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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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20 de outubro de 2024

EBD JOVENS| Lição 04: Proteção Contra a Imoralidade |4° Trim/2024

 Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO PRINCIPAL

“Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. ” (Pv 7.4,5)

Entenda o Texto Principal:

- Compare com Provérbios 2:2-4; Provérbios 4:6-8; Provérbios 11:18-20. minha irmã…meu parente – ou seja, trate a sabedoria como alguém da família; respeite, ame e cuide dela. Compare com Jó 17:14; 30:29; Salmo 55:13. [Whedon, 1874]

5 Eles o guardarão da mulher imoral, da estranha que seduz com palavras.

Compare com Provérbios 2:16; Provérbios 5:3; Provérbios 6:24. mulher imoral (NAA; NVI) – ou então, “mulher alheia” (A21; ARA; ACF).

 

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RESUMO DA LIÇÃO

A sabedoria divina nos protege da imoralidade sexual, concedendo-nos as virtudes do domínio próprio e da temperança.

Entenda o Resumo da Lição:

- O Resumo da Lição pode nos levar a um equívoco! Entenda: Domínio próprio e temperança são aspectos do fruto do Espírito.

            Domínio próprio quer dizer capacidade para dominar impulsos, exercer controle sobres os próprios atos e emoções. O domínio próprio é uma virtude que caracteriza a vida dos verdadeiros cristãos. A produção do fruto se dá por deixar-se se Guiados pelo Espírito (Gla 5. v.18). Ser guiado (passivamente) pelo Espírito é andar (ativamente) pelo Espírito e assim andar no poder de repreender o desejo da “carne”, ou da natureza humana, e assim se conformar cada vez mais à semelhança do Messias (2Co 3.18).

            Assim, domínio próprio e temperança não são virtudes concedidos pela sabedoria, mas pelo Espírito Santo!

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Provérbios 5.1-14

1. Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha razão inclina o teu ouvido;

- atende. O sábio pai emprega os termos mais importantes para resumir o seu chamado à sabedoria (cf. 1.2; 2.2; 3.13; 4.5).

2. para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.

- lábios... palavras. A sedução começa com palavras lisonjeiras ardilosas (cf. 2.16). Os lábios de mel devem fazer parte do amor verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).

3. Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;

- (Compare com Provérbios 2:16). Suas promessas sedutoras são enganosas.

4. mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.

- o fim. Literalmente, "o futuro" de quem prova os lábios dela é como o "absinto", um símbolo de sofrimento (cf. Dt 29.18), e uma "espada", o símbolo da morte. Ela caminha pela estrada que conduz à morte e ao inferno (cf. 2.18).

5. Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.

- pés…passos – isto é, o curso da vida termina na morte.

6. Ela não pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as conhece.

- anda errante nos seus caminhos. Seus passos, de maneira voluntária e previsível, vacilam aqui o ali como se ela não tivesse nenhuma preocupação com o abismo adiante.

7. Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos e não vos desvieis das palavras da minha boca.

- Os versículos 7-14 descrevem o alto preço da infidelidade. A ênfase, aqui, está na culpa que sofre quem escolhe a luxúria em vez de obedecer à lei de Deus. Compare com a resposta apropriada a essa tentação no caso de José (Gn 39.1-12).

8. Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa;

- Evite a menor tentação.

9. para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis.

- a outrem a tua honra. As consequências desse pecado podem incluir a escravidão, como uma pena substitutiva, em vez da morte que deveria vir por causa do adultério (Dt 22.22). Nesse caso, "outrem" eram os patrões a quem toda a energia da juventude era dirigida na escravidão. Toda a riqueza pessoal era perdida para estranhos, c a pessoa era obrigada a servir numa casa estranha, ajudando o seu patrão a enriquecer. Os "cruéis" eram os juizes.

10. Para que não se fartem os estranhos do teu poder, e todos os teus trabalhos entrem na casa do estrangeiro;

- poder – literalmente, “força”, ou o resultado disso. trabalhos – o fruto de teu penoso esforço (Salmo 127:2). Pode haver uma referência à escravidão, uma punição em troca da morte devida ao adúltero (Deuteronômio 22:22). [Jamieson; Fausset; Brown]

11. e gemas no teu fim, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo,

- carne... corpo. Pode ser referência a alguma doença venérea (cf. 1 Co 6.18) ou ao fim natural da vida. A essa altura, tomado de absoluto remorso (v. 12), o pecador arruinado em vão lamenta sua negligência à advertência recebida e à sua triste desgraça.

12. e digas: Como aborreci a correção! E desprezou o meu coração a repreensão!

- O pecador arruinado em vão lamenta sua negligência à advertência e seu triste destino em ser trazido à desgraça pública. [Jamieson; Fausset; Brown]

13. E não escutei a voz dos meus ensinadores, nem a meus mestres inclinei o meu ouvido!

- ensinadores…mestres – instrutores religiosos, pais, ministros da Palavra.

14. Quase que em todo o mal me achei no meio da congregação e do ajuntamento.

- no meio da assembleia. A perda mais dolorosa numa situação corno essa é a desgraça pública na comunidade. Pode haver a confissão pública, a disciplina e o perdão, mas não a restauração ao antigo local de honra e serviço. Veja 6.33.

 

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito da imoralidade sexual. Meditaremos no capítulo 5 de Provérbios e, a partir desse texto, veremos o quanto ele é relevante atualmente, pois vivemos em uma sociedade marcada pela sensualidade em tudo quanto é produzido do ponto de vista cultural. Finalmente, nos conscientizarmos a respeito da moralidade sexual ensinada pela Bíblia como instrumento protetor contra a imoralidade sexual na vida do jovem cristão, Assim, veremos que quem pratica a moralidade sexual bíblica age com sabedoria.

