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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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7 de julho de 2024

EBD JOVENS|Lição 2: Como viveremos na Babilônia|3° Trimestre de 2024

 Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO PRINCIPAL

”Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.” (Jr 29.7)

Entenda o Texto Principal:

- buscai a paz da cidade para onde eu vos levei, e orai por ela ao SENHOR (Esdras 6:10; Romanos 13:1; 1Timóteo 2:2). Não apenas suportem o jugo babilônico pacientemente, mas orem por seus senhores, isto é, enquanto durar o cativeiro. O bom momento de Deus viria quando eles orassem pela queda da Babilônia (Jeremias 51:35; Salmo 137:8). Eles não deveriam evitar esse tempo. A religião verdadeira ensina submissão paciente, não sedição, mesmo que o príncipe seja descrente. Em todos os estados da vida, não deixemos de lado o conforto que podemos ter, porque não temos tudo o que teríamos. Existe aqui uma antecipação do amor do evangelho para com os inimigos (Mateus 5:44). [Jamieson; Fausset; Brown]

 

RESUMO DA LIÇÃO

O crente fiel pode habitar na Babilônia, mas a cultura da Babilônia não pode ter domínio sobre ele.

Entenda o Resumo da Lição:

- Daniel exerceu grande integridade e, ao fazê-lo, recebeu o respeito e o afeto dos poderosos governantes que ele servia. No entanto, sua honestidade e lealdade para com seus mestres nunca o levaram a comprometer sua fé no único Deus verdadeiro. Em vez de ser um obstáculo ao seu sucesso, a contínua devoção de Daniel a Deus trouxe-lhe a admiração dos incrédulos em seu círculo. Ao transmitir suas interpretações, ele foi rápido em dar a Deus o crédito por sua capacidade de fazê-lo (Daniel 2.28).

 

TEXTO BÍBLICO

Daniel 1.1-3

1. No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou,

No terceiro ano. 606-605 a.C. Esse era o terceiro ano de acordo com a datação dos babilônios, que não contava o ano em que o rei ascendia o trono, mas começava com o ano seguinte. Assim, o "terceiro ano" está em harmonia com o mesmo ano rotulado como o "quarto" pelo sistema judaico de datação (cf. Jr 46.2}. Jeoaquim. Filho de Josias, que reinava (609-597 a.C.) quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém pela primeira vez. Nabucodonosor. Filho de Nabopolassar, que governava a Babilônia (c. 605-562 a.C.).

2. E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

Sinar. Outro nome para a Babilônia, seu deus. Bel ou Marduque (o mesmo que Merodaque). A religião babilônia reconhecia também outros deuses (cf. 1.17). Conquistar as deidades de outras nações era crido provar a superioridade do deus do vencedor.

3. E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres.

Aspenaz, chefe de seus eunucos. “Eunucos” significam os camareiros do rei. da família real. Compare a profecia a Ezequias: “Eis que vêm dias, em que tudo o que está em tua casa, e tudo o que teus pais entesouraram até hoje, será levado a Babilônia, sem restar nada, disse o SENHOR. E de teus filhos que sairão de ti, que haverás gerado, tomarão; e serão eunucos no palácio do rei da Babilônia.” (2Reis 20:17-18). [JFU].

 

- OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

- Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Ao chegarem a Babilônia, os jovens hebreus se depararam com um mundo novo e uma cultura completamente distinta de sua terra natal, A civilização babilônica, desenvolvida na região da Mesopotâmia, destacava-se em diversas áreas, ficando famosa por ter estabelecido a primeira legislação escrita, conhecida como “Código de Hamurabi”. No entanto, era dominada pelo paganismo e pela imoralidade, por isso é um símbolo bíblico de um sistema reprovável diante de Deus. Dentro desse ambiente, repleto de desafios culturais e morais, como Daniel e seus amigos deveriam viver? A presente lição nos permitirá compreender que a maneira como eles encaravam a cidade, mantendo-se fiéis aos princípios que aprenderam em Judá, desempenhou um papel fundamental na construção de um testemunho sólido ao longo de sua jornada no exílio.

