TEXTO ÁUREO
“Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” (Pv 31.30)
- graça... formosura - santidade e virtude são as qualidades responsáveis
pelo respeito permanente e pela afeição, muito mais do que a graça e formosura
do rosto e das formas (1Tm 2.9-10; 1Pe 3.1-6);
- mulher que teme ao SENHOR - O livro termina da mesma maneira que
começou, com uma referência ao temor do Senhor.
VERDADE PRÁTICA
A mulher foi
criada para cooperar com o homem. Deus lhe confiou a dádiva da maternidade e
função de ser esposa e auxiliadora.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
PROVÉRBIOS
31.10-31
INTRODUÇÃO
As Escrituras
apresentam a mulher virtuosa como símbolo da feminilidade (Pv 31.10-31). Essa
mulher é retratada como modelo de esposa fiel, mãe amorosa, administradora e
empreendedora exemplar. Porém, em tempos pós-modernos, a feminilidade bíblica
vem sendo desconstruída. Nesta lição, apresentamos o mandado divino para a
mulher, as investidas do ativismo feminista e o exemplo bíblico de
feminilidade. Assim, o nosso propósito é mostrar que Deus requer da mulher
cristã que se porte conforme a revelação da Palavra de Deus.
- A feminilidade bíblica
é o caráter distintivo de uma mulher conforme definido pela Bíblia. Na última
lição ficamos sabendo que, quando Deus criou o homem, o fez com dois gêneros
(Gn 1.27; 5.2; Mt 19.4), Ele também instituiu papéis diferentes para cada
gênero. Ele projetou os corpos e cérebros de homens e mulheres para trabalhar
de forma diferente e cumprir papéis
complementares. Um homem não precisa agir como uma mulher porque ele nunca
pode ser uma mulher. Ele nunca pode processar informações como uma mulher,
porque seu cérebro, seu DNA e todo o seu ser são masculinos. O mesmo vale para
as mulheres que desejam a transição de gênero.
- Esta lição tem o mesmo
fundamento da anterior, a busca pela feminilidade bíblica começa no mesmo lugar
em que começa a masculinidade bíblica. Gálatas 3.28 afirma que “não pode haver judeu nem grego; nem escravo
nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”
Em Cristo, temos igual valor e igual responsabilidade de obedecer e servir ao
Senhor. Todos os mandamentos bíblicos sobre rendição (Rm 12.1–2), serviço (Rm
12.1) e dedicação (1Co 7.33–35) se aplicam igualmente a homens e mulheres.
- Assim, a instrução da
Bíblia para qualquer mulher que almeja a feminilidade bíblica começa com ela
nascendo de novo (Jo 3.3). Ela deve ter se tornado uma “nova criatura” em
Cristo (2Co 5.17) e levar a sério as palavras de Jesus sobre a necessidade de
permanecer nEle (Jo 15.1-5). A Palavra de Deus deve ser a autoridade final na
vida porque, se essa autoridade não for clara para ela, então ela se tornará
uma juíza das Escrituras em vez de deixar que as Escrituras a julguem. Isso
leva a perigo e eventual colapso moral (Rm 1.22–25).
- Quando se trata de
sexualidade humana, a maior demonstração da glória de Deus, a maior alegria das
relações humanas e a maior fecundidade no ministério surgem quando as profundas
diferenças entre homens e mulheres são abraçadas e celebradas como
complementares um para o outro. Eles se completam e embelezam um ao outro.
I – FEMINILIDADE BÍBLICA
1. A criação
divina da mulher. O
homem e a mulher foram criados à imagem de Deus (Gn 1.27). Na
ordem da Criação, Adão foi criado antes de Eva (Gn 2.7,15). Em seguida, o
Criador concluiu: “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Assim, Deus
criou a mulher a partir da carne e dos ossos do homem (Gn 2.21,22). Por isso,
Adão a identificou: “esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”
(Gn 2.23). No ato criativo, a imagem divina foi distribuída sem distinção entre
eles, fazendo-os iguais diante do Altíssimo. Adão e Eva foram criados iguais em
pessoalidade, valor, honra e respeito. Porém, essa igualdade não quer dizer
uniformidade de papéis (Gn 1.26-28; 3.16-19). A Bíblia ensina a igualdade de
ambos, mas também deixa claro as funções distintas de cada um.
- Quando Deus viu que a
sua criação era muito boa (Gn 1.31), viu-a como sendo o resultado perfeito de
seu plano criador nesse momento. Entretanto, antes do final do sexto dia, ao observar
o estado do homem como não bom, ele comentou sobre a deficiência dele, visto
que a mulher, a contraparte de Adão, ainda não havia sido criada. As palavras
de Gênesis 2.18 enfatizam a necessidade de companhia para o homem, uma
auxiliadora, alguém à sua altura, que lhe corresponda. Sem alguém para
complementá-lo, ele estava incompleto para poder cumprir a tarefa de
multiplicar-se, encher a terra e exercer domínio sobre a mesma. Isso aponta
para a inadequação de Adão, não para a insuficiência de Eva (1Co 11.9).
- A mulher foi feita
para suprir a deficiência do homem (1Tm 2.14). Não havia parentesco com nenhum
animal, pois nenhum deles era companhia adequada para Adão. A partir do
primeiro homem, Deus toma uma de suas costelas. Isso também pode significar
"lados", incluindo a carne circundante ("carne da minha
carne", v. 23). A cirurgia divina realizada pelo Criador não apresentou
problemas. Isso também resultou no primeiro ato de cura registrado na
Escritura. O poema de Adão enfatizou a expressão da alegria do seu coração ao
deparar com a nova companheira. O homem (ish) chama-a de "mulher"
(isha) porque ela teve sua origem nele (a raiz da palavra "mulher" é
"suave"). Ela de fato fora feita de osso dos seus ossos e carne da
sua carne (1Co 11.8).
