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13 de maio de 2024

EBD ADULTOS | Lição 7: O Perigo da Murmuração | 2° Trimestre de 2024

  

TEXTO ÁUREO

E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1 Со 10.10)

Entenda o Texto Áureo:

- destruidor. Esse incidente está registrado em Nm 16.3-41. O mesmo anjo havia assassinado o primogênito dos egípcios (Êx 12.23), os 70.000 homens por causa do censo de Davi (2Sm 24.15-16) e todo o exército assírio que havia sitiado Jerusalém (2Cr 32.21).

 

VERDADE PRÁTICA

A prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus

Entenda a Verdade Prática:

- É um pecado queixar-se contra Deus. “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?”, perguntou Paulo retoricamente (Rm 9.20a). Pode a criatura indagar ao Criador: “Por que me fizeste assim?” (Rm 9.20b). A queixa contra Deus é inoportuna e completamente inapropriada. Não se engane pensando que apenas os piores blasfemos cometem esse pecado. Não é contra Deus que estamos realmente nos queixando, quando reclamamos de alguma situação? Afinal de contas, ele nos colocou onde estamos. A falta de gratidão e de contentamento são, na realidade, ataques contra Deus.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11

Êxodo 16

1. E, partidos de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois que saíram da terra do Egito.

- o deserto de Sim. Mais detalhes sobre os locais de acampamento na jornada de Ramessés a Sucote e além são encontrados em Nm 33.5-11. Esse itinerário também lista a próxima parada, ou seja, Dofca (Nm 33.12). A identificação desse lugar com a moderna Debber er Ramlé, situa-o a sudoeste da península do Sinai em linha reta entre Elim e Sinai. aos quinze dias do segundo mês. Trinta dias após a partida de Ramessés.

2. E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.

- Toda a congregação... murmurou. O que os caracterizou como um todo foi essa atitude do negativismo. Defrontados com a escassez de recursos no deserto, eles ansiavam pelos abundantes recursos que dispunham no Egito. O pais que os escravizou parecia-lhes bom em comparação com o deserto. Novamente, o fato de terem murmurado tão depressa depois que haviam sido beneficiados pelos milagres de Deus, evidencia a memória curta e o egocentrismo deles.

3. E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.

- tivéssemos morrido pela mão do SENHOR. Incrivelmente, apesar da murmuração, Israel ainda reconhecia a intervenção do Senhor na vida deles. Sarcasticamente, expressaram preferência pela morte no Egito. A mão do Senhor que eles haviam glorificado no cântico (15.6) apenas um mês antes, agora lhes parecia que teria sido mais bem usada se os tivesse matado no Egito.

4. Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.

- farei chover do céu pão. A resposta graciosa do Deus às murmurações foi de prometer abundância de pão do qual sentiam falta. As instruções sobre como juntar o pão igualmente testaria a obediência a ele (vs. 4-5,16,26-28).

5. E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.

- O mesmo princípio em escala maior alimentaria o povo durante e após o ano sabático (cf. Lv 25.18-22).

6. Então, disse Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o Senhor vos tirou da terra do Egito,

- sabereis. A perda de memória de Israel teria curta duração Porque naquele mesmo dia de murmuração eles testemunhariam não apenas provisão, mas também seriam lembrados poderosamente de quem os havia tirado do Egito, a saber, o Senhor, seu Deus (cf. vs. 11 -12).

7. e amanhã vereis a glória do Senhor, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o Senhor, porque quem somos nós para que murmureis contra nós?

- a glória do Senhor. Ao constatarem o começo da provisão de pão diário no dia seguinte, Israel também veria a glória do Senhor, termo adequado a ser usado porque o que Deus fez de fato mostrou sua presença junto ao povo. "Glória" refere-se tipicamente à manifestação da presença de Deus, o que o torna magnífico e leva à adoração. as vossas murmurações. Colocados no contexto de instrução de como o Senhor agiria para supri-los, a quádrupla repetição dessa frase (vs. 6-9) serviu para realçar a graciosa resposta de Deus em contraste com a ingrata murmuração contra ele. Para uma efetiva apresentação poética desse contraste consulte SI 78.17-25.

