Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. ” (Pv 7.4,5)
Entenda o Texto Principal:
- Compare com Provérbios 2:2-4; Provérbios 4:6-8;
Provérbios 11:18-20. minha irmã…meu parente – ou seja,
trate a sabedoria como alguém da família; respeite, ame e cuide dela. Compare
com Jó 17:14; 30:29; Salmo 55:13. [Whedon, 1874]
5 Eles o guardarão da mulher imoral, da estranha que seduz
com palavras.
Compare com Provérbios 2:16; Provérbios 5:3; Provérbios
6:24. mulher imoral (NAA; NVI) – ou então, “mulher alheia” (A21; ARA; ACF).
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RESUMO
DA LIÇÃO
A sabedoria divina nos protege
da imoralidade sexual, concedendo-nos as virtudes do domínio próprio e da
temperança.
Entenda o Resumo da Lição:
- O Resumo da Lição pode nos levar a um equívoco! Entenda:
Domínio próprio e temperança são
aspectos do fruto do Espírito.
Domínio próprio quer dizer capacidade
para dominar impulsos, exercer controle sobres os próprios atos e emoções. O
domínio próprio é uma virtude que caracteriza a vida dos verdadeiros cristãos.
A produção do fruto se dá por deixar-se se Guiados
pelo Espírito (Gla 5. v.18). Ser guiado (passivamente) pelo Espírito é
andar (ativamente) pelo Espírito e assim andar no poder de repreender o desejo
da “carne”, ou da natureza humana, e assim se conformar cada vez mais à
semelhança do Messias (2Co 3.18).
Assim,
domínio próprio e temperança não são virtudes concedidos pela sabedoria, mas
pelo Espírito Santo!
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 5.1-14
1. Filho meu,
atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido;
- atende. O sábio pai emprega os
termos mais importantes para resumir o seu chamado à sabedoria (cf. 1.2; 2.2;
3.13; 4.5).
2. para que
conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.
- lábios... palavras. A sedução começa
com palavras lisonjeiras ardilosas (cf. 2.16). Os lábios de mel devem fazer
parte do amor verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).
3. Porque os
lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio
do que o azeite;
- (Compare com Provérbios 2:16). Suas promessas sedutoras
são enganosas.
4. mas o seu
fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
- o fim. Literalmente, "o
futuro" de quem prova os lábios dela é como o "absinto", um
símbolo de sofrimento (cf. Dt 29.18), e uma "espada", o símbolo da
morte. Ela caminha pela estrada que conduz à morte e ao inferno (cf. 2.18).
5. Os seus pés
descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.
- pés…passos – isto é, o curso da vida
termina na morte.
6. Ela não
pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as conhece.
- anda errante nos seus caminhos. Seus
passos, de maneira voluntária e previsível, vacilam aqui o ali como se ela não
tivesse nenhuma preocupação com o abismo adiante.
7. Agora, pois,
filhos, dai-me ouvidos e não vos desvieis das palavras da minha boca.
- Os versículos 7-14 descrevem o alto preço da
infidelidade. A ênfase, aqui, está na culpa que sofre quem escolhe a luxúria em
vez de obedecer à lei de Deus. Compare com a resposta apropriada a essa
tentação no caso de José (Gn 39.1-12).
8. Afasta dela
o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa;
- Evite a menor tentação.
9. para que não
dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis.
- a outrem a tua honra. As
consequências desse pecado podem incluir a escravidão, como uma pena
substitutiva, em vez da morte que deveria vir por causa do adultério (Dt
22.22). Nesse caso, "outrem" eram os patrões a quem toda a energia da
juventude era dirigida na escravidão. Toda a riqueza pessoal era perdida para estranhos,
c a pessoa era obrigada a servir numa casa estranha, ajudando o seu patrão a
enriquecer. Os "cruéis" eram os juizes.
10. Para que não
se fartem os estranhos do teu poder, e todos os teus trabalhos entrem na casa
do estrangeiro;
- poder – literalmente, “força”, ou o
resultado disso. trabalhos – o fruto de teu penoso esforço (Salmo 127:2). Pode
haver uma referência à escravidão, uma punição em troca da morte devida ao
adúltero (Deuteronômio 22:22). [Jamieson; Fausset; Brown]
11. e gemas no
teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,
- carne... corpo. Pode ser referência
a alguma doença venérea (cf. 1 Co 6.18) ou ao fim natural da vida. A essa
altura, tomado de absoluto remorso (v. 12), o pecador arruinado em vão lamenta
sua negligência à advertência recebida e à sua triste desgraça.
12. e digas:
Como aborreci a correção! E desprezou o meu coração a repreensão!
- O pecador arruinado em vão lamenta sua negligência à
advertência e seu triste destino em ser trazido à desgraça pública. [Jamieson;
Fausset; Brown]
13. E não
escutei a voz dos meus ensinadores, nem a meus mestres inclinei o meu ouvido!
- ensinadores…mestres – instrutores
religiosos, pais, ministros da Palavra.
14. Quase que em
todo o mal me achei no meio da congregação e do ajuntamento.
- no meio da assembleia. A perda mais
dolorosa numa situação corno essa é a desgraça pública na comunidade. Pode
haver a confissão pública, a disciplina e o perdão, mas não a restauração ao antigo
local de honra e serviço. Veja 6.33.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito da
imoralidade sexual. Meditaremos no capítulo 5 de Provérbios e, a partir desse
texto, veremos o quanto ele é relevante atualmente, pois vivemos em uma sociedade
marcada pela sensualidade em tudo quanto é produzido do ponto de vista
cultural. Finalmente, nos conscientizarmos a respeito da moralidade sexual
ensinada pela Bíblia como instrumento protetor contra a imoralidade sexual na
vida do jovem cristão, Assim, veremos que quem pratica a moralidade sexual
bíblica age com sabedoria.
