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1 de novembro de 2019

(ADULTOS) Lição 5: A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL

ANO 10|Nr 1.345|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2019
Título: O Governo divino em mãos humanas - Comentário das lições: Osiel Gomes
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L I Ç Ã O  5
3 DE NOVEMBRO DE 2019
A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL
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TEXTO ÁUREO
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.” (1 Sm 8.4,5)
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VERDADE PRÁTICA
Antes de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de Deus, para que não venha a sofrer dolorosas consequências.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 8.4-7; 10.1-7
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INTRODUÇÃO
||Ao tratar da instituição da monarquia em Israel, não podemos ignorar a soberania de Deus ao estabelecer essa forma de governo. Embora a monarquia fosse um desejo nacional, Deus interveio e, segundo a sua vontade, estabeleceu essa forma de governo. Outrora, Ele levantava juízes em diversas regiões, mas agora Ele levantaria uma monarquia em Israel. Nesse sentido, estudaremos a razão da monarquia, a escolha do rei Saul, o primeiro rei de Israel e o mérito dessa escolha||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O termo ‘monarquia’ significa ‘governo de uma só pessoa’, o rei é o soberano, possuindo toda a autoridade em suas mãos. É ele quem legisla ao mesmo tempo em que é o juiz que decide e dá a sentença. A monarquia em Israel não aconteceu do dia para a noite, mas foi conseqüência das inúmeras deficiências do sistema tribal (leia mais aqui). Quando Israel entrou na Terra Prometida, encontrou cidades-estado dos cananeus que eram governadas por reis (Js 12.7-24). Além disso, durante o período de juizes, Israel foi escravizado pelas nações que eram governadas por reis (Jz 3.8,12; 4.2; 8.5; 11.12). Contudo, na época de Juizes não havia um rei em Israel (Jz 17.6; 18.1; 19.1; 21.25). Como Israel vivia numa terra cercada por nações que tinham reis, isso também contribuiu para o desejo por um rei. De acordo com Dt 17.14, Deus sabia que esse seria o desejo do povo e permitiria que assim o fosse. No entanto, o v. 20 revela um motivo que era definitivamente contrário à vontade do Senhor: “fazer as nossas guerras”. Até esse ponto, o próprio Senhor havia lutado as batalhas por Israel e lhe dado vitórias contínuas (Js 10.14; 1Sm 7.10). Israel já não queria que o Senhor fosse seu guerreiro, o desejo de Israel era substituí-lo por um rei. Foi assim que Israel rejeitou o Senhor. O problema não era ter um rei, mas sim a razão pela qual o povo queria um rei, ou seja, para ser como as outras nações. De maneira insensata; também achavam que haveria mais poder se tivessem um rei para liderá-los nas batalhas. Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
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I – POR QUE A MONARQUIA?
||1. Um sentimento de orgulho nacional (8.4,5). O desvio de Israel teve origem em sua desobediência a Deus. Os israelitas só o buscavam em tempos de crise; então, davam ouvidos à mensagem divina. Segundo a Bíblia, Deus chamou Israel para ser líder espiritual do mundo (1 Cr 17.21; Jo 4.22), mas a nação enveredou pelo mesmo caminho das outras nações. Assim, por meio do orgulho nacional, os israelitas foram levados a pedir um rei antes da hora. Nesse caso, adotar o regime monárquico, segundo o modelo pagão, significava rejeitar a liderança divina representada por Samuel. Dessa forma, os israelitas escolheram uma política meramente humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética. Há perigo quando o povo de Deus deixa a sua verdadeira vocação para imitar as instituições terrenas. Embora seja bíblico cumprir nossas obrigações políticas e sociais, a vocação da Igreja é espiritual, como afirmou Jesus: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36) ||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- Todo desvio tem seu início na desobediência - o ato de alguém se rebelar contra a autoridade, ser insubmisso, quebrar princípios, desrespeitar, afrontar. A desobediência a Deus é um pecado que leva à morte. Adão caiu, e com ele toda a humanidade, pela desobediência à Palavra de Deus.