- De acordo com as
Escrituras, o papel da esposa é diferente do papel do marido, mas não inferior.
Efésios 5.22-23 é a passagem mais frequentemente citada em relação ao papel da
esposa: “As mulheres sejam submissas ao
seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como
também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.”
No entanto, erramos quando tratamos esta passagem como um mandamento
independente para as mulheres. Essa passagem se encontra entre comandos ainda
mais fortes para a igreja em geral. O versículo 21 começa esta seção com: “... sujeitando-vos uns aos outros no temor de
Cristo”. O restante da seção instrui os maridos: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela” (versículo 25). A ordem para as esposas é
meramente um reflexo da atitude que todo crente deve adotar (Fp 2.3). Quando um
marido piedoso ama sua esposa da maneira que Cristo ama a igreja, uma esposa
piedosa tem pouca dificuldade em se submeter à sua liderança.
2. A bênção da
maternidade. No
mandato criacional, Deus ordenou ao homem e à mulher: “frutificai,
multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Obviamente, uma tarefa impossível
para Adão realizar sozinho. Assim, a mulher foi criada com a bênção da
maternidade e com a função de ser esposa e mãe. Adão a chamou de Eva “porquanto
ela era a mãe de todos os viventes” (Gn 3.20). Desse modo, o papel natural da
mulher inclui a dádiva da procriação, de cuidadora do lar e dos filhos (1 Tm
5.14). Aqui, porém, é importante ressaltar que esse papel da mulher,
constituído pela biologia e, consequentemente, reafirmado pela Bíblia, é o
ponto sensível em que as feministas consideram um ultraje que limita a função
social da mulher e que, por isso, lutam por emancipação dos afazeres do lar e
da maternidade. Contudo, diante da miraculosa concepção em seu ventre, Maria
irrompeu em cânticos de gratidão ao Altíssimo pela bênção da maternidade (Lc
1.46-48). Essa bênção deve ser rememorada sempre às mulheres cristãs do século
XXI.
- Logo depois de ter
criado o universo, Deus criou seu representante (domínio) e sua representação (imagem
e semelhança). O homem encheria a terra e cuidaria do funcionamento da mesma.
"Sujeitai-a" não sugere
condição destruidora e desregrada para com a criação porque o próprio Deus a
declarou "boa". Pelo contrário, o verbo trata da administração
produtiva da terra e seus habitantes para produzir riquezas e cumprir os
propósitos de Deus.
- O mundo estava agora
totalmente criado com dias e noites, estações e anos, plantas e animais, e o
primeiro casal; e Deus deu início ao Seu plano para encher com mais pessoas o
mundo que criara (Is 45.18). O mundo era a herança de Adão e Eva para preencher
e, como declarado no início de Gênesis 1.28, era a bênção de Deus que Adão e
Eva tivessem filhos e trabalhassem a terra. O comentarista Matthew Henry
escreveu que Deus abençoou o primeiro casal com “uma família numerosa e duradoura, para desfrutar desta herança. . . em
virtude da qual sua posteridade devia se estender até os cantos mais extremos
da terra e continuar por todo o tempo”. Resumindo, Deus desejou que Adão e
Eva tivessem muitos filhos e que seus filhos tivessem muitos filhos. No
entanto, a fecundidade também denota muito mais. Deus não pretendia que Adão e
Eva tivessem filhos apenas para ter filhos. No restante de Gênesis 1.28, vemos
um resultado útil e desejado: “enchei a
terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e
sobre todo animal que rasteja pela terra.”
3. A mulher como
auxiliadora. A
mulher foi criada para ser auxiliadora do homem (1 Co 11.9). Nesse caso, o
termo “auxiliador” também é empregado para se referir a Deus (Sl 33.20; Sl
121.2). Portanto, auxiliar não é algo depreciativo e sim uma nobre função de
ajuda e socorro. Nesse aspecto, a Bíblia enfatiza que Deus criou a mulher para
ser uma ajudadora idônea (Gn 2.18). Isso foi assim porque Adão convivia com
todos os seres criados, mas não achava auxiliar semelhante a ele, capaz de
suprir essa necessidade. Então, por esse motivo, Deus fez a mulher para
cooperar com o homem, não como alguém inferior, mas como complemento com suas
igualdades e diferenças. Essa complementaridade mútua é necessária à formação
do casal, à procriação, satisfação sexual, vivência afetuosa e prazerosa para
cumprir a vontade de Deus (Pv 5.18).
- A Bíblia King James traz assim Gn 2.19: “Então declarou Yahweh, o SENHOR: “Não é bom que o ser humano viva sem a
companhia de um semelhante; farei para ele alguém que o ajude e a ele
corresponda!”
A criação da mulher em
Gênesis 2 tem consequências de longo alcance. Ela estabelece a fundamentação
para três áreas importantes no relacionamento de um esposo e uma esposa dentro
do casamento:
1) A mulher como uma auxiliadora
idônea para o homem;
2) A mulher feita por Deus
como Seu trabalho manual especial, e
3) A mulher feita para ser
uma com o homem (Leia todo o artigo
aqui).
Tanto o homem quanto a
mulher foi uma criação especial de Deus, não um produto da evolução. O homem e
a mulher, igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de Deus. À base
dessa imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de
modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a
Deus e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham
pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão
para fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia
obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança
moral com Deus foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados
segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com
Deus. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções,
autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do
homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal.
Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles
e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido
feitos à imagem de Deus não significa que são divinos. Foram criados segundo
uma ordem inferior e dependente de Deus. Toda a vida humana provém inicialmente
de Adão e Eva".
