TEXTO
PRINCIPAL
“Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mc 10.9)
Entenda o Texto Principal:
- Portanto, o que Deus ajuntou. Jesus acrescentou uma quarta
razão para a inviolabilidade do casamento (veja os vs. 7-8); Deus ordena o
casamento e, portanto, ele não deve ser rompido pelo homem.
RESUMO DA
LIÇÃO
O casamento é uma bênção planejada por Deus para o
homem e para a mulher
Entenda o Resumo da Lição:
- Como união profunda que é, o casamento produz um senso de
satisfação mútua para o casal, além de servir para glorificar a Deus, cumprindo
aos Seus propósitos.
TEXTO BÍBLICO
Marcos
10.1-9
1 E, levantando-se dali, foi para o território da
Judeia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a
ensiná-los, como tinha por costume.
- além do Jordão. Essa região era conhecida como Pereia. Jesus ministraria
ali até partir para Jerusalém, pouco antes da Semana da Paixão.
2 E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe,
tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
- fariseus. Os fariseus era uma seita legalista de judeus conhecida
por sua estrita devoção à lei cerimonial (Mt 3.7). aproximando-se... o experimentaram,
perguntando-lhe. O s fariseus queriam desacreditar publicamente o
ministério de Jesus. Eles esperavam que a resultante perda de popularidade
pudesse facilitar o projeto que tinham de destruir Jesus. A Pereia também era
governada por Herodes Antipas — que já havia prendido João Batista por causa da
visão que ele tinha sobre o divórcio e o segundo casamento. O s fariseus
certamente esperavam que um destino semelhante caísse sobre Jesus. É
lícito ao marido repudiar sua mulher? Os fariseus tentaram pegar Jesus
por meio de um assunto volátil dentro do judaísmo do século 12: o divórcio.
Havia duas escolas de pensamento, uma que permitia o divórcio por praticamente
qualquer motivo, e a outra que negava o divórcio, exceto quando estivesse baseado
em adultério (Mt 19.3). Os fariseus sem dúvida esperavam que Jesus assumisse
urna dessas posições, caso em que perderia o apoio da outra facção.
3 Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou
Moisés?
- Que vos ordenou Moisés? Jesus estabeleceu as regras básicas
adequadas para a discussão. A questão não estava relacionada às interpretações
rabínicas, mas ao ensino da Escritura.
4 E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de
divórcio e repudiar.
- permitiu. A lei Mosaica — como os fariseus foram forçados a admitir
— em lugar nenhum ordenava o divórcio. A passagem em questão (Dt 24.1-4)
reconhecia a realidade do divórcio e buscava proteger os direitos e a reputação
da esposa, assim como regulamentar o segundo casamento. carta de divórcio. Nesse
documento, era exigido do marido que declarasse a razão para o divórcio,
protegendo assim a reputação da esposa (caso ela fosse de fato inocente de um
mau procedimento). Também servia como sua liberação formal do casamento e
afirmava o direito dela de casar-se novamente presumindo que não fosse culpada
de imoralidade). A ala liberal dos fariseus dera um falso sentido a Dt 24,
ensinando que o divórcio era permitido em qualquer caso que fosse (citando como
base legítima acontecimentos triviais como o fato de a esposa estragar o jantar
ou de o marido simplesmente encontrar uma mulher mais desejável), contanto que
a papelada correta fosse preparada. Desse modo, eles transformaram um detalhe,
mencionado apenas de passagem, na ênfase principal da passagem.
5 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza do
vosso coração vos deixou ele escrito esse mandamento.
- dureza do vosso coração. Veja notas em 3.5, 6.52. Refere-se à
busca flagrante e sem arrependimento da imoralidade sexual — o divórcio deveria
ser um último recurso para se lidar com essa dureza de coração. Os fariseus
interpretaram de modo incorreto a graciosa provisão de Deus na permissão do
divórcio (sob certas circunstâncias), crendo que o Senhor o havia ordenado.
6 Porém, desde o
princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
- desde o princípio. O divórcio não fazia parte do plano original de Deus para o
casamento, que era o de que um homem se casasse com uma mulher para a vida toda
(Gn 2.24). homem e mulher. Lit., "um homem e uma mulher", Adão e
Eva. Marcos faz menção de Gn 1.27; 5.2.
7 Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e
unir-se-á a sua mulher.
- Jesus levou a questão para além (das minúcias rabínicas sociais
tecnicalidades do divórcio, indo ao plano de Deus para o casamento. A passagem
citada por Cristo (Gn 2.24) apresenta três razões sobre a inviolabilidade do
casamento: 1) Deus criou apenas dois seres humanos, não um grupo de homens e
mulheres que poderiam se juntar como quisessem ou trocar de parceiros quando bem
entendessem; 2) a palavra traduzida como "unir-se" significa, lit.,
"grudar-se", refletindo assim a força do elo matrimonial; 3) aos olhos
de Deus, marido e mulher são "uma só carne", formando uma união
indivisível e manifestando essa unicidade num filho.
8 E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão
dois, mas uma só carne.
- E os dois. A expressão não ocorre na passagem hebraica citada por
nosso Senhor. Ele o fornece gratuitamente, incorporando o significado manifesto
do original. serão uma só carne, isto é, serão tão intimamente unidos que,
em suas relações terrenas ou corporais, constituirão como se fossem uma unidade
de ser. assim, já não são dois, mas sim uma só carne. O que precedeu é
a citação de Gênesis 2:24. Esta é a inferência do próprio Salvador a partir da
linguagem citada. Marido e mulher, embora em certo sentido dois, ainda, se
cumprirem o ideal divino, não são mais dois. Eles são apenas metades de um
todo, “uma só carne”. Se não fosse pela intervenção do pecado, a união mais
agradável concebível seria realizada em sua experiência. [Morison, aguardando
revisão]
9 Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.
