Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)
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TEXTO
ÁUREO
“E, quando Pedro
viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou,
por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade
fizéssemos andar este homem?” (At 3.12).
ENTENDA O TEXTO PRINCIPAL:
• Essa pergunta de Pedro aos israelitas, após o milagre
do coxo à porta do templo, não é apenas retórica, ela é um espelho. Um espelho
que, quando bem olhado, revela um erro comum e antigo: atribuir a homens o que
só pode vir de Deus. Pedro, ali, não buscava aplausos nem status espiritual.
Ele queria arrancar o foco humano para colocar os olhos do povo de volta em
Cristo, o verdadeiro autor daquele milagre. O texto original pode ser traduzido
como: “Por que nos fixam o olhar como se
fosse por nosso próprio poder (dýnamis) ou santidade (eusebeia) que o fizéssemos
andar?”. Essa distinção é teologicamente essencial: Pedro faz questão de
separar sua instrumentalidade da verdadeira causa: o nome de Jesus (v. 16).
Esse não é apenas um milagre físico, mas uma manifestação da exousía
(autoridade) de Cristo, ressurreto e glorificado, agindo por meio de servos
submissos. Pedro sabia que o centro da fé cristã não é o instrumento, mas a
fonte.
VERDADE
PRÁTICA
A verdadeira
pregação bíblica consiste em dar testemunho de Cristo no poder do Espírito.
ENTENDA A VERDADE PRÁTICA:
• A pregação verdadeiramente bíblica não é um espetáculo
de oratória, performance, nem uma exibição de conhecimento teológico. Ela é,
antes de tudo, o testemunho vivo de Cristo, proclamado com fidelidade às
Escrituras e no poder do Espírito Santo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Atos 3.11-19.
11. E, apegando-se ele a Pedro e João, todo o povo correu atônito
para junto deles no alpendre chamado de Salomão.
• correndo para junto deles. A
multidão ficou admirada com a cura do coxo e correu para Pedro e João. Esse
milagre preparou o cenário para o segundo sermão de Pedro. Os sinais e
maravilhas, frequentemente, servem para despertar atenção para o evangelho.
(BEP)
12. E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por
que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa
própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?
• por nossa própria virtude. Pedro
imediatamente redireciona a glória para Deus. Ele deixa claro que o poder para
curar não vem deles mesmos, mas de Jesus. Isso destaca a humildade e a
dependência do Espírito Santo no ministério apostólico. (BEP)
13. O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos
pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de
Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
• o Deus de Abraão... glorificou a seu Filho
Jesus. Pedro conecta o milagre com a história redentora de Israel. Ele
mostra que Jesus é o Servo glorificado prometido nas Escrituras. O uso do
título “Seu Servo” faz alusão às profecias de Isaías (cf. Is 52.13; 53.11). (BEP)
14. Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse
um homem homicida.
• mas vós negastes. Pedro denuncia o
pecado do povo: rejeitaram o Santo e Justo, preferindo um homicida (Barrabás).
Aqui há forte apelo à consciência dos ouvintes, como também uma demonstração da
gravidade do pecado da incredulidade. (BEP)
15. E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos
mortos, do que nós somos testemunhas.
• matastes o Príncipe da vida. Jesus é
chamado de "Príncipe da vida" (gr. archegos – líder, originador),
ressaltando que Ele é a fonte da vida. Apesar de O matarem, Deus O ressuscitou,
e as testemunhas são os próprios apóstolos. (BEP)
16. E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que
vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós,
esta perfeita saúde.
• pela fé no seu nome. A cura
aconteceu pela fé no nome de Jesus. Essa fé não é meramente humana, mas operada
por Deus. O “nome” representa a pessoa, autoridade e poder de Cristo. O milagre
é prova da autoridade do nome de Jesus. (BEP)
17. E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como
também os vossos príncipes.
• eu sei que o fizestes por ignorância.
Pedro reconhece que tanto o povo quanto os líderes agiram sem pleno
entendimento. Isso abre espaço para arrependimento e misericórdia, semelhante
ao que Jesus disse na cruz (Lc 23.34). (BEP)
18. Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os
seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer.
• assim cumpriu Deus. Pedro mostra que
o sofrimento de Cristo não foi um acidente, mas parte do plano soberano de Deus
revelado pelos profetas. A morte de Cristo estava prevista e era necessária
para a redenção. (BEP)
19. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados
os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do
Senhor.
• Arrependei-vos, pois, e convertei-vos.
Este é o coração do apelo de Pedro: arrependimento e conversão. A promessa é
clara: os pecados serão apagados, e virão tempos de refrigério da parte do
Senhor. O arrependimento genuíno é condição para o perdão e renovação
espiritual. (BEP)
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INTRODUÇÃO
Esta lição mostrará uma das marcas de uma igreja bíblica: seu
compromisso com a pregação da Palavra de Deus. Uma igreja verdadeira valoriza a
mensagem das Escrituras e coloca Jesus Cristo no centro de tudo o que ensina. É
por meio da pregação da Bíblia que o mundo pode conhecer a Cristo. Além disso,
uma igreja bíblica prega no poder do Espírito Santo. Não transmite apenas
palavras vazias, mas a mensagem viva e transformadora que vem da inspiração do
Espírito de Deus. Por fim, uma igreja bíblica traz esperança para aqueles que
já não enxergam saída. Ela anuncia que há um futuro de refrigério e renovação
na presença do Senhor.
