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4 de maio de 2024

EBD JOVENS | Lição 6: A Realidade Bíblica do Cuidado com o Corpo | 2° Trimestre de 2024

 

TEXTO PRINCIPAL

Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10)

Entenda o Texto Principal:

- 2Co 5.10 descreve a motivação mais profunda do cristão e o maior propósito em agradar a Deus — a compreensão de que cada cristão deve, enfim e de modo inevitável, prestar contas a ele. o tribunal de Cristo. O "tribunal" refere-se, metaforicamente, ao lugar onde o Senhor se sentará para avaliar a vida dos cristãos com o objetivo de entregar a eles os galardões eternos. É uma tradução da palavra grega bema, uma plataforma elevada onde os atletas vitoriosos (p. ex.. nas Olimpíadas) se colocavam para receber a coroa. O termo também é usado no NT para se referir ao lugar do julgamento, como quando Jesus ficou diante de Pôncio Pilatos (Mt 27.19; Jo 19.13), mas, aqui, a referência é, definitivamente a analogia atlética. Corinto possuía tal plataforma onde tanto os prêmios dos atletas quanto a justiça legal eram dispensados (At 18.12-16), de modo que os coríntios compreenderiam a referência de Paulo. que tiver feito por meio do corpo. Ações ocorridas durante o tempo do ministério terreno do cristão. Isso não inclui os pecados, uma vez que o julgamento deles ocorreu na cruz (Ef 1.7). Paulo está se referindo a todas aquelas atividades realizadas pelos cristãos durante a sua vida, as quais dizem respeito ao galardão eterno deles e ao louvor a Deus. O que os cristãos fizerem com o seu corpo temporário terá, à vista dele, um impacto para a eternidade (veja notas em 1Co 4.3-5; cf. Rm 12.1-2). segundo o bem ou o mal. Esses termos gregos não dizem respeito ao bem moral ou ao mal moral. A questão do pecado foi totalmente tratada pela morte do Salvador. Em vez disso, Paulo estava comparando as atividades dignas e de valor eterno com as inúteis. O que ele estava querendo dizer não era que os cristãos não deveriam aproveitar certas coisas benéficas da terra, mas que eles deveriam glorificar a Deus por meio delas e gastar a maior parte de sua energia e de seu tempo com o que tem valor eterno (1Co 3.8- 14).

 

RESUMO DA LIÇÃO

É preciso cuidar do corpo, pois ele é a morada do Espírito Santo em nós.

Entenda o Resumo da Lição:

- A Bíblia diz que o corpo do crente é o templo do Espírito Santo porque o Espírito Santo mora dentro de cada pessoa salva. Um templo é um lugar sagrado. Por isso, o corpo merece respeito e cuidado.

 

TEXTO BÍBLICO

1 Coríntios 6.12-16

12. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

- 6.12,20 Como alguém que é lavado, santificado e justificado eternamente pela graça de Deus, o cristão é libertado (Rm 8.21,33; Cl 5.1,13). Os coríntios tinham feito com a liberdade exatamente o que Paulo tinha admoestado os gálatas a não fazer. "Não useis da liberdade para dar ocasião à carne" (Gl 5.13). Então, nessa seção, Paulo expôs o erro da racionalização dos cristãos de Corinto no que dizia respeito a estarem livres para pecar uma vez que o pecado estava coberto pela graça de Deus.

- 6.12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Isso deveria ser um lema dos coríntios. Era verdade que não importava qual pecado o cristão cometesse, Deus o perdoaria (Ef 1.7), porém nem tudo o que faziam era proveitoso ou benéfico. O preço pelo abuso da liberdade e da graça era muito alto. O pecado sempre produz perda. dominar. (Cf. Rm 6.14). O pecado tem poder, e nenhum pecado é mais escravizador do que o pecado sexual. Conquanto ele nunca poderá ser o padrão contínuo de vida de um verdadeiro cristão, ele pode ser um hábito recorrente que mina a alegria, a paz, a utilidade e traz a correção divina, ou mesmo a disciplina da igreja (cf. 5.1 ss.). Veja 1Ts 4.3-5. O pecado sexual controla; por isso, o cristão nunca deve permitir que o pecado tenha controle sobre ele, mas ele deve controlá-lo na força do Senhor (9.27). Categoricamente, Paulo rejeita o pensamento profano de que a liberdade em Cristo concede licença para pecar (cf. Rm 7.6; 8.13,21).

