TEXTO ÁUREO
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25)
- A negação da existência de
Deus e do seu direito de ser obedecido e glorificado (vs. 19-21; 1,44.20; |r
13.25; cf. Jo 8.44)
VERDADE
PRÁTICA
A exaltação da criatura acima do Criador é a
usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1.18-25
INTRODUÇÃO
A soberba e a insensatez do homem ímpio o mantêm
afastado da verdade de Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar cada vez mais a
criatura em autoidolatria, o coração perverso e a escolha pelos prazeres da
carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2 Tm 3.4). A lição de
hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de
todas as coisas (Rm 1.18).
- “A "Revolução do Pensamento" tem como características
principais a mudança do pensamento tradicionalista para o reflexivo, o foco no
mundo natural e a suposição do acerto dos sentidos e da razão. Esta Revolução
foi aquela que aconteceu quando os povos abandonaram os mitos e passaram a
adotar uma explicação de base filosófica. Se afastaram, então, das tradições
orais passadas de geração em geração, tidas por verdadeiras pela autoridade de
quem as transmitia, e passaram a só aceitar como verdadeiro o que houvesse sido
adequadamente demonstrado. Os primeiros pensadores ocidentais a fazer isto
foram os filósofos pré-socráticos.” https://brainly.com.br/tarefa/21568886
- “autoidolatria. au·to·i·do·la·tri·a. sf. Amor exagerado de si próprio ou
das próprias obras; culto ou adoração de si mesmo; autolatria” https://michaelis.uol.com.br/busca?id=pYEw
- Deus, de maneira soberana, tem
apresentado Seus atributos e Sua existência por meio da natureza, embora a expressão
"o que de Deus se pode conhecer”
não possa ser tomada em termos absolutos, uma vez que Paulo diz que as pessoas
que não estão em Cristo não conhecem a Deus (Cl 4.8; 1Ts 4.5; 2 Is 1.8). A
revelação divina na natureza lança luz suficiente ao homem a ponto de torná-lo
indesculpável diante de Deus. A verdade sobre a revelação na criação é um tema
comum nas Escrituras (SI 19.1-2; Is 6.3; Jó 42.5). A dúvida acerca da
existência do Deus verdadeiro não é algo insuperável, que não possa ser
vencida. Ninguém é forçado pelas evidências a ser ateu, pelo contrário, a
observação da natureza faz surgir em nós a pergunta sobre Deus. Ela nos faz
saber sobre nossa dependência quanto à vida. Ora, à criatura cabe gratidão e
louvor ao Criador. Os homens, em vez de
aproveitarem a luz que receberam, suprimiram o que sabiam ser verdade, a fim de
seguirem seus próprios caminhos. Daí o veredicto: Culpados!
PALAVRA
CHAVE: ANTROPOCENTRISMO
I – O
DESPREZO À VERDADE
1- A impiedade e a injustiça. O termo “impiedade” é a tradução do grego Ele
refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1;
Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem
retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o
próximo (2 Pe 2.15). Ambas as palavras revelam a situação geral da humanidade
não regenerada (Rm 1.18), sua idolatria, o culto a criatura (Rm 1.19-23), a
perversidade e a depravação moral (Rm 1.25-32) que expressam a decisão deliberada
do homem em desprezar a verdade divina (Rm 1.19,20). Essa investida contra o
temor a Deus e a relativização do pecado aprisiona e cauteriza a consciência
humana (1Tm 4.2). Tais ações provêm da recusa do homem em glorificar o Criador
(Rm 1.21).
- Depois de apresentar
a justiça que vem de Deus em Rm 1.17, um tema que ele desenvolve em detalhes
(3.21— 5.21), Paulo apresenta a esmagadora evidência da pecaminosidade do ser
humano, revelando o quão desesperadamente ele precisa dessa justiça que somente
Deus pode fornecer. Ele apresenta a acusação de Deus contra o descrente e
imoral pagão (Rm 11.18-32; os gentios), a pessoa exteriormente religiosa e
moral (Rm 2.1-3.8; os judeus) e conclui mostrando que todas as pessoas merecem
o castigo de Deus (Rm 3.9-20).
A ira de Deus não se
trata de uma explosão impulsiva de raiva voltada, de maneira caprichosa, às
pessoas das quais Deus não gosta. Ela é a resposta certa e determinada de um
Deus justo ao pecado (SI 2.5,12; 45.7; 75.8; 76.6-7; 78.49-51; 90.7-9; Is 51.1
7; Jr 25.15-16: Jo 3.36; Rm 9.22; Ef 5.6; Cl 3.5-6).
