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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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2 de março de 2024

REVISTA JOVENS - Lição 10: O cuidado com o vento de doutrina

 TEXTO PRINCIPAL

Jesus respondeu e disse-lhes: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo” (Jo 7.16,17)

Entenda o Texto Principal:

- 7.16 daquele que me enviou. A diferença qualitativa do ensino de Jesus se encontrava na sua fonte, ou seja, o Pai o concedeu a Jesus (Jo 8.26,40,46-47; 12.49-50). O ensino de Jesus tinha origem no próprio Pai, em contraste com os rabinos que o haviam recebido de homens (Gl 1.12). Enquanto os rabinos se apoiavam na autoridade de outros (uma longa corrente de tradição humana), a autoridade de Jesus centrava-se nele mesmo. (cf. Mt 7.28-29; At 4.13).

- 7.17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá. Aqueles que estão fundamentalmente comprometidos em fazer a vontade de Deus serão guiados por ele na afirmação de sua [de Deus] verdade, A verdade de Deus é autoautenticada pelo ministério de ensino do Espirito Santo (cf. Jo 16.13; 1Jo 2.20,27).

 

RESUMO DA LIÇÃO

As Escrituras Sagradas nos ajudam a identificar os falsos ensinos, nos preparando para resisti-los.

Entenda o Resumo da Lição:

- Assim como a verdadeira doutrina é marcada por sua origem divina, a falsa doutrina é marcada por sua origem mundana, “segundo os preceitos e doutrinas dos homens” e por dar ouvidos a elas “alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (Cl 2.22; 1Tm 4.1).

 

TEXTO BÍBLICO

Efésios 4.11-16

Entenda o Texto Bíblico:

11. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.

- E ele mesmo concedeu. Como evidenciado pelo cumprimento perfeito da vontade de seu Pai, Cristo possuía autoridade e soberania para conceder dons espirituais (vs. 7-8) àqueles que ele havia chamado para o serviço em sua igreja, Ele não só concedeu dons, mas também homens talentosos. apóstolos. Um termo usado particularmente para os 12 discípulos que tinham visto o Cristo ressurreto (At 1.22), incluindo Matias, o qual substituiu Judas. Mais tarde, Paulo foi separado, exclusivamente, como apóstolo dos gentios (Cl 16.15-17) e foi contado com os outros apóstolos, ele também, milagrosamente, encontrou Jesus no caminho para Damasco (At 9.1-9; Cl 1.15-17). Esses apóstolos foram escolhidos diretamente por Cristo, por isso serem chamados de "apóstolos de Cristo" (CI 1.1; 1Pe 1.1). Foram dadas a eles três responsabilidades: 1) estabelecer o fundamento da igreja (2.20) receber, declarar e escrever a palavra de Deus (3.5; At 11.28; 21.10-11); e 3) apresentar confirmações dessa Palavra por meio de sinais, maravilhas e milagres (2Co 12.12; At 8.6-7; Hb 2.3-4). O termo "apóstolo" (no original) é usado de um modo mais geral para os outros homens da Igreja primitiva, tais como Barnabé, (At 14.4), Silas, Timóteo (1Ts 2.6) dentre outros (Rm 16.7: Fp 2.25). Eles eram chamados de "apóstolos das igrejas" (2Co 8.23), em vez de "apóstolos de Jesus Cristo" como os 13. Eles não se autoperpetuavam nem eram substituídos quando um dos apóstolos morria; profetas. Não os cristãos comuns que tinham o dom da profecia, mas homens especialmente comissionados na Igreja primitiva. O ofício de profeta parece ter sido exclusivamente para o trabalho na congregação local. Eles não eram "aqueles enviados" como eram os apóstolos (veja At 13.1). Eles, algumas vezes, contaram a revelação prática e direta da parte de Deus para a igreja (At 11.21-28) ou expuseram a revelação já dada (implícita em At 13.1). Não foram usados para o recebimento da Escritura. A mensagem deles tinha de ser julgada por outros profetas para ser validada (1Co 14.32) e tinha de estar em conformidade com os ensinos dos apóstolos (v. 37). evangelistas. Os homens que proclamam as boas-novas da salvação em jesus Cristo para os incrédulos. O verbo relacionado traduzido por "pregar o evangelho" é utilizado 54 vezes e o substantivo relacionado traduzido por "evangelho" é utilizado 76 vezes no NT. pastores e mestres. Essa expressão é mais bem compreendida no contexto como um oficio único de liderança na igreja. A palavra grega traduzida por “e" pode significar "em particular" (veja 1Tm 5.17). O significado comum de pastor é "conduzir"; assim, as duas funções juntas definem o pastor-mestre. Ele é identificado como aquele que está sob o "grande Pastor" Jesus (Hb 13.20-21; 1Pe 2.25). Aquele que exerce esse ofício é também chamado de "presbítero” (Tt 1.5-9) e "bispo" (1Tm 3.1-7). As passagens de At 20.28; 1Pe 5.1-2 trazem, no original, os três termos juntos.

12. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.

- aperfeiçoamento. Diz respeito a restaurar algo à sua condição original, ou à sua forma adequada ou perfeita. Nesse contexto, refere-se a conduzir os cristãos do pecado para a obediência. A Escritura é a chave para esse processo (2Tm 3.1b-17; Jo 15.3). santos. Todos os que creem em Jesus Cristo. desempenho do seu serviço. O serviço spiritual exigido de todos os cristãos, não apenas dos líderes da igreja (1Co 15.58). edificação do corpo de Cristo. A edificação espiritual, a instrução e o desenvolvimento da igreja (At 20.32).

13. Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.

- unidade da fé. A fé, aqui, diz respeito ao corpo da verdade revelada que constitui o ensinamento cristão, caracterizando, particularmente, todo o conteúdo do evangelho. A unidade e a harmonia entre os cristãos são possíveis somente quando construídas sobre o fundamento da sã doutrina. conhecimento do Filho de Deus. Não se refere ao conhecimento da salvação, mas ao profundo conhecimento de Cristo que o cristão vem a ter por meio da oração, do estudo fiel da sua Palavra e da obediência aos seus mandamentos (Fp 3.8-10,12; Cl 1.9-10; 2.2; 1Jo2.12-14). da plenitude de Cristo. Deus quer que cada cristão manifeste as qualidades de seu Filho, o qual é ele mesmo o padrão para a maturidade espiritual e perfeição (Rm 8.29; 2C,o 3.18; Cl 1.28-29).

14. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

- levados ao redor por todo vento de doutrina. Os cristãos espiritualmente imaturos, os quais não estão fundamentados no conhecimento de Cristo por meio da Palavra de Deus, são inclinados a aceitar, de modo não critico, toda sorte de erros doutrinários enganosos e interpretações ardilosas da Escritura anunciadas pelos falsos e enganosos mestres na igreja. Eles devem apreender a ter discernimento (ITs 5.21-22). Veja 3.1; 4.20. O NT está repleto de advertências a respeito desse perigo (At 20.30-31; Rm 16.17-18; Cl 1.6-7; 1Tm 4.1-7; 2Tm 2.15-18: 2Pe 2.1-3).

15. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

- seguindo a verdade em amor. A evangelização é mais efetiva quando a verdade é proclamada em amor. Ela só pode ser realizada por um cristão maduro espiritualmente, o qual está perfeitamente aperfeiçoado na sã doutrina. Sem maturidade, a verdade pode ser fria e o amor não passará de um sentimentalismo. cresçamos... naquele. Os cristãos devem estar totalmente rendidos ao Senhor e obedientes à vontade dele, sujeitos ao seu poder controlador e ser semelhante a Cristo em todas as áreas da vida (cf. Gl 2.20; Fp 1.21). a cabeça. Dada a figura da igreja como um corpo cuja cabeça é Cristo, "cabeça" é usada no sentido de líder com autoridade, e não "fonte", que exigiria uma figura anatômica diferente (Veja 1.22; 5.23).

16. Do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo ajusta operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

- de quem. Refere-se ao Senhor. O poder para produzir cristãos maduros e aperfeiçoados não vem apenas pelos esforços desses cristãos, mas do cabeça deles, o Senhor Jesus Cristo (Cl 2.19). cooperação de cada parte. O crescimento bíblico e piedoso da igreja resulta de cada membro do corpo usar por completo o seu dom espiritual, em submissão ao Espírito Santo e em colaboração com outros cristãos (Cl 2.19).

 

INTRODUÇÃO

Estamos estudando a respeito da preciosidade da doutrina bíblica e advertindo sobre os perigos das falsas doutrinas que conduzem as pessoas ao erro e às práticas pecaminosas. Na lição deste domingo, veremos uma análise a respeito do que a Bíblia chama de “vento de doutrina”, a fim de que este seja identificado, resistido e vencido. Vamos também ver como podemos identificar as atuais falsas doutrinas e como o crente pode e deve resistir aos seus ataques, mantendo assim o amor a Deus e à sua Palavra acima de todas as coisas.

