Pb Francisco Barbosa
TEXTO
ÁUREO
“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.” (2Pe 1.19).
Entenda
o Texto Áureo:
- Nós – todos os crentes. um
mais seguro – um tanto quanto o grego, “temos a palavra da profecia mais
segura (confirmada)”. Anteriormente sabíamos sua certeza pela fé, mas, através
desse espécime visível de seu futuro cumprimento integral, a segurança é
duplamente confirmada. A profecia nos assegura que os sofrimentos de Cristo,
agora passados, devem ser seguidos pela glória de Cristo, ainda futura: a
Transfiguração nos dá um penhor para tornar nossa fé ainda mais forte, que “o
dia” de Sua glória “amanhecerá” por muito tempo. Ele não quer dizer que “a
palavra de profecia”, ou Escritura, é mais segura do que a voz de Deus ouvida
na Transfiguração, como em inglês; porque isso claramente não é o fato. O
cumprimento da profecia até agora na história de Cristo nos torna mais seguros
do que ainda precisa ser cumprido, Sua glória consumada. A palavra foi a “lâmpada
(grego para ‘luz’) atendida” pelos crentes do Antigo Testamento, até que um
brilho do “dia amanhecer” foi dado na primeira vinda de Cristo, e especialmente
em Sua Transfiguração. Então a palavra é uma lâmpada para nós ainda, até que “o
dia” explodiu completamente na segunda vinda do “sol da justiça”. O dia, quando
se abre sobre você, assegura que você viu corretamente, embora indistintamente
, os objetos revelados pela lâmpada. escuro – O grego implica sórdido,
não tendo nem água nem luz: tal é espiritualmente o mundo sem, e o mundo menor
(microcosmo) dentro, o coração em seu estado natural. Compare os “lugares
secos” Lucas 11:24 (ou seja, sem a água do Espírito), através do qual o
espírito imundo vai. amanhecer – explodindo pela
escuridão. estrela do dia – grego, a estrela da manhã ”, como Apocalipse
22:16. O Senhor Jesus. em vossos corações – o surgimento de
Cristo no coração pelo Seu Espírito, dando total segurança, cria um dia
espiritualmente pleno no coração, o meio para o qual, em oração, dá ouvidos à
palavra. Isto está associado com a vinda do dia do Senhor, como sendo o fervor
dele. De fato, nem mesmo nossos corações perceberão plenamente a Cristo em toda
a Sua glória indescritível e sentirão a presença, até que Ele venha (Malaquias
4:2). Isaías 66:14-15: “Quando você ver isso, seu coração se regozijará … Pois
eis que o Senhor virá”. Contudo, a melhor é a pontuação de Tregelles, “em que
bem fazeis em prestar atenção (como uma luz resplandecente em lugar escuro, até
que o dia amanheça e a estrela da manhã surja) em vossos corações. ”Pois o dia
já amanheceu no coração dos crentes; o que eles esperam é sua manifestação
visível na vinda de Cristo. [Fausset, aguardando revisão].
VERDADE
PRÁTICA
A Bíblia Sagrada é o único
instrumento moral e espiritual estabelecido por Deus para aferir a nossa
conduta diante do Criador, da sociedade, da pátria e da família.
Entenda
a Verdade Prática
- Se a Bíblia é de fato a palavra de Deus, devemos então estimá-la,
estudá-la, obedecer-lhe e nela confiar. Se a Bíblia é a Palavra de Deus,
dispensá-la, então, é dispensar o próprio Deus. A autoridade das Escrituras é
um tema fundamental na teologia cristã. Para aqueles que adotam uma perspectiva
fundamentalista, a Bíblia é vista como a Palavra de Deus, inerrante e
infalível. A Escritura é autopistos, ou seja, tem toda a sua autoridade e
crédito a partir de si mesma; deve ser reconhecida, deve ser recebida, não
somente porque a igreja tem assim determinado e ordenado, mas porque ela provém
de Deus; e nós certamente sabemos que ela provém de Deus, NÃO por meio da
igreja, MAS pelo Espírito Santo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2
Timóteo 3.10-17.
10. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina,
modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,
- Porém tu tens seguido – literalmente,
“totalmente seguido” e rastreado; ou seja, com o objetivo de seguir-me como seu
padrão, na medida em que eu sigo a Cristo; o mesmo grego que em Lucas 1:3,
“tendo perfeito entendimento de todas as coisas”. Sua piedosa mãe Eunice e sua
avó Lois o recomendariam a estudar completamente o curso cristão de Paulo como
um padrão. Ele não tinha sido ainda o companheiro de Paulo na época das
perseguições do apóstolo em Antioquia, Icônio e Listra (Atos 13:50; 14:5,19),
mas é mencionado pela primeira vez como tais Atos 16:1-3. No entanto, ele já
era “discípulo” quando nos foi apresentado em Atos 16:1-3; e como Paulo o chama
de “meu próprio filho na fé”, ele deve ter sido convertido pelo apóstolo
anteriormente; talvez na visita àquelas partes três anos antes. Daí surgiu o
conhecimento de Timóteo sobre as perseguições de Paulo, que eram a conversa
comum das igrejas naquelas regiões sobre o tempo de sua conversão. A alusão
incidental a eles aqui forma uma coincidência indesejada entre a história e a
Epístola, indicando genuinidade [Paley, Horae Paulinae]. Um falsificador de
epístolas dos Atos nunca aludiria ao conhecimento de Timóteo das perseguições,
quando esse conhecimento não é expressamente mencionado na história, mas só é
alcançado por inferência indireta; Também a omissão de Derbe aqui, na Epístola,
está em minuciosa concordância com o fato de que em Derbe nenhuma perseguição é
mencionada na história, embora Derbe e Lystra sejam comumente mencionados
juntos. A razão pela qual ele menciona suas perseguições antes de Timóteo
tornar-se seu companheiro, e não as subsequentes, foi porque Timóteo estava
familiarizado com o último como uma testemunha ocular e Paulo não precisava
lembrá-lo deles, mas o ex-Timóteo tinha procurado a informação de outros,
especialmente como a data e cena deles era a data e cena de sua própria
conversão. conduta – modo de vida, comportamento. intenção – O grego é em
outro lugar geralmente usado do “propósito” de Deus. Mas aqui, como em Atos
11:23, do determinado “propósito de coração ao apegar-se ao Senhor”. Meu
objetivo ou resolução em minha função apostólica, e em toda ação não é meu
ganho egoísta, mas a glória de Deus em Cristo. paciência – para com meus
adversários e os falsos mestres; para com os irmãos suportando suas
enfermidades; para o não convertido, e o prescrito quando penitente (2Timóteo
4:2; 2Coríntios 6:6; Gálatas 5:22; Efésios 4:2; Colossenses 3:12). perseverança – “resistência”; paciente continuação em
fazer bem em meio a adversidades (2Timóteo 3:11; Romanos 2:7). [Fausset].
11. perseguições e aflições tais quais me
aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e
o Senhor de todas me livrou.