Ela se revela, mais precisamente, "é
constantemente revelada". Em sua essência, a palavra significa
"desvendar, tornar visível, fazer conhecido". Deus revelou a sua ira
de duas maneiras:
1) indiretamente, por meio das
consequências naturais da violação das suas leis morais universais, e
2) diretamente, por meio de sua
própria intervenção (os registros do Antigo Testamento claramente mostram esse
tipo de intervenção — da sentença dada a Adão e Eva até o dilúvio universal; do
fogo e enxofre que destruiu Sodoma até o cativeiro babilônico).
A revelação mais
vivida da ira santa e do ódio de Deus contra o pecado foi quando ele despejou o
castigo divino sobre o seu filho na cruz. Deus tem vários tipos de ira:
1) a ira eterna, que é o inferno;
2) a ira escatológica, que é o dia
final do Senhor;
3) a ira cataclísmica, como o
dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra;
4) a ira consecutiva, a qual é o
princípio do semear e colher, e
5) a ira do abandono, que é quando
Deus retira suas restrições e deixa as pessoas seguirem seus próprios pecados
(para exemplos dessa ira, veja SI 81.11 -12; Pv 1.2.3-31; Os 4.17).
Aqui, trata-se do
quinto tipo - Deus abandonando os ímpios continuamente ao longo da História
para que sigam seus pecados e as consequências deles (vs 24-32).
Impiedade indica falta de
reverência pelo verdadeiro Deus, bem como falta de devoção e de adoração a ele
— um relacionamento imperfeito com ele (Jd 14-15).
Perversão refere-se ao
resultado da impiedade; uma falta de conformidade em pensamento, palavra e ação
ao caráter e à lei de Deus.
Detêm a verdade: embora as evidências da consciência (1.19; 2,14), da
criação (1.20) e da Palavra de Deus sejam irrefutáveis, os seres humanos preferem
resistir e se opor à verdade de Deus por meio do apego a seus pecados (S114.1;
Jo 3.19-20).
2- A insensatez humana. O apóstolo Paulo assegura que a revelação geral de
Deus, por meio da natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento
sobre o Criador (Rm 1.19,2oa). Por isso, ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade
divina nem de seu eterno poder (Rm 1.20b). Não obstante, mesmo em contato diário com essa revelação, o
homem iníquo não glorifica a Deus nem lhe rende graças (Rm 1.21a). Em lugar de reconhecer o Criador, o ser criado age
como se não fosse criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3.5). Por
causa das especulações pretensiosas de seu coração e de sua autoidolatria,
tanto o seu raciocínio quanto o seu intelecto em relação à verdade tornam-se
inúteis (Rm 1.21b). Suas ideologias rejeitam, pervertem e substituem a verdade
de Deus pela mentira do homem. Dessa insensatez resulta a idolatria e a
perversão moral (Rm 1.22-25).
- Romanos 1.21 afirma
que todos os homens têm conhecimento de Deus! Logo, não se nasce ateu, torna-se
nessa condição pela dureza do próprio coração. O ser humano tem conhecimento da
existência, do poder e da natureza divina de Deus por meio da revelação geral –
a natureza (vs. 19-20). Mesmo contemplando as coisas criadas, não o glorificaram. A finalidade
principal do homem é glorificar a Deus (Lv 10.3; 1Cr 16.24-29; SI 148; Rm
15.5-6), e a Escritura, constantemente, exige isso (SI 29.1-2; 1Co 10.31; Ap
4.11). Glorificá-lo é honrá-lo, reconhecer seus atributos o louvá-lo pela sua
perfeição (Êx 34.5-7). É reconhecer a sua glória e exaltá-lo por isso. Não
glorificá-lo é a maior afronta do homem para com o seu Criador (At 12.22-23).
Mas, apesar de gozar das benesses de Deus, do mundo de Deus, nem lhe deram graças. Eles se recusaram
a reconhecer que todas as coisas boas das quais se alegravam vinham de Deus (Mt
5.45; At 14.1 5-17;1ITm 6.17; Tg 1.17). A busca do ser humano por significado e
propósito resultará apenas em conclusões inúteis e sem sentido,
obscurecendo-se-lhes o coração. Quando a pessoa rejeita a verdade as trevas da
falsidade espiritual tomam o seu lugar (Jo 3.19-20).