- “T.D. Jakes diz que Deus existe eternamente em três manifestações, não em três pessoas. Greg Boyd diz que Deus conhece alguns aspectos do futuro, mas que outros eventos futuros estão fora do seu conhecimento. Creflo Dollar diz que por sermos criados à imagem de Deus, somos pequenos deuses. O mormonismo diz que Deus revelou novas escrituras a Joseph Smith que superam a Bíblia. O catolicismo romano diz que somos justificados pela fé, mas não somente pela fé. Esse mundo é uma loucura obscura de verdadeiro e falso. Para cada doutrina que sabemos ser verdadeira, parece haver uma centena de impostoras. Não é de admirar, portanto, que João nos diga para “provar os espíritos” e Paulo diz: “julgai todas as coisas” (1Jo 4.1, 1Ts 5.21). É nossa responsabilidade sagrada examinar cada doutrina para determinar se é verdadeira ou falsa. Mas como podemos distinguir a sã doutrina da falsa? Como podemos distinguir os mestres da verdade dos mestres do erro? [...] colocar uma doutrina à prova é a melhor maneira de determinar se é verdadeira ou falsa. À medida que testamos a doutrina, aprendemos nossa responsabilidade para com ela: ou nos apegamos a ela ou a rejeitamos”. Os 5 testes da falsa doutrina

 

I. TENDÊNCIAS ATUAIS DAS FALSAS DOUTRINAS

 


1. Tempos pós-modernos.  
O crente não conseguirá manter uma fé genuína em Deus se ele não conhecer as tendências e os desafios de seu próprio tempo. Nesse caso, que tempos são os atuais? Quais as principais marcas da atualidade? A Bíblia faz sérios alertas sobre o perigo que cerca o crente no que se refere ao “presente século” (2 Co 4.4; 2 Tm 4,10; Tt 2.12). Para que não se renda aos apelos mundanos e carnais de seu tempo, o crente precisa ser capaz de identificar os seus males, a fim de enfrenta-los e vencê-los. O tempo atual tem sido chamado de “pós-moderno”, cujo sentido pode ser resumido como o movimento da cultura que rejeita os valores da modernidade e vê com desconfiança os princípios racionais e universais. Na prática, o mundo pós-moderno desvaloriza a lógica e o sentido das coisas, dando ênfase ao que foge à regra.

- A pós-modernidade é a face “deste presente século” (Rm 12.1-2). O pós-modernismo é uma reação (ou talvez mais apropriadamente, uma resposta desiludida) à falha promessa do modernismo de usar apenas a razão humana para melhorar a humanidade e o mundo. Porque uma das crenças do modernismo era a de que absolutos não existem, o pós-modernismo procura "corrigir" as coisas através de eliminar primeiramente a verdade absoluta e tornar tudo (inclusive a religião e ciências empíricas) relativo às crenças e desejos de um indivíduo.

- Como identificar o falso sem conhecer o verdadeiro? O falso se revela diante do conhecimento do que é verdadeiro. O Reino de Deus na pregação de Jesus coloca em evidência o caráter de um mundo legalista, repressor e excludente, que necessariamente, deveria ser reestruturado a partir da ótica de um Deus que deseja reconciliá-lo consigo. A cultura de nosso tempo é a forma de vida chamada de “pós-modernidade”. Como a cultura no tempo de Jesus, ela oferece oportunidades e desafios para a missão da Igreja. Seguindo o exemplo de Jesus, a Igreja deve se encarnar de forma crítica na pós-modernidade. As duas características básicas da encarnação missionária são: (a) o discernimento do Espírito (Cl 1,9-11), a fim de podermos distinguir entre o pecado e a justiça, o certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e o erro em nossa cultura e sociedade; e (b) a compaixão (Mc 6,34), para podermos anunciar o Evangelho da salvação às pessoas que estão escravizados pelos poderes do pecado e da morte, e que caminham cegas, como ovelhas perdidas, sem pastor.

