Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)
Tenho dinâmica para esta
aula! Se desejar receber, mande-me um e-mail. É o mesmo da chave PIX! Especifique se quer Adultos ou Jovens!
TEXTO PRINCIPAL
“Porquanto
ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e
transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento).” (At 15.24).
ENTENDA O TEXTO PRINCIPAL:
• Quem fala “em nome da igreja” precisa clara
autorização e fidelidade ao kerigma. A ausência desses elementos gera confusão
e fere a alma do rebanho. Atos 15.24 revela um padrão apostólico de proteção da fé: reconhecer perturbações, rechaçar ensinos não autorizados e proclamar
novamente a graça. O texto fundamenta (1) a supremacia da Escritura na
avaliação de qualquer manifestação espiritual, (2) a importância de estruturas
colegiadas para decisões doutrinárias, e (3) a convicção de que o Espírito
Santo continua operando, mas nunca em contradição com o evangelho de Cristo
crucificado e ressuscitado.
RESUMO DA LIÇÃO
Defender
o verdadeiro Evangelho implica pensar e praticar a doutrina bíblica.
ENTENDA O RESUMO DA LIÇÃO:
• A carta visa preservar comunhão gentio‑judaica. Hoje, diferenças culturais ou carismáticas devem submeter‑se ao evangelho central
(Ef 4.3‑6). Defender o verdadeiro
Evangelho não é apenas um ato de coragem, mas uma rendição radical à supremacia
das Escrituras; implica pensar com a mente de Cristo, submeter-se integralmente
à verdade revelada e viver uma fé que exala doutrina bíblica encarnada, mesmo
quando ela colide com a cultura, desafia tradições humanas e exige fidelidade
até o sangue.
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 2.11-16.
11. E,
chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.
• Paulo confronta publicamente Pedro porque sua conduta
ameaçava comprometer a verdade do evangelho (v. 14). Mostra que nenhum líder da
igreja está acima da correção quando se afasta da verdade revelada. Pedro agiu
de forma incoerente com o evangelho da justificação pela fé, e isso exigiu
confronto direto. (Comentário BEP)
12.
Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os
gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando e se apartou deles, temendo
os que eram da circuncisão.
• Pedro anteriormente comia com os gentios, demonstrando
comunhão cristã sem distinções legais (cf. At 10–11). Por medo dos judaizantes,
ele recua, dando a entender que os gentios precisavam guardar as leis judaicas
para plena comunhão. Essa atitude era contrária à revelação que ele mesmo havia
recebido em Atos 10 e 11. Sua conduta compromete a unidade da igreja e o ensino
da salvação somente pela fé. (Comentário BEP)
13.
E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se
deixou levar pela sua dissimulação.
• O erro de Pedro teve efeito dominó — até Barnabé,
parceiro de Paulo na missão aos gentios, foi influenciado. “Dissimulação” (ὑπόκρισις) implica
hipocrisia consciente: fingiam uma conduta motivada por temor humano, e não por
convicção espiritual. Demonstra o poder devastador do mau exemplo entre líderes
espirituais. (Comentário BEP)
14.
Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do
evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como
os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
• Paulo aponta que a conduta de Pedro contradizia o
evangelho que ele pregava. O termo grego traduzido por “direitamente” é
“orthopodeo” (andar retamente) — eles estavam fora de linha com a verdade do
evangelho. Ao se afastar dos gentios, Pedro implicitamente impunha o legalismo
como condição para comunhão. Paulo restaura aqui a centralidade da salvação
pela fé, não por obras da lei. (Comentário BEP)
15.
Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios.
• Paulo fala ironicamente ou pedagogicamente, lembrando
que mesmo judeus, com toda sua herança religiosa, não são justificados pela
lei. A expressão “pecadores dentre os gentios” reflete o pensamento judaico
tradicional, mas Paulo subverte isso com o argumento da justificação pela fé no
versículo seguinte. (Comentário BEP)
16.
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus
Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de
Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne
será justificada.
• Versículo central da epístola e uma das declarações
mais claras do evangelho da graça. Justificação: ato judicial de Deus em
declarar justo o pecador com base na fé em Cristo, não no mérito humano. Obras
da lei (gr. ergōn nomou) = obediência a mandamentos cerimoniais, civis e morais
da Lei mosaica. A salvação é incondicional, não baseada em méritos ou tradições
judaicas. A ênfase tripla (“não… mas…”, “também cremos…”, “nenhuma carne será
justificada”) reforça o absoluto da graça mediante a fé. (Comentário BEP)
Este
ministério nasceu de um chamado:
Levar a Palavra de Deus a todos: —
grátis, sem barreiras.
Cada estudo,
cada palavra, é fruto de oração e dedicação para alimentar sua fé. Mas para
continuar, preciso de você.
Se este
conteúdo foi útil para você, transforme gratidão em ação.
Sua
contribuição, por menor que seja, mantém essa luz acesa. Não deixe que essa
missão pare. Seja parte da transformação!
Chave PIX: assis.shalom@gmail.com
Juntos,
iluminamos vidas. Obrigado por caminhar comigo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, trataremos da vivência
de uma fé correta. Tal verdade é vista no conflito que aconteceu entre Paulo e
Pedro, quando irmãos de Jerusalém vieram a Antioquia e Pedro sentiu-se
constrangido a se afastar dos gentios para agradar aos judeus. A resposta de
Paulo à essa atitude de Pedro foi registrada e pode nos servir de exemplo sobre
o que pode acontecer quando uma pessoa nega, com uma atitude, um ensino das
Sagradas Escrituras. O Evangelho de Jesus deve ser ensinado e defendido a todo
custo, mesmo na comunidade dos santos.
• Nem todo erro doutrinário começa com heresia
declarada. Às vezes, começa com um gesto, uma cadeira vazia, uma mudança de
mesa, um olhar que evita outro. Foi exatamente assim em Antioquia. Pedro,
apóstolo respeitado e cheio do Espírito, um dos chamados ‘Colunas da Igreja em
Jerusalém’, recuou diante da pressão dos irmãos de Jerusalém. Deixou a comunhão
com os gentios para manter as aparências diante dos judaizantes. Com esse
simples afastar-se, ele negou com o corpo o que pregava com a boca. E Paulo não
ficou calado. A repreensão pública de Paulo a Pedro (Gl 2.11-14) não foi por
orgulho ou disputa de autoridade. Foi uma defesa urgente da verdade do
evangelho: “O homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus
Cristo” (Gl 2.16). O termo grego usado por Paulo para “justificar” é dikaióō,
que carrega o peso de uma declaração legal de inocência definitiva diante de
Deus, não por méritos humanos, mas pela fé no que Cristo realizou na cruz.
Quando Pedro hesitou, ele não apenas errou na etiqueta social; ele ameaçou o
cerne da fé cristã. Segundo Fee, Pedro agiu como se a mesa da comunhão tivesse
sido cercada novamente pela cerca da Lei, e não aberta pela cruz (FEE, 2011). Esse
episódio nos expõe. Quantas vezes nossa prática nega aquilo que dizemos crer?
