mãos
babilônias haviam tomado os objetos sagrados de Deus (mencionado duas vezes) e
os mantiveram para desonrá-lo e desafiá-lo. Nesse momento, no entanto, a mão que
controla todos os homens e a qual ninguém impedir, os desafiava (4.35). A
resposta de Deus aos desafios que lhe fizeram foi clara, como nos vs. 23-28.
6. Então, se mudou o semblante do rei, e os seus
pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus
joelhos bateram um no outro
– Pode parecer estranho que Daniel
não tenha sido convocado pela primeira vez. Mas foi ordenado pela providência
de Deus que ele fosse reservado para o último, a fim de que todos os meros
meios humanos fossem provados em vão, antes que Deus manifestasse Seu poder por
meio de Seu servo; Assim, o soberbo rei foi despojado de todas as confidências
carnais. Os caldeus eram os intérpretes reconhecidos dos sonhos do rei;
enquanto a interpretação de Daniel da de Daniel 2:24-45 tinha sido um caso
peculiar, e muitos anos antes; nem ele tinha sido consultado sobre tais
assuntos desde então. [Fausset, aguardando revisão]
25. Esta, pois, é a escrita que se escreveu: MENE,
MENE, TEQUEL e PARSIM.
– eles te guiarão – uma
expressão idiota para “você será conduzido”. A loucura hipocondríaca era sua
enfermidade, que o “dirigia” sob a fantasia de que ele era uma fera, para
“habitar com os animais”; Daniel 4:34 prova isso, “meu entendimento retornou”.
A regência iria deixá-lo perambulando pelos grandes parques repletos de animais
presos ao palácio. coma grama – isto é, vegetais ou ervas em geral (Gênesis 3:18).
eles
te molharão, isto é, estarás molhado. até que você saiba, etc.
– (Salmo 83:17, Salmo 83:18; Jeremias 27:5). [Fausset, aguardando revisão]
26. Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o
teu reino e o acabou.
– Tu terás conhecido, etc.
– uma promessa de graça espiritual para ele, fazendo com que o julgamento se
humilhe, não endureça, seu coração. o céu reina – O plural é usado, como
dirigido a Nabucodonosor, o chefe de um reino terrestre organizado, com vários
principados sob o governo supremo. Assim, “o reino dos céus” (Mateus 4:17;
Grego, “reino dos céus”) é uma organização múltipla, composta de várias ordens
de anjos, sob o Altíssimo (Efésios 1:20, Efésios 1:21; Efésios 3:10;
Colossenses 1:16). [Fausset, aguardando revisão]
27. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em
falta.
– desfaze – como um jugo galante
(Gênesis 27:40); o pecado é uma carga pesada (Mateus 11:28). A Septuaginta e a
Vulgata não traduzem tão bem, “redimir”, que é feito um argumento para a
doutrina de Roma sobre a expiação dos pecados por obras meritórias. Até mesmo
traduzir isso, só pode significar; Arrependa-se e mostre a realidade do teu
arrependimento através de obras de justiça e caridade (compare Lucas 11:41);
então Deus remeterá a tua punição. O problema será mais longo antes de chegar,
ou mais curto quando vier. Compare os casos de Ezequias, Isaías 38:1-5; Nínive,
Jonas 3:5-10; Jeremias 18:7, Jeremias 18:8. A mudança não está em Deus, mas no
pecador que se arrepende. Como o rei que havia provocado os julgamentos de Deus
pelo pecado, assim ele poderia evitá-lo por um retorno à justiça (compare Salmo
41:1, Salmo 41:2; Atos 8:22). Provavelmente, como a maioria dos déspotas
orientais, Nabucodonosor tinha oprimido os pobres, forçando-os a trabalhar em
suas grandes obras públicas sem remuneração adequada. se … alongamento de … tranquilidade
– se por acaso sua prosperidade atual for prolongada. [Fausset,
aguardando revisão]
28. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos
e aos persas.
– Isto é, o juízo ameaçado veio
sobre ele na forma em que foi predito. Ele não se arrependeu e mudou a sua vida
como foi exortado, e, tendo-lhe dado tempo suficiente para mostrar se estava
disposto a seguir o conselho de Daniel, Deus de repente trouxe sobre ele o
julgamento pesado. Por que ele não seguiu o conselho de Daniel não está
declarado, e não pode ser conhecido. Pode ter sido que ele estivesse tão
dependente de uma vida de maldade que não se separasse dela, mesmo quando ele
admitiu o fato de que foi exposto por causa dela a um juízo tão terrível – como
multidões que seguem um curso de iniquidade, mesmo quando admitem que ela será
seguida de pobreza, vergonha, doença e morte aqui, e pela ira de Deus no
futuro; ou pode ser que ele não tenha acreditado na interpretação que Daniel
fez, e se tenha recusado a seguir o seu conselho por causa disso; ou pode ser
que, embora ele tenha decidido arrepender-se, ainda assim, como milhares de
outros fazem, ele sofreu o tempo de passar adiante até que a paciência de Deus
se esgotou, e a calamidade veio repentinamente sobre ele. Um ano inteiro, ao
que parece em Daniel 4:29, foi-lhe dado para ver qual seria o efeito da
admoestação, e então tudo o que tinha sido predito foi cumprido. Sua conduta
fornece uma ilustração notável da conduta dos pecadores sob ameaça de ira; do
fato de que eles continuam a viver em pecado quando expostos a determinada
perdição, e quando avisados da maneira mais clara do que virá sobre eles.