• Se quisermos identificar uma igreja verdadeiramente
bíblica, há um ponto que não pode faltar: o compromisso sério e constante com a
pregação da Palavra de Deus. Não é opcional. É uma marca essencial. A igreja
fiel compreende que o centro de sua mensagem não são ideias humanas, programas
modernos ou experiências emocionais, é Cristo crucificado, ressurreto e
exaltado, como revelado nas Escrituras. Toda doutrina sólida e todo ensino
responsável convergem para Jesus, como o próprio Senhor afirmou: “São as Escrituras que testemunham de mim”
(Jo 5.39, NVI). A pregação da Palavra é o meio principal pelo qual Deus revela
o seu Filho ao mundo. A fé salvadora, como Paulo escreveu, vem pelo ouvir, e o
ouvir pela Palavra de Cristo (rēma Christou, Rm 10.17). Isso nos lembra que a
pregação verdadeira não é neutra: ela carrega em si a autoridade do próprio
Deus, pois parte do seu sopro vivo. O termo grego kērygma, usado para se
referir à proclamação apostólica, não descreve uma simples palestra, mas uma
declaração comissionada e carregada de poder espiritual, que exige resposta. Por
isso, a igreja bíblica não depende de estratégias humanas para comover, não é a
pregação performática que quebranta corações, mas toda dependência está no
Espírito Santo, é Ele quem convence. Ela prega no poder do alto, não com
sabedoria de palavras (sophia logou), para que a cruz de Cristo não se esvazie
do seu efeito (1Co 1.17). Como ensina a Bíblia de Estudo Pentecostal, “a Palavra pregada precisa estar unida à
unção do Espírito para produzir fruto eterno”.¹ O pastor Antônio Gilberto também enfatiza: “A pregação deve ser centrada na cruz, cheia
do Espírito e com propósito claro: glorificar a Cristo e transformar vidas.”²
• Essa proclamação, quando inspirada por Deus, não
apenas informa, mas renova. Ela alcança os cansados, consola os que perderam a
esperança e aponta para tempos de refrigério (kairoi anapsyxeōs, At 3.20) que
vêm da presença do Senhor. Essa expressão usada por Pedro em Atos refere-se não
apenas a alívio momentâneo, mas a uma revitalização espiritual profunda, gerada
pelo arrependimento e pela volta sincera a Deus. Assim, como aqueles crentes de
Beréia, avaliemos com seriedade:
nossas igrejas
ainda pregam com esse peso santo?
O Cristo
crucificado ainda é o centro dos nossos púlpitos?
O Espírito ainda
é bem-vindo para conduzir e capacitar a mensagem?
• Que o Senhor nos desperte novamente para uma pregação
que arde no coração, ilumina a mente e transforma a alma — tudo para a glória
do Cordeiro.
_______________
1. ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2004.
2. GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. Rio de
Janeiro: CPAD, 1998.
Palavra-Chave: PREGAÇÃO
• Pregação refere-se à comunicação oral da mensagem de
Deus, com o objetivo de proclamar o evangelho e conduzir as pessoas à fé em
Cristo. É a transmissão da verdade divina com o propósito de convite, exortação
e, em última instância, a transformação da vida dos ouvintes. Pregar é
diferente de ensinar. A pregação é a proclamação de convite e exortação da verdade
bíblica e teológica. O ensino, em contraste, é a explicação e explicação da
verdade bíblica e teológica. O que é compartilhado entre a pregação e o ensino
cristão é o conteúdo — a verdade bíblica e teológica.
I. A IGREJA QUE PREGA AS ESCRITURAS
1. As Escrituras revelam Deus. A Igreja deve pregar as Escrituras, pois elas revelam Deus. A
segunda pregação de Pedro, registrada em Atos 3.11-26, é um grande exemplo
disso. A mensagem do apóstolo é completamente baseada nas Escrituras e coloca
Deus no centro. Pedro usa trechos das Escrituras para fundamentar sua pregação,
citando Deuteronômio 18.15-19 (v.23) e Gênesis 22.18 (v.25). Há também uma
conexão como o Salmos 22.1-31 (v.18) e a Daniel 9.26 (cf. v.18). Além disso,
Pedro mostra que Deus sempre esteve presente e agindo na história do seu povo
(At 3.13), da mesma forma que os autores da Bíblia falavam sobre a revelação de
Deus ao longo dos tempos (cf. Gn 26.24; 28.13; 31.42,53; 32.9; Êx 4.5; 1Rs
18.36; 1Cr 29.18; 2Cr 30.6; Sl 47.9).
• Uma igreja que se firma na verdade não pode abandonar
as Escrituras, porque é nelas que Deus se revela. A Bíblia não é apenas um
registro histórico ou moral: é a voz viva do Deus eterno falando com seu povo,
ontem e hoje. Por isso, uma igreja fiel à sua vocação precisa pregar as
Escrituras com autoridade, reverência e fidelidade, reconhecendo que, nelas,
Deus se dá a conhecer: seu caráter, seus planos e, sobretudo, a centralidade de
Cristo. A segunda pregação de Pedro, registrada em Atos 3.11–26, é um modelo
claro dessa postura. Ele não inventa um discurso emocional, nem se apoia em
experiências pessoais; ele abre as Escrituras, interpreta os fatos à luz da
Palavra, e conduz seus ouvintes diretamente a Cristo. Pedro entende que a
autoridade da sua mensagem não está em si mesmo, mas na Palavra inspirada de
Deus. Assim, seu sermão se torna uma verdadeira exposição bíblica, com
profundidade e clareza. Pedro cita diretamente Deuteronômio 18.15–19 (At 3.23),
onde Moisés profetiza sobre o Profeta que viria, apontando claramente para
Cristo. Ele também retoma Gênesis 22.18 (v.25), onde Deus promete a Abraão que
em sua descendência todas as nações seriam abençoadas, mais uma vez,
evidenciando Jesus como o cumprimento dessa promessa. Há ainda ecos de Salmos
22 (um salmo messiânico que antecipa o sofrimento de Cristo) e Daniel 9.26, que
fala do “Ungido que seria morto”. Mas Pedro vai além das citações pontuais. Ele
demonstra que Deus esteve ativo e presente em toda a história do povo de Israel
(At 3.13), conduzindo os acontecimentos rumo à plenitude dos tempos. Isso é
confirmado por várias passagens veterotestamentárias onde Deus se apresenta
como “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” (cf. Gn 26.24; 28.13; 32.9; Êx
4.5), reafirmando sua fidelidade geracional. Profetas, patriarcas e reis reconheciam
a ação contínua de Deus, e Pedro mostra que tudo isso culmina em Jesus, o
Servo Glorificado. Essa pregação fundamentada nas Escrituras não é um detalhe, é um princípio vital. A Igreja não tem poder de transformar vidas por si mesma,
mas ao proclamar a Palavra de Deus, ela se torna instrumento do Espírito. Como
diz o Comentário Bíblico Beacon: “A
autoridade de Pedro vem das Escrituras e do testemunho do Espírito. Ele fala,
mas é Deus quem convence.”¹
• Portanto, igrejas bíblicas pregam a Bíblia. Pregam
Cristo. Pregam com clareza, com temor, com unção. E quando o púlpito é ocupado
pela Palavra viva, o coração do povo é tocado, os olhos são abertos e a glória
de Deus se manifesta._______________
1. Comentário Bíblico Beacon – Vol. 8: Atos a Romanos. Rio
de Janeiro: CPAD, 2006.