- em Antioquia – da Pisídia (Atos 13:14,50-51). Icônio
– (Atos 14:1-5). Listra – (Atos 14:6,19). e o Senhor me livrou de todas –
(2Timóteo 4:17; Salmo 34:17; 2Coríntios 1:10). Um encorajamento para Timóteo
não temer perseguições. [Fausset]
12. E também todos os que piamente querem
viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
- E também – uma consideração adicional por
Timóteo: se ele deseja viver piedosamente em Cristo, ele deve se decidir a
encontrar perseguição. os que querem – grego, “todo cujo
desejo é viver”, etc. Até agora a perseguição deveria ser um obstáculo a
Timóteo, ele deveria considerá-lo uma marca dos piedosos. Assim, o mesmo grego
é usado da mesma coisa, Lucas 14:28,33, “pretendendo (grego, ‘desejar’)
construir uma torre… conta o custo”. viver devotamente em Cristo Jesus –
(Gálatas 2:20; Filipenses 1:21). Não há piedade (grego, “piedosamente”) ou
piedade de Cristo. O mundo opõe-se facilmente à máscara de uma religião que
depende de si mesma, mas a piedade que deriva seu vigor diretamente de Cristo é
tão odiosa para os cristãos modernos quanto para os antigos judeus (Bengel). sofrerão
perseguição – e não a recusará (Gálatas 5:11). Bispo Pearson prova que
a origem divina do cristianismo de seu sucesso é inexplicável na suposição de
seu ser de origem humana. A natureza de sua doutrina não era uma maneira
provável de comandar o sucesso: (1) condena todas as outras religiões, algumas
estabelecidas há séculos; (2) ordena os preceitos ingratos a carne e sangue, a
mortificação da carne, o amor dos inimigos e o cumprimento da cruz; (3) reforça
estes preceitos aparentemente irracionais com promessas aparentemente
inacreditáveis; não coisas boas como a complacência aos nossos sentidos, mas
que não podem ser obtidas até depois desta vida, e pressupõem o que então
parecia impossível, a ressurreição; (4) prediz a seus seguidores o que parece
certo impedir a maioria do mundo de abraçá-lo, perseguições. [Fausset]
13. Mas os homens maus e enganadores irão de
mal para pior, enganando e sendo enganados.
- Razão pela qual as perseguições devem ser esperadas, e estas se tornam
cada vez piores à medida que o fim se aproxima. A brecha entre a luz e a
escuridão, longe de ser curada, será ampliada (Alford). maus – em contraste com
os “piedosos” (2Timóteo 3:12). enganadores – literalmente,
“conjuradores”. As artes mágicas prevaleceram em Éfeso (Atos 19:19) e foram
renunciadas por muitos efésios ao abraçarem o cristianismo: mas agora, quando
Paulo estava escrevendo para Éfeso, surgiram sintomas de um retorno aos truques
de conjuração: coincidência indesejada (Burton). Provavelmente a feitiçaria
caracterizará a apostasia final (Apocalipse 13:15; 18:23; 22:15). irão
de mal a pior – literalmente, “avançar na direção do pior” (ver em
2Timóteo 3:9). Não é contraditório a esse verso: ali foi falada a difusão do
mal; aqui sua intensidade (Alford). enganando e sendo enganados – Aquele
que uma vez começou a enganar os outros, é o menos capaz de se recuperar do
erro, e mais facilmente abraça os erros dos outros (Bengel). [Fausset]
14. Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
- Tu, porém – Tudo o que eles podem fazer.
Retomando o fio iniciado em 2Timóteo 3:10. aprendi – de mim e tua mãe e avó
(2Timóteo 1:5; 2:2). continua nas coisas – da Escritura
(2Timóteo 3:15). aqueles de quem as aprendestes – plural, não singular, nos
manuscritos mais antigos, “de que professores.” Não só de mim, mas de Lois e
Eunice. [Fausset]
15. E que, desde a tua meninice, sabes as
sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
Cristo Jesus.
- tua infância – literalmente, “de uma criança”. A
tenra idade da primeira aurora da razão é aquela em que as mais duradouras
impressões de fé podem ser feitas. Sagradas Escrituras – O Antigo
Testamento ensinado por sua mãe judia. Uma coincidência não proposta com
2Timóteo 1:5; Atos 16:1-3. sábio – em si mesmos: embora, por
culpa dos próprios homens, muitas vezes não tornem os homens salvamente vivos. para
a salvação – isto é, sábio para alcançar a salvação. Contraste
“loucura” (2Timóteo 3:9). Sábio também em estendê-lo aos outros. pela
fé em Cristo Jesus – como o instrumento desta sabedoria. Cada um
conhece as coisas divinas apenas na medida em que sua própria experiência se
estende. Aquele que não tem fé, não tem sabedoria ou salvação. [Fausset]
16. Toda Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça,
- Toda a Escritura – grego, “Toda
Escritura”, isto é, as Escrituras em todas as suas partes. No entanto, a Versão
Inglesa é sustentada, embora o artigo grego esteja querendo, pelo uso técnico
do termo “Escritura” sendo tão bem conhecido como não precisar do artigo
(compare Grego, Efésios 3:15; 2:21). O grego nunca é usado de escritos em
geral, mas apenas das escrituras sagradas. A posição dos dois adjetivos gregos
intimamente unidos por “e”, proíbe que tomemos um como epíteto, o outro como
predicado e traduzido como Alford e Ellicott. “Toda Escritura dada por
inspiração de Deus também é proveitosa”. A Vulgata e os melhores manuscritos favorecem
a versão em inglês. Claramente, os adjetivos estão tão intimamente conectados
que, assim como um é um predicado, o outro deve ser assim também. Alford admite
que sua tradução seja dura, embora legítima. É melhor com a versão inglesa para
levá-lo em uma construção legítima, e ao mesmo tempo não dura. O grego,
“inspirado por Deus”, não é encontrado em nenhum outro lugar. A maioria dos
livros do Novo Testamento foram escritos quando Paulo escreveu sua última
epístola: assim ele inclui na sentença “Toda a Escritura é inspirada por Deus”,
não apenas no Antigo Testamento, no qual somente Timóteo era ensinado quando
criança (2Timóteo 3:15), mas os livros do Novo Testamento de acordo como eram
reconhecidos nas igrejas que tinham homens dotados de “discernimento de
espíritos”, e assim capazes de distinguir enunciados realmente inspirados,
pessoas, e assim seus escritos de espúrias. Paulo quer dizer: “Toda a Escritura
é inspirada por Deus e, portanto, útil”; porque não vemos utilidade em nenhuma
palavra ou parte dela, ela não segue, não é inspirada por Deus. É útil, porque
inspirado por Deus; não inspirado por Deus, porque útil. Uma razão para o
artigo não ser antes do grego, “Escritura”, pode ser que, se tivesse, poderia
ser suposto que limitava o sentido à {hiera grammata}, “Sagradas Escrituras”
(2Timóteo 3:15) do Antigo Testamento, enquanto aqui a afirmação é mais geral:
“toda a Escritura” (compare Grego, 2Pedro 1:20) A tradução, “toda Escritura que
é inspirada por Deus também é útil”, implicaria que há alguma Escritura que não
é inspirada por Deus, mas isso excluiria o sentido apropriado da palavra