- Provérbios 5 é um discurso contra a licenciosidade sexual masculina. Após a habitual exortação introdutória de dar atenção à instrução (Pv 5.1-2), a influência mortal da prostituta é descrita (Pv 5.8-6), assim o ouvinte é advertido a evitar ela para que a miséria e a destruição não venha sobre ele (Pv 5.7-14), e é exortado a fidelidade conjugal (Pv 5.18-30), tendo em vista o destino do ímpio (Pv 5.22-23). O ouvir precede o crer – é a lição deste capítulo. Uma pessoa precisa conhecer as opções para fazer uma escolha responsável (Rm 10.14-17). Ela precisa aceitar a Deus pessoalmente e caminhar de forma prudente. Para que haja a conduta apropriada, precisa haver juízo sadio e discernimento espiritual. É necessário até que a pessoa vigie a sua fala por meio do conhecimento (v. 2). Seja conduzido na sua fala pelo conhecimento e não pelo impulso do momento. A razão desse apelo tão forte é destacada no versículo 3 é que o homem ou é servo de Deus ou é escravo do pecado; não existe outra opção, não há como ficar “em cima do muro”; ou escolhe as correntes da disciplina divina ou as cadeias do mal. Porque (v. 3) existe a mulher estranha, a adúltera, que vai oferecer as suas tentações. Ela representa as seduções do pecado — da obstinação em contraste com a vontade de Deus. Ela é a mulher de outro homem (veja Pv 2.16-19). Os seus lábios [...] destilam favos de mel ("destilam palavras melosas"), e o seu paladar é mais macio do que azeite. Ou seja, é lisonjeira e sedutora. Um exemplo disso é dado em Pv 7.13-21.

            Vamos ao conteúdo? Boa leitura!

 

I. ADVERTÊNCIA CONTRA A IMORALIDADE

1. Compreendendo o capítulo 5. O quinto capítulo do Livro de Provérbios inicia com o apelo a prática da sabedoria O capítulo 4 desenvolveu a ideia da proteção do coração a partir da prática da sabedoria, onde o pensamento, o sentimento e a vontade são dominados por Deus para as saídas da vida, o capítulo 5 inicia como uma repetição da importância de “atender”, “inclinar” e “guardar” a sabedoria (Pv 5.1,2), Essa e a sabedoria aplicada ao relacionamento entre homem e mulher. O leitor e convidado a adquirir a sabedoria divina com o proposito de aplica-la no relacionamento com o outro sexo. Assim, os versículos 3 a 6 apresentam a mulher estranha, aquela que seduz o jovem no caminho da vida (cf, Pv 7.6-23). Os versículos 7 a 14 expõem a consequência destruidora da relação com essa mulher imoral E, finalmente, nos versículos 15 a 23, o autor sagrado faz um apelo à fidelidade no matrimônio como antídoto contra a imoralidade sexual.

- Salomão está ainda dando instruções acerca da sabedoria. Agora, alerta sobre o perigo de entabular uma conversa com uma mulher sedutora, sagaz e atraente, porém adúltera. Essa mulher é experimentada na arte de conquistar corações incautos. Sua aparência é estimulante. Suas palavras são aveludadas, sua voz é melíflua, seus lábios destilam não apenas mel, mas favos de mel. Torrentes de doçura brotam de sua boca. Suas palavras são mais suaves que o azeite. Tudo nessa mulher é sedutor. Tudo nela parece encantador. Aqueles que são atraídos a dar-lhe atenção caem na sua rede. Aqueles que disponibilizam os ouvidos para dar guarida às suas palavras são atraídos para seus braços e enredados em sua trama. A voz dessa mulher é como o canto da sereia. Leva à destruição os mais fortes navegantes. O segredo da vitória é fugir. Ninguém é salientemente forte para lidar com o pecado da sedução. Ser forte é fugir. Ser corajoso é não cair em tentação. Ser valente é não entrar por esse caminho ladeado por luzes atraentes. Ser prudente é tapar os ouvidos à voz suave da mulher cujos lábios são macios como manteiga, mas cujo coração é cortante como a espada. Ser sábio é nunca começar uma conversa que poderá desembocar na cama do adultério.

2. A mulher estranha. E inevitável encontrar-se com a mulher imoral no caminho da vida, mas não é inevitável cair em sua sedução, Sua característica principal é a arte de seduzir Seus Lábios “destilam favos de mel”; seu paladar, “é mais macio que o azeite” (v.3). Contudo, embora a sedução da mulher imoral tenha grande poder de atração, Logo esse “doce prazer” momentâneo dá lugar a “um fim amargoso como absinto”, “agudo como a espada de dois fios”; ele faz descer para a morte (vv. 4,5). Essa mulher imoral não tem compromisso com a retidão nem com o conhecimento (v.6) e, por isso, torna-se uma parábola alusiva à vida de imoralidade que o jovem não deve e nem precisa trilhar. No início, esse estilo de vida e atrativo, mas logo não tarda mostrar que e uma verdadeira escravidão que leva a morte (cf. Pv 7.21-23).