2. As Escrituras testemunham de Jesus. As Escrituras apontam para Cristo. Jesus
disse que as Escrituras davam testemunho dEle (Jo 5.39). Cristo é o centro da
Bíblia. Essa era também a compreensão do apóstolo Pedro. Segundo suas palavras,
os profetas anunciaram antecipadamente o sofrimento de Cristo (At 3.18). A
pregação de Pedro invocou o testemunho das Escrituras para mostrar que a
rejeição de Jesus e sua morte não foram por acaso — já haviam sido preditas
pelos antigos profetas.
• As Escrituras não são apenas um manual de fé ou um
código moral, elas são uma revelação progressiva e cristalina da Pessoa de
Jesus Cristo. Desde o Gênesis até o Apocalipse, a Bíblia revela um fio contínuo
de redenção que conduz ao Messias prometido. Como afirmou o próprio Senhor: “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais
ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39, ARA).
A expressão grega usada aqui, ἐκεῖναι εἰσίν αἱ μαρτυροῦσαι περὶ ἐμοῦ (ekeinai eisin hai martyrousai peri emou), carrega o peso
de um testemunho contínuo e coerente, as Escrituras “dão testemunho” de Cristo
como uma testemunha ocular numa sala de julgamento. Essa era a compreensão
teológica e hermenêutica dos apóstolos. Em Atos 3.18, Pedro retoma esse
princípio ao interpretar o sofrimento de Cristo à luz dos profetas do Antigo
Testamento: “Deus, porém, assim cumpriu o
que dantes anunciara por boca de todos os seus profetas: que o seu Cristo havia
de padecer”. O termo grego traduzido como "havia de padecer" é
παθεῖν τὸν Χριστόν (pathein ton
Christon), expressão que aponta para o Messias como o Servo Sofredor, como
antecipado em Isaías 53, Salmo 22, e Daniel 9.26. Esse sofrimento não foi
imprevisto; foi predito, planejado e cumprido com precisão divina. O escritor
pentecostal Craig S. Keener destaca que Pedro, ao pregar em Atos 3, está
fazendo uma releitura cristocêntrica do Antigo Testamento, entendendo que todos
os acontecimentos em torno da crucificação de Jesus estavam previstos nas
Escrituras Hebraicas, não como tragédias, mas como atos do plano soberano de
Deus¹. O Comentário Bíblico
Pentecostal reforça que essa abordagem dos apóstolos não era uma imposição
artificial ao texto, mas o reconhecimento de que as promessas messiânicas
estavam sendo cumpridas diante dos olhos da geração apostólica².
• Para Pedro, portanto, não há separação entre pregação
e Escritura, entre revelação e redenção. A pregação é o eco autorizado da voz
profética que anunciava a vinda, os sofrimentos e a glória do Cristo. A morte
de Jesus, longe de ser um tropeço no caminho da missão messiânica, era seu
ponto mais alto: o Cordeiro entregue voluntariamente, o Servo ferido por nossas
transgressões. Frank D. Macchia observa que a abordagem dos apóstolos em Atos
revela uma pneumatologia integrada à cristologia e à exegese: é o Espírito
Santo que ilumina o texto, dá poder à pregação e abre os olhos do povo para
reconhecer o Cristo ressurreto nas Escrituras³. Assim, a igreja primitiva lia a Bíblia com os olhos
voltados para Jesus, e pregava com os olhos cheios do Espírito. Portanto, toda
verdadeira leitura bíblica precisa ser cristocêntrica, e toda pregação
autêntica precisa ser fundamentada nas Escrituras. Uma igreja que anuncia
Cristo a partir das Escrituras, no poder do Espírito, cumpre sua vocação
apostólica e se torna agente da revelação de Deus no mundo. Que nossas Escolas
Bíblicas, nossos púlpitos e nossos corações estejam alinhados com essa verdade
eterna: Cristo é o centro de tudo o que Deus revelou — e tudo o que pregamos
deve apontar para Ele.
_______________
1. KEENER, Craig S. Acts: An Exegetical Commentary.
Vol. 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2012.
2. OSS, Douglas. “Atos dos Apóstolos”. In: ARRINGTON,
French L.; STRONSTAD, Roger (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo
Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
3. MACCHIA, Frank D. Baptized in the Spirit: A Global
Pentecostal Theology. Grand Rapids: Zondervan, 2006.
3. As Escrituras confrontam o pecado. A verdadeira pregação também mostra o
problema do pecado e o confronta (At 3.19). No texto citado, Pedro usa o termo
grego metanoéō, traduzido aqui como
“arrependei-vos”. Essa palavra, além do já conhecido sentido de
“arrependimento”, significa também mudança de mente e mudança interior,
especialmente no que diz respeito à aceitação da vontade de Deus. A pregação
bíblica deve confrontar o pecado e exige uma mudança radical dos seus ouvintes.
• Uma igreja que prega a Palavra com fidelidade não
apenas consola, ela também confronta. O Evangelho verdadeiro nunca passa pano
para o pecado; ele o expõe à luz da santidade de Deus e chama o pecador à
mudança real. Foi exatamente isso que Pedro fez em sua pregação registrada em
Atos 3.19. Ele não suavizou a verdade para agradar o público, mas declarou com
coragem: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos”. Sua mensagem cortava direto
no ponto: não há salvação sem arrependimento. A palavra usada por Pedro no
original grego é μετανοήσατε (metanoēsate, de metanoéō), que vai muito além de
um sentimento de culpa ou remorso momentâneo. Trata-se de uma mudança profunda
de mente e direção, uma reorientação total da vida segundo a vontade de Deus.
Segundo o Comentário Bíblico Beacon, metanoia envolve “uma reviravolta interior
que conduz a uma nova conduta exterior”¹. Ou seja, não é só parar de pecar, é começar a viver para
Deus. E é importante notar: Pedro não estava pregando a estranhos sem contexto.
Ele estava falando a pessoas religiosas, dentro do templo, que conheciam as
Escrituras, mas ainda precisavam se converter. Isso revela algo profundo: não
basta conhecer a Bíblia, é preciso se submeter a ela. A verdadeira pregação
bíblica não massageia egos espirituais; ela quebra resistências internas e nos
chama ao altar da rendição total. Frank D. Macchia afirma que “o arrependimento autêntico é sempre obra do
Espírito, que, por meio da Palavra, convence o coração, ilumina a consciência e
atrai o pecador à graça”². Uma igreja que se cala diante do pecado, ou que oferece um
evangelho sem exigência de mudança, perde o poder da cruz e trai sua missão.
