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6 de novembro de 2019

(JOVENS) Lição 6: ESTÊVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR


ANO 10|Nr 1.347|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS - 4º Trimestre de 2019
Título: Poder, Cura e Salvação - Comentarista: Henrique Pesch
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L I Ç Ã O  6
10 DE NOVEMBRO DE 2019
ESTÊVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR
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TEXTO DO DIA
“E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.” (At 6.8)
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SÍNTESE
O Espírito Santo concedeu a Estêvão poder para realizar prodígios e sinais entre o povo e sabedoria para pregar o Evangelho.
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TEXTO BÍBLICO
Atos 6.8-15
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INTRODUÇÃO
||O número dos discípulos de Jesus ia aumentando a cada dia e o trabalho social também aumentava, o que levou à necessidade de instituir diáconos que cuidassem dessa área. Um dos eleitos para a função de diácono foi Estêvão, discípulo cheio de fé e do Espírito Santo. Por meio dele, sinais e prodígios eram feitos o que suscitou a inveja e a ira de alguns judeus que acabaram apedrejando Estêvão. Este foi o primeiro mártir da Igreja Cristã. Mas mesmo diante da morte, o Espírito Santo encheu o coração do servo de Deus de paz e amor, e a glória de Deus foi vista pelos seus algozes de forma sobrenatural||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Não temos muitas linhas que nos contem sobre a vida de Estêvão, no entanto, o pouco que temos nos dá informação importante sobre seu caráter: era um crente fiel e de boa reputação na igreja. A igreja cresceu muito rapidamente e os apóstolos precisaram delegar algumas responsabilidades a outros crentes. Foram escolhidos pela igreja sete homens de caráter excelente para servir às mesas e cuidar das viúvas (At 6.2-4) - um destes foi Estêvão. Além de suas responsabilidades diaconais, Estêvão ficou conhecido por ser cheio do poder de Deus e realizar milagres (At 6.8). Alguns judeus não ficaram contentes e tentaram apanhar Estêvão em discussões. Mas Deus deu muita sabedoria a Estêvão e ninguém conseguia refutar sua argumentação. “Estêvão foi o primeiro diácono da igreja primitiva e também o primeiro mártir do Cristianismo. Foi um homem que viveu de forma plena. Era cheio do Espírito Santo, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio de poder. Estêvão viveu de forma superlativa e morreu de forma exemplar. Sua vida inspira ainda hoje milhões de pessoas. Seu legado atravessa os séculos. Sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos e suas obras ainda nos deixam perplexos.” (hernandesdiaslopes). Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
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I – ESTEVÃO, UM HOMEM DE DEUS
||1. Prodígios e grandes sinais. Dentre os homens escolhidos para cuidarem da assistência social da igreja, destaca-se Estêvão, homem cheio da graça, sabedoria e do poder do Espírito Santo. Esse diácono supria as exigências estabelecidas pelos apóstolos: homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria (At 6.3). Como é maravilhoso ver Deus levantar pessoas tementes e que se permitem serem usadas como canais do Senhor para abençoar vidas. No Antigo Testamento, temos exemplos de profetas como Elias e Eliseu, que realizaram grandes sinais entre o povo daquela época. Esses profetas realizaram milagres como a multiplicação de alimento, fogo que caiu do céu, abertura de rios, curas e ressurreições. No Novo Testamento, vemos Deus usando os apóstolos com sinais e prodígios, curando os enfermos (At 5.12-16). Jesus afirmou: “E estes sinais seguirão aos que crerem: ‘em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- "Prodígios" refere-se à perplexidade que as pessoas sentem quando testemunham obras sobrenaturais (milagres). "Sinais" apontam para o poder de Deus por trás dos milagres — maravilhas não têm valor a não ser que apontem para Deus e sua verdade. Tais obras muitas vezes foram realizadas pelo Espírito Santo por intermédio dos apóstolos (5.12-16) e seus companheiros (6.8) para autenticá-los como mensageiros da verdade de Deus. Cf. 2Co 12.12; Hb 2.3-4.
“Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Estêvão pregava aos ouvidos e também aos olhos. Falava e fazia, ensinava e demonstrava. Suas obras irrefutáveis testificavam de suas palavras irresistíveis. Por ser um homem que vivia cheio do Espírito, de fé, de sabedoria, de graça e de poder, Deus operava por meio dele grandes milagres. Os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para testemunhá-lo. Muitos estudiosos da Bíblia afirmam que a vida irrepreensível de Estêvão e o seu poderoso testemunho na hora da morte impactou decisivamente o coração de Saulo de Tarso, que mais tarde, convertido a Cristo, transformou-se no maior bandeirante da fé. Que Deus nos dê homens do mesmo calibre de Estêvão, homens que ousem viver de forma plena num mundo cheio de vazio.” (hernandesdiaslopes).

||2. Sabedoria e autoridade. Estêvão não era somente cheio de poder para realizar sinais, mas ele também era dotado de sabedoria divina. Diz o texto que alguns judeus helenistas, grupo a que Estêvão pertencia, se levantaram para debater com ele. Entre eles, havia os da sinagoga chamada dos Libertos (escravos libertos que haviam pertencido a cidadãos romanos, alexandrinos e da Cilícia). Quando levantaram questões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão que respondeu aos opositores da igreja (At 6.9). A Bíblia diz que não “podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10). Jesus já havia dito que Ele daria aos seus discípulos boca e sabedoria a que ninguém poderia resistir, nem contradizer (Lc 21.15). Com a descida do Espírito Santo receberiam também poder para testemunhar (At 1.8)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Parece que Atos 6.9 descreve três sinagogas: a sinagoga dos Libertos, outra composta de cireneus e alexandrinos, e uma terceira composta de pessoas da Cilícia e da Ásia. Diferenças culturais e lingüísticas entre os três grupos tornam pouco provável que eles freqüentassem a mesma sinagoga. As sinagogas eram lugares de reunião, que começaram a existir no período intertestamentário onde os judeus dispersos (geralmente helenistas), que não tinham acesso ao templo, podiam reunir-se na sua comunidade para culto e leitura do Antigo Testamento. Este grupo denominado como ‘Libertos’, eram descendentes de escravos judeus capturados por Pompeu (63 a.C.) e levados para Roma. Mais tarde foram libertados e formaram uma comunidade judaica ali. Cireneus, eram homens de uma cidade no norte da África chamada Cirene. Simão, o homem que foi obrigado a carregar a cruz de Jesus, era natural de desta cidade (Lc 23.26). Os ‘alexandrinos’ judeus oriundos da cidade de Alexandria, norte da África, localizava-se perto da boca do rio Nilo. Desta cidade veio o poderoso pregador Apoio. Cilícia e Ásia eram províncias romanas na Ásia Menor (atual Turquia). Pelo fato de a cidade natal de Paulo (Tarso) se localizar na Cilícia, ele provavelmente frequentava essa sinagoga. Quando estes ‘discutiam com Estevão’, de fato, estavam discutindo num debate formal. Sem dúvida, eles centravam-se em temas como a morte e ressurreição de Jesus e a evidência do Antigo Testamento de que ele era o Messias.
Por ser um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de fé, de graça e de poder, Estêvão era boca de Deus. Cada palavra que saia de sua boca tinha o peso de uma tonelada. Seus inimigos podiam até discordar dele, mas jamais refutá-lo. Estêvão tinha conhecimento e também sabedoria. Tinha luz na mente e fogo no coração. Suas palavras eram ao mesmo tempo ternas e doces e também fortes e cortantes. Ao mesmo que trazia cura para os quebrantados, feria os de coração endurecido; ao mesmo tempo que confortava os aflitos; perturbava os insolentes.” (hernandesdiaslopes).