[Barnes]
29. Então, mandou Belsazar que vestissem a Daniel de
púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a
respeito dele que havia de ser o terceiro no governo do seu reino.
– doze meses – Este
descanso foi concedido a ele para deixá-lo sem desculpa. Assim, os cento e
vinte anos concedidos antes do dilúvio (Gênesis 6:3). No primeiro anúncio do
juízo vindouro, ele ficou alarmado, como Acabe (1Reis 21:27), mas não se
arrependeu completamente; então, quando o julgamento não foi executado
imediatamente, ele pensou que nunca viria, e assim retornou ao seu antigo
orgulho (Eclesiastes 8:11). sobre o palácio – sim, no teto do
palácio (plano), de onde ele podia contemplar o esplendor da Babilônia. Assim,
o historiador pagão, Abydenus, registra. O telhado do palácio foi a cena da
queda de outro rei (2Samuel 11:2). A muralha externa do novo palácio de
Nabucodonosor abrangia seis milhas; havia duas outras paredes em apuros, uma
grande torre e três portões de bronze. [Fausset, aguardando revisão]
30. Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos
caldeus.
– Naquela mesma noite. Um
relato antigo diz que o general persa Ugbaru ordenou que as tropas cavassem uma
trincheira para desviar e assim baixar as águas, do rio Eufrates. Uma vez que o
rio corria pelo meio da cidade de Babilônia, as águas rasas permitiram que os
exércitos que estavam cercando a cidade a invadissem inesperadamente por meio
do canal sob as espessas e altas muralhas que a protegiam e, assim, alcançaram
o palácio antes que a cidade se desse conta disso. Então, o fim veio
rapidamente, quando os guardas, Belsazar e outros foram assassinados em 16
outubro de 539 a.C.
31. E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de
sessenta e dois anos.
– Dario, o medo.
Possivelmente Dario não seja um nome, e, sim, um título honorífico para Ciro
que, com seus exércitos, entrou na Babilônia em 29 de outubro de 539 a.C. Ele é
usado em inscrições em relação a pelo menos cinco monarcas persas. A História não
cita nenhum homem específico chamado Dario o medo. Em 6.28 é possível traduzir
"Ciro... o Dario". Outra possibilidade menos provável é que Dario
seja um segundo nome para Gubaru, um rei designado por Ciro para desenvolver o
setor babilônio do seu império. Gubaru (ou Góbrias) não é o mesmo Ugbaru, o
general, que morreu logo depois da conquista da Babilônia. Como havia sido
anteriormente profetizado, a Babilônia foi punida por Deus (cf. Is 13; 47; Jr 5
0-51; Hc 2.5-191 6).
- OBS.: Todos os comentários,
exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de
Janeiro de 2017)
- Caso deseje, poderá baixar o
MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.
INTRODUÇÃO
Após
a morte de Nabucodonosor II, seu filho Evil-Merodaque (Jr 52.31-34) assumiu o
trono da Babilônia por um curto período. No entanto, ele foi assassinado por
seu cunhado Neriglissar, que então assumiu o controle do reino. Após o reinado
de Neriglissar, o trono passou para seu filho Labashi-Marduk, que governou por
apenas nove meses antes de ser assassinado. Com a sua morte, Nabonido, genro de
Nabucodonosor, passou a reinar na Babilônia, fazendo seu filho Belsazar como
corregente. Este é o rei mencionado no capítulo 5 do livro de Daniel,
responsável por organizar um banquete extravagante e depravado para mil dos
seus nobres. Nesta lição, estudaremos sobre este episódio, que realça os
perigos da busca pelo prazer e as consequências da indiferença para com as
coisas santas de Deus.