- Provérbios 5 é um discurso contra a licenciosidade sexual
masculina. Após a habitual exortação
introdutória de dar atenção à instrução (Pv 5.1-2), a influência mortal da prostituta
é descrita (Pv 5.8-6), assim o ouvinte é advertido a evitar ela para que a
miséria e a destruição não venha sobre ele (Pv 5.7-14), e é exortado a
fidelidade conjugal (Pv 5.18-30), tendo em vista o destino do ímpio (Pv 5.22-23).
O ouvir precede o crer – é a lição deste capítulo. Uma pessoa precisa conhecer
as opções para fazer uma escolha responsável (Rm 10.14-17). Ela precisa aceitar
a Deus pessoalmente e caminhar de forma prudente. Para que haja a conduta
apropriada, precisa haver juízo sadio e discernimento espiritual. É necessário
até que a pessoa vigie a sua fala por meio do conhecimento (v. 2). Seja
conduzido na sua fala pelo conhecimento e não pelo impulso do momento. A razão
desse apelo tão forte é destacada no versículo 3 é que o homem ou é servo de
Deus ou é escravo do pecado; não existe outra opção, não há como ficar “em cima
do muro”; ou escolhe as correntes da disciplina divina ou as cadeias do mal.
Porque (v. 3) existe a mulher estranha, a adúltera, que vai oferecer as suas
tentações. Ela representa as seduções do pecado — da obstinação em contraste
com a vontade de Deus. Ela é a mulher de outro homem (veja Pv 2.16-19). Os seus
lábios [...] destilam favos de mel ("destilam palavras melosas"), e o
seu paladar é mais macio do que azeite. Ou seja, é lisonjeira e sedutora. Um
exemplo disso é dado em Pv 7.13-21.
Vamos
ao conteúdo? Boa leitura!
I. ADVERTÊNCIA CONTRA A IMORALIDADE
1.
Compreendendo o capítulo 5. O quinto capítulo do Livro de
Provérbios inicia com o apelo a prática da sabedoria O capítulo 4 desenvolveu a
ideia da proteção do coração a partir da prática da sabedoria, onde o
pensamento, o sentimento e a vontade são dominados por Deus para as saídas da
vida, o capítulo 5 inicia como uma repetição da importância de “atender”,
“inclinar” e “guardar” a sabedoria (Pv 5.1,2), Essa e a sabedoria aplicada ao
relacionamento entre homem e mulher. O leitor e convidado a adquirir a
sabedoria divina com o proposito de aplica-la no relacionamento com o outro
sexo. Assim, os versículos 3 a 6 apresentam a mulher estranha, aquela que seduz
o jovem no caminho da vida (cf, Pv 7.6-23). Os versículos 7 a 14 expõem a
consequência destruidora da relação com essa mulher imoral E, finalmente, nos
versículos 15 a 23, o autor sagrado faz um apelo à fidelidade no matrimônio
como antídoto contra a imoralidade sexual.
- Salomão está ainda dando instruções acerca da sabedoria.
Agora, alerta sobre o perigo de entabular uma conversa com uma mulher sedutora,
sagaz e atraente, porém adúltera. Essa mulher é experimentada na arte de
conquistar corações incautos. Sua aparência é estimulante. Suas palavras são
aveludadas, sua voz é melíflua, seus lábios destilam não apenas mel, mas favos
de mel. Torrentes de doçura brotam de sua boca. Suas palavras são mais suaves
que o azeite. Tudo nessa mulher é sedutor. Tudo nela parece encantador. Aqueles
que são atraídos a dar-lhe atenção caem na sua rede. Aqueles que disponibilizam
os ouvidos para dar guarida às suas palavras são atraídos para seus braços e
enredados em sua trama. A voz dessa mulher é como o canto da sereia. Leva à
destruição os mais fortes navegantes. O segredo da vitória é fugir. Ninguém é salientemente
forte para lidar com o pecado da sedução. Ser forte é fugir. Ser corajoso é não
cair em tentação. Ser valente é não entrar por esse caminho ladeado por luzes
atraentes. Ser prudente é tapar os ouvidos à voz suave da mulher cujos lábios
são macios como manteiga, mas cujo coração é cortante como a espada. Ser sábio
é nunca começar uma conversa que poderá desembocar na cama do adultério.
2.
A mulher estranha. E inevitável encontrar-se com a mulher
imoral no caminho da vida, mas não é inevitável cair em sua sedução, Sua
característica principal é a arte de seduzir Seus Lábios “destilam favos de
mel”; seu paladar, “é mais macio que o azeite” (v.3). Contudo, embora a sedução
da mulher imoral tenha grande poder de atração, Logo esse “doce prazer”
momentâneo dá lugar a “um fim amargoso como absinto”, “agudo como a espada de
dois fios”; ele faz descer para a morte (vv. 4,5). Essa mulher imoral não tem
compromisso com a retidão nem com o conhecimento (v.6) e, por isso, torna-se
uma parábola alusiva à vida de imoralidade que o jovem não deve e nem precisa
trilhar. No início, esse estilo de vida e atrativo, mas logo não tarda mostrar
que e uma verdadeira escravidão que leva a morte (cf. Pv 7.21-23).
