Pb Francisco Barbosa
TEXTO
ÁUREO
‘‘Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós O reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. (Is 53-4)
Entenda o Texto Áureo:
- tomou sobre si... levou sobre si.
Cf. vs. 11-12. Ainda que os verbos estejam no passado, eles estão prevendo
acontecimentos futuros, quando da vinda do Messias, ou seja, são
"perfeitos proféticos - Esses perfeitos proféticos são comuns, aqui e em
outras passagens dos Cânticos do Servo. Isaías estava dizendo que o Messias suportaria
as consequências dos pecados dos homens, ou seja, as enfermidades e as dores da
vida. Contudo, os judeus que para ele olhavam, de rnodo inacreditável achavam
que ele estava sendo punido por Deus pelos seus próprios pecados. Mateus
encontrou um cumprimento analógico dessas palavras no ministério de curas de
Jesus, uma vez que as doenças eram consequência de pecados pelos quais o Servo
pagou com sua vida (vs. 7-8; Gl 1.3—cf. IPe 2.24). Na eternidade, todas as
doenças serão eliminadas, uma vez que isso está incluído nos benefícios da
expiação que Cristo fez.
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VERDADE
PRÁTICA
Jesus é o Médico dos médicos e
não há enfermidade que Ele não possa curar.
Entenda a Verdade Prática:
- A
promessa da cura divina é parte inerente da pregação do Evangelho e cumpre o
propósito de glorificar a Deus e abrir as portas para a salvação. A cura divina
é uma promessa bíblica de valor perene. A cura das enfermidades físicas é uma
bênção que acompanha a obra salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo. Nesta
lição, ensine a doutrina, mas não se esqueça de aplicá-la ao contexto da vida
cristã diária. Também é necessário sermos responsáveis na ministração do
assunto. Lembre-se de que Jesus curou a muitos, mas não a todos.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 53.1-5; Mateus 8:14-17;
Tiago 5:14,15
1. QUEM deu
crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
- Quem creu em nossa pregação? Essa
pergunta indica, a despeito dessa e de outras profecias, que somente alguns
poucos reconheceriam o Servo quando ele aparecesse. Essa antecipação encontra o
seu cumprimento literal na primeira vinda de Cristo. Israel não o recebeu em
seu primeiro advento (Jo 1.9-11; 12.38). Paulo aplica a mesma profecia ao mundo
em geral (Rm 10.16). o braço do
SENHOR. Em sua primeira vinda, o povo não reconheceu o grande e
encarnado poder de Deus na pessoa de Jesus, Salvador deles.
2. Porque foi
subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha
beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele,
para que o desejássemos.
- perante ele. Embora não reconhecido
pelo mundo (v. 1) Jesus, o Messias, era cuidadosamente observado por Deus, que
havia planejado cada circunstância de sua vida. terra seca... nenhuma beleza havia que nos agradasse. O servo
surgiria em condições humilhantes e não se vestiria com nenhuma das vestes
característica: da realeza, permitindo que sua identidade fosse perceptível
apenas aos que o olhassem com os olhos da fé.
3. Era
desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado
nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado,
e não fizemos dele caso algum.
- desprezado... rejeitado... desprezado.
O profeta previu a aversão e a rejeição por parte da humanidade ao Messias/Servo,
que sofreu não somente agressões corporais, mas também agressão interior, por
causa da falta de uma atitude positiva da parte daqueles a quem ele veio salvar
(p. ex.. .Mt 23.37; Lc 13.34). escondem
o rosto... dele não fizemos caso. Ao usar a primeira pessoa do plural, o
profeta estava falando da aversão que as nações descrentes tinham pelo Messias
crucificado e da falta de respeito que eles demonstraram pelo Filho encarnado
de Deus.
4.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
- Verdadeiramente ele tomou sobre si nossas
enfermidades – literalmente, “Mas, ainda assim, Ele tomou (ou suportou)
nossas doenças”, isto é, aqueles que O desprezaram por causa de suas
enfermidades humanas, deveriam antes tê-lo estimado por causa deles; pois assim
“Ele mesmo tomou nossas enfermidades” (doenças corporais). Então Mateus 8:17
cita isso. No hebraico para “nascer”, ou tomou, há provavelmente a dupla noção,
Ele assumiu a si mesmo vicariamente (assim Isaías 53:5-6,8,12), e assim Ele
tomou longe; Sua humanidade perfeita por meio da qual Ele foi corporalmente
afligido por nós e em todas as nossas aflições (Isaías 63:9; Hebreus 4:15) foi
a base na qual Ele curou os doentes; de modo que a citação de Mateus não é uma
mera acomodação. nossas dores levou
sobre si – A noção de substituição estritamente. “Carregado”, ou seja,
como um fardo. “Dores”, isto é, dores da mente; como “pesares” referem-se a
dores do corpo (Salmo 32:10; 38:17). Mateus 8:17 pode parecer se opor a isso:
“E descobre nossas doenças”. Mas ele usa “doenças” figurativamente para os
pecados, a causa delas. Cristo assumiu a si mesmo todas as “enfermidades” do
homem, de modo a removê-las; o corporal pelo milagre direto, fundamentado em
sua participação nas enfermidades humanas; aqueles da alma por seu sofrimento
vicário, que eliminou a fonte de ambos. O pecado e a doença estão eticamente
ligados como causa e efeito (Isaías 33:24; Salmo 103:3; Mateus 9:2; Jo 5:14;
Tiago 5:15). nós o considerávamos como
afligido – judicialmente [Lowth], a saber, por seus pecados; enquanto
era para o nosso. “Nós pensamos que Ele fosse um leproso” [Jerônimo, Vulgata],
a lepra sendo o julgamento divino direto para a culpa (Levítico 13:1-59;
Números 12:10,15; 2Crônicas 26:18-21). [Jamieson; Fausset; Brown]
5. Mas ele foi
ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.
