Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.” (Pv 21.20).
Entenda o Texto Principal:
- Há tesouro desejável (um valioso
estoque) e azeite (um artigo de grande riqueza na Judeia, Juízes 9:9;
Oséias 2:22) na casa do sábio. Embora os sábios piedosos possam ter apenas uma
pequena casa, eles têm um estoque abundante para suas necessidades e o utilizam
com prudência. mas o homem tolo é devorador – gasta em extravagâncias o que
deveria guardar para o uso futuro. [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
RESUMO DA
LIÇÃO
Protegemos o nosso dinheiro quando praticamos as
virtudes da generosidade e da prudência.
Entenda o Resumo da Lição:
- De acordo com a Bíblia, administrar os
recursos que Deus nos confia é gerir os bens segundo a vontade e a mentalidade
do dono, e não de acordo com os nossos gostos. De fato, o livro de Provérbios e
Eclesiastes estão repletos de conselhos sobre como lidar com os próprios
recursos financeiros.
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TEXTO
BÍBLICO
Provérbios 11.24,25; 13.7,11; 17.18,23; 21.20;
22.7.
Provérbios
11
24.
Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm
mais do que é justo, mas é para a sua perda.
- dá... acrescenta. O princípio, aqui,
é de que a generosidade, pela bênção de Deus, garante a multiplicação, enquanto
a avareza conduz à pobreza, e não ao rendimento esperado. Aquele que dá recebe
muito mais em retomo (S1112.9; Ec 11.1; Jo 12.24-2.5; At 20.35; 2Co 9.6-9).
25.
A alma generosa engordará, e o que regar também será regado.
- Longe de crescer magra com liberalidade
para com os outros, “a alma liberal (literalmente, a alma dos bem-aventurados –
isto é, a alma que abençoa os outros) será engordada”. “Bênção” é frequentemente
usada para referir-se a bondade em palavras e atos para com os outros (Gênesis
33:11 ; 2Reis 5:15 ; 2Coríntios 9:5-10). “Bounty” (eulogia (G2129)) –
literalmente, bênção. Como Provérbios 11:24refere-se aos bens externos,
portanto, este versículo 25 se refere aos bens da alma e do corpo. “Aquele que
rega” – isto é, refresca as almas de outros com refrescos espirituais, ou seus
corpos com os suprimentos necessários para suas necessidades, receberá um
refrigério correspondente de Deus. Ele receberá novos suprimentos para
refrescar a si mesmo e aos outros (Mateus 5:7). A imagem é de uma chuva sazonal
refrescando a terra sedenta (cf. Jó 29:23 ; Salmos 72:6). [JFU, aguardando
revisão]
Provérbios
13
7.
Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo
grande riqueza.
- Paralelo, penso eu, a Provérbios 11:24 :“Há
o que espalha, e ainda assim aumenta; e há quem retém mais do que é justo, mas
tende à pobreza. ” Existem ricos que, por não usarem suas riquezas para a
glória de Deus e para o bem dos homens, não obtêm nenhum bem real de suas
riquezas; há também aqueles que se empobrecem gastando para a glória de Deus e
o bem de cara; no entanto, eles têm tudo o que é realmente bom em riquezas, e
são considerados ricos por Deus (cf. Apocalipse 2:9 , “Eu conheço a tua …
pobreza (a igreja de Esmirna), mas tu és rico;” Lucas 12:21 ; 1Timóteo 6:18 ;
Tiago 2:5) Uma viúva tão rica diante de Deus foi aquela que “de sua penúria”
lançou no tesouro do Senhor “todos os seus viventes” (Lucas 21:4). Pelo
contrário, a igreja de Laodicéia, “rica e enriquecida” em sua própria estima,
era na estima de Deus “miserável, miserável e pobre”. Gejer, (Grotius, etc.,
explica: ’Há pessoas que fingem ser ricas, mas o tempo todo não têm nada’ (cf.
nota, Provérbios 12:9 , final):pobres e orgulhosos ao mesmo tempo. ‘E há aqueles
que se fingem pobres, embora o tempo todo tenham grandes riquezas.’ [JFU,
aguardando revisão]
11.
A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho
terá aumento.
- Literalmente, ‘riqueza da (hebraico, min
(H4480)) vaidade’ (Provérbios 10:2 ; Provérbios 20:21). A “vaidade” aqui
corresponde a “mão frouxa (enganosa)”, Provérbios 10:4 , onde cf. Nota. “Aquele
que trata com mão indolente empobrece”. Assim, está em oposição a “aquele que
ajunta com a mão” na cláusula paralela. Riqueza mal obtida logo se esgota; mas
a riqueza obtida pelo trabalho honesto permanece certa. A “mão” aqui representa
todas as formas honrosas de indústria e se opõe à “vaidade”. [A preposição
hebraica como em alguns manuscritos,H5703), até a mão; em outros manuscritos,
`al (H5921), sobre ou sob a mão – isto é, sob a custódia diligente (1Samuel
17:22 ; 2Crônicas 12:10). O sentido com ou por surge da ideia de dependência de
então o hebraico é usado, Gênesis 27:40 , “Por (literalmente, sobre) tua espada
viverás.” Portanto, aqui, ‘Aquele que ajunta dependendo do trabalho.’] Aquele
que ajunta com incansável assiduidade e por meios legítimos, aumentará. [JFU,
aguardando revisão]
Provérbios
17
18.