- Romanos 1.20 nos
explica por que razão devemos nos esforçar pela evangelização, investindo na
obra missonária: não existe outra maneira pela qual o homem possa ser salvo
senão pela pregação do Evangelho! Deus colocou sobre todos os homens a
responsabilidade por se recusarem a aceitar o que Deus havia mostrado a eles
sobre si mesmo por meio da criação. Mesmo aqueles que não tiveram a
oportunidade de ouvir a respeito do evangelho, receberam um testemunho claro da
existência e do caráter de Deus, mas a
suprimiram. Se a pessoa responder à revelação de que dispõe, mesmo sendo essa
somente a natural, Deus providenciará os meios para que essa pessoa ouça o
evangelho (At 8.24-39; 10.1-48; 17.27).
- Romanos 1.23 “e mudaram a glória... em semelhança da
imagem”, nos fornece uma pista do início das falsas religiões; todas elas
nascem de corações desvirtuados. Eles substituíram a adoração do Deus
verdadeiro pela adoração de imagens. Alguns historiadores relatam que muitas
culturas antigas não tinham, originalmente, ídolos. Por exemplo, a Pérsia
(Heródoto; As Histórias, 1.31), Roma (Varrão, em A Cidade de Deus, de
Agostinho, 4.31) e até mesmo a Grécia e o Egito (Luciano; A Deusa Síria, 34)
não eram idólatras no princípio. No século 4º a.C, o historiador Eusébio relatou
que as civilizações mais antigas não tinham ídolos. O registro bíblico mais
antigo sobre idolatria ocorreu na família de Abraão em Ur (Js 24.2). O primeiro
mandamento proibiu essa prática (Êx 20.3-5) e os profetas continuamente zombavam
daqueles que, de maneira insensata, persistiam nela (Is 44.9-17; 2Rs 17.13-16).
Embora os falsos deuses que os homens adoram não existam, muitas vezes os
demônios os personificam (1Co 10.20).
3- O culto a criatura. Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira”
(Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a
impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24). Aqui o texto bíblico
ratifica a anunciada ira de Deus sobre a impiedade e a injustiça dos homens (Rm
1.18). A corrupção moral do ser humano deriva de sua rebelião contra Deus. Sua
natureza caída troca a verdade pelo engano e prefere honrar e servir a criatura
em lugar do seu Criador (Rm 1.25a).
Assim, na religião os seres criados passam a ser
cultuados; nas ciências, a matéria é colocada acima de Deus; na sociedade, o
artista, o atleta, o político ou o líder religioso se tornam uma referenda de
idolatria em afronta ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25b).
- Floresce no meio evangélico uma mensagem focada nas necessidades
imediatas do homem (cura e prosperidade) e dos pretensos direitos desse homem.
Os púlpitos massageiam o ego dos pecadores. Tornam-se divãs eivados da
psicologia de autoajuda. Isso porque perdemos a consciência do estado de
rebeldia contra Deus em que o homem se encontra. Com isso a igreja perde o
fervor missionário e passa a pregar apenas em panaceia, sem tocar no âmago do
problema humano, que é o pecado.
- Destaco aqui quatro estágios do mundo gentio culpado diante de Deus: 1)
inteligência (Rm 1.18-20); 2) ignorância (1.21-23); 3) imoralidade (1.24-27); e
4) impenitência (1.28-32).
- Romanos 1.24-32
descreve a espiral descendente da ira do abandono de Deus na vida das pessoas
quando as abandona. Paulo mostra a essência (vs. 24-23), a expressão (vs.
26-27) e a extensão (vs. 28-32) da pecaminosidade do ser humano. Usando um
termo judicial grego usado para entregar um prisioneiro para que cumpria a
sentença que recebeu - Deus entregou,
o apóstolo esclarece que a atual situação moral é um claro sinal do julgamento
de Deus sobre a humanidade pecadora. Quando, de modo consistente, os seres
humanos abandonam a Deus, ele os abandonará (2Cr 15.2; 24.20; SI 81.11-12; Os
4.17; .Mt 15.14; At 7.38-42; 14.16) Ele faz isso:
1) indireta e imediatamente,
retirando o seu controle sobre e eles e permitindo que os pecados deles sigam o
seu curso inevitável, e
2) direta e consequentemente, por
ações específicas do julgamento divino e punição.