- traspassado pelas nossas transgressões...
moído pelas nossas iniquidades. Esse versículo está cheio da linguagem
de substituição. O Servo sofreu não por causa de seus próprios pecados, uma vez
que ele não tinha pecados (cf. Hb 4.15; 7.26), mas como substituto dos
pecadores. Aqui, a ênfase é colocada sobre Cristo sendo quem recebeu a ira de
Deus sobre os pecadores em lugar deles (cf. 2Co 5.21; Cl 1.3-4; Hb 10.9-10). o castigo que nos traz a paz. Ele
suportou o castigo imposto por Deus para obter a nos dar paz com Deus. pelas suas pisaduras fomos sarados.
A pisadura (o substantivo
hebraico está no singular) que lhe trouxe a morte também trouxe a salvação para
aqueles por cujos pecados ele morreu. Pedro confirma isso em 1 Pe 2.24.
Mateus 8:14-17
14. Entrando
Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele de cama, com febre;
- casa de Pedro. Pedro era um homem
casado (1Coríntios 9:5). Ele tinha uma casa em Cafarnaum, que dividia com seu
irmão André e, aparentemente, com a mãe da sua esposa. [Dummelow, 1909]
15. E tocou-lhe
na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
- e tocando a mão dela (A21, BKJ, NVT)
– ou então, e tomando ela pela mão (NAA, NVI). Compare com Mateus 8:3; Mateus
9:2029; Mateus 14:36; Mateus 20:34; 2Reis 13:21; Isaías 6:7; Marcos 1:41; Lucas
8:54; Atos 19:11-13. e passou a
servi-lo (compare com 33Lucas 22:3334Lucas 15:1516Lucas 4:3839) – ou
seja, passou a cuidar dele.
16. E, chegada a
tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou
deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;
- endemoninhados. Significa
"demonizados", ou pessoas sob o controle interior de um demônio.
Todos os casos de demonização tratados por Cristo envolveram a habitação de
fato de demônios, os quais controlavam totalmente o corpo de suas vítimas, até mesmo
ao ponto de falarem por intermédio delas (Mc 5.5-9), provocar loucura (Jo
10.20), violência (Lc 8.29) ou mudez (Mc 9.17-221.
17. Para que se
cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
- o que fora dito por intermédio do profeta
Isaías. Mateus está citando Isaías 53.4-5 aqui. Cristo suportou tanto a
culpa quanto a maldição do pecado (cf. Cl 3.13). Tanto a cura física quanto a
vitória derradeira estão asseguradas pela obra expiatória de Cristo, mas elas
não estarão realizadas plenamente até o derradeiro fim (1 Co 15.26).
Tiago 5:14,15
14. Está alguém
entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o
com azeite em nome do Senhor;
- os presbíteros – ou “anciãos” (ACF);
os líderes na igreja local. doente.
Tiago instrui aqueles que estão "doentes", ou seja, enfraquecidos por
causa de seu sofrimento, a chamarem os presbíteros da igreja para receber
força, apoio e oração. ungindo-o com
óleo. Lit., "passando óleo nele": 1) uma possível referência
à unção cerimonial (veja Lv 14.18; Mc 6.13); 2) por outro lado, Tiago talvez
tivesse em mente um tratamento médico para os cristãos feridos e espancados por
causa da perseguição. Talvez seja melhor entender a unção num sentido metafórico
que representa o ministério de incentivo, consolo e fortalecimento dos
presbíteros.
15. E a oração
da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados,
ser-lhe-ão perdoados.
- oração da fé. A oração oferecida em
favor deles pelos presbíteros, salvará o enfermo. No sentido de que ele será
libertado de seu sofrimento, uma vez que ficou debilitado por causa de sua enfermidade,
e não de seu pecado, o qual foi confessado, cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Não pelos presbíteros,
uma vez que somente Deus pode perdoar pecados (Is 43.25; Dn 9.9; Mc 2.7). O
fato de terem solicitado a presença dos presbíteros implica que os que estavam
sofrendo tinham um coração contrito e arrependido, e que porte de seu tempo com
os supervisores incluía a confissão de seus pecados a Deus.
INTRODUÇÃO
Na Cruz do Calvário, o Senhor Jesus
realizou uma obra completa de salvação. Essa obra, efetivada por Ele, nos
autoriza a clamar pela Cura Divina. Nesta lição, veremos que, no plano divino,
o Senhor nosso Deus desejou curar o seu povo para o alívio do sofrimento. Esse
plano ocorreu de maneira poderosa no ministério de Jesus, sendo consumado no
poder da obra do Calvário. Jesus Cristo cura sim!
- A cura divina envolve um ato sobrenatural que resolve um
problema físico, emocional ou espiritual. No contexto cristão, o elemento
sobrenatural é Deus, muitas vezes por meio da atuação do Espírito Santo. A
promessa bíblica da cura divina provém da inaudita graça de Deus para com o
pecador e tem sido uma das marcas identificadoras da pregação Pentecostal ao
redor do mundo. A cura divina não cessou após os dias apostólicos. Ela
permanece à disposição daqueles que crêem na Palavra de Deus, cumprindo assim
uma gloriosa finalidade como parte da pregação das boas-novas de salvação. Quase
um quinto do Evangelho fala do ministério de cura de Jesus. No início de Seu
ministério, percorria “Jesus toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda
sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mateus 4:23). Mais tarde,
quando Jesus enviou Seus doze discípulos para pregar o evangelho, Ele lhes deu
autoridade para curar os enfermos (Lucas 9:1-2). Após a ressurreição e a
ascensão de Jesus, os apóstolos continuaram a curar muitos (Atos 5:12-16).
