TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)
Esmiuçando o
versículo-chave:
- A primeira instituição humana a ser estabelecida foi o
relacionamento marital. A responsabilidade de honrar os pais (Êx 20.12) não
acaba com a partida da casa paterna e a união entre marido e mulher (Mt 19.5;
Mc 10.7-8; ICo 6.16; Ef 5.31), mas representa a inauguração de uma união
permanente ou indissolúvel, de modo que divórcio não deve ser cogitado (cf.
2.16).
- "Uma só carne" fala de uma união completa de partes
perfazendo um todo; por exemplo, um cacho de muitas uvas (Nm 13.23) ou um Deus em
três pessoas (Dt 6.4); assim, essa união marital era completa e integral com
duas pessoas. Isso também implica a complementação sexual. Um homem e uma
mulher constituem o par que reproduz.
- O "uma só carne" é principalmente visto no filho
nascido dessa união, o perfeito resultado da união dos dois. Cf. os usos desse versículo
em Mt 19.5-6; Mc 10.8; ICo 6.16; Ef 5.31.
- A monogamia permanente foi e continua sendo o desígnio e a lei de
Deus para o casamento.
VERDADE PRÁTICA
A sexualidade
bíblica é heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente
criado.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
2.7,18-25
INTRODUÇÃO
Biblicamente, os
seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação
heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução
sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade.
Nesta lição, veremos as características desse fenômeno, a visão bíblica de
sexo, gênero e os efeitos da ideologia transgênero. Nosso objetivo é
reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com
o propósito divino por meio de seu sexo biológico.
- Inicialmente, se faz necessário responder o que é Transgênero? Embora
transgênero seja um termo abrangente para muitas experiências, no seu sentido
mais básico, descreve pessoas que seu interno, subjetivo senso de gênero não
corresponde com o sexo objetivo com o qual nasceram.
- Trata-se de um fenômeno atual e que necessita ser encarado à luz
da Bíblia para que possamos ter uma resposta tanto para nós mesmos quanto para
os que questionam a nossa fé, e como devemos lidar com isso.
- Estamos discutindo um assunto sob a ótica cristã evangélica com
base no santo livro, nossa única regra de fé e prática. Nas Escrituras sabemos
que o gênero humano foi corrompido pelo pecado e por isso existem distorções em
tudo e em todos. Alguns nascem com distorções na mente, outros no corpo,
algumas mais evidentes, outras nem tanto. Mas a verdade continua sendo a de que
originalmente Deus criou um homem e uma mulher e tudo o que sair desse padrão é
uma distorção do projeto original. "Porém,
desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea." (Mc 10.6).
- “O transexualismo, também
conhecido como transgeneridade, Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) ou
disforia de gênero, é um sentimento de que seu gênero
biológico/genético/fisiológico não corresponde ao gênero com o qual você se
identifica e/ou se percebe. Os transexuais/transgêneros geralmente se descrevem
como se estivessem “presos” em um corpo que não corresponde ao seu verdadeiro
gênero. Eles costumam praticar o travestismo e também podem procurar a terapia
hormonal e/ou a cirurgia de mudança de sexo para adequar seus corpos ao gênero
percebido. A Bíblia em nenhum lugar menciona explicitamente a transgeneridade
ou descreve alguém como tendo sentimentos transgêneros. No entanto, a Bíblia
tem muito a dizer sobre a sexualidade humana. O conceito mais básico para nossa
compreensão de gênero é que Deus criou dois (e apenas dois) gêneros: “homem e
mulher os criou” (Gênesis 1:27). Toda a especulação moderna sobre numerosos
gêneros ou fluidez de gênero - ou mesmo um “continuum” de gênero com gêneros
ilimitados - é estranha à Bíblia. O mais próximo que a Bíblia chega de
mencionar a transgeneridade é em suas condenações à homossexualidade (Romanos
1:18-32; 1 Coríntios 6:9-10) e ao travestismo (Deuteronômio 22:5). A palavra
grega frequentemente traduzida como “homossexuais passivos ou ativos (NVI)” ou
“homossexuais (NTLH)” em 1 Coríntios 6:9 significa literalmente “homens
efeminados”. Assim, enquanto a Bíblia não menciona diretamente a
transgeneridade, quando menciona outras instâncias de “confusão” de gênero,
identifica clara e explicitamente como pecado”. Texto extraído de: https://www.gotquestions.org/Portugues/transgeneridade.html.
Acesso em: 24 julho 2023.