- O capítulo cinco do livro de Daniel começa narrando a respeito de um
grande banquete oferecido por Belsazar, rei de Babilônia, para mil líderes
nacionais. Era o ano de 538 a.C., vinte e quatro anos depois da morte de
Nabucodonosor. A Babilônia seguia uma trajetória continuamente descendente,
deixando para trás sua época dourada. Nabucodonosor fora sucedido por uma série
de governantes incompetentes. A ruína de Babilônia estava prestes a acontecer,
pois um destacamento militar persa, comandado por Ciro, deslocara-se
rapidamente para o sul, estacionando junto aos muros de Babilônia. Os muros
eram grandes e fortes e seus armazéns achavam-se repletos de alimentos. O rio
Eufrates trazia água à vontade para dentro da cidade. Para os líderes
nacionais, Babilônia era invencível a qualquer inimigo. No entanto,
deliberadamente o rei Belsazar decidiu desafiar o Deus Altíssimo e por isso
teve que enfrentar as consequências finais das escolhas que livremente tomara. Belsazar
foi o último rei da Babilônia, antes de sua conquista pelos persas. O profeta
Daniel condenou Belsazar por sua idolatria e irreverência para com Deus. Belsazar
foi um dos sucessores do rei Nabucodonosor, que tinha destruído Jerusalém e
deportado os judeus. Outras fontes históricas revelam que Belsazar reinou
durante vários anos como co-regente com seu pai (os dois reinaram ao mesmo
tempo, como uma equipe). Ele nunca chegou a ser rei sozinho. Por isso, ele era
o segundo no comando do reino mas exercia todas as funções de rei, enquanto seu
pai estava fora, lutando em guerras. O banquete oferecido aos nobres do reino
aconteceu enquanto a capital do império estava sitiada. Seu intuito parece ter
sido encorajar, dar ânimo a uma possível resistência ao iminente ataque
inimigo. Os banquetes pagãos eram regados à bebidas, comidas, música e dança, culto
às divindades, e algumas terminavam em orgias. Essa não foi diferente. Quando
estava bem embriagado, Belsazar se lembrou que Nabucodonosor tinha levado
várias taças de ouro do templo em Jerusalém, quando o destruiu. Belsazar mandou
trazer essas taças para ele, os nobres, suas mulheres e concubinas beberem
nelas. A festa se degenerou e todos adoravam seus deuses falsos (Daniel 5:3-4).
I. O BANQUETE DE BELSAZAR
E O HEDONISMO
1. Uma
festa carnal e irresponsável. No decorrer da festa carnal, o rei, embriagado, ordenou que
fossem trazidos os vasos de ouro e prata saqueados do templo em Jerusalém pelo
rei Nabucodonosor (5.2,3). De forma irresponsável, Belsazar e seus convidados
profanaram esses vasos sagrados ao utilizá-los para beber vinho e render culto
aos seus ídolos, Nesta ocasião, enquanto Nabonido encontrava-se ausente da
Babilônia, Belsazar promovia o seu festejo com mulheres e amigos, satisfazendo
as suas paixões, mesmo diante de um momento conturbado para o Império
Babilônico, Na ocasião, os medo-persas preparavam a invasão da cidade, Segundo
historiadores, a festa teria sido realizada como forma de demonstração de
confiança perante os exércitos de Ciro.
- Este rei, tomado pelo vinho, decide zombar de Deus, utilizando os
utensílios sagrados do Templo em um banquete. O Altíssimo não tolera escárnio.
Naquela mesma noite o juízo de Deus foi visto por todos. Uma mão misteriosa
escreveu uma sentença nas paredes do palácio. O rei aterrorizado quer saber a
interpretação e mais uma vez o profeta Daniel entra em cena para desvendar os
mistérios divinos. Deus revela os seus segredos aos seus profetas (Am 3.7).
Naquela mesma noite, o rei foi morto e os persas passaram a dominar a cidade.
Que venhamos realizar a obra de Deus com temor e reverência, pois um dia também
seremos julgados pelo nosso Senhor. Essa afronta a Deus não passou
despercebida. Durante a festa, apareceu uma mão humana do nada, que escreveu
algumas palavras na parede (Daniel 5:5-6). Quando viu isso, o rei Belsazar
ficou com tanto medo que seus joelhos batiam um no outro!
2. Uma festa profana. Como muitos, Belsazar deixou-se levar pelos desejos e pela
imprudência, seu festim degenerado, regado de luxúria, bebida e muita comida,
acabou por profanar os utensílios sagrados de Israel. Tendo crescido no
palácio, Belsazar tinha consciência do que estava fazendo e, possivelmente,
sabia da humilhante experiência de Nabucodonosor com Deus (cf. 5.2a). Porém,
ainda assim, resolveu, deliberadamente, cometer um ato de sacrilégio,
demonstrando falta de reverência em desafio direto às leis divinas.