Várias curas realizadas por Pedro, João e Paulo são registradas em Atos (19:12;
28:8-9). Deus é "o Senhor, que te
sara" (Êx 15.26). Ele não perdeu a Sua capacidade de curar e o Seu
amor por Seu povo não diminuiu. A cura divina é uma intervenção direta de Deus
em resposta à oração. E, se Deus assim quiser, a cura pode não vir até a cura
final no céu. Deus é o Grande Médico, e toda cura, física, emocional e
espiritual, vem dEle.
I. A PROMESSA BÍBLICA DA CURA DIVINA
1. A profecia messiânica de Isaías 53. A
profecia bíblica de Isaías 53 apresenta o Senhor Jesus como o Messias, o Cristo
de Deus que foi pregado na Cruz do Calvário para a nossa redenção (Is 53.1-3).
Dessa forma, a obra do Calvário foi operada de maneira completa, perfeita e
plena, de modo que, além de ser redimido e liberto do império do pecado, o
salvo também recebe cura das doenças por causa da obra do Calvário (Is 53.4,5).
Sim, o nosso Senhor Jesus sofreu em nosso lugar tanto o sofrimento físico
quanto espiritual e, por isso, a obra de Salvação é completa. Além disso, o
evangelista confirma o cumprimento da profecia de Isaías no ministério de Jesus
(Mt 8.17). Por isso, podemos afirmar que Jesus salva e cura.
- Cabe, de início, ressaltar que o texto de Isaías, na
Leitura Bíblica em Classe, trata da doutrina da expiação pelo sangue do
sacrifício, ensino claramente explanado no livro de Levítico, principalmente
nos capítulos 16 e 23, e que teve seu pleno cumprimento na morte vicária de
Cristo (Is 53.4-20; Mt 8.17; 1 Pe 2.24). A expiação, em suma, consiste na
anulação da dívida gerada pelo pecado e na remoção e resgate do pecador do
juízo do pecado e do seu domínio (Rm 6.6-14). Na época da Lei, a morte do
transgressor era a exigência para cancelamento da sua dívida. Os sacrifícios
levíticos, embora temporários, (caps. 1 a 7), cumpriam na Antiga Aliança esse
papel substitutivo. Tinham, portanto, caráter provisório até que viesse Cristo,
o perfeito sacrifício em nosso lugar. A razão disso é que essas ofertas
sacrificais, instituídas na lei de Moisés, apontavam para o bendito, perfeito e
definitivo sacrifício de Cristo no Calvário (Is 53.5,7). Assim, as ofertas da
Antiga Aliança cessaram. Ele expiou de uma vez por todas os nossos pecados e
quitou para sempre a dívida que nos era contrária (Cl 2.13-15; Hb 9.11,12; 1 Pe
2.24). A expiação do pecado consumada por Cristo abrange também a bênção da
cura divina e dá ao crente o direito de buscá-la como uma promessa assegurada pela
obra efetuada na cruz. Todas as vezes em que a cura divina se manifesta, a
doença é removida pela expiação de Cristo (v.4). Em Mateus 8.17, a Bíblia
afirma que as curas efetuadas pelo Senhor Jesus durante o seu ministério são
uma confirmação da profecia de Isaías 53.4,5. A cura divina é resultado da obra
expiatória de Cristo no Calvário. Tal fato indica os plenos efeitos da redenção
sobre o nosso espírito, alma e corpo (3 Jo 2).
2.
O cumprimento profético no ministério de Jesus. O
texto bíblico de Mateus 8.14-17 apresenta o Senhor Jesus curando a sogra de
Pedro. Em seguida, Ele recebe endemoninhados e enfermos, expulsando os demônios
de quem estava escravizado pelos espíritos imundos e referiu a esse episódio da
seguinte forma: “para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que
diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades Be levou as nossas doenças” (Mt
8.17). Esse relato mostra «w que o Plano de Salvação de Deus levava em conta
também a cura divina dos enfermos.
- Pode-se definir "milagre", de uma maneira muito
resumida e simples, como "uma interferência na Natureza por um poder
sobrenatural"! O homem moderno questionou a credibilidade dos milagres.