- A integridade de Daniel como um homem de Deus lhe rendeu favor no mundo secular, mas ele se recusou a comprometer sua fé em Deus. Mesmo sob a intimidação de reis e governantes, Daniel permaneceu firme em seu compromisso com Deus. Daniel também nos ensina que, independentemente de com quem estejamos lidando, ou de sua posição social, devemos tratá-los com compaixão. Veja como ele estava preocupado enquanto transmitia a interpretação do segundo sonho de Nabucodonosor (Dn 4.19). Como cristãos, somos chamados a obedecer aos governantes e autoridades que Deus estabeleceu, tratando-os com respeito e compaixão; no entanto, como vemos no exemplo de Daniel, obedecer à lei de Deus deve sempre preceder a obediência aos homens (Rm 13.1–7; At 5.29). Como resultado de sua devoção, Daniel achou graça diante dos homens e de Deus (Dn 9.20-23). Observe também nesses versículos o que o anjo Gabriel disse a Daniel sobre a rapidez com que a resposta à sua oração foi enviada. Isso nos mostra como o Senhor está pronto para ouvir as orações de Seu povo. A força de Daniel se encontrava em sua devoção à oração e é uma lição para todos nós. Não é só nos maus momentos, mas no dia-a-dia que precisamos ir a Deus em oração.

 

I. A CHEGADA DE DANIEL E SEUS AMIGOS NA BABILÔNIA

 

1. Deportados para uma terra estranha. Os judeus foram deportados para o exílio babilônio em três levas (605, 597 e 586 a.C). No primeiro grupo estavam alguns israelitas de origem nobre. Usando uma estratégia comum na antiguidade, o objetivo de Nabucodonosor era treiná-los para ocuparem posições importantes e servirem ao reino dos conquistadores. Dentre os requisitos, esses rapazes deveriam ser “sem nenhum defeito, de boa aparência, sábios, instruídos, versados no conhecimento e que fossem competentes para servirem no palácio real” (Dn 1.4). Em outras palavras, eles haviam de ser fisicamente saudáveis, esteticamente bonitos e intelectualmente inteligentes, e também dotados de cultura geral e de sabedoria prática para a vida no palácio. Que lista de qualidades!

- Depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, sitiou Jerusalém, ele escolheu homens nobres da família real de Israel que eram bonitos e mostravam aptidão para aprender a fim de serem treinados nos caminhos dos babilônios. Após o seu treinamento de três anos, eles seriam colocados a serviço do rei (Daniel 1:1-6). Daniel, cujo nome significa "Deus é meu juiz", e seus três compatriotas da Judeia foram escolhidos e receberam novos nomes. Daniel tornou-se "Beltessazar", enquanto Hananias, Misael e Azarias se tornaram "Sadraque", "Mesaque" e "Abede-Nego". Os babilônios provavelmente lhes deram novos nomes que estavam completamente dissociados de suas raízes hebraicas para agilizar a assimilação da cultura babilônica por parte de Daniel e seus amigos. As qualificações exigidas dos judeus que seriam treinados nos negócios do estado babilônio incluíam que eles fossem: 1) fisicamente livres de deficiências ou manchas na pele e ter boa aparência, ou seja, agradáveis à vista das pessoas; ou; 2) mentalmente aguçados; 3) socialmente equilibrados e refinados para representar a liderança. A idade dos escolhidos para serem treinados provavelmente era entre 14 e 17 anos.

2. Jovem Daniel e seus companheiros. Daniel fazia parte desse grupo, juntamente com Hananias, Misael e Azarias. Daniel descendia de uma família da aristocracia, talvez até mesmo pertencesse à linhagem real de Judá. Nessa época, tinha provavelmente entre quatorze e dezoito anos de idade. Você pode imaginar o que se passava na cabeça desses jovens? Eles estavam cheios de virtudes e sonhos, com grandes expectativas sobre o futuro em Jerusalém, e agora foram arrancados abruptamente da comodidade do lar. De uma hora para outra suas vidas mudaram de percurso. Ainda que fossem piedosos e tementes a Deus, tiveram de enfrentar o sofrimento e a vergonha de serem levados como escravos de um rei ambicioso e cruel. A terra natal havia sido devastada, os muros derrubados, o Templo destruído, amigos e familiares assassinados por ocasião da invasão (2 Cr 36.6-20; Lm 5). Todavia, não deixaram se abater pelas circunstâncias da sua vida, pois sabiam que tudo decorria da benevolência de Deus.