Quando nos calamos diante do erro por medo de perder aceitação. Quando
preferimos a aprovação de homens à obediência à verdade. Quando trocamos a
comunhão pela conveniência. Somos, então, mais parecidos com Pedro no seu silêncio
do que com Paulo na sua firmeza. A mesma pressão que levou Pedro a recuar
também paira sobre nós: o medo de desagradar, de ser mal compreendido, de não
pertencer. Mas o chamado do evangelho é claro: andar corretamente segundo a
verdade (orthopodeō tē alētheia, Gl 2.14), ou seja, alinhar vida e doutrina sem
fingimento. A fé bíblica exige coerência visível. A geração atual não quer
discursos decorados, quer gente que viva o que prega, que escolha a verdade
mesmo quando ela custa reputação. Precisamos reaprender com Paulo que a
fidelidade à doutrina é um ato de coragem espiritual, e que o Espírito Santo
nos fortalece para sustentar a verdade com graça e firmeza. Não há avivamento
sem fidelidade doutrinária. Não há liberdade cristã sem responsabilidade comunitária.
E não há transformação sem confronto com a cruz. Este é o chamado da lição:
reavaliar se estamos vivendo um evangelho coerente ou apenas adaptando-o para
agradar. Como Davi diante do profeta Natã, sejamos humildes para dizer: “Pequei
contra o Senhor”, e desejemos, com temor e verdade, uma vida onde fé e prática
caminham lado a lado, de maneira que até nossos gestos comuniquem o evangelho
que pregamos.
I. O CASO DE ANTIOQUIA
1. Pedro chega à Antioquia.
A cidade de Antioquia da Síria é apresentada no Novo Testamento como um local
onde judeus e cristãos congregavam juntos, onde culturas diferentes eram
ensinadas por intermédio do Evangelho de Jesus. O apóstolo Pedro estava ali e
não teve dificuldades de se adaptar àquele ambiente. Ele certamente tinha
conhecimento de que a igreja em Antioquia era um ambiente onde não havia as
divisões étnicas tão acentuadas, conhecidas e bem delimitadas, como era em
Jerusalém. É bom lembrar também que Pedro, segundo Lucas, orientado por Deus, foi
o primeiro apóstolo a tratar do Evangelho com um gentio, Cornélio, fora de
Jerusalém. Não houve nenhum problema em Pedro comer com os crentes gentios em
Antioquia, até que chegassem judeus vindos de Jerusalém. O verbo “comia”, no
pretérito imperfeito, mostra que não foi somente em uma única ocasião que Pedro
comeu com gentios, e sim em várias refeições.
• Poucas experiências dizem tanto sobre a fé cristã
quanto o simples ato de sentar-se à mesa com irmãos em Cristo. Em Antioquia da
Síria, esse gesto ganhava ainda mais força. Ali, em uma das comunidades mais
multiculturais do Novo Testamento, judeus e gentios se assentavam lado a lado,
sem as muralhas étnicas que marcavam Jerusalém. A fé em Cristo havia inaugurado
uma nova realidade: um só corpo, uma só mesa, um só Espírito. E Pedro sabia
disso. Ele mesmo já havia sido usado por Deus para abrir a porta do evangelho
aos gentios, Cornélio e sua casa são testemunhas vivas desse avanço (At 10).
Pedro compreendia, teologicamente e na prática, que a salvação não dependia da
lei, mas da graça. É nesse contexto que Gálatas 2.12 se torna tão contundente.
O texto diz que Pedro “comia” com os gentios (sunēsthien, do gr. Συνεσθίω,
tempo imperfeito, indicando hábito contínuo). Isso revela uma convivência
natural, reiterada, não forçada. Ele não estava apenas visitando os gentios;
ele se misturava a eles, partilhava refeições, histórias e fé. Mas tudo muda
com a chegada de alguns irmãos vindos da parte de Tiago. Pedro, por temor à
crítica dos judaizantes, recua. Não diz uma palavra, mas sua ausência à mesa
fala alto. Sua retirada comunica algo perigoso: que a comunhão plena exige mais
do que fé, exige adesão à cultura judaica. E isso distorce o evangelho. O
problema aqui não é apenas social. É teológico. Pedro, ao se afastar dos
gentios, transmite a ideia de que a obra de Cristo não é suficiente para unir
os diferentes. Ele reergue, com seu gesto, o muro que o próprio Cristo derrubou
(Ef 2.14). Douglas Oss observa que Pedro, nesse momento, “agiu contrariamente
ao princípio do evangelho que ele mesmo havia defendido”¹. Craig Keener complementa: “O
comportamento de Pedro enviava a mensagem errada sobre o que era necessário
para pertencer ao povo de Deus”². Paulo não se cala, porque o evangelho está em jogo. E
quando o evangelho é ameaçado, o silêncio é cumplicidade. Esse relato não é
apenas histórico. Ele é também um espelho. Quantas vezes, por medo de rejeição,
acabamos negando, com atitudes, aquilo que dizemos crer? Quantas mesas já
evitamos por pressão social, quantas pontes deixamos de construir para
preservar reputações? Como Pedro, às vezes convivemos bem com a graça, até que
alguém exige de nós a performance religiosa. E sem perceber, deixamos de ser
fiéis ao evangelho para sermos fiéis ao grupo. Aqui, a Palavra nos confronta:
estamos mesmo vivendo a liberdade que Cristo nos deu, ou estamos negociando
essa liberdade para caber nos moldes de outros? Que esta lição desperte em nós
uma fé que não se curva diante da pressão, que não abandona a mesa da comunhão
por conveniência. Como Davi, devemos orar: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu
coração” (Sl 139.23). A comunhão que temos com os irmãos é um reflexo do
evangelho que anunciamos. E o evangelho não nos permite mesas vazias por medo,
mas mesas cheias de graça, verdade e reconciliação. Que nossas atitudes estejam
à altura da verdade que pregamos. Que nossa geração seja conhecida não por sua
teologia apenas, mas por viver com coerência e coragem a liberdade que há em
Cristo.