Mas C. S. Lewis coloca toda a questão sob o enfoque adequado ao escrever que:
"O milagre central afirmado pelos
cristãos é a Encarnação... qualquer outro milagre é a preparação para isso, ou
é o resultado disso". Este milagre de Mt 8.14-17 está registrado nos
três Evangelhos Sinóticos (cf. Mc 1.29-34; Lc 4.3841). Marcos e Lucas indicam
que ele aconteceu quando Jesus e os seus discípulos retornavam de um culto na
sinagoga, no sábado. Mas Mateus o coloca junto com uma série de eventos de
cura, sem uma sequência cronológica. Talvez Pedro estivesse embaraçado pelo
fato de sua sogra não poder servir os convidados em sua casa. Mas Jesus
tocou-lhe na mão, e a febre a deixou (15). O fato de que ela foi curada
imediata e completamente está demonstrado pela afirmação de que ela levantou-se
e serviu-os. Os três Evangelhos Sinóticos também narram os muitos milagres de
cura que ocorriam após o pôr-do-sol, quando o sábado já tinha terminado. Uma
característica notória desta ocasião foi a expulsão dos demônios, ou espíritos
(16). Como é característico, Mateus cita uma passagem do Antigo Testamento como
tendo sido cumprida: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as
nossas doenças (17). Na versão ARC da Bíblia, em Isaías 53.4 lemos: "Verdadeiramente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si". Morison afirma
que essas palavras, como estão apresentadas em Mateus: Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e levou as nossas doenças são "uma tradução mais
literal do original hebraico do que a que está apresentada na nossa versão do
Antigo Testamento". Além disso, "a palavra hebraica traduzida como
tristezas em algumas versões, na verdade significa doenças, e é assim traduzida
em quase todas as outras passagens onde aparece". Filson observa que tomou
e levou "têm aqui um significado Pouco comum: levou embora, removeu".
3.
Os ministros são chamados a orar e ungir os enfermos. Ao
longo do Novo Testamento, os apóstolos, os demais líderes e a Igreja Primitiva
criam no poder curador do Senhor Jesus, de modo que o povo de Deus esperava
receber a cura por meio da oração, acompanhada de unção com o azeite por parte
dos ministros da igreja e, se fosse o caso, também acompanhada de confissão de
pecados (Tg 5.14,15). Assim, cabe como responsabilidade dos ministros de Deus
ungir os enfermos com azeite e orar com fé por eles. Quantos testemunhos
mostram que o Senhor Jesus ainda cura, pois se trata de uma obra consumada no
Calvário!
- A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso
privilégio em Cristo. Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã
mais do que fazemos. Tiago diz: Está
alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele.
Os presbíteros eram líderes reconhecidos ou apontados na congregação local
desde os anos 4050 d.C. (cf. Act 11.30; 14.23). Sua função era um tanto
semelhante à do pastor dos nossos dias. Orar sobre ele significava orar estando
em pé ao lado ("sobre") do leito do enfermo. Um significado
secundário da palavra sobre (epi) poderia ser orar junto a em vez de sobre ele.
A prática de ungir com azeite em conexão com cura é mencionada somente mais uma
única vez no Novo Testamento (Mc 6.13). Para nós essa unção serve como um
símbolo de obediência à admoestação da Palavra de Deus e provavelmente como uma
forma de encorajamento à fé do doente. Nos tempos do Novo Testamento, esse pode
ter sido um tratamento medicinal natural usado em cooperação com a oração.
Sabemos que a unção do corpo com óleo era uma prática medicinal comum na
Palestina do primeiro século. O verbo ungindo (aleipsantes) significa
literalmente "tendo ungido". Moffatt entende essa ação como untar o
corpo do paciente com óleo. Parece claro, no entanto, que se a unção era um
meio natural de cura, ela também tinha um significado espiritual, porque era
para ser administrado em nome do Senhor. Em todo caso, Tiago nos assegura que é
a oração da fé ("oração oferecida com fé", NEB) que salvará o doente,
e o Senhor o levantará (v. 15). A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e
cabe a nós procurar fazer a oração da fé pela cura do doente. No entanto,
recursos e intervenções providenciais, quando necessários, não deveriam ser
rejeitados. Aqueles que não conhecem a Cristo recorrem à medicina e cirurgia
sem oração. Nós que confiamos nEle devemos usar todos os meios salutares que a
ciência moderna tem nos oferecido e ao mesmo tempo confiar a nossa cura
inteiramente ao seu soberano poder. Easton comenta: "O autor deixa essa
promessa sem qualificação, embora tanto ele quanto seus leitores soubessem
perfeitamente bem que nem todos os casos de enfermidade seriam curados; aqui,
como em todos os casos, quando a eficácia da oração é ensinada, a condição
'conforme a vontade de Deus', deve ser entendida de forma implícita. Contudo,
todos sabem que quando existe uma fé viva e profunda, como era o caso na época
em que Tiago foi escrito, curas extraordinárias acontecem". Entre os
judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. Jesus rejeitou essa visão
como um princípio universal (Jo 9:1-2), mas em outro texto sugere o que sabemos
ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma enfermidade
específica (cf. Jo 5.14). Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a
cura também se arrependeu do seu pecado e está procurando o perdão divino. No
versículo 16, a ordem da oração está invertida. Aqui a pessoa é admoestada:
"Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos
outros para serem curados" (v. 16, NVI, grifo do autor). Quando uma pessoa
vem sinceramente a Deus com uma necessidade, receberá ajuda. Essa ajuda aumenta
sua fé em Deus, e ela provavelmente também encontrará ajuda para outras
necessidades. Easton ressalta que a admoestação Confessai as vossas culpas uns
aos outros (v. 16) não deve ser entendida como uma prática universal cristã
mas, sim, ser entendida em seu contexto, ou seja, a confissão sendo feita pelo
doente e a oração pelos visitantes. Embora essa pareça uma interpretação
razoável, a gramática permite uma exegese mais ampla É certamente verdade que
quando reconhecemos que agimos erradamente e oferecemos orações mútuas de
intercessão, isso fortalecerá grandemente toda a vida espiritual da igreja e
abrirá o caminho para bênçãos crescentes de Deus. Comentário Bíblico
Beacon, Tg 5.14-15.
SINOPSE I
A obra de Cristo no Calvário
foi operada de maneira completa, perfeita e plena, de modo que, além de ser
redimido e liberto do império do pecado, o salvo também recebe a promessa da
cura divina.