- Mas o fim dela é
amargoso como o absinto, agudo, como a espada de dois gumes (Pv 5.4). A
mulher adúltera não é apenas aquela que vive da prostituição. Essa não esconde
sua identidade. Somente aqueles que desregradamente já perderam o pudor se
lançam em seus braços. A sedução mais perigosa vem daquelas ou daqueles que se
escondem atrás de máscaras atraentes e usam todo o jogo da sedução para atrair
com os seus encantos os imprudentes. Embora essa sedução venha envelopada com
palavras doces, o fim dessa linha é amargo como o absinto. Embora a cama do
adultério seja cheia de prazeres picantes, no m, ela se transforma na maca da
morte. Assim é o pecado: atraente aos olhos, mas perigoso para a alma. Tem
cheiro de prazer, mas depois exala enxofre. Tem colorido atraente, mas depois
revela densa escuridão. Traz numa bandeja de prata toda sorte de aventuras, mas
depois escraviza e atormenta. Faz propaganda de vida, mas nos asfixia e mata. A
mulher adúltera esconde atrás de sua sedução o punhal da morte. Ela atrai para
sua cama macia e seus lençóis de cetim, mas o prazer dessa cama é fugaz e seu
tormento é permanente. Os deleites dessa cama evaporam numa noite de êxtase,
mas suas consequências permanecem a vida toda. A mulher adúltera não é
instrumento de prazer, mas agente de sofrimento, vergonha e dor.
3.
As consequências da imoralidade. Os versículos 7 a 14 iniciam com o
apelo do sábio: ‘Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua
casa” (Pv 5.8). Ora, se o(a) jovem não se afastar da(do) mulher (homem) imoral,
esta(e) o tragará, O tempo passará, e o remorso consumirá a vida desse(a)jovem.
Ele(a) falará no seu coração: “Como aborreci a correção” (Pv 5.12). Por isso, o
caminho do bom senso está em ouvir a voz dos mestres e dos ensinadores (Pv
5.13), pois a vontade de Deus e que não sejamos condenados dentro da
congregação dos santos (Pv 5.14), Por isso, seguir o caminho da mulher imoral e
percorrer o caminho da perdição, da insensatez e do desequilíbrio moral.
Naturalmente, os jovens cristãos são convidados pelo texto sagrado a não
trilhar a marcha da insensatez imoral.
- Nestes versículos o poder destrutivo da imoralidade é
esboçado graficamente. Em primeiro lugar, o autor adverte novamente que a
adúltera deve ser evitada. Afasta dela o teu caminho (8) — "Fique longe
dela" (Moffatt). No linguajar de hoje diríamos: "Não brinque com
fogo, a não ser que você queira se queimar". O autor nos diz que o
auto-indulgente chega ao final dos seus dias com o coração cheio de remorso e
com as energias físicas totalmente dissipadas (9-11). Ele reconhece tarde
demais o erro das suas escolhas. Ele diz: Como aborreci a correção! (12), que
literalmente significa: "Como pude ser tão tolo de me recusar a seguir a
orientação?". O homem dissoluto é tolo não somente diante de Deus, mas
também à vista dos outros homens. Quase que em todo o mal me achei no meio da
congregação (14) significa: "Quase fui sentenciado à morte pela
congregação" (Moffatt), ou: "Eu estava à beira da ruína total"
(RSV). As palavras do versículo 14 podem significar que esse homem adúltero
quase foi levado à condenação pública, e isso poderia ter significado um
castigo severo e a morte (Lv 20.10; Dt 22.22; Ez 16.40). As palavras também
podem significar desgraça pública mesmo que ele fosse membro da congregação de
Israel ("quase caí na desgraça diante de todos", NTLH).
SUBSÍDIO 1
“Quando praticamente cada
meio de comunicação nos bombardeia com material relacionado a sexo – um
fenômeno que as gerações anteriores não viveram – também enfrentamos outro
perigo. as oportunidades para cometer o adultério nunca estiveram mais
presentes. Além disso, vivemos em uma sociedade que é mais acomodada do que
nunca. Além das tentações que ocorrem na vida cotidiana, é possível acessar,
pela internet, um serviço de encontros para pessoas que buscam casos amorosos!
Assim, o que podemos aprender com as palavras de Salomão, quando esteve diante
da sedução de um modo de vida luxurioso? Como podemos viver além da engrenagem
deste tipo de tentação? O sábio ofereceu quatro decisões específicas para
evitar o tropeço moral. Originalmente, Salomão escreveu isso para seu filho,
pois a tentação é citada no feminino. Naturalmente, a tentação não discrimina,
mas aflige os dois sexos, igualmente. Salomão incentivou seu filho a encher a
sua mente com a Palavra de Deus, como uma maneira de se distanciar da mulher
sensual que ele considera tentadora.” Adaptado de SWINDOLL, Charles R, Vivendo
Provérbios. Rio de Janeiro; CPAD, 2013, p. 113)
II. A RELEVÂNCIA DE PROVÉRBIOS 5 CONTRA
A IMORALIDADE
1.
Uma sociedade sexualizada. Por que Provérbios 5 é tão relevante
para nós? Ora, a nossa geração é herdeira dos movimentos sociais de contestação
sexual. Mais especificamente, a partir do que foi denominado Protestos de Maio
de 1968, em que um movimento de jovens franceses universitários protestou
contra os valores do Ocidente na universidade de Paris. Movimentos parecidos
também estavam em andamento na América do Norte e Inglaterra. Esse período
histórico marca o início da ideia da normalização da contestação de qualquer
perspectiva de moderação na questão sexual. O sexo passou a ser tratado como um
fim em si mesmo, onde a recreação individual, fosse seu maior objetivo. Por
isso, toda forma de relacionamento sexual entre adultos passou a ser
normalizada. O slogan “É proibido proibir” resume bem os valores seculares que
a nossa geração herdou a partir de maio de 1968.