_______________
1. OSS, Douglas. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo
Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
2. KEENER, Craig S. Comentário Bíblico do Novo Testamento:
versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
2. Os da parte de Tiago.
Paulo descreve que um grupo de irmãos chegou de Jerusalém. Até aquele momento,
Pedro e os que o acompanhavam estavam comendo com gentios. No mundo antigo,
partilhar uma refeição significava muito mais do que simplesmente comer ao lado
de uma pessoa. É possível que, em nossos dias, você divida uma mesa numa praça
de alimentação com uma ou mais pessoas que você não conheça. Mas não foi esse o
caso em Antioquia. Comer juntos ali implicava ter comunhão, aceitação mútua. A
mesa estava sendo ocupada por irmãos em Cristo, mesmo que de culturas
diferentes. Não se costumava partilhar refeições com inimigos, mas sim com
pessoas que se desejava ter próximas. Pedro estava comendo e tendo comunhão com
pessoas que já haviam aceitado a Jesus. Os indivíduos no entorno da narrativa
não eram gentios incrédulos, mas gentios feitos filhos de Deus pelo poder do
Eterno. Paulo nos diz que o grupo que veio de Jerusalém era da “circuncisão”. É
possível que fossem pessoas mais intolerantes em relação ao contato com
gentios. Há registros de que judeus mais envolvidos com a Lei mantinham
distância de pessoas de outras culturas, a fim de não se contaminarem, por
acreditarem que a proximidade com outras pessoas não judias poderia lhes deixar
impuros. Esses judeus, como se entende, ouviram o Evangelho e creram em Jesus
como seu Messias, mas mantinham a prática da Lei, inclusive no tocante ao
distanciamento de pessoas não circuncidadas.
• "Os da parte de Tiago" (Gl 2.12) é uma
expressão carregada de tensão e significado. O apóstolo Paulo está descrevendo
um momento crítico na igreja de Antioquia, uma igreja multiétnica, vibrante,
cheia do Espírito, e palco de profundas decisões teológicas. O cenário revela
que Pedro, anteriormente, estava participando de refeições com cristãos
gentios, um ato que, no contexto cultural da época, não era trivial. No mundo
greco-romano e, especialmente, no contexto judaico, partilhar uma mesa
significava mais do que simplesmente matar a fome; era um gesto de comunhão,
aceitação e unidade. Ao contrário dos nossos tempos, em que podemos
compartilhar uma mesa numa praça de alimentação com completos desconhecidos, no
primeiro século, sentar-se à mesa com alguém era um sinal público de
pertencimento mútuo. A mesa era um símbolo e um meio de comunhão real. Pedro,
então, não estava apenas "comendo com gentios"; ele estava dizendo,
com seu comportamento: “Vocês são meus irmãos. Estamos unidos em Cristo.” Contudo,
quando chegaram “alguns da parte de Tiago”, judeus cristãos vindos de
Jerusalém, provavelmente zelosos pela Lei, Pedro recuou. A pressão cultural e
religiosa o fez temer. Esses homens eram do partido da circuncisão (Gl 2.12),
ou seja, embora tivessem crido em Jesus, ainda carregavam os antigos paradigmas
judaicos, acreditando que a identidade religiosa se expressava também pelo
apego à Lei mosaica, inclusive evitando o contato com gentios incircuncisos (At
10.28; Ef 2.11-15). A influência farisaica ainda se fazia presente no meio
cristão primitivo, mesmo após a conversão. Muitos judeus convertidos
continuavam a praticar a Lei, não como meio de salvação, mas como expressão de
identidade. O problema é que, ao exigirem que os gentios também fizessem o
mesmo para serem plenamente aceitos, eles estavam, de forma sutil, minando a
suficiência do evangelho da graça (Gl 2.16). O comportamento de Pedro,
portanto, não era apenas uma questão cultural, era uma negação prática da
justificação pela fé somente, pois implicava que, para estar em plena comunhão
com o povo de Deus, o gentio precisaria adotar costumes judaicos. Paulo, cheio
do Espírito e da verdade, não hesitou em confrontar essa hipocrisia, pois sabia
que estava em jogo a integridade do evangelho (Gl 2.14).
Perceba a poderosa lição extraída aqui:
- Você já se afastou de alguém por pressão do grupo? Pedro
era uma coluna da igreja, mas cedeu à intimidação social. Isso mostra que mesmo
os mais maduros na fé precisam da correção fraterna. Cuidado com o evangelho
mais "limpo" socialmente, mas distorcido espiritualmente. Excluir,
dividir ou impor barreiras culturais é trair o evangelho da graça. Nossa
comunhão deve ser determinada por nossa união com Cristo, não por costumes
humanos. A nova identidade em Cristo anula barreiras raciais, culturais e
cerimoniais (Cl 3.11).
3. A dissimulação.
Devemos ressaltar que quando Paulo menciona que os judeus que chegaram como “os
de Tiago”, não o faz como uma designação pessoal, pois Tiago reconheceu o
ministério de Paulo aos gentios. É possível que essa observação se deva ao fato
de que Tiago representava a igreja de Jerusalém. Paulo não diz o que esses
homens falaram, mas mostra que a presença deles foi capaz de mudar o
comportamento de Pedro. Da mesma forma que os falsos irmãos aparentemente não
falaram nada, mas impunham pela sua presença a sua ideia, os que tinham vindo
de Jerusalém certamente partilhavam daquelas mesmas ideias, ou Pedro não teria
mudado de atitude. Para tornar mais difícil a situação, Lucas registra que
Tiago não havia autorizado ninguém a trazer mandamentos diferentes: “Porquanto
ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e
transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento)” (At 15.24).
Eles poderiam ser da parte de Tiago, mas não falavam em nome de Tiago. A
atitude de Pedro envolvia muito mais do que simplesmente partilhar uma
refeição. Em um momento, ele agia como se cresse que não havia mais barreiras
entre judeus e gentios em Cristo, e no outro momento, com outra ação,
demonstrava que as barreiras ainda existiam. Pedro se viu debaixo de uma enorme
pressão, e cedeu a ela. O peso dos visitantes de Jerusalém constrangeu o apóstolo
pescador a agir de outra forma.
• Quando o apóstolo Paulo se refere aos que chegaram “da
parte de Tiago”, ele não está acusando Tiago de ser cúmplice daquela postura
legalista. Na verdade, Tiago, líder da igreja em Jerusalém, reconheceu e
aprovou o ministério de Paulo aos gentios (cf. Gl 2.9). O que Paulo faz aqui é
uma referência eclesiológica: os homens que vieram representavam, ao menos
externamente, a tradição judaico-cristã que ainda mantinha fortes vínculos com
a Lei mosaica. Ou seja, embora convertidos a Cristo, muitos crentes judeus
ainda se apegavam a práticas cerimoniais, como o distanciamento dos
incircuncisos, como forma de “pureza religiosa”. Note que Paulo não relata o
conteúdo de qualquer discurso dos visitantes. Não houve pregação, nem exortação
direta. O que ele denuncia é ainda mais sutil e perigoso: a imposição
silenciosa de uma cultura legalista pela simples presença deles. A pressão
psicológica e espiritual foi suficiente para fazer Pedro recuar de sua postura
anterior, onde comia e se relacionava livremente com os crentes gentios, para
agora se afastar deles, como se não fossem plenamente aceitos no Reino. Essa
mudança de atitude expõe uma dissimulação grave (Gr. hypokrisis), que Paulo não
hesita em confrontar publicamente. O comportamento de Pedro, mesmo sem
palavras, ensinava que ainda havia uma separação entre crentes judeus e
gentios. E isso negava na prática a verdade do evangelho: em Cristo, não há
mais distinção entre judeu e grego, pois todos são um só corpo (cf. Gl 3.28; Ef
2.14-16). Lucas, em Atos 15.24, reforça esse ponto ao registrar as palavras dos
apóstolos e presbíteros de Jerusalém: “Ouvimos
que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a
vossa alma, não lhes tendo nós dado mandamento.” Ou seja, nem tudo que vem
“da parte” da liderança carrega a autoridade dela. Esses homens se apresentavam
como enviados de Tiago, mas falavam apenas por si mesmos. A verdadeira
liderança espiritual nunca contradiz o evangelho da graça.