- Mas o fim dela é amargoso como o absinto, agudo, como a espada de dois gumes (Pv 5.4). A mulher adúltera não é apenas aquela que vive da prostituição. Essa não esconde sua identidade. Somente aqueles que desregradamente já perderam o pudor se lançam em seus braços. A sedução mais perigosa vem daquelas ou daqueles que se escondem atrás de máscaras atraentes e usam todo o jogo da sedução para atrair com os seus encantos os imprudentes. Embora essa sedução venha envelopada com palavras doces, o fim dessa linha é amargo como o absinto. Embora a cama do adultério seja cheia de prazeres picantes, no m, ela se transforma na maca da morte. Assim é o pecado: atraente aos olhos, mas perigoso para a alma. Tem cheiro de prazer, mas depois exala enxofre. Tem colorido atraente, mas depois revela densa escuridão. Traz numa bandeja de prata toda sorte de aventuras, mas depois escraviza e atormenta. Faz propaganda de vida, mas nos asfixia e mata. A mulher adúltera esconde atrás de sua sedução o punhal da morte. Ela atrai para sua cama macia e seus lençóis de cetim, mas o prazer dessa cama é fugaz e seu tormento é permanente. Os deleites dessa cama evaporam numa noite de êxtase, mas suas consequências permanecem a vida toda. A mulher adúltera não é instrumento de prazer, mas agente de sofrimento, vergonha e dor.

3. As consequências da imoralidade. Os versículos 7 a 14 iniciam com o apelo do sábio: ‘Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa” (Pv 5.8). Ora, se o(a) jovem não se afastar da(do) mulher (homem) imoral, esta(e) o tragará, O tempo passará, e o remorso consumirá a vida desse(a)jovem. Ele(a) falará no seu coração: “Como aborreci a correção” (Pv 5.12). Por isso, o caminho do bom senso está em ouvir a voz dos mestres e dos ensinadores (Pv 5.13), pois a vontade de Deus e que não sejamos condenados dentro da congregação dos santos (Pv 5.14), Por isso, seguir o caminho da mulher imoral e percorrer o caminho da perdição, da insensatez e do desequilíbrio moral. Naturalmente, os jovens cristãos são convidados pelo texto sagrado a não trilhar a marcha da insensatez imoral.

- Nestes versículos o poder destrutivo da imoralidade é esboçado graficamente. Em primeiro lugar, o autor adverte novamente que a adúltera deve ser evitada. Afasta dela o teu caminho (8) — "Fique longe dela" (Moffatt). No linguajar de hoje diríamos: "Não brinque com fogo, a não ser que você queira se queimar". O autor nos diz que o auto-indulgente chega ao final dos seus dias com o coração cheio de remorso e com as energias físicas totalmente dissipadas (9-11). Ele reconhece tarde demais o erro das suas esco­lhas. Ele diz: Como aborreci a correção! (12), que literalmente significa: "Como pude ser tão tolo de me recusar a seguir a orientação?". O homem dissoluto é tolo não somente diante de Deus, mas também à vista dos outros homens. Quase que em todo o mal me achei no meio da congregação (14) significa: "Quase fui sentenciado à morte pela congregação" (Moffatt), ou: "Eu estava à beira da ruína total" (RSV). As palavras do versículo 14 podem significar que esse ho­mem adúltero quase foi levado à condenação pública, e isso poderia ter significado um castigo severo e a morte (Lv 20.10; Dt 22.22; Ez 16.40). As palavras também podem significar desgraça pública mesmo que ele fosse membro da congregação de Israel ("qua­se caí na desgraça diante de todos", NTLH).

 

 

SUBSÍDIO 1

“Quando praticamente cada meio de comunicação nos bombardeia com material relacionado a sexo – um fenômeno que as gerações anteriores não viveram – também enfrentamos outro perigo. as oportunidades para cometer o adultério nunca estiveram mais presentes. Além disso, vivemos em uma sociedade que é mais acomodada do que nunca. Além das tentações que ocorrem na vida cotidiana, é possível acessar, pela internet, um serviço de encontros para pessoas que buscam casos amorosos! Assim, o que podemos aprender com as palavras de Salomão, quando esteve diante da sedução de um modo de vida luxurioso? Como podemos viver além da engrenagem deste tipo de tentação? O sábio ofereceu quatro decisões específicas para evitar o tropeço moral. Originalmente, Salomão escreveu isso para seu filho, pois a tentação é citada no feminino. Naturalmente, a tentação não discrimina, mas aflige os dois sexos, igualmente. Salomão incentivou seu filho a encher a sua mente com a Palavra de Deus, como uma maneira de se distanciar da mulher sensual que ele considera tentadora.” Adaptado de SWINDOLL, Charles R, Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro; CPAD, 2013, p. 113)

 

II. A RELEVÂNCIA DE PROVÉRBIOS 5 CONTRA A IMORALIDADE

1. Uma sociedade sexualizada. Por que Provérbios 5 é tão relevante para nós? Ora, a nossa geração é herdeira dos movimentos sociais de contestação sexual. Mais especificamente, a partir do que foi denominado Protestos de Maio de 1968, em que um movimento de jovens franceses universitários protestou contra os valores do Ocidente na universidade de Paris. Movimentos parecidos também estavam em andamento na América do Norte e Inglaterra. Esse período histórico marca o início da ideia da normalização da contestação de qualquer perspectiva de moderação na questão sexual. O sexo passou a ser tratado como um fim em si mesmo, onde a recreação individual, fosse seu maior objetivo. Por isso, toda forma de relacionamento sexual entre adultos passou a ser normalizada. O slogan “É proibido proibir” resume bem os valores seculares que a nossa geração herdou a partir de maio de 1968.