O homem falto de entendimento dá a mão, ficando por fiador do seu companheiro.
- Implicando em habitual precipitação em
fiadores. “Na presença de seu amigo” (Maurer, para “seu amigo”, traduz,
‘outro’); nomeadamente, na presença do credor. Lutero leva-o, se quiseres
ajudar o teu amigo, fica por ele fiador, mas não na sua presença, o que
aumentará a sua negligência. O crente é pior do que um pagão, se ele não é
provedor para sua própria casa (1Timóteo 5:8) Tão próxima é a conexão da
prudência no lar com a prudência nas questões religiosas em geral, que as duas
geralmente permanecem ou caem juntas. [JFU, aguardando revisão]
🔗 O cristão pode ser fiador?
Assista a resposta do bispo Walter McAlister. (5 minutos)
23.
O ímpio tira o presente do seio para perverter as veredas da justiça.
- o presente do seio; isto é, secretamente da
dobra da roupa, e não da bolsa ou bolsa onde o dinheiro era ostensivamente
carregado. Um juiz corrupto “aceita”, ou seja, recebe um suborno transmitido a
ele secretamente (Provérbios 21:14).
para perverter os caminhos da justiça. Os
juízes não tinham salários nomeados; portanto, os sem princípios entre eles
estavam abertos ao suborno. As estritas injunções da Lei e as severas denúncias
dos profetas foram igualmente ineficazes para conter a corrupção (ver Êxodo
23:8; Deuteronômio 16:19; Isaías 1:23; Jeremias 22:17; Ezequiel 13:19; Oséias 4
:18, etc.). Septuaginta: ”O homem que recebe presentes injustamente em seu
seio, os seus caminhos não prosperarão.” Pois, como Jó admite (Jó 15:34), “O
fogo consumirá as tendas do suborno.” A LXX. acrescenta: ”O ímpio se afasta dos
caminhos da justiça.” [Pulpit, aguardando revisão]
Provérbios
21
20.
Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.
- Há tesouro desejável (um valioso estoque) e
azeite (um artigo de grande riqueza na Judeia, Juízes 9:9; Oséias 2:22) na casa
do sábio. Embora os sábios piedosos possam ter apenas uma pequena casa, eles
têm um estoque abundante para suas necessidades e o utilizam com prudência.
mas o homem tolo é devorador – gasta em
extravagâncias o que deveria guardar para o uso futuro. [Jamieson; Fausset;
Brown, 1866]
Provérbios
22
7.
O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta.
- O rico domina sobre os pobres. Este
provérbio, também, afirma um fato geral em linguagem convincente. As riquezas
dão influência, poder, domínio sobre aqueles que não têm riquezas; e o homem
que pede emprestado, ou contrai dívidas, perde, em certo sentido, sua liberdade
pela obrigação que tem para com seu credor. servo. עבד, (‘hebhedh,) é
a palavra comumente usada para servo, (escravo), embora não se restrinja a esse
sentido. [Whedon, aguardando revisão]
COMENTÁRIO
DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a respeito de conselhos
ligados às finanças. Você verá que essa é uma área também espiritual na qual o Senhor
deseja que sejamos abençoados e tenhamos sabedoria para administrar tudo aquilo
que recebemos de suas mãos.
- O que a Bíblia fala a respeito do dinheiro?
Segundo o Ministério Crown existem 215 versículos no Novo Testamento sobre fé,
218 sobre salvação e em toda Bíblia 2.350 versículos sobre finanças. A Bíblia
trata de orçamento doméstico, endividamento, poupar para emergências,
investimentos… Fica evidente a importância do assunto. Deus, sabendo que boa
parte de nossos dias estariam rodeados por questões relacionadas ao dinheiro,
que boa parte de nossas preocupações seriam causadas pelas finanças pessoais e
que boa parte de nossas tentações estariam nas riquezas, Ele deixou uma série
de ensinamentos do início ao fim das Escrituras para servirem de orientação ao
ser humano.
I. A
SABEDORIA COM O DINHEIRO
1. Uma
ponderação importante. Antes de nos concentrarmos no texto e no assunto da
presente lição, cabe uma nota importante. Na lição anterior, concluímos a
primeira seção do Livro de Provérbios (1.1 — 9.18). Nesta lição, encontramos a
segunda seção do livro (10.1 — 22.16). Nela, considerada pelos estudiosos a
principal, não encontraremos uma ordenação lógica do discurso, mas um estilo de
aforismos, isto é, versos curtos constituídos de palavras semelhantes que
encerram um sentido em si mesma, sem necessidade de complementos nas próximas,
ou nas anteriores, linhas do texto, como por exemplo: “Quem anda em sinceridade
anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido” (Pv 10.9).