- A maior parte das pessoas que habitavam o reino de Judá achava-se tão corrompida que Deus não teve outra alternativa senão corrigi-la, levando-a para o cativeiro. Evidentemente nem todos se corromperam. Havia uma minoria que não se rebelou contra Deus. A Bíblia narra a história de quatro jovens tementes a Deus: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. A despeito do colapso de seu próprio país, eles guardaram puro o seu caminho numa terra pagã. A partir do estudo dos textos sagrados disponíveis, os jovens descendentes da tribo de Judá aprenderam a distinguir entre o único Deus verdadeiro de Israel e os falsos deuses de Babilônia. Eles conheciam a importância de serem fiéis e honestos em todas as suas ações. Eles foram educados dentro dos padrões judaicos. Deus ordenou que os pais judeus ensinassem diligentemente a Sua Palavra aos seus filhos (ver Deuteronômio 6:6-7). O jovem Daniel e seus amigos resguardaram as suas vidas através do estudo da Palavra de Deus. Eles não tiveram acesso à boa parte daquilo que hoje conhecemos como Bíblia. Ainda não haviam sido escritos todos os livros do Antigo Testamento, bem como nenhum dos livros do Novo Testamento. Eles foram capazes de fazer separação entre alimentos próprios e impróprios ao consumo humano, baseando-se em Levítico 11 e Deuteronômio 14. Eles conheciam a importância das orientações de Deus sobre o perigo de beber vinho e bebidas fortes. Com certeza eles sabiam da dramática experiência de Nadabe e Abiú e os conselhos de Deus revelados em Levítico 10:9-11. As muitas experiências vitoriosas vividas por aqueles quatro jovens em Babilônia ficaram registradas nos anais da história. Daniel e seus companheiros transformaram-se em fiéis testemunhas do Deus de Israel longe de sua terra natal.

3. O sofrimento do justo. A história de Daniel e seus amigos nos faz recordar que os justos podem passar por provações. O sofrimento é uma parte comum da experiência humana e não poupa aqueles que temem ao Senhor (Ec 9.2), No Novo Testamento, Paulo e Tiago expressam essa verdade (Rm 5.3,4: Tg 12,3). Foi com fundamento nesse tipo de entendimento que Daniel e seus amigos não ousaram reclamar de Deus. Não buscaram vingança ou retaliação, mas procuraram ser canal de bênção onde se encontravam. Embora novos, tinham a mente madura o suficiente para não adotarem uma postura de amargura e vitimismo.

- Os responsáveis de Judá tinham sido avisados pelos profetas, mostrando que o caminho da obediência seria o caminho do seu livramento, mas a desobediência seria castigada – Daniel não era diretamente culpado, mas nele se cumpriu a Palavra de Deus – “visitarei a maldade dos pais nos filhos”. Os babilônios tinham como hábito procurar jovens talentosos e treiná-los para serem homens experientes na corte imperial. Dentre os cativos, o jovem Daniel era um nobre, descendente do reino de Judá. Desde os primeiros dias de seu exílio, a Palavra de Deus diz que Daniel era instruído em toda a sabedoria, douto em ciência e versado no conhecimento (ver Daniel 1:4). Torna-se evidente, que ele já recebera considerável grau de instrução, como aluno judeu, no reino de Judá. Um dos aspectos marcantes do povo de Deus era a sua notável devoção à educação. A Palavra de Deus menciona especificamente que ele se tornara versado na língua e cultura dos caldeus. Durante três anos ele e seus três amigos deveriam receber provisões reais e educação, de modo que pudessem ser preparados a fim de servirem no governo de Nabucodonosor (ver Daniel 1:5). Eles foram educados na filosofia babilônica e aprenderam sobre o intelectualismo dessa cultura e sua religião. Porém, os sábios conselhos e instruções de seus pais, não foram esquecidos. Daniel resolveu agradar a Deus e Deus resolveu abençoar a vida de Daniel. De acordo com as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo (ver Mateus 24:15), Daniel foi um profeta de Deus. Dwight L. Moody (1837-1899) declarou: “Não sei coisa alguma dos sábios que moravam em Babilônia, mas sei que o mais digno dos homens da Babilônia passou a ser Daniel, depois da sua chegada”. As informações relatadas na Bíblia sugerem que Daniel teria passado o resto da sua vida naquela mesma região. Ele passou por várias provações e permaneceu em posições importantes até o fim do império babilônico, que caiu aos medo-persas em 539 a.C. Daniel, então velho, ainda serviu por alguns anos no governo do novo império. Foi neste período que ele se mostrou fiel na sua provação mais conhecida, sobrevivendo uma noite na cova dos leões.

 

II. A IMPONENTE BABILÔNIA

1. A capital imponente. Babilônia, localizada às margens do rio Eufrates, era uma cidade-estado rica e servia como um importante centro comercial entre o Oriente e o Ocidente. Os jovens possivelmente ficaram admirados com a sua grandiosidade, a maior da época, distante cerca de 1500 quilômetros de Jerusalém. Era uma metrópole impressionante, conhecida por sua suntuosa arquitetura. A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha com milhares de torres. A sua cultura, como a atual, era orientada a imagens e a estética. A cidade se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. Era fácil alguém ser seduzido por seu luxo e opulência, como ocorre com a mídia hodierna.