Pedro era um apóstolo cheio do Espírito, com um histórico
notável no avanço da fé cristã (At 10). Ainda assim, ele cedeu à pressão social
e religiosa. Isso nos mostra que nenhum de nós está imune à tentação de agradar
homens em vez de permanecer firmes na verdade do Evangelho (cf. Gl 1.10). Hoje,
também somos tentados a dissimular: seja por medo de rejeição, por pressão de
grupos religiosos legalistas, ou por não querer parecer “radical demais”. Mas o
evangelho da graça não permite neutralidade. Ele exige fidelidade visível. Que
atitudes, ainda que silenciosas, podem comunicar uma distorção do evangelho
entre os jovens? Como identificar e confrontar legalismos disfarçados de
piedade? Você já sentiu pressão para se afastar de irmãos por julgamentos
culturais ou religiosos?
Quer
ter acesso ao mesmo material que utilizo para escrever estes comentários?
- Adquira seu acesso vitalício à Minha Superbiblioteca!
Milhares
de livros e e-books indispensáveis para formação cristã e recomendados por
instituições de ensino reunidos em um só lugar que aprimora a experiência de
leitura.
VOCÊ ENCONTRARÁ:
📚 TEOLOGIAS SISTEMÁTICAS DIVERSAS
📚 COMENTÁRIOS BÍBLICOS DIVERSOS
📚 COLEÇÃO PATRÍSTICA
📚 COLEÇÃO ERA DOS MARTIRES
📚 CAPACITAÇÃO DE OBREIROS (CURSOS
TEOLÓGICOS)
📚 57
BÍBLIAS DE ESTUDO DIVERSAS
📚 TEOLOGIA NÍVEL MÉDIO – BACHAREL –
MESTRADO - DOUTORADO
✅ Tenha acesso a tudo
isso por
APENAS R$ 30,00!
🔑 Chave PIX: assis.shalom@gmail.com
🤝 Após o pagamento e
recebimento do comprovante, será enviado via WhatsApp o link do material
II. DOIS APÓSTOLOS EM CONFLITO
1. O poder de pressão de um grupo.
Paulo descreve que Pedro mudou seu comportamento com a chegada dos irmãos de
Jerusalém. Isso nos mostra que o pertencimento ou a identificação cultural com
um grupo pode gerar uma grande pressão sobre uma pessoa. Paulo fala que Pedro
“se foi retirando e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão”, numa
referência clara de que o apóstolo de Jerusalém, mesmo sendo um homem de Deus,
não quis ser visto comendo com gentios à mesa. Até Barnabé se deixou levar por
aquela situação. Esse seria um trunfo para os judaizantes, pois ele era
companheiro de missões de Paulo, e ambos haviam estado em Jerusalém para se
encontrar com Pedro e Tiago. Mesmo um homem de Deus como ele foi envolvido no
constrangimento causado pela ação de Pedro.
• É surpreendente como até os gigantes da fé podem
tropeçar quando o medo da opinião alheia se impõe sobre a convicção da verdade.
Em Gálatas 2.11-13, Paulo narra um momento tenso e decisivo: Pedro, o apóstolo
que havia testemunhado a descida do Espírito Santo sobre gentios (At 10), recua
diante de pressões culturais. A expressão usada por Paulo, "se foi
retirando" (gr. ὑπέστελλεν, hupestellen, imperfeito do indicativo), sugere
uma ação lenta e estratégica, quase como alguém tentando disfarçar o recuo¹. Pedro, influenciado por judeus vindos
de Jerusalém, passou a se afastar dos gentios com quem antes comia livremente.
O medo (gr. Φόβος, phobos) dos da circuncisão o levou a preferir a aparência à
verdade, a conveniência ao confronto, e a tradição ao evangelho da graça. Essa
atitude de Pedro não foi um erro isolado; ela causou um efeito dominó dentro da
comunidade. Até Barnabé, companheiro fiel de missões de Paulo, foi arrastado
pela dissimulação. A palavra usada por Paulo para descrever esse comportamento
é hipokrisis (gr. ὑπόκρισις), termo usado no teatro para descrever atores que
usavam máscaras. Era como se Pedro estivesse encenando um personagem diante dos
judeus legalistas, esquecendo que a cruz de Cristo aboliu toda distinção que
separava judeus e gentios (Ef 2.14). Hernandes Dias Lopes observa que “a
hipocrisia de Pedro abriu uma brecha para o legalismo se infiltrar no coração
da igreja”². O mais impressionante é
que tudo isso aconteceu com homens cheios do Espírito. Pedro não era um
neófito. Barnabé não era um crente raso. Ambos conheciam o evangelho e tinham
experiências profundas com Deus. Isso nos mostra que ninguém está imune à
pressão de um grupo ou à tentação de comprometer a verdade por aceitação.
Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, essa crise não era apenas relacional,
mas doutrinária: comprometer a comunhão à mesa era negar, na prática, a
justificação pela fé³. E Paulo, em amor e zelo pela verdade, resistiu a Pedro
“face a face”, não para humilhá-lo, mas para preservar a pureza do evangelho. Vivemos
tempos semelhantes. Muitos jovens cristãos, mesmo bem-intencionados, têm se
curvado às pressões culturais do mundo ou mesmo aos modismos teológicos das
redes sociais. Quando o medo da rejeição fala mais alto que a convicção
bíblica, passamos a viver disfarçados, como Pedro, tentando agradar a todos e
negando, na prática, a liberdade que temos em Cristo. É hora de perguntar:
estamos vivendo o evangelho com integridade ou representando personagens para
não desagradar o “grupo da circuncisão” contemporâneo? Deus nos chama hoje a
uma fé sem máscaras, fundamentada na verdade do evangelho e vivida com coragem.
Que cada aluno e professor da Escola Bíblica Dominical olhe para este texto não
como uma crítica a Pedro, mas como um espelho. Se até ele falhou, precisamos
vigiar. Se Paulo teve coragem de confrontar em amor, precisamos recuperar essa
ousadia. Que a graça que nos salvou nos mantenha fiéis, mesmo quando isso
custar a aceitação de alguns.
_______________
¹ COELHO, Alexandre. A liberdade em Cristo: Vivendo o
verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro:
CPAD, 2024.
² LOPES, Hernandes Dias. Gálatas: A carta da liberdade
cristã. São Paulo: Hagnos, 2021.