“Escritura”, e quem precisaria ser informado de que “toda a divina Escritura é
útil (‘proveitosa’)?” Hebreus 4:13 iria, na visão de Alford, tem que ser
traduzida, “Todas as coisas nuas também estão abertas aos olhos Dele”, etc .:
assim também 1Timóteo 4:4, o que seria um absurdo [Tregelles, Observações sobre
as Visões Proféticas do Livro de Daniel] Knapp define bem a inspiração, “uma
agência divina extraordinária sobre os professores enquanto dá instruções, seja
oral ou por escrito. n, pelo qual eles foram ensinados como e o que eles
deveriam falar ou escrever ”(compare 2Samuel 23:1; Atos 4:25; 2Pedro 1:21). A
inspiração dá a sanção divina a todas as palavras da Escritura, embora essas
palavras sejam as declarações do escritor individual, e somente em casos
especiais revelados diretamente por Deus (1Coríntios 2:13). A inspiração é aqui
predicada dos escritos, “toda a Escritura”, não das pessoas. A questão não é
como Deus fez isso; é como a palavra, não os homens que a escreveram. O que
devemos crer é que Ele fez isso, e que todos os escritos sagrados são em todos
os lugares inspirados, embora nem todos os assuntos semelhantes de revelação
especial: e que mesmo as próprias palavras estejam estampadas com sanção
divina, como Jesus as usou (por exemplo na tentação e Jo 10:34-35), para
decidir todas as questões de doutrina e prática. Existem graus de revelação nas
Escrituras, mas não de inspiração. Os escritores sagrados nem sempre conheceram
a plena significação de suas próprias palavras inspiradas por Deus (1Pedro
1:10-12). Inspiração verbal não significa ditado mecânico, mas toda “Escritura
é (assim) inspirada por Deus”, que tudo nela, suas narrativas, profecias,
citações, o todo – ideias, frases e palavras – são como Ele achou por bem estar
lá. A condição atual do texto não é motivo para concluir que o texto original
está sendo inspirado, mas é uma razão pela qual devemos usar toda a diligência
crítica para restaurar o texto inspirado original. Novamente, a inspiração pode
ser acompanhada por revelação ou não, mas é tão necessária para escrever
doutrinas ou fatos conhecidos com autoridade, quanto para comunicar novas
verdades (Tregelles). A omissão aqui do verbo substantivo é, “penso eu,
designada para marcar isto, não somente a Escritura então existente, mas o que
ainda estava para ser escrito até que o cânon fosse completado, é incluído como
Deus) – inspirado. A lei do Antigo Testamento era o professor para nos levar a
Cristo; por isso é apropriadamente dito ser “capaz de tornar sábio para a
salvação pela fé em Jesus Cristo”: o termo sabedoria sendo apropriado para o
conhecimento das relações entre o Antigo e o Novo Testamento, e oposto à
pretensa sabedoria dos falsos mestres (1Timóteo 1:7-8). ensinar – grego,
“ensinar”, isto é, ensinar as verdades dogmáticas ignorantes que eles não podem
conhecer de outra forma. Ele assim usa o Antigo Testamento, Romanos 1:17. para
mostrar erros – “refutação”, condenando o erro do seu erro. Incluindo
divindade polêmica. Como um exemplo desse uso do Antigo Testamento, compare
Gálatas 3:6,13,16. “Doutrina e reprovação” compreendem as partes especulativas
da divindade. Em seguida, siga a prática: as Escrituras são proveitosas para:
(1) correção (grego, “assentando um certo”; compare um exemplo, 1Coríntios
10:1-10) e instrução (grego, “disciplinando”, como um pai faz seu filho veja em
2Timóteo 2:25, Efésios 6:4, Hebreus 12:5,11, ou “treinamento” por instrução,
aviso, exemplo, gentileza, promessas e castigos, compare um exemplo, 1Coríntios
5:13). Assim, toda a ciência da teologia é completa nas Escrituras. Visto que
Paulo está falando da Escritura em geral e na noção dela, a única razão geral
pela qual, para aperfeiçoar o piedoso (2Timóteo 3:17), deve se estender a todo
departamento de verdade revelada, deve ser que foi destinado a ser a regra
completa e suficiente em todas as coisas que tocam a perfeição. instruir
na justiça – em contraste com a
“instrução” em rudimentos mundanos (Colossenses 2:20,22). [Fausset, aguardando
revisão]
17. para que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra.
- homem de Deus – (veja 1Timóteo 6:11). grego,
“completamente aperfeiçoado” e tão “perfeito”. O homem de Deus é perfeitamente
acatado fora das Escrituras por sua obra, quer ele seja um ministro (compare
2Timóteo 4:2 com 2Timóteo 3:16) ou um leigo espiritual. Nenhuma tradição oral é
necessária para ser adicionada. [Fausset]
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INTRODUÇÃO
As religiões
mundiais e os movimentos dissidentes delas possuem diversos escritos sagrados.
No Cristianismo, a fonte de autoridade é a Bíblia Sagrada. A autoridade bíblica
deriva sua origem em Deus, o que nos permite chamar a Bíblia de a Palavra de
Deus. Isso encerra a superioridade das Escrituras como plena e total garantia
de infalibilidade, mas não falta quem indevidamente reivindica essa mesma
autoridade ou até mais que as Escrituras.
- A Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus? Nossa resposta a esta pergunta
não apenas determinará como vemos a Bíblia e sua importância para nossas vidas,
mas também terá um impacto eterno em nós. Se a Bíblia é verdadeiramente a
Palavra de Deus, devemos valorizá-la, estudá-la, obedecê-la e confiar
plenamente nela. Se a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus, então ela é a
autoridade final para todas as questões de fé, prática e moralidade. Se a
Bíblia é a Palavra de Deus, então rejeitá-la é rejeitar o próprio Deus. Uma
matéria muito cara para nós, evangélicos, é a doutrina da Autoridade das
Escrituras. A autoridade das Escrituras significa que todas as palavras da
Bíblia são as palavras de Deus de modo que, não acreditar ou desobedecer a
qualquer palavra da Escritura é descrer ou desobedecer a Deus.
Palavra-Chave: PERSEVERANÇA
I. DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA
1.
Os falsos mestres. As duas epístolas a Timóteo,
classificadas com justiça como “Epístolas Pastorais” juntamente com a epístola
a Tito, destacam-se também pelo seu caráter apologético. São refutações às
heresias contra as “fábulas ou as genealogias intermináveis” (1Tm 1.4; 4.7; Tt
3.9), e a expressão, “falsamente chamada ciência” (1Tm 6.20), sem dúvida, é um
combate ao pensamento gnóstico, que começou a surgir e chegou ao ápice no
século 2. Irineu de Lião (135-204) combateu o tal sistema em sua obra Contra
as Heresias. O apóstolo Paulo está combatendo dois principais grupos
heréticos em sua geração: os gnósticos de sua geração, como combateu as
heresias judaicas, também de sua época, os falsos “doutores da lei” (1Tm 1.7),
da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14).