I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE
1. Identidade de
gênero. O
gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino. Não
obstante, na década de 1970, as feministas usavam o termo “gênero” para o
diferenciar do “sexo” anatômico. As ciências sociais passaram a enfatizar que o
comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura e não pelas características
biológicas do sexo. Assim, argumentam que uma pessoa não precisa se comportar
de acordo com o seu sexo de nascimento.
Alegam que o
gênero e a orientação sexual não são determinados pelo sexo biológico. Nesse
caso, avaliam que a relação sexual entre macho e fêmea corresponde a papéis
sociais impostos pelo contexto cultural e social, não pela constituição
anatômica e biológica do corpo humano. Desse modo, validam qualquer
comportamento sexual.
- As Escrituras são a regra de fé e prática somente daqueles que se
submetem a ela e a têm como Palavra de Deus. Obviamente, as demais pessoas
deste mundo que não pensam da mesma forma, não está sujeito a Deus e nem
poderia estar, pois o incrédulo vive "segundo
o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também."
(Ef 2.2-3).
- Como temos visto a defesa da "ideologia de gênero", o
termo é usado por aqueles que acreditam que a ideia de que os gêneros são, na
realidade, construções sociais. Para estes críticos, os gêneros
"masculino" e "feminino" são construções impostas mas que
no entanto não são únicas, e o indivíduo deve ter o direito de escolher entre
um e outro, independente do sexo com o qual tenha nascido.
“A chamada "ideologia de
gênero" representaria o conceito que sustenta a identidade de gênero.
Consiste na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sendo a
definição do "masculino" e do "feminino" um produto
histórico-cultural desenvolvido tacitamente pela sociedade.” (Significado
de Ideologia de gênero. Disponível em:
https://www.significados.com.br/ideologia-de-genero/. Acesso em: 30 mar, 2018) “Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam
que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua
própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”,
portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria
como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como
tendências masculinas e femininas.” (O que é “ideologia de gênero”?
Disponível em: Gazeta do Povo;
http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-e-ideologia-de-genero-0zo80gzpwbxg0qrmwp03wppl1.
Acesso em:30 mar, 2018) Pierre Bourdieu em seu livro ‘A dominação
masculina’ (1998), explica que temos que tratar do gênero como “costumes
sexuadas”. Para ele, as três instituições permitiram esta dominação: A Família,
a Escola e a Igreja – não nos deixa surpresos então, quais sejam os alvos
escolhidos pelos defensores desta ideologia. A "ideologia de gênero"
coloca o "gênero" como algo que pode ser mutável e não limitado, como
define as ciências biológicas
2. Cisgênero e
Transgênero. Nos
estudos de gêneros, dois termos são usados: “Cisgênero” e “Transgênero”.
Cisgênero se refere a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de
nascimento, ou seja, a fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece
mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem.
Transgênero (ou Disforia de Gênero) classifica a pessoa cujo gênero está em
oposição ao sexo de nascimento, ou seja, indivíduo que nasce com genitália
masculina, mas que se assume mulher ou o que nasce com genitália feminina, mas
que se assume homem. São pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e se
identificam com o gênero diferente do sexo biológico. O movimento social de
representatividade desse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Essa cosmovisão
ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico.
- Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico
(masculino ou feminino) com o qual nasceu. Transgênero é a pessoa que se
identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi dado no nascimento.
- LGBTQIAPN+ é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas,
Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero,
Pan/Poli, Não-binárias e mais. Estas siglas surgiram com o intuito de
substituírem o termo “gay” em meados dos anos 80. As siglas GLS (Gays, lésbicas
e simpatizantes) e LGB (lésbicas, gays e bissexuais) ganharam força e outras
letras foram aglutinadas, tornando-se mais abrangente e acolhendo a diversidade
das demais orientações sexuais e identidades de gênero.
- É conveniente aqui, explicar “o
significado de cada uma das letras:
• L - Lésbicas - São mulheres ou pessoas não-binárias que se
identificam com o gênero que de alguma forma sentem atração por pessoas do sexo
feminino;
• G - Gays - Pessoas que sentem atração pelo mesmo gênero e por
pessoas que se consideram de gêneros parecidos;
• B - Bissexuais - são aqueles que sentem atração pelos dois gêneros
(feminino e masculino);
• T - Transgêneros, são os indivíduos que não se identificam com o
gênero atribuído em seu nascimento. A letra representa também os travestis no
Brasil;
• Q - Queer - é o termo relacionado a quem não se identifica e não se
rotula em nenhum gênero;
• I - Intersexuais - Segundo a chefe da endocrinologia do Hospital
das Clínicas Elaine Frade Costa, são pessoas que nascem com a genitália
indefinida. “As pessoas portadoras nascem com genitais internos e/ou externos
subdesenvolvidos, decorrentes sempre de alteração hormonal”, disse em
entrevista à CNN Rádio em outubro do ano passado. As pessoas intersexuais
manifestam ao mesmo tempo, tecidual testicular e ovariana, por isso não se
encaixam nas normas binárias (masculino e feminino) e muitas vezes precisam
fazer reposição hormonal ao longo da vida.