- Por qual razão Deus Deus chamou Israel para ser Seu povo?

  Falando da nação de Israel, Deuteronômio 7:7-9 nos diz: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos.” Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo através do qual Jesus Cristo iria nascer – o Salvador do pecado e da morte (João 3:16). Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e Eva no pecado (Gênesis capítulo 3). Deus mais tarde confirmou que o Messias viria da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 12:1-3). Jesus Cristo é a razão final pela qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus não precisava ter um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma. Jesus tinha que vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel. No entanto, a razão pela qual Deus escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o propósito da vinda do Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que eles ensinassem aos outros sobre Ele. Israel deveria ser uma nação de sacerdotes, profetas e missionários para o mundo. O intento de Deus era que Israel fosse um povo distinto, uma nação de pessoas que guiassem os outros em direção a Deus e a Sua providência prometida do Redentor, Messias e Salvador. Em sua maior parte, Israel falhou nessa tarefa. No entanto, o propósito final de Deus para Israel, o de trazer o Messias e Salvador, foi cumprido perfeitamente – na Pessoa de Jesus Cristo”. (THEGOTQUESTIONS?)
- O erro não foi “Nesse caso, adotar o regime monárquico, segundo o modelo pagão, significava rejeitar a liderança divina representada por Samuel”. É fato que Deus já havia planejado um rei para Israel e estabeleceu regras para a nação escolher um rei (Dt 17.14-20). Entretanto, quando o povo de Israel pediu a Samuel que constituísse um rei, o Senhor disse a Samuel que o povo “não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele” (1 Sm 8.7). Israel errou na motivação e no método na busca de um rei. Quando o povo pediu a Samuel um rei, não foi porque quisessem ter um homem de Deus reinando sobre a nação, mas porque queriam que um homem reinasse sobre eles. Eles consideraram erroneamente como atos de Samuel a administração que Deus vinha operando através dele. Israel ignorou completamente o fato de que era Deus quem os protegia e reinava sobre eles, eles não estavam rejeitando a Samuel, mas sim a Deus. Também não buscaram a orientação do Senhor no que diz respeito ao rei que governaria Israel. Deuteronômio 17.15 afirma que Deus determinara especificamente que o povo estabeleceria um rei, “aquele que o Senhor… escolher”.
- Ao fazer esta escolha eles não estavam “Dessa forma, os israelitas escolheram uma política meramente humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética”; sua vocação independeria da forma de governo, ela estava atrelada mais à obediência, no estabelecer um relacionamento correto com Deus, sendo o exemplo para as demais nações. Deus queria que a formosura da santidade de Israel atraísse para Ele o restante das nações. Israel seria um exemplo vivo do poder e da graça de Deus para com os povos.
- Quando “o povo de Deus deixa a sua verdadeira vocação para imitar as instituições terrenas” não há mais ‘perigo’, porque ele já estará desviado!
- Em Jo 18.36, a resposta de Jesus é dupla, declarando:
(1) que Ele não é um Rei no sentido político; e
(2) que ele é um rei no sentido moral. Por "deste mundo", devemos entender que a natureza e a origem de Seu reino não são deste mundo, e que o Seu reino não se estenderá neste mundo. (Jo 8.23; Jo 10.16). Ele afirma que é Rei e mais, declara que não há desacordo entre seu reino e governo político ou ordem, qualquer que seja.