2. Tempos de desconstruções. A pós-modernidade foi disseminada, principalmente, pelo pensamento de alguns teóricos que representam a ideia deste tempo, que busca afrontar a fé cristã. A ideia destes teóricos é a de que o conhecimento herdado, seja religioso ou familiar não pode ser considerado uma verdade absoluta, pois é fruto da mente humana, apenas. Para alguns teóricos da pós- modernidade as palavras, conhecimento e poder estão relacionadas de forma que o discurso não tem a intenção somente de comunicar, mas de estabelecer domínio e poder. Eles também propagam a desconstrução das bases pré-estabelecidas pois para tais pensadores, são apenas criações humanas. A desconstrução do conhecimento herdado, da palavra falada e da palavra escrita representa a destruição da tradição, do ensinamento e da Palavra de Deus, pilares do Cristianismo. Sendo assim, o vento atual é o da desconstrução em torno da fé na Palavra de Deus.

- Em termos simples, o pós-modernismo é uma filosofia que afirma que não existe nenhuma verdade objetiva ou absoluta, especialmente em questões de religião e espiritualidade. Quando confrontado com uma afirmação verídica sobre a realidade de Deus e prática religiosa, o ponto de vista do pós-modernismo é exemplificado na declaração "que algo pode ser verdade para você, mas não para mim." Embora tal resposta seja completamente apropriada quando se fala de comidas favoritas ou preferências artísticas, tal mentalidade é perigosa quando aplicada à realidade porque confunde questões de opinião com questões de verdade. “Todo crente que vive no século 21 já sofreu a perplexidade que acompanha nossas interações com descrentes pós-modernos. Uma ânsia por desmascarar todo argumento como sendo uma mera tentativa de controlar; uma enfatuada negação de verdades que vinculem a tudo e a todos; um desejo de relegar matérias de fé à esfera da vida privada”. CARSON, D. A. (Org). A verdade: como comunicar o evangelho a um mundo pós-moderno. São Paulo: Vida Nova, 2015. “Filhos desta era precisam de um evangelho não apenas poderoso em palavras, mas sendo também efetivo em obras. Não obras para a salvação, mas obras que são frutos de uma mente regenerada, de um ser transformado segundo o Espírito Santo. Quem nasceu de novo é transformado para fazer as mesmas obras do Cristo. São chamados para agir como profetas, denunciando as injustiças sociais, os conchavos dos líderes religiosos com o sistema deste mundo, e o uso do nome de Deus como maneira de explorar o povo. Como Jesus, vão para fora das quatro paredes do templo para alimentar os famintos, para visitar os enfermos, lhes dando todas as possibilidades de cura, saem da casa religiosa em favor do resgate dos excluídos: as prostitutas, ou corruptos, ou homossexuais ou qualquer hipótese de pecadores, chamando-os para a congregação dos justos. Este mundo pós-moderno, relativizado e hedonista, precisa de uma igreja que leve as boas novas do Cristo, ao invés de uma igreja friamente interessada na propagação da filosofia sistemática.Rodolpho Medeiros, Um evangelho para a pós modernidade. Publicado em Ultimato.com.

3. Espiritualidade sem vida. A mentalidade pós-moderna traz consigo aquilo que tem de mais nocivo à fé cristã na atualidade, pois ela defende o fim do padrão, principalmente o bíblico. Logo, a verdade é particularizada, a autoridade é desrespeitada, a moralidade é circunstancial e os relacionamentos são “descartáveis”. A espiritualidade sem compromisso com a igreja local é um fenômeno pós-moderno que está no âmago da maioria dos desvios doutrinários da atualidade. Os seus adeptos não minimizam a importância da espiritualidade; entretanto, desvinculam-na de qualquer compromisso com uma denominação, e até mesmo com uma liderança espiritual, afinal de contas, o que importa é o sentir-se bem e viver conforme os próprios padrões. Na espiritualidade pós-moderna é possível ter “experiências sobrenaturais” sem compromisso com a verdade da Palavra de Deus, mesmo porque, ela é a espiritualidade do sentir e não do viver.