2. Repreensão na frente de todos.
“Por qual motivo Pedro foi repreendido por Paulo?” A razão era que ele estava,
mediante a sua atitude, negando uma doutrina fundamental da fé cristã, que é a
justificação pela fé. Não se tratava somente do choque ocasionado por duas
culturas diferentes, ou de uma refeição partilhada com pessoas de outra
cultura, e sim da contrariedade do poder da graça de Deus. Pedro foi
repreendido por ser judeu e viver como gentio, e querer que os gentios vivessem
como judeus. Mesmo sendo apóstolo, Pedro teve medo dos homens de Jerusalém.
Certamente os judaizantes tinham grande influência naquela cidade, a ponto de
constrangerem um apóstolo a agir daquela forma. É preciso lembrar que quando
Pedro batizou Cornélio, ele foi inquirido pelos irmãos em Jerusalém, que só
aceitaram as ações de Pedro depois de saberem que o Espírito Santo também havia
sido derramado entre os gentios. Ser líder é ser observado, e não raro, julgado
e criticado, como aconteceu nesse episódio, pois Pedro foi falar com Cornélio
por ordem de Deus. Já no caso de Antioquia. Pedro cedeu à opinião dos
judaizantes. Ele sabia o que era estar sob os holofotes da acusação, mas
precisava saber também que impor uma forma de vida e não vivê-la era danoso
para a fé.
• Pedro, o apóstolo que andou sobre as águas, que foi
cheio do Espírito no Pentecostes e viu o véu da divisão entre judeus e gentios
ser rasgado diante de Cornélio, precisou ser repreendido publicamente. Não por
imaturidade, nem por desvio moral, mas por uma incoerência teológica grave: ao
se afastar dos gentios por pressão dos judaizantes, ele feriu o cerne do
evangelho, a justificação pela fé, dikaiōsis ek pisteōs (δικαίωσις ἐκ πίστεως). Essa atitude
negava na prática o que ele cria na teoria: que somos salvos pela graça, não
por obras, costumes ou linhagens. Paulo, então, o resistiu “face a face” (Gl
2.11), porque a pureza do evangelho estava em jogo. A tensão em Antioquia não
era uma mera questão de etiqueta cultural. Era um embate entre o legalismo
disfarçado de piedade e a liberdade produzida pelo Espírito. Pedro, mesmo
conhecendo o mover de Deus entre os gentios, cedeu ao medo (phobos, φόβος) da
reprovação dos “da parte de Tiago”. O mesmo homem que viu o Espírito Santo
descer sobre os incircuncisos agora recuava. Por quê? Porque a pressão religiosa,
especialmente quando travestida de zelo pela tradição, pode ser sufocante até
mesmo para os mais experientes. Como lembra o Comentário Bíblico Beacon, Pedro
“agiu em dissonância com sua convicção interior”, e isso exigia correção à
altura¹. Paulo, movido por zelo
santo, não tolerou essa dissimulação. Ele entendeu que o comportamento de Pedro
era um escândalo para os irmãos gentios, um tropeço para a fé nascente. A
questão ali não era só teológica, era pastoral e comunitária. O evangelho é um
chamado à coerência entre fé e prática. A Bíblia de Estudo Pentecostal ressalta
que Pedro, ao ceder, comprometeu a unidade do corpo de Cristo². E Paulo, como fiel mordomo do
mistério revelado entre judeus e gentios (Ef 3.6), não poderia permitir que
essa unidade fosse corrompida pelo temor dos homens. Esse episódio lança luz
sobre a liderança cristã e seu impacto. Ser líder não é apenas conhecer a
verdade, mas encarnar essa verdade diante dos olhares atentos da comunidade.
Pedro vacilou porque esqueceu que sua vida era uma epístola lida por todos (2Co
3.2). Como enfatiza Hernandes Dias Lopes, “a influência de um líder é maior do
que suas palavras; ela se evidencia nas atitudes”³. E quando essas atitudes enfraquecem a graça, a exortação
amorosa, ainda que firme, se torna um imperativo. Este texto nos convida a uma
autoanálise profunda: estamos vivendo o evangelho da graça ou caindo,
sutilmente, no legalismo travestido de santidade? Será que nossas escolhas,
públicas ou privadas, confirmam a fé que professamos? A história de Pedro nos
mostra que até gigantes da fé precisam de confrontos amorosos para se
realinharem com a verdade. E talvez, hoje, seja a nossa vez de permitir que o
Espírito nos confronte. Que sejamos como Davi, que ao ser confrontado por Natã,
não endureceu o coração, mas clamou: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl
51.10).
_______________
1. STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento, v. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
2. ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
3. LOPES, Hernandes Dias. Gálatas — Comentários Expositivos
Hagnos: A Carta da Liberdade Cristã. São Paulo: Hagnos, 2011.
3. O homem não é justificado pelas
obras da Lei. Paulo se vale dessa história para falar que o
homem “não é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gl
2.16). As obras da Lei não servem para justificar o ser humano, e sim para
condená-lo, pois um único pecado faria com que toda a lei fosse transgredida,
condenando, assim, o seu praticante. Nada que façamos com o objetivo de
alcançar o favor de Deus para a salvação tem resultado, pois nossos pecados são
uma dívida que não podemos pagar por nós mesmos, mas que foi paga por Jesus.
Seguir as obras da Lei era tentar ajudar Deus a fazer o seu trabalho de nos
salvar. A pergunta de Paulo é impressionante: “é, porventura, Cristo, ministro
do pecado?” (Gl 2.17). Essa pergunta tem um motivo: sem perceber, os gálatas
estavam tentando restabelecer a lei que foi dada aos judeus. Quem tenta
restabelecer um conjunto normativo de práticas para ser declarado justo, já
tendo sido justificado por Cristo, acaba se tornando participante desse
conjunto normativo, e faz de Cristo participante desse cenário.
• Paulo não está apenas afirmando um princípio
doutrinário quando diz que “o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas
pela fé em Jesus Cristo” (Gl 2.16). Ele está proclamando a revelação central do
evangelho, o δικαίωσις ἐκ πίστεως (dikaiōsis ek pisteōs) que destrói qualquer
pretensão humana de autopromoção diante de Deus. A justificação, neste
contexto, é uma declaração judicial de inocência, um ato soberano e gratuito do
Deus triúno, que imputa a justiça perfeita de Cristo ao crente, não por seus méritos,
mas exclusivamente por meio da fé, a confiança total no sacrifício vicário do
Messias. A Lei, recebida por Moisés no Sinai, foi dada para revelar o padrão
santo e inatingível de Deus e, portanto, tornar o homem consciente do seu
pecado ἁμαρτία (hamartia). Como
Paulo enfatiza em Romanos 3.20, “pela Lei vem o conhecimento do pecado”. Mas
ela não tem poder para transformar nem justificar; ela atua como um “tutor” que
conduz ao Messias (Gl 3.24). Por isso, a tentativa de justificar-se pelas obras
da Lei é condenada, pois a transgressão de um único preceito é suficiente para
violar toda a Lei, um princípio conhecido no judaísmo como “kol ha-Torah”, a
totalidade da Lei, que exige obediência perfeita para aceitação diante de Deus.