 

1 Coríntios 10

10. E não murmures, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.

- alguns deles murmuraram – sobre a morte de Coré e seu grupo, que também eram murmuradores (Números 16:41, 49). Suas reclamações contra Moisés e Arão eram praticamente murmurações contra Deus (compare Êxodo 16:8,10). Paulo olha para os murmúrios coríntios contra si mesmo, o apóstolo de Cristo. pereceram – quatorze mil e setecentos morreram. pelo destruidor – como o mesmo anjo destruidor enviado por Deus em Êxodo 12:23 e 2Samuel 24:16. [Jamieson; Fausset; Brown].

11. Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.

- os fins dos séculos. O tempo do Messias; os últimos dias da história da redenção antes do reino messiânico. Veja Hb 9.26; 1Jo 2.18.

 

INTRODUÇÃO

É verdade que há ações maléficas que vêm direto do Inimigo, mas também é verdade que há as que são produzidas dentro de nós como obras da carne. Uma delas é o pecado da murmuração. Esse pecado é tão perigoso em nossa jornada que pode nos levar à queda. Ele não acontece instantaneamente, pois geralmente sucede a incredulidade. Sim, incredulidade e murmuração andam juntas. Por isso, nesta lição, estudaremos os perigos da murmuração à luz da recomendação do apóstolo: “Fazei todas as coisas sem murmurações” (Fp 2.14).

- Nossa sociedade, ironicamente, a mais indulgente que o mundo conheceu até aqui é também a mais descontente. Quanto mais as pessoas possuem, mais descontentes são para lidar com o que têm. Parece que estamos produzindo uma geração de queixosos. Murmuração e descontentamento estão presentes em todos os ambientes: em casa, na escola, no trabalho, nas relações sociais… mas o que isso tem a ver com a vida cristã? E o que a Escritura tem a dizer sobre isso?

 

I. A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA

 

1. O que é murmurar? As principais palavras para murmuração na Bíblia são as seguintes: do hebraico, o verbo liyn, “resmungar”, “reclamar” e “murmurar” (Nm 14.36); e o substantivo higgayown, “meditação”, “música solene”, “pensamento”, “conspiração” (Lm 3.62); do grego, o verbo goggúzó, “murmurar”, “resmungar”, “queixar- -se”, “dizer algo contra em um tom baixo”, “dos que confabulam secreta- mente” (Jo 7.32). De acordo com essas palavras, o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, de acordo, irá, queixas e oposição. Nem Deus escapa dele, pois basta lembrar do que foi feito contra Moisés e Arão (Ex 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).

- “Murmurar”, conforme o dicionário, é “soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar faltas, formar mau juízo de alguém ou de alguma coisa”. Foi exatamente isto que aconteceu com o povo de Israel, após o relatório trazido pelos homens que foram enviados por Moisés para espiar a terra (Nm 13.25-33). A atitude dos murmuradores, narrada nos vv. 39 a 45, mostra que, embora entristecidos, não reconheciam a autoridade de Moisés, o seu legítimo representante. Também não estavam levando Deus a sério. Na verdade, os murmuradores não gostam de se submeter, agem por conta própria.

2. O comportamento dos murmuradores. De acordo com os dois testamentos da Bíblia, o mal da murmuração estava no meio do povo Deus, entre os israelitas dos dias de Moisés (Ex 16.11); nos dias de Jesus Cristo com os escribas e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusalém, no início (At 6.1). Esse mal revela um comportamento inconveniente, um temperamento inquieto, indiretas sarcásticas. O comportamento dos murmuradores é tão sério que chegou a ameaçar a unidade da Igreja em Atos, se não fosse o cuidado dos apóstolos (At 6.1-7). Por isso, precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.