II – A
REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO
1- Renascentismo. A Renascença é um movimento intelectual que surgiu
na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XVI. A característica desse
movimento foi o seu profundo racionalismo, ou seja, tudo devia ter uma
explicação racional. Os renascentistas recusavam-se acreditar em qualquer coisa
que não pudesse ser comprovada racionalmente. Durante esse período, que
coincide com o início da Idade Moderna, que os historiadores marcam a partir da
tomada dos otomanos pelos turcos em 1453 até 1789 (Revolução Francesa), a visão
teocêntrica (em que Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma
concepção antropocêntrica (em que o homem se tomava a única medida de todas as
coisas). No lugar de ver o mundo a partir
das lentes do Criador, os homens passaram a enxergá-lo a partir das lentes da
criatura. Assim, surgiram os primeiros efeitos do processo de secularização da
cultura, quando a vida social passou a ceder o espaço para o racionalismo e o
ceticismo (Jo 20.25,29). Nesse sentido, a revolução científica e literária, que
se deu a partir do Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo.
- Talvez o que vou comentar sobre esse subtópico choque e seja a
contra-mão do que aponta o escritor da revista. Não há, de fato, como separa o
renascentismo e a Reforma Protestante, um ajudou o outro. A Renascença trouxe
também um “renascimento” da Igreja, quando os homens começaram a pensar por si
sobre as Escrituras, independente do que ensinava a Igreja de Roma. O ponto em concordância
com o que diz o subtópico é aquele em que a Reforma parou no tempo e a
Renascença continuou, descambando para o homem como o centro e medida.
- O Renascimento (também chamado de Renascença) foi uma época de
interesse renovado no estudo das Humanidades, começando na Itália e se
espalhando por toda a Europa nos séculos XIV a XVI. O Renascimento trouxe um
renascimento da arte, da literatura e do aprendizado e constituiu a transição
da Idade Média para a idade moderna. O impacto generalizado do Renascimento
afetou o cristianismo e ajudou a mudar o curso da história da igreja.
- Uma maneira pela qual o Renascimento impactou o cristianismo foi ao
aumentar a curiosidade sobre os escritos da igreja primitiva em grego. No
período medieval, a ênfase estava na escolástica. No estudo da teologia
escolástica, os alunos estudavam comentários sobre as Escrituras. O livro-texto
mais amplamente usado foi o Livro das Sentenças de Pedro Lombardo (século 12),
que era um comentário sobre passagens selecionadas das Escrituras organizadas
topicamente. Lombardo havia acumulado comentários dos pais da igreja e
pensadores mais recentes. Um segundo livro amplamente utilizado foi o
comentário de Duns Scotus sobre as Sentenças de Pedro Lombardo. Estudantes de
teologia da Idade Média estudavam comentários e comentários sobre comentários
mais do que estudavam as próprias Escrituras!
- É impossível separar o Renascimento e a Reforma. O pensamento
renascentista nascente ajudou a acarretar a Reforma, que por sua vez ajudou a
acarretar o Renascimento por completo. Homens como Lutero começaram a estudar a
Bíblia por si mesmos, em vez de confiar na autoridade da igreja para lhes dizer
o que a Bíblia ensinava. Ao estudarem, encontraram algo radicalmente diferente
do que haviam sido ensinados no dogma oficial da igreja. Esses homens também
tinham o encargo de fornecer traduções precisas da Bíblia na linguagem comum do
povo e, graças à recente invenção da prensa tipográfica de Gutenberg, tinham os
meios para disseminar a verdade.
- A conseqüência natural do pensamento da Reforma, que ajudou a
impulsionar a expansão do Renascimento, foi questionar a autoridade da Igreja e
acabar com as distinções de classe entre as pessoas. Se qualquer pessoa pudesse
se aproximar de Deus sem um sacerdote, se todos os crentes fossem sacerdotes, e
se a salvação fosse pela fé em Cristo sem a mediação da igreja, então a
autoridade da igreja medieval seria severamente enfraquecida. Da mesma forma,
pensamentos de igualdade em Cristo e na sociedade vieram à tona. Reis que
sempre presumiram que reinavam por direito divino eram agora chamados a
justificar suas ações pelas Escrituras. Com isso, a sua liberdade autocrática foi
reduzida. Da mesma forma, os governantes seculares sentiram que podiam romper
com a autoridade da igreja em favor de suas próprias consciências e compreensão
das Escrituras. Na Reforma, as sementes da “separação entre igreja e estado”
foram plantadas.