- "O mês de maio de 1968 ficou internacionalmente conhecido por ter sido um período de efervescência social que se iniciou a partir de protestos estudantis em Paris. Esses protestos alastraram-se pelo país e chegaram a abalar a ordem da Quinta República Francesa (iniciada em 1958). O movimento de maio de 1968 também ficou internacionalmente conhecido por ter motivado a continuidade de movimentos revolucionários em outras partes do mundo." Veja mais sobre "Maio de 1968" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/maio-1968.htm  A visão moderna do sexo antes do casamento é bastante frouxa. Um estudo descobriu que 75% dos adolescentes americanos fazem sexo antes do casamento. Quando os solteiros completam 44 anos, esse número sobe para 95 por cento (Finer, L. Public Health Reports, The Guttmacher Institute, janeiro-fevereiro de 2007, volume 122, páginas 73–78 em inglês). Mesmo entre as pessoas que se consideram cristãs, 57 por cento dos adultos norte-americanos acreditam que o sexo antes do casamento “num relacionamento sério” é por vezes ou sempre aceitável (Pew Research Center, https://pewrsr.ch/3lJyBBE, acessado em 08/11/22). ais estatísticas são alarmantes para os cristãos que levam a Bíblia a sério. Passagens como Efésios 5:3 dão orientações claras sobre a intimidade física fora do casamento: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos.” Esse mandamento coloca as “barreiras de proteção” ao longo de um caminho bastante rigoroso – nem mesmo um “sinal” de imoralidade deve ser encontrado entre o povo de Deus. Determinar um nível apropriado de intimidade física antes do casamento é algo que todo casal solteiro deve fazer. A fornicação é categorizada como pecaminosa na Bíblia, então a relação sexual antes do casamento está definitivamente fora dos limites. Outros atos sexuais, como o sexo oral ou anal, também seriam definidos como fornicação. No entanto, os limites devem ser ainda mais rígidos do que isso: qualquer coisa que “sugira” imoralidade sexual é inadequada para um cristão. A Bíblia não nos dá uma lista de atividades que “insinuam” imoralidade. Também não nos diz quais atividades físicas são “aprovadas” para um casal praticar antes do casamento. A ideia por trás da ordem é que a imoralidade sexual não deve existir entre o povo de Deus. Nunca dever haver ocasião para que os observadores mencionem tal coisa. Qualquer acusação de imoralidade ou comportamento inadequado na igreja deveria ser totalmente falsa. Onde traçar a linha? Quanta intimidade é demais antes do casamento? Visto que o ato sexual é errado para um casal solteiro, o comportamento que leva ao ato também deve ser restringido. Assim, os estímulos sexuais preliminares, que são o prelúdio natural da relação sexual, devem ser restritos aos casados. Qualquer coisa que possa ser considerada preliminar deve ser evitada até o casamento. Logicamente, isso inclui carícias, nudez e conversas e comportamentos eróticos. Um casal cristão solteiro deve conhecer as suas convicções e apegar-se a elas. Alguns casais estabelecem seus limites no beijo leve. Outros só vão até dar as mãos. Outros estabelecem limites ainda mais estritos, por uma questão de consciência. O importante é que seja permitido a cada crente viver de acordo com as suas próprias convicções. A consciência não deve ser violada. Se houver alguma dúvida se uma atividade é adequada para um casal solteiro, ela deve ser evitada, por precaução (Romanos 14:23). Os cristãos foram separados por Deus para os Seus santos propósitos e devemos ter cuidado para evitar a imoralidade. As Escrituras dão um forte aviso sobre este assunto: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1 Tessalonicenses 4:3-7). Todas as atividades sexuais e suas preliminares devem ser restritas aos casados. Um casal solteiro deve evitar qualquer atividade que os tente ao sexo, que dê a aparência de imoralidade ou que viole a consciência. https://www.gotquestions.org/Portugues/intimidade-antes-casamento.html

2. Não se pode dominar o desejo sexual? Essa era a consequência das ideias gestadas por trás do Movimento de 1968. A tese da vida sexual moderada nos Limites do matrimônio, como ensina a Fé Cristã, como repressão sexual é uma consequência natural do que já estava gestado por intelectuais antes do movimento de 1968. Hoje, o jovem está inserido numa cultura secularizada e sexualidade em que o Movimento Cultural. Pop com suas músicas, filmes e literatura estimula a sexualização dos corpos, de modo que leva a pessoa a pensar de fato ser impossível moderar os instintos sexuais. Logo, as consequências naturais dessas ideias são gravidez precoce, multiplicação dos abortos propositais, vícios em pornografia, transição de gêneros etc.

- A vida é feita de escolhas. Somos não o que sentimos e falamos, mas o que escolhemos fazer. Não basta receber o ensino; é preciso valorizá-lo e colocá-lo em prática. Não basta ser criado na disciplina e admoestação do Senhor; é preciso aprender com essas providências divinas. Aquele que tapa os ouvidos à voz do ensino e fecha o coração à disciplina sofrerá duros golpes na vida. Quem não escuta conselhos, escuta: “Coitado!” A obediência é a marca do cristão. A Palavra de Deus está cheia de ensinos e exortações, de preceitos e correções. O sábio é aquele que escuta e coloca em prática o que aprende. Acumular conhecimento para depois acintosamente desprezá-lo é insensatez. Receber instrução para depois negligentemente abandoná-la é tolice. Ser disciplinado e mesmo assim rebelar-se contra a correção é consumada loucura. Aqueles que não ouvem a doce voz do ensino receberão o rude chicote do castigo. Aqueles que são alertados sobre os riscos do adultério, e ainda seguem por esse caminho sofrerão na carne as consequências inevitáveis de sua rebeldia. A vida promíscua tem um alto preço. Aqueles que se entregam a esses prazeres efêmeros gemerão no fim da vida, consumidos pela culpa e pelas doenças do corpo e da alma.