- Além de servir como o diagnostico de alguém insatisfeito, a murmuração é também um traço cultural. Não é apenas um hábito pessoal, mas coletivo. Depende do ambiente. Um padrão comportamental que tem como código de ética a constante insatisfação. Geralmente o ambiente da murmuração é extremamente carente de fé, sabedoria e do conhecimento das Escrituras. Em família, escolas, empresas, igrejas ou qualquer outro lugar de ajuntamento onde essas virtudes não sejam ensinadas, a murmuração encontrará solo fértil para crescer e se alastrar. É necessário neutralizá-la imediatamente, durante e depois. Esta conduta degenerativa para todos os grupos sociais desagrega igrejas inteiras e até famílias. Não basta não alimentar a tradição da murmuração, é preciso também atacá-la fervorosamente. Afinal, uma pessoa de fé, cheia de sabedoria e do conhecimento das Escrituras não será alvo fácil desse espinhoso costume. Seguindo a narrativa dos espias, podemos entender que, os desejos, em vez de se projetarem para a Terra da Promessa, estavam fixados no passado, isto é, no Egito. Tinham grande desejo das comidas dos egípcios (Ex 16.3; Nm 11.4-6). Em vez de olhar para frente, olhavam para trás. O comodismo do passado sobrepunha-se aos riscos e possibilidades do futuro. Eles questionavam: “Não nos seria melhor voltar para o Egito”? (v. 3). A murmuração é tipicamente pessimista. Os murmuradores sempre a encontram motivos para reclamar e se posicionarem contra. Em Jesus vemos a figura do servo sofredor, resignado e obediente. Mesmo tendo todos os motivos para reclamar e se esquivar de sua missão, não retrocedeu: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8).

3. O crente murmurador. Quem se diz salvo em Cristo e tem o Espírito Santo em sua vida não pode naturalizar a prática da murmuração. Não é normal um crente cheio do Espírito Santo se entregar a esse pecado. Nesse sentido, estão presentes a indisciplina e o descuido com as virtudes do Espírito (Gl 5.16). Quando um crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras. Assim, não é possível o crente murmurador ser alegre, bondoso e agradável por meio de sua atitude, visto que sua alma está doente, pois o corpo só será luminoso se os olhos forem bons (Mt 6.22,23).

- O texto de Números 14 diz que “todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão” (v.2). A murmuração é um mal que rapidamente envolve a todos. De uma hora para outra, a liderança bem sucedida de Moisés e Arão se viu ameaçada: “E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito” (v.4). A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. É por isso que, em Hebreus 12.13 e 14, a Palavra de Deus recomenda: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”.

- É preciso esclarecer o dito pelo comentarista: “Quando um crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras”. Os Cristãos são habitados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-11, 1Co 3.16, 6.19). Certamente o Espírito Santo não permitiria que um demônio possuísse a mesma pessoa em quem Ele habita. É impensável que Deus permitiria que um de Seus filhos, alguém que Ele adquiriu com o sangue de Cristo (1Pe 1.18-19) e tornou uma nova criatura (2Co 5.17), fosse possuído e controlado por um demônio. Sim, como seguidores de Cristo, estamos em guerra com Satanás e seus demônios, mas não de dentro de nós mesmos. O apóstolo João declara: "Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (1Jo 4.4). Quem é o Ser que em nós habita? O Espírito Santo. Quem é o que está no mundo? Satanás e seus demônios. Portanto, o crente tem vitória sobre o mundo dos demônios e o caso de possessão demoníaca de um seguidor de Jesus não pode ser defendido biblicamente, razão pela qual, discordo do ilustre comentarista neste aspecto – o Diabo não pode dominar o crente e usá-lo! Murmuração tem a ver com o lado emocional da reclamação. A tradução em português é onomatopeica, o que significa que a palavra representa de modo audível a sua definição. A murmuração diz: “Eu mereço algo melhor!”. Quando nós murmuramos, nós nos inserimos no centro do nosso universo e achamos que tudo na vida é sobre nós. Quando não conseguimos o que queremos, imediatamente quando queremos e precisamente como queremos, nós murmuramos. É a representação audível de um coração capturado pelo reino claustrofóbico do eu – crente murmurador é o crente “em-si-mesmado”!.