- Até agora nosso Senhor pode parecer ter argumentado contra
a poligamia e não o divórcio; mas agora ele faz uma aplicação de suas
declarações anteriores de forma que satisfaça completamente o presente caso,
declarando que é ilegal para o homem separar (ou cortar violentamente) aquilo
que o próprio Deus uniu. Em outras palavras, o casamento não sendo uma
instituição humana, mas divina, e contemporânea com a própria raça, não pode
ser anulado ou mesmo modificado por qualquer autoridade inferior àquela que o
criou primeiro. [Alexander, aguardando revisão]
- OBS.: Todos os comentários,
exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de
Janeiro de 2017)
- Caso deseje, poderá baixar o
MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.
INTRODUÇÃO
Uma das instituições mais valorizadas pela fé cristã
é o casamento. Por meio dele, Deus abençoa a união lícita entre um homem e uma
mulher, bem como os filhos dessa união. Mas esse modelo divino vem sendo
ameaçado por uma série de opções modernas que renegam a união pretendida por
Deus, tirando a sua sacralidade e banalizando o projeto divino. Nesta lição, estudaremos
o casamento segundo a Bíblia.
- Casamento é uma aliança sagrada
entre um homem e uma mulher perante Deus. O casamento envolve proximidade
espiritual, emocional e física. No Velho Testamento, aprendemos: “Portanto
deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão
ambos uma carne” (Gênesis 2:24). O marido e a mulher devem ser unidos em tudo o
que for possível. Desde o princípio, o casamento foi instituído por Deus para
ser o padrão para os demais tipos de relações existentes entre os seres
humanos, expressando amor, compromisso, fidelidade e cuidado mútuo. Como união
profunda que é, o casamento produz um senso de satisfação mútua para o casal,
além de servir para glorificar a Deus, cumprindo aos Seus propósitos.
I. O QUE É O
CASAMENTO
1. Uma definição. O
casamento pode ser definido como a união entre um homem e uma mulher, que
decidem formar uma família, apoiando-se mutuamente e demonstrando amor e
respeito um pelo outro, por meio de um acordo perante Deus e a sociedade.
Reiteramos que a Palavra de Deus requer que essa união seja feita entre um
homem e uma mulher, pois tal perspectiva vem da própria criação divina, que fez
um homem e uma mulher para que se ajudassem e se completassem. Sempre que há um
casamento, ele é realizado com a presença de três participantes: Deus, o
Criador, o homem e a mulher – seres criados.
- A instituição do Casamente está
presente em todas as culturas e tradições. Parece ser isto um indicador de sua
origem divina, assim mesmo como está nas Escrituras. Sejam hindus, sejam
budistas, muçulmanos, judeus, indígenas, tribais africanos, qualquer que seja a
cultura ou época, encontraremos esta instituição presente, com algumas
variações culturais e de tradições, mas o cerne é o mesmo – a união de um homem
e uma mulher para constituírem uma família, e os objetivos dessa união é o
mesmo em qualquer destas culturas ou tradições, a complementariedade! E isso é
incrível! Todos nós nascemos com
necessidades fundamentais, dentre elas estão as necessidades afetivas, de
segurança, de valorização, de interação social, etc. De certa forma, através do
casamento, muitas dessas necessidades podem ser satisfeitas, quando dois se
tornam um, perante Deus. A união do casal envolve o senso de amor e
pertencimento por meio da conexão física e emocional que se faz entre os
cônjuges. O equilíbrio afetivo também pode ser desenvolvido e alcançado num
relacionamento que é mais estável e duradouro, como o casamento.
2. Deus e o casamento. O
Eterno também participa do casamento, pois foi Ele que o instituiu. Deus
estabeleceu também os princípios pelos quais o casal deve se relacionar, de tal
maneira que se um homem é fiel à sua esposa e cuida dela. Ele é fiel ao Senhor
e demonstra seu temor ao Eterno, e se a mulher é fiel ao seu esposo e cuida
dele, ela também demonstra sua fidelidade e temor a Deus. Esse é o
comportamento esperado por Deus de quem se casa. Entretanto, nem sempre o povo
de Deus no Antigo Testamento seguiu essas orientações, pois eles tomavam como
exemplo as práticas dos povos à sua volta. O profeta Malaquias, em seus dias,
retratou uma realidade vergonhosa entre os seus contemporâneos. Os homens
traziam suas ofertas e se derramavam em lágrimas diante de Deus, mas o Eterno
os rejeitava. E você sabe qual o motivo da rejeição de Deus para os homens do
povo? “[…] Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade,
com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu
concerto” (Ml 2.14). Aparentemente, os homens estavam se divorciando de suas
esposas e se casando com mulheres mais novas, e isso foi abominação diante do
Senhor. Não adianta uma pessoa casada ser desleal com seu cônjuge e tentar se
achegar a Deus seguindo os protocolos do culto, como se isso fosse lhe garantir
a bênção divina, O testemunho do Todo-Poderoso, portanto, dentro do casamento,
é algo muito sério.
- A Bíblia em nenhum lugar afirma explicitamente em que ponto
exato Deus considera um homem e uma mulher casados. Existem três pontos de
vista comuns: 1) Deus só considera um homem e uma mulher casados quando são
legalmente casados – isto é, quando se tornam marido e mulher aos olhos da lei.
2) Um homem e uma mulher são casados aos olhos de Deus quando completam algum
tipo de cerimônia formal de casamento envolvendo votos de aliança. 3) Deus
considera um homem e uma mulher casados no momento em que se envolvem em
relações sexuais. Vamos examinar cada uma das três visões e avaliar os pontos
fortes e fracos de cada uma.