13. Os manjares são para 0 ventre, e 0 ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

- alimentos... estômago. Talvez esse fosse um provérbio popular para celebrar a ideia de que o sexo é puramente biológico, como comer. A influência do dualismo filosófico pode ter contribuído para essa ideia, visto que tornava mal apenas o corpo; portanto, o que alguém faz fisicamente não podia ser evitado, e assim, era irrelevante. Como a relação entre esses dois era puramente biológica e temporária, os coríntios, como muitos de seus amigos pagãos, provavelmente usavam essa analogia para justificar a imoralidade sexual. o corpo... o Senhor. Paulo rejeita a conveniente analogia justificadora. Corpos e alimento são relações temporárias que perecerão.

14. Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.

- 6.14 Cf. At 2.32; Ef 1.19. O corpo do cristão e o Senhor têm um relacionamento eterno que nunca perecerá. Ele está se referindo ao corpo do cristão que será modificado, ressuscitado, glorificado e tornado celestial. Veja 15.35-54; cf. Fp 3.20-21.

15. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.

- membros. O corpo do cristão não é somente para o Senhor aqui e agora (v. 14), mas é do Senhor, uma parte do seu corpo, a igreja (Ef 1.22-23). O corpo do cristão é um templo espiritual no qual o Espírito de Cristo habita (12.3; Jo 7.38-39; 20.22; At 1.8; Rm 8.9; 2Co 6.16); portanto, quando um cristão comete um pecado sexual, isso envolve Cristo com uma meretriz. Todo pecado sexual é prostituição. Absolutamente, não! Essas palavras traduzem a mais forte negativa em grego — "Que isso nunca aconteça!"

 

16. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.

- uma só carne. Paulo apoia o que ele disse no versículo anterior recorrendo à verdade de Gn 2.24, que define a união sexual entre homem e mulher como "uma só carne". Quando uma pessoa se junta com uma meretriz, trata-se da experiência de uma só carne; dessa maneira, espiritualmente, Cristo está unido a urna meretriz.

 

 

- OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

- Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O que a fé cristã, inspirada na Bíblia, fala acerca da sexualidade humana? O que Deus preparou para que não abusassem os de nosso corpo e não fôssemos dominados pelo pecado? É o que veremos nesta lição.

- Somos seres relacionais, e como tais, travamos contato com pessoas que compartilham da mesma fé que nós e também com pessoas que vivem à margem da nossa fé. É necessário compreendermos que a moral e a ética parecem cada vez mais escassas em nossos dias, haja visto que, a sexualidade tem sido tratada como mero elemento hormonal e como promotor de satisfação pessoal. O relaxamento dos valores familiares e, principalmente, da espiritualidade, nos desperta para estudar esse tema à luz das Escrituras. Não há como negar a importância da sexualidade na vida do homem ou da mulher, porque Deus nos criou como seres sexuados. Em contrapartida, não podemos deixar que a sexualidade nos conduza a uma vida constante de pecado. A sexualidade, quando entendida corretamente e associada à espiritualidade, produz união e relacionamento saudável entre as partes. Mas quando corrompida e deturpada gera impureza e separação. Nossa fonte de fé e prática é a Bíblia (2Tm 3.16-17), por isso nela está a base dos argumentos apresentados. Sendo assim, o primeiro passo é definir a sexualidade humana como criação de Deus com o propósito de abençoar o relacionamento entre homem e mulher.