- Uma linda tradição
judaica observa que Deus não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse
dominá-la; ou da sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, Deus
tirou Eva da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar um ao lado do
outro ao longo da vida. A Mulher que Deus Formou (2.18-25): Havia um aspecto da
criação de Deus que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda
estar só (v. 18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a
relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, Deus
determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele,
literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e
adequada para ele. “Uma ajudante certa
que o complete” (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: “Uma ajudante como ele mesmo”.
Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui
necessariamente que Deus formou os animais depois de ter formado o homem. Pode
igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais
que Deus previamente formara foram trazidos a Adão (v. 19). A sequência de
tempo não é o item importante aqui. Um aspecto da imagem de Deus foi
demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um
nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coincidiam. Quando Adão pôs os
nomes (v. 20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma
adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também Deus, tinha de saber
disso para apreciar o que Deus estava a ponto de fazer. O sono pesado (v. 21) é
o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar
normalmente (veja Gênesis 15.12; Jó 4.13; 33.15, onde a frase está ligada com
visões; e 1 Samuel 26.12 e Jonas 1.5, onde o termo não está relacionado com
visões. Veja também Isaías 29.10, onde a expressão sugere falta de
sensibilidade espiritual). A costela (v. 22) pode significar o osso e a carne
que a envolve. E a parte do corpo mais próxima do coração, que para os hebreus
era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior. Para
acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente
(yiben), que significa “construir”, detalhe completamente perdido na palavra traduzida
por formou. Deus trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte
da história segue a sequência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a
decisão (v. 18-20), o ato criativo (v. 21,22) e a aprovação (v. 23). De
imediato, Adão (v. 23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima
dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para
ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome.
Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio,
Deus quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a
mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a
responsabilidade do homem, Deus ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (v.
24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer
irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja,
uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (v. 25) Gênesis a
Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George
Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
II – A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE
1. O ativismo
feminista. No
século 19, aconteceu na Europa e nos EUA a primeira onda do ativismo feminista.
As mulheres reivindicavam direitos iguais aos dos homens. O primeiro a se
popularizar foi o direito ao voto. No século 20, a segunda onda do feminismo
lutou por direitos reprodutivos e liberdade sexual. A ativista Simone de
Beauvoir (1908-1986) estabelece uma das máximas do feminismo: “não se nasce
mulher, se torna mulher”. Esse ativismo avança, se amplia para a discussão de
gênero e o movimento toma conotações de “empoderamento” da mulher. Em 2011, a
partir de um fenômeno na Universidade de Toronto, no Canadá, se introduz o
slogan “meu corpo, minhas regras”. Como cristãos, devemos afirmar e defender os
direitos das mulheres, bem como combater qualquer tipo de discriminação. Porém,
ao mesmo tempo, devemos deixar claro que o feminismo é uma ideologia que busca
desconstruir os valores bíblicos.
- O que se vê hoje é a
tentativa de tornar o errado certo e o certo, errado (Is 5.20). O mundo atual
está invertendo os valores em busca do hedonismo, ou seja, a procura
indiscriminada do prazer, gozo sensual, deleite sexual (1Jo 2.16). Paulo
denuncia essa inversão de valores, dizendo que "mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em
lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"(Rm 1.25; ARA). A
ética e a moral cristãs, antes aprovadas pela sociedade, vêm sendo
sistematicamente substituídas por princípios amorais mundanos (Is 5.18-25; Cl
2.8). Em 2 Pedro 1.3-10, a Palavra de Deus estabelece os princípios éticos, as
virtudes e valores necessários à boa conduta dos filhos de Deus.
- A demanda social da
mulher moderna tem sido por espaço e valor, tanto no ambiente de trabalho,
quanto na sociedade em geral e até mesmo na igreja. É justo que busque-se movimentos
que dizem lutar pelo espaço e pelos direitos das mulheres. No entanto, esses
movimentos seculares não têm o mesmo embasamento que os cristãos e logo, seu
foco e objetivos estão longe do ideal bíblico.
- Criada em Genesis como
auxiliadora, a mulher não foi diminuída, mas veio para complementar aquele que
precisava de auxílio, para ajudar aquele que precisava de ajuda e que, segundo
Deus, não estava bem sozinho. A mulher desde o início é necessária,
imprescindível e importante.
2. A “liberdade
sexual”. A
Bíblia se refere ao sexo como algo prazeroso entre o homem e sua mulher nos
limites do casamento (Pv 5.18,19). A satisfação sexual deve ocorrer dentro do
matrimônio e ser precedida de amor mútuo entre ambos (1 Co 7.3-5). Entretanto,
para o feminismo esse modelo é repressivo e deve ser combatido em busca de
“libertação” sexual da mulher. Na defesa dessa ideologia, requer que nenhum
modo de relação sexual deve ser considerado certo ou errado. Aqui, inclui-se a
iniciação sexual precoce, a prática da homossexualidade, a fornicação, o
adultério e a prostituição (1 Co 6.10). Nessa esteira, temas como o aborto, a
gravidez indesejada e a desconstrução da família são radicalizados pelo
ativismo ideológico do movimento.
- Sabemos que a moral
determina a ética, e da mesma forma se retirando o fator moral, ou mudando seu
conceito, teremos um comportamento ético também afetado. Sem Deus, que é o
fator determinante para moralidade, os indivíduos numa sociedade são por outra
regra: o situacionismo. No situacionismo, as decisões não são determinadas por
uma moral absoluta, mas pela conveniência do momento. Por exemplo: a verdade só
é verdade para uma situação, e pode não ser mais verdade em outra situação! No
situacionismo político, o divórcio, o casamento gay, a profissionalização da
prostituição, o aborto, a liberação das drogas, etc., são temas
contrabalanceados não por uma Moral Divina, mas conveniências de situações. O
que é mais vantajoso? O que vai gastar menos nos cofres públicos? Ou, o que vai angariar mais votos? Jesus
disse que um dos sinais dos últimos dias seria o aumento da iniquidade. Ele
disse: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”
(Mt 24:12). Observa que Jesus destaca o amor das pessoas se esfriando diante do
aumento da iniquidade. E não é isso que estamos vivendo no Brasil?!