II. ORIGEM E CONSEQUÊNCIAS DAS DOENÇAS NO
MUNDO
1. A origem das
doenças no Éden. A origem das doenças e suas trágicas consequências
remontam ao ato de desobediência dos nossos primeiros pais, conforme relatado
em Gênesis 3. O pecado do ser humano fez com que as enfermidades surgissem,
acompanhada de dor, sofrimento e morte. Por isso, conforme apresentamos no
primeiro tópico, a doutrina bíblica da Cura Divina tem como a base a obra do
Calvário, pois, de acordo com a Bíblia, a verdadeira causa do advento das
doenças é o pecado (Gn 3.1-7,22-24).
- A Bíblia mostra o vínculo entre doenças, comportamentos e
pecado. As doenças surgiram após o pecado de Adão e Eva, causadas por um grande
distúrbio na criação, devido a quebra da ordem estipulada por Deus. Segundo tal
ordem, de acordo com os 2 primeiros capítulos de Gênesis, uma “obediência hierárquica”
era a chave para a manutenção da existência de toda a criação. Coube ao homem a
mais importante tarefa: representar o Criador (Sua imagem e semelhança) diante
de todo o mundo recém formado. Obedecendo às diretrizes divinas, gerenciaria
toda a criação, e desta forma a convivência perfeita seria alcançada. A
manutenção desta ordem manteria o equilíbrio da criação e, no meio do jardim do
Éden, pela árvore da vida, isso duraria para sempre. Entretanto, em Gênesis, no
capítulo 3, esta sequência se inverte. A serpente aborda a mulher e propõe uma
nova ordem: não há necessidade de obediência a Deus, já que ao comer o fruto da
arvore do conhecimento do bem e do mal, será tão sábia quanto Ele. A mulher
então, tocada pela sensação diferente de uma “novidade”, se rende ao fruto
proibido e também o dá ao seu marido, que também é rendido. Desta forma a
sequência do pecado: serpente > mulher > homem e a ausência de Deus dá
forma ao mundo pós pecado. Os elos iniciais são quebrados, e o homem enfrenta
dificuldades internas e externas relacionadas ao pecado, não só doenças, mas
também prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices,
glutonarias (Gálatas 5:19-21). Com a expulsão do jardim do Éden, o homem e a
mulher perdem a fonte de vida eterna, a Árvore da Vida, e a justiça de Deus é
feita: Morrendo (espiritualmente) morrerás (fisicamente). Ainda no capítulo 3,
Deus em sua misericórdia, determina que a sequência do pecado em algum momento
deixará de existir, pois a serpente será eliminada pelo descendente da mulher:
e hoje nós sabemos pelo Novo Testamento quem é este descendente: Jesus Cristo,
a nova Árvore da Vida. Nele temos a vida eterna. E depois da Sua segunda vinda,
com o mal completamente vencido, não haverá doenças ou qualquer outra
consequência da Queda. Portanto, do ponto de vista do que a Bíblia ensina, as
doenças são causadas pelo pecado. Isso explica o porquê o mundo tem tanta
dificuldade em conceituar o que é doença e também de separá-la do comportamento
humano. Não necessariamente uma determinada doença é causada por um pecado
específico de uma pessoa, mas devido a entrada do pecado no mundo, as doenças
trazem transtornos para toda a criação e enquanto vivermos nele estaremos
vulneráveis. Temos no Novo Testamento as orientações necessárias para nos
mantermos em Cristo e, no seu retorno, voltaremos ao jardim do Éden, onde será
mantida a sequência correta de obediência e haverá contato direto com a árvore
da vida – e vida em abundância.
2. A consequência do advento da doença.
O pecado corrompeu todas as áreas da natureza humana (Rm
3.9-12). Assim, uma das principais consequências do pecado, bem como do advento
das doenças, foi a diminuição do tempo de vida do ser humano. A Bíblia revela
que Adão viveu 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; a idade de outros
importantes personagens bíblico foi com o tempo, diminuindo (Gn 5.1-32). Ao
anunciar o Dilúvio para Noé, Deus demarcou o limite da vida humana aos 120 anos
(Gn 6.3,13; 2 Pe 2.5). O Salmo 90 afirma uma expectativa de vida mais curta: “A
duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam
a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e
nós voamos” (SI 90.10). O fato é que com o pecado e o advento das doenças o ser
humano teve o tempo de sua vida diminuído.
- Nos primórdios da raça, antes que o pecado prolongado e
persistente reduzisse a vitalidade humana e as doenças se desenvolvessem ao
ponto em que estão hoje, idade avançada e vigor longo eram bem possíveis. A
longevidade dos patriarcas antediluvianos tem sido negada por diversas
explicações. Tem sido sugerido que os nomes não representam indivíduos, mas
sim, tribos; que os anos provavelmente eram mais curtos; que aqueles
personagens foram mitológicos; que tais números não são históricos e servem
apenas para exemplificar as teorias semíticas sobre cronologia. Todas essas
tentativas de evitar a significação clara dessas passagens são igualmente
desnecessárias e insatisfatórias. Existe uma tradição quase universal de que os
pais da raça humana eram dotados de longevidade, e isso pode ter estado de
acordo com o propósito divino em Seu governo providencial sobre a raça. Também
parece ser coerente com a condição do homem, na qualidade de ser caído, o fato
que ele agora já não possui o poder de viver por tão longo tempo. Já nos dias
de Moisés, como ele escreve no Sl 90.10: “Os
dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste
caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós
voamos”, apesar de Moisés ter vivido até os 120 anos, e o lato de que
"não se lhe escureceram os olhos,
nem se lhe abateu o vigor" (Dt 34.7), a vida humana era geralmente
mais breve e vivida sob ira de Deus, por causa desse fim certo e fugaz, a vida
é triste.