• A - Assexuais, agênero ou arromânticas - São pessoas que não sentem
atração sexual ou se define sem gênero ou aquelas que não sentem atração
romântica por ninguém;
• P - pansexuais - São pessoas que têm a atração sexual, romântica ou
emocional por outros indivíduos e isso não depende de seu sexo ou identidade de
gênero;
• N - Não binárias - Apesar de possuir os órgãos genitais de
determinado sexo, as pessoas não se reconhecem totalmente com esse gênero e
podem não se reconhecer com a identidade de gênero de homem ou mulher e sim com
uma mistura entre os dois;
- + - Representa as demais orientações sexuais e identidades de
gênero”. Texto
extraído de: https://natelinha.uol.com.br/super-viral/2023/06/28/voce-sabe-o-que-significa-a-sigla-lgbtqiapn-entenda-198869.php.
Acesso em: 24 julho 2023.
3. Transgênero e
sexualidade. Para
os especialistas, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o
gênero que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, a saber:
(a) heterossexual,
quando a atração é pelo gênero oposto;
(b) homossexual,
quando a atração é pelo mesmo gênero;
(c) bissexual,
quando a atração é por ambos os gêneros;
(d) assexual,
quando inexiste atração por gênero algum;
(e) pansexual,
quando a atração não depende de gênero. Além dessas categorias, existe pessoas
que se denominam não-binárias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem
masculino nem feminino. Desse modo, como nessa ideologia não há conexão entre
sexo biológico e gênero, uma pessoa que se identifica como transgênero transita
livremente em todo o tipo de relação sexual.
- Conforme artigo do site da defensoria Pública do Estado do Paraná
(DPE PR), “Identidade de gênero diz respeito à experiência interna e individual
relacionada ao gênero com o qual a pessoa se identifica. A identidade de gênero
não está necessariamente relacionada com características biológicas tipicamente
atribuídas aos sexos masculino e feminino. Há pessoas que se identificam
com um gênero diferente daquele do seu nascimento. Quando a identidade de
gênero de uma pessoa corresponde ao seu sexo biológico, dizemos que essa pessoa
é cisgênera. Quando, por outro lado, a pessoa se identifica com um
gênero diverso daquele que lhe foi designado ao nascer, trata-se de pessoa transgênera ou, simplesmente, trans”.
https://www.defensoriapublica.pr.def.br/Pagina/Voce-sabe-o-que-e-identidade-de-genero.
- É importante que se diga,
que já em muitos Estados Brasileiros, existem leis que amparam pessoas
trans, em nome da “dignidade humana”, e
lhes garantem, por exemplo, o uso de banheiros do sexo com o qual se identificam,
e a negação, por um estabelecimento comercial, é crime. Muitos em nome da
diversidade ou do direito à opinião solapam a ideia de verdade objetiva das
coisas. A estratégia é dar ênfase a um fato que não se pode negar, mas ignorar
a obviedade de tantos outros. Por exemplo, quem pode negar a diversidade
cultural? Quem pode negar o direito à opinião? Entretanto, também é verdade que
existem culturas que degradam o ser humano, bem como opiniões que são
desqualificadas e completamente absurdas. Outrossim, a história mostra que
pessoas que pautaram-se pela Palavra de Deus tiveram valores éticos-espirituais
muito claros.
II – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO
1. A constituição
biológica. Do
hebraico adham, o homem foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Nosso Senhor
ratificou que “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc
10.6). Nossa Declaração de Fé professa que o ser humano é constituído de três
substâncias, uma física: corpo; e duas imateriais: espírito e alma (1 Ts 5.23;
Hb 4.12). Desse modo, o corpo físico é o invólucro das partes imateriais (Gn
35.18; Dn 7.15).
O gênero desse
corpo é definido pelo sexo de criação geneticamente determinado: homem ou
mulher (Gn 1.27; 2.24). Nesse caso, o sexo e o gênero estão relacionados com as
características orgânicas do corpo e dos órgãos genitais. Significa que na
criação divina, os cromossomos sexuais XY determinam o sexo masculino (macho) e
os XX determinam o sexo feminino (fêmea).