- “Vivemos na era líquida, como diz Baumamn. Um período da história humana onde os conceitos sistemáticos de verdade perderam o seu valor, um momento onde a mente ocidental não deseja mais compromissos com estruturas religiosamente sólidas e teologicamente irrelevantes para o presente de um humanidade sem fé nas falácias racionalizadas”. Rodolpho Medeiros, Um evangelho para a pós modernidade. Publicado em Ultimato.com. O grande teólogo Tomás de Aquino disse: "É a tarefa do filósofo fazer distinções." O que Aquino quis dizer é que a verdade depende da capacidade de discernir - da capacidade de diferenciar "isso" e "aquilo" no domínio do conhecimento. No entanto, se a verdade objetiva e absoluta não existe, então tudo se torna uma questão de interpretação pessoal. Para o pensador pós-moderno, o autor de um livro não possui a correta interpretação de sua obra; é o leitor quem realmente determina o que o livro significa - um processo chamado de desconstrução. Além disso, já que há vários leitores (ao invés de um só um autor), existem naturalmente diversas interpretações válidas. Tal situação caótica torna impossível fazer distinções significativas ou duradouras entre interpretações diferentes porque não existe um padrão que possa ser usado. Isso se aplica especialmente a questões de fé e religião. Tentar fazer distinções adequadas e significativas na área da religião não é mais significativo do que discutir que o chocolate tem um sabor melhor do que baunilha. O pós-modernismo diz que é impossível julgar objetivamente entre reivindicações concorrentes sobre a verdade. “O Cristianismo afirma ser absolutamente verdadeiro, que existem diferenças significativas em questões de certo / errado (assim como a verdade e falsidade espiritual), e que para ser correto em suas afirmações sobre Deus, todas as reivindicações contrárias das religiões concorrentes devem estar incorretas. Tal postura provoca gritos de "arrogância" e "intolerância" do pós-modernismo. No entanto, a verdade não é uma questão de atitude ou preferência, e quando analisada de perto, as bases do pós-modernismo desmoronam rapidamente, revelando que as reivindicações do Cristianismo são plausíveis e convincentes.

Em primeiro lugar, o Cristianismo afirma que a verdade absoluta existe. Na verdade, Jesus diz especificamente que foi enviado para fazer uma coisa: "Dar testemunho da verdade" (João 18:37). O pós-modernismo diz que nenhuma verdade deve ser afirmada, mas a sua posição é auto-destrutiva - ele afirma pelo menos uma verdade absoluta: a de que nenhuma verdade deve ser afirmada. Isso significa que o pós-modernismo acredita na verdade absoluta. Os seus filósofos escrevem livros afirmando coisas que esperam que seus leitores abracem como verdade. Colocando em termos simples, um professor disse: "Quando alguém diz que não há tal coisa como verdade, eles estão pedindo-lhe para não acreditar neles, então não acredite."

Em segundo lugar, o Cristianismo afirma que existem diferenças significativas entre a fé cristã e todas as outras crenças. Deve ser entendido que os que afirmam que distinções significativas não existem estão, na verdade, fazendo uma distinção. Estão tentando mostrar uma diferença entre o que eles acreditam ser verdade e o que o cristão acredita. Autores pós-modernos esperam que os seus leitores cheguem às conclusões certas sobre o que escreveram e corrigirão aqueles que interpretam o seu trabalho de forma diferente. Mais uma vez, a sua posição e filosofia revelam que o pós-modernismo é auto-destrutivo porque ansiosamente fazem distinções entre o que acreditam ser correto e o que veem como sendo falso.

Finalmente, o Cristianismo afirma ser uma verdade universal no que diz respeito à condição perdida do homem diante de Deus, ao sacrifício de Cristo em favor da humanidade caída e à separação entre Deus e quem opta por não aceitar o que Deus diz sobre o pecado e a necessidade de arrependimento. Quando Paulo dirigiu-se aos filósofos estoicos e epicuristas na reunião do Areópago, ele disse: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30). A declaração de Paulo não era "isto é verdade para mim, mas pode não ser verdade para você"; ao contrário, era um comando exclusivo e universal (ou seja, uma metanarrativa) de Deus para todos. Qualquer pós-modernista que diga que Paulo está errado está cometendo um erro contra a sua própria filosofia pluralista, a qual afirma que nenhuma fé ou religião está incorreta. Mais uma vez, o pós-modernista viola a sua própria visão de que toda religião é igualmente verdadeira.

Assim como não é arrogante quando um professor de matemática insiste que 2 +2 = 4 ou quando um serralheiro insiste que apenas uma chave se encaixará na porta trancada, não é arrogante que o cristão se erga contra o pensamento pós-moderno e insista que o Cristianismo é verdadeiro e qualquer coisa que se oponha a ele é falsa. A verdade absoluta existe, assim como existem consequências de estar errado. Embora o pluralismo seja até desejável em matéria de preferências alimentares, não é útil em questões sobre o certo e errado. O cristão deve apresentar a verdade de Deus em amor e simplesmente perguntar a qualquer pós-modernista irritado com as reivindicações exclusivistas do Cristianismo: "Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?" (Gálatas 4:16).Quais são os perigos do pós-modernismo? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/perigos-pos-modernismo.html.