Como enfatizou o pastor Antônio Gilberto: “O Evangelho é salvação, mas também é
confronto. Ele consola, mas antes disso, transforma.”³
• Assim, a pergunta que fica para nós é direta: nossas
pregações ainda confrontam o pecado com seriedade? Ou temos apenas alimentado
uma espiritualidade superficial, sem exigência de transformação? Que o Senhor
nos conceda graça e coragem para proclamar a verdade como Pedro fez com
clareza, com autoridade, e com compaixão. Porque só o arrependimento gera
refrigério, e só a Palavra viva é capaz de gerar uma nova vida.
_______________
1. Comentário Bíblico Beacon – Vol. 8: Atos a Romanos.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
2. MACCHIA, Frank D. Baptized in the Spirit: A Global
Pentecostal Theology. Grand Rapids: Zondervan, 2006.
3. GILBERTO, Antônio. Manual do Obreiro Cristão. Rio de
Janeiro: CPAD, 2000.
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SINOPSE I
A igreja bíblica fundamenta sua pregação nas Escrituras, que revelam
Deus e testemunham de Jesus Cristo.
AUXÍLIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
“TESTEMUNHO: PEDRO PROCLAMA JESUS
COMO SERVO (3.11-26). A grande atenção gerada pelo milagre dá a Pedro a oportunidade de
explicar que é o poder de Jesus que curou o homem. O que se segue é um sumário
de sua explicação do acontecimento maravilhoso e sua proclamação do Evangelho,
o qual focaliza a centralidade da cruz. Como o sermão no Dia de Pentecostes,
este segundo sermão (vv.12-26) tem sua base no kerigma cristão.
Neste sermão, Pedro também fala sobre a Segunda Vinda de Cristo e as bênçãos
associadas com o acontecimento. A cura foi feita simplesmente ‘em nome de Jesus
Cristo’ (v.6). O enfermo imediatamente fica forte sobre seus pés e tornozelos,
e cada passo que ele dá é um pulo de alegria pueril. O homem se agarra a Pedro
e João. Seu comportamento atrai uma multidão de pessoas, e ele lhes diz que
Pedro e João são responsáveis pela cura. As pessoas se juntam no alpendre de
Salomão, uma varanda situada ao longo do lado oriental do templo (cf. At 5.42;
Jo 10.23).
A admiração das
pessoas é direcionada aos dois apóstolos, como se eles tivessem poder próprio
para curar o homem. Pedro vira os pensamentos das pessoas na direção certa. Ele
nega que a santidade e poder dele e de João fortaleceram o homem incapacitado. Antes,
Pedro é somente um canal do poder extraordinário do Espírito Santo, e indica
para as pessoas a verdadeira fonte da cura extraordinária — o Deus dos seus
antepassados, o Deus dos grandes patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó); Pedro fez
o milagre pelo ‘seu servo Jesus’ (ARA; ‘seu Filho Jesus’, ARC)” (Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD,
2024, p.642).
II. A IGREJA QUE PREGA NO PODER DO
ESPÍRITO
1. O Espírito capacita o mensageiro. Não podemos nos esquecer de que Pedro estava
cheio do Espírito Santo quando pregou a mensagem registrada em Atos 3. Isso
fica evidente no uso do verbo grego atenízō, traduzido como “fixar os olhos” na passagem: “E Pedro, com João,
fitando os olhos nele” (At 3.4). O estudioso Strong explica que, no Novo
Testamento, esse termo é usado para descrever momentos de revelação,
reconhecimento ou atenção especial, geralmente ligados a acontecimentos divinos
ou milagrosos.
• Quando a igreja sobe ao púlpito apenas com técnica e
preparo intelectual, ela até pode impressionar, mas não transforma. O que dá
vida à pregação não é o carisma do mensageiro, e sim a presença do Espírito
Santo que habita e opera por meio dele. Foi exatamente isso que aconteceu com
Pedro em Atos 3. Ele não estava falando por si mesmo. Estava cheio do Espírito,
e isso transparecia em cada gesto e palavra. Um detalhe no texto original do
versículo 4 chama atenção: “Pedro, com
João, fitando os olhos nele...” (At 3.4). O verbo grego usado aqui é ἀτενίζω (atenízō), que
significa mais do que simplesmente “olhar”. Strong e outros estudiosos apontam
que essa palavra é usada, em diversos contextos do Novo Testamento, para
descrever momentos de revelação espiritual, discernimento profundo ou atenção
concentrada diante de algo que Deus está prestes a fazer¹. Ou seja, Pedro não
apenas viu o homem paralítico, ele o enxergou espiritualmente, guiado pelo
Espírito, com percepção além do natural. Esse “fixar os olhos” é, na verdade,
uma atitude profética. É como se Pedro estivesse sendo conduzido pelo Espírito
para perceber o que ninguém mais via: que aquele momento não era comum, que
aquele homem não era apenas um pedinte, e que Deus queria agir ali, agora. É o
Espírito quem dá ao pregador discernimento, sensibilidade e ousadia, exatamente
como vemos ao longo do livro de Atos (At 4.8; 6.10; 13.9). A Bíblia de Estudo
Pentecostal explica que "a plenitude
do Espírito não é apenas um selo de autoridade, mas uma capacitação
sobrenatural para realizar o que seria impossível em termos humanos"². Pedro, cheio do
Espírito, não apenas falou com clareza, ele agiu com poder. E esse poder não
nasce de estratégias ou técnicas homiléticas, mas da intimidade com Deus e da
submissão total ao Espírito Santo. O crente de Beréia certamente faria estes
questionamentos: temos pregado no poder do Espírito ou apenas na força do
hábito? Nossas aulas, sermões e testemunhos carregam unção ou apenas
informação? Que o Senhor nos devolva a convicção de que não há igreja viva sem
Palavra viva, e não há Palavra viva sem Espírito Santo. Que voltemos a pregar
como Pedro, com os olhos fixos na direção de Deus e os ouvidos atentos ao que o
céu deseja fazer._______________
1. STRONG, James. Dicionário Bíblico Hebraico-Grego.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
2. ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2004.
2. “Fixar os olhos”. Essa mesma expressão também é usada para descrever o apóstolo
Paulo, cheio do Espírito Santo, quando olhou fixamente para um
homem paralítico na cidade de Listra e o curou (At 14.9). Da mesma forma,
aparece em Atos 13.9, quando Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou os
olhos no falso profeta Elimas para repreendê-lo. Retomando o episódio de Pedro,
isso nos mostra que ele não apenas estava capacitado para curar, mas também
estava ungido para pregar. O Espírito Santo é quem inspira e dá poder à
pregação da Palavra. Portanto, pregar não é apenas fazer um discurso! Pregar é
anunciar a mensagem de Deus com a autoridade e a unção do Espírito Santo.