1) Deus só considera um homem e uma mulher casados quando
são legalmente casados. O apoio bíblico normalmente dado a essa visão é o
comando para obedecer às leis do governo (Romanos 13:1–7; 1 Pedro 2:17). O
argumento é que, se o governo exige que certos procedimentos e documentos sejam
preenchidos antes que um casamento seja reconhecido, o casal deve se submeter a
esse processo. É definitivamente bíblico que um casal se submeta ao governo,
desde que os requisitos não contradigam a Palavra de Deus e sejam razoáveis.
Romanos 13:1–2 nos diz: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores;
porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem
foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste
à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.” No
entanto, existem algumas fraquezas e possíveis problemas com essa visão.
Primeiro, o casamento existia antes de qualquer governo ser organizado. Por
milhares de anos, as pessoas se casaram sem uma certidão de casamento. Em
segundo lugar, ainda hoje existem alguns países que não têm reconhecimento
governamental do casamento e/ou nenhum requisito legal para o casamento.
Terceiro, alguns governos impõem exigências antibíblicas ao casamento antes de
ele ser legalmente reconhecido. Por exemplo, alguns países exigem que os
casamentos sejam realizados em uma igreja católica, de acordo com os
ensinamentos católicos, e supervisionados por um padre católico. Obviamente,
para aqueles que têm fortes divergências com a Igreja Católica e com a
compreensão católica do casamento como um sacramento, seria antibíblico
submeter-se ao casamento na Igreja Católica. Em quarto lugar, tornar a
legitimidade da união matrimonial dependente exclusivamente de estatutos
governamentais é sancionar indiretamente a definição estatutária de casamento,
que pode flutuar.
2) Um homem e uma mulher são casados aos olhos de Deus
quando completam algum tipo de cerimônia formal de casamento. Alguns
intérpretes entendem Deus trazendo Eva a Adão (Gênesis 2:22) como Deus
supervisionando a primeira “cerimônia” de casamento – a prática moderna de um
pai dar sua filha em um casamento reflete a ação de Deus no Éden. No capítulo 2
de João, Jesus participou de uma cerimônia de casamento. Jesus não teria
comparecido a tal evento se não aprovasse o que estava ocorrendo. A presença de
Jesus em uma cerimônia de casamento de forma alguma indica que Deus exige uma
cerimônia de casamento, mas indica que tal cerimônia é aceitável aos olhos de
Deus. Quase todas as culturas na história da humanidade observam algum tipo de
cerimônia formal de casamento. Em cada cultura há um evento, ação, convênio,
voto ou proclamação que é reconhecido como uma declaração de que um homem e uma
mulher estão se casando.
3) Deus considera um homem e uma mulher casados no momento
em que se envolvem em relações sexuais. Há alguns que entendem que isso
significa que um casal não é verdadeiramente “casado” aos olhos de Deus até que
tenham consumado o casamento fisicamente. Outros argumentam que, se um homem e
uma mulher fazem sexo, Deus considera os dois casados. A base para essa visão é
o fato de que a relação sexual entre marido e mulher é o cumprimento final do
princípio de “uma só carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5; Efésios 5:31). Nesse
sentido, a relação sexual é o “selo” final da aliança matrimonial. No entanto,
a visão de que a relação sexual constitui o casamento não é biblicamente
correta. Se um casal é legal e cerimonialmente casado, mas por algum motivo não
pode ter relações sexuais, esse casal ainda é considerado casado. Sabemos que
Deus não iguala a relação sexual ao casamento com base no fato de que o Antigo
Testamento frequentemente distingue uma esposa de uma concubina. Por exemplo, 2
Crônicas 11:21 descreve a vida familiar de um rei: “Amava Roboão mais a Maaca,
filha de Absalão, do que a todas as suas outras mulheres e concubinas; porque
ele havia tomado dezoito mulheres e sessenta concubinas; e gerou vinte e oito
filhos e sessenta filhas.” Neste versículo, as concubinas que tiveram relações
sexuais com o rei Roboão não são consideradas esposas e são mencionadas em uma
categoria separada. Além disso, 1 Coríntios 7:2 indica que o sexo antes do
casamento é uma imoralidade. Se a relação sexual fizesse com que um casal se
casasse, isso não poderia ser considerado imoral, pois o casal seria
considerado casado no momento em que tivesse relações sexuais. Não há
absolutamente nenhuma base bíblica para um casal não casado fazer sexo e depois
se declarar casado, declarando assim que todas as futuras relações sexuais são
morais e honrosas a Deus. Alguns mencionam Gênesis 24 e a história de Isaque e
Rebeca como exemplo de um casal que se casou apenas por meio de relações
sexuais, sem nenhum tipo de cerimônia. No entanto, os detalhes que antecedem o
casamento revelam que um processo formal foi seguido. O pai de Isaque, Abraão,
deu a seu servo uma lista de coisas a fazer para encontrar uma esposa para
Isaque (Gênesis 24:1–10). O servo fez tudo o que seu mestre pediu, além de orar
a Deus por orientação e confirmação (versículos 12–14). Deus o guiou e também
confirmou todos os “testes” do servo para mostrar que o casamento de Isaque e
Rebeca foi realmente aprovado por Deus (versículos 15–27). O servo da vontade
de Deus estava tão convencido que imediatamente relatou ao irmão de Rebeca, Labão,
todos os detalhes que confirmavam a escolha de Deus (versículos 32–49). Quando
o jantar foi servido, todos sabiam que isso era de Deus, que Isaque e Rebeca
deveriam se casar (versículos 50–51). Em seguida, um dote foi pago e contratos
verbais foram firmados entre eles (versículos 52–59). Assim, o casamento
mencionado no versículo 67 dificilmente foi baseado em um mero ato sexual. Os
procedimentos culturais e as tradições de dote foram cumpridos, as condições
foram atendidas, as respostas às orações foram vistas e a óbvia bênção de Deus
estava sobre todo o cenário. Então, o que constitui o casamento aos olhos de
Deus? Parece que os seguintes princípios devem ser seguidos: 1) Contanto que os
requisitos sejam razoáveis e não contrários à Bíblia, um homem e uma mulher
devem buscar qualquer reconhecimento governamental formal disponível. 2) Um
homem e uma mulher devem seguir quaisquer práticas culturais, familiares e de
aliança normalmente empregadas para reconhecer um casal como “oficialmente
casado”. 3) Se possível, um homem e uma mulher devem consumar o casamento
sexualmente, cumprindo o aspecto físico do princípio de “uma só carne”.