Então, na presente lição abordaremos o tema a respeito do dinheiro que,
diferentemente, dos capítulos anteriores, não apresenta a mesma ordenação
lógica de ideias. O tema se encontra pulverizado por meio de sentenças curtas
ao longo da seção 10.1 — 22.16.
- O livro de Provérbios é uma coleção de
ditados morais e filosóficos a respeito de uma ampla variedade de assuntos
presente em forma poética. Este livro é geralmente dividido em cinco partes:
(1)
Provérbios 1-9, contendo uma exposição da sabedoria como o bem mais elevado.
(2)
Provérbios 10 à 22:16, contendo provérbios de Salomão.
(3)
Provérbios 22:17, contendo ditos dos sábios.
(4)
Provérbios 25-29, contendo provérbios de Salomão “que os homens de Ezequias,
rei de Judá, coletaram”.
(5)
Provérbios 30, contendo “as palavras de Agur” .
(6)
Provérbios 31, contendo “os ditos do rei Lemuel”.
Provérbios apresenta dificuldades, pois
algumas sentenças parecem estar desconexas; em contrapartida, outros pontos são
claros. As transições encontram-se claramente marcadas (1.1, 10.1, 22.17,
24.23, 25.1, 30.1 e 31.1-9), informando quando se dá a sucessão de materiais.
Há consenso entre muitos comentaristas que defendem que Provérbios 1 a 9 faz o
papel de introdução para o restante do livro, o que se evidencia na progressão das
partes que compõem o todo. Destaca-se ainda como característica da literatura
sapiencial do Antigo Testamento a expectativa quanto ao crescimento progressivo
na sabedoria com o passar do tempo; sendo assim, os anciãos deveriam ser
referenciais na comunidade de fé (v. Dt 6.1-9; SI 1.1-6; 37.1-26). Dos
capítulos 1 a 9, apresenta-se o Deus que chama as pessoas a abraçar a busca e
conquista da sabedoria, sendo o temor do Senhor afirmado como o começo (1.7).
Na sequência, dos capítulos 10 a 24, expõem-se os ensinos de Salomão e dos
sábios, que descrevem como “o íntegro” age. Por fim, a seção dos capítulos 25 a
31, remete a líderes em processo de formação.
2. A
generosidade por meio do dinheiro. Provérbios 11.24,25 trata sobre a
generosidade. A expressão “espalham”, do versículo 24, tem o sentido de “doar
generosamente”. Dessa forma, o texto diz que quem doa recebe mais e quem não
doa terá perdas (Pv 11.24). Por isso que a alma generosa “engordará” (Pv
11.25). Nesse aspecto, a virtude da generosidade nos auxilia a não cair na
cilada que o capítulo 13 de Provérbios descreve, ou seja, na dissimulação com a
riqueza (Pv 13.7), em aparentar ter um padrão de vida que não tem. Que a nossa
generosidade comece em Deus: “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e
trasbordarão de mosto os teus lagares” (Pv 3.9,10). Então, também seremos
generosos com o próximo.
- Na economia de Deus, você tem o que dá e
perde o que retém. O dinheiro é como uma semente: só se multiplica quando é
semeado. A semente que se multiplica não é a que comemos nem a que guardamos,
mas a que semeamos. A semeadura generosa terá uma colheita farta, pois quem dá
liberalmente, a este se acrescenta mais e mais. E o próprio Deus quem
multiplica a nossa semente e faz prosperar a nossa sementeira, quando abrimos a
mão para abençoar. Mãos abertas produzem bolsos cheios. Porém, o contrário
também é verdadeiro. Ao que retém mais do que é justo, isso lhe será pura
perda. E algo que vaza entre os dedos. E como receber o salário e colocá-lo num
saco furado. Aqueles que acumulam com avareza o que poderia socorrer o aflito
descobrem que esse dinheiro acumulado não pode lhes dar felicidade nem segurança.
Aqueles que ajuntam fortunas e vivem no luxo, deixando à míngua o próximo à sua
porta, descobrirão que, quando a morte chegar, não poderão levar um centavo. Não
há caminhão de mudança em enterro nem gaveta em caixão. Mas aquilo que você dá
com generosidade, isso é como uma semente bendita que se multiplica e alimenta
a milhares.