3. O enfraquecimento da ideia do casamento. Naturalmente, em muitas realidades, o conceito bíblico de casamento e enfraquecido, a ideia de que o casamento e para sempre, que o relacionamento profundo e verdadeiro e para a vida toda, não faz sentido para muitos jovens hoje, Muitos deles se tornaram, de fato, produto do meio e infelizmente já se casam com o pensamento de se separar se o casamento não der certo. Não por acaso, o apóstolo Paulo traça um panorama da profunda distorção da natureza humana que pode ser constatado na vida de muitos jovens hoje: “Por isso, Deus os entregou aos desejos pecaminosos de seu coração. Como resultado, praticam entre si coisas desprezíveis e degradantes com o próprio corpo” (Rm 1.24- NW). É uma distorção completa do propósito de Deus para o bem-estar do ser humano. Por isso, Provérbios 5 faz muito sentido no cenário em que vivemos hoje.

- É corretamente compreendido que o casamento tem tudo a ver com continuidade. Num mundo de experiências, acontecimentos e compromissos transitórios, o casamento é intransigente. Ele simplesmente é o que é: um compromisso permanente feito por um homem e uma mulher que se comprometem a viver fielmente um para o outro até à separação decorrente da morte. É isso que faz do casamento o que ele é. A lógica do casamento é fácil de compreender e difícil de subverter, razão pela qual a instituição tem sobrevivido por milênios. O casamento dura por causa de sua condição fundamental. Uma sociedade saudável e ativa literalmente não sobrevive sem ele. Contudo, a modernidade pode ser vista como uma persistente tentativa de subverter o que é permanente — incluindo o casamento. A idade moderna trouxe o avanço da autonomia individual, o aumento populacional nas cidades, o enfraquecimento de compromissos familiares, o declínio da fé, a trivialidade do divórcio e uma multidão de outros progressos que subvertem o casamento e o compromisso que ele requer. Adicionado a essa lista, existe o fenômeno da coabitação. O século vinte viu o fenômeno da coabitação tornar-se algo esperado entre muitos, se não entre a maioria, dos jovens adultos. O final do século, com o avanço da intimidade (incluindo a intimidade sexual), era propenso a seguir um curso que partia do “ficar” até a coabitação. Um estudo novo conduzido pelo Centro Nacional de Estatísticas da Saúde sugere duas descobertas muito importantes: primeiro que, agora, coabitar é o padrão para jovens adultos. Segundo, que coabitar torna o divórcio mais provável após um eventual casamento. “A coabitação torna-se cada vez mais a primeira união entre jovens adultos que moram juntos.” diz o estudo. Os fatos parecem atemorizantes. A porcentagem de mulheres na faixa de 30 anos que relataram ter coabitado passa de 60 por cento — o dobro em relação aos últimos quinze anos. San Roberts documentou no The New York Times o aumento da coabitação entre os jovens. Ele mencionou Pamela J. Smock, da Universidade do Centro de Estudos da População de Michigan. “Da perspectiva de muitos jovens adultos, casar antes de viver junto com a outra pessoa parece tolice”, ela explica. Isso retrata a nova lógica perfeitamente — que seria tolice casar sem coabitar primeiro. Como sabemos se fomos realmente feitos um para o outro? Como podemos avaliar a compatibilidade sem a experiência de viver juntos? Essa lógica faz perfeito sentido numa sociedade crescentemente sexualizada, secularizada e “liberada” das expectativas do passado. Reagindo às descobertas da pesquisa, a professora Kelly A. Musick, da Universidade Cornell afirmou: “As descrições sugerem para mim que a coabitação ainda é um caminho em direção ao casamento para muitos que concluem um curso universitário, enquanto que, em si, parece ser um fim para mulheres menos educadas.” O estudo confirmou a afirmação dela: “A coabitação torna-se cada vez mais a primeira união entre jovens adultos que moram juntos… Como resultado da crescente prevalência da coabitação, também tem aumentado o número de crianças cujos pais moram juntos, mas não são casados.” Entretanto, conforme sugere esse novo estudo, a coabitação antes do casamento não leva a uma união mais forte e duradoura. Em vez disso, a experiência de coabitar enfraquece a união. Como Roberts relatou: “O estudo descobriu que a probabilidade de um casamento durar uma década ou mais é seis por cento menor se o casal viveu junto antes.” Pamela Smock argumenta que as pessoas não darão ouvidos à pesquisa. “Só porque alguns estudos acadêmicos têm mostrado que viver juntos pode, de alguma forma, aumentar a chance de divórcio, os próprios jovens não acreditam nisso.” Isso pode ser verdade, e certamente retrata o espírito da época. A experiência de coabitar simplesmente faz sentido para muitos jovens adultos. A lógica deles é que o casamento trata-se de algo que acontece depois que um relacionamento se torna íntimo sexualmente e é considerado satisfatório — não antes. Eles não sabem que, na verdade, estão desfazendo o casamento. Falham em compreender a lógica central do casamento como uma instituição de continuidade. Falham em compreender a sabedoria essencial do casamento — que o compromisso deve vir antes da intimidade, que os votos devem vir antes do viver compartilhado, que a sabedoria do casamento está antes em sua continuidade e não em sua prática. A coabitação enfraquece o casamento — porque um compromisso temporário e transitório sempre enfraquece um compromisso permanente. Depois que um casal vive junto, existindo a evidente possibilidade de separação, tal possibilidade sempre permanece, nunca cessa. Essa pesquisa pode não alterar os planos de muitos jovens casais que provavelmente não a lerão, e que muito menos serão por ela advertidos. Entretanto, ela confirma o que torna o casamento o que ele é, e o que o enfraquece e destrói enquanto uma instituição. É claro que partindo de uma perspectiva cristã, há mais a ser considerado. Somos lembrados do casamento como um dom e uma expectativa de Deus, e da bondade divina nessa instituição. Também somos lembrados que é nosso Criador que sabe da nossa necessidade de continuidade antes da prática, e não nós mesmos. Precisamos de casamento. Traduzido por: Ana Paula Eusébio Pereira. Traduzido do original em inglês: Permanance before experience – the wisdom of marriage. extraído do blog: www.albertmohler.com