 

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Deus em Cristo retribua.

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).

 

II. MURMURAÇÃO: IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO À TERRA PROMETIDA

 

1. A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus. Deus escolheu Moisés e seu irmão, como seu auxiliador, para libertar o povo de Israel da escravidão de Faraó e conduzi-lo à Terra Prometida (Ex 7.1,2). Após experimentar grande livramento, esse povo passou a murmurar contra a liderança de Moisés e Arão de maneira sistemática, alegando que o Legislador o conduzia para morrer em pleno deserto (Êx 16.3). Nesses relatos, percebemos que a murmuração sucede à incredulidade. Há uma ausência de fé e se passa escolher o que é mau: a prática da murmuração. Logo, não se pode esperar mais atitudes de bondade, sinceridade e verdade de quem submerge na murmuração, mas, sim de impaciência, ingratidão e desrespeito à liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).

- Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com o pecado a murmuração. A murmuração inclui más intenções, é insensível e traiçoeira, é negativa e destrutiva, é desagregadora. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança. Confira a exortação contida nestas passagens bíblicas: Fp 2.25, 29, 30; I Ts 5.12 e 13; Hb 13.17. O povo de Israel sofreu muito no Egito, foram escravos dos faraós e depois de muito sofrimento Deus preparou Moisés para que os tirassem de lá. Saindo do Egito, ainda no deserto, quando veio a primeira prova o povo ameaçou voltar para trás. Eles sentiram saudade da comida do Egito, da bebida do Egito, enfim, da vida no Egito. Este quadro nos remete aos dias de hoje, nós já saímos do Egito, lugar de sofrimento, mas muitos querem voltar para o Egito. O ser humano parece que tem dentro de si "um Egito", uma vontade de fazer algo, mesmo sabendo que não dará certo. Nunca estamos satisfeitos praticamente com nada. A murmuração é o pecado mais comum hoje em dia. Tem um hino na Harpa Cristã cuja letra diz o seguinte: "No mundo murmura-se tanto entre os que cristãos dizem. Em vez de louvores há pranto, fraqueza em lugar de poder. Murmuram assim no deserto, em Mara Israel murmurou. Oh não vês que Deus está perto? Jamais seu auxílio negou (Hino 302). A murmuração faz parte da vida do cristão e há sempre um motivo ou uma desculpa para murmurar. Nunca estamos satisfeitos e sempre encontramos um "culpado" pelo que nos está acontecendo. Moisés era o líder, portanto ele era o culpado, a "bola da vez", afinal eles tinham comida no Egito, tinham abundância e na primeira prova no deserto eles murmuraram. Eles tiveram medo assim como os discípulos lá no mar no meio da onda quando pediram socorro ao Mestre, ao dono de tudo, aquele que fala e o mar lhe obedece. Pede e o céu se abre, ora e o mundo se transforma, a terra abre-se num terremoto, ou a chuva cai abundante no deserto Mas os israelitas nessa hora se esqueceram de Deus, de seu cuidado e de suas promessas. Isto é comum acontecer até nos dias de hoje. É muito fácil se alegrar na bonança, na fartura, na alegria, nas festas, nas comemorações. Quando a água corre calma e serena e forma pequenos córregos que vão se encaminhando na vargem. Quando o sorriso brota nos lábios e abrilhanta o rosto e a vida parece um sonho real. Aí, sim, é fácil se alegrar e glorificar a Deus. Quando Moisés e Arão ouviram aquelas palavras e entenderam o que estava acontecendo no meio daquela congregação caíram com o rosto sobre a terra diante de todo o povo de Israel (versículo 5) E eles rasgaram as suas vestes e disseram a todo o povo: "A terra que percorreremos para espionar é muito boa". (versículo 7). Foi uma ação rápida diante do clamor e da reação do povo. Muitas vezes temos que agir com decisão e com força, sem titubear. Às vezes o momento exige que assim se faça. Essa é a decisão e a visão de um líder nato, de alguém que foi escolhido por Deus para liderar. Precisamos de pessoas assim nos dias de hoje porque o povo continua se queixando da liderança dos israelitas dos dias atuais. Que esta seja a decisão e o empenho dos líderes cristãos nos dias de hoje.