- Renascimento significa “nascer novamente”, e isso é certamente o que
aconteceu com a sociedade e a cultura quando a arte e a ciência floresceram. Na
época do Renascimento ocorreu também um “renascimento” da igreja, quando os
homens começaram a pensar biblicamente e independentemente do catolicismo
romano. Infelizmente, o pensamento renascentista continuou onde a Reforma
parou. A Reforma disse que se podia questionar a igreja onde ela discordava das
Escrituras. Os pensadores seculares da Renascença diziam que as Escrituras
também podiam ser questionadas quando discordavam do próprio entendimento. Para
os pensadores seculares da Renascença, o homem era a autoridade final e o
árbitro da verdade – não Deus, não as Escrituras.
- Os cristãos evangélicos de hoje são os herdeiros da Reforma, que pode
ser chamada de Renascimento Cristão, e a sociedade secular moderna é a herdeira
do Renascimento secular.
2- Humanismo. A Itália foi o principal centro humanista nos fins
do século XV. Para o movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem.
Assim, a criatura passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador. Os
humanistas aprofundaram seus estudos na história antiga a fim de desconstruir
os livros sagrados. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do
indivíduo.
Porém, esta não é uma bandeira própria do
humanismo. A Bíblia possui um arcabouço de concepções de liberdade e de
igualdade (Dt 6.1-9) que antecedem muitos direitos que apareceram nos tempos
modernos. Destaca-se, ainda, que a Escritura ensina a igualdade entre raças,
classe social e de gênero (GI 3.28).
O ideal do humanismo secular é que a humanidade se reconheça como uma
parte da natureza eterna e incriada; a sua meta é a auto-correção do homem sem
a referência ou ajuda de Deus. O humanismo secular cresceu a partir do
Iluminismo do século 18 e do pensamento livre do século 19. Alguns cristãos
podem se surpreender ao perceberem que possuem alguns compromissos em comum com
os humanistas seculares. Muitos humanistas cristãos e seculares compartilham um
compromisso com a razão, a investigação livre, a separação entre a Igreja e
Estado e com o ideal de liberdade e da educação moral; no entanto, diferem em
muitas áreas. Os humanistas seculares baseiam a sua moralidade e ideias sobre a
justiça na inteligência crítica sem a ajuda das Escrituras, das quais os
cristãos dependem para obter conhecimento sobre o certo e o errado, o bem e o
mal. Além disso, embora os humanistas seculares e cristãos desenvolvam e usem a
ciência e a tecnologia, para os cristãos, essas ferramentas devem ser usadas no
serviço do homem para a glória de Deus, ao passo que os humanistas seculares
veem essas coisas como instrumentos destinados a servir fins humanos, sem
referência a Deus. Em suas investigações sobre as origens da vida, os
humanistas seculares não admitem que Deus criou o homem do pó da terra depois
de ter criado primeiro o planeta e todos os seres vivos a partir do nada. Para
os humanistas seculares, a natureza é uma força de auto-perpetuação eterna.
Como deve um cristão responder ao humanismo secular? Para os seguidores
do Caminho (Atos 9:2; 19:19, 23), qualquer forma legítima do humanismo deve
visualizar a plena realização do potencial humano em submissão da mente e
vontade humana à mente e vontade de Deus. O desejo de Deus é que nenhum pereça,
mas que todos se arrependam e herdem a vida eterna como Seus filhos (João 3:16;
1:12). O humanismo secular tem como objetivo fazer as duas coisas muito menos e
muito mais. Destina-se a curar este mundo e glorificar o homem como o autor da
sua própria salvação progressiva. A este respeito, o humanismo "secular"
é bastante à vontade com certos substitutos religiosos do verdadeiro evangelho
de Deus – por exemplo, os ensinamentos de Yogananda, o fundador da
Self-Realization Fellowship. Por outro lado, os humanistas cristãos seguem o
Senhor Jesus no entendimento de que o nosso reino não é deste mundo e não pode
ser plenamente realizado aqui, apesar das promessas de Deus para Israel (João
18:36; 8:23). Firmamos as nossas mentes no reino eterno de Deus, não nas coisas
terrenas, pois morremos e nossas vidas estão escondidas com Cristo em Deus.
Quando Cristo - que é a nossa vida - retornar, vamos aparecer com Ele em glória
(Colossenses 3:1-4). Esta é verdadeiramente uma visão elevada do nosso destino
como seres humanos, pois somos Seus filhos, como até mesmo poetas seculares têm
dito (ver o poema de Arato "Phainomena"; cf. Atos 17:28).