3. A proliferação de doenças. Ao
longo da história humana, presenciamos a proliferação de diversas doenças.
Basicamente, podemos classificá-las em duas ordens de existências: a física e a
mental. De ordem física, temos as doenças cardíacas, a diabetes, o câncer,
dentre outras, que ceifam muitas vidas. De ordem mental, temos o Alzheimer, a
depressão (que gera suicídio), diversos outros transtornos e demências. Essas e
outras doenças afetam muitos de nossos irmãos em Cristo, pois os crentes não
estão imunes a elas. Infelizmente, muitos incautos são ludibriados com falsas
promessas de curas e, por isso, não procuram ajuda médica e, o que poderia ser
tratado, acaba se agravando. É importante pontuar que a Palavra de Deus ensina
que o nosso corpo ainda não foi plenamente redimido (Rm 8.23). Por isso, não é
incompatível orar por cura e, também, ao mesmo tempo, buscar auxílio dos
médicos. Isso nada tem a ver com falta de fé, mas com o zelo de quem é templo
do Espírito Santo (1 Co 6.19).
- Alguns cristãos acreditam que procurar ajuda médica
mostra a falta de fé em Deus. Alguns cristãos pensam erroneamente que devem
jogar fora seus remédios e apenas orar pela cura. Sabemos que Lucas, o autor de
Atos e do Evangelho de Lucas, era médico (Colossenses 4:14). E Paulo, uma vez
deu conselhos a Timóteo sobre tratamento médico (1 Timóteo 5:23). A Bíblia
menciona médicos cerca de 12 vezes. O único versículo que poderia ser
erroneamente usado para ensinar que não devemos consultar médicos é 2 Crônicas
16:12: “No trigésimo nono ano de seu
reinado, Asa foi atacado por uma doença nos pés. Embora a sua doença fosse
grave, não buscou ajuda do Senhor, mas só dos médicos”. O problema não foi
que Asa tivesse consultado os médicos, mas que “ele não buscou ajuda do Senhor”
também. Devemos sempre buscar a ajuda de Deus, além do tratamento médico
adequado – não ao invés dele. Em Mateus 9, os fariseus perguntaram a Jesus por
que ele passava seu tempo com os pecadores. Ele respondeu: “Não são os que têm saúde que precisam de
médico, mas sim os doentes.” (Mateus 9:12). Jesus reconheceu que as pessoas
doentes precisam de médicos. Ele não condenou o uso de médicos e remédios
“terrenos”. Sim, Jesus realizou muitos milagres de cura enquanto estava na
Terra. Mas estes foram, em parte, para mostrar às pessoas que ele era o Messias
prometido (Lucas 4:18). No entanto, nossa experiência é que, neste mundo caído,
nem todos são curados, e não entendemos o porquê. Sabemos que Paulo lutou com
um problema que ele chamou de “espinho na [sua] carne” (2 Coríntios 12:7).
Fosse qual fosse o problema, Deus não o removeu, mas, em vez disso, deu a Paulo
a força para suportá-lo. Será somente no fim dos tempos que Deus “enxugará dos
[nossos] olhos toda lágrima”. Então, “não
haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21:4).
Enquanto isso, sabemos que Deus nos fortalecerá e nos ajudará com qualquer
problema que tivermos.
SINOPSE II
As doenças tiveram sua
origem na Queda. Elas são uma consequência direta do pecado.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
Professor (a), dê início
ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual a origem das doenças?” Ouça os
alunos com atenção e incentive a participação ativa de todos. Em seguida
explique que as enfermidades têm origem na Queda, todavia nem toda enfermidade
é consequência de algum pecado como acreditavam os amigos de Jó. Explique que
"os críticos da doutrina bíblica da cura divina não compreendem todo o
alcance e significado da obra expiatória de Cristo. O sofrimento de Cristo foi
por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Em Isaías 53, o Servo de Javé
experimenta rejeição e sofrimento, ‘não como consequência de sua própria
desobediência, mas em favor de outros’. Qual o resultado? Ele leva a efeito a
cura do povo de Deus mediante as ‘suas pisaduras’. A afirmação de que os
sofrimentos de Jesus trazem cura àqueles que sofrem fica estabelecida sobre um
sólido fundamento teológico” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.519).
III. JESUS CRISTO CURA SIM
1. A Cura Divina faz parte do Plano de Deus. Desde
Êxodo 15, podemos perceber Deus se revelando com poder curador. No deserto com
Israel, Ele atuou como o Médico do seu povo. A declaração divina “eu sou o
Senhor, que te sara” (Êx 15.26) deixa patente o plano de Deus em curar pessoas,
trazer alívio em suas doenças e sofrimentos. Esse plano divino fica muito claro
no ministério de Jesus que, depois de curar pessoas, “teve grande compaixão”
delas” (Mt 9.35,36).