- Por volta de 1900 a.C., um novo processo de invasão territorial dizimou a dominação dos sumérios e acádios na região mesopotâmica. Dessa vez, os amoritas, povo oriundo da região sul do deserto árabe, fundaram uma nova civilização que tinha a Babilônia como sua cidade principal. Somente no século XVIII o rei babilônico Hamurábi conseguiu pacificar a região e instituir o Primeiro Império Babilônico. A Babilônia era uma cidade muito antiga e próspera, situada no atual Iraque. Era um poderoso centro comercial e cultural e se tornou na capital de um império. O imperador babilônico Nabucodonosor invadiu o reino de Judá, que ficou debaixo de seu poder. Quando Judá se rebelou, Nabucodonosor atacou o país novamente, destruiu Jerusalém de deportou o povo para a Babilônia (2 Reis 25:8-11).

2. A ostentação da cidade. Toda a exuberância das obras arquitetônicas era uma forma de representar o poder do império, Nabucodonosor queria ostentar sua força e riqueza por meio de coisas materiais e de suas realizações, relembrando a fundação original da cidade (Gn 11.1-9). Os descendentes de Noé pretendiam construir uma cidade com uma torre tão alta que alcançaria o céu, usando tijolos e betume, uma espécie de piche. Além de não terem consultado ao Senhor, o propósito era a fama e a falsa sensação de segurança sem Deus. Os homens usaram toda inteligência que possuíam e a engenharia da época para construir um edifício simplesmente para a sua própria glória. Deus, porém, não se agradou do empreendimento e, por isso, confundiu as línguas e os espalhou pela terra, dando à cidade o nome de Babel.

- O nome de Babel (hebraico) [(em babilônio: Bâbili, "porta de Deus"]está relacionado à palavra hebraica que significa "confundir". A partir do relato de Gn 11.1-9, Israel compreendeu não somente como tantas nações, povos e línguas chegaram à existência, mas também as origens rebeldes do seu inimigo arquetípico, a Babilônia. Localizada na região da Mesopotâmia, no atual território do Iraque, a Babilônia floresceu ao longo de vários períodos, deixando sua marca indelével na história da humanidade. Acredita-se que sua fundação remonte ao terceiro milênio a.C., durante o período conhecido como Dinastia Amorita. A cidade começou como um centro comercial e agrícola, situada às margens do rio Eufrates.

3. Uma cultura pagã. Os babilônios atribuíam grande importância a sua religião. Acreditavam que os deuses governavam todos os aspectos da vida, desde os assuntos cotidianos até os eventos cósmicos. Marduque, o seu principal deus, era considerado o patrono da Babilônia. Uma das principais portas da cidade era dedicada a lshtar, a deusa da fertilidade, do amor e da guerra, Havia um templo dedicado ao seu culto. A Bíblia apresenta Babilônia por meio de suas características de idolatria e prostituição espiritual. (Na 3.4 Is 23.15, Jr 2.20). A atmosfera da cidade era impregnada pelo paganismo e politeísmo.

- Durante os períodos imperiais, os babilônios estabeleceram um culto unificado em todo o império, no qual o deus Marduk (padroeiro da Babilônia) se impunha sobre o resto dos deuses (cujo culto, além disso, se mantinha nas cidades conquistadas). Os babilônios usaram três armas para aculturar os jovens judeus capturados: a alimentação; a educação, e a mudança de nomes: Daniel (“Deus é meu juiz”) tornou-se Belsazar (“Bel protege sua vida”), Ananias (“Yahweh tem sido misericordioso”) tornou-se Sadraque ( “no comando de Aku”, a deusa Lua), Misael (“Quem é como Deus?”) foi alterado para Mesaque (“Quem é que Aku?”) e Azarias (“o Senhor ajuda”) foi chamado Abednego (derivado de “servo de Nebo”, um dos principais deuses da Babilônia).

 

III. A CULTURA E O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

 

1. Símbolo de oposição aos valores divinos. Biblicamente, Babilônia é tanto um lugar geográfico, quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais (Ap 14.8, 17.1,2, 18.2,3). Ainda hoje, o espírito e a cultura da Babilônia permeiam a sociedade, simbolizando rebelião e ideologias mundanas que confrontam a verdade divina. Ela é uma metáfora para a idolatria, paganismo e toda falsidade religiosa, bem como símbolo da degeneração moral, inversão de valores, depravação e materialismo presentes nos sistemas político, cultural, midiático e econômico.