- "O mês de maio de 1968 ficou internacionalmente
conhecido por ter sido um período de efervescência social que se iniciou a
partir de protestos estudantis em Paris. Esses protestos alastraram-se pelo
país e chegaram a abalar a ordem da Quinta República Francesa (iniciada em
1958). O movimento de maio de 1968 também ficou internacionalmente conhecido
por ter motivado a continuidade de movimentos revolucionários em outras partes
do mundo." Veja
mais sobre "Maio de 1968" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/maio-1968.htm
A visão moderna do sexo antes do casamento é
bastante frouxa. Um estudo descobriu que 75% dos adolescentes americanos fazem
sexo antes do casamento. Quando os solteiros completam 44 anos, esse número
sobe para 95 por cento (Finer, L. Public Health Reports, The Guttmacher
Institute, janeiro-fevereiro de 2007, volume 122, páginas 73–78 em inglês).
Mesmo entre as pessoas que se consideram cristãs, 57 por cento dos adultos
norte-americanos acreditam que o sexo antes do casamento “num relacionamento
sério” é por vezes ou sempre aceitável (Pew Research Center,
https://pewrsr.ch/3lJyBBE, acessado em 08/11/22). ais estatísticas são
alarmantes para os cristãos que levam a Bíblia a sério. Passagens como Efésios
5:3 dão orientações claras sobre a intimidade física fora do casamento: “Mas a
impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre
vós, como convém a santos.” Esse mandamento coloca as “barreiras de proteção”
ao longo de um caminho bastante rigoroso – nem mesmo um “sinal” de imoralidade
deve ser encontrado entre o povo de Deus. Determinar um nível apropriado de
intimidade física antes do casamento é algo que todo casal solteiro deve fazer.
A fornicação é categorizada como pecaminosa na Bíblia, então a relação sexual
antes do casamento está definitivamente fora dos limites. Outros atos sexuais,
como o sexo oral ou anal, também seriam definidos como fornicação. No entanto,
os limites devem ser ainda mais rígidos do que isso: qualquer coisa que
“sugira” imoralidade sexual é inadequada para um cristão. A Bíblia não nos dá
uma lista de atividades que “insinuam” imoralidade. Também não nos diz quais
atividades físicas são “aprovadas” para um casal praticar antes do casamento. A
ideia por trás da ordem é que a imoralidade sexual não deve existir entre o
povo de Deus. Nunca dever haver ocasião para que os observadores mencionem tal
coisa. Qualquer acusação de imoralidade ou comportamento inadequado na igreja
deveria ser totalmente falsa. Onde traçar a linha? Quanta intimidade é demais
antes do casamento? Visto que o ato sexual é errado para um casal solteiro, o
comportamento que leva ao ato também deve ser restringido. Assim, os estímulos
sexuais preliminares, que são o prelúdio natural da relação sexual, devem ser
restritos aos casados. Qualquer coisa que possa ser considerada preliminar deve
ser evitada até o casamento. Logicamente, isso inclui carícias, nudez e
conversas e comportamentos eróticos. Um casal cristão solteiro deve conhecer as
suas convicções e apegar-se a elas. Alguns casais estabelecem seus limites no
beijo leve. Outros só vão até dar as mãos. Outros estabelecem limites ainda
mais estritos, por uma questão de consciência. O importante é que seja
permitido a cada crente viver de acordo com as suas próprias convicções. A
consciência não deve ser violada. Se houver alguma dúvida se uma atividade é
adequada para um casal solteiro, ela deve ser evitada, por precaução (Romanos
14:23). Os cristãos foram separados por Deus para os Seus santos propósitos e
devemos ter cuidado para evitar a imoralidade. As Escrituras dão um forte aviso
sobre este assunto: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que
vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio
corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios
que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a
seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos
e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a
impureza, e sim para a santificação” (1 Tessalonicenses 4:3-7). Todas as
atividades sexuais e suas preliminares devem ser restritas aos casados. Um
casal solteiro deve evitar qualquer atividade que os tente ao sexo, que dê a
aparência de imoralidade ou que viole a consciência. https://www.gotquestions.org/Portugues/intimidade-antes-casamento.html
2.
Não se pode dominar o desejo sexual? Essa era a consequência das ideias
gestadas por trás do Movimento de 1968. A tese da vida sexual moderada nos
Limites do matrimônio, como ensina a Fé Cristã, como repressão sexual é uma
consequência natural do que já estava gestado por intelectuais antes do
movimento de 1968. Hoje, o jovem está inserido numa cultura secularizada e
sexualidade em que o Movimento Cultural. Pop com suas músicas, filmes e
literatura estimula a sexualização dos corpos, de modo que leva a pessoa a
pensar de fato ser impossível moderar os instintos sexuais. Logo, as
consequências naturais dessas ideias são gravidez precoce, multiplicação dos
abortos propositais, vícios em pornografia, transição de gêneros etc.
- A vida é feita de escolhas. Somos não o que sentimos e
falamos, mas o que escolhemos fazer. Não basta receber o ensino; é preciso
valorizá-lo e colocá-lo em prática. Não basta ser criado na disciplina e
admoestação do Senhor; é preciso aprender com essas providências divinas.
Aquele que tapa os ouvidos à voz do ensino e fecha o coração à disciplina
sofrerá duros golpes na vida. Quem não escuta conselhos, escuta: “Coitado!” A
obediência é a marca do cristão. A Palavra de Deus está cheia de ensinos e
exortações, de preceitos e correções. O sábio é aquele que escuta e coloca em
prática o que aprende. Acumular conhecimento para depois acintosamente desprezá-lo
é insensatez. Receber instrução para depois negligentemente abandoná-la é
tolice. Ser disciplinado e mesmo assim rebelar-se contra a correção é consumada
loucura. Aqueles que não ouvem a doce voz do ensino receberão o rude chicote do
castigo. Aqueles que são alertados sobre os riscos do adultério, e ainda seguem
por esse caminho sofrerão na carne as consequências inevitáveis de sua
rebeldia. A vida promíscua tem um alto preço. Aqueles que se entregam a esses
prazeres efêmeros gemerão no fim da vida, consumidos pela culpa e pelas doenças
do corpo e da alma.