Extraíde de: https://www.gotquestions.org/Portugues/constitui-casamento.html.
3. A bênção de Deus para aqueles que se casam. Da
união do primeiro casal, Adão e Eva, propagou-se a humanidade. A Palavra de
Deus fala que Adão e Eva tiveram dois filhos: Caim e Abel. Esse foi um sinal da
bênção de Deus para o primeiro casal, ou seja, poder manter a perpetuação da
família por meio de descendentes. Apesar de em nossos dias vermos pessoas não
crentes que defendem o aborto, a Palavra de Deus nos diz que ter filhos é um
sinal da bênção de Deus (Dt 28.11). Na atualidade, os filhos continuam sendo
“herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão” (SL 127.3).
- O propósito de Deus com o casamento é a união de um homem e
uma mulher no nível mais profundo possível, produzindo assim o maior senso de
satisfação pessoal para o casal. Tornamo-nos mais completos quando vivemos para
o outro. Dentro do casamento o cônjuge aprende a renunciar o egoísmo e solidão,
aprende a dividir as cargas, vivendo para fazer o outro feliz.
Além disso, é através do casamento (Gênesis 1:27-28) que:
a benção de Deus
foi concedida ao casal e à família
Deus concedeu a
fertilidade e multiplicação dos seres humanos
houve o
direcionamento para povoamento e cuidado com a terra
o domínio sobre
todos os animais foi concedido
estabeleceu-se a
construção de famílias estruturadas
fundou-se lares
protegidos pelo compromisso firme e duradouro
ocorre uma vivência mais próxima de amor e
unidade
Acima de todos os propósitos imagináveis (veículo de amor,
companhia, segurança, proteção etc.), o casamento promove a união de vidas com
o propósito de servir aos propósitos de Deus para a vida de ambos, apesar das
dificuldades.
O que o casamento representa
Essa união é uma figura do próprio relacionamento de Deus
com o Seu povo. Há uma comparação direta entre o amor de Cristo pela Igreja e o
amor do marido pela sua esposa (Efésios 5:25). O homem e a mulher carregam em
si a imagem de Deus. E, ao unirem-se no casamento, representam a renúncia do
egoísmo. Assumem um compromisso auto sacrificial de amarem-se e cuidarem um do
outro. Tornam-se um com o outro. Nada é especificamente de um só, mas dos dois.
Essa parceria iniciada no relacionamento conjugal
desdobra-se no desenvolvimento da matriz familiar, que consolidará às demais
instituições sociais. O casamento deve representar:
amor sacrificial,
fidelidade
incondicional,
renúncia,
parceria,
cuidado,
amizade,
perdão,
consagração,
respeito mútuo,
etc.
Esses e outros valores podem ser comparados ao amor do Pai
celestial pela Sua Igreja. Ao assumir esse caráter, o casamento pode projetar
na família e na sociedade, reflexos fidedignos da graça e do amor que vem de
Deus. Este texto foi extraído na íntegra de: https://www.respostas.com.br/o-que-e-casamento-para-deus/.
PENSE! Deus fez
homem e mulher, os abençoou e os fez frutificar, mostrando seu compromisso com
o casamento desde a criação do mundo.
PONTO IMPORTANTE! O
casamento e a família foram instituídos pelo Senhor (Gn 2.24).
A fim de abençoar meus leitores e seguidores com um
pouco mais de conteúdo, com mais profundidade, maior clareza e biblicidade,
iniciarei uma Pós-Graduação em Teologia
Bíblica e Exegética do Novo Testamento, pela Faculdade Internacional Cidade
Viva.
O curso terá duração de 14 meses. Como sabem, é
necessário a aquisição de livros e material afim, o que exige investimentos.
Aqui, desejo contar com fiéis colaboradores!
Peço gentilmente sua colaboração nesse intuito,
enviando sua ajuda para assis.shalom@gmail.com.
Deus em Cristo retribua.
“Tudo o que
fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor,
que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).
II. O
TRATAMENTO ENTRE O CASAL
1. Aliança diante do altar. Como
vimos, para o Cristianismo, o casamento é um evento celebrado diante de Deus, e
ele é tão importante que somos informados da presença de Jesus numa dessas
cerimônias, e foi lá que o seu ministério começou. Ele havia sido convidado
para a celebração em Caná, localidade na Galiléia, e quando houve a falta do
vinho, Jesus interveio transformando a água em vinho e garantindo a
continuidade daquela celebração. O primeiro milagre do Senhor Jesus foi
realizado em um casamento (Jo 2.11), pois os noivos o convidaram para
participar com eles daquele momento ímpar em suas vidas. Quando um homem e uma
mulher decidem se casar, não podem deixar Jesus de fora dessa decisão.
- A presença de Deus une o casal e guia-o nas dificuldades,
fortalecendo contra os problemas que enfrentarão juntos. Saiba que o seu
cônjuge vai te entristecer algum dia, e você também irá magoá-lo, certamente.
Somos humanos, falhos e pecadores, suscetíveis a errar. Somente a presença de
Deus possibilitará a cada um a perdoar e amar, sendo aperfeiçoados a cada dia. Para
ter um casamento feliz, você precisa convidar Jesus para estar presente no seu
matrimônio. Isso é mais do que uma simples celebração religiosa. É preciso que
o casal ande constantemente com Deus, compreendendo e obedecendo à Sua Palavra.