Paulo provoca os gálatas com a pergunta retórica: “Porventura Cristo é ministro
do pecado?” (Gl 2.17; Chrístos hypērétēs hamartías). A palavra “hypērétēs”
refere-se a um servidor ou funcionário subordinado, aqui usada ironicamente
para denunciar a ideia absurda de que Cristo servisse ao pecado, ou seja, que
sua obra tivesse por objetivo manter ou estabelecer um sistema de condenação.
Em outras palavras, ao tentar reinstituir a Lei para a justificação, os gálatas
corriam o risco de “participar” novamente do jugo da condenação, tornando
Cristo cúmplice involuntário desse sistema, o que é uma profanação da graça e
uma violação do Evangelho da cruz. Este texto é um chamado solene para todos
nós, especialmente para aqueles que se encontram tentados a um legalismo sutil.
A tentação de religiosidade vazia, que tenta misturar fé com obras, esconde a
incredulidade diante da suficiência da graça. Como o Comentário Bíblico
Pentecostal destaca, a justificação pela fé não é uma licença para a anarquia
moral, mas o fundamento de uma vida transformada pelo Espírito Santo, que
produz frutos de justiça sem que estes sejam condição para a salvação, mas
resposta de gratidão ao Deus que justifica¹. Além disso, a tensão entre Lei e Graça aqui exposta é
também um convite para o cristão refletir sobre sua identidade e segurança em
Cristo. Se a justificação dependesse das obras, jamais poderíamos experimentar
paz interior e perseverança na fé. A Escritura é clara: somos declarados justos
não pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós, sua vida perfeita, morte
expiatória e ressurreição gloriosa. Essa realidade nos liberta para viver em
novidade de vida, guiados pelo Espírito, e não sob o fardo da condenação. Por
fim, a profundidade deste ensino aponta para a grandeza da redenção como
mistério do amor divino. Cristo não veio para estabelecer um sistema de normas,
mas para inaugurar um novo pacto, escrito não em tábuas de pedra, mas nos
corações pela operação do Espírito Santo (Jeremias 31.33; 2Co 3.3). Essa nova
aliança é a única base verdadeira para a nossa justificação e santificação.
Portanto, que cada um examine sua própria fé, buscando não uma religião de
regras, mas uma relação viva com o Deus que justifica pelo seu Filho Jesus.
_______________
1. COELHO, Alexandre. A Liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro
Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
SUBSÍDIO II
“2.12 TEMENDO OS QUE ERAM DA CIRCUNCISÃO. A
circuncisão envolve a remoção do prepúcio. Este ato físico era usado,
originalmente, para confirmar a promessa de Deus de fazer dos descendentes de
Abraão uma grande nação (Gn 17.1-14). Posteriormente, passou a ser um sinal de
que os israelitas estavam em um relacionamento de concerto com Deus, com base
nas leis e promessas de Deus e na sua fidelidade e obediência a Ele (veja Lv
12.3; veja Rm 2.29, nota). Os ‘que eram da circuncisão’ eram cristãos judeus,
particularmente na igreja de Jerusalém, que acreditavam que o sinal da
circuncisão do Antigo Testamento ainda era necessário para todos os cristãos do
novo concerto (veja o v.4, nota). Eles também ensinavam que os crentes judeus
não deveriam comer com nenhum crente gentio não circuncidado (não judeu), que
não seguisse certos costumes judaicos e não obedecesse às restrições
alimentares. Pedro sabia que Deus aceitava os crentes gentios sem preconceito
(At 10.34,35), no entanto negou os seus próprios princípios, por medo das
críticas e pela possibilidade de perder autoridade com alguns membros da igreja
de Jerusalém. O fato de se separar dos crentes gentios à hora das refeições
encorajava a falsa noção de que havia dois corpos de Cristo (isto é, duas
igrejas diferentes) — o judeu e o gentio.
2.16 JUSTIFICADOS PELA FÉ. Este é um tema essencial
na epístola de Paulo aos Gálatas (da mesma maneira como foi essencial na sua
epístola aos Romanos, veja Rm 3.8) Aqui, Paulo trata da questão de como os
pecadores podem ser justificados (isto é, ter os seus pecados perdoados,
aceitos por Deus e inseridos em um relacionamento correto com Ele). Isto não
acontecerá ‘pelas obras da lei’, nem pela observância a rotinas religiosas, mas
por uma fé viva e ativa em Cristo Jesus. Paulo não está anulando a lei nem
negando que ela é ‘santa, justa e boa’ (Rm 7.12), mas está argumentando contra
o uso da lei como a base para tentar obter o favor ou a aceitação de Deus. A
salvação pela fé, devido à graça de Deus (isto é, o seu favor imerecido) e a
essência da verdadeira mensagem de Cristo.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para
Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.1626).
III. ESTOU CRUCIFICADO COM
CRISTO
1. Estou
crucificado com Cristo. Paulo mostra que a
sua fé está baseada na morte e na vida de Jesus Cristo. Na morte, crucificado
com Cristo, e na vida, existindo pautado na fé no Filho de Deus. Uma vez que
Jesus morreu por Paulo, Paulo se declara vivo para Cristo (Gl 2.20).
• Quando Paulo declara “Estou crucificado com Cristo”
(Gl 2.20), ele não está falando apenas de um símbolo espiritual abstrato, mas
de uma realidade ontológica que redefine toda a sua existência. Esta frase
expressa a união mística entre o crente e o Messias crucificado, uma união tão
profunda que a velha vida, marcada pelo pecado e pela escravidão da Lei, foi
fatalmente “pregada na cruz” (grego susstaurōmai, συνσταυροῦμαι, “estar crucificado
junto com”), deixando de existir em sua antiga forma. Paulo enfatiza que a fé
dele não repousa em si mesmo, mas está “pautada na fé no Filho de Deus, que me
amou e se entregou a si mesmo por mim”. Essa é a dinâmica central da
justificação e santificação cristã: a morte substitutiva de Cristo na cruz não
apenas remove o pecado, mas também dá origem a uma nova vida, ressuscitada em
união com o Cristo vivo. Em outras palavras, a vida do apóstolo não é mais para
si mesmo, mas para aquele que ressuscitou dos mortos, uma vida definida pela
ressurreição, sustentada pela fé contínua em Jesus. A profundidade desse
conceito tem raízes no ensinamento paulino da “morte com Cristo” como a experiência
decisiva do novo nascimento e regeneração espiritual (Rm 6.6; Cl 3.1-3). É na
cruz que o “velho homem” é crucificado, e no Espírito que a nova criatura
surge, capaz de caminhar na novidade da vida. Paulo expressa isso em Gl 2.20
como um paradoxo: está morto para o pecado e ao mesmo tempo vivo para Deus,
pois “Cristo vive em mim” (grego: Zēi de en emoi ho Christos, ζῇ δὲ ἐν ἐμοὶ ὁ Χριστός). Essa união com
Cristo implica uma transformação radical da identidade e da motivação. O
apóstolo não apenas aceita passivamente a salvação; ele vive uma experiência
contínua de crucificação diária, mortificando a carne (Rm 8.13) e deixando que
o Espírito Santo guie sua caminhada (Gl 5.16). Sua existência se torna um eco
constante da entrega suprema do Salvador, um testemunho vivo da graça que o
sustenta e o capacita. Este ensino impacta diretamente a nossa vida cotidiana:
a fé verdadeira não é apenas um assentimento intelectual, mas uma identificação
real e prática com a obra de Cristo. Somos chamados a morrer para o pecado e
viver para Deus, conscientes de que nossa nova identidade em Cristo é
sustentada pela presença contínua dEle em nós. O desafio é viver diariamente
esse mistério da cruz e da ressurreição, deixando que o amor que nos alcançou
nos molde e nos conduza.