- Jovens longe de casa enfrentam tentações. Se cruzar a linha e violar alguns princípios ensinados pelos pais, quem vai saber? Imagine, então, jovens levados de uma maneira violenta para uma terra estranha. Eles nem sabiam se os pais ainda estavam vivos. Poderiam até duvidar o poder do Deus que serviam, pois ele não protegeu seu povo dos ataques da Babilônia. E agora o imperador mandou que eles fossem preparados para servir no governo dele. Seria grande coisa se submeter às ordens deste rei poderoso? Daniel percebeu que alguma coisa dos alimentos e bebidas fornecidos pelo rei traria contaminação. É provável que alguns destes alimentos fossem proibidos para os judeus na lei dada no monte Sinai 800 anos antes. Como este jovem reagiu? Poderia ter oferecido desculpas, dizendo que ele não tinha controle da situação e teria que ceder às ordens do rei. Daniel não tinha controle da situação, nem do rei, nem do homem encarregado da responsabilidade de supervisionar os jovens em treinamento. Mas ele tinha controle de si, e tomou a sua própria decisão. “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (1:8). Deus abençoou esta decisão de Daniel, e o chefe permitiu que ele e os seus companheiros fizessem uma experiência, comendo comidas mais simples durante dez dias. Deus estava com eles, e o chefe viu que progrediram mais do que os jovens que comiam os alimentos do rei. O resultado foi favorável, mas a decisão de Daniel não foi condicionada no resultado. Ele decidiu fazer a coisa certa antes de falar com o chefe. Mesmo se este tivesse recusado o pedido do jovem, Daniel já tinha tomado a decisão. Será que nós temos a mesma convicção? Nós enfrentamos situações em que temos que insistir em fazer a coisa certa, ou ceder às pressões de outros, até de pessoas que exercem autoridade sobre nós. Um superior no trabalho pode exigir que mintamos para um cliente, para um fornecedor, ou para o próprio governo. Se insistirmos em fazer a coisa certa e falar somente a verdade, poderemos sofrer consequências, talvez até perdendo o emprego. E não temos garantia de intervenção divina, como aconteceu com Daniel. O que faremos? Resolveremos, firmemente, não nos contaminar? Uma vez que Daniel tomou uma atitude, Deus o usou para revelar algumas das suas mensagens mais importantes da época. Ele revelou e explicou sonhos do rei Nabucodonosor, frisando um ponto central da mensagem divina para todas as épocas – Deus exerce sua autoridade sobre todos os reis. Ele olhou para um tempo, séculos depois, quando Deus estabeleceria “um reino que não será jamais destruído” (2:44), e disse que este reino “será um reino eterno” (7:14,27). Em outra ocasião, ele disse que o rei Nabucodonosor seria humilhado “até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (4:32). Décadas depois, Daniel avisou um descendente do mesmo rei do castigo iminente, porque ele não se humilhou diante do Senhor (5:22-30). Ele transmitiu várias outras profecias importantes, mostrando o domínio total do Senhor.

2. A relativização da verdade. A principal característica da cultura da Babilônia, com todos os seus reflexos, e a destruição da noção de uma verdade absoluta. Essa foi uma das táticas de Nabucodonosor, conforme sua religiosidade e visão de mundo. John Lennox, na obra Contra a Correnteza (CPAD), cita o fato de o monarca ter levado os utensílios do Templo em Jerusalém para a casa do tesouro das suas divindades na Babilônia (Dn 1.2). Para os hebreus os objetos de ouro possuíam enorme valor espiritual feitos por adesão que amavam a Deus, representavam uma relação do povo com o Senhor, e apontavam para a sua santidade e glória. Contudo, ao serem transportados para a Babilônia, tais utensílios passaram a representar somente uma conquista de guerra, da mesma forma que qualquer outro artefato, Os símbolos projetados para indicar o único e verdadeiro Deus, o Criador do céu e da terra, foram postos no mesmo nÍvel.de símbolos de culto de outros deuses. Assim como Nabucodonosor estava rebaixando os valores e referenciais divinos absolutos, a sociedade pós-moderna tem transformado os tesouros espirituais em coisas sem valor divino, dentro do mercado religioso.