- O banquete tinha como objetivo afrontar o Deus vivo. De modo blasfemo,
quando o vinho começou a surtir efeito, Belsazar ordenou a seus mordomos que
trouxessem os utensílios sagrados que Nabucodonosor havia removido do templo de
Jerusalém. Dentre esses utensílios havia vasos sagrados que tinham sido
dedicados ao Senhor, os quais foram utilizados pelos convivas para oferecerem
brindes a seus ídolos (Daniel 5:1-4). Esse foi o último desafio do imoral
Belsazar. Em meio àquela orgíaca festividade pagã, onde ressoavam risos
sarcásticos regados a muito vinho embriagante, a mão de Deus escreveu na parede
com letras de fogo, estranhas e misteriosas palavras. A Bíblia diz que o
semblante do rei mudou. As mãos tremiam e os joelhos batiam um no outro. A
festança parou, e um silêncio mortal encheu a sala (Daniel 5:5 e 6). Daniel
também repreendeu Belsazar por sua arrogância e falta de respeito para com Deus
(Daniel 5:22-23). Belsazar conhecia a história de seu predecessor,
Nabucodonosor, a quem Deus tinha humilhado por sua arrogância. Apesar disso,
Belsazar não deixou de fazer coisas erradas e repugnantes diante de Deus.
Agora, Belsazar iria sofrer as consequências.
3. O perigo do hedonismo. O banquete extravagante de Belsazar simboliza a busca pelo
prazer carnal e a indiferença espiritual na sociedade atual, imersa em uma
cultura orientada ao prazer. O hedonismo é uma doutrina e, ao mesmo tempo, uma
forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida. Os
hedonistas defendem que a coisa mais importante na vida e a conquista do prazer
e a fuga do sofrimento, de sorte que a primeira pergunta que fazem não é: “Isto
é correto?”, mas sim: “Trará prazer?” Hoje, vemos muitas manifestações onde o
prazer imediato e a busca por satisfação pessoal superam considerações morais e
espirituais. Isso se reflete em comportamentos libertinos na sexualidade, no
uso de drogas, na exploração de outros para uso pessoal e uma mentalidade de
gratificação instantânea. Vivemos uma época de excessos, na qual as pessoas têm
acesso, sem precedentes, a estímulos de alta recompensa e alta dopamina:
drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais, etc. O desafio
humano atual não é a escassez, mas o excesso. Pesquisas têm demonstrado que o
excesso de prazer está deixando as pessoas infelizes. O exagero de estímulos
leva a comportamentos viciantes e compulsivos. As Escrituras oferecem várias
advertências em relação a esses comportamentos. Em Eclesiastes 2.10,11, o rei
Salomão, que buscou prazeres mundanos em sua busca de sabedoria, concluiu que
tudo é vaidade. Em Gálatas 5.19-21, o apóstolo Paulo adverte contra as obras da
carne, que incluem “orgias” e “bebedices”.
- Na ética, cada uma das doutrinas que concordam na determinação do
prazer como o bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral, embora se
afastem no momento de explicitar o conteúdo e as características da plena
fruição, assim como os meios para obtê-la. Modo de vida inspirado no ou
evocativo do hedonismo; dedicação ao prazer como estilo de vida. Hedonismo
consiste em uma doutrina moral em que a busca pelo prazer é o único propósito
da vida.
A palavra hedonismo vem do grego hedonikos, que significa
"prazeroso", já que hedon significa "prazer". Como uma
filosofia, o hedonismo surgiu na Grécia e teve Epicuro e Aristipo de Cirene
como alguns dos nomes mais importantes.
Esta doutrina moral teve a sua origem nos cirenaicos (fundada por
Aristipo de Cirene), epicuristas antigos. O hedonismo determina que o bem
supremo, ou seja, o fim último da ação, é o prazer. Neste caso,
"prazer" significa algo mais que o mero prazer sensual. Os
utilitaristas ingleses (Bentham e Stuart Mill) foram os continuadores do
hedonismo antigo.
Além de tudo o que já foi dito nesse subtópico, é importante também dizer
que há um “hedonismo cristão”, e muitos talvez se surpreendam! Mas, sim, o
cristão acaba por ser um hedonista contumaz! O hedonismo cristão não diz que
qualquer coisa que lhe dá prazer é boa. Diz que Deus lhe mostrou o que é bom e
faze-lo há de lhe trazer alegria (Miquéias 6:8). E desde que fazer a vontade de
Deus há de lhe trazer alegria, a busca pela alegria é uma parte essencial de
todo esforço moral do cristão. Se a teoria afirma que hedonismo é a busca do
prazer, também é correto dizer que o cristão é um hedonista, embora que, às
avessas! Nosso prazer está em Deus! Em viver para a Sua Glória! Assista a esse vídeo sobre Hedonismo Cristão: Clique aqui
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Vale a pena se satisfazer em algo que o
conduzirá cedo ou tarde ao sofrimento?