_______________
COELHO,
Alexandre. A Liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a
Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
LOPES,
Hernandes Dias. Gálatas — Comentários Expositivos Hagnos: A Carta da Liberdade
Cristã. São Paulo: Hagnos, 2011.
ARRINGTON,
French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento,
vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
MACARTHUR,
John. Bíblia de Estudo MacArthur. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2015.
BÍBLIA DE
ESTUDO PENTECOSTAL. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
CHAMPLIN, R.
N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos,
2014.
2. A fé no Filho de Deus.
Paulo realça que vive a fé no Filho de Deus (Gl 2.20). Ele não diz que a sua
vida diante de Deus está pautada na Lei, mas se identifica com a crucificação
do Senhor. Cristo cumpriu toda a Lei, e ao morrer na cruz, mostrou que os
requisitos exigidos por Deus foram cumpridos. A Lei de Moisés conduzia a
Cristo, e o sacrifício de Cristo nos conduz a Deus. Mais que isso, agora Cristo
vive em nós. O Evangelho de Jesus não se baseia nas práticas da Lei, mas na
morte e ressurreição do Senhor.
• Paulo destaca com firmeza que sua vida está firmada na
fé no Filho de Deus, não nas obras da Lei (Gl 2.20). Ele não apenas rejeita
qualquer dependência da Lei para sua justificação, mas afirma sua total
identificação com a crucificação de Cristo, um evento que selou o cumprimento
perfeito de toda a Lei mosaica. Cristo, ao morrer na cruz, satisfez plenamente
as exigências santas e justas de Deus, o dikaioma (δικαίωμα), a justa ordenança
da Lei foi cumprida de forma definitiva e irreversível. Nesse sentido, a Lei de
Moisés funcionava como uma pedagoga (paidagōgos, γλωσσικῶς “tutor” ou “guia”) que
apontava para Cristo (Gl 3.24). Ela mostrava a humanidade sua condição de
pecadora e sua necessidade absoluta do Salvador. Porém, a Lei por si só não
podia justificar; ela só poderia condenar (Rm 3.20). Cristo veio para ser o
cumprimento vivo da Lei e, ao oferecer-se como sacrifício, abriu o caminho para
que a humanidade fosse reconciliada com Deus. Mais do que isso, Paulo afirma
que agora Cristo vive nele. Essa presença viva do Filho de Deus no crente não é
uma metáfora vazia, mas a realidade do novo nascimento e da habitação do
Espírito Santo (2Co 13.5; Rm 8.9). A ressurreição de Jesus assegura essa vida
renovada, dando origem a uma existência marcada pela comunhão contínua com o
Senhor e pela transformação progressiva do caráter. O Evangelho, portanto, não
está fundamentado nas práticas da Lei, mas na morte vicária e na gloriosa
ressurreição do Senhor Jesus. É esta realidade que molda a fé do cristão,
libertando-o do peso do legalismo e conduzindo-o a viver uma vida pautada pela
graça, sustentada pela presença e poder do Cristo vivo em nós.
_______________
COELHO,
Alexandre. A Liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a
Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
LOPES,
Hernandes Dias. Gálatas — Comentários Expositivos Hagnos: A Carta da Liberdade
Cristã. São Paulo: Hagnos, 2011.
BÍBLIA DE
ESTUDO PENTECOSTAL. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
MACARTHUR,
John. Bíblia de Estudo MacArthur. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2015.
ARRINGTON,
French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
3. Cristo morreu por nada? Quando
cremos ou ensinamos que é preciso acrescentar a circuncisão ou outras práticas
à mensagem do Evangelho, estamos negando que o sacrifício de Jesus por nós é
completo ou suficiente. A Lei de Moisés não acrescenta nada à nossa salvação, e
as obras que fazemos na vida cristã servem para refletir a glória de Deus em
nossas vidas. Se mudamos esse princípio, então estamos declarando que Jesus
morreu por nada, e que o sacrifício dEle precisa ser reforçado — pelos gentios
— com práticas que Deus ordenou aos judeus.
• Cristo morreu por nada? Essa é uma pergunta que
desafia a própria essência do Evangelho. Quando insistimos que algo mais deve ser
acrescentado à fé, seja a circuncisão, a observância da Lei ou qualquer outra
prática, estamos, na verdade, dizendo que o sacrifício de Jesus não foi
suficiente. Estamos proclamando, ainda que sem querer, que a morte de Cristo
não foi completa, que Sua obra precisa ser reforçada, complementada por
esforços humanos. A Lei de Moisés nunca teve o poder de salvar. Ela foi dada
para revelar o pecado e apontar para a necessidade do Salvador, não para
acrescentar algo à salvação já consumada na cruz. As obras que realizamos na
vida cristã não são moeda de troca para nossa justificação; elas são frutos de
uma alma transformada, reflexos da glória de Deus que agora habita em nós. Quando
mudamos esse princípio, colocamos em dúvida o valor da cruz. Declaramos, de fato,
que Jesus morreu em vão, que Sua entrega suprema não basta para nos tornar
justos diante de Deus. E o mais grave: tentamos impor aos gentios práticas que
Deus destinou aos judeus, como se isso pudesse acrescentar algo à obra
redentora de Cristo. Que possamos então abraçar a liberdade gloriosa que há em
Cristo, confiando plenamente que, pela fé, somos aceitos e justificados, não
pelas obras da Lei, mas pelo sacrifício perfeito do Cordeiro. Essa é a única
mensagem que sustenta a alma e traz verdadeira paz.