- “O Senhor, que te
sara” (Javé-Rafa) - desde que é isso o que ele é, obediência à instrução e
orientação divinas obviamente trarão cura, não a consequência de pragas como
aquelas que afligiram o Egito. No contexto de Êxodo 15, essa promessa é
limitada a Israel, provavelmente para vigorar apenas durante o êxodo. Deus usou
esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma
ordenação (v. 25). Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à
sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto
sobre o Egito (v. 26). Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim
Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante
que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o
espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte. No ministério de
Jesus, Ele baniu a doença numa mostra de cura sem precedentes, dando
impressionante evidência de sua divindade e fazendo com que a rejeição dos
judeus se tornasse ainda mais hedionda (Mt 12.15). A humanidade de Cristo
permitiu a expressão de sua atitude para com os pecadores em termos de paixão
humana – compadeceu-se delas... . Ele
foi movido de compaixão. Conquanto Deus, que é imutável, não esteja sujeito a aumento,
diminuição ou mudança de emoções (Nm 23.19), Cristo, que era plenamente humano,
com todas as faculdades humanas, era às vezes levado a lágrimas literais ao ver
a situação dos pecadores (Lc 19.41). O próprio Deus expressou compaixão
semelhante por meio dos profetas (Êx 33.19; SI 86.15; Jr 9.1; 13.17; 14.17). As
necessidades espirituais das pessoas eram ainda mais profundas do que sua
necessidade de cura física. Seriam necessários mais trabalhadores para
satisfazer a essa necessidade (v. 37).
2.
Jesus cura. O mesmo Senhor Jesus que curou nos
Evangelhos é o mesmo que cura hoje. Ele tem o poder curador. Nosso Senhor “é o
mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). O Jesus que curou a mulher do
fluxo de sangue (Mt 9.19-22), cura hoje; o Jesus que curou o cego de Jerico (Mc
14.46-52), cura sim; o Jesus que levantou a filha de Jairo (Mc 535-43), levanta
qualquer ser humano de sua enfermidade. O poder de Jesus, por intermédio do
Espírito Santo, está presente na vida da Igreja de Cristo para curar toda e
qualquer enfermidade.
- De acordo com a profecia de Isaías, Jesus é o Deus
Poderoso. E, se ele é o Deus Poderoso, significa dizer que há poder no nome de
Jesus. O Novo Testamento está repleto de atos que comprovam essa verdade. De
acordo com a Bíblia, o que o nome de Jesus tem poder para fazer? O que esse
nome poderoso é capaz de realizar? “Pedro
lhe disse: Eneias, Jesus Cristo cura você! Levante-se e arrume a sua cama. Ele
imediatamente se levantou” (At 9.34 NAA). Uma melhor tradução seria: Jesus, o Cristo. Notamos a mesma ansiedade
em negar qualquer poder pessoal ou santidade como a causa que operou a cura
sobrenatural como em Atos 3:12; Atos 4:9-10. Na assonância das palavras gregas
(Iësus iātai se) podemos, talvez, traçar um desejo de impressionar o pensamento
de que o próprio nome de Jesus testificava que Ele era o grande Curador. Tal
paronomasia tem seu paralelo no jogo posterior sobre Christiani e Chrestiani =
as pessoas boas ou graciosas (Tertul. Apol. c. 3), talvez também na própria
linguagem de Pedro que o Senhor não é apenas Christos, mas Chrestos = gracioso
(1Pedro 2.3). A ordem parece implicar uma reminiscência da maneira pela qual
nosso Senhor realizou Sua obra de cura em casos semelhantes (Mt 9.6; Jo 5.8).
Depois de curado, recebe a ordem: e faz
tua cama. Mais precisamente, faça ou organize para si mesmo. Enéias tinha
sido um paralítico por oito anos. O seu caso era, portanto, considerado
irremediável. Mas agora, ele deveria fazer imediatamente por si mesmo o que por
tantos anos outros haviam feito por ele. O resultado foi que muitos se
converteram ao Senhor (35). A igreja continuava a crescer. Durante seu
ministério, Jesus curou muitos doentes, com todo tipo de problemas. Dezenas de
pessoas foram curadas por ele. Assim ele cumpriu a profecia de Isaías 53:4,
sobre o salvador que iria curar as enfermidades. Jesus também deu aos seus
discípulos o poder para curar. As curas e os milagres serviam para confirmar a
mensagem do evangelho, mostrando que Jesus tem mesmo poder para salvar. Assim
como Jesus pode curar uma doença, ele também tem poder para nos salvar do
pecado e dar a vida eterna. Deus ainda cura hoje em dia. Deus tem todo poder e
Ele não muda. Ele pode fazer milagres e curar até doenças incuráveis, mesmo nos
dias atuais. Mas Deus também sabe o que está fazendo quando não cura. A maior
cura que Deus oferece é a cura da morte.
3.
O que podemos fazer para receber a Cura Divina?
Há alguns princípios bíblicos que devem acompanhar a vida de quem deseja
experimentar a cura divina. Na Palavra de Deus, vemos que é preciso crer que
Jesus pode curar, é preciso confiar no poder de Jesus (Mt 7-12). Também
aprendemos na Bíblia que devemos pedir aos líderes da igreja local que orem por
nós, ungindo-nos com o azeite (Tg 5.14-16). Não deixemos de perseverar na fé e
em oração, pois nem sempre o nosso tempo é o tempo de Deus (Lc 18.1-8).
Finalmente, não deixe de procurar auxílio médico, quer para tratamento, quer
para confirmar a cura divina recebida; pois quer usando e abençoando os
médicos, quer curando de maneira sobrenatural, Cristo cura sim.
- Não há nenhuma fórmula mágica para receber a cura de
Deus, mas é importante ter fé; Para que a cura milagrosa aconteça em sua vida,
você precisa crer. A Bíblia nos garante que tudo é possível ao que crê e não há
como crer sem fé. Entenda: A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus
(Rm 10.17). Somente dessa maneira podemos ter o nosso coração enxertado de fé.