- Muitas das palavras usadas no relato da criação do homem em Gn
2.7 retratam um artesão mestre em atividade formando uma obra de arte à qual
ele dá vida (1Co 15.45). Feito de barro, o valor do ser humano não está nos
componentes físicos que formam o seu corpo, mas na qualidade de vida que forma
a sua alma (veja Jó 33.4).
- De acordo com as Sagradas Escrituras, o ser humano é composto por
espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Embora não seja fácil explicar a tricotomia
humana, ela, todavia, é uma realidade.
- Espírito. Por
intermédio do espírito, entramos em contato com Deus. Por isso, deve o nosso
espírito ser quebrantado (Sl 51.17), voluntário (Sl 51.12) e reto (Sl 51.10).
Testemunha o apóstolo Paulo que servia a Deus em seu espírito (Rm 1.9). Quando
de nossa morte, entregamos a Deus o espírito (Lc 23.46; At 7.59). O espírito
dos ímpios, Deus o lança no inferno (Lc 16.19-31; Sl 9.17; Mt 13.40-42;
25.41,46). Não podemos separar a alma do espírito, pois ambos formam uma
unidade indivisível.
- Alma. Através da alma,
é-nos possível, utilizando-nos de nossos sentidos, entrar em contato com o
mundo exterior. Não podemos esquecer-nos de que, na Bíblia, a palavra alma
aparece como sinônimo de espírito (Gn 2.19; Sl 42.2).
- Corpo. Nosso corpo não
é a realidade final de nosso ser. O seu movimento é proveniente do sopro que do
Criador recebemos (Gn 2.7). Através dele, cabe-nos glorificar a Deus, pois não
é instrumento de imundície, mas de santificação (1 Co 6.18-20).
2. A
constituição moral. O
homem foi criado, dentre outros aspectos, à imagem e semelhança moral de Deus
(Gn 1.26,27). Entretanto, o pecado corrompeu a moralidade do gênero humano (Gn
6.5). Por isso, no plano divino, os crentes precisam ser renovados segundo a
semelhança moral original (Ef 4.22-24; Cl 3.10). Essa renovação é obra do
Espírito Santo que opera interiormente e promove a santificação do espírito, da
alma e do corpo (Rm 8.2-5,13,14; 1 Ts 5.23). Assim, aos salvos a Escritura diz:
“não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal” (Rm 6.12). Desse modo, as
práticas sexuais ilícitas são proibidas (Êx 20.14; Rm 1.26,27). A Bíblia ensina
que a imoralidade sexual afronta o corpo, que é templo e morada do Espírito
Santo (1 Co 6.18-20).
- O ponto culminante da criação, um ser humano vivente, foi feito à
imagem de Deus para governar a criação. Ser criado à imagem divina definiu o
relacionamento peculiar do homem com Deus. O homem é ser vivente capaz de
incorporar os atributos de comunicação de Deus (Gn 9.6; Rm 8.29; Cl 3.10; Tg
3.9). “Na sua vida racional, o homem era
semelhante a Deus no sentido de que era capaz de raciocinar e tinha intelecto,
vontade e sentimento. No sentido moral, ele era semelhante a Deus porque era
bom e sem pecado. A imagem de Deus em nós consiste em uma imagem tanto natural
quanto moral — e não no sentido físico. Nossos corpos foram feitos de pó. Jesus
não tinha a forma externa de um homem, antes da encarnação (Fp 2.5-7).
a) A imagem natural inclui elementos
da personalidade ou do próprio ‘eu’, comuns a todas as pessoas, quer humanas
quer divinas. Intelecto, sensibilidade, vontade — estas são as categorias que
compõem a personalidade e formam uma clara linha de separação entre os seres
humanos e os animais irracionais.
b) A imagem moral inclui a vontade e
a esfera da liberdade, onde podemos exercer nossos poderes de autodeterminação.
Ela torna possível nossa comunhão e comunicação com Deus””. (MENZIES, W. W.,
HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD,
2005, p.69-70.)
- A queda arranhou essa imagem e semelhança, que só é reconstituída
sob influência do Espírito Santo. Nosso corpo é o templo e habitação do
Espírito Santo (1 Co 6.19). Conforme já frisamos, é um instrumento de
santificação.
- A imagem de Deus no homem é basicamente moral e espiritual: isto
é indicado em Colossenses 3.10, "E
vos vestistes do novo homem, que se renova para o conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou". Em conjunção podemos adicionar Efésios 4.24,
"E vos revistais do novo homem, que
segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade." Como
originalmente criado, o homem foi dotado com conhecimento, justiça e santidade.