- Os anos passaram. A Babilônia caiu à Medo-Pérsia. Daniel ficou velho. Mas, ainda tinha lugar nos planos de Deus e no governo do novo império. Ele se destacou entre pessoas influentes e se tornou um dos homens mais poderosos na Medo-Pérsia. Homens invejosos procuraram meios para destruir Daniel. Perceberam que o único ponto vulnerável era a fé deste homem de Deus, e acharam uma maneira de usar a sua fé para derrubá-lo. Convenceram o rei a proibir que petições fossem feitas a qualquer homem ou deus, a não ser ao próprio rei, durante 30 dias. Dá para imaginar algumas pessoas – até supostos cristãos – achando uma maneira de aceitar o decreto do governo: “Deus vai compreender”; “Precisamos primeiro passar por esta crise e, depois, poderemos servir a Deus melhor”; “Nada diz que precisamos orar abertamente; podemos praticar a nossa fé em segredo”; etc. Daniel, agora provavelmente com uns 80 anos de idade, não estava preocupado com auto-proteção, pois vivia para exaltar o nome de Deus. Ele recusou negar a glória ao verdadeiro Rei dos reis. Continuou orando abertamente como antes. Os inimigos de Daniel aproveitaram o momento e obrigaram o rei a aplicar a lei. Daniel foi lançado numa cova cheia de leões famintos. Deus salvou este homem de fé, e o rei mandou matar os inimigos que tentaram derrubá-lo. A fé de Daniel na velhice foi o resultado natural de sua determinação de manter a sua pureza na juventude. Teria sido mais fácil se submeter às ordens do rei no começo da sua carreira e ceder ao decreto de outro rei 70 anos depois. Mas a mesma convicção que guiou os passos do jovem firmou os pés do velho servo do Senhor. Daniel não vacilou, porque acreditou no mesmo Deus que conduziria o apóstolo Paulo 600 anos depois, quando este discípulo encarava sua própria morte como mártir e disse: “porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Timóteo 1:12).

3. A religião que conduz à imortalidade. As falsas religiões, ao perverterem a verdade, são capazes de destruir valores, conduzindo seus adeptos ou seguidores a um estilo de vida depravado. Essa verdade levou o apóstolo Pedro a advertir os cristãos sobre os perigos dos falsos ensinamentos baseados em heresias de perdição, pois levam a imoralidade e a outros desvios de conduta (2 Pe 2.13,14). Atualmente, é possível perceber a volta do paganismo em novas roupagens, mais modernas e “descoladas “, ganhando espaço em filmes, séries, desenhos e jogos. É preciso cuidado com o conteúdo que você consome, pois as nuances desses falsos deuses antigos continuam presentes no mundo de hoje!

- A história de Daniel serve para corrigir várias noções erradas que ainda confundem muitas pessoas hoje. Considere alguns exemplos:

(1) Noção errada: Precisa achar o segredo do sucesso. Quantos livros são vendidos todo ano prometendo revelar algum segredo do sucesso? Até nas questões espirituais, sempre há pessoas procurando algum conhecimento oculto, seja no neo-gnosticismo, maçonaria ou diversas outras filosofias erradas. Nós precisamos entender o que Daniel compreendeu. A chave ao sucesso verdadeiro não é oculta. Deus se manifesta na sua criação e na sua palavra, e a pessoa que não enxerga o Senhor é insensata e sem desculpa (Romanos 1:17-25; Salmo 14:1). Não temos tempo para perder na busca de coisas escondidas. Nós, mais do que Daniel, temos acesso à revelação de Deus para saber como andar e como chegar ao destino eterno na presença do Senhor (1 Coríntios 2:6-16). Hoje, a verdade é escondida somente das pessoas que não a buscam e não a amam, pessoas que não têm corações dispostos a aceitarem a vontade de Deus (Lucas 8:9-15; Mateus 7:7-8).

(2) Noção errada: Há poder no pensamento positivo. Muitos, inclusive vários líderes religiosos, divulgam a idéia do poder do pensamento positivo, da importância de fé por si. Para estas pessoas, o poder está no ato de acreditar, independente do objeto desta fé. Não seja enganado com estas filosofias falsas. Daniel não venceu somente porque ele teve pensamentos positivos. Ele venceu porque ele acreditou em Deus. Hoje, a nossa fé precisa ser fundamentada em Jesus. “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 João 5:5). Não é suficiente crer, precisamos crer em Jesus e manter a comunhão com ele: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5:12).

(3) Noção errada: A verdade é relativa. Uma das mais perigosas tendências das últimas décadas é a idéia que a verdade é relativa, determinada pela situação. Esta filosofia e idéias relacionadas como o pluralismo (a idéia que várias “verdades” contraditórias são igualmente válidas) deturpam a revelação divina da verdade absoluta. Daniel não procurava uma verdade diferente em cada circunstância, pois ele tinha uma fé sólida na palavra de Deus. Jesus não considerava a verdade uma coisa para ser descoberta ou construída conforme as circunstâncias humanas. Sem equívoco, ele afirmou que a palavra de Deus é a verdade (João 17:17). Para chegar a Deus, precisamos rejeitar o pluralismo e buscar o único caminho certo: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