Indiferença... Alienação... Depravação. Onde a iniquidade impera, o amor se
esfria! Jesus não minimiza a questão. Ele diz que quase todos seriam afetados.
Isso não descarta a possibilidade de até alguns crentes se deixarem levar pela
frieza e dureza de coração
- “A moral e a ética parecem cada vez mais escassas em nossos dias. A
sexualidade tem sido tratada como mero elemento hormonal e como promotor de
satisfação pessoal. O relaxamento dos valores familiares e, principalmente, da
espiritualidade, nos desperta para estudar esse tema à luz das Escrituras. Não
há como negar a importância da sexualidade na vida do homem ou da mulher,
porque Deus nos criou como seres sexuados. Em contrapartida, não podemos
deixar que a sexualidade nos conduza a uma vida constante de pecado. A
sexualidade, quando entendida corretamente e associada à espiritualidade,
produz união e relacionamento saudável entre as partes. Mas quando corrompida
e deturpada gera impureza e separação. Qual dos dois caminhos seguir? Como
associar sexualidade e espiritualidade? Vejamos quais respostas encontramos na
Bíblia para questionamentos como esses” https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/etica/sexualidade-e-espiritualidade/.
- “A narrativa da libertação sexual moderna parece atraente para tantos
por ser baseada em crenças enraizadas de identidade e liberdade, que foram
incutidas profundamente em nós por meio de instituições culturais durante quase
três gerações.
Identidade
As proibições cristãs sobre o casamento, a homossexualidade e o
transgenerismo não fazem sentido para a maioria das pessoas, por crerem que a
sexualidade é crucial para a expressão da identidade. Por trás desta crença, está
o próprio conceito do eu moderno. Em nossa cultura, o sexo não é mais visto
como uma forma de honrar a Deus e criar e nutrir uma nova vida humana. A
maioria acredita em algo assim: “Se você quiser usar o sexo para o
desenvolvimento de uma nova vida humana, essa é uma opção e escolha sua, mas
não é a principal razão pela qual as pessoas fazem sexo. Em vez disso, o sexo é
para realização individual e auto-realização”. Esta visão moderna da identidade
é muitas vezes chamada de “individualismo expressivo”—a ideia de que, no fundo,
existem sentimentos e desejos que necessitam ser descobertos, desbloqueados e
expressos para que nos tornemos verdadeiramente autênticos. A identidade hoje
em dia é encontrada nos desejos, enquanto no passado ela era encontrada no
dever e nos relacionamentos com Deus, família e comunidade. Determinar—e agir
de acordo com—nossos desejos sexuais é considerado uma parte fundamental deste
processo de nos tornarmos pessoas autênticas. Hoje, essa visão de identidade
não é transmitida com argumentos, mas é apresentada como uma premissa
irrefutável, que não pode ser questionada. Slogans como “seja verdadeiro
consigo mesmo” e “viva sua própria verdade” são repetidos de inúmeras maneiras,
verbais e não verbais, e embrenham-se profundamente no coração das pessoas.
Qualquer outra visão é vista como psicologicamente repressiva e, portanto,
prejudicial à saúde. No entanto, o eu moderno é extremamente frágil. Por ser
baseado em nada além de sentimentos internos, está em constante mudança, de ano
a ano ou mesmo mês a mês. A identidade moderna requer a busca por emoções e
desejos sempre mutáveis e muitas vezes contraditórios para determinar um “eu”
central. Após decidirmos quem queremos ser, alcançar isto depende totalmente de
nós mesmos; não importa se a família ou comunidade apoiam ou não. Portanto, o
eu moderno é altamente orientado para o desempenho e pode ser um fardo
esmagador. Um problema adicional é que essa visão de identidade requer um
“relativismo suave”. A sociedade nos ensina a dizer: “Só eu posso determinar o
certo e o errado para mim mesmo”, embora ao mesmo tempo, a cultura nos imponha
um conjunto muito definido de normas morais. Isso é profundamente
contraditório: ditar absolutos morais ao mesmo tempo em que insistimos que
agora estamos livres de todas estas verdades. De todas estas maneiras, o eu
moderno e sua visão da identidade são instáveis e problemáticos, por mais
dominantes que pareçam.” https://coalizaopeloevangelho.org/article/abordagens-apologeticas-da-sexualidade-biblica/
3. Ataques à
família tradicional. A
Escritura ensina que o casamento é monogâmico, heterossexual e indissolúvel (Mt
19.5,6), tendo o homem como líder da família (Ef 5.23). Porém, para a ideologia
do ativismo feminista, essa forma bíblica de matrimônio escraviza a mulher,
obriga o casal a ter relações sexuais apenas com o seu cônjuge e tiraniza os
laços conjugais que não podem ser rompidos. Nesse sentido, a visão marxista é
de desconstrução da família tradicional, promoção da liberdade sexual e
dissolução do matrimônio. Esse conceito exerce forte influência no movimento
feminista. Desse modo, o ativismo radical rejeita a maternidade, faz apologia
ao aborto, considera ofensivo o papel da mulher como auxiliadora, enaltece a
lascívia e engaja-se em uma luta de gênero contra os homens.
- O Casamento como
padronizado nas Escrituras é a mais fundamental de todas as relações sociais.
Trata-se da união íntima e verdadeira entre duas pessoas de sexos opostos que
manifestam publicamente o desejo de viverem juntas mediante um pacto solene e
legal. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma
intimidade maior do que a que existe entre marido e mulher, exceto apenas entre
as três Pessoas da Trindade. Deus estabeleceu a família para companheirismo
mútuo e felicidade, para uma convivência amorosa. A declaração: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24-),
apresenta três princípios básicos sobre o casamento:
- monogamia (1Co 7.2);
- heterossexualidade (Gn
4.1,25), e
- indissolubilidade (Mt
19.6).