2. A murmuração contra Deus. O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair “pão dos céus” (Êx 16.4). Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas “murmurações”, mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12). Ora, o Senhor Deus contempla todas as nossas ações, sabe do que precisamos e necessitamos. Por isso, diante de uma circunstância difícil, é muito melhor nos dirigirmos a Ele de maneira humilde, graciosa e amorosa do que nos achegarmos a Ele com ingratidão, queixas e murmuração (Hb 4.16).

- Hebreus 4.16 diz: “Acheguemo-nos... confiadamente, junto ao trono da graça”; Os governantes antigos, em sua maioria, não eram acessíveis para ninguém que não fizesse parte de seus principais conselheiros (cf. Et 4.11). Em contrapartida, o Espírito Santo pede a todos que se acheguem com confiança ao trono de Deus para receber misericórdia e graça por meio de Jesus Cristo (Hb 7.25; 10.22; Mt 27.51). A arca da Aliança era vista como o lugar na terra onde Deus se assentava em seu trono entre os querubins (cf. 2Rs 19.15; Jr 3.16-17). Foi no trono de Deus que Cristo fez expiação pelos pecados, e é ali que a graça é dispensada aos cristãos para todas as questões da vida (2Co 4.15; 9.8; 12.9; Ef 1.7; 2.7).

3. Por que é perigoso murmurar? A Palavra de Deus diz: “quem se endureceu contra ele [Deus] e teve paz?” (Jó 9.4). À luz desse texto, podemos dizer que a murmuração configura um ato de impiedade extrema contra Deus. Ela se torna perigosa porque, além de revelar uma ausência de fé, limita a nossa capacidade de enxergar as ações de Deus em nossas vidas e no contexto em que estamos. Por conseguinte, a murmuração cega-nos diante de Deus. Não lembramos mais das grandes obras do Senhor em nossa vida. Não por acaso, o apóstolo Paulo reúne os episódios de murmuração dos israelitas para que os crentes da atualidade tenham cuidado e não pratiquem esse pecado a fim de não serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).

- Deus sempre advertiu que não se agrada com as atitudes de pessoas que vai contra a sua vontade, porque se tornaram filhos da desobediência (Ef 2.2). A murmuração é uma arma maligna, que o diabo o nosso adversário tem colocado na vida de muitos cristãos, por falta de vigilância e obediência diante de Deus. Embora os cristãos vivam debaixo da nova aliança e não estejam debaixo da antiga aliança, a lei moral de Deus não mudou e toda a Escritura é para benefício espiritual (1Co 10.6,10-1 I; 2Pe 1.20-21). A descrição de Paulo dos benefícios da Escritura certamente inclui o Novo Testamento, mas fala, em especial, a respeito "das sagradas letras" — ou o Antigo Testamento (2Tm 3.1 5-1 7).

 

III. MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAĀ CELESTIAL

 

1. O fim dos israelitas murmuradores. Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29). A peregrinação de Israel pelo deserto nos serve de exemplo e advertência em nossa jornada para que não adotemos seu comportamento murmurador. Devido a esse pecado, os israelitas perderam de vista os propósitos divinos e não alcançaram o cumprimento da promessa.

