TEXTO PRINCIPAL
“Jesus respondeu e disse-lhes: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo” (Jo 7.16,17)
Entenda
o Texto Principal:
- 7.16
daquele que me enviou. A diferença qualitativa do ensino de Jesus se
encontrava na sua fonte, ou seja, o Pai o concedeu a Jesus (Jo 8.26,40,46-47;
12.49-50). O ensino de Jesus tinha origem no próprio Pai, em contraste com os
rabinos que o haviam recebido de homens (Gl 1.12). Enquanto os rabinos se
apoiavam na autoridade de outros (uma longa corrente de tradição humana), a
autoridade de Jesus centrava-se nele mesmo. (cf. Mt 7.28-29; At 4.13).
- 7.17 Se
alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá. Aqueles que estão
fundamentalmente comprometidos em fazer a vontade de Deus serão guiados por ele
na afirmação de sua [de Deus] verdade, A verdade de Deus é autoautenticada pelo
ministério de ensino do Espirito Santo (cf. Jo 16.13; 1Jo 2.20,27).
RESUMO DA LIÇÃO
As Escrituras Sagradas nos ajudam a identificar os falsos ensinos, nos
preparando para resisti-los.
Entenda
o Resumo da Lição:
- Assim como a verdadeira doutrina é marcada por sua
origem divina, a falsa doutrina é marcada por sua origem mundana, “segundo os preceitos e doutrinas dos homens”
e por dar ouvidos a elas “alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
demônios” (Cl 2.22; 1Tm 4.1).
TEXTO BÍBLICO
Efésios
4.11-16
Entenda
o Texto Bíblico:
11. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
- E ele
mesmo concedeu. Como evidenciado pelo cumprimento perfeito da vontade
de seu Pai, Cristo possuía autoridade e soberania para conceder dons
espirituais (vs. 7-8) àqueles que ele havia chamado para o serviço em sua
igreja, Ele não só concedeu dons, mas também homens talentosos. apóstolos. Um termo usado
particularmente para os 12 discípulos que tinham visto o Cristo ressurreto (At
1.22), incluindo Matias, o qual substituiu Judas. Mais tarde, Paulo foi separado,
exclusivamente, como apóstolo dos gentios (Cl 16.15-17) e foi contado com os
outros apóstolos, ele também, milagrosamente, encontrou Jesus no caminho para
Damasco (At 9.1-9; Cl 1.15-17). Esses apóstolos foram escolhidos diretamente
por Cristo, por isso serem chamados de "apóstolos de Cristo" (CI 1.1;
1Pe 1.1). Foram dadas a eles três responsabilidades: 1) estabelecer o
fundamento da igreja (2.20) receber, declarar e escrever a palavra de Deus
(3.5; At 11.28; 21.10-11); e 3) apresentar confirmações dessa Palavra por meio
de sinais, maravilhas e milagres (2Co 12.12; At 8.6-7; Hb 2.3-4). O termo
"apóstolo" (no original) é usado de um modo mais geral para os outros
homens da Igreja primitiva, tais como Barnabé, (At 14.4), Silas, Timóteo (1Ts
2.6) dentre outros (Rm 16.7: Fp 2.25). Eles eram chamados de "apóstolos das
igrejas" (2Co 8.23), em vez de "apóstolos de Jesus Cristo" como os
13. Eles não se autoperpetuavam nem eram substituídos quando um dos apóstolos
morria; profetas. Não os
cristãos comuns que tinham o dom da profecia, mas homens especialmente comissionados
na Igreja primitiva. O ofício de profeta parece ter sido exclusivamente para o
trabalho na congregação local. Eles não eram "aqueles enviados" como
eram os apóstolos (veja At 13.1). Eles, algumas vezes, contaram a revelação
prática e direta da parte de Deus para a igreja (At 11.21-28) ou expuseram a
revelação já dada (implícita em At 13.1). Não foram usados para o recebimento
da Escritura. A mensagem deles tinha de ser julgada por outros profetas para ser
validada (1Co 14.32) e tinha de estar em conformidade com os ensinos dos
apóstolos (v. 37). evangelistas.
Os homens que proclamam as boas-novas da salvação em jesus Cristo para os incrédulos.
O verbo relacionado traduzido por "pregar o evangelho" é utilizado 54
vezes e o substantivo relacionado traduzido por "evangelho" é
utilizado 76 vezes no NT. pastores e
mestres. Essa expressão é mais bem compreendida no contexto como um
oficio único de liderança na igreja. A palavra grega traduzida por “e"
pode significar "em particular" (veja 1Tm 5.17). O significado comum
de pastor é "conduzir"; assim, as duas funções juntas definem o
pastor-mestre. Ele é identificado como aquele que está sob o "grande
Pastor" Jesus (Hb 13.20-21; 1Pe 2.25). Aquele que exerce esse ofício é
também chamado de "presbítero” (Tt 1.5-9) e "bispo" (1Tm 3.1-7).
As passagens de At 20.28; 1Pe 5.1-2 trazem, no original, os três termos juntos.
12. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra
do ministério, para edificação do corpo de Cristo.
- aperfeiçoamento.
Diz respeito a restaurar algo à sua condição original, ou à sua forma adequada
ou perfeita. Nesse contexto, refere-se a conduzir os cristãos do pecado para a
obediência. A Escritura é a chave para esse processo (2Tm 3.1b-17; Jo 15.3). santos. Todos os que creem em Jesus
Cristo. desempenho do seu serviço.
O serviço spiritual exigido de todos os cristãos, não apenas dos líderes da
igreja (1Co 15.58). edificação do
corpo de Cristo. A edificação espiritual, a instrução e o
desenvolvimento da igreja (At 20.32).
13. Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa
de Cristo.
- unidade
da fé. A fé, aqui, diz respeito ao corpo da verdade revelada que
constitui o ensinamento cristão, caracterizando, particularmente, todo o
conteúdo do evangelho. A unidade e a harmonia entre os cristãos são possíveis
somente quando construídas sobre o fundamento da sã doutrina. conhecimento do Filho de Deus. Não se
refere ao conhecimento da salvação, mas ao profundo conhecimento de Cristo que
o cristão vem a ter por meio da oração, do estudo fiel da sua Palavra e da
obediência aos seus mandamentos (Fp 3.8-10,12; Cl 1.9-10; 2.2; 1Jo2.12-14). da plenitude de Cristo. Deus quer
que cada cristão manifeste as qualidades de seu Filho, o qual é ele mesmo o
padrão para a maturidade espiritual e perfeição (Rm 8.29; 2C,o 3.18; Cl 1.28-29).
14. Para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com
astúcia, enganam fraudulosamente.
- levados
ao redor por todo vento de doutrina. Os cristãos espiritualmente imaturos,
os quais não estão fundamentados no conhecimento de Cristo por meio da Palavra
de Deus, são inclinados a aceitar, de modo não critico, toda sorte de erros
doutrinários enganosos e interpretações ardilosas da Escritura anunciadas pelos
falsos e enganosos mestres na igreja. Eles devem apreender a ter discernimento
(ITs 5.21-22). Veja 3.1; 4.20. O NT está repleto de advertências a respeito
desse perigo (At 20.30-31; Rm 16.17-18; Cl 1.6-7; 1Tm 4.1-7; 2Tm 2.15-18: 2Pe
2.1-3).
15. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em
tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
- seguindo
a verdade em amor. A evangelização é mais efetiva quando a verdade é
proclamada em amor. Ela só pode ser realizada por um cristão maduro
espiritualmente, o qual está perfeitamente aperfeiçoado na sã doutrina. Sem
maturidade, a verdade pode ser fria e o amor não passará de um sentimentalismo.
cresçamos... naquele. Os
cristãos devem estar totalmente rendidos ao Senhor e obedientes à vontade dele,
sujeitos ao seu poder controlador e ser semelhante a Cristo em todas as áreas
da vida (cf. Gl 2.20; Fp 1.21). a
cabeça. Dada a figura da igreja como um corpo cuja cabeça é Cristo,
"cabeça" é usada no sentido de líder com autoridade, e não "fonte",
que exigiria uma figura anatômica diferente (Veja 1.22; 5.23).
16. Do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo
auxílio de todas as juntas, segundo ajusta operação de cada parte, faz o
aumento do corpo, para sua edificação em amor.
- de quem. Refere-se
ao Senhor. O poder para produzir cristãos maduros e aperfeiçoados não vem
apenas pelos esforços desses cristãos, mas do cabeça deles, o Senhor Jesus
Cristo (Cl 2.19). cooperação de cada
parte. O crescimento bíblico e piedoso da igreja resulta de cada membro
do corpo usar por completo o seu dom espiritual, em submissão ao Espírito Santo
e em colaboração com outros cristãos (Cl 2.19).
INTRODUÇÃO
Estamos estudando a respeito da preciosidade da doutrina bíblica e
advertindo sobre os perigos das falsas doutrinas que conduzem as pessoas ao
erro e às práticas pecaminosas. Na lição deste domingo, veremos uma análise a
respeito do que a Bíblia chama de “vento de doutrina”, a fim de que este seja
identificado, resistido e vencido. Vamos também ver como podemos identificar as
atuais falsas doutrinas e como o crente pode e deve resistir aos seus ataques,
mantendo assim o amor a Deus e à sua Palavra acima de todas as coisas.
- “T.D. Jakes diz que Deus existe eternamente em
três manifestações, não em três pessoas. Greg Boyd diz que Deus conhece alguns
aspectos do futuro, mas que outros eventos futuros estão fora do seu
conhecimento. Creflo Dollar diz que por sermos criados à imagem de Deus, somos
pequenos deuses. O mormonismo diz que Deus revelou novas escrituras a Joseph
Smith que superam a Bíblia. O catolicismo romano diz que somos justificados
pela fé, mas não somente pela fé. Esse mundo é uma loucura obscura de
verdadeiro e falso. Para cada doutrina que sabemos ser verdadeira, parece haver
uma centena de impostoras. Não é de admirar, portanto, que João nos diga para
“provar os espíritos” e Paulo diz: “julgai todas as coisas” (1Jo 4.1, 1Ts
5.21). É nossa responsabilidade sagrada examinar cada doutrina para determinar
se é verdadeira ou falsa. Mas como podemos distinguir a sã doutrina da falsa?