 

I. DEUS NOS CRIOU SERES SEXUAIS

 

1. A criação divina. O Cristianismo ensina, pela Palavra de Deus, que o Eterno criou o homem e a mulher; duas pessoas distintas: física, psicológica e sexualmente. Homem e mulher são diferentes entre si, mas complementares, criados para viver em harmonia e respeito mútuo. Note que a decisão divina de fazer somente dois sexos foi suficiente para que a raça humana pudesse obedecer ao mandamento divino de dominar e povoar a terra, e de se realizar e se reproduzir por meio do ato sexual (Gn 1.28).

- Deus criou os seres humanos como seres sexuados, ou seja, macho e fêmea. Em Gênesis 1.27, podemos ver claramente a distinção entre macho e fêmea na criação. Nesse versículo, a primeira vez que aparece a palavra “homem”, o termo hebraico é: “´adam”, que significa: humanidade (designação da espécie humana – homem e mulher). Porém na segunda vez que lemos a palavra “homem”, o termo hebraico muda para “zakar”, que significa: macho. A palavra hebraica para “mulher” é: “nêqebah”, que significa fêmea. Deus criou os seres humanos macho e fêmea tendo como propósito a união sexual (Gn 2.18-25).

2. Somente dois sexos. Quando Deus criou o homem e a mulher, os fez macho e fêmea (Gn 1.27). O Eterno limitou, em sua sabedoria, quaisquer outras formas de arranjo biológico sexual, ordenando que as mulheres nascessem com cromossomos XX, e os homens, com cromossomos XY. A ciência comprova que o nosso sexo é determinado antes mesmo do nascimento e que se nasce homem ou se nasce mulher, não sendo, portanto, compatível bíblica e cientificamente o pensamento de que a pessoa se torna homem ou mulher por uma questão de escolha ou de insatisfação com o seu sexo biológico.

- Deus criou o homem (macho) e, posteriormente, a mulher com a finalidade de uni-los, tornando-os “uma só carne”. Gênesis 2.24 “enfatiza a completa identificação das duas personalidades no casamento. A passagem nos diz que Deus instituiu o casamento e que este deve ser monogâ­mico e heterossexual, a união completa entre duas pessoas (homem e mulher)Charles C. Ryrie, A Bíblia Anotada e Expandida, Editora Mundo Cristão, p.10. Deus reafirma esse padrão em Marcos 10.7-9 e Efésios 5.31. Notem também em 1Coríntios 7.2 a ênfase que Paulo apresenta: “Cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido”. Deus efetivamente excluía a poligamia de qualquer tipo que fosse. A afirmação de Paulo também implica que, uma vez consumado o casamento, a união é permanente até que a morte os separe (1Co 7.39-40; Mc 10.7-9). Conquanto essas duas pessoas compartilhassem de modo igual a imagem de Deus e juntos exercessem domínio sobre a criação, por desígnio divino eles eram fisicamente diferentes a fim de cumprirem o mandamento de Deus de multiplicarem-se, ou seja, nenhum deles podia gerar filhos sem a participação do outro. Note que, Deus não nos criou humanos sem gêneros; mas seres humanos homem ou mulher. Uma humanidade em dois tipos, ambos igualmente feitos e apreciados por Deus. Ambos carregam igualmente a imagem divina. Ambos são responsáveis por encher a terra e governá-la como representantes de Deus. Mas são decididamente diferentes: homem ou mulher.

3. O pecado de Adão e Eva não foi o relacionamento sexual. De forma distorcida, há quem imagine que o pecado inicial que fez com que o homem e a mulher fossem expulsos do Paraíso foi o sexo. A Palavra de Deus é bem clara mostrando que Satanás não tentou o casal nessa área, e sim que despertou neles o desejo de serem como Deus (Gn 3.1-7). O sexo não tornou os humanos pecadores, e sim o ato de se esquecerem de Deus e desobedecê-lo. É certo que, por causa do pecado, a sexualidade humana foi distorcida, mas isso não significa que devamos seguir os padrões estabelecidos pelo mundo para a vida sexual, pois a Palavra de Deus nos orienta quanto à pureza necessária sobre o corpo para aqueles que servem a Jesus (1 Co 6.13).