||2. O fracasso dos filhos de Samuel. Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo; havia ameaças constantes dos filisteus e os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos. Nesse sentido, o pedido dos anciãos tocou o coração do profeta; pois ele sabia que os seus filhos não tinham condições morais nem espirituais para substituí-lo. Samuel era um líder fiel, sincero, verdadeiro e, embora fosse duro ouvir, ele sabia que os anciãos falavam a verdade. Biblicamente, não há problema em um filho de pastor vir a substituir o pai no ministério. Entretanto, isso não pode se dar por causa do amor paterno, mas pela vocação dada por Deus e confirmada pela Igreja de Cristo (1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). O dono da obra é o Senhor!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- “    “Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e aceitaram subornos.. 1Sm 8.3 O nascimento de Samuel foi um milagre, sua vida foi um portento e sua morte, o fi de uma era. Samuel foi o maior profeta, o maior sacerdote e o maior juiz do período dos Juízes. Sua mãe orou por ele antes dele ser concebido e ele tornou-se um homem de oração. Sua conduta foi irrepreensível. Jamais deixou de exortar o povo e até mesmo de confrontar o rei. Nas turbulências da nação, nunca se esqueceu de orar pelo povo. Ninguém, jamais, conseguiu encontrar em sua vida qualquer brecha para acusá-lo ou desmerecer seu ministério. Seus fihos, porém, não andaram em seus caminhos. Houve uma falta de conexão entre a vida do pai e a vida dos fihos. Mesmo tendo um pai piedoso, profeta e intercessor, os fihos de Samuel colocaram os pés em veredas sinuosas. Eles se inclinaram à avareza, aceitaram subornos e perverteram o direito. Esses fihos jogaram fora o legado do pai. Às vezes, os fihos deliberadamente rejeitam seguir as pegadas de seus pais. Houve um tempo em que os fihos de Samuel deixaram de seguir seu conselho e abandonaram o caminho que o pai trilhou. Samuel começou bem sua carreira e a terminou bem, mas seus fihos escolheram outra carreira e deixaram uma desditosa herança e uma triste marca. Seus fihos têm andado nas veredas da justiça?” (Fonte: Devocionário Cada Dia - Hernandes Dias Lopes).
A sucessão pastoral não deve ser ‘hereditária’, mas sim, segundo os preceitos bíblicos para tal!
A sucessão pastoral é uma fase decisiva e, portanto, é imprescindível que toda a igreja esteja unida, orando e participando do processo, ao invés de dividir-se em grupos partidários como na Igreja que Corinto, onde não se tratava de sucessão, mas alguns membros passaram a considerar certos ministros do evangelho mais do que o próprio evangelho (1 Co 1.10-31). Em sua missiva o apóstolo Paulo repudia e condena essa atitude que pode levar os irmãos à infidelidade aos princípios cristãos, e à divisão da Igreja de Cristo”. (SEARANEWS)

||3. Rejeitando os planos de Deus (10.6,7). Escolher a monarquia, naquele contexto, era rejeitar o propósito divino. Foi algo deliberado do povo contra o plano estabelecido por Deus desde quando Israel ocupou a Terra de Canaã. Deus é onisciente. Ele sabia que esse momento chegaria (Dt 17.14). Assim, no tempo certo, o próprio Deus daria um rei com as qualidades necessárias. É preciso seguir essa diretriz no processo de sucessão de líderes. Não podemos perder a perspectiva de que é Deus que dá seus líderes à Igreja (Mt 9.38; Lc 10.2)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- A rejeição, como já tratado acima, não foi a escolha pela monarquia naquele momento, isso por que já havia planos do Senhor para tal (Dt 17.14). O ofício real já havia sido antecipado por Moisés no Pentatêuco (Gn 17.16; 35.11;49.9-12; Nm 24.7,17). De fato, Moisés previu o tempo em que o povo pediria um rei e instruiu explicitamente o povo a respeito das qualificações do futuro rei!
- Quanto à escolha de líderes, sabemos que é o Senhor quem levanta e confere os dons espirituais necessários para o desempenho do chamado, sempre que observamos a escassez de líderes cheios do Espírito Santo, devemos levantar nossos olhos para que Ele ofereça o remédio.