3- Iluminismo e Pós-modernismo. O Iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos
XVII e XVIII. Seus adeptos rejeitavam a tradição, buscavam respostas na razão,
entendiam que o homem era o senhor do seu próprio destino e que a igreja era
uma instituição dispensável. Já a Pós-modernidade, ou Modernidade Líquida,
surge a partir da metade do século XX. Sociólogos observam que a sociedade
deixou de ser “sólida” e passou a ser “liquida”. Isso quer dizer que os valores
que eram “absolutos» tornaram-se “relativos”.
Nesse aspecto, a coletividade foi substituída pelo
egocentrismo em que os relacionamentos se tornaram superficiais. Nesse
contexto, os dois grandes imperativos que marcam esse movimento foram o
hedonismo e o narcisismo. Na busca do bem-estar humano tudo se torna válido,
tais como: o uso das pessoas, o abuso do corpo, a depravação e o consumismo
desenfreado.
- Iluminismo e Pós-modernidade mostram que são ideologias irmãs e
existentes em função da afirmação da sociedade de mercado, só que em momentos
diferentes, o da emergência e o da maturidade. A tarefa de alienar e escamotear
são, portanto mais fortes agora, sob a atuação histórica da pós-modernidade.
- O Cristianismo afirma ser absolutamente verdadeiro, que existem
diferenças significativas em questões de certo / errado (assim como a verdade e
falsidade espiritual), e que para ser correto em suas afirmações sobre Deus,
todas as reivindicações contrárias das religiões concorrentes devem estar
incorretas. Tal postura provoca gritos de "arrogância" e "intolerância"
do pós-modernismo. No entanto, a verdade não é uma questão de atitude ou
preferência, e quando analisada de perto, as bases do pós-modernismo desmoronam
rapidamente, revelando que as reivindicações do Cristianismo são plausíveis e
convincentes.
- Em primeiro lugar, o Cristianismo afirma que a verdade absoluta existe.
Na verdade, Jesus diz especificamente que foi enviado para fazer uma coisa:
"Dar testemunho da verdade" (João 18:37). O pós-modernismo diz que
nenhuma verdade deve ser afirmada, mas a sua posição é auto-destrutiva - ele
afirma pelo menos uma verdade absoluta: a de que nenhuma verdade deve ser
afirmada. Isso significa que o pós-modernismo acredita na verdade absoluta. Os
seus filósofos escrevem livros afirmando coisas que esperam que seus leitores abracem
como verdade. Colocando em termos simples, um professor disse: "Quando
alguém diz que não há tal coisa como verdade, eles estão pedindo-lhe para não
acreditar neles, então não acredite."
- Em segundo lugar, o Cristianismo afirma que existem diferenças
significativas entre a fé cristã e todas as outras crenças. Deve ser entendido
que os que afirmam que distinções significativas não existem estão, na verdade,
fazendo uma distinção. Estão tentando mostrar uma diferença entre o que eles
acreditam ser verdade e o que o cristão acredita. Autores pós-modernos esperam
que os seus leitores cheguem às conclusões certas sobre o que escreveram e
corrigirão aqueles que interpretam o seu trabalho de forma diferente. Mais uma
vez, a sua posição e filosofia revelam que o pós-modernismo é auto-destrutivo
porque ansiosamente fazem distinções entre o que acreditam ser correto e o que
veem como sendo falso.
- O Cristianismo afirma ser uma verdade universal no que diz respeito à
condição perdida do homem diante de Deus, ao sacrifício de Cristo em favor da
humanidade caída e à separação entre Deus e quem opta por não aceitar o que
Deus diz sobre o pecado e a necessidade de arrependimento. Quando Paulo dirigiu-se
aos filósofos estoicos e epicuristas na reunião do Areópago, ele disse:
"Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém,
notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30).
A declaração de Paulo não era "isto é verdade para mim, mas pode não ser
verdade para você"; ao contrário, era um comando exclusivo e universal (ou
seja, uma metanarrativa) de Deus para todos. Qualquer pós-modernista que diga
que Paulo está errado está cometendo um erro contra a sua própria filosofia
pluralista, a qual afirma que nenhuma fé ou religião está incorreta. Mais uma
vez, o pós-modernista viola a sua própria visão de que toda religião é
igualmente verdadeira.