- O apóstolo Paulo distingue Adão e Eva no processo da tentação: “E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1Tm 2.14). Definitivamente, o sexo não veio só depois do pecado original, ou foi a causa deste; quem assim crê ou ensina, está no campo da heresia. O sexo tem que sair do lugar de ser fruto de pecado, o sexo é fruto de graça e amor de Deus. Agostinho afirma que aqueles que defendem que só existe sexo e geração por causa do pecado, simplesmente tornam o pecado a origem de tantos santos Livro A Cidade de Deus, Livro XIV. Apesar da vulgaridade e licenciosidade que predominam no mundo em torno do tema sexo, afirmamos que o sexo é uma dádiva divina, não invenção humana ou criação diabólica. O que é do diabo e do homem são as muitas astúcias e perversões morais com que macularam a dádiva de Deus.

 

 

A fim de abençoar meus leitores e seguidores com um pouco mais de conteúdo, com mais profundidade, maior clareza e biblicidade, iniciarei uma Pós-Graduação em Teologia Bíblica e Exegética do Novo Testamento, pela Faculdade Internacional Cidade Viva.

O curso terá duração de 14 meses. Como sabem, é necessário a aquisição de livros e material afim, o que exige investimentos. Aqui, desejo contar com fiéis colaboradores!

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Deus em Cristo retribua.

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).

 

 

II. PERIGOS DO MAU USO DO CORPO E DA SEXUALIDADE

1. A prostituição. A Palavra de Deus nos faz sérias advertências contra a prostituição (Hb 13.4). Tal prática era comum entre os povos que não serviam a Deus. Com o tempo, passou também a ser praticada entre os hebreus. Uma das referências sobre a prostituição e suas consequências vem os quando os hebreus saíram do Egito e passaram pela terra de Moabe. O rei dos moabitas contratou Balaão para lançar maldições contra o povo de Deus, mas por mais que tentasse, o agoureiro foi impedido pelo Eterno de exercer seu ofício (Nm 22,23). Mas não muito tempo depois, o povo do Senhor foi atacado por uma praga. Essa foi consequência do conselho de Balaão ao rei dos moabitas, para que enviasse mulheres para perto do acampamento dos hebreus. Elas se ofereceram para os homens hebreus e pediram em troca uma adoração aos deuses cananeus. O julgamento de Deus foi incisivo, pois além de alguns homens israelitas se envolverem com a prostituição, essa foi seguida pela idolatria. Dois sérios pecados cometidos contra o Eterno, que enviou pragas contra os hebreus e 24.000 deles morreram (Nm 25.1-9). O preço da prostituição é alto para todos que se envolvem nela. Nos tempos do Novo Testamento a prostituição também era praticada. Ela é descrita como uma das obras da carne (Gl 5.19), e Paulo adverte aos coríntios, crentes de uma igreja que precisou de diversas reprimendas (1 Co 6.18). Os coríntios viviam em uma cultura bastante erotizada, e precisavam entender que o antigo comportamento sexual promíscuo não seria aceito por Deus.