Por seu pecado o homem foi desprovido destas virtudes, mas através de Cristo
ele é renovado e restaurado à sua glória original, não mais do que esta. Para
confirmar esta definição da imagem, eu aponto que Adão, após a queda, é dito
ter tido filhos à sua imagem, significando que ele teve uma descendência
pecaminosa, assim como ele era pecaminoso. Assim, a imagem de Deus no homem é
essencialmente o homem ser um reflexo de Deus em seu caráter espiritualmente
puro. Como a imagem pode ser restaurada. “A
Queda diminuiu a imagem de Deus, não somente em Adão e Eva, mas em todos os
seus descendentes, a raça humana inteira. Nós retemos a imagem estruturalmente,
no sentido de que permanecemos sendo seres humanos, mas não funcionalmente,
porque somos agora escravos do pecado, incapazes de usar nossos poderes para
refletir a santidade de Deus. A regeneração começa o processo de restauração da
imagem moral de Deus em nossas vidas. Mas não até que sejamos completamente
santificados e glorificados refletiremos a Deus perfeitamente em pensamento e
ação, assim como fomos feitos para refletir e como o Filho encarnado de Deus em
Sua humanidade realmente refletiu (João 4:34; 5:30; 6:38; 8:29,46)" (Nova
Bíblia de Estudo Genebra, página 9).
3. A
constituição da sexualidade. Ao criar o ser humano “macho e fêmea”,
Deus também instituiu a sexualidade (Gn 1.27,28). Sempre fez parte da criação
original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher (Gn
2.24). Ao abordar o tema, o Senhor Jesus associou a anatomia dos sexos com o
propósito divino da sexualidade e da reprodução (Mt 19.4-6).
O relacionamento
sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma satisfação completa entre
homem e mulher na busca da realização conjugal e na procriação da espécie (Ec
9.9; Sl 127.3-5). A união monogâmica e heterossexual configura o modelo bíblico
de sexualidade (1 Co 7.3,4). Desse modo, no plano divino, o sexo, o gênero e a
sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas estão
biologicamente constituídos e intimamente relacionados.
- O plano de Deus para a sexualidade humana à luz de Gn 2.24 e Mt
19.3-11, compreendemos que o plano de Deus é que o ser humano exerça sua
sexualidade no plano de companheirismo entre o homem e a mulher numa parceria
de vida, e não só de sexo. Uma união tão completa que torna dois indivíduos de
sexos opostos partes de uma unidade que, idealmente, deve ser indissolúvel (1Co
7.4).
- A sexualidade é tratada na Bíblia de uma forma muito clara e
natural. A primeira referência ao sexo na Bíblia acontece na ocasião em que
Deus criou o homem e a mulher. Ao abençoar o primeiro casal, Deus disse: “Sejam férteis e multipliquem-se!” (Gn 1.28).
Isto significa que o originalmente o sexo não é pecado. Algumas pessoas possuem
uma visão distorcida sobre este ponto. O sexo é anterior à origem do pecado
entre a humanidade. Antes da Queda do homem, o sexo já era algo permitido e
abençoado por Deus. Ao criar homem e mulher compatíveis à procriação e dotados
de intelecto, sentimentos e responsabilidade moral, Deus também criou a
sexualidade.
- Sabemos que a ética cristã é fundamentada e pautada unicamente
nas Escrituras. Logo, a ética cristã classifica a sexualidade como uma benção
dentro da união matrimonial, e como uma prática pecaminosa fora dela.
Portanto, segundo os princípios bíblicos, a ética cristã reitera
que a sexualidade deve ser entendida como uma expressão de amor entre marido e mulher.
Sob esse aspecto, a ética cristã também enxerga que o sexo é fundamental para
um casamento feliz e equilibrado. Isto porque dentro da ética cristã o sexo
supera a ideia de uma mera satisfação de desejos carnais que, isoladamente e de
forma desenfreada, não condiz com o comportamento cristão (1Ts 4.3-5).
Assim, a sexualidade deve ser vista como uma dádiva Divina que deve
ser aproveitada de acordo com as diretrizes dadas por Deus. O escritor de
Hebreus apresenta uma síntese perfeita do propósito de Deus para a sexualidade
e o casamento. Ele escreve: “O casamento deve ser honrado por todos; o leito
conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros” (Hb 13.4).
III – EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO
1. Depreciação
da heterossexualidade. Vimos que o modelo de sexualidade nas Escrituras é
heterossexual (Gn 2.24; Mt 19.5; Mc 10.7; Ef 5.31). No entanto, ativistas atuam
na desconstrução da orientação sexual bíblica. Em 1991, o termo
heteronormatividade passou a ser utilizado em depreciação da prática
heterossexual. É uma proposta de doutrinação para apresentar a crítica de que o
reconhecimento da distinção biológica entre homem e mulher como dado óbvio do
desenvolvimento humano e da realidade, ou seja, a heteronormatividade (que já é
um termo doutrinador), é um sistema opressor e normatizador em que se obriga as
pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Nesse sentido, acusam os
héteros de preconceituosos, discriminadores e transfóbicos.
- Heteronormatividade é a perspectiva que considera a
heterossexualidade e os relacionamentos entre pessoas de sexo diferente como
fundamentais e naturais dentro da sociedade. A cunhagem desse termo afirma que
se trata de uma imposição social para ser ou se comportar de acordo com os
papéis de cada gênero.
- Vale salientar que a Bíblia
é um tanto ambígua sobre orientação sexual porque “orientação sexual” é uma
linguagem relativamente nova, então nós não vamos encontrar um versículo
específico que fala sobre o assunto. O que a Bíblia diz de forma clara é que
executar atos sexuais com pessoas do mesmo sexo, e se engajar na prática ou
comportamento homossexual é pecado. Levítico vai nos dizer que o homem não deve
se deitar com homem, como se fosse mulher. Romanos fala sobre a mudança dos
relacionamentos naturais (homem e mulher) para relacionamentos não-naturais,
com pessoas do mesmo gênero. Em 1 Coríntios 6 e em 1 Timóteo 1, um dos pecados
que aparecem naquelas “listas” é o de homens que praticam a homossexualidade.
Então a ênfase está na atividade, conscientemente escolhida, da intimidade
homossexual. O que isso diz sobre orientação? Certamente isto sugere que ter um
desejo sexual por alguém do mesmo gênero é pecado, se esse desejo surge da
cobiça, assim como a cobiça por alguém do sexo oposto também seria pecado, é o
que Jesus diz em Mateus 5. Vamos um pouco mais longe para dizer que o desejo em
si, esse tipo de atração é desordenada, no sentido que não é como Deus planejou
no início de tudo. Dito isto, há muitos desejos na vida cristã que podem ser
desordenados, e diariamente, todos nós temos que vir a Deus em arrependimento
por todos esses desejos. Então, a orientação homossexual é pecaminosa? Eu não
desejo que alguém que está lutando com a atração por pessoas do mesmo sexo
assista a esse vídeo e pense que está fora do alcance da misericórdia e do
perdão de Deus, e ao mesmo tempo que ela saiba que as Escrituras dizem
claramente que agir desta forma e se envolver neste comportamento é pecaminoso”.
Extraído de: https://ministeriofiel.com.br/videos/a-biblia-condena-a-orientacao-homossexual-como-pecado/.
Acesso em: 24 Julho 2023.
2. Construção de
narrativas. Militantes
trans alegam que a subjetividade de alguém se sentir homem ou mulher deve
sobrepor aos aspectos biológicos. Nesse sentido, eles se rebelam contra a
própria constituição biológica. Então, para adequar a insatisfação do próprio
corpo com a mente, exigem terapia hormonal e cirurgia de redirecionamento
sexual como pretensas soluções. Isso é tão sério que o ativismo na educação e
saúde pública acaba se impondo no doutrinamento de crianças e adolescentes. Na
busca de aceitação social, divulgam a ideia do nascimento no corpo errado. De
outro lado, em 2017, a associação de pediatras americanos (American College of Pediatricians)
publicou que: (a) conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo
alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e não fazendo
intervenções invasivas no corpo; (b) meninos não nascem com cérebro feminizado
e meninas não nascem com cérebro masculinizado; e (c) a ideia de pessoas presas
no corpo errado é uma crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa
(Rm 9.20).
- “... Devemos, portanto,
responder com uma defesa bíblica do corpo. Devemos encontrar maneiras de curar
a alienação entre corpo e pessoa. O ponto de partida é uma filosofia bíblica da
natureza. A Bíblia proclama o profundo valor e dignidade do mundo material —
incluindo o corpo humano — como obra das mãos de um Deus amoroso. É por isso
que a moralidade bíblica coloca grande ênfase no fato da encarnação humana. O
respeito pela pessoa é inseparável do respeito pelo corpo. Afinal de contas,
Deus poderia ter escolhido fazer-nos como os anjos — espíritos sem corpo. Ele
poderia ter criado um mundo espiritual onde flutuássemos por aí. Pelo
contrário, Ele criou cada um de nós com corpos materiais e em um universo material.