- Assim como não é arrogante quando um professor de matemática insiste que
2 +2 = 4 ou quando um serralheiro insiste que apenas uma chave se encaixará na
porta trancada, não é arrogante que o cristão se erga contra o pensamento
pós-moderno e insista que o Cristianismo é verdadeiro e qualquer coisa que se
oponha a ele é falsa. A verdade absoluta existe, assim como existem
consequências de estar errado. Embora o pluralismo seja até desejável em
matéria de preferências alimentares, não é útil em questões sobre o certo e
errado. O cristão deve apresentar a verdade de Deus em amor e simplesmente
perguntar a qualquer pós-modernista irritado com as reivindicações
exclusivistas do Cristianismo: "Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer
a verdade?" (Gálatas 4:16).
III –
TIPOS DE AUTO IDOLATRIA
1- Idolatria da autoimagem. A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da
adoração a Deus (Ex 20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à autoimagem
é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3),
o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo
retrata o homem caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta:
amante do dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para
com Deus; e hedonista: amante dos deleites (2 Tm 3.2-4).
Desse modo, uma pessoa não regenerada terá a
necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo
(Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e de modo ilícito, busca estar
sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária a autoidolatria, a Bíblia ensina
que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30).
- O homem é o que ele pensa. Porque ele é entregue a uma disposição mental
reprovável para praticar coisas inconvenientes, a prática se segue. Aí Paulo
faz uma lista de 21 itens, num diagnóstico sombrio da realidade que nos cerca.
A decadência moral atinge todos os relacionamentos: com Deus, consigo próprio,
com o próximo e com a família. Esta é a mais longa lista de pecados encontrada
nas epístolas de Paulo (Rm 1.29-31). Nesta lista, uma das características
elencadas é presunçosos - a palavra
grega alazon descreve a pessoa que
pensa de si mesma além do que convém e exalta a si mesma acima da medida. Diz
respeito a quem pretende ter o que não tem, saber o que não sabe e jacta-se de
grandes negócios que só existem em sua imaginação. Soberbos - descreve a pessoa que está cheia de si mesma como um
balão de vento. Este é o ponto culminante de todos os pecados. Trata-se de quem
despreza a todos, exceto a si mesmo, e tem prazer em rebaixar e humilhar os outros.
- Sobretudo, estes homens são Aborrecidos
de Deus — o termo retrata o homem que odeia a Deus, porque sabe que Deus é
estorvo em seu caminho de licenciosidade. De bom grado eliminaria Deus se
pudesse, pois para ele o mundo sem Deus lhe abriria o caminho para o pecado.
2- Idolatria no coração. O coração se refere às emoções, à vontade e ao
centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1 Co 4.5). Ele também é descrito
como enganoso e perverso (Jr 17.9), pois do seu interior saem os maus
pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22).
Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3).
Infelizmente, algumas pessoas chegam a aparentar
que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8).
Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a
reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências
supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa
postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no
coração (Sl 119.11).
- O coração significa quando inserido e utilizado no discurso bíblico, em
hebraico lev. Levav, era usada no tocante ao órgão físico, porém frequentemente
no sentido abstrato, para descrever a natureza interior, a mente ou pensamentos
íntimos, os sentimentos ou emoções, os impulsos profundos e até mesmo a
vontade. No Novo Testamento, grego ‘coração’ (kardia) também significa o órgão
físico, mas primariamente a vida interior com suas emoções, pensamentos e
vontade, bem como a habitação do Senhor e do Espírito Santo”.
- Atualmente, considera-se que o cérebro é o centro diretor da atividade
humana. A Bíblia no entanto, refere-se ao coração como esse centro; ‘dele procedem as saídas da vida’ (Lc
6.45). Biblicamente, o coração pode ser considerado como algo que abarca a
totalidade do nosso intelecto, emoção e volição (Mc 7.20-23). Portanto, dentro
do discurso bíblico, o coração não significa apenas o órgão cardíaco do corpo
humano, mas, principalmente o ser interior do homem e nesse sentido representa
a fonte das emoções, razão e vontade.
- Por causa da impiedade e da perversão, os homens sufocam e abafam a
verdade em seu coração. Por isso, a ira de Deus se revela desde o céu. Ela vem
de cima, do trono daquele que governa moralmente o universo e não pode tolerar
passivamente o mal. A História é o palco da manifestação dessa ira contínua de
Deus. Por ser procedente do céu, o trono de Deus, a ira divina é ativa.
- A causa da ira é a impiedade e a perversão humana. A impiedade se
refere ao relacionamento com Deus e a perversão, ao relacionamento com os
homens. Impiedade é rebelião contra Deus; perversão é rebelião contra o próximo.