Como podemos distinguir os mestres da verdade dos mestres do erro? [...]
colocar uma doutrina à prova é a melhor maneira de determinar se é verdadeira
ou falsa. À medida que testamos a doutrina, aprendemos nossa responsabilidade
para com ela: ou nos apegamos a ela ou a rejeitamos”. Os 5 testes da falsa doutrina
I. TENDÊNCIAS ATUAIS DAS FALSAS DOUTRINAS
1. Tempos pós-modernos. O crente não conseguirá manter uma fé genuína em
Deus se ele não conhecer as tendências e os desafios de seu próprio tempo.
Nesse caso, que tempos são os atuais? Quais as principais marcas da atualidade?
A Bíblia faz sérios alertas sobre o perigo que cerca o crente no que se refere
ao “presente século” (2 Co 4.4; 2 Tm 4,10; Tt 2.12). Para que não se renda aos
apelos mundanos e carnais de seu tempo, o crente precisa ser capaz de
identificar os seus males, a fim de enfrenta-los e vencê-los. O tempo atual tem
sido chamado de “pós-moderno”, cujo sentido pode ser resumido como o movimento
da cultura que rejeita os valores da modernidade e vê com desconfiança os
princípios racionais e universais. Na prática, o mundo pós-moderno desvaloriza
a lógica e o sentido das coisas, dando ênfase ao que foge à regra.
- A pós-modernidade é a face “deste presente século” (Rm 12.1-2). O pós-modernismo é uma reação
(ou talvez mais apropriadamente, uma resposta desiludida) à falha promessa do
modernismo de usar apenas a razão humana para melhorar a humanidade e o mundo.
Porque uma das crenças do modernismo era a de que absolutos não existem, o
pós-modernismo procura "corrigir" as coisas através de eliminar
primeiramente a verdade absoluta e tornar tudo (inclusive a religião e ciências
empíricas) relativo às crenças e desejos de um indivíduo.
- Como identificar o falso sem conhecer o
verdadeiro? O falso se revela diante do conhecimento do que é verdadeiro. O
Reino de Deus na pregação de Jesus coloca em evidência o caráter de um mundo
legalista, repressor e excludente, que necessariamente, deveria ser
reestruturado a partir da ótica de um Deus que deseja reconciliá-lo consigo. A
cultura de nosso tempo é a forma de vida chamada de “pós-modernidade”. Como a
cultura no tempo de Jesus, ela oferece oportunidades e desafios para a missão
da Igreja. Seguindo o exemplo de Jesus, a Igreja deve se encarnar de forma
crítica na pós-modernidade. As duas características básicas da encarnação
missionária são: (a) o discernimento do Espírito (Cl 1,9-11), a fim de podermos
distinguir entre o pecado e a justiça, o certo e o errado, o bem e o mal, a
verdade e o erro em nossa cultura e sociedade; e (b) a compaixão (Mc 6,34),
para podermos anunciar o Evangelho da salvação às pessoas que estão
escravizados pelos poderes do pecado e da morte, e que caminham cegas, como
ovelhas perdidas, sem pastor.
2. Tempos de desconstruções. A
pós-modernidade foi disseminada, principalmente, pelo pensamento de alguns
teóricos que representam a ideia deste tempo, que busca afrontar a fé cristã. A
ideia destes teóricos é a de que o conhecimento herdado, seja religioso ou
familiar não pode ser considerado uma verdade absoluta, pois é fruto da mente
humana, apenas. Para alguns teóricos da pós- modernidade as palavras,
conhecimento e poder estão relacionadas de forma que o discurso não tem a
intenção somente de comunicar, mas de estabelecer domínio e poder. Eles também
propagam a desconstrução das bases pré-estabelecidas pois para tais pensadores,
são apenas criações humanas. A desconstrução do conhecimento herdado, da palavra
falada e da palavra escrita representa a destruição da tradição, do ensinamento
e da Palavra de Deus, pilares do Cristianismo. Sendo assim, o vento atual é o
da desconstrução em torno da fé na Palavra de Deus.
- Em termos simples, o pós-modernismo é uma
filosofia que afirma que não existe nenhuma verdade objetiva ou absoluta,
especialmente em questões de religião e espiritualidade. Quando confrontado com
uma afirmação verídica sobre a realidade de Deus e prática religiosa, o ponto
de vista do pós-modernismo é exemplificado na declaração "que algo pode
ser verdade para você, mas não para mim." Embora tal resposta seja
completamente apropriada quando se fala de comidas favoritas ou preferências
artísticas, tal mentalidade é perigosa quando aplicada à realidade porque
confunde questões de opinião com questões de verdade. “Todo crente que vive no século 21 já sofreu a perplexidade que
acompanha nossas interações com descrentes pós-modernos. Uma ânsia por
desmascarar todo argumento como sendo uma mera tentativa de controlar; uma
enfatuada negação de verdades que vinculem a tudo e a todos; um desejo de
relegar matérias de fé à esfera da vida privada”. CARSON, D. A. (Org).
