ANO 10|Nr 1.345|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
ADULTOS - 4º Trimestre de 2019
Título: O Governo
divino em mãos humanas - Comentário das lições: Osiel Gomes
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L I Ç Ã O 5
3 DE NOVEMBRO DE 2019
A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL
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“Então,
todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e
disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus
caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos
julgue, como o têm todas as nações.” (1 Sm 8.4,5)
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VERDADE PRÁTICA
Antes
de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de Deus, para que
não venha a sofrer dolorosas consequências.
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LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Samuel 8.4-7; 10.1-7
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INTRODUÇÃO
||Ao
tratar da instituição da monarquia em Israel, não podemos ignorar a soberania
de Deus ao estabelecer essa forma de governo. Embora a monarquia fosse um
desejo nacional, Deus interveio e, segundo a sua vontade, estabeleceu essa
forma de governo. Outrora, Ele levantava juízes em diversas regiões, mas agora
Ele levantaria uma monarquia em Israel. Nesse sentido, estudaremos a razão da
monarquia, a escolha do rei Saul, o primeiro rei de Israel e o mérito dessa
escolha||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O termo ‘monarquia’ significa ‘governo de uma só pessoa’, o rei é o
soberano, possuindo toda a autoridade em suas mãos. É ele quem legisla ao mesmo
tempo em que é o juiz que decide e dá a sentença. A monarquia em Israel não
aconteceu do dia para a noite, mas foi conseqüência das inúmeras deficiências do
sistema tribal (leia
mais aqui). Quando Israel entrou na Terra Prometida, encontrou cidades-estado
dos cananeus que eram governadas por reis (Js 12.7-24). Além disso, durante o
período de juizes, Israel foi escravizado pelas nações que eram governadas por
reis (Jz 3.8,12; 4.2; 8.5; 11.12). Contudo, na época de Juizes não havia um rei
em Israel (Jz 17.6; 18.1; 19.1; 21.25). Como Israel vivia numa terra cercada
por nações que tinham reis, isso também contribuiu para o desejo por um rei. De
acordo com Dt 17.14, Deus sabia que esse seria o desejo do povo e permitiria
que assim o fosse. No entanto, o v. 20 revela um motivo que era definitivamente
contrário à vontade do Senhor: “fazer as
nossas guerras”. Até esse ponto, o próprio Senhor havia lutado as batalhas
por Israel e lhe dado vitórias contínuas (Js 10.14; 1Sm 7.10). Israel já não
queria que o Senhor fosse seu guerreiro, o desejo de Israel era substituí-lo
por um rei. Foi assim que Israel rejeitou o Senhor. O problema não era ter um
rei, mas sim a razão pela qual o povo queria um rei, ou seja, para ser como as outras
nações. De maneira insensata; também achavam que haveria mais poder se tivessem
um rei para liderá-los nas batalhas. Bom estudo e crescimento maduro na fé
cristã!
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I – POR QUE A
MONARQUIA?
||1. Um
sentimento de orgulho nacional (8.4,5). O
desvio de Israel teve origem em sua desobediência a Deus. Os israelitas só o
buscavam em tempos de crise; então, davam ouvidos à mensagem divina. Segundo a
Bíblia, Deus chamou Israel para ser líder espiritual do mundo (1 Cr 17.21; Jo
4.22), mas a nação enveredou pelo mesmo caminho das outras nações. Assim, por
meio do orgulho nacional, os israelitas foram levados a pedir um rei antes da
hora. Nesse caso, adotar o
regime monárquico, segundo o modelo pagão, significava rejeitar a liderança
divina representada por Samuel. Dessa forma, os israelitas escolheram
uma política meramente humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e
profética. Há perigo quando o povo de Deus deixa a sua verdadeira
vocação para imitar as instituições terrenas. Embora seja bíblico cumprir nossas
obrigações políticas e sociais, a vocação da Igreja é espiritual, como afirmou
Jesus: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo,
lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora,
o meu Reino não é daqui” (Jo 18.36)
||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- Todo desvio tem seu início na desobediência - o ato de alguém se rebelar
contra a autoridade, ser insubmisso, quebrar princípios, desrespeitar, afrontar.