- A palavra grega é porneia, da qual deriva a palavra "pornografia", diz respeito a toda atividade sexual ilícita, incluindo (mas não se limitando ao adultério, o sexo antes do casamento, a homossexualidade, a bestialidade, o incesto e a prostituição. Como a porneia, a lascívia (alsegeia, “luxúria desenfreada, excesso, licenciosidade, lascívia, libertinagem, caráter ultrajante, impudência, desaforo, insolência”), originalmente dizia respeito a qualquer comportamento excessivo ou falta de moderação; porém, por fim, tornou-se associada com o excesso sexual e à indulgência. Na carta que Paulo escreveu aos Gálatas, ele fala de algumas das mais evidentes obras da carne, que fazem oposição ao Espírito de Deus. Entre elas está a lascívia (Gl 5.19, ARC). Este pecado é mencionado logo depois da prostituição e da impureza. Lascívia, portanto, é o pecado da sensualidade demasiada, do excessivo desejo pelo prazer sexual que se manifesta na falta de pudor, quer seja na forma de falar, de vestir ou de se portar. É o pecado do sexo ainda não consumado, mas já instalado na mente e coração. A pornografia é uma forma de lascívia, tanto quanto as piadas imorais com conotação sexual também o são. Lascívia é um dos pecados mais cometidos hoje sobretudo nas redes sociais, com a exacerbada exposição do corpo em fotos ou vídeos. O abuso dos decotes, as roupas curtas ou justas ao corpo, delineando as curvas femininas ou os músculos masculinos são manifestações de falta de pudor e moderação. E é triste perceber que não poucos cristãos estão manifestando essa obra carnal nas redes sociais (alguns até mesmo na igreja!), expondo o corpo sem pudor, sem decência e discrição, muitas vezes na clara intenção de despertar a libido naqueles que estão a observar. Ser templo do Espírito Santo implica responsabilidade. O crente deve tratar seu corpo com respeito. Pecar contra o corpo é profanar o templo de Deus! Em 1 Coríntios 6.18-20, esse respeito pelo corpo está diretamente ligado com evitar a imoralidade sexual. A imoralidade sexual é pecado contra o próprio corpo, que deve ser guardado puro. O corpo do crente pertence a Deus e não deve ser profanado com práticas erradas (1Co 6.15-17). A imoralidade sexual é um ataque muito sério contra o próprio corpo. Além de evitar a imoralidade sexual, o crente deve tentar ser saudável, evitando práticas que claramente podem destruir seu corpo. Ser templo do Espírito santo é um grande privilégio! Isso mostra o quanto Deus valoriza cada pessoa. Mesmo quando nos sentimos inadequados ou imprestáveis, Deus vê valor em nós e quer viver dentro de nós, nos tornando santos (1Co 6.11). Leia mais sobre isso e sobre Lascívia e as redes sociais aqui.

2. Aborto. O aborto é a interrupção da gravidez, que traz a morte da criança no ventre de sua mãe. Esse tipo de morte é conhecido desde os tempos antigos, e Jó menciona que em seus dias havia o aborto oculto, onde as crianças que estavam no ventre jamais veriam a luz (Jó 3.16). Em nossos dias, é possível ver o quanto o pecado tem destruído o pensamento a respeito da vida humana, pois há pessoas que lutam pelos direitos de preservação dos animais – o que é lícito – e ao mesmo tempo, colocam seus nomes em listas de apoio ao aborto. Essas pessoas defendem o direito de uma mãe ser a assassina do seu próprio filho! Somente a graça de Deus pode socorrer uma mulher que se vale do aborto para ocultar uma relação sexual que não deveria ter tido.

- À luz da Bíblia, O aborto é violação ao 6º mandamento. Abortar é matar, assassinar a vida de uma inocente. Não há como se furtar a isso. A Bíblia nos revela que o aborto é semelhante à adoração ao deus Moloch ou Milcon, chamado na antiguidade como o deus do aborto, do sacrifício de crianças era um deus pagão adorado na Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma. “Esses deuses eram sanguinários e exigiam sempre o sangue das crianças inocentes em troca de seus favores” (ITIOKA, 2015, p.55). Prática esta, chamada de idolatria. Mas Deus já advertia, “não terá outros deuses diante de mim” (Ex 20.3 e Dt 5.7). Meredith Kline observa: “O que há de mais importante a respeito da legislação do aborto na lei bíblica é que não há legislação nenhuma. Era tão inconcebível que uma mulher israelita pudesse desejar um aborto que não havia necessidade de mencionar esse crime no código penal”. Tudo o que se precisava para proibir o aborto era o mandamento “Não matarás” (Êxodo 20:13). Todo israelita sabia que o nascituro era uma criança. Assim como nós sabemos, se formos honestos. Nós todos sabemos que uma mulher grávida está “carregando uma criança”. Independente do que pensam as autoridades governantes, independente do que diga lei que rege o pais, estamos sob uma lei maior, a lei da obediência a Deus. Portanto, as Escrituras devem ser nossa única regra de fé e prática. Sugiro a leitura desse artigo para complementar esse tópico, aqui.