||3. Estêvão é acusado de palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Mesmo com toda a sabedoria e autoridade com que falava acerca de Cristo, os homens de dura cerviz resistiram ao Espírito Santo (At 7.51). Não satisfeitos eles subornam algumas pessoas para que dissesse que ouviram Estêvão proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus (At 6.11). Levam-no ao Sinédrio, juntamente com falsas testemunhas. Podemos observar os mesmos ataques do maligno que foram levantados contra Jesus (Mc 14.56-58) e, mais tarde, contra Paulo (At 21.28). Muitos outros cristãos fieis ao Senhor, ao longo da história, também foram injustamente acusados de atos que não cometeram e de coisas que nunca disseram. Talvez você também tenha sido alvo de uma calúnia. Então, saiba que da mesma forma que Deus foi com esses cristãos, Ele estará com você em todos os momentos||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Incapazes do vencer o debate com Estêvão, seus inimigos recorreram à fraude e à conspiração. Assim como fizeram com Jesus (Mt 26.59-61), eles recrutaram secretamente falsas testemunhas para espalhar mentiras a respeito de Estevão. As acusações foram sérias, pois a blasfêmia era punível com a morte (Lv 24.16).
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II – A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS
||1. Um sermão memorável. Depois de ser acusado injustamente Estêvão profere um dos sermões mais belos de toda a Bíblia (At 7.2-53). Ele narra desde a chamada de Abraão até a sua saída de Ur, passando pelos patriarcas Isaque e Jacó até chegarem ao Egito e serem salvos por intermédio de José. Estêvão discorreu a respeito do plano de Deus para a humanidade. Em sua defesa ele destacou a universalidade do Evangelho. Na verdade, as primeiras grandes revelações de Deus ocorreram em terras estrangeiras (Ur, Harã, Egito e Sinai). Ele enfatiza também a história gloriosa de Israel em que Deus usa Moisés para libertar o povo, passando por Davi, Salomão, o Templo e os profetas que falaram acerca do Justo que viria. Uma pregação maravilhosa e cheia de sabedoria e unção. Mas esse sermão não visava apenas a informação dos fatos históricos. O objetivo de Estêvão era confrontar os seus ouvintes quanto à prática de fé adotada por eles. O sermão bíblico e ungido pelo Senhor não visa somente fazer com que as pessoas se sintam bem, mas faz com que se sintam incomodadas e queiram melhorar o relacionamento com Deus||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- O clímax do sermão de Estêvão apontou que os lideres judeus rejeitaram Deus da mesma maneira como haviam feito os seus antepassados no Antigo Testamento. É interessante notar que o julgamento de Estevão em Atos segue o mesmo modelo do relato do processo de Jesus nos evangelhos sinóticos de Mateus e Marcos. Nestes, a acusação de que Jesus teria dito que destruiria o Templo também parte de “falsas testemunhas” (Mt 26.61; Mc 14.58).
||2. Injustiçado, mas cheio do Espírito Santo. Ao ouvirem o sermão de Estêvão, os homens de dura cerviz enfureceram-se e rangeram os dentes contra ele (At 7.54). Infelizmente, muitos ainda hoje também não aceitam a mensagem do Evangelho, pois ela vai de encontro ao estilo de vida pecaminoso que preferem adotar. Mas Estêvão continuava pregando e era cheio do Espírito Santo.  Como é bom ver jovens que mesmo enfrentando provações e rejeição, até mesmo da própria família devido à sua fé em Jesus Cristo, continuam cheios do Espírito Santo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Dura cerviz se refere à obstinação daqueles homens, à semelhança dos seus pais (Êx 32.9). Assim, tão impuros perante Deus como os gentios incircuncisos (Dt 10.16; Ir 4.4; Rm 2.28-29), resistiam ao Espírito Santo. Por rejeitarem os mensageiros do Espírito e sua mensagem (Mt 23.13-39). Em raiva e frustração rilhavam os dentes ao serem confrontados com a verdade exposta no sermão de Estêvão. Note que o relato de Lucas assevera que Estêvão era ‘cheio do Espírito Santo’, isso aponta para uma realidade repetida do comportamento controlado pelo Espírito, que Deus ordena aos crentes manter (Ef 5.18). Ser cheio do Espírito é ser totalmente controlado por Ele, todas as áreas da vida, todo o nosso ser. Paulo em Efésios 5.18-20 explica que o Espírito Santo pode nos encher e que essa experiência é melhor que o sentimento de estar embriagado! O resultado é grande alegria, louvor e gratidão a Deus!