A desobediência a Deus é um pecado que leva à morte. Adão caiu, e com ele toda a
humanidade, pela desobediência à Palavra de Deus.
- Por qual razão Deus Deus chamou Israel para ser Seu povo?
“Falando da nação de Israel, Deuteronômio 7:7-9 nos
diz: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais
numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas
porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais,
o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do
poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o
Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam
e cumprem os seus mandamentos.” Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo
através do qual Jesus Cristo iria nascer – o Salvador do pecado e da morte
(João 3:16). Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e
Eva no pecado (Gênesis capítulo 3). Deus mais tarde confirmou que o Messias
viria da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 12:1-3). Jesus Cristo é a
razão final pela qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus
não precisava ter um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma.
Jesus tinha que vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel. No entanto, a
razão pela qual Deus escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o
propósito da vinda do Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que
eles ensinassem aos outros sobre Ele. Israel deveria ser uma nação de
sacerdotes, profetas e missionários para o mundo. O intento de Deus era que
Israel fosse um povo distinto, uma nação de pessoas que guiassem os outros em
direção a Deus e a Sua providência prometida do Redentor, Messias e Salvador.
Em sua maior parte, Israel falhou nessa tarefa. No entanto, o propósito final
de Deus para Israel, o de trazer o Messias e Salvador, foi cumprido
perfeitamente – na Pessoa de Jesus Cristo”. (THEGOTQUESTIONS?)
- O erro não foi “Nesse caso, adotar o regime monárquico, segundo o modelo
pagão, significava rejeitar a liderança divina representada por Samuel”. É
fato que Deus já havia planejado um rei para Israel e estabeleceu regras para a
nação escolher um rei (Dt 17.14-20). Entretanto, quando o povo de Israel pediu
a Samuel que constituísse um rei, o Senhor disse a Samuel que o povo “não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não
reinar sobre ele” (1 Sm 8.7). Israel errou na motivação e no método na
busca de um rei. Quando o povo pediu a Samuel um rei, não foi porque quisessem
ter um homem de Deus reinando sobre a nação, mas porque queriam que um homem
reinasse sobre eles. Eles consideraram erroneamente como atos de Samuel a
administração que Deus vinha operando através dele. Israel ignorou
completamente o fato de que era Deus quem os protegia e reinava sobre eles, eles
não estavam rejeitando a Samuel, mas sim a Deus. Também não buscaram a
orientação do Senhor no que diz respeito ao rei que governaria Israel. Deuteronômio
17.15 afirma que Deus determinara especificamente que o povo estabeleceria um
rei, “aquele que o Senhor… escolher”.
- Ao fazer esta escolha eles não estavam “Dessa forma, os israelitas escolheram uma política meramente humana,
fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética”; sua
vocação independeria da forma de governo, ela estava atrelada mais à
obediência, no estabelecer um relacionamento correto com Deus, sendo o exemplo
para as demais nações. Deus queria que a formosura da santidade de Israel
atraísse para Ele o restante das nações. Israel seria um exemplo vivo do poder
e da graça de Deus para com os povos.
- Quando “o povo de Deus
deixa a sua verdadeira vocação para imitar as instituições terrenas” não há
mais ‘perigo’, porque ele já estará desviado!
- Em Jo 18.36, a resposta de Jesus é dupla, declarando:
(1) que Ele não é um Rei no sentido político; e
(2) que ele é um rei no sentido moral. Por "deste
mundo", devemos entender que a natureza e a origem de Seu reino não são
deste mundo, e que o Seu reino não se estenderá neste mundo. (Jo 8.23; Jo 10.16).
Ele afirma que é Rei e mais, declara que não há desacordo entre seu reino e
governo político ou ordem, qualquer que seja.
||2. O fracasso
dos filhos de Samuel. Este era o
contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo; havia
ameaças constantes dos filisteus e os filhos de Samuel não andavam em caminhos
retos. Nesse sentido, o pedido dos anciãos tocou o coração do profeta; pois ele
sabia que os seus filhos não tinham condições morais nem espirituais para
substituí-lo. Samuel era um líder fiel, sincero, verdadeiro e, embora fosse
duro ouvir, ele sabia que os anciãos falavam a verdade. Biblicamente, não há
problema em um filho de pastor vir a substituir o pai no ministério.