 

II. A RESISTÊNCIA DO CRENTE

 


1. O mundo a ser resistido.  
O crente é desafiado a vencer a tentação (1 Co 10.13), o Diabo (Tg 4.7) e o mundo (1 Jo 5.4). Antes de identificar as características do mundo e qual o meio eficaz de vencê-lo, é preciso compreender o que o apóstolo João quer dizer com o termo “mundo”. A palavra “mundo” na Bíblia tem algumas variações, mas aqui ela vem do grego hosmos, que literalmente quer dizer “algo ordenado”, e que aqui assume também uma relação com “sistema ordenado”, ou ainda, “sistema mundano”. Esse sistema representa muito bem o “espírito do anticristo”, cuja principal marca é a de ser “contra tudo o que se chama de Deus” (2 Ts 2.4), ou seja, este mundo é inimigo de Deus, de seu povo e de sua Palavra. Portanto, este é o mundo a ser resistido pelo crente fiel.

- O fato é que vivemos num mundo corrompido e contrário à nossa fé. O sistema para o governo do anticristo já está posto e cada dia mais, vai ficando difícil para o cristão viver a sua fé. O mundo tem exercido uma influência negativa sobre a vida das pessoas que tem afetado o modo de pensar, falar, sentir, vestir e se relacionar de cada uma delas. Tal qual descrito no subtópico, mundo como sistema imoral e totalmente corrompido em seus valores. Estamos vivendo dias muito difíceis sobre a face da terra. O inimigo não quer de maneira alguma perder o domínio sobre as pessoas e tem feito tudo para manter a mente delas influenciada por ele, utilizando os métodos mais sutis para dominá-las. Há uma grande guerra sendo travada no mundo espiritual e muitas vezes não percebemos o que está acontecendo. Quais são os métodos mais usados pelo inimigo nesta guerra? Basta analisar com senso crítico as mensagens que têm sido insistentemente veiculadas dentro de nossas casas por meio de filmes, sites, novelas, músicas e tantas outras coisas, que muitas das vezes incitam a violência, o roubo, a maledicência, o homossexualismo, a prostituição, os adultérios e as rebeliões. Se cedermos a essas influências, seremos semelhantes ao mundo e deixaremos de cumprir o propósito para o qual Deus nos chamou.

2. Um mundo sem fundamentos. Qual a característica do mundo atual? De que forma a fé cristã é testada e desafiada atualmente? A respeito deste tempo, o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman caracterizou a Pós-Modernidade como “sociedade líquida”, cuja marca principal é a fluidez, isto é, a não solidez das relações em seus mais variados aspectos, resultando assim na falta de comprometimento e relacionamentos sem profundidade e descartáveis. Nesse contexto de instabilidade e ausência de fundamentos sólidos, a doutrina cristã é colocada à prova o tempo todo, aliás, isso foi previsto pelo apóstolo Paulo ao falar de um período por ele chamado de “tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). O justo diante do deslocar dos fundamentos estruturais da vida, remonta os tempos bíblicos (Sl 11.3; Hc 1.4). Portanto, assim como os salmistas e o profeta Habacuque foram desafiados, os crentes da atualidade o são e devem manter firme a sua fé, mesmo em um mundo sem fundamentos sólidos.

- Em 2Tm 3.1 Paulo emprega o termo tempos difíceis, onde a palavra "difíceis" é usada para descrever a natureza selvagem de dois homens possuídos por demônios (Mt 8.28). A palavra traduzida por "tempos" tem a ver com épocas, e não com o tempo cronológico ou o calendário. Essas eras ou épocas selvagens e perigosas serão cada vez mais frequentes e severas à medida que se aproximar a volta de Cristo (v. 13). A era da igreja está repleta desses movimentos perigosos que, pelo fato de o fim estar se aproximando, estão ganhando força. (Mt 7.15; 24.11,12,24; 2Pe 2.1,2). O cristão que não se deixa influenciar por essas coisas, que deseja viver sob a perspectiva de Deus, muitas vezes é confrontado nos seus valores, num sentido pejorativo, ridicularizado e debochado com o fim de diminuí-lo diante das pessoas e de si mesmo. O grande desafio da nossa geração é saber como confrontar o mundo e permanecer firme. Como viver na contramão dessa realidade imoral e perversa. Como remar contra essa maré carregada de perversões. Podemos, como discípulo de Jesus, mesmo sendo tentados, resistir às influências e aos ataques do mundo, não permitindo que eles sobrepujem aos valores aprendidos na Palavra. Para isso devemos tomar posições e ter atitudes corretas em relação ao mundo, sabendo o que diz a Palavra de Deus.