3.
O enfraquecimento da ideia do casamento. Naturalmente,
em muitas realidades, o conceito bíblico de casamento e enfraquecido, a ideia
de que o casamento e para sempre, que o relacionamento profundo e verdadeiro e
para a vida toda, não faz sentido para muitos jovens hoje, Muitos deles se
tornaram, de fato, produto do meio e infelizmente já se casam com o pensamento
de se separar se o casamento não der certo. Não por acaso, o apóstolo Paulo
traça um panorama da profunda distorção da natureza humana que pode ser
constatado na vida de muitos jovens hoje: “Por isso, Deus os entregou aos
desejos pecaminosos de seu coração. Como resultado, praticam entre si coisas
desprezíveis e degradantes com o próprio corpo” (Rm 1.24- NW). É uma distorção
completa do propósito de Deus para o bem-estar do ser humano. Por isso,
Provérbios 5 faz muito sentido no cenário em que vivemos hoje.
- É corretamente compreendido que o casamento tem tudo a
ver com continuidade. Num mundo de experiências, acontecimentos e compromissos
transitórios, o casamento é intransigente. Ele simplesmente é o que é: um
compromisso permanente feito por um homem e uma mulher que se comprometem a
viver fielmente um para o outro até à separação decorrente da morte. É isso que
faz do casamento o que ele é. A lógica do casamento é fácil de compreender e
difícil de subverter, razão pela qual a instituição tem sobrevivido por
milênios. O casamento dura por causa de sua condição fundamental. Uma sociedade
saudável e ativa literalmente não sobrevive sem ele. Contudo, a modernidade
pode ser vista como uma persistente tentativa de subverter o que é permanente —
incluindo o casamento. A idade moderna trouxe o avanço da autonomia individual,
o aumento populacional nas cidades, o enfraquecimento de compromissos
familiares, o declínio da fé, a trivialidade do divórcio e uma multidão de
outros progressos que subvertem o casamento e o compromisso que ele requer. Adicionado
a essa lista, existe o fenômeno da coabitação. O século vinte viu o fenômeno da
coabitação tornar-se algo esperado entre muitos, se não entre a maioria, dos
jovens adultos. O final do século, com o avanço da intimidade (incluindo a
intimidade sexual), era propenso a seguir um curso que partia do “ficar” até a
coabitação. Um estudo novo conduzido pelo Centro Nacional de Estatísticas da
Saúde sugere duas descobertas muito importantes: primeiro que, agora, coabitar
é o padrão para jovens adultos. Segundo, que coabitar torna o divórcio mais
provável após um eventual casamento. “A coabitação torna-se cada vez mais a
primeira união entre jovens adultos que moram juntos.” diz o estudo. Os fatos
parecem atemorizantes. A porcentagem de mulheres na faixa de 30 anos que
relataram ter coabitado passa de 60 por cento — o dobro em relação aos últimos
quinze anos. San Roberts documentou no The New York Times o aumento da
coabitação entre os jovens. Ele mencionou Pamela J. Smock, da Universidade do
Centro de Estudos da População de Michigan. “Da perspectiva de muitos jovens
adultos, casar antes de viver junto com a outra pessoa parece tolice”, ela
explica. Isso retrata a nova lógica perfeitamente — que seria tolice casar sem
coabitar primeiro. Como sabemos se fomos realmente feitos um para o outro? Como
podemos avaliar a compatibilidade sem a experiência de viver juntos? Essa
lógica faz perfeito sentido numa sociedade crescentemente sexualizada,
secularizada e “liberada” das expectativas do passado. Reagindo às descobertas
da pesquisa, a professora Kelly A. Musick, da Universidade Cornell afirmou: “As
descrições sugerem para mim que a coabitação ainda é um caminho em direção ao
casamento para muitos que concluem um curso universitário, enquanto que, em si,
parece ser um fim para mulheres menos educadas.” O estudo confirmou a afirmação
dela: “A coabitação torna-se cada vez mais a primeira união entre jovens
adultos que moram juntos… Como resultado da crescente prevalência da
coabitação, também tem aumentado o número de crianças cujos pais moram juntos,
mas não são casados.” Entretanto, conforme sugere esse novo estudo, a
coabitação antes do casamento não leva a uma união mais forte e duradoura. Em
vez disso, a experiência de coabitar enfraquece a união. Como Roberts relatou:
“O estudo descobriu que a probabilidade de um casamento durar uma década ou
mais é seis por cento menor se o casal viveu junto antes.” Pamela Smock
argumenta que as pessoas não darão ouvidos à pesquisa. “Só porque alguns
estudos acadêmicos têm mostrado que viver juntos pode, de alguma forma,
aumentar a chance de divórcio, os próprios jovens não acreditam nisso.” Isso
pode ser verdade, e certamente retrata o espírito da época. A experiência de
coabitar simplesmente faz sentido para muitos jovens adultos. A lógica deles é
que o casamento trata-se de algo que acontece depois que um relacionamento se torna
íntimo sexualmente e é considerado satisfatório — não antes. Eles não sabem
que, na verdade, estão desfazendo o casamento. Falham em compreender a lógica
central do casamento como uma instituição de continuidade. Falham em
compreender a sabedoria essencial do casamento — que o compromisso deve vir
antes da intimidade, que os votos devem vir antes do viver compartilhado, que a
sabedoria do casamento está antes em sua continuidade e não em sua prática. A
coabitação enfraquece o casamento — porque um compromisso temporário e
transitório sempre enfraquece um compromisso permanente. Depois que um casal
vive junto, existindo a evidente possibilidade de separação, tal possibilidade
sempre permanece, nunca cessa. Essa pesquisa pode não alterar os planos de muitos
jovens casais que provavelmente não a lerão, e que muito menos serão por ela
advertidos. Entretanto, ela confirma o que torna o casamento o que ele é, e o
que o enfraquece e destrói enquanto uma instituição. É claro que partindo de
uma perspectiva cristã, há mais a ser considerado. Somos lembrados do casamento
como um dom e uma expectativa de Deus, e da bondade divina nessa instituição.