 

SUBSÍDIO 2

É difícil ignorar a beleza e o charme. Pessoas atraentes tentam nos convencer a comprar determinados produtos. O candidato político com aparência física mais atraente tem vantagem nas pesquisas. Assim, por que esperaríamos que esta preocupação com a beleza física cessasse, repentina e automaticamente, quando interagimos com pessoas normais, no trabalho, na escola, em casa ou no mercado? Infelizmente, este autocontrole mental é uma questão de disciplina. Não é fácil, nem automático. Devemos reeducar, conscientemente, nossas mentes, para remover a beleza física de nosso processo mental. Devemos nos educar para olhar além dela. Devemos tomar a decisão consciente e habitual de deixar de lado qualquer consideração sobre a beleza e nos relacionarmos com qualquer pessoa como se fosse um irmão ou irmã. Devemos nos educar para olhar além da beleza e assim não ser levado pela imoralidade.” (Adaptado de, SWINDOLL, Charles R Vivendo Provérbios, Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 114.)

 

III. A MORALIDADE SEXUAL CRISTÃ COMO PROTEÇÃO CONTRA A IMORALIDADE

1. A delimitação sexual da moralidade cristã. Em uma de suas obras, o apologeta cristão, C. S. Lewis, nos lembra uma doutrina cristã constrangedora para quem não passou pela experiência da regeneração e se encontra imerso na cultura atual: a castidade como uma prática da virtude cristã. Dessa maneira, ele ainda nos lembra que a virtude da castidade se resume na seguinte regra: “O casamento deve ser com fidelidade completa ao cônjuge ou, fora dele, apenas completa abstinência sexual”. Sim, pela Palavra de Deus, a moralidade sexual tem uma delimitação muito clara: “Fugi da prostituição”. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co 6.18; cf, 7.8; 1 Tm 2.22). Assim, diferentemente das ideias dominantes de nossa sociedade cultural a Bíblia não considera o instinto sexual degenerado como algo insuperável em que o ser humano não pode vencer, Quem passou pela experiência de regeneração, com o auxílio do Espírito Santo, pode desenvolver as virtudes do “domínio próprio” e da “temperança” e, como o apóstolo Paulo, pode exclamar: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm: todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Co 6.12)

- Castidade é um estado de pureza. É uma atitude que a pessoa toma em relação à preservação do seu corpo no tocante a uma prática sexual indevida. É uma virtude que está associada à sexualidade, e não apenas ao ato sexual. É a abstenção de prazeres carnais, sexuais, e de tudo que a eles se refere. Você pode estranhar, mas a castidade aos olhos de Deus é tão importante que é recomendada até para as pessoas casadas. Para os casais? Sim! Castidade para os cônjuges não significa abstinência sexual, como é para os solteiros, e sim fidelidade, temor, respeito e pureza no relacionamento conjugal. Os casados não estão autorizados por Deus a ter uma vida desregrada sexualmente (infidelidade), pois atrairão para si o juízo divino (Hb 13.4). Observe que a castidade, então, é uma forma de viver, preservando-se de atos sexuais condenados por Deus e demonstrando amor para com o próprio corpo e mente. Castidade é diferente de virgindade, pois mesmo uma pessoa que tenha tido uma vida sexual ativa antes de conhecer a Jesus como seu Salvador, depois da conversão pode se tornar casta. Muitos jovens chegam à igreja e se convertem depois de terem vários tipos de relacionamentos, mas se esse jovem, pela fé, entendeu que o melhor caminho é a abstinência sexual até que se case, ele será um jovem casto. Muitos jovens se tornam castos depois da conversão, pois como nova criatura, estão buscando guardar seu corpo e mente para um compromisso futuro, segundo os padrões divinos. Uma das sutilezas de Satanás é investir na prática do sexo ilícito, tal como, o adultério, a fornicação, como também no sexo que é contra a natureza. Esses tipos de imoralidade sexual, que são praticados pelo povo do mundo, de certa maneira provocam a ira de Deus, com o atenuante de não conhecerem a Sua palavra. Porém, para aqueles que professam a fé cristã e passaram a estar na condição de salvos e se engendram para esse tipo de imoralidade, a sua situação se torna mais grave pelo fato de conhecerem a palavra não estando mais no tempo da ignorância. É preciso entender que como cristãos estamos debaixo de leis espirituais e, nesse caso, o pecado é imputado, o que implica em perder a salvação se não houver arrependimento e conserto. Lembrando que é um pecado que provoca a ira de Deus. 1 Coríntios 6.15 – Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 1 Coríntios 6.16 – Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 1 Coríntios 6.18 – Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Entre muitas coisas que não nos convém, está a imoralidade sexual e, a gravidade disso, é que ficarão de fora do reino de Deus, os que praticam este tipo de pecado. Paulo escreveu esta carta aos cristãos que habitavam na cidade de Coríntios, alertando a todos eles acerca deste gravíssimo pecado, que é a imoralidade sexual. Paulo escreveu esta carta aos cristãos que habitavam na cidade de Coríntios, alertando a todos eles acerca deste gravíssimo pecado, que é a imoralidade sexual. Na cidade de Coríntios havia mil prostitutas cultuais, que serviam à deusa Afrodite, as quais se prostituiam para arrecadar dinheiro para os sacerdotes que administram o templo dessa pseuda deusa. A Bíblia tem uma listagem de pecados em que os cristãos não entrarão no reino dos céus, dos quais entre eles está o da impureza sexual. A palavra diz que se Cristo nos libertou, verdadeiramente seremos livres, mas o que não podemos deixar é que essa liberdade não vire uma oportunidade para a carne. Todo o sexo fora do casamento é pecado, mas quando cometido por cristãos é imputada uma grave condenação, porque profana o corpo de Cristo, com quem o crente é um. O pecado da imoralidade sexual, envolve o adultério, no caso de marido e mulher, a fornicação, que é o sexo antes do casamento, como também a prostituição, na qual entra o solteiro(a), o viúvo(a), o desquitado(a), que venham praticar sexo nessas condições. O imperativo é fugir da imoralidade, ou seja, continuamente manter-se em fuga até que passe o perigo, porque se ceder cairá nas redes do Diabo e, aí para escapar não vai ser fácil. A intimidade sexual é uma união muito profunda entre as pessoas, mas o seu uso fora do que a palavra de Deus orienta, vai corromper seu nível de espiritualidade declinando-a totalmente tornando-o um ser completamente imundo.  O pecado fora do corpo, ou externo, envolve várias coisas que a carne pratíca, porém estes pecados não dá o poder do corpo para outra pessoa, mas o pecado contra o próprio corpo, no sentido interior, é dar o poder do corpo para outra pessoa e torná-lo vil.