3. A
prudência com o dinheiro. Se por um lado Provérbios ensina a generosidade,
por outro ele aconselha vigorosamente a prudência com o dinheiro. Em primeiro
lugar, evitando assumir uma dívida que não é nossa, impedindo a prática de ser
fiador de outra pessoa (Pv 17.18). Em segundo, jamais perverter o caminho da
retidão por causa de suborno (Pv 17.23). A palavra que aparece como “presente”,
no versículo 23, tem o sentido de “suborno” no hebraico. Em terceiro, o cuidado
de poupar o dinheiro pensando no futuro, pois uma característica do sábio é ter
o “tesouro e o azeite” de maneira permanente e de acordo com a porção diária,
já o insensato devora tudo agora e não pensa no futuro (Pv 21.20). E,
finalmente, o cuidado para não ficar nas mãos de quem empresta (Pv 22.7).
Portanto, o ensino de Provérbios nos aconselha a não ser fiadores, a não ser
agentes de suborno, a poupar o dinheiro que recebemos e a ser cuidadosos com o
empréstimo.
- Eu sou testemunha de pessoas que, de boa fé,
perderam todos os seus bens, porque foram avalistas e ficaram por fiador do seu
próximo. Em alguns desses casos, não houve dolo por parte do devedor, mas este,
sendo vítima de algum revés, não conseguiu cumprir com o compromisso assumido e
não pôde pagar a dívida contraída. A responsabilidade legal da dívida recaiu
automática, irremediável e intransferivelmente sobre o fiador. Há casos, porém,
em que o devedor busca com má-fé um fiador. Ele já tem a intenção de dar
calote. Já sabe de antemão que está fazendo uma transação financeira arriscada e
que o ônus da dívida cairá irremediavelmente sobre os ombros do fiador. O
conselho do sábio é um alerta. E uma medida preventiva. Somente um tolo
aceitaria ficar como fiador do seu vizinho. Somente uma pessoa insensata colocaria
seu pescoço debaixo desse jugo. Se não é sábio assumir dívidas além de nossas
posses, quanto mais nos comprometermos a pagar a dívida dos outros, colocando
nossa própria família em situação arriscada e constrangedora. A prudência nos
ensina a fugir desse tipo de compromisso. A melhor solução de um problema é
evitá-lo!
SUBSÍDIO I
Professor(a), explique
aos alunos que “há quem pense que tratar de finanças é um assunto carnal, pois,
para essas pessoas, na eternidade não seremos medidos pelo que temos, e sim
pelo que fizemos com o que nos foi dado. A nossa mordomia será cobrada com base
no que recebemos de Deus para administrar, e isso deve nos motivar a entender
que o dinheiro precisa ser bem cuidado. Em muitas passagens das Escrituras,
Deus fala sobre o dinheiro. É Ele que diz: ‘Minha é a prata, e meu é o ouro,
disse o Senhor dos Exércitos’ (Ag 2.8). Os metais preciosos de que o planeta
dispõe pertencem a Deus. Jesus, em seu ministério terreno, mencionou o dinheiro
e a sua influência na vida de uma pessoa quando observou a viúva trazendo as
duas únicas moedas que tinha para dar de oferta (Lc 21.1-4), quando pagou o
imposto com Pedro (Mt 17.24-27), quando falou a parábola do Bom Samaritano, que
deu dois denários ao dono da estalagem, e falou da dracma perdida (Lc 15.8-10),
encontrada depois. Mesmo em seu ministério, Jesus experimentou sustento
financeiro, e nos é dito que Judas, o traidor, se valia dos recursos do
ministério de Jesus para pegar dinheiro para si (Jo 12.6). Portanto, tratar de
finanças é um assunto espiritual, e o Senhor Jesus sabia da necessidade de se
lidar com o dinheiro enquanto esteve neste mundo.” (COELHO, Alexandre. O Padrão
Bíblico Para a Vida Cristã: Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas
Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.110).
II. A
GENEROSIDADE COMO PROTEÇÀO PARA O DINHEIRO
1.
Generosidade como virtude. Ao longo das Escrituras aprendemos que o pecado
da “avareza”, isto é, o apego ao dinheiro, é um vício e uma forma de vida que
não agrada a Deus. A virtude da generosidade é o oposto do vício da avareza e,
por isso, tanto em Provérbios quanto no Novo Testamento, ela é estimulada e
ensinada: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Ora, a
virtude da generosidade nos permite sair de dentro dos nossos interesses e
olhar para a necessidade do outro que está diante de nós. Logo, quando somos
generosos nos parecemos com Jesus que, ao se esvaziar de si mesmo (Fp 2.7), foi
generoso para conosco, em meio à nossa carência de salvação (Ef 2.1,2).
- Uma pessoa insensata pode até ter dinheiro,
mas não fará dele o melhor uso. O tolo não consegue investir seu dinheiro no
que é proveitoso. Ao contrário, gasta seu dinheiro no que é fútil. O insensato
desperdiça sua riqueza em prazeres desta vida e não faz nenhum investimento
para o futuro. Para ele, a vida é apenas o aqui e agora. Ele não semeia em sua
vida espiritual. Não adquire a sabedoria. Rende-se apenas aos caprichos de sua
vontade hedonista. Jesus contou a parábola do filho pródigo. Esse jovem pediu
antecipadamente a parte que lhe cabia como herança. Não respeitou seu pai nem
valorizou sua companhia. Queria os bolsos cheios para gastar numa terra
distante, longe de qualquer controle. Nesse país distante, o jovem dissipou
todos os seus bens vivendo dissolutamente. Em vez de investir em sabedoria,
fazendo multiplicar sua herança, gastou-a com prostitutas e em rodas de amigos.