- As uniões conjugais na
antiguidade passaram por um processo de desenvolvimento ao longo dos tempos. De
uma fase bem simples, na qual o noivo apenas levava sua noiva para a tenda (Gn
24.67), “evoluíram” para cerimoniais bem mais elaborados, com festas que
duravam uma semana. Também teve avanço no que diz respeito à sexualidade; pois,
segundo Winters, a ética sexual procriativa e dentro do casamento nasceu da
necessidade de mais mão de obra, ou seja, pela dificuldade oriunda da
necessidade do cultivo cada vez mais intensivo da terra e suas peculiaridades,
o casamento passa a ser valorizado e “utilizado” com fins de procriação e de
manutenção da casa.
WINTERS, Alicia. A Mulher no Período Pré-Monárquico. In: RIBLA. n.15. 1993 p.
19
- Monogamia: O termo diz respeito às sociedades que adotam o
princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, conforme
estabelecido pelo Criador. As palavras "e apegar-se-á à sua mulher"
(v.24) apontam para o princípio monogâmico; o texto não diz "às suas
mulheres", mas, pelo contrário, "à sua mulher". Essa verdade
expressa o pensamento bíblico (1Co 7.2; 1Tm 3.2). Embora a poligamia fosse
praticada durante algum tempo no Antigo Testamento, ela só poderia ser aceita
pelos ímpios. Ela negava o princípio do marido e a esposa serem uma única carne
(Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como
Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e Davi e
Salomão se desviaram por causa de suas esposas pagãs (2Sm 5.13; 1Rs 11.1-3).
Somente através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e
ilustrar corretamente o relacionamento de Cristo com o crente (Ef 5.23ss.). O
modelo de família do Antigo Testamento é monogâmico: A aparição de exemplos que
divergem da afirmação acima, como os casos de Abraão, Jacó, Davi, Salomão e
outros, não negam a verdade de que a família do Antigo Testamento seja uma
família monogâmica. Isto porque a base de sustentação dessa verdade é a
intenção original de Deus e, neste sentido, vamos perceber que Deus formou uma
família no padrão mais comum, como o conhecemos hoje, onde pai, mãe (marido e
mulher) e filhos coabitam em harmonia na busca de satisfação pessoal e da
vontade divina. A família monogâmica, aquela em que o homem é marido de uma só
mulher e vice-versa, origina-se no Gênesis. Quando percebeu que o homem estava
só, embora os animais criados por Deus tivessem sido dados a Adão para cuidar,
dar nomes e sobreviver, constatou-se que faltava alguma coisa: "mas para o homem não se achava ajudadora
idônea" (Gn 2.20). Com certeza, a falta de uma companheira pesa muito
no preenchimento das necessidades do homem. Deus, porém, criou uma mulher só.
Adão precisava de uma companheira, portanto Eva era suficiente. Aprendemos
então que basta um casal para povoar a terra. É a lei da multiplicação divina,
pela reprodução saudável de seres que vivem debaixo da graça de Deus. A bigamia
de Abrão (Sara e Agar) conforme Gênesis 16.1-16; de Elcana (Ana e Penina)
conforme 1Samuel 1.1-8; bem como a poligamia de Jacó, neto de Abrão (Léia,
Raquel, Zilpa e Bila) conforme Gênesis 29.21-30.24 e dos reis: Davi, conforme
2Samuel 5.13-16 e Salomão conforme 1Reis 11.1-13 não são parâmetro para
aprovação por parte de Deus deste tipo de comportamento. O que se percebe é que
houve uma tolerância por parte de Deus para com as escolhas humanas. O fato de
alguns homens bíblicos possuírem duas mulheres (bigamia) ou várias (poligamia),
não é indicativo de que Deus aprova tal prática. Se houve tolerância conforme
vemos no Antigo Testamento a uma prática diferente da monogamia, por outro
lado, percebe-se o quanto isto trouxe sérios prejuízos não só para os
relacionamentos envolvidos, mas também para a nação como um todo http://webartigos.com/artigos/familia-15-conceito-de-familia-no-antigo-testamento/2781#ixzz4sgKfGfR6
- Heterossexualidade: Um dos propósitos divinos na criação do homem e
da mulher é a procriação, visando a conservação dos seres humanos na terra:
"[...] macho e fêmea os criou. E
Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a
terra" (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a
Bíblia afirma: "[...] deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24).
Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada
um na união conjugal, postura necessária à formação do casal. O homem se une
sexualmente a sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para
procriar, mas para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa (Pv 5.18). O
relacionamento sexual aprovado na Bíblia é o de um homem e de uma mulher dentro
do matrimônio. O pai e a mãe são o referencial para a formação tanto do menino
quanto da menina. Acima de qualquer exemplo, o comportamento estabelecido para
o homem e para a mulher deve vir da Palavra de Deus. Segundo Marisa Lobo, em
sua coluna no Gospel Mais, essa ‘ditadura gay’ existe e está para “desconstruir
a família tradicional e com isso afetar o cristianismo”. Marisa Lobo afirma que
a sociedade está sendo pressionada por uma militância ideológica política de
gênero (gay) com a ajuda da mídia e de políticos em busca de votos.
“Convencendo a população e a nós mesmos que nosso Deus é homofóbico, nossa
Bíblia é homofóbica, nós cristãos somos homofóbicos, e com a ajuda de nossa
omissão, nossa hipocrisia, falta de conhecimento e humildade em reconhecer
aqueles que ajudam e enfrentam essas causas” http://www.cacp.org.br/heterossexualidade-nao-e-natural/. A concepção de casamento é monogâmica e heterossexual: A
fidelidade deve reger a vida conjugal, de modo que a poligamia e o adultério
são claramente contra a vontade divina. A natureza divina estabelece a
heterossexualidade do casamento, de modo que os casamentos homoafetivos são
contrários a natureza da Lei de Deus. Por isso a homossexualidade é abominável
diante do Rei Onipotente e atrai a ira de Deus sobre aqueles que a praticam.