Não tente resolver os problemas do casamento sozinho. A aliança feita entre vocês
leva em conta a presença de Jesus que quer ajudá-los e conduzir vocês para
solucionar os problemas que enfrentarem.
2. O trato com a esposa. Deus
estabeleceu princípios para que o homem convivesse com sua esposa. Dentre eles,
destacamos;
a) O amor. As Escrituras
Sagradas afirmam que os maridos devem amar suas esposas “como também Cristo
amou a igreja” (Ef 5.25). O padrão de Deus para que o homem aprenda a amar sua
esposa é o amor de Jesus pela Igreja, e não menos do que isso.
b) A honra. O esposo
deve honrar sua esposa, pois ela é participante com ele da vida eterna (1 Pe
37), Tal verdade revela o quanto as esposas devem ser honradas, respeitadas e
ajudadas.
c) A proteção. Cabe ao homem
defender sua esposa e prover o que for necessário para que ela se sinta
protegida. Essa proteção deve ser física, emocional e espiritual. As
orientações bíblicas em relação aos homens são bem contundentes e precisam ser
seguidas. O apóstolo Pedro destaca que se o esposo não tratar bem de sua
esposa, suas orações serão impedidas (1 Pe 37). A afirmação quanto às orações
serem impedidas de chegarem a Deus não é destinada às mulheres, somente aos
homens.
- Homem e a mulher são
seres muito diferentes. Mas Deus já sabia disso e levou em conta essas
diferenças, projetando-as para que complementassem um ao outro no casamento. Ao
unir dois seres diferentes, Deus estava mostrando que pode haver unidade na
diversidade. Apesar das diferenças, podemos amar um ao outro e nos esforçarmos
para que o outro seja mais semelhante a Jesus Cristo. O casamento deve ter seu
alicerce firmado nos parâmetros de Deus. Ele deve ser o centro e base para o
amor (Eclesiastes 4:12). Assim, dará certo. Com a benção de Deus irá funcionar
como uma parceria amorosa entre homem e mulher, refletindo partilha, proteção,
respeito, união, amizade, compromisso e amor dentro do núcleo familiar. A
mulher é uma ajudadora nata. A sensibilidade, resiliência, atenção aos
detalhes, espírito de ajuda e cuidado são algumas das qualidades femininas que
somam valor ao casamento (Pv 18.22). A correspondência ao homem diz respeito às
semelhanças, uma vez que os dois são igualmente dignos e valiosos. Os dois
também são imperfeitos, falhos e precisam de compreensão e entreajuda para
serem pessoas melhores.
O casamento foi feito para ser para sempre. O divórcio não
deve ser uma opção para aquele que se casa. Separar-se é uma triste exceção, ou
concessão, no caso de abuso e maus tratos. Mas Deus não planejou assim. Para
aqueles que foram unidos por Deus, é imperativo que não sejam separados por
ninguém (de dentro ou de fora da relação). Preserve o seu casamento, ame,
incentive o diálogo, o perdão e a compreensão mútua.
Dois que se tornam um. Sejam:
uma só carne
(relacionamento físico/sexual)
um coração
(relacionamento emocional),
com os mesmos
sonhos e objetivos (aspectos intelectuais, alvos, metas)
mesmos princípios
(relacionamento social, valores),
o mesmo Deus e
Senhor (relacionamento espiritual).
Se é casado, deixe a vida de solteiro para trás. Agora
vocês iniciaram uma nova família, um novo lar. Não há mais espaço para atitudes
infantis, egoístas e objetivos unilaterais. Cuide bem do corpo formado de duas
pessoas. Se ainda não é casado e pretende dar esse passo, busque auxílio e orientação
de Deus nesse sentido. Se já está casado, ore e busque a Deus para que
fortaleça e seja o centro do seu matrimônio e família.
3. A mulher e o trato com seu esposo. Salomão
destaca que “quem encontra um a esposa encontra algo excelente. Alcançou a
benevolência do SENHOR” (Pv 18.22), revelando, assim, a importância do
casamento. Na Palavra de Deus, encontramos regras de convivência para o homem e
a mulher. A esposa deve honrar seu marido, respeitando-o e sendo submissa. A
submissão tem o sentido de estar debaixo da mesma missão. Homem e mulher não
são concorrentes diante de Deus, nem devem ser um para com o outro. São
companheiros que trabalham juntas em família com uma função específica. Ao
homem, Deus deixou a responsabilidade de liderar o lar, com a certeza de que
será cobrado de sua liderança. À mulher, Deus ordenou que fosse uma auxiliadora
idônea, e isso em nada diminui o seu papel.
- O casamento foi criado para mostrar o amor fiel entre
Cristo e a igreja. Existe para demonstrar o amor fiel à aliança e à graça que
existe entre Cristo e a Sua igreja. Efésios 5.22-24.
Homens recebem as pistas de Cristo, como o cabeça e
mulheres recebem as suas pistas da igreja chamada a permanecer em obediência a
Cristo. Homens têm o maior fardo e a maior responsabilidade. Ele deve tomar a
iniciativa, liderar, sustentar, prover e proteger; isso está no cerne do que
significa ser homem. A masculinidade redimida aponta para Cristo e exalta a
Deus.
Liderança não são direitos: são pesos e responsabilidades.
Piper define, de forma didática que Liderança é o chamado divino para um marido
assumir a responsabilidade primária por direcionamento servil como o de Cristo,
proteção e provisão do lar.[1] (Efésios 5), enquanto Submissão é o chamado
divino para uma esposa honrar e afirmar a liderança do seu marido, e ajudá-lo a
executá-la de acordo com seus dons (Efésios 5.22-33). Dessa forma o casamento é
uma comparação do relacionamento de Cristo com sua igreja. vv. 32: “Grande é
este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja”.O marido se espelha em
Cristo e a esposa segue as instruções da vontade de Deus para a igreja. vv. 25:
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela”. vv. 22: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido,
como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o
cabeça da igreja”. Leia mais em: https://voltemosaoevangelho.com/blog/2021/07/a-mulher-e-o-seu-ministerio-como-esposa-como-mae-e-na-sociedade/.