• A expressão “fixar os olhos” aparece diversas vezes em
Atos dos Apóstolos, e cada uma delas carrega um peso espiritual. O verbo grego ἀτενίζω (atenízō) não se
refere a um simples olhar demorado, mas a um olhar carregado de discernimento
espiritual e autoridade divina. É o tipo de olhar de quem está cheio do
Espírito e enxerga o que os olhos naturais não captam. Esse mesmo termo é usado
em Atos 14.9, quando Paulo, cheio do Espírito, olha fixamente para o homem paralítico
em Listra e percebe que ele tinha fé para ser curado. O olhar de Paulo não foi
casual, foi guiado pelo Espírito, um momento de revelação divina. Da mesma
forma, em Atos 13.9, o apóstolo, novamente “cheio do Espírito Santo”, fixa os
olhos em Elimas, o mágico, para repreendê-lo com autoridade. Em ambos os casos,
o olhar antecede uma ação sobrenatural, seja uma cura, seja uma repreensão
profética. Retomando o episódio de Pedro em Atos 3, o uso da mesma expressão
nos ajuda a entender algo profundo: Pedro não apenas curou um homem paralítico, ele também pregou com poder e discernimento espiritual. Estava claro que ele
agia e falava sob a influência direta do Espírito Santo. Ele viu o necessitado
com os olhos do céu e falou ao povo com a boca do céu. O Espírito, portanto,
não age apenas para operar milagres, mas para dar autoridade à Palavra. Como
ensina o pastor Antônio Gilberto, “pregar não é fazer discurso. É proclamar,
sob a unção do Espírito, aquilo que Deus está dizendo à sua igreja”¹. Uma pregação pode ser
bem estruturada, pode até emocionar, mas só transforma vidas quando vem
carregada da presença do Espírito Santo. Como nos lembra o Comentário Bíblico
Pentecostal, a unção do Espírito “não é apenas um selo de autoridade divina,
mas a capacitação para realizar aquilo que está além das possibilidades
humanas”². Podemos assim concluir,
com muita precisão, que ensinar e pregar não são tarefas neutras. São atos
espirituais. E uma igreja que deseja ver transformação real precisa depender do
Espírito não apenas em momentos extraordinários, mas também ao abrir a Bíblia e
anunciar sua mensagem. Porque pregar não é repetir ideias religiosas: é
declarar com fé aquilo que Deus quer comunicar ao coração do povo, no tempo e
no poder do Espírito.______________
1. GILBERTO, Antônio. Manual do Obreiro Cristão. Rio de
Janeiro: CPAD, 2000.
2. OSS, Douglas. In: ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Vol. 1. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004.
3. O Espírito glorificará a Jesus. Jesus disse que o Espírito Santo o
glorificaria (Jo 16.14). O Espírito nunca chama a atenção para si mesmo, mas
sempre aponta para Cristo. Isso é exatamente o que vemos na cura do paralítico
na Porta Formosa, em Atos 3. Pedro, cheio do Espírito Santo, não poderia
aceitar ser o centro das atenções. Ele deixou claro que o milagre não aconteceu
por seu próprio poder ou santidade; “Varões israelitas, por que vos maravilhais
disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou
santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Da mesma forma, qualquer
pregação que tira o foco de Cristo e coloca o homem no centro não é uma
pregação bíblica. Isso não passa de um discurso humano.
• Há uma marca inconfundível em toda obra genuína do
Espírito Santo: ela glorifica Jesus. Não o pregador. Não a igreja. Não os dons.
Mas o Cordeiro de Deus. Em João 16.14, Jesus é categórico: “Ele me
glorificará”. O verbo grego usado aqui, δοξάσει (doxásei), carrega a ideia de
tornar evidente a glória, a majestade, a beleza divina de Cristo. Isso não é
opcional; é a própria essência do ministério do Espírito. Em Atos 3, Pedro e
João acabaram de ser instrumentos de um milagre extraordinário (um homem
paralítico desde o nascimento, agora caminhando, saltando e louvando a Deus
diante de todos). Era o tipo de evento que poderia facilmente inflar o ego de
qualquer um. Mas Pedro, cheio do Espírito, corta toda vaidade na raiz. Ele
confronta a multidão com uma pergunta incisiva: “Por que vocês estão olhando para nós, como se fosse por nosso próprio
poder ou santidade (ευσεβείᾳ, eusebeía: piedade profunda e verdadeira) que fizéssemos este homem andar?” (At
3.12). Pedro sabia: o foco não podia estar nele, tudo era sobre Jesus de
Nazaré, exaltado à destra do Pai. Essa resposta de Pedro é profundamente
pedagógica. Ela revela um princípio teológico: o Espírito opera por meio da
Igreja, mas nunca para exaltar a Igreja. Ele atua por mediação, nunca em
competição com o Filho. Como ensina Antônio Gilberto, “toda manifestação
espiritual que não aponta para Cristo deve ser examinada à luz das Escrituras”.¹ O Comentário Bíblico
Pentecostal reforça: “o centro da proclamação apostólica em Atos é sempre o
Cristo ressuscitado, o Espírito é o poder que torna isso possível, não o fim
em si mesmo.”² Infelizmente, muitos púlpitos hoje desviam desse padrão.
Pregações que destacam o "eu", o "ministério", o
"sacerdote", mas não glorificam o nome de Jesus, são discursos
humanos, não pregação bíblica. Como bem alerta o teólogo pentecostal Craig
Keener: “A presença do Espírito é autêntica quando Cristo é exaltado e os
corações se rendem ao senhorio de Jesus.”³ A Igreja não precisa de mais celebridades espirituais; ela
precisa de servos que, como João Batista, digam: “É necessário que Ele cresça,
e que eu diminua” (Jo 3.30). Que tipo de mensagem estamos ouvindo e anunciando
em nossas igrejas? Estamos formando discípulos apaixonados por Jesus ou apenas
admiradores de dons e milagres? A ação autêntica do Espírito sempre nos
desinstala, nos convence, nos humilha e nos coloca de joelhos diante da
majestade do Cristo exaltado. Que cada professor e aluno da Escola Bíblica
Dominical reflita sobre isso com seriedade. Porque se Cristo não está sendo
glorificado, então, mesmo que tenhamos emoção, barulho ou espetáculo, o
Espírito Santo não está ali.