Aos indivíduos que sentem atração indesejada por pessoas do mesmo sexo, não
estarão pecando se resistirem, pela graça de Deus, a seus impulsos e desejos
homossexuais, optar pelo celibato https://bereianos.blogspot.com.br/2016/04/a-cosmovisao-biblica-respeito-do.html. Ao invés de se ter um entendimento próprio da sexualidade
humana, é preciso voltar à origem da humanidade. No princípio Deus criou um
homem (Adão) e uma mulher (Eva). Deus não criou dois homens (e.g., Adão e
Antônio) ou duas mulheres (e.g., Eva e Tereza). Deus criou primeiro Adão do pó
da terra; Então criou Eva da costela de Adão. Eva foi criada para ser esposa de
Adão. A Bíblia diz que eles estavam nus e contudo não se envergonhavam. A
criação de Deus de um homem e uma mulher para serem marido e esposa é o padrão
ou paradigma para a sanção de Deus das relações sexuais normais, morais e
abençoadas. “A união do matrimônio é ordenada por Deus, e estes preceitos
sagrados não devem ser poluídos pela intromissão de uma terceira parte, de
qualquer sexo” (F.F. Bruce). Jesus Cristo citou Gênesis 2.24 como uma prova
clara de que a poligamia (ter mais de uma esposa) e o divórcio (exceto em caso
de adultério) são condenados por Deus (Mt 19.5). O apóstolo Paulo, escrevendo
sob inspiração do Espírito Santo, disse que há somente uma saída moral e
legítima para o caminho deixado por Deus para o sexo – o casamento (1Co 7.2).
Monogâmico e heterossexual, o casamento é a única maneira de se ter sexo sem
pecado e culpa. “Honrado entre todos seja o matrimônio, e o leito [matrimonial]
sem mácula; mas Deus irá os fornicadores e adúlteros” (Hb 13.4 [todas as
versões NKJV]). Qualquer coisa contrária a ordenança da criação do casamento entre
um homem e uma mulher é pecaminoso e inaceitável perante Deus. A Bíblia condena
toda atividade sexual fora do casamento monogâmico e heterossexual:
homossexualismo, sexo antes do casamento, poligamia, adultério, bestialismo e
assim por diante. “Não deixeis que vos
enganem com palavras vãs,” diz Paulo, “porque
é em razão destas coisas sobrevêm a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência” (Ef 5.6) http://www.monergismo.com/textos/homossexualismo/homossexualismo_schwertley.htm
- Indissolubilidade: A natureza indissolúvel do casamento vem desde a
sua origem: "e serão ambos uma só
carne" (v.24b). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica
significa a indissolubilidade do casamento (Mt 19.6). O voto solene de
fidelidade um ao outro "até que a morte os separe", que se ouve dos
nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade (Ml 2.14). O
casamento só termina pela morte de um dos cônjuges (Rm 7.3), pela infidelidade
conjugal (Mt 5.32; 19.9) ou pela deserção por parte do cônjuge descrente (1Co
7.15). O ideal de Deus é a indissolubilidade do casamento. O casamento é para sempre.
Este é o ideal de Deus. A recomendação de Jesus é bastante clara: "Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o
homem" (Mc 10.9); "Assim já
não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o
homem" (Mt 19.6). Fiel ao propósito da indissolubilidade da união
conjugal, Jesus aboliu a lei mosaica que, por causa da maldade humano, acabou
admitindo o divórcio por razões banais. À permissão mosaica, Jesus contrapôs um
de seus divinos "eu, porém, vos digo".
Além de ser injusta para com a mulher, que não tinha direito algum para se
divorciar, a lei judaica banalizara o casamento, nos seguintes termos: "Se um homem casar-se com uma mulher e depois
não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio
à mulher e a mandará embora. Se, depois
de sair da casa, ela se tornar mulher de outro homem, e este não gostar mais
dela, lhe dará certidão de divórcio, e a mandará embora. Ou se o segundo marido
morrer, o primeiro, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo,
visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o Senhor. Não tragam
pecado sobre a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança" (Dt
24.1-4). Jesus reconhece o esforço de Moisés, ao procurar preservar a mulher.
Naquela época, uma mulher separada, quer dizer, abandonada, não tinha sequer
como sobreviver, porque a sua sobrevivência se dava no interior do casamento.
Diante de situações concretas, Moisés queria que, pelo menos, diante do
inevitável, que a mulher pudesse ficar liberada para um novo casamento. Jesus
também tem o mesmo interesse e, por isto, é ainda mais radical, sempre pensando
na proteção das mulheres. “Foi dito:
‘Aquele que se divorciar de sua mulher
deverá dar-lhe certidão de divórcio’. Mas eu lhes digo que todo aquele que se
divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne
adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério"
(Mt 5.31-32). Longe da banalização verificada na prática do Antigo Testamento,
o Novo Testamento admite a existência de situações absolutamente extremas e
totalmente fora da vontade de Deus em que o divórcio é admissível. Há,
portanto, cláusulas de exceção à indissolubilidade. Estas cláusulas são
apresentadas em decorrência do pecado humano.