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II - A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
||1. Por que Saul? Quando lemos o livro de 1 Samuel, logo percebemos que o foco do autor sagrado é Davi, e não Saul. Se Saul foi o primeiro rei de Israel, por que o foco da narrativa não recaiu sobre ele? Podemos considerar que, num primeiro momento, o rei Saul foi ungido pela soberana vontade de Deus. Entretanto, ele reinou indiferente aos mandamentos divinos; era um rei falho, egoísta e ciumento. O propósito do autor sagrado é contrastá-lo com Davi, um homem segundo o coração de Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O benjamita Saul, filho de Quis, foi o primeiro rei de Israel. Interessante notar que a raiz hebraica para ‘Saul’ significa ‘pedido a Deus’. No capítulo 8.10, o "povo... lhe pedia um rei”, e embora Deus tivesse indicado Saul, na verdade ele era mesmo a escolha do povo, dado pelo Senhor em resposta ao seu pedido. A escolha do Senhor teria sido da tribo de Judá (Gn 49.10). Deus identificou Saul para Samuel assegurando que não havia qualquer engano quanto ao escolhido de Deus para ser o rei (1Sm 9.17). O povo havia clamado para serem libertos dos filisteus, seus rivais de longa data, do mesmo modo que clamaram para serem libertos da escravidão no Egito (Êx 2.25; 3.9). Deus levanta Saul porque ele livraria Israel das mãos dos filisteus, o rei escolhido por Deus de acordo com o desejo do coração dos israelitas.

||2. A unção de Saul por Samuel (10.1). Na unção de Saul, alguns detalhes devem ser destacados. Samuel o beijou em sinal de afeição e admiração pessoal. A unção era feita com azeite de oliva. A cerimônia simbolizava a investidura divina para o exercício do cargo. Os que são separados, por Deus, para a sua Obra, têm a unção do Espírito Santo – a capacidade que vem do alto para o exercício do Santo Ministério (Ef 4.11-14). Hoje, não necessitamos do azeite para a separação de obreiros para o ministério da Palavra; basta a imposição de mãos do presbitério (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O Senhor escolheu Saul para ser o líder de Israel e comunicou sua escolha por meio de uma unção privada feita por Samuel, separando-o para o ministério de Deus. Note que o capítulo 10.1 afirma que Deus pôs Saul por rei sobre a ‘Sua herança’ - a herança era a nação de Deus, Israel, no sentido de que esta pertencia exclusivamente ao Senhor (Dt 4.20; 9.26).
- A unção com óleo, despejado sobre a cabeça do sumo sacerdote, seus descendentes e dos reis, simbolizava a separação como santos para o Senhor (Êx 25.6; Lv 8.30, Nm 4.16). Este óleo ou os ingredientes tinham qualquer poder sobrenatural. Pelo contrário, o rigor das diretrizes para a criação do óleo era um teste da obediência dos israelitas e uma demonstração da absoluta santidade de Deus. Os reis eram ungidos como libertadores para o povo de Israel e para governar sobre o povo como seu pastor (1Sm  9.16).
- Imposição das Mãos era a cerimônia que confirmava a idoneidade e aceitação para o ministério, procedia da prática do Antigo Testamento de impor as mãos sobre um animal que seria sacrificado com o fim de identificar-se com ele (Êx 29.10,15,19; Lv 4.15; Nm 8.10; 27.18-23; Dt 34.9; Ml 19.15; At 8.17-18; 9,17; Hb 6.2).

||3. Os sinais de confirmação da unção (10.2-7). Três são os sinais que confirmaram a unção de Saul como o rei de Israel:
(1) Saul encontra as jumentas perdidas de seu pai;
(2) ele encontra três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho;
(3) a capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus.