Embriagou-se com os prazeres da vida. Entregou-se às paixões da mocidade. Bebeu
todas as taças que o banquete do mundo lhe ofereceu. Curtiu a vida rodeado de
muitas aventuras. Porque só tinha dinheiro, mas nenhuma sabedoria, desperdiçou
todos os seus bens e foi reduzido à extrema pobreza. Porque não aprendeu com a vida,
sofreu as dolorosas consequências de sua insensatez. Como você tem usado seu
dinheiro? A Bíblia nos ensina a não gastar o nosso dinheiro naquilo que não
satisfaz. Uma pessoa besuntada de conhecimento, mas sem generoso procedimento,
pode transformar-se num monstro. O justo anda na luz, fala a verdade e pratica
o bem. Da sua boca procedem palavras de vida, e das suas mãos provêm atos
generosos. Quanto mais o justo floresce, mais a cidade é abençoada, pois na
casa do justo habita a bênção de Deus. Na casa do justo há prosperidade. Todas
as nações que foram colonizadas tendo a Palavra de Deus como base foram prósperas
e bem-aventuradas. O justo é, de fato, uma fonte de alegria para a cidade. A sua
cidade, caro leitor, é melhor pelo fato de você nela habitar? Sua presença na
cidade é abençoadora? Seu exemplo inspira outros a andarem em retidão? Sua vida
tem sido fonte de alegria para os que estão à sua volta?
2.
Generosidade com a obra de Deus. O livro de Provérbios nos ensina a ser
generosos com as coisas de Deus (Pv 3.9,10). Podemos colocar em prática a
virtude da generosidade com as diversas atividades que a igreja local tem sob
sua responsabilidade. Primeiramente, sendo disciplinados e generosos em
entregar os dízimos e as ofertas para o sustento da obra do Senhor; ter
generosidade com os projetos de Missões que dispomos em múltiplas frentes em
que há missionários que vivem integralmente do ministério; generosidade com
diversas frentes de trabalhos de caráter social. As cartas do Apóstolo Paulo
nos ensinam muito a respeito da verdadeira generosidade com a obra de Deus (1Co
8.1-5; Fp 4.18). Fazendo assim, honraremos a Deus com a nossa renda (Pv 3.9).
- Deus é o dono do universo. Dele é todo o
ouro e toda a prata. Dele são as aves do céu, os animais do campo e os peixes
do mar, pois ele tudo criou, a todos dá vida e a tudo sustenta. Somos mordomos
dos bens de Deus. Devemos ser encontrados fiéis nessa mordomia. Salomão ensina
aqui dois princípios. O primeiro deles é que devemos honrar o Senhor com os
nossos bens. Esses bens nos foram confiados por Deus e devem estar a serviço de
Deus. Retê-los de forma gananciosa e avarenta é desonrar Deus. Esbanjá-los nos
próprios deleites é fracassar na administração. Devemos honrar Deus não apenas
com nossas palavras, mas sobretudo com os nossos bens, colocando em suas mãos,
com generosidade, aquilo que recebemos dele próprio. O segundo princípio é que
devemos honrar Deus com as primícias de toda a nossa renda. Devemos ser fiéis na
devolução dos dízimos. Os dízimos não são a sobra, mas as primícias. Há três
formas erradas de tratar com os dízimos: retê-los, subtraí-los e administrá-los.
Quando honramos Deus com as primícias de toda a nossa renda, estamos dizendo
que tudo o que temos veio de Deus é de Deus e a Deus deve ser consagrado de
volta.
3.
Generosidade com o próximo. A Palavra de Deus também fala a respeito da
nossa generosidade individual para com o próximo necessitado (Lc 6.37,38; At
10.4). Quando temos a disposição de doar para quem precisa, ao mesmo tempo,
protegemos o nosso coração da cobiça, da avareza e do egoísmo. Num contexto em
que se fala muito na obrigação de instituições em suprir a necessidade do
outro, (e é importante que instituições tenham essa disposição), não podemos
nos esquecer de que há um imperativo bíblico para que olhemos e atendamos
diretamente quem precisa, aquela pessoa de “carne e osso” (Tg 1.27; 2.14-17).
Esse necessitado pode estar em nossa família, em nossa vizinhança, escola,
trabalho, nas ruas. Portanto, a nossa relação com o dinheiro deve se dar sob a
virtude da generosidade.