Também somos lembrados que é nosso Criador que sabe da nossa necessidade de
continuidade antes da prática, e não nós mesmos. Precisamos de casamento. Traduzido por: Ana Paula Eusébio Pereira. Traduzido
do original em inglês: Permanance before experience – the wisdom of marriage.
extraído do blog: www.albertmohler.com
SUBSÍDIO 2
É difícil ignorar a
beleza e o charme. Pessoas atraentes tentam nos convencer a comprar
determinados produtos. O candidato político com aparência física mais atraente
tem vantagem nas pesquisas. Assim, por que esperaríamos que esta preocupação
com a beleza física cessasse, repentina e automaticamente, quando interagimos
com pessoas normais, no trabalho, na escola, em casa ou no mercado?
Infelizmente, este autocontrole mental é uma questão de disciplina. Não é
fácil, nem automático. Devemos reeducar, conscientemente, nossas mentes, para
remover a beleza física de nosso processo mental. Devemos nos educar para olhar
além dela. Devemos tomar a decisão consciente e habitual de deixar de lado
qualquer consideração sobre a beleza e nos relacionarmos com qualquer pessoa
como se fosse um irmão ou irmã. Devemos nos educar para olhar além da beleza e
assim não ser levado pela imoralidade.” (Adaptado de, SWINDOLL, Charles R Vivendo
Provérbios, Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 114.)
III. A MORALIDADE SEXUAL CRISTÃ COMO
PROTEÇÃO CONTRA A IMORALIDADE
1.
A delimitação sexual da moralidade cristã. Em uma de suas
obras, o apologeta cristão, C. S. Lewis, nos lembra uma doutrina cristã constrangedora
para quem não passou pela experiência da regeneração e se encontra imerso na
cultura atual: a castidade como uma prática da virtude cristã. Dessa maneira,
ele ainda nos lembra que a virtude da castidade se resume na seguinte regra: “O
casamento deve ser com fidelidade completa ao cônjuge ou, fora dele, apenas
completa abstinência sexual”. Sim, pela Palavra de Deus, a moralidade sexual
tem uma delimitação muito clara: “Fugi da prostituição”. Todo pecado que o
homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio
corpo” (1 Co 6.18; cf, 7.8; 1 Tm 2.22). Assim, diferentemente das ideias
dominantes de nossa sociedade cultural a Bíblia não considera o instinto sexual
degenerado como algo insuperável em que o ser humano não pode vencer, Quem
passou pela experiência de regeneração, com o auxílio do Espírito Santo, pode
desenvolver as virtudes do “domínio próprio” e da “temperança” e, como o
apóstolo Paulo, pode exclamar: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm: todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma” (1 Co 6.12)
- Castidade é um estado de pureza. É uma atitude que a
pessoa toma em relação à preservação do seu corpo no tocante a uma prática
sexual indevida. É uma virtude que está associada à sexualidade, e não apenas
ao ato sexual. É a abstenção de prazeres carnais, sexuais, e de tudo que a eles
se refere. Você pode estranhar, mas a castidade aos olhos de Deus é tão
importante que é recomendada até para as pessoas casadas. Para os casais? Sim!
Castidade para os cônjuges não significa abstinência sexual, como é para os
solteiros, e sim fidelidade, temor, respeito e pureza no relacionamento
conjugal. Os casados não estão autorizados por Deus a ter uma vida desregrada
sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o juízo divino (Hb 13.4).