A verdade: como comunicar o evangelho a um mundo pós-moderno. São Paulo: Vida
Nova, 2015. “Filhos desta era
precisam de um evangelho não apenas poderoso em palavras, mas sendo também
efetivo em obras. Não obras para a salvação, mas obras que são frutos de uma
mente regenerada, de um ser transformado segundo o Espírito Santo. Quem nasceu
de novo é transformado para fazer as mesmas obras do Cristo. São chamados para
agir como profetas, denunciando as injustiças sociais, os conchavos dos líderes
religiosos com o sistema deste mundo, e o uso do nome de Deus como maneira de
explorar o povo. Como Jesus, vão para fora das quatro paredes do templo para alimentar
os famintos, para visitar os enfermos, lhes dando todas as possibilidades de
cura, saem da casa religiosa em favor do resgate dos excluídos: as prostitutas,
ou corruptos, ou homossexuais ou qualquer hipótese de pecadores, chamando-os
para a congregação dos justos. Este mundo pós-moderno, relativizado e
hedonista, precisa de uma igreja que leve as boas novas do Cristo, ao invés de
uma igreja friamente interessada na propagação da filosofia sistemática.” Rodolpho
Medeiros, Um evangelho para a pós modernidade. Publicado em Ultimato.com.
3. Espiritualidade sem vida. A
mentalidade pós-moderna traz consigo aquilo que tem de mais nocivo à fé cristã
na atualidade, pois ela defende o fim do padrão, principalmente o bíblico.
Logo, a verdade é particularizada, a autoridade é desrespeitada, a moralidade é
circunstancial e os relacionamentos são “descartáveis”. A espiritualidade sem
compromisso com a igreja local é um fenômeno pós-moderno que está no âmago da
maioria dos desvios doutrinários da atualidade. Os seus adeptos não minimizam a
importância da espiritualidade; entretanto, desvinculam-na de qualquer
compromisso com uma denominação, e até mesmo com uma liderança espiritual,
afinal de contas, o que importa é o sentir-se bem e viver conforme os próprios
padrões. Na espiritualidade pós-moderna é possível ter “experiências
sobrenaturais” sem compromisso com a verdade da Palavra de Deus, mesmo porque,
ela é a espiritualidade do sentir e não do viver.
- “Vivemos na
era líquida, como diz Baumamn. Um período da história humana onde os conceitos
sistemáticos de verdade perderam o seu valor, um momento onde a mente ocidental
não deseja mais compromissos com estruturas religiosamente sólidas e
teologicamente irrelevantes para o presente de um humanidade sem fé nas
falácias racionalizadas”. Rodolpho Medeiros, Um evangelho para a pós
modernidade. Publicado em Ultimato.com. O grande teólogo Tomás de Aquino disse:
"É a tarefa do filósofo fazer distinções." O que Aquino quis dizer é
que a verdade depende da capacidade de discernir - da capacidade de diferenciar
"isso" e "aquilo" no domínio do conhecimento. No entanto,
se a verdade objetiva e absoluta não existe, então tudo se torna uma questão de
interpretação pessoal. Para o pensador pós-moderno, o autor de um livro não
possui a correta interpretação de sua obra; é o leitor quem realmente determina
o que o livro significa - um processo chamado de desconstrução. Além disso, já
que há vários leitores (ao invés de um só um autor), existem naturalmente
diversas interpretações válidas. Tal situação caótica torna impossível fazer
distinções significativas ou duradouras entre interpretações diferentes porque
não existe um padrão que possa ser usado. Isso se aplica especialmente a
questões de fé e religião. Tentar fazer distinções adequadas e significativas na
área da religião não é mais significativo do que discutir que o chocolate tem
um sabor melhor do que baunilha. O pós-modernismo diz que é impossível julgar
objetivamente entre reivindicações concorrentes sobre a verdade. “O Cristianismo afirma ser absolutamente
verdadeiro, que existem diferenças significativas em questões de certo / errado
(assim como a verdade e falsidade espiritual), e que para ser correto em suas
afirmações sobre Deus, todas as reivindicações contrárias das religiões
concorrentes devem estar incorretas. Tal postura provoca gritos de
"arrogância" e "intolerância" do pós-modernismo. No
entanto, a verdade não é uma questão de atitude ou preferência, e quando
analisada de perto, as bases do pós-modernismo desmoronam rapidamente,
revelando que as reivindicações do Cristianismo são plausíveis e convincentes.
Em primeiro lugar,
o Cristianismo afirma que a verdade absoluta existe. Na verdade, Jesus diz
especificamente que foi enviado para fazer uma coisa: "Dar testemunho da
verdade" (João 18:37). O pós-modernismo diz que nenhuma verdade deve ser
afirmada, mas a sua posição é auto-destrutiva - ele afirma pelo menos uma
verdade absoluta: a de que nenhuma verdade deve ser afirmada. Isso significa
que o pós-modernismo acredita na verdade absoluta. Os seus filósofos escrevem
livros afirmando coisas que esperam que seus leitores abracem como verdade.