3. Formas distorcidas de sexualidade. Deus criou homem e mulher, e essa regra divina vem sendo obedecida desde a concepção do ser humano. Talvez por isso, Satanás tenha incentivado tanto a morte de crianças no ventre de suas mães. Todo ser humano nasce homem ou mulher, e a própria biologia prova essa ação divina que exclui a possibilidade de uma pessoa nascer no corpo errado. Por mais que ideologias recentes tentem impor pensamentos que digam que é possível nascer de um jeito e se sentir de outro, tal pensamento vai contra a biologia e contra a Palavra de Deus.

- Nas Escrituras a sexualidade humana é explicada claramente, começando em Gênesis: “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1.27-28). Gênesis 1.31 nos diz que Sua criação foi excelente em todos os sentidos. Dizer que o gênero não importa é discordar do projeto de Deus para a criação e Sua proclamação de que era muito bom.

- “Deus também fala sobre os papéis de gênero, como a liderança masculina do lar e da igreja (Efésios 5:21-33). No entanto, a Bíblia não discute os papéis de gênero culturalmente estereotipados. Na verdade, dá uma visão completa da personalidade. Embora mantendo clara a distinção homem-mulher, a Bíblia fornece vários exemplos de homens e mulheres que são cuidadores e líderes corajosos (como Davi e a esposa de Provérbios 31). Em nenhum lugar a Bíblia sugere que o sexo de uma pessoa seja negociável ou opcional. A Bíblia afirma tanto homens quanto mulheres em seu valor e personalidade. O gênero das pessoas importa, mas não somos meramente seres sexuais (Gálatas 3:23-29). Parece, então, que os procedimentos de mudança de sexo não são biblicamente aceitáveis. No entanto, algumas exceções muito raras devem ser mencionadas. Há pessoas que experimentam defeitos físicos em relação ao gênero. A mais comum – embora ainda extremamente rara – seria a de uma condição intersexual na qual uma pessoa tem uma mistura de órgãos sexuais masculinos e femininos. Para pessoas com distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS), geralmente é possível determinar seu gênero genético e corrigir o defeito congênito por meio de intervenção médica. Esta não é uma operação de mudança de sexo, é claro, mas simplesmente um remédio para um problema físico. A distorção de gênero é um pecado, mas aqueles que lutam com sua identidade de gênero têm uma resposta. Para aqueles que consideram uma cirurgia de mudança de sexo devido a ferimentos ou abusos passados, há cura através de Jesus Cristo. Aqueles que desejam desafiar as categorias de gênero para encontrar algum tipo de liberdade ou justificação podem, em vez disso, encontrar a verdadeira liberdade em um relacionamento com Deus. Aqueles que desejam mudar de sexo para se envolver em práticas sexuais pecaminosas podem se arrepender e ser salvos. Paulo escreveu: "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:9-11). À parte de Cristo, estamos todos mortos em nossos pecados (Efésios 2:1). Mas em Cristo, somos vivificados (Efésios 2:5) e recebemos uma nova identidade, como membros da família de Deus (Romanos 8:14-17).” https://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-mudanca-de-sexo.html.