3. A vitória que vence o mundo. O apóstolo João afirma que “a vitória que vence o mundo” é “a nossa fé” (1 Jo 5.4). Mas, afinal, que é esta fé capaz de vencer o mundo? Qual o seu significado e como o crente deve utilizar-se dela na tarefa de resistir ao mundo atual, junto de seus ventos de doutrinas? Em primeiro lugar, não se trata de qualquer fé. Não é uma fé subjetiva, pois o apóstolo é objetivo em dizer “a nossa fé”, que remonta ao texto de Judas que, incentivando os seus leitores, disse que eles deveriam “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (v. 3). O Senhor Jesus é o autor desta fé (Hb 12.2) e ela é dada por Deus aos crentes (Ef 2.8), Em segundo lugar, esta fé oferece condições ao crente para que resista aos constantes ataques de seu adversário. Paulo compara a fé a um escudo, com evidência clara de que ela cumpre um papel de defesa aos ataques do Diabo (Ef 6.16). O escritor aos Hebreus afirma que a fé oferece firmeza e garantia ao crente em todo o tempo e em todas as circunstâncias. Após o salmista perguntar sobre a condição dos justos enquanto vê os fundamentos da Terra serem abalados, ele declara a soberania de Deus e o seu controle sobre tudo o que ocorre na terra (Sl 11.4). Sendo assim, a fé é a arma adequada para o crente resistir aos ventos atuais da doutrina, mantendo-se firme sobre a Rocha que é Jesus Cristo.

- João define claramente quem são esses vencedores; todos os que creem que Jesus é o Filho de Deus e em tudo o que isso significa. Os vencedores são cristãos — todos eles (1Jo 2.13). A palavra traduzida por "vence" vem de uma palavra grega que significa "conquistar", "ter vitória", "ter superioridade" ou "conquistar o poder". Reflete uma superioridade genuína que leva a um êxito avassalador. A vitória pode ser demonstrada; inclui a destruição de um inimigo para que ela possa ser vista por todos. Jesus também usou essa palavra para descrever a si mesmo (Jo 16.33). Por causa de sua união com Cristo, os cristãos também participam da vitória do Senhor (Rm 8.37; 2Co 2.14). No original, a palavra "vence" expressa a ideia de que o cristão vence continuamente o mundo - o sistema de engano e iniquidade de Satanás em escala mundial. Por meio de Cristo e sua provisão de salvação, o cristão vence (v. 5) o sistema invisível da maldade demoníaca e humana que Satanás opera para capturar a alma humana e levá-la para o inferno. A título de ênfase, João repete três vezes a referência de vencer o mundo. A fé em Jesus Cristo e a dedicação da vida a ele fazem do cristão um vencedor. Não é um poder mágico a nós dispensado, não é uma força que se invoque. Estamos falando em relacionamento! O crente é conhecido pela sua fé em Cristo (1Jo 5.1,4,5). “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus [...] porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” Qualquer um que coloca sua fé em Cristo com sinceridade é filho de Deus. A fé em Cristo concede dois benditos privilégios: primeiro, participação na família de Deus (5.1); segundo, vitória sobre o mundo (5.5). Aqueles que pertencem à família de Deus por crerem que Jesus é o Cristo são aqueles que vencem o mundo. Não há pertencimento à família de Deus nem vitória sobre o mundo para aqueles que negam a divindade e a humanidade de Cristo. Permita-me esclarecer um ponto no qual discordo do ilustre comentarista: ele diz: “Sendo assim, a fé é a arma adequada para o crente resistir aos ventos atuais da doutrina, mantendo-se firme sobre a Rocha que é Jesus Cristo.” Augustus Nicodemus, citando J. Gill, escreve: “A vitória sobre o mundo não se deve à fé propriamente dita, mas ao seu objeto, Cristo, o qual tem vencido o mundo e torna os que verdadeiramente creem nele mais que vencedores sobre o mundo”. Lopes, Augustus Nicodemus. Primeira carta de João. 2 0 0 5 : p. 143.