Colocando em termos simples, um professor disse: "Quando alguém diz que
não há tal coisa como verdade, eles estão pedindo-lhe para não acreditar neles,
então não acredite."
Em segundo lugar,
o Cristianismo afirma que existem diferenças significativas entre a fé cristã e
todas as outras crenças. Deve ser entendido que os que afirmam que distinções
significativas não existem estão, na verdade, fazendo uma distinção. Estão
tentando mostrar uma diferença entre o que eles acreditam ser verdade e o que o
cristão acredita. Autores pós-modernos esperam que os seus leitores cheguem às
conclusões certas sobre o que escreveram e corrigirão aqueles que interpretam o
seu trabalho de forma diferente. Mais uma vez, a sua posição e filosofia
revelam que o pós-modernismo é auto-destrutivo porque ansiosamente fazem
distinções entre o que acreditam ser correto e o que veem como sendo falso.
Finalmente, o
Cristianismo afirma ser uma verdade universal no que diz respeito à condição
perdida do homem diante de Deus, ao sacrifício de Cristo em favor da humanidade
caída e à separação entre Deus e quem opta por não aceitar o que Deus diz sobre
o pecado e a necessidade de arrependimento. Quando Paulo dirigiu-se aos
filósofos estoicos e epicuristas na reunião do Areópago, ele disse: "Ora,
não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos
homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30). A declaração
de Paulo não era "isto é verdade para mim, mas pode não ser verdade para
você"; ao contrário, era um comando exclusivo e universal (ou seja, uma
metanarrativa) de Deus para todos. Qualquer pós-modernista que diga que Paulo
está errado está cometendo um erro contra a sua própria filosofia pluralista, a
qual afirma que nenhuma fé ou religião está incorreta. Mais uma vez, o
pós-modernista viola a sua própria visão de que toda religião é igualmente
verdadeira.
Assim como não é
arrogante quando um professor de matemática insiste que 2 +2 = 4 ou quando um
serralheiro insiste que apenas uma chave se encaixará na porta trancada, não é
arrogante que o cristão se erga contra o pensamento pós-moderno e insista que o
Cristianismo é verdadeiro e qualquer coisa que se oponha a ele é falsa. A
verdade absoluta existe, assim como existem consequências de estar errado.
Embora o pluralismo seja até desejável em matéria de preferências alimentares,
não é útil em questões sobre o certo e errado. O cristão deve apresentar a
verdade de Deus em amor e simplesmente perguntar a qualquer pós-modernista
irritado com as reivindicações exclusivistas do Cristianismo: "Tornei-me
inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?" (Gálatas 4:16).” Quais são os
perigos do pós-modernismo? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/perigos-pos-modernismo.html.
II. A RESISTÊNCIA DO CRENTE
1. O mundo a ser resistido. O crente é desafiado a vencer a tentação (1 Co 10.13), o Diabo (Tg 4.7) e o mundo (1 Jo 5.4). Antes de identificar as características do mundo e qual o meio eficaz de vencê-lo, é preciso compreender o que o apóstolo João quer dizer com o termo “mundo”. A palavra “mundo” na Bíblia tem algumas variações, mas aqui ela vem do grego hosmos, que literalmente quer dizer “algo ordenado”, e que aqui assume também uma relação com “sistema ordenado”, ou ainda, “sistema mundano”. Esse sistema representa muito bem o “espírito do anticristo”, cuja principal marca é a de ser “contra tudo o que se chama de Deus” (2 Ts 2.4), ou seja, este mundo é inimigo de Deus, de seu povo e de sua Palavra. Portanto, este é o mundo a ser resistido pelo crente fiel.
- O fato é que vivemos num mundo corrompido e
contrário à nossa fé. O sistema para o governo do anticristo já está posto e
cada dia mais, vai ficando difícil para o cristão viver a sua fé. O mundo tem
exercido uma influência negativa sobre a vida das pessoas que tem afetado o
modo de pensar, falar, sentir, vestir e se relacionar de cada uma delas. Tal
qual descrito no subtópico, mundo como sistema imoral e totalmente corrompido
em seus valores. Estamos vivendo dias muito difíceis sobre a face da terra. O
inimigo não quer de maneira alguma perder o domínio sobre as pessoas e tem
feito tudo para manter a mente delas influenciada por ele, utilizando os
métodos mais sutis para dominá-las. Há uma grande guerra sendo travada no mundo
espiritual e muitas vezes não percebemos o que está acontecendo. Quais são os
métodos mais usados pelo inimigo nesta guerra? Basta analisar com senso crítico
as mensagens que têm sido insistentemente veiculadas dentro de nossas casas por
meio de filmes, sites, novelas, músicas e tantas outras coisas, que muitas das
vezes incitam a violência, o roubo, a maledicência, o homossexualismo, a
prostituição, os adultérios e as rebeliões. Se cedermos a essas influências,
seremos semelhantes ao mundo e deixaremos de cumprir o propósito para o qual
Deus nos chamou.