III – MULHER VIRTUOSA: SÍMBOLO BÍBLICO DE FEMINILIDADE
1. Modelo de
esposa fiel. A
mulher virtuosa é de inestimável valor (Pv 31.10). Por isso, a Bíblia declara
que “o coração do seu marido está nela confiado” (Pv 31.11a) e revela total
confiança do esposo na sua mulher. Assim, a conduta dessa esposa é ilibada em
todas as áreas, tais como: lealdade conjugal, pureza sexual, administração do
lar e das finanças. Além disso, o excelente gerenciamento dessa mulher não
coloca a família em necessidade. Por isso, nessa casa “nenhuma fazenda faltará”
(Pv 31.11b) e ao marido “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida”
(Pv 31.12). Ela lhe proporciona contínuo bem-estar, é uma mulher confiável e
não é instável. Suas ações inspiram a indispensável confiança que faz de seu
marido um homem bem-sucedido (Pv 31.23).
- Provérbios 31.10-31 é
um poema que fornece uma bela descrição da mulher virtuosa, definida como
esposa e mãe (v. 1). A sabedoria espiritual e prática, somadas às virtudes
morais, marca o caráter dessa mulher, fazendo contraste com o caráter da mulher
imoral do v. 3. O cenário aqui é de um lar abastado e os costumes são do antigo
Oriente Próximo, mas os princípios são aplicáveis -a qualquer família. Eles são
apresentados como a oração de toda mãe pela futura esposa de Seu filho, e
literalmente arranjados com cada um dos 22 versículos, começando com as 22
letras do alfabeto hebraico em ordem consecutiva. Essa mulher contribuía em
muito para o sucesso e posição de seu marido na sociedade (vs. 10-12). A
harmonia doméstica de que ele desfrutava promovia a sua honra pública. A boa
reputação de um homem começa no seu lar e, dessa maneira, também a virtude de
sua esposa (cf. 10.22).
- Uma mulher de Deus põe
Jesus no centro de toda sua vida. A Bíblia nos dá vários exemplos de mulheres
de Deus com características e talentos diferentes, mas todas eram dedicadas a
Deus e buscavam fazer Sua vontade. Cada mulher de Deus tem sua própria
personalidade e deve servir a Deus com os dons que Ele lhe dá. Uma vida
dedicada a amar a Deus e a refletir a luz de Jesus no mundo é a verdadeira
marca de uma mulher de Deus. Solteira ou casada, no trabalho ou em casa, jovem
ou idosa, a mulher de Deus reflete um pouco da luz de Jesus em toda situação.
Seu coração pertence a Jesus e isso se manifesta em suas ações e atitudes.
Acima de tudo, a mulher de Deus sabe que é amada por Deus e que nada a pode
separar desse amor (Rm 8.38-39). Essa segurança lhe dá força para viver de
acordo com a vontade de Deus.
2. Padrão de mãe
amorosa. A
mulher virtuosa é também uma mãe dedicada: “se levanta e dá mantimento à sua
casa” (Pv 31.15a). Ela acorda quando ainda está escuro e providencia a refeição
para a família. Pelo bem-estar de seu marido e filhos, ela gerencia as diversas
tarefas do lar (Pv 31.15b). Ela é uma mãe protetora, seus filhos estão adequadamente
vestidos tanto no calor como no frio: “não receia a neve por seus familiares,
pois todos eles vestem agasalhos” (Pv 31.21 - NVI). Essa mãe virtuosa educa sua
prole com sabedoria e bondade (Pv 31.26). Antecipa-se as dificuldades
domésticas e “não come o pão da preguiça” (Pv 31.27). Os filhos reconhecem seu
incalculável valor, a elogiam, agradecem e retribuem o amor recebido dessa
ditosa mãe (Pv 31.28a).
- Ela cuida da família
com muito zelo e amor, faz uma boa gestão da sua casa para que todos da família
sejam bem atendidos. “Antes de clarear o
dia ela se levanta, prepara comida para todos os de casa, e dá tarefas as suas
servas.” (Pv 31.15) - ainda noite, e
já se levanta; para garantir que a cada dia a comida estivesse preparada
para a família, tinha de se levantar antes do nascer do sol para começar a
trabalhar, o que fazia com muita alegria. Uma mulher assim conquista os elogios
de sua família. Não pode haver maior alegria para uma mãe do que ter o
reconhecimento dos filhos de que foi a responsável pela fonte de sabedoria que
os levou a temer a Deus.
3. Exemplo de
administradora e empreendedora. A mulher virtuosa é uma notável
administradora. Como empreendedora adquire tecidos, confecciona roupas, lençóis
e colchas de boa qualidade (Pv 31.15,22). Negocia bens importados e de elevado
padrão para a sua casa (Pv 31.14). Compra propriedades e gerencia negócios
lucrativos (Pv 31.16). Administra a produção e as vendas de seu empreendimento
(Pv 31.18,24). Generosa e sensível, ajuda aos pobres e necessitados (Pv 31.20).
Cheia de energia e de bom caráter é autoconfiante em relação ao futuro (Pv
31.25). Essa esposa, mãe e empreendedora é louvada por sua família (Pv
31.28,29). O seu valor imensurável não reside na aparência física, mas em um
coração temente a Deus (Pv 31.30). O exemplo e as virtudes dessa mulher serão
publicamente reconhecidos (Pv 31.31).
- A mulher virtuosa
descrita aqui é alguém difícil de encontrar. A mãe do rei Lemuel fez uma
descrição desta mulher, que tinha um valor inestimável. Nada podia comprar as
características desta mulher, tampouco joias preciosas podiam ser mais valiosas
que suas qualidades. A sábia mãe estava dando conselhos a seu filho para
encontrar uma mulher virtuosa, que certamente iria edificar sua casa e família.
Esta mulher se distingue de todas as outras pela sua virtude, pelos seus
princípios e prioridades. Ela é fiel ao seu marido, anima, diz palavras sábias.