• Pedro curou? Sim e não.
- Não, no
sentido de origem e autoridade. Pedro foi claro e categórico diante da
multidão: “Por que olhais tanto para nós,
como se por nossa própria virtude (δύναμις, dýnamis) ou santidade (εὐσέβεια, eusebeia) fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Ou seja, ele está negando
ser a fonte do milagre. Ele não reivindica crédito, poder ou mérito algum. O
milagre não nasceu da força ou piedade de Pedro, mas da autoridade de Cristo e
do agir soberano do Espírito Santo. Pedro age como um instrumento, não como a
causa da cura. O poder de cura é divino, e a glória pertence unicamente a
Jesus, como ele mesmo declara alguns versículos depois: “Pela fé no nome de Jesus é que este, que vedes e conheceis, foi
fortalecido; sim, a fé que vem por meio dele deu a este, perante todos vós,
esta perfeita saúde” (At 3.16).
- Sim, no
sentido de mediação e agência obediente. Pedro foi o canal usado por Deus para
ministrar a cura. Ele não operou a cura por si mesmo, mas foi participante da
operação divina, exatamente como Jesus prometera: “Em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para junto do Pai”
(Jo 14.12). Assim como Moisés abriu o mar ao estender o cajado (Êx 14.21), mas
quem realmente operou foi o Senhor; ou como Eliseu purificou as águas (2Rs
2.21), mas a força era do Deus de Israel, da mesma forma, Pedro foi obediente e
confiante no nome de Jesus, sendo assim cooperador com o que o Espírito já
havia determinado realizar.
- Pedro
entendia bem que os dons espirituais, incluindo curas, não são possessões
particulares, mas manifestações do Espírito conforme a Sua vontade (1Co 12.11).
O dom de curar (χαρίσματα ἰαμάτων, charísmata iamatōn) é plural
em 1 Coríntios 12, o que indica que cada cura é um ato
específico de graça, não um
poder permanente à disposição do indivíduo. Nós cremos e afirmamos que Deus ainda cura, ainda opera
milagres, ainda manifesta Seus dons como sinais do Reino. No entanto, é
fundamental manter o equilíbrio bíblico: o poder vem de Deus, e o homem é
apenas servo. Como dizia John Stott: “O
maior perigo de qualquer ministério eficaz é que o povo admire o mensageiro em
vez de glorificar o Senhor.” Pedro não curou por si mesmo, mas curou como
instrumento consciente e disponível nas mãos de Deus. A cura foi feita em nome
de Jesus e pela fé que vem dEle. O centro da narrativa não é o milagre, nem o
apóstolo, é Cristo glorificado. Portanto, qualquer pregação, ensino ou
ministério que rouba a glória de Jesus e a transfere ao homem está
profundamente equivocado. _______________
1. GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal.
CPAD, 2011.
2. ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Vol. 1. CPAD, 2003.
3. KEENER, Craig S. Acts: An Exegetical Commentary.
Vol. 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2012.
SINOPSE II
A igreja que prega no poder do Espírito tem mensageiros capacitados,
mensagens inspiradas pelo Espírito Santo e glorifica a Cristo.
AUXÍLIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
CRISTO É GLORIFICADO
“Pedro adverte o
povo contra rejeitar os assuntos que ele está falando (vv.13-18) e o exorta
para que se arrependa e creia em Jesus. Ele cita a famosa profecia de Moisés,
na qual o Senhor prometeu que o futuro Messias seria profeta como Moisés (Dt
18.15-19; cf. Nm 11.29). Moisés é diferenciado de todos os outros profetas no ponto
em que ele era libertador e regente sobre o povo de Deus. Como ele, Jesus é
Libertador e Regente, mas a libertação que Ele dá é mais gloriosa, e seu
senhorio será absoluto na sua Vinda: ‘E acontecerá que toda alma que não
escutar esse profeta será exterminada dentre o povo’ (v.23). Ele é mais que
profeta ungido pelo Espírito; Ele é o Messias prometido, o Salvador ressurreto
e glorificado.
Outros profetas do
Antigo Testamento também falaram sobre o Salvador (v.24). Muitos deles
predisseram ‘estes dias’ discutidos em Atos e os acontecimentos importantes no
ministério de Jesus. Começando com Samuel, muitos dos profetas incluíram em sua
mensagem um elemento de esperança futura. Pedro já citou muitas de suas
predições, todas as quais acham seu cumprimento último e final em Jesus Cristo.
Pedro faz um apelo final aos ouvintes como ‘filhos dos profetas’. Eles devem
esperar que as promessas proféticas sejam cumpridas, e que serão pessoalmente
abençoados quando elas forem cumpridas. Eles também são filhos ‘do concerto que
Deus fez com nossos pais’. Deus fez este concerto primeiro com Abraão, e pelo
concerto prometeu bênçãos aos descendentes de Abraão e a ‘todas as famílias da
terra’ (v.25; cf. Gn 12.3; 22.18)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.644).
III. A IGREJA QUE PREGA A ESPERANÇA
VINDOURA
1. Alerta a uma sociedade indiferente e insensível. O apóstolo Pedro já havia
exortado os seus ouvintes na sua primeira pregação a salvarem-se daquela
“geração perversa” (At 2.40). Agora, ele reconhece que aquela era também uma
geração “ignorante” (At 3.17). Era uma cultura indiferente e insensível para a
realidade espiritual. Era, portanto, uma geração sem esperança (1Ts 4.13). A
insensibilidade às coisas espirituais é a marca daqueles que não conhecem a
Deus (1Ts 4.5). É a essas pessoas que a mensagem da cruz deve ser pregada.