PONTO IMPORTANTE!
O hedonismo é uma doutrina e ao mesmo tempo uma
forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida.
SUBSÍDIO 1
A Orgia Profana de Belsazar (5.1-4) Além de
toda a herança real do grande Nabucodonosor, seu avô, Belsazar tornou-se
conhecido por causa da sua devassidão e crueldade. Atribui-se a Xenofonte a
história em que um dos nobres de Belsazar venceu o rei numa caçada. Por esse
motivo, Belsazar matou o nobre na mesma hora. Mais tarde, em uma festa, um dos
convidados foi elogiado por uma das mulheres. O rei ordenou que o convidado
fosse mutilado para eliminar qualquer possibilidade de ser elogiado novamente.
Criado em um ambiente de luxo, em que o poder e a adulação fizeram parte da sua
vida já em tenra idade, ele tinha poucas chances de não se tornar um egoísta
insensato e um autocrata cruel. Mas agora, catorze anos como segundo no comando
do reino, Belsazar precisava encarar grandes responsabilidades. Nabonido, seu
pai, estava no campo de batalha com o exército caldeu tentando rechaçar os
ataques das forças conjuntas dos Medos e Persas. Uma província após outra do
império da Babilônia tinha caído. Agora, os exércitos de Ciro cercavam a
capital como o último obstáculo a ser vencido. Mas não era essa a grande
Babilônia inconquistável? Seus muros podiam resistir a qualquer assalto. Sua
fartura em mantimentos e seu suprimento de água inesgotável poderiam sobreviver
a qualquer cerco. Para demonstrar seu desdém pela ameaça persa, Belsazar
decretou uma festa para toda a cidade, Por meio de um convite especial para mil
dos seus grandes (1), ele preparou uma festa no palácio real. Ele convidou as
mulheres do harém real para acrescentar diversão à festa. Então o próprio rei
liderou a festa oferecendo bebida para todos, Em dado momento, ‘inflamado pelo
muito vinho’, Belsazar se deixou levar por um impulso imprudente. Ele ordenou
que fossem buscados os utensílios sagrados que seu avô tinha trazido de
Jerusalém para a Babilônia (3) cinquenta anos atrás. Eles beberam dessas taças,
coisa que nenhum outro ousara fazer ate então, Belsazar e seus companheiros de
festa beberam dessas taças e deram louvores aos deuses (4) da Babilônia.
Xenofonte relata que a festa se tornou tão barulhenta que o general de Ciro,
Gobrias, declarou: ‘Não deveria me surpreender se as portas do palácio
estivessem abertas agora, porque parece que toda a cidade se entregou à folia.’
(Comentário Bíblico Beacon. V.4. Rio de Janeiro: CPAD, 2076, p. 515.)
II. O ENIGMA NA PAREDE
1. A escrita na parede.
Enquanto o rei e seus convidados se alegravam em seus prazeres, subitamente
algo misterioso aconteceu. Apareceram uns dedos de mão humana que começaram a
escrever na parede do palácio do rei (5.5). A euforia deu lugar ao silêncio e o
pavor tomou conta de todos. O rei ficou tão assustado que seu rosto
empalideceu, seus joelhos batiam um no outro e as pernas vacilaram.
- Deus pode e às vezes se comunicar com o homem de maneiras inesperadas e
até chocantes. Aqui, uma mão apareceu misteriosamente e escreveu na parede. Repetindo
o gesto de seu avô, Nabucodonosor, o rei Belsazar pediu aos astrólogos, aos
adivinhadores e aos sábios a interpretação daquelas palavras. Como a inscrição
foi escrita em aramaico, ninguém foi capaz sequer de ler a escrita, muito menos
de interpretá-la (Daniel 5:7-9). Então a rainha-mãe entrou na casa do banquete
e orientou ao rei a chamar o profeta Daniel (Daniel 5:10-12). Os estudiosos
estão divididos sobre se a rainha era a mãe de Belsazar ou sua avó, a esposa de
Nabucodonosor. Está descartada a hipótese de ela ser esposa de Belsazar, porque
ele e suas concubinas já estavam no banquete (Daniel 5:3). Belsazar falou com
Daniel e prometeu, caso ele pudesse ler e interpretar a escrita na parede,
conceder-lhe o terceiro lugar no comando do império babilônico. Até então o pai
de Belsazar, Nabonidus, oficialmente ainda era o rei de Babilônia. Belsazar,
como co-regente, era o segundo no comando. Portanto, ele só podia oferecer o
terceiro lugar ao profeta Daniel.