Impiedade é a quebra da primeira tábua da lei; perversão é a quebra da segunda
tábua da lei.
- A “impiedade” diz respeito àquela perversão de natureza religiosa, ao
passo que a “perversão” se refere àquilo que tem caráter moral; a primeira pode
ser ilustrada pela idolatria; a última, pela imoralidade.
- A impiedade para com Deus resulta em injustiça para com os homens. A
impiedade se refere a violações dos quatro primeiros mandamentos, e a injustiça,
à violação dos seis últimos; porém, mais verossímil é que as duas palavras
sejam empregadas como duas expressões para a mesma coisa.
3- Idolatria sexual. A falha no controle dos impulsos sexuais está
associada a sensualidade (Rm 1.27), imoralidade (Rm 13.13 – NVI) e libertinagem
(2 Co 12.21 – NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo
pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da
busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1 Co 6.15).
É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21). Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto ao
corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de
pecados (1 Pe 4.3 – NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a
seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne» (Gl
5.16 – NAA).
Da idolatria para a imoralidade é um passo. A história do mundo confirma
que a tendência da idolatria é acabar em imoralidade. Uma falsa imagem de Deus
leva a um falso conceito do sexo. A perversão da vida surge da perversão da fé.
Se a raiz do pecado humano é a perversidade religiosa, o fruto é a corrupção
moral. Arrancado de Deus, da fonte da sua vida e felicidade, o homem procurou a
satisfação na criatura. A rebelião contra Deus criou um vácuo na natureza
humana.
Todos os desejos e excessos do comportamento humano são tentativas
malogradas de satisfazer àquele doloroso vazio que o mundo nunca poderá
preencher. Como resultado do seu afastamento de Deus, o homem está condenado a
um anelo insaciável. Paulo relaciona aqui três vezes o abandono de Deus às consequências
do comportamento humano (1.24a; 26,27a e 28b-31), e três vezes a miséria daí
resultante (1.24b, 27b, 32). Nessa descrição, a exposição da culpa se torna passo
a passo mais breve, e suas consequências, sempre mais detalhadas, até que se
derrama diante de nós praticamente um dilúvio de vícios, fazendo estourar toda
a podridão interna da sociedade humana.
A penalidade infligida pertence à esfera moral distinta da esfera
religiosa - a degeneração religiosa é penalizada mediante a entrega à
imoralidade; o pecado cometido no terreno religioso é castigado pelo pecado na
esfera moral. No dia do juízo, a sentença eterna de Deus será apenas esta: “Continue o injusto fazendo injustiça,
continue o imundo ainda sendo imundo...” (Ap 22.11). A penalidade eterna do
homem será experimentar eternamente os resultados de seu abominável pecado.
CONCLUSÃO
A corrupção da raça humana é o
desfecho de sua rebelião à verdade
divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de
autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar
como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da
vontade divina. As consequências são a autoidolatria, a depravação moral, a
decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira
divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8).
Não há castigo maior para o homem do que Deus o entregar a si mesmo. Deus
pergunta: “E isso que você quer? Seja feita a sua vontade”.
Esse é o maior juízo de Deus, entregar o homem a si mesmo, à sua própria
vontade. Os homens que tanto amam o esgoto do pecado são enviados para lá; o
que querem, eles terão. O julgamento divino é pessoal, individual,
intransferível e absolutamente justo. O que o homem semear, isso colherá. O seu
malfeito cairá sobre a própria cabeça. Esse é o princípio da justa retribuição
no qual se fundamenta a justiça.
Gostou do
nosso Plano de Aula? Foi útil para você?
Ajude-me
a manter e melhorar ainda mais!
Envie-nos
uma Oferta pelo PIX:
assis.shalom@gmail.com
– Seja um
parceiro desta obra.
REVISANDO
O CONTEÚDO
1- Explique as palavras “impiedade” e “injustiça”
de acordo com a lógica.
R. O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa
“irreligiosidade”. Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus
não existisse (SI 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego
adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto
diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15).
2- O que acontece com as pessoas que rejeitam a
Deus e suas leis?
R. Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados
à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a
degradação do próprio corpo (Rm 1.24).
3- Cite pelo menos dois movimentos que marcam a
revolução no pensamento humano.
R. Renascentismo / Humanismo.
4- Quais são as características de quem não teme a
Deus?
R. Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu interno quando prioriza a
reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências
supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.
5- Qual é a orientação bíblica para escapar do mal
da idolatria sexual?
R. A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no
Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 – NAA).