 

 

III. O FIM DA SEXUALIDADE HUMANA

 

1. A glorificação. Na eternidade, homens e mulheres não terão a sua sexualidade, pois não precisarão dela. Certa vez, um grupo de saduceus, homens que não acreditavam na ressurreição, cercou Jesus e trouxe uma questão capciosa: um homem e uma mulher se casaram, e o homem morreu algum tempo depois. Segundo as leis de Israel, a viúva deveria se casar com o irmão subsequente do morto para gerar pelo menos um filho, a fim de que a memória do morto pudesse ser passada à geração seguinte. Mas na história contada pelos saduceus, o segundo homem se casou com a mulher, mas também morreu, como também os irmãos dele, que somavam ao todo sete homens. Por fim, a mulher também morreu. De quem ela seria esposa na eternidade (Mt 22.23-33)? Por mais que essa história servisse para tentar deixar Jesus em uma situação desconcertante, o Senhor respondeu que eles erravam não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus, pois na eternidade seriam os como anjos, que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29). Deus determinou que o corpo glorificado não tenha traços distintivos da sexualidade humana, pois na eternidade isso não será necessário.

- Mateus 22.30 fala de pessoas após a ressurreição não participando do casamento - elas se tornam "como os anjos". No entanto, isso não significa que as pessoas não tenham uma distinção do sexo. O pronome masculino, não neutro, é usado muitas vezes para descrever anjos (e ELE era como ... a aparência DELE era como, etc.). Portanto, não há uma indicação real de que os anjos sejam seres sem gênero. Não há nada na Bíblia que indique que as pessoas perderão ou mudarão seu sexo no céu. No livro de Apocalipse (capítulos 21-22), parece que Deus está fazendo coisas não apenas como eram no Jardim do Éden, mas ainda melhores. Lembre-se que o gênero não é ruim – na verdade, é uma coisa boa. Deus criou Eva porque Adão precisava de alguém para complementá-lo. O casamento (impossível sem diferentes gêneros), o modelo de relacionamento entre um homem e uma mulher, é uma figura de Cristo e da igreja. A igreja é a noiva e Cristo é o noivo (Ef 5.25-32). Embora não seja explicitamente ensinado na Bíblia, parece mais provável que as pessoas mantenham seu gênero após a morte. Nossos gêneros são parte de quem somos. O gênero é mais do que o físico - faz parte da nossa própria natureza e da maneira como nos relacionamos com Deus. Portanto, parece que o gênero será aperfeiçoado e glorificado na eternidade. É também digno de nota que Jesus reteve o seu gênero após a Sua morte e ressurreição! E como afirma João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é.” (1Jo 3.2). Mateus 22.30, Jesus fala sobre casamento, como os anjos no céu. Os saduceus não acreditavam nos anjos, nem em vida após a morte; portanto, aqui Jesus estava expondo outra de suas falsas crenças. Anjos são criaturas imortais que não procriam e, portanto, não precisam se casar. "Na ressurreição", os santos terão essas mesmas características. Não é uma referência para gênero!

2. O destino eterno dos que rejeitaram a Cristo. Da mesma forma que haverá um destino para os salvos em Cristo, cujos corpos serão transformados e glorificados, os que não receberam a Jesus nem foram salvos serão ressuscitados, mas para a vergonha eterna. Na ordem das duas ressurreições, a primeira será a ressurreição dos salvos em Cristo, e os santos do Antigo Testamento que pela fé esperam a salvação de Deus. Mas para os ímpios ressuscitados não haverá um corpo glorificado, mas um corpo destinado a ficar no lago de fogo por todo o sempre (Ap 20.15). O que fazemos nesta curta vida determinará o nosso destino eterno.