- Em 1Tm 1.4, fábulas
e genealogias sem fim, se refere a lendas e histórias fantasiosas de
elementos próprios do judaísmo (v. 7; cf. I t 1.14), que provavelmente tratavam
de interpretações alegóricas ou fictícias de listas genealógicas do Antigo Testamento.
Na realidade, eram "ensinos de demônios" (4.1) que eram transmitidos
como verdade de Deus (4.7). Além de estarem comprometidos com a Palavra de Deus,
os cristãos devem evitar todo ensino falso. Paulo denunciou esse tipo de erro
como "fábulas" (mythos, da qual deriva a palavra "mitos")
"profanas" (mundanas; o oposto do que é "santo"), que
convém somente a "velhas caducas" (um epíteto comum que indica algo
adequado apenas para pessoas sem instrução e nem sofisticação filosófica). Veja
notas em 2Tm 2.14-18. Em 2 Coríntios 11, o apóstolo Paulo aborda o problema dos falsos
apóstolos invadindo a igreja dos Coríntios. Ele descreve os falsos apóstolos
como “aqueles que a buscam com o intuito de serem considerados iguais a nós,
naquilo em que se gloriam” (versículo 12). O livro de 2 Coríntios é uma das
cartas mais “sarcásticas” de Paulo, pois ele contende com a igreja para
reconhecer o erro que tinha se infiltrado em seu meio. Ele contrasta seu
serviço altruísta com o dos “apóstolos” (versículo 5) que estavam seduzindo a
igreja com sua fala suave e aparente sabedoria. Esses impostores fingiam ser
verdadeiros servos de Cristo, mas não conheciam o Senhor. Eles eram
enganadores, predando cristãos ingênuos em Corinto para lucrarem e
impulsionarem seu ego. Paulo repreende a igreja porque “Tolerais quem vos
escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalte, quem vos
esbofeteie no rosto” (versículo 20). Ele até compara esses impostores ao
próprio Satanás, que também se “transforma em anjo de luz” (versículo 14). Paulo
também advertiu os anciãos de efésios sobre os falsos apóstolos: “Eu sei que,
depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o
rebanho” (Atos 20:29). Eles devem ter prestado atenção a suas palavras porque
em Apocalipse 2:2 Jesus elogia a igreja em Éfeso por identificar os falsos
apóstolos no meio deles e rejeitá-los. Falsos mestres e falsos apóstolos têm
sido abundantes em toda a história da igreja. Eles ainda infiltram igrejas
desavisadas e têm até mesmo levado denominações inteiras à heresia e apostasia
(ver 1 Timóteo 4:1–4). As escrituras nos advertem claramente se prestarmos
atenção. 1 João 4:1 diz: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes,
provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm
saído pelo mundo fora.”
2.
A experiência apostólica (vv.10,11). O
apóstolo elogia a perseverança de Timóteo na fé e na doutrina em tempos tão
difíceis (v.10). As perseguições são uma referência à experiência da primeira
viagem missionária juntamente com Barnabé (At 13.8-12,50; 14.5-7,19). É verdade
que Timóteo se integrou à comitiva de Paulo em Listra na sua segunda viagem
missionária (At 16.1-3). Isso aconteceu depois dessas perseguições, e Timóteo,
nessa época, ainda não fazia parte da comitiva paulina, contudo deve ter sido
testemunha ocular de algumas dessas perseguições, pois vivia na região e a sua
mãe era crente, sem dúvida, membro da igreja.
- No versículo 11, perseguições,
de um verbo grego cujo sentido literal é "pôr para voar". Paulo fora
forçado a fugir de Damasco (At 9.23-25), de Antioquia da Pisídia (At 13.50), de
Icônio (At 14.6), de Tessalônica (At 17.10) e de Bereia {At 17.14). Como um
nativo de Listra (At 16.1), Timóteo tinha lembranças vividas da perseguição que
Paulo enfrentou nessas três cidades, onde Paulo mesmo afirma que me livrou o Senhor (Cf. 4.17-18; 2Co
1.10). O livramento dado a Paulo pelo Senhor em repetidas ocasiões deveria ser
uma fonte de ânimo para Timóteo diante da perseguição que sofria em Éfeso por
parte daqueles que se opunham ao evangelho. Estes exemplos de perseguições e
aflições que Paulo suportou foram tirados da primeira viagem missionária do
apóstolo à região da Ásia Menor, onde Timóteo morara. O jovem pode ter sido
testemunha ocular de algumas dessas perseguições e aflições, ocorridas, talvez,
antes de se converter. É possível que esta série de acontecimentos na vida de
Paulo tenha sido o fator decisivo para ganhar a família de Timóteo para Cristo.
Barclay observa que "é prova de coragem e consagração o fato de Timóteo
ter visto às claras o que poderia e realmente aconteceu a um apóstolo, e, ainda
assim, não ter hesitado em participar da mesma sorte com Paulo". O ponto
que o apóstolo realça é a fidelidade de Deus em livrar seu servo. Ele não
buscou ser perseguido ou a glória ligada a isso para o seu próprio bem; ele
recorda esses fatos apenas para louvar a Deus pela força e graça que o salvou.
3.
Entendendo o “querer” (v.12). O
verbo “querer” em “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão
perseguições” é mais que um simples desejo, mas uma resolução, ou seja, um
propósito de coração, é uma vida com propósito. Sofrer pela causa do Evangelho
é motivo para glorificar a Deus “porque sobre vós repousa o Espírito da glória
de Deus” (1Pe 4.14). É isso que Deus espera de cada um de nós na atualidade.
- Os cristãos fiéis devem esperar a perseguição e o sofrimento nas mãos de
um mundo que rejeita Cristo (cf. Jo 15.18-21; At 14.22). θέλω (thélō): querer,
ter em mente, pretender; estar resolvido ou determinado, propor-se; desejar,
ter vontade de; gostar; gostar de fazer algo, gostar muito de fazer; ter prazer
em, ter satisfação (Strong). Paulo está convencido de que não há caminho fácil
para os filhos de Deus: E também todos os que piamente querem viver em Cristo
Jesus padecerão perseguições. Jesus declarou que a cruz seria inevitável para
quem o seguisse, e assim sempre tem sido. Podemos ser cristãos nominais sem
sofrer muitos inconvenientes. Mas os que querem ser cristãos genuínos têm de
pagar o preço inevitável do sofrimento, embora tenham a garantia do poder
libertador de Deus. Viver em rebeldia à vontade de Deus e entregar-se à
propagação de erros resultarão na intensificação da desgraça:
4.
Características dos enganadores (v.13). O
termo usado pelo apóstolo para “enganadores” ou “impostores” é goēs, uma palavra que aparece uma só vez
no Novo Testamento e nenhuma na Septuaginta, usado na antiga literatura grega
como “embusteiro, impostor, feiticeiro, charlatão, encantador”, então, essas
pessoas denunciadas por Paulo pertencem ao campo religioso. Isso indica que o
apóstolo está se referindo a ensinadores e doutrinadores de mentiras, a falsos
mestres, em nada diferem dos falsos doutores. Nenhum deles teve futuro
promissor (2Pe 2.1-3).