PENSE! Qual deve
ser o parâmetro de amor de um homem para com sua esposa?
PONTO IMPORTANTE! O
parâmetro é o amor de Cristo por sua igreja.
III. OUTRAS
QUESTÕES SOBRE O CASAMENTO
1. A morte encerra o casamento. O
casamento é uma aliança com o Eterno que só termina quando um dos cônjuges
falece. Nos dias do Apóstolo Paulo, como também acontece nos nossos, havia
casos de viuvez, e ele recomendou que se a mulher viúva quisesse se casar novamente,
estava livre para isso, desde que se casasse no Senhor. Esse princípio também
vale para os solteiros que ainda não contraíram núpcias. Um cristão jamais deve
se casar com alguém que não seja crente, por mais bondoso que a pessoa seja.
Paulo, escrevendo aos coríntios, pergunta: “E que comunhão tem a luz com as
trevas” (2 Co 6.14)? A fé cristã ensina que, para que o casamento seja
harmonioso, deve ser pautado por princípios espirituais, e não somente nos
atrativos físicos, pois a beleza e a juventude são efêmeras: “Enganosa é a
graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será
louvada” (Pv 31.30). A escolha da pessoa com quem vamos nos casar é de nossa
responsabilidade, entretanto devemos seguir os princípios da Palavra de Deus.
- “Porque a mulher que está sujeita ao marido enquanto ele viver, está-lhe
ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido” (Rm 7.9).
Até que a morte os separe – este é o prazo que Deus estabeleceu para o
casamento de seus servos. Jesus disse: “portanto
o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9).
- O que a Bíblia afirma que é
pecaminoso para um crente se casar com um não-crente:
1) Gênesis 1: O casamento existe
para exibir a imagem de Deus por meio da obediência aos mandamentos de Deus
relativos à fecundidade e ao domínio.
Em Gênesis 1.26-28, Deus designa
o casamento para ser uma parceria no governo da criação sob o seu domínio. Se
não reconhecermos que estamos governando sob o governo de Deus, então estamos
governando sob o governo de um ídolo, ou uma combinação de uma série de ídolos.
Falando de forma prática, isso
impacta cada decisão que você precisa tomar como casal. Por exemplo, como você
decide o que deve fazer em qualquer aspecto da sua vida? Você deveria:
1) Fazer o que agrada ao Senhor?
2) Fazer o que agrada a si mesmo?
3) Fazer o que agrada aos outros?
Para o cristão, o número 1 supera
os números 2 e 3. Para os não-cristãos, há apenas 2 e 3.
2) Gênesis 2: O casamento é uma
parceria para servir a Deus. Gênesis 2 demonstra ainda mais esse fato. Gênesis
2.15-17 mostra como Adão é profeta/sacerdote/rei no reino do jardim onde Deus o
colocou para governar dentro dos limites do reino supremo de Deus (simbolizado
pelas duas árvores: benção e vida por viver sob o seu domínio; maldição e morte
por recusar o seu governo). O restante do capítulo detalha como Adão é incapaz
de cumprir o seu chamado para ser profeta/sacerdote/rei sozinho. Ele precisa de
uma auxiliadora idônea para fazê-lo, então Eva é providenciada para que juntos
eles cumprissem o chamado de Deus para glorificar o seu nome sob o seu domínio.
Logo, o casamento é uma parceria. “Não é bom que o homem esteja só” não é
verdade principalmente porque o homem é solitário: é verdade porque ele é
incompetente, mesmo antes da queda. Deus não criou o homem sozinho para ser
competente para cumprir o seu chamado quanto à imagem de Deus. Ele criou homem
e mulher em relacionamento para fazerem isso. Homens e mulheres solteiros podem
fazê-lo também, particularmente em relação à igreja sob o amor de Cristo, o
cumprimento do casamento. Então, em um casamento cristão, o casamento é uma
parceria no evangelho. Por outro lado, casar com um não-cristão faz com que o
casamento seja uma parceria em outra coisa. Texto extraído de: https://ministeriofiel.com.br/artigos/cristaos-podem-casar-se-com-incredulos/.
2. O divórcio. O
divórcio é o fim da união conjugal pela lei dos homens. Ele não foi planejado
por Deus, mas era uma prática considerada comum nos tempos bíblicos por causa
da dureza de coração de muitos. Havia quem pensasse que o divórcio poderia ser
iniciado por qualquer motivo, como uma comida que foi queimada durante o
preparo ou porque a esposa havia mudado sua jovialidade com o tempo. Mas Jesus
deixou claro que o divórcio em caso de relações sexuais ilícitas era uma
exceção (Mt 19.9). Em nossos dias, o divórcio ganhou proporções alarmantes
mesmo entre aqueles que se dizem servos de Deus. É preciso lembrar que a quebra
da aliança com Deus e com o cônjuge tem um preço muito alto a ser pago, e quem
sempre sofre com isso são os filhos.
- Em Mateus 19.9, relações sexuais ilícitas é um termo
que abrange todo tipo de pecados sexuais. Tanto aqui quanto em 5.32 Jesus inclui
essa "cláusula de exceção", permitindo claramente que a parte
inocente nesse tipo de divórcio se case novamente sem incorrer no estigma de
alguém que "comete adultério". No versículo 10, os discípulos afirmam
que, sendo assim, não convém casar. Eles
entenderam corretamente a natureza da união do casamento e que Jesus estava
estabelecendo um padrão bastante alto, permitindo o divórcio apenas nas
circunstâncias mais extremas.