• Vivemos num tempo marcado pela frieza espiritual e
pelo cansaço existencial. Muitos até ouvem falar de Deus, mas poucos se deixam
afetar por Ele. A mensagem da cruz soa distante, irrelevante, ou simplesmente
abafada pelo barulho de uma cultura que não pensa no eterno. No entanto, essa
realidade não é nova. Em Atos 2.40, Pedro, cheio do Espírito Santo, faz um
apelo direto aos seus ouvintes: “Salvai-vos desta geração perversa”. A palavra
grega aqui usada para “perversa” é σκολιᾶς (skoliás), literalmente “torta”, “desviada”, uma geração
moralmente distorcida e espiritualmente perdida. Mais adiante, em Atos 3.17,
Pedro reconhece que aquela geração, além de perversa, era também “ignorante” (ἠγνοεῖτε; ēgnoeíte), não por
mera falta de informação, mas por um coração endurecido à verdade. Era uma
ignorância culpável, semelhante à que Paulo descreve em Romanos 1.21:
“porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus”. O
Comentário Bíblico Beacon afirma que essa ignorância espiritual “não anula a responsabilidade
diante de Deus, mas revela a profundidade da necessidade de arrependimento”.¹ Esse mesmo cenário de
indiferença reaparece nas cartas de Paulo. Em 1 Tessalonicenses 4.13, ele
contrasta os cristãos com aqueles que “não têm esperança” — οἱ λοιποὶ οἱ μὴ ἔχοντες ἐλπίδα (hoi loipoì hoi mē
échontes elpída). O apóstolo fala aqui de uma ausência completa de expectativa
escatológica, ou seja, uma vida sem perspectiva de eternidade. E logo depois,
em 1 Tessalonicenses 4.5, ele descreve os gentios que “não conhecem a Deus”
como dominados pelas paixões, termo que traduz πάθει ἐπιθυμίας (páthei
epithymías), uma entrega sem freios aos impulsos da carne, fruto direto da
cegueira espiritual. É nesse contexto de frieza, desvio e ignorância espiritual,
que a Igreja é chamada a ser mensageira da esperança vindoura. A missão da
Igreja não é apenas informar, mas confrontar e iluminar. Como ensina Antônio
Gilberto: “O Espírito Santo capacita a Igreja para que ela denuncie o pecado,
proclame a graça e aponte para o Reino que virá.”² Pregadores, professores e líderes da Escola Bíblica
Dominical têm uma responsabilidade solene: anunciar com convicção a vinda
gloriosa de Cristo e o juízo que se aproxima. Como afirma o teólogo pentecostal
Douglas Oss, “a expectativa escatológica alimenta a santidade no presente.”³ O desafio, portanto, é
urgente. Estamos preparando crentes para a eternidade ou entretendo ouvintes na
superficialidade? Uma igreja que perde de vista a esperança futura também perde
sua identidade no presente. Que cada aula, sermão e testemunho nos leve de
volta ao essencial: uma vida centrada em Cristo, firmada na Palavra, moldada
pelo Espírito e voltada para o Reino que não pode ser abalado (Hb 12.28). _______________
1. Comentário Bíblico Beacon. Vol. 8. Rio de Janeiro:
CPAD, 2006.
2. GILBERTO, Antônio. Livro de Apoio Adulto: A Igreja
em Jerusalém – Doutrina, Comunhão e Fé: A base para o crescimento da Igreja em
meio às perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
3. OSS, Douglas A. “The Eschatological Motivation for
Holiness.” In: ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. Full Life Bible Commentary to
the New Testament. Grand Rapids: Zondervan, 1999.
2. A promessa da Segunda Vinda. Concluindo a sua pregação, Pedro deixa uma mensagem de esperança:
“e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19).
Por um lado, os ouvintes do apóstolo já podiam experimentar a bênção prometida
a Abraão, que fora trazida por Jesus, o Messias. Essa bênção, portanto, já era
uma realidade. Por outro lado, essas palavras de Pedro olham para o futuro,
apontando para um “refrigério” dos últimos dias que fora prometido a Israel.
Trata-se da futura “restauração de todas as coisas”. A Igreja, portanto, tem
uma mensagem de esperança para aqueles que estão sem esperança. É uma realidade
que, no tempo de Deus, se cumprirá.
• Ao concluir sua pregação no templo, Pedro não encerra
com condenação, mas com esperança. Em Atos 3.19, ele convida seus ouvintes ao
arrependimento, afirmando que, por meio desse retorno sincero ao Senhor, “venham,
assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. A expressão usada no
texto grego é καιροὶ ἀναψύξεως (kairoì anapsýxeōs), literalmente, “tempos de
renovação refrescante”. O verbo ἀναψύχω (anapsýchō) transmite a ideia de um alívio que vem depois
de uma opressão intensa, como um vento suave após um dia escaldante. Pedro
está, ao mesmo tempo, olhando para o presente e para o futuro. Naquele momento,
a promessa feita a Abraão, de que todas as famílias da terra seriam abençoadas
por meio de sua descendência (Gn 12.3; cf. At 3.25), já começava a se cumprir
em Jesus, o Servo glorificado (At 3.13). A graça salvadora estava disponível
ali, diante deles. Mas Pedro não se limita à bênção presente. Ele projeta o
olhar da Igreja para a consumação da promessa: “até os tempos da restauração de
todas as coisas” (At 3.21). A palavra grega ἀποκατάστασις (apokatástasis) aponta
para um retorno à ordem original criada por Deus, um mundo redimido e
reconciliado com o Criador. Essa restauração não é simbólica. Ela é
escatológica, literal, e se cumprirá com a Segunda Vinda de Cristo. O
Comentário Bíblico Pentecostal esclarece que esses “tempos de refrigério” são
antecipações do Reino vindouro, mas sua plenitude ocorrerá quando Jesus, o
Cristo designado, for enviado novamente pelo Pai (At 3.20-21).¹ A Igreja, portanto, não
é apenas herdeira da promessa, ela é portadora da esperança. Em uma geração
marcada por desesperança e confusão, temos uma mensagem que fala de redenção,
de justiça futura e de consolo eterno. É essa consciência escatológica que dá
firmeza à nossa missão. Como afirma Craig Keener, “a expectativa do retorno de
Cristo moldava todas as dimensões da vida e da fé da igreja primitiva.”² Pregadores, mestres e
líderes da EBD não devem apenas ensinar fatos bíblicos, mas formar corações
esperançosos, olhos voltados para o alto, almas firmadas na certeza de que
“aquele que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10.37). Vivemos entre a primeira
vinda de Cristo e a segunda. Já experimentamos a salvação, mas ainda aguardamos
a restauração de todas as coisas. Que a esperança da Segunda Vinda reacenda a
chama nos nossos púlpitos, motive a santidade em nossas salas de aula e
fortaleça os corações cansados. A Igreja não vive do acaso, ela caminha rumo à
consumação da promessa. E isso muda tudo. _______________
1. ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento.
Vol. 1. CPAD, 2003.
2. KEENER, Craig S. Acts:
An Exegetical Commentary. Vol. 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2012.
SINOPSE III
A igreja que prega a esperança vindoura alerta uma sociedade indiferente
à realidade espiritual, proclamando a promessa da Segunda Vinda de Cristo.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim de mais uma lição. Nela, vimos a grande importância que
a pregação bíblica tem e como devemos ser fiéis na exposição do texto sagrado.