- A palavra grega para enganadores é γόης (góēs) de goao (lamentar-se); lamentador,
berrador; impostor, encantador (porque os encantamentos costumavam ser
pronunciados de forma semelhante a um uivo); enganador, impostor. Mas os homens
maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados (v. 13).
Aqueles que se deixam ser seduzidos pelos erros dos desviadores efésios estão
fadados a situação cada vez pior; eles enganarão outras pessoas e sua condição
passará de mal para pior até que fiquem em total cegueira espiritual. A
experiência humana confirma seguramente que este é o destino final daqueles que
rejeitam Cristo. Com Timóteo o caso é diferente. O apóstolo o exorta: Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de
quem o tens aprendido (v. 14). Indubitavelmente, o jovem tivera o benefício de
muitos mestres cristãos, o principal dos quais foi o próprio Paulo. Que
privilégio extraordinário e deveras invejável! Continue nessa herança da
verdade, exorta o apóstolo. Mas Paulo sabe muito bem que, na vida de Timóteo, o
edifício da verdade está sobre fundamento que outros fundaram: E que, desde a
tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (v. 15). Este é um tributo à instrução
fiel que Timóteo recebera de sua mãe e avó piedosas. A instrução nas Escrituras
era considerada responsabilidade sagrada em toda casa judaica ortodoxa e deve
ser reputada com seriedade igual em toda casa verdadeiramente cristã. Não há
nada maior que isso que enriqueça a vida de nossos filhos.
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SINOPSE I
A perseverança na fé e na doutrina é
fundamental diante das heresias.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
“TEMPOS
DIFÍCEIS PARA O CRISTÃO
[...]
3.13 — Não espere que os falsos
mestres e as pessoas más mudem de comportamento sozinhos. Deixados a sós, eles
irão de mal a pior. Se tiver oportunidade, corrija-os de modo que os conduza de
volta à fé em Cristo. Lute pela verdade, especialmente para proteger os
cristãos mais jovens.
3.14
— Cercado pelos falsos mestres e
pelas inevitáveis pressões de um ministério crescente, Timóteo poderia
facilmente ter abandonado a sua fé ou modificado a sua doutrina. Uma vez mais
Paulo aconselhou Timóteo a olhar para seu passado e a permanecer nos ensinos
básicos a respeito de Jesus, que são eternamente verdadeiros. Como Timóteo,
estamos cercados de falsos ensinos. Mas não devemos permitir que a nossa
sociedade distorça ou coloque empecilhos à eterna verdade de Deus. Dedique
diariamente um tempo para refletir sobre o fundamento de sua fé cristã,
encontrado na Palavra de Deus, que são as grandes verdades que edificam sua
vida” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, pp.1715).
II. APRENDENDO, SENDO INTEIRADO E SABENDO
1.
De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? (v.14). O contexto em 2 Timóteo 3.10-17 mostra que a
fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo são “as sagradas letras”, as
Escrituras Sagradas, que são inspiradas por Deus. Interessante que no versículo
14 o apóstolo emprega o pronome relativo, “de quem”, em “sabendo de quem o tens
aprendido”, no plural grego, tinōn, literalmente, “dos quais”, isso permite as
seguintes traduções: “Você sabe quem foram os seus mestres na fé cristã”
(NTLH); “pois conhece aqueles de quem aprendeu” (NVT); “confiar naqueles de
quem você aprendeu” (NBV). Desde a infância (v.15) seria uma referência natural
à sua mãe Eunice e à sua avó Loide (2Tm 1.5) e ao próprio apóstolo Paulo (2Tm
2.2).
- Para encorajar ainda mais Timóteo a permanecer fiel, Paulo o faz lembrar
de seu legado de piedade. A forma plural do pronome "quem" no
original sugere que Timóteo tinha uma dívida não apenas para com Paulo, mas
também para com outros, que em 1.5 fica muito claro: Loide... Eunlce. A menção desses nomes indica que Paulo as conhecia
pessoalmente, talvez porque ele (com Barnabé as tivesse conduzido à fé em
Cristo durante a sua primeira viagem missionária (cf. At 13.13—14.21). Essas
mulheres eram verdadeiras judias crentes do Antigo Testamento, que haviam
entendido muito bem as Escrituras a ponto de estarem preparadas, como também
Timóteo (3.15), para aceitar de imediato Jesus como Messias quando ouviram o
evangelho pele primeira vez por intermédio de Paulo.
2.
Permanecendo firme nas Sagradas Letras (v.15). Timóteo é exortado a permanecer firme
“naquilo que aprendeu” e que “acredita”, ou de “que foste inteirado” por duas
razões principais: a) porque sabia de quem tinha aprendido; b) porque são as
“sagradas letras”, os escritos sagrados, a Bíblia. O que ele aprendeu de sua
mãe e de sua avó era uma herança espiritual muito útil para o exercício de seu
ministério sob orientação paulina. Aprendemos com isso a importância da
educação nos caminhos do Senhor desde a infância no lar (Dt 6.4-8; Pv 22.6). O
ensino cristão deve começar em casa, no lar (Dt 6.6-9). A igreja, por meio da
Escola Bíblica Dominical, apoia e complementa essa formação. Esse princípio
vale para os nossos dias.
- No original grego, o verbo traduzido por tens seguido é muito mais forte que a leitura casual sugere. Significa
que Timóteo acompanhara Paulo e, assim, teve conhecimento de primeira mão dessas
experiências. Como destaca Kelly: "Também é um termo técnico que define a
relação do discípulo para com seu mestre, podendo ser parafraseado por 'estuda
de perto', 'segue em espírito', 'observa cuidadosamente com a intenção de reproduzir'
[cf. BV] e, daí, 'toma como exemplo': Phillips traduz a passagem assim: "Mas você [...] tem seguido de perto meus
ensinos e minha maneira de viver" (CH; cf. NTLH; cf. tb. "tens seguido de perto", AEC, BAB,
111, NVI, RA). Paulo está convencido de que não há caminho fácil para os filhos
de Deus: E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão
perseguições (12). Jesus declarou que a cruz seria inevitável para quem o
seguisse, e assim sempre tem sido. Podemos ser cristãos nominais sem sofrer
muitos inconvenientes. Mas os que querem ser cristãos genuínos têm de pagar o
preço inevitável do sofrimento, embora tenham a garantia do poder libertador de
Deus. Viver em rebeldia à vontade de Deus e entregar-se à propagação de erros
resultarão na intensificação da desgraça: Mas os homens maus e enganadores irão
de mal para pior, enganando e sendo enganados (13). Aqueles que se deixam ser
seduzidos pelos erros dos desviadores efésios estão fadados a situação cada vez
pior; eles enganarão outras pessoas e sua condição passará de mal para pior até
que fiquem em total cegueira espiritual. A experiência humana confirma
seguramente que este é o destino final daqueles que rejeitam Cristo. Com
Timóteo o caso é diferente. O apóstolo o exorta: Tu, porém, permanece naquilo
que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido (14).