3. Morar juntos. Lamentavelmente,
o casamento vem sendo considerado dispensável por muitos jovens e adultos de
nossa sociedade, que optam por “morar juntos”. Há até aqueles que dizem que
“amigado com fé, casado é”, e que “o casamento é somente um papel onde as
pessoas assinam, pois que o papel aceita tudo”. A verdade é que quando um casal
decide viver junto, sem um ato formal diante de Deus e da sociedade, está
vivendo em fornicação, pois estão praticando o ato sexual de forma que
desagrada a Deus. A desculpa mais usada por quem adota essa prática é que, ao
morar junto, o casal vai saber se conseguirá se adaptar ou não à vida a dois no
futuro. Dessa forma, ambos estariam “experimentando” a vida de casados, mas sem
se casar.
- O casamento foi instituído por
Deus para criar relacionamentos fortes e duradouros. Deus criou o casamento
para ser uma aliança para a vida toda entre um homem e uma mulher, um
relacionamento especial, seguro e íntimo. A relação sexual é uma coisa muito
poderosa; dentro de um relacionamento estável de compromisso é muito bom mas
fora desse ideal pode causar muitos problemas (1Co 6.18). O casamento serve
para:
- Reconhecer a responsabilidade – no
casamento, o casal faz um compromisso público. Assim, cada um é responsável não
só perante o cônjuge mas também perante a sociedade e perante Deus. O casal
reconhece que o desrespeito do casamento trará consequências negativas não só
no relacionamento mas também sociais e espirituais
- Proteger cada um – o casamento legal dá
direitos legais a cada uma das partes, para impedir abusos
- Dar estabilidade aos filhos – o casamento
pretende criar um ambiente de segurança para crianças, com o pai e a mãe
comprometidos ao seu cuidado
Nem todo o casamento dá certo. É
muito importante conhecer bem a pessoa com quem você vai casar, desenvolvendo
uma boa amizade. Mas morar junto antes do casamento não ajuda. A relação sexual
pode confundir o casal e dificultar a tomada de uma decisão acertada. O sexo
não ajuda a conhecer melhor a personalidade de alguém.
4. A bigamia, a poligamia e o concubinato. A
bigamia é o ato de se ter um novo matrimônio sem que o anterior tenha se
encerrado legalmente. A poligamia é quando uma pessoa tem mais de um cônjuge ao
mesmo tempo. Há países onde ela é permitida, entretanto tal permissão não
reflete a vontade de Deus. Note que nas Escrituras Sagradas, no Antigo
Testamento, os homens que tiveram mais de uma esposa não desfrutaram de uma
vida sossegada, mas viveram em lares onde a disputa familiar era constante (Gn
21.8-21). O concubinato nos tempos bíblicos se concretizava quando mulheres
eram compradas, raptadas ou mesmo quando se tornavam prisioneiras de guerra, e
eram obrigadas a se tornar esposas de um homem já casado. No Brasil, concubinato
é a relação entre duas pessoas que não podem se casar por impedimento legal,
tornando essa relação ilegítima. Deus não promoveu esses modelos, pois não
criou um homem e duas ou mais mulheres, mas um homem e uma mulher. O plano
divino, desde a criação, foi que o casal demonstrasse amor e fidelidade um para
com o outro, em uma relação hétero e monogâmica.
- A questão da poligamia é
interessante porque a maioria das pessoas hoje vê a poligamia como imoral,
enquanto a Bíblia em nenhum lugar a condena explicitamente. O primeiro exemplo
de poligamia/bigamia na Bíblia foi o de Lameque em Gênesis 4:19: “Lameque tomou
duas mulheres”. Vários homens proeminentes no Antigo Testamento eram polígamos.
Abraão, Jacó, Davi, Salomão e outros tiveram várias esposas. Salomão tinha 700
esposas e 300 concubinas (essencialmente esposas de status inferior), de acordo
com 1 Reis 11:3. O que devemos fazer com esses casos de poligamia no Antigo
Testamento? Há três perguntas que precisam ser respondidas: 1) Por que Deus
permitiu a poligamia no Antigo Testamento? 2) Como Deus vê a poligamia hoje? 3)
Por que mudou?
1) Por que Deus permitiu a
poligamia no Antigo Testamento? A Bíblia não diz especificamente por que Deus
permitiu a poligamia. Ao especularmos sobre o silêncio de Deus, há pelo menos
um fator-chave a ser considerado. Devido às sociedades patriarcais, era quase
impossível que uma mulher solteira se sustentasse. As mulheres eram muitas
vezes incultas e destreinadas. As mulheres dependiam de seus pais, irmãos e
maridos para provisão e proteção. As mulheres solteiras eram frequentemente
submetidas à prostituição e à escravidão.
Sendo assim, parece que Deus pode
ter permitido a poligamia para proteger e prover às mulheres que não poderiam
encontrar um marido de outra forma. Um homem tomaria várias esposas e serviria
como provedor e protetor de todas elas. Embora definitivamente não seja o
ideal, viver em uma casa polígama era muito melhor do que as alternativas:
prostituição, escravidão ou fome. Além do fator proteção/provisão, a poligamia
possibilitou uma expansão muito mais rápida da humanidade, cumprindo o
mandamento de Deus: “Mas vocês, sejam férteis e multipliquem-se; espalhem-se
pela terra e proliferem nela” (Gênesis 9:7). Os homens são capazes de
engravidar várias mulheres no mesmo período de tempo, fazendo com que a
humanidade cresça muito mais rápido do que se cada homem estivesse produzindo
apenas um filho por ano.
2) Como Deus vê a poligamia hoje?