Por quê? Claramente, Deus valoriza a dimensão material e quer que a valorizemos
também. A Bíblia trata corpo e alma como dois lados de uma mesma moeda. A vida
interior da alma é expressa por intermédio da vida exterior do corpo. Isso é
destacado pelo paralelismo característico da poesia hebraica: ‘A minha alma tem
sede de ti; a minha carne te deseja muito’ (Sl 63.1); ‘Pois a nossa alma está
abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão” (Sl 44.25); ‘Guarda [as
minhas palavras] no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e
saúde, para o seu corpo’ (Pv 4.21,22); ‘Enquanto eu me calei [me recusei a me
arrepender], envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl
32.3). Em certo sentido, o nosso corpo tem primazia diante de nosso espírito.
Afinal de contas, o corpo é a única maneira que temos para expressar a nossa
vida interior ou para conhecer a vida interior de outra pessoa. O corpo é o
meio pelo qual o invisível é feito visível” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu
Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de
Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p.36).
3. Linguagem
neutra.
O movimento LGBTQIAPN+ requer a inserção de uma terminologia neutra ou não-binária
na linguagem. O objetivo é identificar quem não se reconhece como masculino ou
feminino. Os ativistas consideram a gramática normativa como machista e
elitista. Contudo, na Língua Portuguesa o gênero neutro é absorvido pelo
masculino. Assim, o masculino é usado de modo genérico para identificar a
espécie humana (homens e mulheres). Não obstante, a militância pretende
substituir as vogais ‘a’ e ‘o’ na pretensão de neutralizar o gênero. Desse
modo, a norma gramatical é desconstruída para atender à ideologia de gênero (Is
5.21).
- “O ataque à Língua
Portuguesa promovido pelos ativistas da “linguagem neutra” é parte de um
“complô internacional” que visa a desconstrução da família tradicional”,
avalia o pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP). Confira na íntegra aqui!
- “Essa politização da língua
portuguesa é feita de maneira consciente e se firma em pilares artificiais e
ideologias pseudocientíficas. Mais ainda, é um projeto de expansão de uma
cultura imperialista e universalizante que tem suas bases nas análises
academicistas de gênero. Matos (2007) que é uma defensora dessa proposta propõe
que o gênero seja pensado para além do seu aspecto teórico/analítico, haja
vista que ele (o gênero) está "consolidado em áreas imprevisíveis tais
como a física, a teologia, a economia, a educação física, o direito, a política,
etc." O que se almeja é uma ciência militante feita por sujeitos ativos ou
sujeitos agentes que pensam e transformam a realidade. Dentro dessa
perspectiva, todos são chamados a abraçar a causa, a lutarem pelas suas ideias.
Esta é uma aplicação clássica da corrente neomarxista, mas precisamente do
pensamento de Gramsci cuja proposta é dominar através da cultura.
De acordo com o
pensamento Gramsciano, a luta não deve ser travada no campo de batalha com o
uso de armas e imposição da força física, mas de um modo sutil, quase que
imperceptível, ou seja; no campo das ideias, politizando a cultura. Em seu
livro, Os ataques contra a Igreja de Cristo, o pastor José Gonçalves (2022), ao
explicar o projeto Gramsciano de poder, nos alerta que os teóricos neomarxistas
se apoiam na ideia de Gramsci de dominação cultural. Essa dominação visa
ressignificar a cultura por meio de novos conceitos e ideias. Nesse aspecto, a
divulgação dos ideais neomarxistas conta com um exército numeroso de pessoas
chamadas de intelectuais orgânicos. Tais intelectuais não estão reclusos na
academia, mas em toda a parte da sociedade, seja nos partidos políticos, na
mídia e até mesmo nas igrejas.
A língua faz parte
de uma identidade cultural de um povo, de um processo de formação histórica de
uma nação e é por meio dela que a proposta de uma linguagem neutra de gênero
começa o seu projeto de dominação, haja vista que ela não é apenas um instrumento
de comunicação entre os pares, é também instrumento de poder e dominação. Ela
forma a identidade de um grupo, conta a história de um povo, embasa ideias
políticas e cria argumentos ideológicos que podem subjugar pessoas. Como afirma
Bakhtin (1997, p.36): a língua é o modo mais puro e sensível da relação social.
Coelho e Mesquita
(2013) explicam que os conceitos de língua, cultura e identidade estão
intrinsecamente ligados, pois a cultura se constitui e se difunde pela língua.