A Bíblia recomenda que, quando uma pessoa está doente, deve chamar os líderes
da igreja para orar por ela. A oração feita com fé pode curar (Tg 5.14-15). Deus
ainda cura milagrosamente! Não há nada na Bíblia que sugere que a cura era algo
só para o tempo dos apóstolos. Deus quer nos abençoar de muitas maneiras e, às
vezes, Ele abençoa com cura. Algumas pessoas até recebem o dom de cura, para a
edificação da igreja (1Co 12.7-9). É muito importante entender que não é o uso
de rituais – quem efetua a cura é Jesus! Quando orarmos por um enfermo, entenda
bem que não é sua oração, nem sua fé que cura, mas sim o poder de Deus. Seja
sensível ao Espírito Santo e deixe-se usar por Deus para revelar Sua glória.
Jesus quer usar sua vida para curar enfermos e libertar os cativos! Atenção!
Deus também pode curar por meios naturais, como medicamentos, cirurgias ou
outros tratamentos. Se você está doente, procure ajuda médica. Deus pode
orientar os médicos para encontrarem a solução. Não despreze a medicina, que é
uma grande bênção de Deus.
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SINOPSE III
A Cura Divina faz parte
do Plano Redentor de Deus. O Senhor Jesus ainda cura.
AUXÍLIO BÍBLICO
Professor (a), explique
que Cristo continua curando na atualidade, mas “um dos grandes perigos da
ênfase excessiva na cura é que ela pode eclipsar o Evangelho no evangelismo.
Esse perigo também pode ter influenciado a ordem de Jesus para que as pessoas
curadas mantivessem segredo. Como Stephen Short coloca: Jesus não queria que as
pessoas viessem a Ele apenas para receber benefícios físicos’. Muitos não
cristãos vão às reuniões cristãs principalmente a fim de satisfazer alguma
necessidade física ou material. Uma vez que eles vêm, partilhamos o Evangelho
com eles. Mas descobri que é muito difícil eles fazerem, em seu pensamento, a
transição das necessidades sentidas para o Evangelho. Ouvem nossa explicação do
Evangelho e talvez até mesmo a aceitem, mas, em seu íntimo, quando pensam no
Cristianismo e nos cristãos, imaginam o seguinte: Esse é um lugar no qual
minhas necessidades físicas e materiais são satisfeitas. Por isso, eles têm
dificuldade em realmente ouvir o Evangelho, embora ele seja transmitido
claramente a eles” (FERNANDO, Ajith. Ministério Dirigido por Jesus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, pp. 212,213).
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos que a Obra de
Cristo no Calvário nos garante a Salvação e a Cura Divina. Pelo nome de Jesus,
podemos orar uns pelos outros para que haja a experiência de cura divina. O
nosso Senhor não mudou. Ele continua o mesmo. Por isso, devemos nos dirigir a
Ele com humildade e fé perseverante, confiando que Ele é poderoso para sarar as
enfermidades do seu povo. Jesus Cristo cura sim!
- A enfermidade física é um fato incontestável. Porém,
quando se trata de saber qual a origem das doenças, nem todos os crentes crêem
na mesma causa. Contudo, a Escritura afirma que o motivo primevo foi a Queda. O
pecado é a razão pela qual o mal natural impera sobre a humanidade. Todavia,
nem toda enfermidade é consequência do pecado pessoal/individual. Há, no
entanto, debilidades físicas que são o efeito do pecado, outras procedem de
causas espirituais e naturais, e algumas ocorrem de acordo com o propósito
divino. Veja que a doença de Jó não era produto de seu pecado pessoal, mas da
vontade de Deus. A grande segurança da fé em Cristo está na certeza de que,
vivendo ou morrendo, o bem supremo de nossa vida é o Senhor de modo que tudo é
lucro, no dizer apostólico, quando essa é a nossa perspectiva (Fp 1.21-27).
Assim, desfrutemos da promessa da cura divina sempre sob a ótica do propósito
de Deus para as nossas vidas e, com essa fé no coração, tenhamos sempre
profunda paz interior.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que a profecia de Isaías 53
apresenta?]
A profecia bíblica de
Isaías 53 apresenta o Senhor Jesus como o Messias, o Cristo de Deus que foi
pregado na Cruz do Calvário para a nossa redenção (Is 53.1-3).
2. Como o evangelista Mateus se referiu
ao episódio em que Jesus curou enfermos em Mateus 8?
O evangelista Mateus se
referiu a esse episódio da seguinte forma: “para que se cumprisse o que fora
dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
levou as nossas doenças” (Mt 8.17).
3. O que aconteceu como consequência do
pecado do ser humano?
O pecado do ser humano
fez com que as enfermidades surgissem, acompanhadas de dor, sofrimento e morte.
4. Cite uma das principais
consequências do pecado e do advento das doenças.
Uma das principais
consequências do pecado, bem como do advento das doenças, foi a diminuição do
tempo de vida do ser humano.
5. Cite alguns princípios que devem
acompanhar a nossa vida para experimentarmos a cura divina.
Confiar no poder Jesus
(Mt 7-12); pedir aos líderes da igreja local que orem por nós, ungindo-nos com
o azeite (Tg 5.14-16); perseverar na fé e em oração (Lc 18.1-8); não deixar de
procurar auxílio médico, quer para tratamento quer para confirmar a cura divina
recebida.