 

 

IV – VIVENDO E TESTEMUNHANDO NA BABILÔNIA

 

1.Uma cidade para se testemunhar. Por qual razão Daniel e seus amigos adotaram uma postura de serviço e responsabilidade dentro de uma cidade estrangeira? Porque eles viveram dentro da Babilônia, mas não deixaram a Babilônia viver dentro deles! Aqueles moços conheciam as admoestações do Senhor por meio de Jeremias, sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados (Jr 29.5-7). Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e a prosperidade da cidade. Deus estava dizendo que enquanto estivessem exilados teriam uma vida normal e produtiva. Foram instruídos a dar bom testemunho e a contribuírem para o bem de toda a sociedade, não somente do seu próprio povo.

- Ezequiel, um profeta do sexto século a.C., citou o nome do seu contemporâneo, Daniel, como um grande exemplo de justiça, uma “lenda viva” entre os cativos de Israel (Ezequiel 14:12-20). 2.600 anos depois, Daniel continua como modelo de fé e determinação para geração após geração. Vamos considerar alguns momentos importantes na vida deste servo do Senhor. Daniel é o exemplo de um jovem fiel vivendo numa sociedade corrompida e sem Deus, cuja mente poderia ter sido deturpada. A história registra que Daniel decidiu em seu coração fazer a vontade de Deus. O vocábulo “coração” é muitas vezes utilizado na Bíblia e tem um significado muito especial: é o lugar do intelecto e da emoção, o centro do processo do pensamento. O sábio Salomão escreveu a esse respeito o seguinte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” Provérbios 4:23.

Os babilônios puderam mudar o nome de Daniel, mas não a sua lealdade a Deus. O assunto de comer da mesa do rei envolvia sua relação com Deus. “Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” Daniel 1:8. Ele pediu ao chefe dos eunucos que servisse a ele e aos seus três companheiros apenas legumes a comer e água a beber, durante o período de dez dias (ver Daniel 1:12). Para permanecer fiel a Deus, ele devia viver e comer de maneira simples. Ele sabia que se bebesse do vinho do rei e comesse a comida do rei, ele não poderia se manter leal a Deus e não estaria apto para enfrentar as grandes provas na Babilônia. À primeira vista, este problema sobre comer e beber parece bem insignificante. Daniel 1 e Gênesis 3 ilustram o fato de que Satanás normalmente se empenha para nos alcançar através dos sentidos: audição, visão, olfato, tato e paladar. A vida cristã bem sucedida depende de guardarmos os nossos sentidos. Deus se comunica conosco e nos alcança pelas células nervosas do cérebro, e se essas células nervosas são influenciadas pelo que comemos e bebemos, que dever mais importante pode haver do que o de preservar o corpo na melhor condição possível?

Dos alimentos cárneos não nos é dito por que isto contaminaria Daniel. Talvez fosse carne que tivesse sido sacrificada aos ídolos e comê-la seria um problema de consciência (ver I Coríntios 10:28); ou talvez fosse uma comida proibida, considerada imunda (ver Levítico 11), ou carne que tivesse sido sangrada inadequadamente (ver Levítico 17:13-14).

E quanto ao vinho que o rei bebia? Deus declarou expressamente que o Seu povo não deveria nem olhar para o vinho, quando este se mostra vermelho. Deus nunca autorizou o Seu povo a tomar qualquer substância intoxicante que prejudicasse a mente (ver Provérbios 23:29-32; 20:1; Isaías 28:7).

2. Testemunhando no mundo. Enquanto lugar geográfico, Babilônia é uma cidade que representa a vida do cristão na sociedade. Vivemos em um mundo caído, dominado pelo pecado. Ainda assim, somos chamados a ter uma presença santa, fiel e abençoadora, A igreja eleita do Senhor também está na Babilônia (1Pe 5.13), sem se deixar ser dominada por ela. Afinal, embora o discípulo de Cristo tenha a cidadania celestial (Fp 3.2), vivemos como forasteiros nesta terra (1 Pe 2.11). Faz parte da responsabilidade do cristão zelar pelo desenvolvimento social, como sal da terra e Luz do mundo (Mt 5.13), e mordomos de Deus (Gn 1.26), pois Cristo é soberano sobre toda a criação (Cl.1.15-19: 1Co 1.26).

- O exemplo destes jovens para nós são as suas características registradas na Bíbli:

            Integridade e poder do Espírito Santo (1.6-8): Daniel teve um firme propósito de não se contaminar. Sem dúvida isso foi a base de sustentação da sua vida. Deus primeiro fez uma obra nele, para depois realizar algo através dele.