2. Um mundo sem fundamentos. Qual a
característica do mundo atual? De que forma a fé cristã é testada e desafiada
atualmente? A respeito deste tempo, o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman
caracterizou a Pós-Modernidade como “sociedade líquida”, cuja marca principal é
a fluidez, isto é, a não solidez das relações em seus mais variados aspectos,
resultando assim na falta de comprometimento e relacionamentos sem profundidade
e descartáveis. Nesse contexto de instabilidade e ausência de fundamentos
sólidos, a doutrina cristã é colocada à prova o tempo todo, aliás, isso foi
previsto pelo apóstolo Paulo ao falar de um período por ele chamado de “tempos
trabalhosos” (2 Tm 3.1). O justo diante do deslocar dos fundamentos estruturais
da vida, remonta os tempos bíblicos (Sl 11.3; Hc 1.4). Portanto, assim como os
salmistas e o profeta Habacuque foram desafiados, os crentes da atualidade o
são e devem manter firme a sua fé, mesmo em um mundo sem fundamentos sólidos.
- Em 2Tm 3.1 Paulo emprega o termo tempos difíceis, onde a palavra
"difíceis" é usada para descrever a natureza selvagem de dois homens
possuídos por demônios (Mt 8.28). A palavra traduzida por "tempos"
tem a ver com épocas, e não com o tempo cronológico ou o calendário. Essas eras
ou épocas selvagens e perigosas serão cada vez mais frequentes e severas à
medida que se aproximar a volta de Cristo (v. 13). A era da igreja está repleta
desses movimentos perigosos que, pelo fato de o fim estar se aproximando, estão
ganhando força. (Mt 7.15; 24.11,12,24; 2Pe 2.1,2). O cristão que não se deixa
influenciar por essas coisas, que deseja viver sob a perspectiva de Deus,
muitas vezes é confrontado nos seus valores, num sentido pejorativo,
ridicularizado e debochado com o fim de diminuí-lo diante das pessoas e de si
mesmo. O grande desafio da nossa geração é saber como confrontar o mundo e
permanecer firme. Como viver na contramão dessa realidade imoral e perversa.
Como remar contra essa maré carregada de perversões. Podemos, como discípulo de
Jesus, mesmo sendo tentados, resistir às influências e aos ataques do mundo,
não permitindo que eles sobrepujem aos valores aprendidos na Palavra. Para isso
devemos tomar posições e ter atitudes corretas em relação ao mundo, sabendo o
que diz a Palavra de Deus.
3. A vitória que vence o mundo. O
apóstolo João afirma que “a vitória que vence o mundo” é “a nossa fé” (1 Jo
5.4). Mas, afinal, que é esta fé capaz de vencer o mundo? Qual o seu
significado e como o crente deve utilizar-se dela na tarefa de resistir ao
mundo atual, junto de seus ventos de doutrinas? Em primeiro lugar, não se trata
de qualquer fé. Não é uma fé subjetiva, pois o apóstolo é objetivo em dizer “a
nossa fé”, que remonta ao texto de Judas que, incentivando os seus leitores,
disse que eles deveriam “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (v.
3). O Senhor Jesus é o autor desta fé (Hb 12.2) e ela é dada por Deus aos
crentes (Ef 2.8), Em segundo lugar, esta fé oferece condições ao crente para
que resista aos constantes ataques de seu adversário. Paulo compara a fé a um
escudo, com evidência clara de que ela cumpre um papel de defesa aos ataques do
Diabo (Ef 6.16). O escritor aos Hebreus afirma que a fé oferece firmeza e
garantia ao crente em todo o tempo e em todas as circunstâncias. Após o
salmista perguntar sobre a condição dos justos enquanto vê os fundamentos da Terra
serem abalados, ele declara a soberania de Deus e o seu controle sobre tudo o
que ocorre na terra (Sl 11.4). Sendo assim, a fé é a arma adequada para o
crente resistir aos ventos atuais da doutrina, mantendo-se firme sobre a Rocha
que é Jesus Cristo.