||3. A visão dos céus abertos. Quando estamos cheios do Espírito Santo, podemos ser testemunhas de acontecimentos sobrenaturais. É o que aconteceu com Estêvão.  Quando ele terminou seu sermão, fixou seus olhos no céu e viu a “glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus” (v. 55). E não só viu, como também afirmou a todos: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (At 7.56). No momento em que estava sendo acusado e apedrejado, os céus se abrem para ele. A Palavra de Deus fala de Jesus assentado à direita de Deus (Mc 14.62; Lc 22.69; Cl 3.1), mas nesse caso Jesus estava em pé dando as boas-vindas ao primeiro mártir da história da Igreja. Nosso Salvador recebe aqueles que lhe são fiéis até à morte. Ele mesmo disse: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Estêvãp permaneceu puro, calmo, postura serena, irradiando a presença de Deus a ponto de seus algozes “fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo.”(At 6.15). No fervor da situação, Estevão viu os céus abertos e Jesus de pé a direita de Deus Pai, Estevão estava pronto e Jesus o estava esperando de pé. Quanta honra! O homem que reconhece a Cristo como Senhor na vida ou na morte, se necessário, é aquele a quem o Senhor reconhecerá perante Deus como sendo seu (2Tm 2.10-13).
Estevão evidenciou sua piedade cheia do Espírito quando estava prestes a morrer por apedrejamento. Atos 7:55-56 diz que ele olhou para o céu e deixou seus adversários e testemunhas saberem que ele viu Cristo em pé à destra de Deus. Estevão não se concentrou em sua difícil situação, mas fixou seu olhar no Senhor, o que todos os crentes devem fazer: “Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra” (Colossenses 3:1-2). A visão espiritual de Estêvão foi incrível e permitiu que ele visse o Cristo ressuscitado, e tivesse a certeza de que seria bem-vindo ao céu no momento em que morresse. Não teremos esse tipo de visão enquanto estivermos na terra, mas se estivermos constantemente cheios do Espírito como Estêvão, sempre veremos a Jesus pela fé, e perceberemos Sua presença nos momentos mais difíceis de nossas vidas (João 14:26-27; Hebreus 13:5-6).” (Leonardo Damaso)
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III - O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO
||1. A fúria dos homens. Quando Estêvão exclamou que via os céus abertos e que contemplava Deus e Jesus, seus algozes gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e se arremeteram contra ele. O mundo não quer ouvir a Verdade, pois a Verdade denuncia a sua pecaminosidade. Os acusadores de Estêvão não aceitaram a mensagem, expulsaram-no da cidade e o apedrejaram até a morte (At 7.58). Aquele diácono, cheio do Espírito Santo, sofreu o martírio de um profeta. O governo romano não permitia que os povos sujeitos à sua autoridade executassem a pena de morte. Porém, os inimigos de Estêvão estavam tão irados que o mataram, segundo eles, de acordo com a lei judaica. Um fim trágico, humanamente falando, para um obreiro fiel ao Senhor e à jovem igreja. No entanto, um fim glorioso, espiritualmente falando, quando ele é recebido e honrado no lar eterno por Cristo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Temos aqui uma demonstração espúria de zelo religioso; estavam certos de Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus
”. Esta foi uma prova terrível contra eles; porque se Jesus estivesse à destra de Deus, então eles haviam assassinado uma pessoa inocente; e eles devem inferir que a justiça de Deus deve rapidamente vingar sua morte. Eles estavam determinados a não sofrer um homem para viver por mais tempo que pudesse dizer que ele viu os céus abertos e Jesus Cristo em pé à destra de Deus.

||2. Um jovem chamado Saulo. Segundo a lei judaica o criminoso deveria ser despido antes de seu julgamento para aumentar ainda mais a humilhação pública. Então, aqueles que mataram Estêvão lançaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo, que consentira naquele apedrejamento. Sem participar diretamente nessa execução, Lucas apresenta Saulo como conspirador na morte de Estêvão. Alguns pensam que Saulo estivesse naquele momento também como arauto anunciando aos transeuntes o crime do acusado||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Note que as roupas deixadas aos pés de Paulo não eram as de Estêvão, mas sim dos apedrejadores, eram capas que tiravam para deixar o corpo mais livre para o trabalho (Mt 5.40) - As vestes das testemunhas (acusadores e membros do Sinédrio) são deixadas aos cuidadosdo jovem Saulo. Em Atos 22.20 o próprio Paulo testemunha: “E quando foi derramado o sangue de tua testemunha Estêvão, eu estava lá, dando minha aprovação e cuidando das roupas dos que o matavam”. Em At 7.58 é a primeira vez que Paulo aparece na Escritura. O fato de estar suficientemente próximo do ato para segurar as vestes dos assassinos de Estêvão reflete o seu profundo envolvimento no sórdido acontecimento (ve/a nota cm 8. i)..