- A pessoa de bem é recompensada pelo seu
proceder. Seu coração é generoso, suas mãos são prestativas e sua vida é uma
inspiração. Mesmo que os outros lhe façam mal, ela paga com o bem. Mesmo que
sofra injustiças, ela perdoa. Mesmo que lhe firam a face, ela volta a outra
face. A pessoa de bem é uma abençoadora. Sua recompensa não vem da terra, mas
do céu; não vem dos outros, mas de Deus. “A
quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do
que é justo, ser-lhe-á em pura perda” (Pv 11.24). Na economia de Deus, você
tem o que dá e perde o que retém. O dinheiro é como uma semente: só se
multiplica quando é semeado. A semente que se multiplica não é a que comemos
nem a que guardamos, mas a que semeamos. A semeadura generosa terá uma colheita
farta, pois quem dá liberalmente, a este se acrescenta mais e mais. E o próprio
Deus quem multiplica a nossa semente e faz prosperar a nossa sementeira, quando
abrimos a mão para abençoar. Mãos abertas produzem bolsos cheios. Porém, o
contrário também é verdadeiro. Ao que retém mais do que é justo, isso lhe será
pura perda. A prosperidade não é resultado da usura, mas da generosidade. A
avareza é a mãe da pobreza, mas a generosidade é a progenitora da prosperidade.
Aqueles cujo coração foi aberto por Deus têm as mãos e os bolsos abertos para
socorrer os necessitados. Jesus Cristo disse que mais bem-aventurado é dar do
que receber. A contribuição não é um favor que fazemos às pessoas, mas uma
graça que recebemos de Deus. Quando abrimos a mão para ofertar, estamos
investindo em nós mesmos e semeando em nosso próprio campo. Quem dá ao pobre
empresta a Deus, e ele jamais fica em débito conosco. Deus multiplica a
sementeira daquele que semeia na vida dos seus irmãos. Quem dá alívio aos
outros, alívio receberá. A Bíblia diz: Bem-aventurado o que acode ao
necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. O Senhor o protege, preserva-lhe a
vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos. O
Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama (SI
41.1-3). Quando damos a beber a quem tem sede, dessedentamos a nós mesmos. O
bem que fazemos aos outros retorna para nós em dobro. No reino de Deus, nós
temos o que damos e perdemos o que retemos.
SUBSÍDIO II
“Deus pode nos dar mais recursos do que
realmente necessitamos. Desses recursos, podemos poupar e nos preparar para o
futuro, o que é lícito. Mas também devemos nos lembrar daqueles nossos irmãos
que têm menos do que temos, e que podemos ser usados para socorrê-los em
momentos de angústia. Paulo, escrevendo aos coríntios, mostrou o exemplo dos
cristãos filipenses. Esses crentes souberam que os irmãos em Jerusalém estavam
passando necessidade, e mesmo tendo poucos recursos, pediram ao apóstolo para
participar daquele socorro enviando os poucos recursos de que dispunham, e que
seriam enviados para Jerusalém. Ninguém tem tão pouco que não possa ser
partilhado, e a generosidade faz a diferença quando nos damos ao Senhor (2Co
8.5). Quando falamos de auxiliar nossos irmãos, vale a pena demonstrar a importância
que o evangelho tem nesse quesito. Centrando o foco na Bíblia, perceberemos que
o grande problema não é um sistema econômico que possa dar certo, mas o pecado,
que atrapalha qualquer sistema que possa ser inventado.” (COELHO, Alexandre. O
Padrão Bíblico Para a Vida Cristã: Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas
Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.110).
III. A
PRUDÊNCIA COMO PROTEÇÃO PARA O DINHEIRO
1. A
prudência como virtude. Se por um lado devemos lidar com o dinheiro sob a
égide da generosidade; por outro, devemos lidar com ele sob a égide da
prudência. Com prudência os antigos entendiam o “agir de acordo com a reta
razão”, ou seja, diante de uma situação devemos agir de maneira que tenhamos a
capacidade de, entre ações virtuosas e viciosas, escolher sempre as que exalam
a retidão dos valores da Palavra de Deus. Por isso, o Livro de Provérbios (Pv
21.20; 22.7), bem como a Bíblia, nos estimula a não tomar decisões de maneira
irrefletida. Podemos observar a virtude da prudência de maneira muito clara na
forma de Jesus agir (Lc 10.1; Jo 8.6-9). Assim, não vale se deixar levar pela
emoção quando o assunto é dinheiro.