2. A pedagogia da abstinência sexual. Aos Jovens solteiros, cabe o desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto é, a abstinência sexual como preparação para o casamento. Como vimos, do ponto de vista bíblico, o(a) jovem cristão(ã) não é puramente instinto sexual. Ele(a) sabe que a satisfação sexual tal qual a Bíblia ensina não é egoísta, descartável é ilusória, mas cumpre um sentido quando nos unimos a pessoa amada e com ela compartilhamos e dividimos toda uma história de vida que glorifique a Deus no casamento (1 Co 6.20; cf. 1 Co 10.31,32). Enquanto esse tempo não chega, nós guardamos, esperamos a pessoa amada. Desse modo, percebemos que a abstinência sexual e pedagógica, pois ela nos ensina que em tudo deve haver comedimento, equilíbrio e parcimônia, Com ela, na vida de solteiro, aprendemos que devemos esperar passar por períodos de abstinência na vida de casado. Sim, a abstinência sexual também ocorre na vida dos casados, por causa de uma doença ou tratamento de saúde em que um dos cônjuges não pode manter um relacionamento sexual regular por um período, quer por propósitos espirituais entre os cônjuges em comum acordo (1 Co 2.5). Assim, a abstinência sexual na vida de solteiro ensina que na vida de casado nem tudo no relacionamento entre homem e mulher tem a ver com sexo.

- 2 Coríntios 6.19 – Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6.20 – Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. A palavra diz que a glória da segunda casa será maior do que a primeira, o que significa que a primeira casa era o templo em Jerusalém, conhecido como a casa de Deus, onde ele manifestava a sua glória e não existe mais. Resta saber, qual é a segunda casa onde Deus agora manifesta a sua glória? A Bíblia revela que a segunda casa somos nós, identificados como templo do Espírito Santo, onde ele manifesta a Sua glória. Então entendemos que a glória da segunda casa somos nós e isso nos leva a ter o máximo de compromisso tendo uma vida purificada e afastada de todo o pecado que venha nos tornar impuro. Como somos o santuário de Deus, o pecado a imoralidade sexual acaba profanando o templo do Espírito Santo, o que impede que a sua glória se manifeste, pois Ele não se manifesta em templo profanado. Nós não pertencemos mais a nós mesmos, porque fomos comprados por um alto preço, não com coisas corruptíveis como ouro e a prata, mas com o precioso sangue derramado na cruz. Nossos corpos como templo tem o objetivo principal de glorificar a Deus, com uma vida santificada e de adoração a serviço do seu reino. Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1 Pedro 4:2

3. A beleza da vida sexual dentro do matrimônio cristão. Segundo o ensino bíblico, o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co 7.8,9). Essa união profunda e verdadeira se concretiza diante de Deus no relacionamento sexual entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). Essa união, segundo o texto bíblico, ninguém pode separar (Mc 10.7-9), pois ela não se resume a mera necessidade fisiológica, mas e a necessidade de, diante de Deus, estabelecer um projeto de vida e viver um projeto atemporal divino que é o estabelecimento de uma família. Em vista disso, Provérbios 5 traz uma seção de versículos em que o sábio estimula que se desfrute da vida sexual com sua esposa, aquela da sua juventude (Pv 5.15-19). No casamento, homem e mulher podem, e devem, desfrutar do prazer sexual em que o amor, o respeito e o compromisso de vida de ambos foram aliançados diante de Deus e da igreja do Senhor, até que a morte os separe (Mt 19.6).