SUBSÍDIO III
““2.20
— JÁ ESTOU CRUCIFICADO COM CRISTO. Paulo descreve o seu relacionamento com
Cristo em termos de uma profunda e intensa conexão pessoal e confiança no seu
Senhor. Aqueles que têm a verdadeira fé em Cristo devem se considerar unidos a Ele
de tal maneira que se relacionam e se identificam com Jesus tanto na sua morte
como na sua ressurreição. (1) De certa forma, todos os seguidores de Jesus
foram crucificados com Cristo na cruz. O seu antigo modo de vida pecador e
desafiador a Deus morreu com Jesus, quando Ele tomou sobre si o pecado deles e
pagou toda a sua punição com a sua própria morte (2Co 5.21) Além disso, os
seguidores de Cristo foram libertos dos requisitos da lei de ter que confiar em
sacrifícios imperfeitos como uma maneira de receber perdão e manter um
relacionamento com Deus. A vida de Cristo — que foi perfeita e sem pecado —
proporcionou o sacrifício supremo pelos pecados, de uma vez por todas (cf. 1Pe
3.18). Os que aceitam o perdão proporcionado por esse sacrifício recebem uma
nova vida (2Co 5.17) pela fé em Cristo (v.19), que lhes permite cumprir o
propósito de Deus para as suas vidas. Graças à salvação espiritual e a um
relacionamento pessoal com Deus por intermédio de Jesus Cristo, o pecado não
mais tem o controle sobre eles.
(2)
Nós, que fomos crucificados com Cristo, agora vivemos com o mesmo poder que
ressuscitou Jesus dos mortos (Rm 8.11), o que quer dizer que Cristo e a sua
força vivem em nós, por meio da presença orientadora do Espírito Santo (Jo
16.13,14). Jesus se tornou a fonte e o foco de nossas vidas: Ele é o centro de
todos os nossos pensamentos, palavras e atos (Jo 15.1-6; Ef 3.17). O nosso
propósito principal é cumprir os seus propósitos e honrá-lo em tudo o que
fazemos.
(3)
A nossa oportunidade de nos relacionar e compartilhar da morte e ressurreição
de Cristo é um dom gracioso de Deus, e se torna ativa por meio da fé em Cristo,
fé esta que não é apenas uma crença intelectual, mas uma confiança ativa que
entrega a liderança da vida de uma pessoa ao Filho de Deus, que nos amou e se
deu por nós (cf. Jo 3.16). A vida pela fé em Cristo e pela orientação do
Espírito Santo é também mencionada como sendo a vida pelo Espírito (3.3; 5.25;
cf. Rm 8.9-11).” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro:
CPAD, 2023, p.1626).
CONCLUSÃO
Nenhum de nós pode negar um preceito
bíblico por força da pressão de um grupo. Nossa vocação inclui defender a fé
que um dia nos foi dada, e nos manter nela em todo o tempo, não somente crendo,
mas praticando a doutrina correta de que somos salvos pela graça de Deus, por
meio da fé, e jamais pelas nossas próprias obras, para que o sacrifício de
Jesus não se torne vão.
• Nenhum cristão pode ceder à pressão de um grupo que o
induza a negar ou comprometer um princípio bíblico fundamental. Somos chamados
não apenas a crer na fé que nos foi transmitida pelos apóstolos, mas a
defendê-la com coragem e viver de acordo com ela em todas as circunstâncias.
Essa fé é clara e inabalável: somos salvos unicamente pela graça soberana de
Deus, mediante a fé em Jesus Cristo, e jamais por nossos esforços ou obras
humanas. Negar essa verdade ou substituí-la por qualquer prática legalista é
reduzir à nulidade o sacrifício perfeito do Senhor. Portanto, nossa vocação
exige vigilância constante para preservar a pureza do Evangelho, mantendo-nos
firmes no ensino apostólico, para que a obra redentora de Cristo nunca seja em
vão em nossa vida e na vida da igreja. Para concluir esta preciosa lição,
gostaria de registrar cinco aplicações práticas para a vida do jovem cristão:
1. Viva a identidade em Cristo, não nas expectativas
culturais:- O jovem cristão precisa entender que sua verdadeira identidade está
firmada na cruz e ressurreição de Jesus, não em tradições, rótulos ou pressões
sociais. Como Pedro, podemos ser tentados a ceder às expectativas dos outros,
mas somos chamados a viver a liberdade que Cristo conquistou, sem medo de
rejeição ou críticas.
2. Defenda a fé com coragem e humildade:- Assim como Paulo
confrontou Pedro publicamente para preservar o Evangelho puro, o jovem deve
estar preparado para defender a doutrina da salvação pela graça, mesmo quando
isso contrariar opiniões populares ou tradições religiosas. Essa defesa deve
ser feita com amor, humildade e conhecimento sólido da Palavra.
3. Evite a armadilha do legalismo:- A fé cristã não se
baseia em rituais, práticas externas ou obras para ganhar a aprovação de Deus.
O jovem deve reconhecer que a justificação é pela fé em Cristo somente e que as
obras são frutos dessa fé, não a causa da salvação. Isso liberta para uma vida
de gratidão e serviço genuíno.
4. Cultive comunhão verdadeira além das diferenças culturais:-
Pedro aprendeu que a comunhão em Cristo transcende barreiras étnicas e
culturais. Hoje, o jovem cristão deve buscar unir-se a irmãos de todas as
origens, valorizando a diversidade no corpo de Cristo, pois todos somos um em
Jesus, e essa unidade fortalece a igreja.
5. Permaneça firme contra pressões externas:- Seja na
escola, na universidade ou nas redes sociais, o jovem enfrentará pressões para
se conformar com o mundo ou para acrescentar práticas que distorçam o
Evangelho. É vital que ele permaneça firme na verdade da Escritura, buscando
sabedoria e força no Espírito Santo para resistir e perseverar.
Viva para a máxima glória do Nome do Senhor Jesus!
Meu
ministério aqui é um chamado do coração — compartilhar o ensino da
Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em
Cristo, possa crescer na fé e no conhecimento das Escrituras, sem barreiras,
com subsídios preparados por um Especialista em Exegese Bíblica do Novo
Testamento.
Todo o material que ofereço é fruto
de oração, estudo e dedicação, e está disponível gratuitamente para que a luz
do Evangelho alcance ainda mais vidas sedentas pela verdade. Porém, para que
essa missão continue firme, preciso da sua ajuda.
Chave PIX:
assis.shalom@gmail.com
Juntos, podemos fazer a diferença. Conto com você!
HORA DA REVISÃO
1. Em que cidade Pedro comia com
gentios, de acordo com a lição?
A cidade de Antioquia da Síria.
2. Como são
identificados os hebreus que vieram de Jerusalém?
Paulo nos diz que esse grupo que
veio de Jerusalém era da “circuncisão”.
3. O que fez com que
Pedro se afastasse dos gentios?
O peso dos visitantes de
Jerusalém constrangeu o apóstolo pescador a agir de outra forma.
4. De que forma Paulo
se identifica com Cristo?
Ele não diz que a sua vida diante
de Deus está pautada na Lei, mas se identifica com a crucificação do Senhor.
5. Em que se baseava a
fé de Paulo?
Paulo mostra que a sua fé está
baseada na morte e na vida de Jesus Cristo.