2. O enigma. A escrita
era um enigma para todos, incluindo o próprio rei Belsazar, Como era comum, ele
chamou os sábios da Babilônia e prometeu que aquele que conseguisse interpretar
a escrita receberia honras e seria o terceiro em comando no reino. Isso reforça
que Nabonido era o primeiro e Belsazar o segundo (5.7). Porém, apesar dos
esforços, nenhum deles foi capaz de interpretar a escrita misteriosa na parede.
Isso deixou o rei ainda mais angustiado e aterrorizado, pois ele sabia que esse
evento incomum tinha um significado profundo e possivelmente uma mensagem
divina.
- Esta era a mensagem do Céu escrita na parede: MENE, MENE, TEQUEL,
UFARSIM (Daniel 5:25). A mensagem era clara e específica. Deus havia empilhado os
crimes do rei e completado a sua medida. O período de supremacia política de
Babilônia havia terminado. Essa foi a última noite dos babilônios e do rei
Belsazar. Os babilônios cruzaram a linha-limite que Deus traçara.
3. Daniel é chamado.
Diante de mais esse momento de crise, a rainha se lembra de Daniel e faz
referência do seu nome ao rei (5.10,11). Nessa ocasião, o profeta não é mais um
moço, mas um senhor de idade avançada. Ainda assim, temente e fiel a Deus. Em
primeiro lugar, isso mostra que o testemunho de Daniel era conhecido, a ponto
de ser lembrado por alguém por suas qualidades. Em que ocasiões você tem sido
lembrado? Somente em momentos de festas, ou em momentos em que alguém precisa
de ajuda espiritual? Em segundo lugar, mostra que Daniel havia amadurecido na
presença de Deus. Uma juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para
a vida toda.
- Em seguida Daniel disse: “Contou
Deus o teu reino, e o acabou. Pesado foste na balança e foste achado em falta.
Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas.” Daniel 5:26-28.
Belsazar, o último monarca babilônico que desafiou a Deus, tomou as decisões
que afetaram sua vida. Deus pesou essas decisões a fim de constatar o quanto
elas valiam. Deus entregou Belsazar às conseqüências naturais do curso de vida
por ele escolhido.
PENSE!
Você tem
sido convidado somente para festas ou também momentos de oração e ajuda?
PONTO IMPORTANTE!
Uma
juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida toda.
SUBSÍDIO 2
‘Deus está
nos treinando para nos tornarmos cada vez mais corno Jesus, em personalidade e
propósito. Deus deseja nos usar em seus campos de colheita, pedindo todos os
nossos esforços para apresentá-lo a aqueles que não o conhecem. Ele nos quer
para fazer isto com a mesma metodologia e o mesmo caráter de seu Filho. A
batalha pela pureza sexual deve ser combatida e vencida para que estejamos
prontos para servir a Deus na luta pelas almas dos homens, mulheres e crianças.
Quando o povo de Deus não vive de maneira santa, ele se torna inútil a Deus e
se perverte. O pecado sexual de um cristão é um ato de se afundar na batalha
pelas almas dos homens, tornando-nos inúteis ao santo Deus. Um navio é
designado para flutuar na água, mas a água dentro do navio é mortal. Vivemos em
um mundo repleto e saturado de sexo. Em contraste, Deus fixou padrões para uma
vida santa e correta levando em consideração a conduta e o pensamento sexual
Violar esses padrões irá afundar nossa fé. O inimigo vence outra batalha sempre
que afunda um cristão antes mesmo de ele entrar na luta. Não podemos esperar
que falemos com eficácia e verdade sobre nosso Senhor, se não estamos
obedecendo a Ele no que se relaciona às nossas vidas sexuais.” DANIELS, Robert.
Pureza Sexual, Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.51,52.)
III. A SENTENÇA DIVINA
1. A conduta de Daniel.
Ao ser introduzido diante do rei, é importante perceber que Daniel é chamado
pelo seu nome hebreu (5.19) e não pelo apelido babilônico. Afinal, os anos
haviam se passado, mas o servo de Deus não havia perdido a sua identidade,
inclusive para os outros. Nessa ocasião, novamente aprendemos com a conduta de
Daniel. Ele fez questão de deixar claro que o rei poderia ficar com os seus
presentes (5.17). Era uma forma de dizer que a sua presença ali e a sua
interpretação do sonho não se devia a qualquer benefício material que pudesse
receber. Em dias em que falsos profetas vivem de benefícios e profetizam de
acordo com a conveniência daqui[o que podem lucrar, fazendo negócio da obra de
Deus, a ação de Daniel é um importante Lembrete de como o servo do Senhor deve
proceder. Além disso, mesmo diante do rei e podendo ser morto, o profeta não
suaviza a sua mensagem. Ele exorta Belsazar sobre a sua prepotência e pelo
pecado que cometeu (5.22,23). Era o mesmo Daniel que havia advertido
Nabucodonosor.