Mesmo permitindo a poligamia, a Bíblia apresenta a monogamia como o plano que
mais se ajusta ao ideal de Deus para o casamento. A Bíblia diz que a intenção
original de Deus era que um homem se casasse com uma só mulher: “Por essa
razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão
uma só carne” (Gênesis 2:24). Embora Gênesis 2:24 esteja descrevendo o que é o
casamento, em vez de quantas pessoas estão envolvidas, o uso consistente do
singular deve ser observado. Em Deuteronômio 17:14-20, Deus diz que os reis não
deveriam multiplicar esposas (ou cavalos ou ouro). Embora isso não possa ser
interpretado como um comando de que os reis tinham de ser monogâmicos, pode ser
entendido como uma declaração de que ter várias esposas causa problemas. Isso
pode ser visto claramente na vida de Salomão (1 Reis 11:3-4).
No Novo Testamento, 1 Timóteo
3:2, 12 e Tito 1:6 mencionam “marido de uma só mulher” em uma lista de qualificações
para liderança espiritual. Há algum debate sobre o que significa
especificamente essa qualificação. A frase poderia ser traduzida literalmente
como “um homem de uma só mulher”. Quer esta frase esteja ou não se referindo
exclusivamente à poligamia, em nenhum sentido um polígamo possa ser considerado
um “homem de uma só mulher”. Embora essas qualificações sejam especificamente
para cargos de liderança espiritual, elas devem se aplicar igualmente a todos
os cristãos. Não deve todo cristão ser “irrepreensível, marido de uma só
mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não
deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado
ao dinheiro” (1 Timóteo 3:2-4)? Se somos chamados para ser santos (1 Pedro 1:16),
e se esses padrões são santos para presbíteros e diáconos, então eles são
santos para todos.
Efésios 5:22-33 fala do
relacionamento entre marido e mulher. Quando se refere a um marido (singular),
sempre se refere a uma esposa (singular). “… porque o marido (singular) é o
cabeça da mulher (singular) … Quem ama a esposa (singular) a si mesmo se
ama.... Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua
mulher (singular), e se tornarão os dois uma só carne.... cada um de per si
também ame a própria esposa (singular) como a si mesmo, e a esposa (singular)
respeite ao marido (singular).” Embora uma passagem um tanto paralela
(Colossenses 3:18-19) refira-se a maridos e esposas no plural, é claro que
Paulo está se dirigindo a todos os maridos e esposas entre os crentes
colossenses, não afirmando que um marido possa ter várias esposas. Em
contraste, Efésios 5:22-33 descreve especificamente o relacionamento conjugal.
Se a poligamia fosse permitida, toda a ilustração do relacionamento de Cristo com
o Seu corpo (a igreja) e do relacionamento marido-mulher desmorona.
3) Por que mudou? Não se trata
tanto de Deus desaprovar algo que Ele permitiu anteriormente, mas sim de Deus
restaurar o casamento ao Seu plano original. Mesmo voltando a Adão e Eva, a
poligamia não era a intenção original de Deus. Deus parece ter permitido que a
poligamia resolvesse um problema, mas não é o ideal. Na maioria das sociedades
modernas, não há absolutamente nenhuma necessidade de poligamia. Na maioria das
culturas de hoje, as mulheres são capazes de se sustentar e se proteger –
removendo o único aspecto “positivo” da poligamia. Além disso, a maioria das
nações modernas proíbe a poligamia. De acordo com Romanos 13:1-7, devemos
obedecer às leis que o governo estabelece. A única instância em que a
desobediência à lei é permitida pelas Escrituras é se a lei contradizer os
mandamentos de Deus (Atos 5:29). Uma vez que Deus só permite a poligamia, e não
a ordena, uma lei que proíba a poligamia deve ser mantida.
Existem alguns casos em que a
permissão para a poligamia ainda seja aplicada hoje? Talvez, mas é insondável
que não haja outra solução possível. Devido ao aspecto de “uma só carne” do
casamento, à necessidade de unidade e harmonia no casamento e à falta de
qualquer necessidade real para a poligamia, é nossa firme convicção que a
poligamia não honra a Deus e não é o Seu projeto para o casamento. Este texto
foi extraído na íntegra de: https://www.gotquestions.org/Portugues/poligamia.html.
CONCLUSÃO
O Cristianismo ensina, segundo a Bíblia, que o casamento
é monogâmico, entre um homem e uma mulher que estejam livres e desejam se
casar. Ambos têm, diante de Deus e de si, obrigações que farão com que essa
união seja bem sucedida, e a escolha de com quem irão se casar deve se pautar
também por princípios espirituais.
- Em Provérbios 18.22 lemos, “Aquele que encontra uma esposa, acha o bem”.
Deus abençoou o relacionamento matrimonial desde o início (Gn 1.27-28), e Ele
claramente pretendia que fosse de mútua confiança e fidelidade uns aos outros.
Como companheiros no modo de vida, marido e mulher podem trabalhar juntos como
uma equipe e aprender a amar uns aos outros mais e mais, para que possam
crescer juntos em tudo que é bom. Se esta é a nossa experiência, então podemos
verdadeiramente dizer que temos um casamento feliz, sabendo ao mesmo tempo que
o que é bom sempre pode ser melhor!
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Pb Francisco
Barbosa (@Pbassis)
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HORA DA
REVISÃO
1. Segundo a lição, o que é o casamento?
O casamento pode ser definido como a união
entre um homem e uma mulher, que decidem formar uma família, apoiando-se
mutuamente e demonstrando amor e respeito um pelo outro, por meio de um acordo
perante Deus e a sociedade.
2. Qual o
comportamento esperado por Deus de quem se casa?
Deus espera que o homem e a mulher sejam fiéis
um ao outro e cuidem um do outro com amor e respeito.
3. Qual o
profeta que denunciou a deslealdade dos homens para com as esposas de sua
mocidade?
O profeta Malaquias.
4. Cite, segundo
a lição, princípios de Deus para que o homem viva bem com sua esposa.
O princípio do amor, da honra e da proteção.
5. Como o
casamento pode ser encerrado?
O casamento é uma aliança com o Eterno que só
termina quando um dos cônjuges falece.