- Aquele que desperdiça tudo o que vem às suas
mãos é um tolo. A falta de previdência leva à pobreza. O esbanjador terá falta
de pão em sua casa. Viverá na miséria e não conhecerá a fartura. O sábio,
porém, não gasta tudo o que ganha. Ele é prevenido. Faz reservas, e por isso há
riqueza em sua casa e comida com fartura em sua mesa. Assim como os grandes
rios são formados pelo somatório de muitos afluentes, também a riqueza é a
junção dos poucos recursos que chegam dia a dia. Quem gasta perdulariamente
tudo o que entra no orçamento, e não faz uma poupança para o futuro, encontrará
nas dobras desse futuro a pobreza e a escassez. Não podemos comer todas as
nossas sementes. Precisamos aprender com a formiga, que trabalha infatigavelmente
no verão para ter seus celeiros cheios no inverno. Precisamos trabalhar com
empenho, economizar com inteligência, aplicar os recursos com sabedoria e contribuir
com generosidade. Riqueza e conforto há na casa do sábio e alimento delicioso
há na mesa do prudente, mas o insensato desperdiça tanto os tesouros desejáveis
como os alimentos mais deliciosos. O esbanjador terá os bolsos vazios e o
estômago roncando de fome, mas o sensato tem sempre o suficiente para viver na
riqueza e na fartura.
2. Não faça
negócios ilegais nem perigosos. Em Provérbios 17 vimos que a Palavra de
Deus nos instrui a não ser fiador nem a subornar ninguém. O Novo Testamento
apresenta um caso de mentira com o dinheiro cujo desfecho foi a morte de um
casal (At 5.1-11). Além disso, não é prudente ser fiador de alguém,
principalmente se não temos recursos para colocar no lugar se o favorecido não
puder pagar. Não é prudente subverter ou subornar alguém por meio de recursos
financeiros para obter vantagens. Quem entra por esse caminho das vantagens
ilícitas e desmedidas poderá se ver com a Justiça.
- A nossa sociedade vive a cultura do suborno,
do “molhar a mão”, “o do cafezinho”. Vemos, com frequência, políticos
inescrupulosos fazendo conchavos com empresas cheias de ganância e vazias de
ética, oferecendo a elas vantagens em licitações públicas. Esses ladrões de
colarinho branco recebem somas vultosas, a título de suborno, para favorecerem
empresários desonestos, dando-lhes informações e oportunidades privilegiadas, a
fim de se apropriarem indebitamente dos suados recursos públicos que deveriam promover
o progresso da nação e o bem do povo. Aqueles que aceitam suborno e, muitas
vezes, se escondem atrás de togas sagradas e títulos honoríficos, não passam de
indivíduos perversos e maus, gente de quem deveriamos ter vergonha, pois fazem
da vida uma corrida desenfreada para perverter as veredas da justiça. Não
poderemos construir uma grande nação sem integridade. Não poderemos erguer as
colunas de uma pátria honrada sem trabalho honesto. Precisamos dar um basta
nessa política hedonista do “levar vantagem em tudo”. Se quisermos ver nossa
nação seguir pelos trilhos do progresso, precisaremos andar na verdade,
promover a justiça e praticar aquilo que é bom. Isso é o que Deus requer de
nós!
3. Não pense
apenas no agora. Com o dinheiro não é prudente gastar tudo de uma vez. É
preciso pensar no depois. Aqui é o senso de responsabilidade que deve ser
considerado. Você é jovem, tem planos pela frente, e todo plano tem que ter os
recursos financeiros calculados e pensados. Então, tenha como meta tirar pelo
menos dez por cento de tudo o que vier à sua mão, seja por trabalho formal ou
não, de modo que você guarde para construir uma renda de emergência e comprar
algo a médio e longo prazo. Outrossim, muito cuidado com empréstimo de qualquer
natureza. Não que seja proibido usá-lo, pois se bem planejado e pensado, pode
ser um grande auxílio. Contudo, empréstimo não é renda; aquele dinheiro não é
nosso. Certa feita, nosso Senhor deu o seguinte exemplo: “Pois qual de vós,
querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos
gastos, para ver se tem com que a acabar?” (Lc 14.28). Portanto, tenha
prudência no trato com o dinheiro, poupando para criar um fundo de emergência;
poupando também para comprar a médio e longo prazo; e, finalmente, fuja de
empréstimos. Jamais gaste mais do que você ganha ou ganhará.
- Um indivíduo inteligente não desperdiça
suas energias nem seu tempo em busca de muitas coisas. Não é uma pessoa
dispersiva, mas focada. Age como o apóstolo Paulo: uma coisa faço (Fp 3.13)! Precisamos
mirar o alvo e caminhar em sua direção, sem olhar para os lados. Somos como um
corredor numa maratona. Se entrarmos na pista olhando para as arquibancadas, perderemos
a corrida. Se entrarmos na arena da vida com o coração dividido, arrastados de
um lado para o outro, seduzidos pelas muitas vozes que tentam conquistar nosso coração,
perderemos a luta. Um exemplo clássico dessa realidade é Sansão. Ele foi um
gigante. Foi levantado por Deus para ser o libertador do seu povo. Na força
física, era imbatível. Porém, esse gigante tornou-se um pigmeu. Rendeu-se aos
caprichos de sua paixão. Dominava um leão, mas não conseguia dominar seus
olhos. Subjugava uma multidão, mas não controlava seus desejos. Tinha controle
sobre os outros, mas não sobre si mesmo. Há muitas pessoas cujos olhos vagam
pelas extremidades da terra em busca de aventuras. Querem beber todas as taças
dos prazeres. Querem saborear com os olhos todas as delícias da terra, mas
nessa empreitada perdem a sabedoria e acabam colhendo derrotas amargas e
sofrimentos atrozes.