- O texto do Profeta Daniel traz uma mensagem de Deus para todas as
pessoas, de toda e qualquer nacionalidade ou status social, em todo e qualquer
lugar e tempo. Trata-se de uma mensagem atemporal e ela está escrita na parede.
Com base no cenário daquela grande festa organizada por Belsazar, filho de
Nabucodonosor (Dn. 5), e à luz de nossos dias, quais são algumas lições ou
aplicações que podemos destacar? Daniel é um profeta no mais amplo sentido da
palavra. Daniel era um homem sábio. A palavra sabedoria - חָכְמָה – (lê-se:
rrarrmar) aparece 3 vezes no livro de Daniel (Dn. 1:4, 17, 20), todas as
referências são sobre Daniel e sua sabedoria como um presente de Deus. No livro
de Daniel aprendemos, com certeza, que ele foi um sábio no mais alto sentido da
palavra. Daniel, no capítulo 5 de seu livro, revela o destino de Belsazar, não
apenas como um profeta, mas como um sábio da parte do Senhor, que compreende a
mente de Deus e dos homens. Daniel apresenta uma crítica contundente ao rei e à
sua sociedade, uma palavra de condenação, para forçá-los a ler a verdade sobre
quem eles se tornaram e para onde isso os está levando. Daniel é um servo do
Senhor com a capacidade espiritual de interpretar o passado, o presente e o
futuro daquele reino de Belsazar.
2. O significado da
escrita. Daniel faz saber o teor da escrita na parede e a sua interpretação:
MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM, A primeira palavra estava repetida – MENE, MENE –
e significava “contar ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de
“pesado”. A última palavra, PARSIM, significava “dividido” (Dn 5,25). Para
interpretar a mensagem, Daniel usou o termo “PERES”, palavra com o mesmo
sentido de PARSIM. A mensagem, portanto, era um veredicto claro: o juízo de
Deus havia chegado sobre o rei e sobre o império Babilônico!
- Daniel condena a injustiça, a maldade, o pecado e mostra aos seus
ouvintes como o pecado é algo terrível que ofende a Deus, tem efeitos
devastadores, destruidores na vida daqueles que o praticam, na vida de suas
famílias e nações. Na verdade, quem imagina que Deus não é afetado pela
injustiça que cometemos, está negando a própria essência da fé bíblica, que
revela um Deus que sofre por causa de nossos pecados. As mensagens proféticas e
apostólicas são gritos de sofrimento e amor de Deus. Na cruz temos o maior de
todos esses gritos. Daniel não é nenhum Jeremias; nem tão pouco Ezequiel.
Daniel não realiza seu ministério junto aos pobres. Ele prega aos nobres, aos
magistrados, aos reis, e aos que vivem na opulência. Daniel, como uma pessoa
que ama a Deus e a Sua Palavra, se recusa a adulterar a mensagem da escrita na
parede para apaziguar o rei e a corte. O Profeta Daniel interpreta, no capítulo
5, uma mensagem de condenação escrita na parede pela mão de Deus. Sua
interpretação fala de uma lição e missão de Deus para nós e para o nosso tempo.
Por isso, somos desafiados a interpretar o que está escrito na parede, com
sabedoria, com poder, com intrepidez, com tremor e temor. Isso é difícil de fazer,
especialmente quando nos coloca em grande risco de vida. Sempre foi difícil, ao
longo dos séculos, para o povo de Deus sobreviver sob regimes que só nos
toleram, nos usam, são hostis a nós e, o mais terrível, tentam nos destruir. Até
mesmo a vida em uma sociedade democrática tem amarras complicadas. As
autoridades nos apresentam propostas políticas, culturais, morais e programas
de governo que, por vezes, nos agridem. O Estado se apresenta como o Grande
Irmão, como nas obras de George Orwell, 1984 e A Revolução dos Bichos. Nossa
não incriminação depende de aceitarmos tudo de maneira passiva, como ovelhas ou
rebanho adestrado, e com as marcas de fogo dos ferros em brasa da escravidão em
nosso corpo, em nossa alma. É por isso que Daniel pode ser um modelo tão
poderoso para nós. Ele se eleva tão alto na corte do rei que este invoca sua
sabedoria e bons conselhos diante de toda a sua nobreza. No entanto, o favor
que o Profeta Daniel faz a Belsazar não o livra do risco de punição e castigo.
Daniel serve ao rei, mas serve a Deus e à verdade, à Palavra de Deus. Em nosso
mundo atual vivemos uma dicotomia: ao mesmo tempo que nos sentimos integrados,
experimentamos o temor pelo nosso futuro e pelo futuro do país e do mundo. Nossa
sociedade está escrevendo sua própria destruição na parede; ironicamente, ela
não consegue ler. Ela ignora um princípio elementar: nós colhemos o que
semeamos.