||3. Perdão nos momentos derradeiros. Ao ser apedrejado, Estêvão invoca ao Senhor pedindo que receba o seu espírito. Ele se coloca de joelhos e diz: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.60). Ele estava seguindo o exemplo de Jesus para com seus algozes. Quem sabe sua oração teve influência na conversão do próprio Saulo? Diante da injustiça, do escárnio e da violência, Estêvão consegue perdoar. Embora brutalmente sentenciado, morreu de forma digna de um cristão verdadeiro que não guarda amargura, ira ou indignação (Ef 4.31). Perdoar a quem nos tem ofendido não é fácil, mas viver o verdadeiro cristianismo também não o é, e o perdão é uma das características do seguidor de Cristo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- Corno Jesus havia feito antes dele (Lc 23.34), Estêvão orou para que Deus perdoasse os assassinos. “Houve, porém, diferença na oração: Cristo orou diretamente ao Pai. Estêvão orou a Jesus (ver I Tm 2.5). Cristo disse: "entrego", porque voluntariamente deu sua vida a seu Pai (Jo 10.17,18). Estêvão falou: "recebe", sabendo que o Senhor tem as chaves da morte. Ele, como servo, estava pedindo sua soltura desta vida. Estêvão morreu como deve ser com todos os crentes: tendo uma oração nos seus lábios. Sua morte foi acompanhada pelo amor que perdoa. Cristo acrescentou: "... porque não sabem o que fazem". Estêvão nada pôde falar quanto ao grau de culpa dos seus perseguidores. Só Cristo tem o poder de determinar sobre isso. Mas Cristo, com certeza, exige de seus seguidores o mesmo espírito de amor e perdão. Ele é nosso exemplo supremo. Como milhares de crentes, o último suspiro de Estêvão foi dedicado a uma oração por seus assassinos. Este tipo de perdão por parte dos crentes é comum. Naquela época, contudo, era uma novidade completa e deve ter impressionado profundamente todos os presentes.” (ebdareiabranca)

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CONCLUSÃO
||Nesta lição, pudemos estudar a respeito do martírio de Estêvão, um homem de Deus, cheio do Espírito Santo, que realizava maravilhas e pregava o Evangelho. Como afirma Matthew Henry “ele se dedicou à tarefa de morrer com tanta compostura, como se houvesse ido dormir; despertará novamente na manhã da ressurreição para ser recebido na presença do Senhor, onde há plenitude de gozo, e para compartilhar as bem-aventuranças que estão à sua destra, para sempre.”||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 6, 10 Novembro, 2019]
- O corajoso Estêvão pregou um sermão verdadeiro que confrontava a falsidade religiosa de seus ouvintes. Estevão ensinava que o Altíssimo não habita em templos feitos pelas mãos de homens e que havia entre aqueles religiosos uma resistência direta ao Espírito do Eterno (At 7.48-51). O enchimento do Espírito Santo capacita o cristão a pregar corajosamente, um ensino verdadeiro fundado na doutrina dos apóstolos. “Pregar e viver o que Jesus havia pregado e vivido. Sem concessões nem limites. Estevão anunciava que o próprio Criador desejava habitar nos corações humanos e que o Templo seria destruído, pois era uma sombra daquilo que acabava de concretizar-se em Cristo.

Estevão pregava o que o Jesus havia pregado. Obviamente, essa pregação feriu interesses e resultou em seu apedrejamento.” (projetoomega). Apesar do barulho da turba e das pedras que lhe rasgavam as carnes, adormeceu na paz de Deus para o repouso celestial. Os perseguidores podiam fazer o que quisessem com o cadáver. Estêvão já havia entrado no seu descanso.
Pb Francisco Barbosa