            Perseguição (6.6-9): Por inveja Daniel foi perseguido terrivelmente, porque o rei queria estabelecê-lo acima de todos. Armaram ciladas na tentativa de achar alguma coisa errada na vida dele, mas não conseguiram, porque Daniel era irrepreensível e orava três vezes ao dia. Então aproveitaram para forçar ao rei a fazer um decreto que obrigava as pessoas por espaço de 30 dias não fazer pedido que não fosse ao rei. Os desobedientes seriam lançados na cova dos leões. A lei foi estabelecida e como Daniel continuou buscando a Deus em oração, foi jogado na cova dos leões famintos. Daniel preferiu morrer a deixar a comunhão com o Senhor.

            Proteção (6.19-23): A cova dos leões foi transformada na cova de Daniel, porque Deus fechou a boca dos leões. Deus é o escudo do seu povo e socorro bem presente na angústia. O inimigo toca no homem de Deus somente com a permissão do Senhor e mesmo assim com um propósito.

            Submissão (6.21): Quando o rei chamou Daniel pela manhã, não foi advertido nem atacado por Daniel, mas pelo contrário, foi abençoado por ele. Daniel respondeu: "Ó rei vive eternamente!" Era uma forma de abençoar as autoridades e Daniel fez isso, porque era submisso as autoridades constituídas e um abençoador.

            Inimigos envergonhados (6.24): Foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel e foram lançados na cova dos leões, ele, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões se apoderaram deles e lhes esmigalharam todos os ossos.

            Geração abençoada (6.26-27): O rei fez um decreto e todas as nações da terra foram abençoadas por Deus.

            Prosperidade (6.28): Daniel prosperou no reinado de Dario. Todo homem de Deus prospera em todas as áreas da vida, porque sua vida é dirigida pelo Senhor que o guia e orienta pelos caminhos que deve andar.

Todos nós, cecessitamos ser um homem/mulher/jovem de Deus. O Senhor nos criou para isso. Ele tem um grande propósito na vida de cada servo Seu!

 

CONCLUSÃO

Os jovens hebreus tinham conhecimento da maneira como deveriam se portar no exílio. Em vez de buscar rebelião e vingança contra os captores, eles deveriam viver normalmente na cidade, buscando a sua paz e prosperidade. Como aqueles jovens, vivemos exilados em um mundo, que embora tenha sido criado por Deus, está sujeito aos efeitos do pecado. Assim como Daniel e seus amigos, somos chamados a viver neste mundo, dando testemunho do nosso compromisso com princípios sólidos, mesmo quando confrontados com dilemas morais e pressões externas.

- Não havia dúvida na mente de Daniel e de seus companheiros. A lealdade a Deus foi mais importante do que a lealdade ao rei. A fidelidade deles estava sendo provada, e o assunto era a obediência a Deus ou ao homem. Tomando-se como base o fiel testemunho desses quatro jovens, o povo de Deus no tempo do fim também não vai hesitar a fazer suas escolhas entre o certo e o errado.

Quando os dez dias se completaram, eles eram os melhores dentre todos os demais jovens (ver Daniel 1:15-20). Eles tinham a mente clara e o corpo saudável. Eles desempenharam o papel de persuasivas testemunhas de Deus. Neste episódio, de forma clara e inegável, quando os obstáculos foram removidos, a fidelidade para com Deus compensou tanto que todos puderam ver os resultados da sua fidelidade. Diz a Palavra de Deus que “a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e em toda a sabedoria; e Daniel era entendido em todas as visões e todos os sonhos. ...e em toda matéria de sabedoria e discernimento, a respeito da qual lhes perguntou o rei, este os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino.” Daniel 1:17 e 20. Individualmente temos escolhas a fazer. Existe uma eternidade aguardando para aqueles que são fiéis a Deus, uma vida inteiramente nova onde o pecado, a morte, o sofrimento e a perda não existirão. Vale a pena ser fiel a Deus.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

Graduado em Gestão Pública;

Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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HORA DA REVISÃO

1. Como era a cidade da Babilônia nos tempos de Daniel,?

A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha em milhares de torres. Também se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como umas das sete maravilhas do mundo antigo.

2. Qual a origem bíblica da Babilônia?

A Torre de Babel. (Gn 11.1-9)

3. Biblicamente, quais as duas formas de definir a Babilônia?

Babilônia é tanto um lugar geográfico quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais

4. Qual o nome da divindade que era considerada patrono da cidade da Babilônia.

Marduque

5. Quais admoestações Deus deu a Jeremias sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados?

Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e prosperidade da cidade (Jr 29.5-7).