Entretanto, isso não pode se dar por causa do amor paterno, mas pela vocação
dada por Deus e confirmada pela Igreja de Cristo (1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). O dono
da obra é o Senhor!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- “ “Porém seus
filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e
aceitaram subornos.. 1Sm 8.3 O nascimento de Samuel foi um milagre, sua vida
foi um portento e sua morte, o fi de uma era. Samuel foi o maior profeta, o
maior sacerdote e o maior juiz do período dos Juízes. Sua mãe orou por ele
antes dele ser concebido e ele tornou-se um homem de oração. Sua conduta foi
irrepreensível. Jamais deixou de exortar o povo e até mesmo de confrontar o
rei. Nas turbulências da nação, nunca se esqueceu de orar pelo povo. Ninguém,
jamais, conseguiu encontrar em sua vida qualquer brecha para acusá-lo ou
desmerecer seu ministério. Seus fihos, porém, não andaram em seus caminhos.
Houve uma falta de conexão entre a vida do pai e a vida dos fihos. Mesmo tendo
um pai piedoso, profeta e intercessor, os fihos de Samuel colocaram os pés em
veredas sinuosas. Eles se inclinaram à avareza, aceitaram subornos e
perverteram o direito. Esses fihos jogaram fora o legado do pai. Às vezes, os
fihos deliberadamente rejeitam seguir as pegadas de seus pais. Houve um tempo
em que os fihos de Samuel deixaram de seguir seu conselho e abandonaram o
caminho que o pai trilhou. Samuel começou bem sua carreira e a terminou bem,
mas seus fihos escolheram outra carreira e deixaram uma desditosa herança e uma
triste marca. Seus fihos têm andado nas veredas da justiça?” (Fonte:
Devocionário Cada Dia - Hernandes Dias Lopes).
A sucessão pastoral não deve ser ‘hereditária’, mas sim, segundo os
preceitos bíblicos para tal!
“A sucessão pastoral é uma fase decisiva e, portanto, é
imprescindível que toda a igreja esteja unida, orando e participando do
processo, ao invés de dividir-se em grupos partidários como na Igreja que
Corinto, onde não se tratava de sucessão, mas alguns membros passaram a
considerar certos ministros do evangelho mais do que o próprio evangelho (1 Co
1.10-31). Em sua missiva o apóstolo Paulo repudia e condena essa atitude que
pode levar os irmãos à infidelidade aos princípios cristãos, e à divisão da
Igreja de Cristo”. (SEARANEWS)
||3. Rejeitando
os planos de Deus (10.6,7). Escolher a monarquia, naquele contexto, era rejeitar o
propósito divino. Foi algo deliberado do povo contra o plano estabelecido
por Deus desde quando Israel ocupou a Terra de Canaã. Deus é onisciente. Ele
sabia que esse momento chegaria (Dt 17.14). Assim, no tempo certo, o próprio
Deus daria um rei com as qualidades necessárias. É preciso seguir essa diretriz
no processo de sucessão de líderes. Não podemos perder a perspectiva de que é
Deus que dá seus líderes à Igreja (Mt 9.38; Lc 10.2)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Novembro, 2019]
- A rejeição, como já tratado acima, não
foi a escolha pela monarquia naquele momento, isso por que já havia planos
do Senhor para tal (Dt 17.14). O ofício real já havia sido antecipado por
Moisés no Pentatêuco (Gn 17.16; 35.11;49.9-12; Nm 24.7,17). De fato, Moisés
previu o tempo em que o povo pediria um rei e instruiu explicitamente o povo a
respeito das qualificações do futuro rei!
- Quanto à escolha de líderes, sabemos que é o Senhor quem levanta e
confere os dons espirituais necessários para o desempenho do chamado, sempre
que observamos a escassez de líderes cheios do Espírito Santo, devemos levantar
nossos olhos para que Ele ofereça o remédio.