- João define claramente quem são esses vencedores; todos
os que creem que Jesus é o Filho de Deus e em tudo o que isso significa. Os
vencedores são cristãos — todos eles (1Jo 2.13). A palavra traduzida por
"vence" vem de uma palavra grega que significa
"conquistar", "ter vitória", "ter superioridade"
ou "conquistar o poder". Reflete uma superioridade genuína que leva a
um êxito avassalador. A vitória pode ser demonstrada; inclui a destruição de um
inimigo para que ela possa ser vista por todos. Jesus também usou essa palavra para
descrever a si mesmo (Jo 16.33). Por causa de sua união com Cristo, os cristãos
também participam da vitória do Senhor (Rm 8.37; 2Co 2.14). No original, a
palavra "vence" expressa a ideia de que o cristão vence continuamente
o mundo - o sistema de engano e iniquidade de Satanás em escala mundial. Por
meio de Cristo e sua provisão de salvação, o cristão vence (v. 5) o sistema
invisível da maldade demoníaca e humana que Satanás opera para capturar a alma
humana e levá-la para o inferno. A título de ênfase, João repete três vezes a
referência de vencer o mundo. A fé em Jesus Cristo e a dedicação da vida a ele
fazem do cristão um vencedor. Não é um poder mágico a nós dispensado, não é uma
força que se invoque. Estamos falando em relacionamento! O crente é conhecido
pela sua fé em Cristo (1Jo 5.1,4,5). “Todo
aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus [...] porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa
fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”
Qualquer um que coloca sua fé em Cristo com sinceridade é filho de Deus. A fé
em Cristo concede dois benditos privilégios: primeiro, participação na família
de Deus (5.1); segundo, vitória sobre o mundo (5.5). Aqueles que pertencem à família
de Deus por crerem que Jesus é o Cristo são aqueles que vencem o mundo. Não há
pertencimento à família de Deus nem vitória sobre o mundo para aqueles que
negam a divindade e a humanidade de Cristo. Permita-me esclarecer um ponto no
qual discordo do ilustre comentarista: ele diz: “Sendo assim, a fé é a
arma adequada para o crente resistir aos ventos atuais da doutrina,
mantendo-se firme sobre a Rocha que é Jesus Cristo.” Augustus Nicodemus,
citando J. Gill, escreve: “A vitória sobre
o mundo não se deve à fé propriamente dita, mas ao seu objeto, Cristo,
o qual tem vencido o mundo e torna os que verdadeiramente creem nele mais que
vencedores sobre o mundo”. Lopes, Augustus Nicodemus. Primeira carta
de João. 2 0 0 5 : p. 143.
III. AME O SENHOR, AME A SUA PALAVRA
1. Criados para amar. Dentre as virtudes apresentadas na Palavra de Deus,
o amor é a mais nobre e sublime. Entretanto, a Bíblia ensina que o amor deve
ser empregado na direção correta, caso contrário, os seus efeitos serão
desastrosos, como o “amor ao dinheiro” que traz consigo males e dores (1 Tm
6.10) ou quando o homem é “amante de si mesmo” (2 Tm 3.2). A expressão
“afeição” é usada para demonstrar a pureza e a força do amor, pois indica a
forte inclinação para algo, capaz de levar uma pessoa a abrir mão de sua
própria vida em favor do outro (1 Ts 2.8). O amor é condutor das boas ações
humanas, ele determina a direção a ser trilhada. O homem foi criado para amar a
Deus, entretanto, o pecado desvirtuou esse propósito, levando-o a desviar-se do
seu amor. Em Cristo, o homem tem todas as condições para amar e redirecionar o
seu amor a Deus (Rm 14 8).
- O amor envolve a prática do bem. O amor não
pratica o mal, nem é indiferente; o amor pratica o bem. “Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.” João exorta a
igreja a não ficar escandalizada com o ódio do mundo, pois o mundo é a
posteridade de Caim, o qual odiou seu irmão e o matou. O amor é a evidência da
salvação (1Jo 3.14). “Nós sabemos que já
passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama
permanece na morte” Mesmo que o mundo nos odeie, nós não odiamos, mas
amamos. O fato de amarmos os irmãos dá-nos boa base para a certeza da vida
eterna.
2. Ame ao Senhor. O texto de Deuteronômio
6.5 serve como referência quanto à forma adequada do ser humano se relacionar
com o Criador. O próprio Senhor Jesus reverberou esta ordem (Lc 10.27). Em todo
o Novo Testamento há incentivo ao amor a Deus e a Cristo, sob graciosas
promessas (Rm 8.28; 1 Co 2.9; 8.3; Ef 6.24). O salmista afirmou que os que amam
a Deus têm a garantia de sua eficaz proteção, fazendo-o triunfantes nas mais
diversas batalhas. Portanto, o amor a Deus é também uma forma de resistência
aos ataques das tendências atuais das falsas doutrinas, pois o crente que ama
ao Senhor lutará – intencionalmente – por agradá-lo, inclusive, rejeitando todo
o tipo de desvio da verdade de sua Palavra.
- Permita-me destacar uma linha desse subtópico e
descordar mais uma vez do ilustre comentarista: “Portanto, o amor a Deus é
também uma forma de resistência”, como assim “é também”? Ou será o caso de haver cristãos que não amam a
Deus e ao Seu Cristo? O subtópico inicia citando Dt 6.4, como “Ireferência”. Em
primeiro lugar, esse texto citado diz que na lista de tudo o era essencial que
o judeu comprometido devia sem reservas e sinceramente confessar, era amor a
Deus. Já que esse relacionamento de amor a Deus não podia ser representado de modo
material como no caso de ídolos, devia ser demonstrado em obediência diária à
lei de Deus! (Dt 11.16-21; Mt 22.37; Lc 10.2). Deus concede a Sua perfeita paz para aqueles que confiam Nele, não em si
mesmo! (Pv 3.5-6). Há segurança e conforto nesta confiança plena que mantém o
coração sossegado e sereno. Vivendo na presença de Deus o crente fiel mantém a
sua vida firme no propósito do Senhor, confiado em Suas fortes mãos. A paz de
Cristo excede todo o entendimento e permite que o cristão ande em caminhos de
paz com Deus e com os seus semelhantes. Confie no Senhor de todo o seu coração
e desfrute da alegria, amor, segurança, fé, significado e paz que só encontrará
em Deus! Assim, não entendo o amor a Deus e ao Seu Cristo como uma arma, isso
porque arma é aquilo que eu posso usar, como defesa ou ataque; O amor a Deus e
ao Seu Cristo é a base de tudo, é o fundamento, e não “mais uma arma com a qual podemos contar”.