Indubitavelmente, o jovem tivera o benefício de muitos mestres cristãos, o
principal dos quais foi o próprio Paulo. Que privilégio extraordinário e
deveras invejável! Continue nessa herança da verdade, exorta o apóstolo. Mas
Paulo sabe muito bem que, na vida de Timóteo, o edifício da verdade está sobre
fundamento que outros fundaram: E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas
letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus (15). Este é um tributo à instrução fiel que Timóteo recebera de sua mãe
e avó piedosas. A instrução nas Escrituras era considerada responsabilidade
sagrada em toda casa judaica ortodoxa e deve ser reputada com seriedade igual
em toda casa verdadeiramente cristã. Não há nada maior que isso que enriqueça a
vida de nossos filhos..
3.
A Bíblia é divinamente inspirada. Está
escrito que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (v.16 — NAA). O termo grego
theopneustos, “inspirada por Deus, divinamente inspirada”, vem das palavras
Theos, “Deus”, e pneo, “respirar, soprar”. É oportuno saber a abrangência da
inspiração do texto sagrado “toda Escritura” e, também, seus autores humanos,
pois, “os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” ou:
“movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21 — TB, NAA). Esse caráter especial e único
da “palavra dos profetas” a torna única no gênero. Ela pode fazer qualquer
pessoa sábia para a salvação em Jesus e é proveitosa para ensinar, repreender,
corrigir, instruir em justiça (vv.15-17). Nenhuma literatura no mundo possui
essa prerrogativa.
- Pv 30:5 diz: "Toda palavra de
Deus se prova verdadeira; ele é escudo para quem busca sua proteção." (NVT).
NÃO que algumas das palavras das Escrituras são verdadeiras, mas cada palavra é
verdadeira. 2Tm 3.16 se tornou principal texto de prova para a doutrina cristã
da inspiração da Bíblia: Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça (v. 16). Pelo
visto, Paulo tinha em mente o Antigo Testamento, pois na ocasião em que
escrevia esta carta, os documentos veterotestamentários eram as Escrituras da
igreja primitiva. Aqui, como ressalta Scott, "a palavra crucial [inspirada] significa, literalmente, 'respirada por
Deus de fora para dentro', ou seja, existe uma qualidade divina na Bíblia, que
a distingue de toda expressão vocal humana".' Com o desenvolvimento do
cânon do Novo Testamento ao lado do cânon do Antigo Testamento, foi natural e
altamente adequado que este conceito de inspiração fosse atribuído a estes
escritos mais novos que se desenvolveram no contexto da igreja cristã.
Concernente à Escritura, João Wesley chama nossa atenção para o fato de que
"o Espírito de Deus não só inspirou
as pessoas que a escreveram, mas continuamente inspira e sobrenaturalmente
ajuda as pessoas que a leem com oração fervorosa. É por isso que é tão
'proveitosa para ensinar', para instruir os ignorantes, 'para redarguir' ou
repreender ou condenar aqueles que estão no erro ou no pecado, 'para corrigir'
ou restabelecer ou retificar o que estiver errado e 'para instruir' ou educar
ou treinar os filhos de Deus em toda a lustiça"'. O verdadeiro
propósito de entendermos a Bíblia está claro no versículo 17: Para que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra. Paulo está dizendo que ninguém
está preparado para servir a Deus adequadamente na obra do ministério sem o
conhecimento completo da Palavra de Deus. Sejam quais forem as qualificações
que o ministro de Deus possua, ele tem de ter esta em preeminência — ser
estudante minucioso e consciencioso da Palavra inspirada de Deus. Só assim o
homem de Deus é perfeito, no sentido de completo em sua preparação para a
tarefa santa, ou seja, perfeitamente instruído para toda boa obra.
SINOPSE II
Quem aprende da Palavra de Deus
persevera e permanece na verdade.
III. TENDO AS ESCRITURAS COMO O FUNDAMENTO
1.
A autoridade apostólica. A Igreja se
submete inquestionavelmente à autoridade dos apóstolos do Novo Testamento.
Sabemos que essa é a vontade de Deus. Se os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou
pelo menos um deles, são colocados no mesmo nível do Antigo Testamento (1Tm
5.18; Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7), e da mesma forma as epístolas paulinas (2Pe
3.15,16), isso é uma forma de reconhecer definitivamente o Novo Testamento como
Escritura inspirada. Assim, todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de
inspiração e a mesma autoridade; logo, devemos dar a mesma atenção e
credibilidade tanto aos profetas do Antigo Testamento como aos apóstolos do
Novo.
- 2 Timóteo 3.16-17 ensina que a bíblia é suficiente para a fé e prática. Nós
sabemos que a Bíblia é a completa Palavra de Deus porque a nós foi dito que a
fé foi entregue aos santos de uma vez por todas "Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da
salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar
pela fé que uma vez foi dada aos santos." (Judas 3). A "fé"
refere-se ao corpo da verdade do Novo Testamento entregue pelos apóstolos por
meio da inspiração do Espírito Santo. O termo "uma vez entregue" diz que
este corpo da verdade foi dado durante um período específico de tempo já
completado. Isso refere-se as Escrituras do Novo Testamento que foram
completadas durante os dias dos apóstolos. Líderes cristãos no segundo século
reconheceram o cânon do Novo Testamento e aceitaram os escritos apostólicos
como Santas Escrituras em igual autoridade com o Antigo Testamento. Deus
concedeu sabedoria nesse processo e eles não precisaram esperar por declarações
de conselhos que vieram séculos depois. (Jo 16:13, 17:8, 1 Tes. 2:13; 1 Jo.
2:20). Irineu (125-192), por exemplo, em seus escritos ainda existentes, fez
1800 citações dos livros do Novo Testamento e os usou "de tal maneira que
se deduz que eles acerca dessa época tinham sido considerados de autoridade
inquestionável." (Herbert Miller, General Biblical Introduction, p. 140).
Irineu aceitou os quatro Evangelhos, e somente os quatro, como Escritura. Clemente
de Alexandria (150-217) citou e reconheceu os quatro Evangelhos e outros livros
do Novo Testamento, chamando-os de "Divinas Escrituras". Tertuliano
(150-220) fez 7200 citações dos livros do Novo Testamento e os aceitou como
Escritura. A tradução da Bíblia para o latim, chamada Ítala, a qual foi
provavelmente feita no segundo século, "contém todos os livros que agora
compõem o Novo Testamento". (John Hentz, History of the Lutheran Version,
p. 59). Uma relação das Escrituras do Novo Testamento datando da metade do
segundo século foi descoberta na biblioteca de Ambrósio em Milão, Itália, em
1740. Esta relação do segundo século contém todos os 27 livros do cânon do Novo
Testamento. (Hentz, p.60). Desse modo, as Escrituras do Novo Testamento
completado estavam sendo difundidas e aceitas povo de Deus sob a orientação do
Espírito Santo. Muitos [pseudo-] eruditos dos modernistas críticos textuais que
escrevem hoje sobre este primitivo século negam, ou omitem totalmente, o
trabalho do Espírito Santo na inspiração e canonicidade do Novo Testamento. Os
apóstolos não foram deixados aos seus próprios [falhos] recursos [intelectuais
e de memória e imaginação e honestidade] para transcrever os registros de
Cristo, nem os cristãos primitivos foram deixados aos seus próprios [falhos]
recursos [de discernimento e honestidade] para reconhecer quais escritos eram
as Escrituras (I Ts 2:13). As palavras do Novo Testamento são as palavras do
Senhor Jesus Cristo através de divina inspiração, e as ovelhas de Deus conhecem
a voz do bom Pastor e podem distinguir Sua voz daquela dos falsos pastores (Jo
10:4,5,27).