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II - A ESCOLHA
DE SAUL COMO REI
||1. Por que
Saul? Quando lemos o
livro de 1 Samuel, logo percebemos que o foco do autor sagrado é Davi, e não
Saul. Se Saul foi o primeiro rei de Israel, por que o foco da narrativa não
recaiu sobre ele? Podemos considerar que, num primeiro momento, o rei Saul foi
ungido pela soberana vontade de Deus. Entretanto, ele reinou indiferente aos
mandamentos divinos; era um rei falho, egoísta e ciumento. O propósito do autor
sagrado é contrastá-lo com Davi, um homem segundo o coração de Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Novembro, 2019]
- O benjamita Saul, filho de Quis, foi o primeiro rei de Israel. Interessante
notar que a raiz hebraica para ‘Saul’
significa ‘pedido a Deus’. No
capítulo 8.10, o "povo... lhe pedia
um rei”, e embora Deus tivesse indicado Saul, na verdade ele era mesmo a
escolha do povo, dado pelo Senhor em resposta ao seu pedido. A escolha do Senhor
teria sido da tribo de Judá (Gn 49.10). Deus identificou Saul para Samuel
assegurando que não havia qualquer engano quanto ao escolhido de Deus para ser
o rei (1Sm 9.17). O povo havia clamado para serem libertos dos filisteus, seus
rivais de longa data, do mesmo modo que clamaram para serem libertos da escravidão
no Egito (Êx 2.25; 3.9). Deus levanta Saul porque ele livraria Israel das mãos
dos filisteus, o rei escolhido por Deus de acordo com o desejo do coração dos
israelitas.
||2. A unção de
Saul por Samuel (10.1). Na unção de
Saul, alguns detalhes devem ser destacados. Samuel o beijou em sinal de afeição
e admiração pessoal. A unção era feita com azeite de oliva. A cerimônia
simbolizava a investidura divina para o exercício do cargo. Os que são
separados, por Deus, para a sua Obra, têm a unção do Espírito Santo – a
capacidade que vem do alto para o exercício do Santo Ministério (Ef 4.11-14).
Hoje, não necessitamos do azeite para a separação de obreiros para o ministério
da Palavra; basta a imposição de mãos do presbitério (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Novembro, 2019]
- O Senhor escolheu Saul para ser o líder de Israel e comunicou sua escolha
por meio de uma unção privada feita por Samuel, separando-o para o ministério
de Deus. Note que o capítulo 10.1 afirma que Deus pôs Saul por rei sobre a ‘Sua herança’ - a herança era a nação de
Deus, Israel, no sentido de que esta pertencia exclusivamente ao Senhor (Dt
4.20; 9.26).
- A unção com óleo, despejado sobre a cabeça do sumo sacerdote, seus
descendentes e dos reis, simbolizava a separação como santos para o Senhor (Êx
25.6; Lv 8.30, Nm 4.16). Este óleo ou os ingredientes tinham qualquer poder
sobrenatural. Pelo contrário, o rigor das diretrizes para a criação do óleo era
um teste da obediência dos israelitas e uma demonstração da absoluta santidade
de Deus. Os reis eram ungidos como libertadores para o povo de Israel e para
governar sobre o povo como seu pastor (1Sm
9.16).
- Imposição das Mãos era a cerimônia que confirmava a idoneidade e
aceitação para o ministério, procedia da prática do Antigo Testamento de impor
as mãos sobre um animal que seria sacrificado com o fim de identificar-se com
ele (Êx 29.10,15,19; Lv 4.15; Nm 8.10; 27.18-23; Dt 34.9; Ml 19.15; At 8.17-18;
9,17; Hb 6.2).
||3. Os sinais de
confirmação da unção (10.2-7). Três
são os sinais que confirmaram a unção de Saul como o rei de Israel:
(1) Saul encontra as jumentas perdidas de seu pai;
(2) ele encontra três homens no Monte Tabor, um
levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho;
(3) a capacidade de profetizar pelo Espírito de
Deus.