3. Ame a sua Palavra. Além
do amor a Deus, o amor à sua Palavra é também um recurso poderoso no processo
de enfrentar, resistir e vencer as tendências atuais das falsas doutrinas. O
salmista declarou o seu amor pela Palavra de Deus (Sl 119.97) e, conforme o seu
próprio testemunho, os resultados desse seu compromisso com a verdade são:
meditar na Palavra de Deus “em todo o dia” (v. 97), desviar os seus pés “de
todo caminho mau” (v. 101) e aprender a aborrecer e a rejeitar “todo falso
caminho” (v. 104). A partir das palavras do salmista é possível perceber que,
além de outras garantias, o amor pela Palavra de Deus possibilita a
identificação dos falsos caminhos, evitando o erro, a fim de agradar a Deus que
deve ser amado acima de todas as coisas.
- Enquanto cristãos, fomos chamados para defendermos
a fé. Me parece um chamado à guerra, defender os muros, guerrear às portas.
Assim, na literalidade do Antigo Testamento, hoje vivemos na metáfora de
defendermos nossa fé não com armas de ferro, mas com arsenais espirituais. Aliás,
aqui deixo um alerta para nós mesmos em nossa esfera denominacional: A falsa
doutrina inclui legalismo e regras humanas (1Tm4.2-3). Paulo sabia que, se a
igreja deixasse de verificar os seus ensinamentos, a saúde espiritual dela correria
sérios riscos, ouvindo espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Não
podemos incorrer na religião do “não pode isso, não pode aquilo”. Para que as
pessoas não caiam no erro, é necessário que homens fiéis como Timóteo ensinem
cada vez mais “as palavras da fé e da boa doutrina”, praticadas por eles mesmos
(v.6), e que rejeitem as “fábulas profanas”, tradições de homens tolos. O
ensinamento da verdade dará aos homens o que é necessário para a prática
espiritual.
CONCLUSÃO
O Diabo não desistiu de disseminar desvios doutrinários no meio da
igreja, com o intuito de promover o seu enfraquecimento espiritual. Percebe-se
também que as suas formas são atualizadas conforme o tempo, o que impõe à
igreja o desafio de identificaras tendências atuais das falsas doutrinas. Essa
lição apontou que, atualmente, a pós- modernidade representa a essência desses
desvios e que somente por meio da fé genuína é que o crente resistirá aos
ataques deste tempo. A igreja deve fortalecer-se na fé, renovar o seu amor para
com Deus e a sua Palavra.
- Temos que nos manter firmes, combater todo ensino
que nos afaste de Jesus e nos leve a um caminho de pecado, à avareza, à
idolatria, à falta de amor ou a caminhos diversos deste mundo pós-moderno inimigo
de Deus. Cuidemos dos portões e cuidemos das áreas internas. Aprofundar na
Escritura é a tarefa para reconhecer de pronto toda heresia que possa nos bater
à porta. Lembremos sempre que nunca é gritante. É sutil, silenciosa muitas
vezes, tenta colocar poeira na alva lã da Palavra. Me desculpem as vezes
discordando, estou no meu papel Timoteano – nem tudo que já vem “enlatado” é
seguro comermos! Paz!
_______________
Pb Francisco
Barbosa - @Pbassis
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HORA DA REVISÃO
1. Segundo
a lição, o que é preciso para que o crente não se renda aos apelos mundanos e
carnais?
Para que não se renda aos apelos mundanos e
carnais de seu tempo, o crente precisa ser capaz de identificar os seus males,
a fim de enfrentá-los e vencê-los.
2. Como o
tempo atual tem sido chamado e qual o sentido do termo?
O tempo atual tem sido chamado de
“pós-moderno”, cujo sentido pode ser resumido como o movimento da cultura que
rejeita os valores da modernidade e vê com desconfiança os princípios racionais
e universais.
3. Qual o
fenômeno pós-moderno que está no âmago da maioria dos desvios doutrinários da
atualidade?
A espiritualidade sem compromisso com a
igreja.
4. O que
a mentalidade pós-moderna traz consigo que é nocivo à fé?
A mentalidade pós-moderna traz consigo aquilo
que tem de mais nocivo à fé cristã na atualidade, pois ela defende o fim do
padrão, principalmente o bíblico.
5.
Segundo o Evangelho de João, o que nos faz vencer o mundo?
A nossa fé.