Observe que a castidade, então, é uma forma de viver, preservando-se de atos
sexuais condenados por Deus e demonstrando amor para com o próprio corpo e
mente. Castidade é diferente de virgindade, pois mesmo uma pessoa que tenha
tido uma vida sexual ativa antes de conhecer a Jesus como seu Salvador, depois
da conversão pode se tornar casta. Muitos jovens chegam à igreja e se convertem
depois de terem vários tipos de relacionamentos, mas se esse jovem, pela fé,
entendeu que o melhor caminho é a abstinência sexual até que se case, ele será
um jovem casto. Muitos jovens se tornam castos depois da conversão, pois como
nova criatura, estão buscando guardar seu corpo e mente para um compromisso futuro,
segundo os padrões divinos. Uma das sutilezas de Satanás é investir na prática
do sexo ilícito, tal como, o adultério, a fornicação, como também no sexo que é
contra a natureza. Esses tipos de imoralidade sexual, que são praticados pelo
povo do mundo, de certa maneira provocam a ira de Deus, com o atenuante de não
conhecerem a Sua palavra. Porém, para aqueles que professam a fé cristã e
passaram a estar na condição de salvos e se engendram para esse tipo de
imoralidade, a sua situação se torna mais grave pelo fato de conhecerem a palavra
não estando mais no tempo da ignorância. É preciso entender que como cristãos
estamos debaixo de leis espirituais e, nesse caso, o pecado é imputado, o que
implica em perder a salvação se não houver arrependimento e conserto. Lembrando
que é um pecado que provoca a ira de Deus. 1 Coríntios 6.15 – Não sabeis vós
que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo
e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 1 Coríntios 6.16 – Ou não
sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque
serão, disse, dois numa só carne. 1 Coríntios 6.18 – Fugi da prostituição. Todo
pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o
seu próprio corpo. Entre muitas coisas que não nos convém, está a imoralidade
sexual e, a gravidade disso, é que ficarão de fora do reino de Deus, os que
praticam este tipo de pecado. Paulo escreveu esta carta aos cristãos que
habitavam na cidade de Coríntios, alertando a todos eles acerca deste
gravíssimo pecado, que é a imoralidade sexual. Paulo escreveu esta carta aos
cristãos que habitavam na cidade de Coríntios, alertando a todos eles acerca
deste gravíssimo pecado, que é a imoralidade sexual. Na cidade de Coríntios
havia mil prostitutas cultuais, que serviam à deusa Afrodite, as quais se
prostituiam para arrecadar dinheiro para os sacerdotes que administram o templo
dessa pseuda deusa. A Bíblia tem uma listagem de pecados em que os cristãos não
entrarão no reino dos céus, dos quais entre eles está o da impureza sexual. A
palavra diz que se Cristo nos libertou, verdadeiramente seremos livres, mas o
que não podemos deixar é que essa liberdade não vire uma oportunidade para a
carne. Todo o sexo fora do casamento é pecado, mas quando cometido por cristãos
é imputada uma grave condenação, porque profana o corpo de Cristo, com quem o
crente é um. O pecado da imoralidade sexual, envolve o adultério, no caso de
marido e mulher, a fornicação, que é o sexo antes do casamento, como também a
prostituição, na qual entra o solteiro(a), o viúvo(a), o desquitado(a), que
venham praticar sexo nessas condições. O imperativo é fugir da imoralidade, ou
seja, continuamente manter-se em fuga até que passe o perigo, porque se ceder
cairá nas redes do Diabo e, aí para escapar não vai ser fácil. A intimidade
sexual é uma união muito profunda entre as pessoas, mas o seu uso fora do que a
palavra de Deus orienta, vai corromper seu nível de espiritualidade
declinando-a totalmente tornando-o um ser completamente imundo. O pecado fora do corpo, ou externo, envolve
várias coisas que a carne pratíca, porém estes pecados não dá o poder do corpo
para outra pessoa, mas o pecado contra o próprio corpo, no sentido interior, é
dar o poder do corpo para outra pessoa e torná-lo vil.
2.
A pedagogia da abstinência sexual. Aos Jovens solteiros, cabe o
desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto é, a abstinência sexual
como preparação para o casamento. Como vimos, do ponto de vista bíblico, o(a)
jovem cristão(ã) não é puramente instinto sexual. Ele(a) sabe que a satisfação
sexual tal qual a Bíblia ensina não é egoísta, descartável é ilusória, mas
cumpre um sentido quando nos unimos a pessoa amada e com ela compartilhamos e
dividimos toda uma história de vida que glorifique a Deus no casamento (1 Co
6.20; cf. 1 Co 10.31,32). Enquanto esse tempo não chega, nós guardamos,
esperamos a pessoa amada. Desse modo, percebemos que a abstinência sexual e
pedagógica, pois ela nos ensina que em tudo deve haver comedimento, equilíbrio
e parcimônia, Com ela, na vida de solteiro, aprendemos que devemos esperar
passar por períodos de abstinência na vida de casado. Sim, a abstinência sexual
também ocorre na vida dos casados, por causa de uma doença ou tratamento de
saúde em que um dos cônjuges não pode manter um relacionamento sexual regular
por um período, quer por propósitos espirituais entre os cônjuges em comum
acordo (1 Co 2.5). Assim, a abstinência sexual na vida de solteiro ensina que
na vida de casado nem tudo no relacionamento entre homem e mulher tem a ver com
sexo.
- 2 Coríntios 6.19 – Ou não sabeis que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6.20 – Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem
a Deus. A palavra diz que a glória da segunda casa será maior do que a primeira,
o que significa que a primeira casa era o templo em Jerusalém, conhecido como a
casa de Deus, onde ele manifestava a sua glória e não existe mais. Resta saber,
qual é a segunda casa onde Deus agora manifesta a sua glória? A Bíblia revela
que a segunda casa somos nós, identificados como templo do Espírito Santo, onde
ele manifesta a Sua glória. Então entendemos que a glória da segunda casa somos
nós e isso nos leva a ter o máximo de compromisso tendo uma vida purificada e
afastada de todo o pecado que venha nos tornar impuro. Como somos o santuário
de Deus, o pecado a imoralidade sexual acaba profanando o templo do Espírito
Santo, o que impede que a sua glória se manifeste, pois Ele não se manifesta em
templo profanado. Nós não pertencemos mais a nós mesmos, porque fomos comprados
por um alto preço, não com coisas corruptíveis como ouro e a prata, mas com o
precioso sangue derramado na cruz. Nossos corpos como templo tem o objetivo
principal de glorificar a Deus, com uma vida santificada e de adoração a serviço
do seu reino. Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1 Pedro
4:2
3.
A beleza da vida sexual dentro do matrimônio cristão. Segundo
o ensino bíblico, o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co
7.8,9). Essa união profunda e verdadeira se concretiza diante de Deus no
relacionamento sexual entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). Essa união,
segundo o texto bíblico, ninguém pode separar (Mc 10.7-9), pois ela não se
resume a mera necessidade fisiológica, mas e a necessidade de, diante de Deus,
estabelecer um projeto de vida e viver um projeto atemporal divino que é o
estabelecimento de uma família. Em vista disso, Provérbios 5 traz uma seção de
versículos em que o sábio estimula que se desfrute da vida sexual com sua
esposa, aquela da sua juventude (Pv 5.15-19). No casamento, homem e mulher
podem, e devem, desfrutar do prazer sexual em que o amor, o respeito e o
compromisso de vida de ambos foram aliançados diante de Deus e da igreja do
Senhor, até que a morte os separe (Mt 19.6).