O primeiro sinal representava o trabalho que o rei teria; o segundo apontava para o sustento divino para a tarefa de Saul; e o terceiro, o rei reinaria sob o Espírito de Deus e, assim, salvaria Israel de seus inimigos. Quem é chamado para o ministério precisa aplicar-se ao trabalho (Jo 5.17); sustentar-se pelo alimento sagrado, a Palavra de Deus (Dt 8.3; Mt 4.4); e estar cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). A jornada ministerial é pesada; por isso, é preciso estar centrado em Deus em todo o exercício ministerial||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- Além de ungir Saul, Samuel disse tudo o que ele encontraria pelo caminho e até que as jumentas do pai dele já tinham sido achadas. quando Saul recebeu a unção de Deus a bíblia diz que o Espírito do Senhor se apossou de Saul, e ele profetizou entre os profetas (1Sm 10.10). O Espírito Santo capacitaria Saul a declarar a Palavra do Senhor junto aos profetas e seria mudado em outro homem. Com essa capacitação pelo Espírito Santo, Saul surgiria como outro homem (cf. 10.9), preparado da mesma maneira que Gideão e Jefté para obras de bravura (cf. v. 9; |z 6.34; 11.29).
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III - O REI QUE O POVO ESCOLHEU
||1. Uma escolha pautada na aparência. Saul rejeitou a Palavra do Senhor, assim, brevemente, Deus daria ao povo um rei segundo o Seu coração (1 Sm 13.13; 15.23). Entretanto, para o povo, Saul era um candidato que enchia os olhos. Fisicamente, era um homem notável (1 Sm 9.2). O povo não via nada além que a aparência humana; mas Deus, que sonda todas as coisas, conhecia o coração de Saul. Mesmo não sendo o rei ideal do ponto de vista divino, Deus o designou e o nomeou||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O capítulo 9.2 diz que a ênfase era colocada na aparência exterior dos líderes, como no caso de Davi no capítulo 16.18 “sabe tocar... de boa aparência”.
Embora a Bíblia descreva Saul como um homem muito bonito fisicamente, o rei tinha alguns defeitos morais e espirituais. A princípio ele foi um bom rei e excelente chefe militar. Dominado pelo Espírito de Deus, Saul foi capaz de derrotar alguns inimigos de Israel. Porém, tornou-se orgulhoso e desobediente a Deus, além de muito ciumento. Vale lembrar que, embora o povo houvesse desafiado a Deus ao lhe pedir um rei, Deus estava pronto a abençoá-los juntamente com seu rei, se eles e o rei o temessem e o obedecessem (12.13-15). Infelizmente, isso não aconteceu.” (EBDBELASARTES)

||2. Os direitos do novo rei. O profeta Samuel esclareceu que o rei teria os seguintes privilégios: todos estariamsob o poder do novo rei e prontos para servi-lo na guerra, no trabalho do campo e da cozinha real, na implantação de impostos, no confisco de escravos para o trabalho, na produção de perfumes, e na cobrança dos dízimos da produção  – no Antigo Testamento essa é a única vez que se trata de dízimo cobrado pelo rei (1 Sm 8.10-17). Assim, as exigências descritas por Samuel faziam parte do novo sistema político que o povo tanto desejava, um padrão desenvolvido pelas nações gentílicas. No Novo Testamento, há recomendação evangélica de como o cristão deve se portar na forma de governo político-temporal vigente (Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13-17)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- Samuel advertiu o povo que ainda viveriam para se arrepender da decisão de ter um rei e que mais tarde clamariam pela libertação de seu governo (1Rs 12.4). ‘Mas o Senhor não vos ouvirá’, diferentemente da resposta do Senhor a Israel durante o período do juízes (Jz 2.18), Deus não se compadeceria e, portanto, não livraria o povo das mãos do rei que os oprimia.
- Não há autoridade que não proceda de Deus, Ele é o único onipotente, governador soberano do universo (Sl 62.11; 103.19; 1Tm 6.15), e instituiu quatro autoridades na terra:
1 )o governo sobre todos os cidadãos;
2) a igreja sobre todos os cristãos;
3) os pais sobre todos os filhos; e
4) os senhores sobre todos os empregados.