O primeiro sinal representava o trabalho que o rei
teria; o segundo apontava para o sustento divino para a tarefa de Saul; e o
terceiro, o rei reinaria sob o Espírito de Deus e, assim, salvaria Israel de
seus inimigos. Quem é chamado para o ministério precisa aplicar-se ao trabalho
(Jo 5.17); sustentar-se pelo alimento sagrado, a Palavra de Deus (Dt 8.3; Mt
4.4); e estar cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). A jornada ministerial é
pesada; por isso, é preciso estar centrado em Deus em todo o exercício
ministerial||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- Além de ungir Saul, Samuel disse tudo o que ele encontraria pelo caminho
e até que as jumentas do pai dele já tinham sido achadas. quando Saul recebeu a
unção de Deus a bíblia diz que o Espírito do Senhor se apossou de Saul, e ele
profetizou entre os profetas (1Sm 10.10). O Espírito Santo capacitaria Saul a
declarar a Palavra do Senhor junto aos profetas e seria mudado em outro homem.
Com essa capacitação pelo Espírito Santo, Saul surgiria como outro homem (cf.
10.9), preparado da mesma maneira que Gideão e Jefté para obras de bravura (cf.
v. 9; |z 6.34; 11.29).
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III - O REI QUE
O POVO ESCOLHEU
||1. Uma escolha
pautada na aparência. Saul rejeitou a
Palavra do Senhor, assim, brevemente, Deus daria ao povo um rei segundo o Seu
coração (1 Sm 13.13; 15.23). Entretanto, para o povo, Saul era um candidato que
enchia os olhos. Fisicamente, era um homem notável (1 Sm 9.2). O povo não via
nada além que a aparência humana; mas Deus, que sonda todas as coisas, conhecia
o coração de Saul. Mesmo não sendo o rei ideal do ponto de vista divino, Deus o
designou e o nomeou||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- O capítulo 9.2 diz que a ênfase era colocada na aparência exterior dos
líderes, como no caso de Davi no capítulo 16.18 “sabe tocar... de boa aparência”.
“Embora a Bíblia descreva Saul como um homem muito
bonito fisicamente, o rei tinha alguns defeitos morais e espirituais. A
princípio ele foi um bom rei e excelente chefe militar. Dominado pelo Espírito
de Deus, Saul foi capaz de derrotar alguns inimigos de Israel. Porém, tornou-se
orgulhoso e desobediente a Deus, além de muito ciumento. Vale lembrar que,
embora o povo houvesse desafiado a Deus ao lhe pedir um rei, Deus estava pronto
a abençoá-los juntamente com seu rei, se eles e o rei o temessem e o
obedecessem (12.13-15). Infelizmente, isso não aconteceu.” (EBDBELASARTES)
||2. Os direitos
do novo rei. O profeta
Samuel esclareceu que o rei teria os seguintes privilégios: todos estariamsob o
poder do novo rei e prontos para servi-lo na guerra, no trabalho do campo e da
cozinha real, na implantação de impostos, no confisco de escravos para o
trabalho, na produção de perfumes, e na cobrança dos dízimos da produção – no Antigo Testamento essa é a única vez que
se trata de dízimo cobrado pelo rei (1 Sm 8.10-17). Assim, as exigências
descritas por Samuel faziam parte do novo sistema político que o povo tanto
desejava, um padrão desenvolvido pelas nações gentílicas. No Novo Testamento,
há recomendação evangélica de como o cristão deve se portar na forma de governo
político-temporal vigente (Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13-17)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Novembro, 2019]
- Samuel advertiu o povo que ainda viveriam para se arrepender da decisão
de ter um rei e que mais tarde clamariam pela libertação de seu governo (1Rs
12.4). ‘Mas o Senhor não vos ouvirá’,
diferentemente da resposta do Senhor a Israel durante o período do juízes (Jz
2.18), Deus não se compadeceria e, portanto, não livraria o povo das mãos do
rei que os oprimia.
- Não há autoridade que não proceda de Deus, Ele é o único onipotente,
governador soberano do universo (Sl 62.11; 103.19; 1Tm 6.15), e instituiu
quatro autoridades na terra:
1 )o governo sobre todos os cidadãos;
2) a igreja sobre todos os cristãos;
3) os pais sobre todos os filhos; e
4) os senhores sobre todos os empregados.