Os seus filhos reconhecem nela sua virtude. É trabalhadora, generosa, dedicada
e conhecedora da Palavra de Deus. Portanto, as recomendações de Provérbios 31
aconselham como encontrar e ser uma mulher virtuosa. Lembram ao jovem rei que a
beleza exterior vai passar, mas o que vai fazer a mulher ser constantemente
bonita é o seu temor ao Senhor.
CONCLUSÃO
A Bíblia revela
que homens e mulheres se complementam (Gn 2.24). Dessa forma, marido e esposa
são iguais como pessoas, mas diferentes nas funções divinamente estabelecidas.
Dentre outros papéis, Deus confiou às mulheres a dádiva da maternidade e a
tarefa de ser auxiliadora. Essas características enobrecem e não estigmatizam
as mulheres. Contudo, a desconstrução da feminilidade as coloca em rota de
colisão com a vontade divina. Por isso, a mulher cristã é instruída a honrar a
sua feminilidade e assim glorificar a Deus em sua soberania (Lc 1.38,46-48).
- Um erro comum ao
discutir a feminilidade bíblica é misturar estereótipos culturais com a verdade
bíblica. Esse erro tem impedido milhões de mulheres de perseguir seus sonhos e
desenvolver seus dons. Muitas atividades ou carreiras eram consideradas “apenas
para homens”, e esperava-se que as mulheres ficassem em casa e fossem
domésticas. No entanto, a feminilidade bíblica não significa que toda mulher
deva se conformar a um padrão social de feminilidade. Para algumas mulheres,
abraçar sua feminilidade significa que seguirão carreiras na medicina,
construção ou aplicação da lei porque Deus as dotou para servir nessas áreas.
Para outros, criar filhos e construir um lar é a realização de seus desejos
dados por Deus.
1 Pedro 3.3–4 nos
esclarece os objetivos de Deus para Suas filhas. Embora Pedro esteja falando
especificamente para as esposas, esta instrução se aplica a todas as mulheres
que buscam a feminilidade bíblica: “Não
seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de
ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao
incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor
diante de Deus.” A Bíblia não dá instruções semelhantes aos homens, o que
revela o entendimento de Deus sobre as mulheres que Ele criou. Deus sabe que as
mulheres geralmente se concentram mais em sua aparência externa do que a
maioria dos homens. Ele também sabe que a beleza física de uma mulher é
frequentemente explorada, banalizada e usada para fins egoístas. Então Ele a
deixa saber que sua verdadeira beleza não é encontrada lá, do lado de fora. Ele
quer que Suas filhas cavem mais fundo para encontrar o reflexo de Si mesmo que
Ele colocou dentro delas.
A passagem em 1 Pedro
não é uma condenação da beleza exterior, mas um redirecionamento de foco. Um
rosto de modelo com um espírito grosseiro e mesquinho não atrai as pessoas
pelas razões certas (Provérbios 31.30). Uma aparência atraente rapidamente
perde seu apelo para os mais próximos de uma mulher de caráter pobre. Mas uma
mulher que anda com Deus irradia a glória de Deus para todos que encontra. Uma
mulher que modela a feminilidade bíblica tem um espírito gentil e quieto, mas
também pode liderar uma corporação, chefiar uma equipe de manutenção ou
descobrir curas médicas. Na verdade, quando ela permite que o Espírito Santo a
controle, Deus abençoa o seu dom natural para realizar ainda mais do que ela
poderia se tentasse ter sucesso à sua maneira. Quando uma mulher volta sua
atenção para a beleza de sua alma, sua atratividade se torna a causa de sua
exaltação e não de sua exploração. À medida que ela se concentra em desenvolver
a bondade, a gentileza e o autocontrole (Gl 5.22), ela se torna mais parecida
com Jesus, cuja atratividade não era externa; no entanto, o mundo nunca
produziu tanta beleza (Is 53.2).
Como a maioria das
mulheres será esposa em algum momento de suas vidas, a feminilidade bíblica
afeta o relacionamento marido/esposa. A feminilidade bíblica é mais do que uma
carreira ou a capacidade de reproduzir e nutrir. Porque cada ser humano carrega
uma faceta única da própria natureza de Deus (Gn 1.27), nós O glorificamos
quando refletimos essa natureza para o mundo. As mulheres podem revelar a glória
de Deus de maneiras únicas para seu gênero, assim como os homens. Neste dia
confuso, quando a identidade de gênero se tornou uma questão de preferência, é
vital que aqueles que conhecem e amam a Deus e Sua Palavra permaneçam
fundamentados em Sua verdade. Deus projetou os homens para refletir a Sua
glória através da masculinidade bíblica. Ele projetou as mulheres para refletir
outros aspectos da Sua glória através da feminilidade bíblica. Quando todos
buscarmos honrá-lo em todas as partes de nossas vidas, viveremos
harmoniosamente, cumprindo papéis complementares ao executarmos a missão que
Jesus deu a todos nós (Mt 28.19). Artigo extraído de: https://www.gotquestions.org/biblical-womanhood.html;
22 JUL 2023.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. No ato criativo, como a imagem divina foi distribuída para Adão e Eva?
No ato criativo, a imagem divina
foi distribuída sem distinção entre eles, fazendo-os iguais diante do Altíssimo.
Adão e Eva foram criados iguais em pessoalidade, valor, honra e respeito.
2. No século 19, o que aconteceu na Europa e nos EUA?
No século 19, acontece na Europa
e nos EUA a primeira onda do ativismo feminista. As mulheres reivindicam
direitos iguais aos homens.
3. O que a Bíblia ensina sobre o casamento?
A Escritura ensina que o
casamento é monogâmico, heterossexual e indissolúvel (Mt 19.5,6), tendo o homem
como líder da família (Ef 5.23).
4. Cite ao menos duas características da mulher virtuosa como mãe.
Mãe dedicada e protetora.
5. Cite ao menos duas características da mulher virtuosa como
administradora.
Fazer negócios e administrar a
produção.