- Por três vezes no texto, Jesus adverte aos discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA- inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não morre”. O lago de fogo, o inferno final, lugar de punição eterna de todos os rebeldes impenitentes, angélicos ou humanos (Ap 20.10,15). O Novo Testamento fala muito sobre a punição eterna (Ap 14.10-11; Mt 13.40-42; 25 .4 1; Mc 9.43-48; Lc 3.17; 12.47-48). (14.10; 20.10; 21.8; G n 19.24; Sl 11.6; Is 30.33; Ez 38.22; Lc 17.29). Por ímpios, entendemos que são aqueles que rejeitaram Cristo Jesus, não creram na sua obra realizada na cruz. Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (Jo 5.28,29). Sem Cristo todos os homens estão mortos espiritualmente, ainda que, fisicamente, vivos. Enquanto vivos, há esperança de serem iluminados pelo Evangelho. Após a morte, segue-se o juízo (Hb 9.27). Quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas. Diz Anthony Hoekema: “O objetivo das figuras, porém, é que o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão. Se as figuras utilizadas nesta passagem não significam sofrimento sem fim, então elas não significarão coisa alguma”. Por diversas vezes, Jesus usa figuras semelhantes para falar do sofrimento eterno. Por exemplo, Jesus disse que é um lugar descrito como uma “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13.50); Jesus disse que os justos irão para vida eterna, mas os ímpios para “o tormento eterno” (Mt 25.46). Ora, não faria sentido pensar que os justos estarão junto a Deus por toda eternidade e, no mesmo texto, Jesus pensar que o tormento é temporário. O inferno também é chamado de “trevas” (Mt 25.30; 22.13). Em outra designação é que os que são destinados ao inferno “ira e indignação […] tribulação e angústia”(Rm 2. 6-9). De acordo com João, os ímpios serão “atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos” (Ap 20.10). De acordo com Apocalipse 19.20, a Besta e o Falso Profeta foram lançados vivos no “lago de fogo e enxofre”. Porém, depois de Mil Anos eles ainda estavam lá, onde receberão a companhia do diabo (Cf. Ap 20.10).

 

 

CONCLUSÃO

A sexualidade humana foi planejada por Deus, e isso é uma bênção, mas também um desafio, pois é preciso que cuidemos do nosso corpo de acordo com a vontade de Deus, nos abstendo da prostituição e de outras práticas que podem nos levar à perdição eterna.

- O sexo foi parte da criação de Deus (Gn 1.31). O sexo foi criado para proporcionar prazer e satisfação (Ct 4.10). Tanto os homens quanto as mulheres recebem a dádiva de serem capazes de sentir prazer e deleite no casamento. Isto enriquece e aprofunda o relacionamento de amor entre o casal. Fomos criados por Deus com gêneros distintos, homem e mulher. Você já pensou que ser o que você é, seja homem ou mulher, isso aponta para uma expressão do propósito de Deus para você? Você não é um homem ou uma mulher por acidente; isso e todos os detalhes de sua vida foram planejados de antemão por nosso bom Pai. Deus criou seres humanos sexuados com o propósito de refletir Sua imagem na criação. Ele planejou que algo de Sua natureza seria mostrado através da sexualidade humana. O sexo determina o comportamento, a forma física, e até mesmo a estrutura cerebral e o modo de pensar ou ver a vida. Quando falamos de sexualidade, não devemos pensar apenas sobre relações sexuais. Ao criar-nos sexuados, Deus tinha algo muito mais amplo em mente do que a relação sexual. O mundo pós-Éden impõe desafios a sexualidade humana, desafios que permanecem mesmo para nascidos de novo, por essa razão, todos os conselhos estudados acima. Deus nos chama a viver de uma maneira consistente com o sexo que Ele planejou que tivéssemos. Isso alegra ao Senhor e nos abençoa. Te convido a fazer parte do propósito de Deus, celebrando ser mulher, enquanto você O serve com alegria e contentamento.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

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HORA DA REVISÃO

1. Deus somente criou dois sexos. Quais são eles?

O Cristianismo ensina, pela Palavra de Deus, que o Eterno criou o homem e uma mulher: duas pessoas distintas fisicamente, psicológica e sexualmente.

2. Segundo a lição, qual foi o pecado de Adão e Eva?

O pecado deles foi o ato de se esquecerem de Deus e desobedecê-lo.

3. O que o pecado causou na sexualidade?

Por causa do pecado, a sexualidade humana foi distorcida

4. Com o a prostituição é descrita no Novo Testamento?

Ela é descrita como uma das obras da carne (Gl 5.19).

5. Qual foi a resposta de Jesus à pergunta capciosa dos saduceus?

O Senhor respondeu que eles erravam não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus, pois na eternidade seriam os como anjos, que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22,29).