- O autor da Carta aos Hebreus diz: “Venerado entre todos seja o matrimônio e o leito sem mácula, mas aos adúlteros e aos que se dão à prostituição, Deus os julgará” (Hb 13.4). Muitos, erroneamente, acreditam que prostituição ocorre somente quando uma pessoa paga ou recebe dinheiro para fazer sexo. Porém, aos olhos de Deus, quando um jovem solteiro mantém um relacionamento sexual, está se prostituindo e seu relacionamento está manchado. O sexo entre pessoas solteiras é chamado fornicação. Na Bíblia, tal prática é tida como uma impureza sexual. Quem se entrega a tal prática não herdará a vida eterna (Ap 21.8). Quando Deus nos diz que devemos nos resguardar sexualmente até o casamento não planeja nos punir ou castigar. Na verdade, Ele está nos poupando de problemas físicos e emocionais advindos de uma sexualidade precoce. A ordem divina não apenas nos poupa desses problemas, mas igualmente de doenças sexualmente transmissíveis e de planos frustrados, como deixar de concluir os estudos por força de uma gravidez fora de hora e as responsabilidades da maternidade e paternidade não planejados. Portanto, vale a pena esperar em Deus e ter uma vida casta. A castidade não é apenas a abstinência do ato sexual, mas sim uma forma de agir, pensar e de conviver com outras pessoas. Uma pessoa casta policia seus pensamentos, a forma como se veste, como fala e como se relaciona com o próximo, para não despertar desejos sexuais indevidos em outras pessoas. O jovem e a jovem que temem a Deus não devem despertar desejos sexuais que não poderão ser satisfeitos fora do casamento. Castidade é mais que abstinência do sexo; é um estilo de vida que demonstra respeito não apenas a Deus, mas também por si mesmo, para que seu corpo não seja visto como um objeto a ser descartado depois de ter dado prazer a alguém. A cultura de nossos dias ensina que a vida sexual antes do casamento é benéfica, e que se uma pessoa não está satisfeita com seu namorado, pode buscar o prazer com outra pessoa. Esse é um pensamento satânico e fere o princípio dado por Deus sobre o homem e a mulher serem um por meio do casamento. Paulo diz que se um homem se junta com uma prostituta, faz-se um só corpo com ela (1Co 6.16). Seja solteiro(a), seja casado(a), se um homem ou mulher busca o prazer sexual fora dos limites ordenados por Deus, não pode esperar ser abençoado(a) por Ele nessa área.

 

CONCLUSÃO

Temos visto os apelos da imoralidade sexual presente em nossa sociedade, Entretanto, a Palavra de Deus nos afirma que não precisamos ser dominados por eles. E muito melhor viver de acordo com o que a Palavra de Deus nos ensina, de modo que podemos, sob o Espírito Santo, ter nossos sentimentos e vontade ordenados pela Palavra de Deus. Logo, no matrimônio, podemos nos realizar por completo de um modo que glorifique a Deus em nós.

- Finalizo este subsídio, pedindo a Deus que não apenas a temperança e o domínio próprio, mas todas as virtudes do Espírito Santo, façam parte da sua vida e também da minha, a fim de que cumpramos nossa missão neste mundo, a missão de brilhar como astro no meio desta sociedade pervertida e corrupta; vivendo como verdadeiros filhos de Deus, como autênticas filhas do Rei, inculpáveis e irrepreensíveis (Fp 2.15), pois a única Bíblia que muitos dos nossos amigos e amigas têm oportunidade de ler é a que está escrita nas páginas do nosso viver. A Bíblia diz que Deus julga aqueles que abusam do sexo. O sexo é uma bênção de Deus, a fim de que o homem e a mulher tenham satisfação e possam procriar. Entretanto, o sexo exige responsabilidade e compromisso que apenas o casamento proporciona. Qualquer prática sexual fora do matrimônio, seja para solteiros, seja para casados, corrompe o que o sexo tem de bom e atrai o julgamento de Deus. Portanto, guarde-se dessa prática e espere que Deus conduza você a um casamento abençoado e a uma vida sexual dentro dos padrões divinos. Essa advertência não é um indício de que Deus valoriza o sexo dentro dos limites que Ele mesmo prescreveu? O jovem cristão deve ser puro para que tenha a bênção de Deus.

Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.

Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!

Dele seja a glória!

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Francisco Barbosa (@Pbassis)

Graduado em Gestão Pública;

Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

Professor de Escola Dominical desde 1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS, 2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima), 2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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HORA DA REVISÃO

1. De maneira resumida, apresente a estrutura do capítulo 5 de Provérbios.

Resumindo, o capítulo 5 traz um apelo à sabedoria (vv. 1,2); descreve o perigo da mulher estranha e imoral (vv. 3-6); expõe a consequência destruidora desse relacionamento (vv. 7-14); e faz um apelo à fidelidade no matrimônio como antídoto contra a mulher estranha (vv. 15-23).

2. Como os versículos 7 a 14 iniciam?

Os versículos 7 a 14 iniciam com o apelo do sábio: “Afasta dela o teu caminho e não te aproximes da porta da sua casa” (Pv 5.8).

3. Como ficou conhecido o período histórico que caracteriza o movimento de protesto contra os valores do Ocidente na Universidade de Paris?

“É proibido proibir”

4. Que tipo de virtude a ser desenvolvida cabe aos jovens solteiros?

Aos jovens solteiros, cabe o desenvolvimento da virtude da castidade cristã, isto é, à abstinência sexual como preparação para o casamento.

5. Segundo o ensino bíblico, onde que o relacionamento sexual é permitido aos jovens cristãos?

Segundo o ensino bíblico, o relacionamento sexual só é possível no casamento (1 Co 7.8,9).