- Segundo a Bíblia, a murmuração é uma atitude negativa que demonstra falta de confiança em Deus e insatisfação com Sua vontade. Aqueles que se entregam a essa prática não serão considerados dignos de entrar no reino dos céus. Em I Coríntios 10, Paulo relembra alguns pecados cometidos por Israel no deserto e as tristes consequências da infidelidade. No versículo 10, ele faz a seguinte advertência: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador”. Esse versículo é uma referência ao episódio narrado no texto de Números 14, quando os filhos de Israel foram duramente castigados pelo Senhor por causa da murmuração. A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Esse pecado afasta a bênção de Deus e atrai o seu juízo. Por outro lado, quando se dá lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, “ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre” (Sl 133).

2. O destino dos murmuradores. À luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1 Co 10.10). Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais o prazer nas coisas espirituais. Logo, o seu destino é a morte, que, à luz do Antigo Testamento, infelizmente, tem caráter físico e espiritual. A murmuração é um perigo ao longo da nossa trajetória cristã.

- A Bíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos sejam salvos, mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu. Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão no Reino dos Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados. Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador. Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas, mas à luz. As listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente a descrentes mas também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais como quem está longe de Deus.

3. Os males da murmuração. Há muitos males que a murmuração pode provocar. Por exemplo, na vida da igreja local a murmuração pode trazer desânimo espiritual, contendas comunitárias, rebeldias espirituais e divisões ministeriais. Esse processo acaba com a vida de comunhão da igreja local. Além disso, o nosso Senhor disse que o reino dividido contra si mesmo é “devastado” e não “subsistirá” (Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22). Há também o mal de caráter espiritual. Por exemplo, a murmuração também resulta em mentiras e calúnias, portanto, o Espírito Santo não habita uma vida que é dominada por esse tipo de obras carnais (Ef 4.30; Gl 5.19-21). Por isso, afirmamos que quem se entrega a tal prática acaba atraindo outros pecados para a sua vida, tais como: idolatria, rebelião, adultério, blasfêmias contra Deus. Como consequência acaba prestando serviço ao inimigo e estacionando no meio do trajeto celestial.

- Nossas reclamações revelam nosso coração egoísta e as coisas que desejamos (Lc 6.45). “Porque na Igreja tanta gente murmura?

I- Deixam, ou param de vigiar –

a) O diabo fica de olho na pessoa que levanta de manhã faz oração ao Pai celestial, canta hinos. Quando o crente esta alegre o inimigo procura frustrar essa comunhão, fazendo-o murmurar. É uma pedrinha para tropeçar ou qualquer outro imprevisto.

Se a pessoa valoriza mais os problemas esquecendo as bênçãos, está murmurando.

Jonas 4:8 – Quem já pregou um sermão que faça convencer o prefeito ou governador, impactuando-os levando-os ao jejum ?

Pois bem! Aconteceu com Jonas, mas depois disso queria a morte.

b) Quando o diabo quer fazer murmurar coloca vendas nos olhos. As pessoas olham para as coisas e não percebem. Jó 15:11

Se o vizinho tem tudo sem Deus, e nós não temos nada, mas temos Deus, não há razão para murmurarmos.

c) Murmuram porque perderam o amor fraternal

Quem não ama seu irmão é homicida deveria ir para cadeia. I Jo 3:15,

É mentiroso, não amigo. – Sl 41:7

d) - Murmuram porque são perseguidos por demônios

É muito forte essa, mas é a verdade, demônios da insatisfação.

O magro chega diante do espelho e diz: Oh! Meu Deus será que não vou engordar nunca? O obeso reclama, o baixinho diz: estou cansado de ser chamado de Zaqueu. Eu ganho uma mixaria.

Esse "Pastor" grita demais. Ele fala tão devagar, faz a gente dormir. Esse Pastor vai de um lado ao outro do Púlpito, parece que vai decolar.

II- A pessoa do murmurador não tem lugar nos céus

Na bíblia vemos: prostituta (Raabe), defraudador de imposto (Zaqueu), ladrão, todos conversos e salvos, mas não encontramos murmuradores salvos.

a) Todo murmurador é mentiroso

Números 16:41 - Quando a terra engoliu vivos 250 homens que foram assistir a Coré, Datã e Abirão.