3. O juízo concretizado.
O juízo divino se abateu rapidamente. Naquela mesma noite a palavra se cumpriu
e o rei foi morto pelos caldeus (5.30). Dario entrou e tomou a cidade da
Babilônia. A festa se converteu em pranto, O prazer momentâneo deu lugar ao
sofrimento. Belsazar morreu sem se arrepender de seus pecados. Os medos e os
persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia. Deus, mais uma vez,
demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra e a consequência destruidora
do prazer carnal. Ao reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca
desenfreada por prazer, podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole
e busca de valores espirituais. Em Gálatas 5.22-23. Paulo destaca o fruto do
Espírito, que inclui o autocontrole, e a importância de viver de acordo com
esses princípios para evitar a destruição espiritual.
- O Profeta Daniel nos ensina que, por mais arriscado que seja, nós
devemos interpretar a escrita na parede, que tem a ver com os frutos da
impiedade, das injustiças, de uma vida insensível a Deus e aos valores de Seu
Reino. O Profeta Daniel exige de nós que ajudemos nossa sociedade a ler e
entender o que está escrito na parede antes que seja tarde demais para
consertar o que está quebrado.
PENSE!
Tudo o que o
homem planta, ele colhe.
PONTO IMPORTANTE!
Ao
reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer
podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores
espirituais.
PROFESSOR(a),
“os atos de Belsazar foram explicados, cuidadosamente numerados, pesados e
considerados insuficientes, Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado,
Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos
encontremos em falta” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD,
2005. p.517).
CONCLUSÃO
Em
resumo, a história de Belsazar em Daniel 5 serve como um lembrete de que o
hedonismo desenfreado e a indiferença espiritual podem levar a consequências
destrutivas. O deleite e a satisfação do cristão não estão nas coisas materiais
e deste mundo, mas em Deus. Em Cristo, temos vida abundante (Jo 10.10).
- Há um
paralelo entre as palavras escritas no texto de Daniel e as sombras na parede
do filósofo Platão, na história: Mito da Caverna, no livro: A República. As
sombras projetadas nas paredes da caverna representam a verdade superficial,
que é a ilusão que os prisioneiros veem na caverna. As palavras na parede são
palavras de Deus, semelhante a pregação da cruz. Elas revelam a severidade do
Seu juízo e a grandeza de Seu amor; mas as pessoas não conseguem entender o que
está escrito na parede, o que está na cruz. A sabedoria dos sábios e a
inteligência dos inteligentes deste mundo não entendem a loucura de Deus, o que
está escrito na parede, na cruz (I Co. 1:18-25). Interessante observar que
Jonas levou uma mensagem de juízo, de condenação à Nínive, semelhante a
mensagem de Daniel a Belsazar. O rei e o povo de Nínive ao ouvirem a mensagem
se converteram, se arrependeram. Deus teve misericórdia do rei, de seu povo, e
dos animais também (Jn. 4). O rei da Babilônia, Belsazar, e todo o seu povo,
poderiam ter um final feliz como os ninivitas diante da mensagem do Profeta
Jonas. Tudo depende da resposta que damos quando ouvimos a Palavra do Senhor. Jonas
sabia aquilo que Belsazar ignorava: que o Senhor é Deus misericordioso e
compassivo, lento para se irar e cheio de amor. Está sempre pronto a voltar
atrás e não destruir/castigar aquele se arrepende do mal e nEle coloca sua fé e
esperança (Jn. 4:2). Hoje, ao lermos o que está escrito na parede, como seria
bom se fossemos capazes de arrependimento, confissão de pecado, fé, jejum e
oração! O Senhor nos perdoaria, seríamos
felizes e faríamos outros, também, felizes, no tempo e na eternidade.
_______________
Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Graduado
em Gestão Pública;
Teologia
pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
Pós-graduando
em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva
(J.P./PB);
Servo, barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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HORA DA REVISÃO
1.
Quem era o pai de Belsazar?
Nabonido
2.
O que é o hedonismo?
É uma doutrina e ao mesmo tempo uma forma
de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida.
3.
O que os hedonistas defendem?
Que a coisa mais importante na vida é a
conquista do prazer e a fuga ao sofrimento, de sorte que a primeira pergunta
que fazem não é, ‘Isto é correto?’, mas: ‘Trará prazer?’
4.
Qual o sentido da mensagem escrita na parede?
A mensagem era um veredicto claro, o juízo
de Deus havia chegado sobre o rei e sobre o império Babilônico
5.
Quem entrou e tomou a cidade da Babilônia?
Dario