2.
Abrangência. Em muitas passagens no Novo
Testamento, o termo “Escritura” ou no plural, “Escrituras”, se refere ao Antigo
Testamento algumas dezenas de vezes (Mt 21.42; Mc 12.10; Lc 24.27; Jo 2.22;
5.39). Mas o contexto da expressão paulina “toda Escritura é inspirada por
Deus” não se restringe apenas ao Antigo Testamento e sabemos disso porque a
intenção do Espírito Santo é mostrar que se trata de todos os 66 livros da
Bíblia: “para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos
santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos
apóstolos” (2Pe 3.2), Antigo e Novo Testamento.
- Aqui é interessante abordar a questão do Cânon Bíblico para entendermos
se Paulo falava da Escritura Hebraica, das Escrituras Cristãs ou da Escritura
Protestante (66 livros). A depender da tradição cristã (Romana, Grega, Siríaca,
Copta, em fim), variam a quantidade de livros que compõem a Bíblia. Para
facilitar nosso estudo então, podemos analisar o termo "tradição",
usado de dois modos no Novo Testamento: Primeiro refere-se à doutrina
apostólica dada por divina inspiração (2Ts 2.15; 3.6). As igrejas são ordenadas
a observar esta tradição que foi de modo sobrenatural registrada na Escritura
do Novo Testamento. Segundo, tradição se refere a ensinos não inspirados que
professores religiosos tentaram adicionar às Escrituras e pelos quais eles
tentaram amarrar as vidas dos homens (Mt 15.1-6; Mc 7.9-13; Co 2.8). Neste
sentido, a tradição é condenada, como nós vemos nas referências seguintes:
- "Mas, em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mt 15:9).
- "Invalidando assim a
palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis
semelhantes a estas." (Mc 7:13)
- "Tende cuidado, para que
ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;"
(Cl 2:8)
Nós somos gratos a Deus que nos deu uma completa e suficiente revelação
e que nós não somos dependentes de profecias extra-bíblicas, visões, vozes,
línguas, ou tradições. Na Bíblia nós temos tudo o que as igrejas precisam para
fé e prática. Então, ainda que seja verdade que "a própria Bíblia é um
tipo de tradição" isto não significa que somente é mais uma de várias
tradições autorizadas. A Bíblia, somente ela, é a [única e completada] tradição
de Deus inspirada. Isso é o que a coloca separada à parte de todas as outras
escrituras. A Bíblia clama ser a inspirada palavra de Deus. Mais de duas mil
vezes a Bíblia usa frases como "assim disse Deus." A Bíblia é
retratada como inspirada por Deus. 2Timóteo 3.16 afirma que “Toda a Escritura é
inspirada theopneustos (theosoprada) por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” Essa inspiração
divina significa que as palavras presentes na Bíblia são de origem divina,
sendo transmitidas pelos escritores humanos, que foram movidos pelo Espírito
Santo (2Pe 1:21). A autoridade das Escrituras reside em sua origem divina,
tornando-a uma revelação infalível e inerrante de Deus. Não os autores, e sim o
escritos bíblicos (2Pe 1.21) Inspirados = movidos φέρω
- Por isso são inerrantes, claras, infalíveis, suficientes e relevante.
3.
O manual de Deus (vv.16b,17). Além
de ser valiosa para os quatro propósitos pastorais: a Bíblia é “proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, não somente
para os obreiros, mas para equipar qualquer pessoa que leia as Escrituras para
“toda a boa obra” (v.17). Estaríamos à deriva no mundo sem essas palavras, pois
elas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105).
- Em João 17 Jesus ora ao Pai: "Santifica-os na verdade: a tua
palavra é a verdade" (Jo 17:17). Este versículo é interessante porque
Jesus não usa o adjetivo ἀληθής (alēthēs) (a verdade como qualidade) como seria
de esperar, a dizer "A tua palavra é verdade", mas usa um
substantivo: ἀλήθεια ("verdade") para dizer que a palavra de Deus não
é simplesmente "verdadeira", mas é a própria verdade. A diferença é
significativa, porque esta declaração nos encoraja a pensar não só que a Bíblia
é "verdade" no sentido de que está de acordo com algum padrão mais
elevado de verdade, mas sim a pensar que a própria Bíblia é a norma da verdade
suprema. A Bíblia é a Palavra de Deus e da Palavra de Deus é a definição final
do que é verdadeiro e o que não é verdade: a palavra de Deus é a própria
verdade. Jo 10.35 “e ele chamou deuses
àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar”
Não pode ser anulada, posta de lado, apontada como falsa, invalidada, é errado
colocar de lado a autoridade das Escrituras. A Bíblia não tem falsidades. A
perspectiva fundamentalista sustenta a inerrância das Escrituras, ou seja, a
Bíblia é livre de erros em seus ensinamentos originais. Provérbios 30:5 afirma:
“Toda palavra de Deus é pura”. Jesus
também afirmou a confiabilidade das Escrituras, dizendo: "Santifica-os na verdade; A tua palavra é a
verdade" (Jo 17.17). A inerrância das Escrituras garante sua
autoridade moral e doutrinária absoluta para guiar a vida e a fé dos crentes. A
Bíblia é apresentada como clara e acessível, capaz de ser compreendida por
todos. Salmo 119:105 declara: "Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos." Apesar
de algumas partes da Bíblia poderem ser complexas, o ensino fundamental para a
salvação e a vida piedosa está disponível para todos. A autoridade das
Escrituras deriva de sua capacidade de fornecer orientação confiável e direção
para todas as áreas da vida. 2Timóteo 3.17 “a
fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra.” A perspectiva bíblica correta acredita que a Bíblia é suficiente
para todas as questões relacionadas à fé e à prática cristã. Paulo afirma que a
Escritura é capaz de equipar completamente o crente "para toda boa
obra". A Bíblia contém tudo o que precisamos para conhecer a vontade de
Deus e viver uma vida agradável a Ele. Sua autoridade é completa, não
necessitando de complementos ou acréscimos humanos. Embora escrita há séculos,
a Bíblia é retratada como uma palavra viva e relevante para todas as gerações.