Pedro, mesmo sendo um simples pescador, com uma gramática e conhecimentos
limitados, sabia expor com maestria as Escrituras Sagradas. Assim como ele,
devemos nos render totalmente ao Espírito Santo, sendo cheios dEle, para sermos
exitosos no ministério da Palavra de Deus. Uma igreja bíblica é uma igreja que
vive e sabe expor as Sagradas Escrituras.
• Chegamos ao final de mais uma lição, e com ela fomos
lembrados de algo essencial: a centralidade da exposição bíblica; somente com a
exposição bíblica, o crente em Cristo poderá aprender o precioso valor das
Escrituras para atender as necessidades mais importantes na vida do ser humano.
A exposição bíblica significa tirar do texto bíblico a mensagem que Deus
colocou lá de maneira fiel, clara, prática, ousada e ao mesmo tempo humilde,
com certeza e amor e sob o poder do Espírito Santo (Ne 8.8; 1Ts 1.5). Não se
trata apenas de falar sobre a Bíblia, mas de anunciá-la com fidelidade, clareza
e poder, assim mesmo como fazia o apóstolo Pedro. Mesmo sem formação acadêmica
ou recursos linguísticos refinados, Pedro era um homem cheio do Espírito Santo,
e isso fazia toda a diferença. Sua autoridade não vinha da retórica, mas da
convicção espiritual e do profundo enraizamento nas Escrituras. Ele não apenas
conhecia a Palavra, ele a vivia e a anunciava com paixão. Esse é o nosso
chamado também. Não somos chamados a impressionar, mas a ser fiéis à Palavra
viva de Deus, deixando que o Espírito nos capacite em cada aula, sermão ou
testemunho. Uma igreja verdadeiramente bíblica não é aquela que apenas ouve a
Escritura, mas aquela que a compreende, ensina e vive com integridade. Que essa
lição desperte em nós um desejo renovado: sermos ministros da Palavra, não
apenas com conhecimento, mas com cheio do Espírito e zelo pela verdade. Onde a
Bíblia é proclamada com fidelidade, há vida, luz e transformação. Que sejamos
essa igreja. _______________
Meu
ministério aqui é um chamado do coração — compartilhar o ensino da
Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em
Cristo, possa crescer na fé e no conhecimento das Escrituras, sem barreiras,
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Todo o material que ofereço é fruto
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REVISANDO
O CONTEÚDO
1. Em que a
pregação do apóstolo Pedro é baseada?
A pregação do apóstolo
Pedro é baseada nas Escrituras. O apóstolo usou trechos das Escrituras para fundamentar
sua pregação.
2. O que a
pregação de Pedro invocou?
A pregação de Pedro
invocou o testemunho das Escrituras para mostrar que a rejeição de Jesus e sua
morte não foram por acaso, mas já haviam sido preditas pelos antigos profetas.
3. Como a expressão
“fixar os olhos” é usada para descrever o apóstolo?
A expressão “fixar os
olhos” é usada para descrever o apóstolo em momentos de revelação,
reconhecimento ou atenção especial, geralmente ligados a acontecimentos divinos
ou milagrosos, mostrando que Pedro não apenas estava capacitado para curar, mas
também ungido para pregar.
4. Como podemos
identificar uma pregação não bíblica?
Podemos identificar
uma pregação não bíblica quando ela tira o foco de Cristo e coloca o homem no
centro, não passando de um discurso humano.
5. De quem é a
marca da insensibilidade espiritual?
A insensibilidade
espiritual é a marca daqueles que não conhecem a Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
UMA IGREJA
FIEL À PREGAÇÃO DO EVANGELHO
Caro(a)
professor(a), a paz do Senhor. Uma das características mais peculiares da
igreja do primeiro século era a sua fidelidade ao ensinamento sagrado de nosso
Senhor Jesus Cristo. Os primeiros anos da igreja são marcados por uma pregação
cristocêntrica, que consistia no chamado ao arrependimento e no testemunho
público de que a Salvação podia ser alcançada mediante a fé no sacrifício de
nosso Senhor Jesus Cristo. Diferente dos dias atuais, em que o apelo de muitas
pregações tem sido para as necessidades materiais e emocionais, a igreja
primitiva prezava pelo ensino vivo e transformador das Escrituras Sagradas,
inspirada pelo Espírito de Deus. A mensagem genuinamente pregada pelos nossos
primeiros irmãos trazia consigo o poder de convencer o ser humano do pecado, da
justiça e do juízo (Jo 16.8). Os testemunhos da Lei e dos Profetas
fundamentaram a teologia apostólica e subsidiaram os discípulos na pregação a
respeito de Jesus ser o Messias prometido. Ao analisarmos a primeira pregação
de Pedro à multidão, identificaremos aspectos essenciais que ratificam a
natureza cristocêntrica da pregação primitiva (At 2.14-41). Conforme discorre
Lawrence O. Richards no Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento (CPAD), “os elementos essenciais são, simplesmente, aquelas
verdades que definem Jesus e sua obra e, sem elas, o Evangelho estaria
enfraquecido. Quais são essas verdades essenciais das quais depende a nossa
salvação? [...] O núcleo do Evangelho e da base de nossa fé é simplesmente
isto: o Jesus histórico morreu por nós, ressuscitou e assim se estabelece tanto
como Senhor quanto como Salvador. Estas verdades são confirmadas por predições
nas Escrituras do Antigo Testamento. Somente por meio de Jesus, e da fé em seu
nome, a salvação pode ser encontrada. Quando testificamos, são estas verdades
essenciais que deveremos ter em mente — e comunicá-las a todos tão claramente
quanto pudermos” (2007, p.257). Partindo dessa premissa, a igreja atual precisa
refletir se está pregando o genuíno evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Muitas pregações mais se parecem com discursos de autoajuda ou
confissão positiva. A pregação genuína do Evangelho deve ser, primeiramente,
bíblica, fiel à exposição do texto sagrado. O que, de fato, consolida uma vida
cristã saudável é o conhecimento da Palavra de Deus. Seus princípios são
inspirados pela ação do Espírito e, uma vez observados, servem de alimento
espiritual indispensável para o crescimento e amadurecimento da fé cristã. Que
Deus nos ajude, enquanto professores da Escola Dominical, a preservarmos o
compromisso com os ensinamentos da santa e única Palavra de Deus. Ela é
suficiente!