Além do mais, é por meio da língua que os sujeitos constroem os processos de
formação de suas identidades. Logo, podemos deduzir, desta afirmativa, que
mudando-se a língua de um povo, muda-se também sua identidade. A língua é a
base que dá sentido a toda vida social de um povo. É impensável vivermos em
sociedade sem ela. De acordo com Bakhtin (1997), não há cultura sem língua, nem
língua sem cultura. É importante destacar que o indivíduo não cria a língua. A
língua é exterior a nós. O indivíduo apenas faz uso de uma linguagem na sua interação
social e esta linguagem é codificada e compartilhada por todos. Além do mais, a
ideia de uma linguagem neutra de gênero é impossível, pois não existe
neutralidade nem na ciência, muito menos na língua. O próprio Bakhtin (1997)
afirma isto de forma categórica: "a língua é um instrumento ideológico por
excelência" (p. 36). Sendo assim; "Não há enunciados neutros, nem
pode haver". O que temos é ideologia neomarxista que se vale de uma
cosmovisão antibíblica e abrange toda a sociedade em seus mais diversos
aspectos. Portanto, o imperativo militante da proposta da linguagem neutra de
gênero subjaz o projeto de poder Gramsciano cujo objetivo é o de dominação
cultural. Pretende-se, assim, promover uma elevação das classes minoritárias à
condição de classe culturalmente dominante, por meio do conhecimento e de
artifícios democráticos como justiça e igualdade social.
Diante do avanço
desse projeto imperialista da linguagem neutra de gênero na sociedade
brasileira, como cristãos, somos chamados a nos posicionar contra essa
ideologia antibílica que reforça a cosmovisão ateísta daqueles que militam suas
próprias causas.” Extraído de: https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-linguagem-neutra-de-genero-e-o-imperativo-militante.
Acesso em: 24 Julho 2023.
CONCLUSÃO
O sexo, o gênero
e a sexualidade fazem parte da constituição anatômica e fisiológica divinamente
instituída. Nas Escrituras existem apenas duas possibilidades de gênero e
anatomia sexual humana, ou seja, o masculino/macho e o feminino/fêmea (Gn
1.27). Ao término da criação, “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era
muito bom” (Gn 1.31). Ele não errou ao criar a sexualidade heterossexual para a
humanidade. Portanto, ninguém nasce predeterminado a identificar-se como
transgênero. Muda-se a cultura, mas a Palavra de Deus permanece imutável (Mt
24.35).
- “A Ideologia de Gênero
pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser
considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem
sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão
dos valores. Os cristãos precisam reagir e “batalhar pela fé que uma vez foi
dada aos santos”” (Jd v.3). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 2, 8 Abr 18)
- A sociedade atual está cada vez mais perdendo de vista o
princípio que Deus definiu para a união sexual entre os seres humanos: um homem
e uma mulher, unidos pelo compromisso eterno do matrimônio. Em virtude deste
crescente desvio do padrão idealizado por Deus no princípio, é que têm surgido
todas estas anomalias sexuais descritas até aqui. Hoje já se convive até mesmo
com o “casamento” entre homossexuais e a adoção de filhos por estes “casais”. O
propósito de Deus é que o homem junte-se com a mulher e os dois formem “uma só
carne” (Gn 2.24), constituindo-se numa família heterossexual, na qual os filhos
poderão ser educados em meio a um ambiente sadio e livre de preconceitos. Este
ideal está totalmente corrompido na sociedade moderna, e as relações sexuais
passaram a ser apenas um meio de obter prazer a qualquer custo, sem atentar
para as orientações dadas por Deus no passado, e para os perigos de não seguir
estas orientações. A atual sociedade já aprendeu a conviver pacificamente com o
outrora chamado “pecado grego”, vendo os homossexuais como apenas “um pouco
diferentes”..
“Achando-se as tuas palavras,
logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração;
porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias
15.16),
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REVISANDO O CONTEÚDO
1.
O que o gênero identifica?
O gênero identifica
os seres inequívocos do sexo masculino e feminino.
2.
O que significa cisgênero?
Refere-se a pessoa
cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento, ou seja, a fêmea
nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com
genitália masculina que se reconhece homem.
3.
O que o corpo físico é em relação às partes imateriais do ser humano?
O corpo físico é o
invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15).
4.
O que sempre fez parte da criação original de Deus?
Sempre fez parte da
criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua
mulher (Gn 2.24).
5.
Cite pelo menos um dado do estudo de pediatras americanos que contraria a ideia
de redirecionamento sexual.
Conflitos entre
mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o
sexo anatômico (corpo), e não fazendo intervenções invasivas no corpo.