Hebreus 4:12 descreve a Palavra de Deus como “viva e eficaz”. A autoridade das
Escrituras transcende o tempo e a cultura, sendo aplicável a todas as áreas da
vida. A Bíblia oferece sabedoria, orientação e esperança em todas as situações,
tornando-se uma ferramenta poderosa para evangelismo e edificação dos crentes.
SINOPSE III
Toda a Palavra de Deus é autoritativa e
regra fundamental para a nossa vida.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
“O QUE SIGNIFICA DIZER QUE DEUS INSPIROU A
BÍBLIA?
Dizer que Deus
inspirou a Bíblia equivale a dizer que o Espírito Santo motivou e supervisou,
de forma sobrenatural, aqueles que receberam as profecias e revelações
apostólicas, em todo o processo de redação de seus livros escriturais. Muitos
outros livros têm coautores, de modo que não precisamos imaginar que as
Escrituras tenham que ser uma produção humana ou divina. As Sagradas Escrituras
originaram-se, não da vontade de seus autores humanos, mas da vontade do Deus
Espírito Santo (2Pe 1.20,21). Os autores bíblicos afirmaram mais de três mil
vezes ter recebido as suas mensagens do Senhor. Deus, o Espírito Santo,
“inspirou” (soprou ou originou) as Escrituras, por intermédio de autores
humanos (2Tm 3.16).
Deus preparou estes
porta-vozes conscientes, ativamente proféticos e apostólicos (e seus
secretários) providencialmente, por sua hereditariedade, por seu caráter, pelo
vocabulário que usavam e pelo seu estilo de escrita. No momento apropriado, em
todos os processos da escrita, eles foram “inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe
1.21). Este significado técnico da inspiração não se aplica a nenhuma suposta
revelação fora da Bíblia, ou a qualquer literatura que possa, de uma maneira
geral, ser considerada inspirada” (Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª
Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1930).
CONCLUSÃO
A Bíblia é um guia
seguro para toda a humanidade, e não somente para a Igreja. Ela é a única
revelação de Deus escrita para o ser humano e a fonte de autoridade espiritual
para aferir a nossa conduta diante de Deus, da sociedade e da família. Trata-se
de uma orientação segura para a vida humana, a nação de Israel e a Igreja, bem
como as exortações para o mundo, incluindo o aspecto político, social e
religioso das nações.
- Tito 1:2: Em
esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos
tempos dos séculos; Porque Deus é um Deus que não pode dizer
"mentira", você sempre pode confiar em suas palavras. Uma vez que o
próprio Deus é verdade e a fonte de toda verdade, é impossível que ele diga
algo que não seja verdadeiro. A autoridade das Escrituras não existe para
defender as Escrituras em si mesmas, a sua inerrância ou a sua infalibilidade,
mas para revelar ao ser humano a vontade de Deus, sua misericórdia, seu amor,
trazendo ao homem novamente a condição de amigo de Deus (II Co. 5:18-19),
existindo ainda para conceder a esse ser humano princípios para viver de acordo
com a vida de uma nova criatura em Jesus Cristo. A perspectiva correta sobre a
autoridade das Escrituras enfatiza sua origem divina, inerrância, clareza,
suficiência e relevância contínua. Reconhecer a autoridade das Escrituras nos
permite viver em conformidade com a vontade de Deus, buscar a verdade e
compartilhar a mensagem do Evangelho com outros. Devemos valorizar e obedecer à autoridade das
Escrituras em nossas vidas, reconhecendo-a como a Palavra de Deus, que nos guia
e nos transforma.
Tudo já valeu a pena, mas a maior
recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é
o seu Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Non Nobis Domine, Non Nobis
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer
(S.J.C./SP);
• Pós-graduado em Teologia Bíblica e
Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde
1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS,
2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima),
2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil
em Campina Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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REVISANDO
O CONTEÚDO
1. Quais
os dois principais grupos heréticos que o apóstolo Paulo combatia?
O apóstolo Paulo está combatendo dois
principais grupos heréticos em sua geração: os gnósticos de sua geração, como
combateu as heresias judaicas, também de sua época, os falsos “doutores da lei”
(1Tm 1.7), da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14).
2. Qual
a fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo?
A fonte de autoridade do aprendizado de
Timóteo são “as sagradas letras”, as Escrituras Sagradas, que são inspiradas
por Deus.
3. Onde
deve começar o ensino cristão?
O ensino cristão deve começar em casa,
no lar (Dt 6.6-9).
4. Qual
a abrangência da inspiração do texto sagrado?
Antigo e Novo Testamento.
5. Como
estaríamos no mundo sem a Bíblia?
Estaríamos à deriva no mundo sem essas
palavras, pois elas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO
A Bíblia Sagrada é
o nosso único manual e regra de fé e prática. É por meio dela que ajustamos a
nossa conduta de acordo com a vontade de Deus. Ao longo da história, muitas
religiões têm se apropriado indevidamente da Bíblia para fundamentar suas
ideias erradas, bem como suas heresias. Só existe uma forma de refutar essa
adulteração da verdade, a saber, mostrando apologeticamente que estes grupos
estão interpretando de forma equivocada as Sagradas Escrituras.
A heresia, como bem
sabemos, é fruto da escolha pelo erro. Diga-se de passagem, muitos erros
interpretativos da Bíblia são o resultado de interpretações particulares que
conduziram à formação de seitas. A Palavra de Deus, entretanto, não é de
particular interpretação, como afirma o apóstolo Pedro. A profecia foi
produzida a partir de homens santos que falaram inspirados pelo Espírito Santo
(2Pe 1.20, 21). A Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global (CPAD)
discorre que “o que Pedro afirma nesses trechos sobre a origem e a autoridade
da profecia (que vieram de Deus) registrada na Bíblia Sagrada é verdadeiro a
respeito de todas as coisas que constam em sua Palavra escrita: ‘homens santos
[da parte] de Deus falaram [e escreveram à medida que eram] inspirados pelo
Espírito Santo’. Os crentes devem manter uma visão forte e intransigente das
Escrituras Sagradas em termos de inspiração (isto é, não devem abrir mão do
fato de elas terem sido dadas diretamente por Deus através de pessoas guiadas
pelo Espírito Santo, e segundo a escolha de Deus) e autoridade (isto é, ela é
completamente confiável, está apoiada por evidências sólidas e por uma
autoridade estabelecida). [...] Sem uma forte visão da Sagrada Escritura, as
pessoas não reconhecem a plena autoridade e o ensino da Bíblia. Como resultado,
a sua fé será fraca e a Bíblia será substituída pela experiência religiosa
subjetiva (isto é, estará sempre mudando, com base na pessoa ou na situação) ou
pela razão humana, que é crítica e falha (2.1-3).” (2022, p.2367).
Tendo como verdade
que as Escrituras Sagradas fornecem o “Norte” para que tenhamos uma vida
espiritual conforme a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2),
faz-se necessário defender a sua autoridade em matéria de fé e prática. Os
crentes observam os ensinamentos sagrados não como um livro de filosofia, e sim
como a ética que norteia o seu estilo de vida e o testemunho cristão. Por essa
razão, devemos observá-la continuamente para preservar na fé.