- A autoridade do governo humano procede de Deus e é por ele definida. O governo humano foi instituído para recompensar o bom e reprimir o pecado em um mundo mal e caído e quem resiste às autoridades, resiste  ordenação de Deus, uma vez que toda autoridade é ordenada por Deus, a desobediência é uma rebeldia para com Deus.
||3. O novo sistema político e o aspecto teológico. Deus sempre cuidou de Israel; deu-lhe mandamentos, escolheu lideranças para representá-lo em momentos ímpares, fez com que o povo se arrependesse e se voltasse para Ele muitas vezes. Agora, não seria diferente. O Senhor não se afastaria da nação. Se originalmente esta não era a vontade de Deus, o Criador usaria esse modelo para guiar o seu povo. Ele já preparara um rei segundo o coração dEle (1 Sm 13.14). Neste novo modelo, a liderança seria centralizada na pessoa do rei; sacerdotes e profetas representariam o conselho de Deus para o governo monárquico. Assim, o Altíssimo conduziria o seu povo pela história||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- “A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. E Davi foi o homem escolhido por Deus. Davi era notável, tanto por seu amor a Deus quanto por sua aparência física. (I Sm 16.12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência, o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante de Samuel, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu porque o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia a todos os requisitos devido à sua bela aparência física (I Sm 10.24). Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve  certeza de que aquele jovem atendia aos padrões de Deus. Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa.” (EBDBELASARTES)
- Independente do sistema escolhido, Deus continua no comando, Ele é Soberano e governa todo o universo, independente do que pensem os homens. Usou Saul, o rei ‘pedido a Deus’, para libertar o povo da opressão dos filisteus, depois que Saul, por sua desobediência, recebeu um recado do Senhor por meio do profeta Samuel indicando que o seu reino havia terminado (1Sm 15.26), Deus levanta Davi, que apesar de suas imperfeições, cumpriu aquilo que Deus havia planejado para a nação e por isso, foi um homem segundo o coração de Deus.

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CONCLUSÃO
||Deus é o Senhor da história. Muitas vezes não conhecemos seus caminhos nem propósitos, mas sabemos que sua vontade é sempre a mais perfeita e agradável. Não podemos perder de vista que o Pai é quem governa a nossa vida. Como cristãos, devemos buscar a bênção de que a nossa vontade e escolhas estejam sempre bem alinhadas com as de Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- “O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46.9-10). Deus não é um vidente, ou um adivinho, ou um mero prognosticador. Ele não tem uma bola de cristal. Ele sabe o que está por vir porque planeja o que ocorrerá e executa o que ele planeja. Deus tem a autoridade, a liberdade, a sabedoria e o poder legítimos para cumprir tudo o que ele pretende que aconteça. Deus governa!
Destacamos duas promessas muito preciosas que recebemos de Deus. A primeira é: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados se­gundo o seu propósito” (Rm 8.28) – essa promessa tem a ver com o nosso sofri­mento. Deus está garantindo que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Ele não está garantindo que compreen­deremos tudo por que passamos, nem que nos alegraremos com tudo, mas que tudo está cooperando para o nosso bem. Se essa promessa estiver firme e bem arraigada em seu coração, você terá êxito em levar a vida de maneira mais piedosa e temente a Deus. A outra promessa diz respeito ao futuro glorioso: “ a vontade do meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40). Essa promessa é maravilhosa, pois nos apresenta a garantia de que não permaneceremos na morte. Mais do que isso, à semelhança do nosso Senhor, ressuscitaremos para viver plena e eternamente com ele e com todos aque­les que creram em seu nome. Por isso, não devemos temer aqueles que podem matar o corpo ou nos fazer mal porque isso é o máximo que eles podem fazer (Lc 12.4). Como pertencemos a Deus, e estamos assegurados nas suas mãos, o futuro de glória é certo e verdadeiro.” (ULTIMATO)
Pb Francisco Barbosa

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