- O autor da Carta aos Hebreus diz: “Venerado entre todos
seja o matrimônio e o leito sem mácula, mas aos adúlteros e aos que se dão à
prostituição, Deus os julgará” (Hb 13.4). Muitos, erroneamente, acreditam que
prostituição ocorre somente quando uma pessoa paga ou recebe dinheiro para
fazer sexo. Porém, aos olhos de Deus, quando um jovem solteiro mantém um
relacionamento sexual, está se prostituindo e seu relacionamento está manchado.
O sexo entre pessoas solteiras é chamado fornicação. Na Bíblia, tal prática é
tida como uma impureza sexual. Quem se entrega a tal prática não herdará a vida
eterna (Ap 21.8). Quando Deus nos diz que devemos nos resguardar sexualmente
até o casamento não planeja nos punir ou castigar. Na verdade, Ele está nos
poupando de problemas físicos e emocionais advindos de uma sexualidade precoce.
A ordem divina não apenas nos poupa desses problemas, mas igualmente de doenças
sexualmente transmissíveis e de planos frustrados, como deixar de concluir os
estudos por força de uma gravidez fora de hora e as responsabilidades da
maternidade e paternidade não planejados. Portanto, vale a pena esperar em Deus
e ter uma vida casta. A castidade não é apenas a abstinência do ato sexual, mas
sim uma forma de agir, pensar e de conviver com outras pessoas. Uma pessoa
casta policia seus pensamentos, a forma como se veste, como fala e como se
relaciona com o próximo, para não despertar desejos sexuais indevidos em outras
pessoas. O jovem e a jovem que temem a Deus não devem despertar desejos sexuais
que não poderão ser satisfeitos fora do casamento. Castidade é mais que
abstinência do sexo; é um estilo de vida que demonstra respeito não apenas a
Deus, mas também por si mesmo, para que seu corpo não seja visto como um objeto
a ser descartado depois de ter dado prazer a alguém. A cultura de nossos dias
ensina que a vida sexual antes do casamento é benéfica, e que se uma pessoa não
está satisfeita com seu namorado, pode buscar o prazer com outra pessoa. Esse é
um pensamento satânico e fere o princípio dado por Deus sobre o homem e a
mulher serem um por meio do casamento. Paulo diz que se um homem se junta com
uma prostituta, faz-se um só corpo com ela (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja
casado(a), se um homem ou mulher busca o prazer sexual fora dos limites
ordenados por Deus, não pode esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área.
CONCLUSÃO
Temos visto os apelos da imoralidade
sexual presente em nossa sociedade, Entretanto, a Palavra de Deus nos afirma
que não precisamos ser dominados por eles. E muito melhor viver de acordo com o
que a Palavra de Deus nos ensina, de modo que podemos, sob o Espírito Santo,
ter nossos sentimentos e vontade ordenados pela Palavra de Deus. Logo, no
matrimônio, podemos nos realizar por completo de um modo que glorifique a Deus
em nós.
- Finalizo este subsídio, pedindo a Deus que não apenas a
temperança e o domínio próprio, mas todas as virtudes do Espírito Santo, façam
parte da sua vida e também da minha, a fim de que cumpramos nossa missão neste
mundo, a missão de brilhar como astro no meio desta sociedade pervertida e
corrupta; vivendo como verdadeiros filhos de Deus, como autênticas filhas do
Rei, inculpáveis e irrepreensíveis (Fp 2.15), pois a única Bíblia que muitos
dos nossos amigos e amigas têm oportunidade de ler é a que está escrita nas
páginas do nosso viver. A Bíblia diz que Deus julga aqueles que abusam do sexo.
O sexo é uma bênção de Deus, a fim de que o homem e a mulher tenham satisfação
e possam procriar. Entretanto, o sexo exige responsabilidade e compromisso que
apenas o casamento proporciona. Qualquer prática sexual fora do matrimônio,
seja para solteiros, seja para casados, corrompe o que o sexo tem de bom e
atrai o julgamento de Deus. Portanto, guarde-se dessa prática e espere que Deus
conduza você a um casamento abençoado e a uma vida sexual dentro dos padrões
divinos. Essa advertência não é um indício de que Deus valoriza o sexo dentro
dos limites que Ele mesmo prescreveu? O jovem cristão deve ser puro para que
tenha a bênção de Deus.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
• Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo
Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD
Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São
Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo
no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina
Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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HORA DA REVISÃO
1.
De maneira resumida, apresente a estrutura do capítulo 5 de Provérbios.
Resumindo, o capítulo 5
traz um apelo à sabedoria (vv. 1,2); descreve o perigo da mulher estranha e
imoral (vv. 3-6); expõe a consequência destruidora desse relacionamento (vv.
7-14); e faz um apelo à fidelidade no matrimônio como antídoto contra a mulher estranha
(vv. 15-23).
2.
Como os versículos 7 a 14 iniciam?
Os versículos 7 a 14
iniciam com o apelo do sábio: “Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da
porta da sua casa” (Pv 5.8).
3.
Como ficou conhecido o período histórico que caracteriza o movimento de
protesto contra os valores do Ocidente na Universidade de Paris?
“É proibido proibir”
4.
Que tipo de virtude a ser desenvolvida cabe aos jovens solteiros?
Aos jovens solteiros,
cabe o desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto é, à abstinência
sexual como preparação para o casamento.
5.
Segundo o ensino bíblico, onde que o relacionamento sexual é permitido aos
jovens cristãos?
Segundo o ensino bíblico,
o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co 7.8,9).