1) No outro dia os murmuradores acusaram Moisés e Arão de terem matado o povo do Senhor. ( Foi Deus quem matou )

2) O povo do Senhor eram milhões, e foram mortos 250 pessoas

3) Eles jamais eram povo do Senhor, eram sim, murmuradores, e por isso foram mortos.

b) O murmurador encontra defeito em tudo

O Pastor prega quinze minutos. Esse pastor está sem repertorio. Quando prega uma hora, o Pastor quer matar a gente. Quando o Pastor coloca algum outro para ensinar, os murmuradores dizem: Ele ganha para isso, porque outros devam estar falando em seu lugar? Quando não coloca ninguém para falar. Esse Pastor só pensa nele, só ele é que fala, e os demais obreiros para que serve?

Estou enfadado de ouvir esses hinos.

Hi! Já vem com essa história de oferta de novo? Pra que fazer almoço pra tanta gente fica caro! Podia vender esse balsamo e repartir com os pobres. (Mc 14: 5)

c) Murmuração contra falta de amor

Aqui o povo não tem amor. Quanto tempo faz que o Pr. não me visita! - Não vê a gente!

O melhor para igreja é nunca dar atenção ao murmurador

Consagremos nossa casa a Deus e nunca permita que seja uma casa de murmuração, pelo contrário deva ser casa de oração.

A geração velha de Israel, com exceção de Josué e Calebe, não entraram na terra prometida porque murmuravam em suas casas, ou tendas ( Sl 106: 25 )https://www.casadosenhor.com.br/estudos/estudo/72/Murmuracao.

 

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o quanto a prática da murmuração é perigosa e destruidora tanto para a vida espiritual quanto para a vida comunitária na igreja local ao longo da nossa jornada cristã. Não devemos, pois, ignorar a advertência da Palavra de Deus quanto ao pecado da murmuração (Rm 15.4). Ora, a vontade de Deus é a de que participemos de suas promessas. Portanto, evitemos o mal da murmuração em nossas casas, igrejas e em qualquer lugar que nos relacionamos com o próximo.

- O que você deve fazer quando se sente impelido a murmurar e contender? Eu sempre digo que você é o pregador mais influente da sua vida, porque ninguém prega a você tanto quanto você mesmo. Então, pregue a si mesmo! Abaixo estão sete dos meus versículos favoritos que me lembram de por que eu não preciso murmurar ou contender. Há dúzias, talvez milhares além destes, então encontre alguns que você possa atar ao seu coração e pendurar ao pescoço (Pv 6.20):

    MURMURAÇÃO: a única coisa que merecemos é a morte (Sl 103.10), mas em vez disso nós recebemos vida (Rm 3.24) e tudo o mais de que precisamos para viver (2Pe 1.3), então não precisamos estar ansiosos (Mt 6.25-32).

    CONTENDA: Deus é desde o princípio (Gn 1.1), ele planejou por completo a história de sua vida (At 17.26) e o seu plano é para a glória dele e para o seu bem (Jr 29.11). Pregar a si mesmo será útil, mas você (ou seu pastor) nunca será seu salvador. Sua única esperança é encontrada naquele que desceu de seu reino celestial para libertar você da escravidão ao reino do ego. Achegue-se ao Rei do Reino de Deus e experimente a alegria e a paz que ele pode dar à sua alma.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, o murmurador tem o espírito dominado pelo quê?

O murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, desacordo, ira, queixas e oposição.

2. Por que precisamos ter cautela com o comportamento murmurador?

Precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.

3. Como o Senhor Deus respondeu à murmuração dos israelitas?

O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair “pão dos céus” (Êx 16.4). Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas “murmurações”, mas tratou o povo com piedade e compaixão (Ex 16.12).

4. O que percebemos ao examinar os textos do livro de Números?

Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29).

5. O que Paulo traz à Igreja à luz do exemplo do livro de Números?

À luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança (1 Co 10.10). Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais o prazer nas coisas espirituais.