- A autoridade do governo humano procede de Deus e é por ele definida. O
governo humano foi instituído para recompensar o bom e reprimir o pecado em um
mundo mal e caído e quem resiste às autoridades, resiste ordenação de Deus, uma vez que toda
autoridade é ordenada por Deus, a desobediência é uma rebeldia para com Deus.
||3. O novo
sistema político e o aspecto teológico. Deus
sempre cuidou de Israel; deu-lhe mandamentos, escolheu lideranças para
representá-lo em momentos ímpares, fez com que o povo se arrependesse e se
voltasse para Ele muitas vezes. Agora, não seria diferente. O Senhor não se
afastaria da nação. Se originalmente esta não era a vontade de Deus, o Criador
usaria esse modelo para guiar o seu povo. Ele já preparara um rei segundo o
coração dEle (1 Sm 13.14). Neste novo modelo, a liderança seria centralizada na
pessoa do rei; sacerdotes e profetas representariam o conselho de Deus para o
governo monárquico. Assim, o Altíssimo conduziria o seu povo pela história||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3
Novembro, 2019]
- “A remoção da família de Saul de uma dinastia
permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. E Davi
foi o homem escolhido por Deus. Davi era notável, tanto por seu amor a Deus
quanto por sua aparência física. (I Sm 16.12). Depois que Saul foi rejeitado
por seus atos de desobediência, o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um
dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante de Samuel, mas
nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram
apresentados a Samuel, ele não entendeu porque o Senhor o enviara a ungir um
rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua
estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia a
todos os requisitos devido à sua bela aparência física (I Sm 10.24). Jessé
disse a Samuel que seu filho mais novo chamado Davi, ainda cuidava dos
rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza de que aquele jovem atendia aos
padrões de Deus. Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu
numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira
poderosa.” (EBDBELASARTES)
- Independente do sistema escolhido, Deus continua no comando, Ele é
Soberano e governa todo o universo, independente do que pensem os homens. Usou
Saul, o rei ‘pedido a Deus’, para libertar o povo da opressão dos filisteus,
depois que Saul, por sua desobediência, recebeu um recado do Senhor por meio do
profeta Samuel indicando que o seu reino havia terminado (1Sm 15.26), Deus
levanta Davi, que apesar de suas imperfeições, cumpriu aquilo que Deus havia
planejado para a nação e por isso, foi um homem segundo o coração de Deus.
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CONCLUSÃO
||Deus
é o Senhor da história. Muitas vezes não conhecemos seus caminhos nem
propósitos, mas sabemos que sua vontade é sempre a mais perfeita e agradável.
Não podemos perder de vista que o Pai é quem governa a nossa vida. Como
cristãos, devemos buscar a bênção de que a nossa vontade e escolhas estejam
sempre bem alinhadas com as de Deus||. [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Novembro, 2019]
- “O meu conselho permanecerá de pé,
farei toda a minha vontade” (Isaías 46.9-10). Deus não é um vidente, ou um
adivinho, ou um mero prognosticador. Ele não tem uma bola de cristal. Ele sabe
o que está por vir porque planeja o que ocorrerá e executa o que ele planeja. Deus
tem a autoridade, a liberdade, a sabedoria e o poder legítimos para cumprir
tudo o que ele pretende que aconteça. Deus governa!
“Destacamos duas promessas muito preciosas que
recebemos de Deus. A primeira é: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito” (Rm 8.28) – essa promessa tem a ver com o nosso sofrimento. Deus
está garantindo que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Ele não está
garantindo que compreenderemos tudo por que passamos, nem que nos alegraremos
com tudo, mas que tudo está cooperando para o nosso bem. Se essa promessa
estiver firme e bem arraigada em seu coração, você terá êxito em levar a vida
de maneira mais piedosa e temente a Deus. A outra promessa diz respeito ao
futuro glorioso: “ a vontade do meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele
crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40). Essa
promessa é maravilhosa, pois nos apresenta a garantia de que não permaneceremos
na morte. Mais do que isso, à semelhança do nosso Senhor, ressuscitaremos para
viver plena e eternamente com ele e com todos aqueles que creram em seu nome.
Por isso, não devemos temer aqueles que podem matar o corpo ou nos fazer mal
porque isso é o máximo que eles podem fazer (Lc 12.4). Como pertencemos a Deus,
e estamos assegurados nas suas mãos, o futuro de glória é certo e verdadeiro.” (ULTIMATO)
Pb Francisco Barbosa
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