SUBSÍDIO III
“O dinheiro tem o poder de mudar o pensamento
de uma pessoa, e quando tal pessoa substitui Deus pelo dinheiro, esquecendo-se
de que ‘o amor do dinheiro é a raiz de todos os males’ (1Tm 6.10), ela em breve
se perderá. Muitos irmãos se complicam na busca por mais dinheiro,
independentemente da fonte pelo qual ele virá. Roubar pode trazer aumento para
a renda de uma pessoa, mas é um pecado, e quem faz isso é ladrão. Receber
propina também se configura em injustiça, ainda que traga riquezas e status
para quem a recebe. Deixar de pagar um funcionário que trabalhou é um ato
condenado na Lei de Moisés (Lv 19.13). Portanto, a avareza não pode fazer parte
da vida de quem serve a Deus. Nos tempos antigos, os povos no entorno de Israel
aceitavam que pecados sexuais fossem aceitos como oferendas, mas Deus rejeitou
tais costumes: ‘Não permitam que o salário pago a prostituta ou a prostituto,
por qualquer voto, seja trazido à Casa do Senhor, seu Deus; porque uma e outra
coisa são igualmente abomináveis ao Senhor, seu Deus’ (Dt 23.18 — NAA). O
princípio aqui é que Deus aceita somente o fruto das finanças de um trabalho
honesto e agradável para Ele, a forma como ganhamos nossos recursos faz a
diferença. Portanto, se um homem ou mulher tem um negócio ou atividade que
venham a envergonhar o nome do Senhor. Deus não receberá essa oferta, por maior
que ela seja e por mais que ela possa ser usada para que o santuário seja
beneficiado.” (COELHO, Alexandre. O Padrão Bíblico Para a Vida Cristã:
Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD,
2024, p.110).
PROFESSOR(A), “um dos
maiores desafios do ser humano é lidar com os recursos financeiros. Vivemos em
um mundo onde o dinheiro é largamente utilizado e a sua influência alcança
todas as pessoas, quer creiam em Deus, quer não. E o que o cristianismo ensina
sobre o dinheiro e o seu uso, e de que forma esses ensinos podem ser aplicados
às nossas vidas? Deus, em sua Palavra, nos mostra a importância que o dinheiro
tem na nossa vida pessoal e familiar, a forma como adquiri-lo e os cuidados
necessários para que ele não se torne um deus em nossas vidas” (COELHO,
Alexandre. O Padrão Bíblico Para a Vida Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2024,
p.105).
CONCLUSÃO
Ao longo desta lição, vimos que a sabedoria bíblica
com relação ao dinheiro tem duas perspectivas: a da generosidade e a da
prudência. Nossa relação com o dinheiro não pode ser egoísta nem
indisciplinada. Precisamos doar aos que precisam a fim de suprir a necessidade
e não sermos dominados pelo dinheiro; mas também precisamos ser prudentes no
uso do dinheiro, poupando e não se colocando em confusão por empréstimos.
- O livro de Provérbios é um robusto manual
sobre generosidade e prudência. O provérbio 11.25 ressalta a virtude da
generosidade e como aqueles que ajudam os outros colhem benefícios em suas
próprias vidas. Ele destaca que, ao compartilhar recursos, amor e apoio com os
necessitados, uma pessoa não apenas faz o bem, mas também encontra prosperidade
em sua própria jornada. Essa passagem enfatiza a ideia de que a generosidade é
uma via de mão dupla, trazendo bênçãos tanto para o doador quanto para o
receptor.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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HORA DA
REVISÃO
1. Qual
é o sentido da expressão “espalham”?
A expressão “espalham”,
do versículo 24, tem o sentido de “doar generosamente”.
2. A que
atitudes o Livro de Provérbios nos aconselha e que tem a ver com a prudência?
Se por um lado
Provérbios ensina a generosidade, por outro ele aconselha vigorosamente a
prudência com o dinheiro.
3. O que
a virtude da generosidade nos permite?
Ora, a virtude da
generosidade nos permite sair de dentro dos nossos interesses e olhar para a
necessidade do outro que está diante de nós.
4. Como
podemos entender a palavra “prudência”?
“Agir de acordo com a
reta razão”, ou seja, diante de uma situação devemos agir de maneira que
tenhamos a capacidade de, entre ações virtuosas e viciosas, escolhamos sempre
as que exalam a retidão dos valores da Palavra de Deus.
5. Quais
as duas virtudes que têm relação com o dinheiro foram abordadas nesta lição?
A generosidade e a
prudência.