 

III. AME O SENHOR, AME A SUA PALAVRA

 

1. Criados para amar.  Dentre as virtudes apresentadas na Palavra de Deus, o amor é a mais nobre e sublime. Entretanto, a Bíblia ensina que o amor deve ser empregado na direção correta, caso contrário, os seus efeitos serão desastrosos, como o “amor ao dinheiro” que traz consigo males e dores (1 Tm 6.10) ou quando o homem é “amante de si mesmo” (2 Tm 3.2). A expressão “afeição” é usada para demonstrar a pureza e a força do amor, pois indica a forte inclinação para algo, capaz de levar uma pessoa a abrir mão de sua própria vida em favor do outro (1 Ts 2.8). O amor é condutor das boas ações humanas, ele determina a direção a ser trilhada. O homem foi criado para amar a Deus, entretanto, o pecado desvirtuou esse propósito, levando-o a desviar-se do seu amor. Em Cristo, o homem tem todas as condições para amar e redirecionar o seu amor a Deus (Rm 14 8).

- O amor envolve a prática do bem. O amor não pratica o mal, nem é indiferente; o amor pratica o bem. “Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.” João exorta a igreja a não ficar escandalizada com o ódio do mundo, pois o mundo é a posteridade de Caim, o qual odiou seu irmão e o matou. O amor é a evidência da salvação (1Jo 3.14). “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” Mesmo que o mundo nos odeie, nós não odiamos, mas amamos. O fato de amarmos os irmãos dá-nos boa base para a certeza da vida eterna.

2. Ame ao Senhor. O texto de Deuteronômio 6.5 serve como referência quanto à forma adequada do ser humano se relacionar com o Criador. O próprio Senhor Jesus reverberou esta ordem (Lc 10.27). Em todo o Novo Testamento há incentivo ao amor a Deus e a Cristo, sob graciosas promessas (Rm 8.28; 1 Co 2.9; 8.3; Ef 6.24). O salmista afirmou que os que amam a Deus têm a garantia de sua eficaz proteção, fazendo-o triunfantes nas mais diversas batalhas. Portanto, o amor a Deus é também uma forma de resistência aos ataques das tendências atuais das falsas doutrinas, pois o crente que ama ao Senhor lutará – intencionalmente – por agradá-lo, inclusive, rejeitando todo o tipo de desvio da verdade de sua Palavra.

- Permita-me destacar uma linha desse subtópico e descordar mais uma vez do ilustre comentarista: “Portanto, o amor a Deus é também uma forma de resistência”, como assim “é também”? Ou será o caso de haver cristãos que não amam a Deus e ao Seu Cristo? O subtópico inicia citando Dt 6.4, como “Ireferência”. Em primeiro lugar, esse texto citado diz que na lista de tudo o era essencial que o judeu comprometido devia sem reservas e sinceramente confessar, era amor a Deus. Já que esse relacionamento de amor a Deus não podia ser representado de modo material como no caso de ídolos, devia ser demonstrado em obediência diária à lei de Deus! (Dt 11.16-21; Mt 22.37; Lc 10.2). Deus concede a Sua perfeita paz para aqueles que confiam Nele, não em si mesmo! (Pv 3.5-6). Há segurança e conforto nesta confiança plena que mantém o coração sossegado e sereno. Vivendo na presença de Deus o crente fiel mantém a sua vida firme no propósito do Senhor, confiado em Suas fortes mãos. A paz de Cristo excede todo o entendimento e permite que o cristão ande em caminhos de paz com Deus e com os seus semelhantes. Confie no Senhor de todo o seu coração e desfrute da alegria, amor, segurança, fé, significado e paz que só encontrará em Deus! Assim, não entendo o amor a Deus e ao Seu Cristo como uma arma, isso porque arma é aquilo que eu posso usar, como defesa ou ataque; O amor a Deus e ao Seu Cristo é a base de tudo, é o fundamento, e não “mais uma arma com a qual podemos contar”.

3. Ame a sua Palavra. Além do amor a Deus, o amor à sua Palavra é também um recurso poderoso no processo de enfrentar, resistir e vencer as tendências atuais das falsas doutrinas. O salmista declarou o seu amor pela Palavra de Deus (Sl 119.97) e, conforme o seu próprio testemunho, os resultados desse seu compromisso com a verdade são: meditar na Palavra de Deus “em todo o dia” (v. 97), desviar os seus pés “de todo caminho mau” (v. 101) e aprender a aborrecer e a rejeitar “todo falso caminho” (v. 104). A partir das palavras do salmista é possível perceber que, além de outras garantias, o amor pela Palavra de Deus possibilita a identificação dos falsos caminhos, evitando o erro, a fim de agradar a Deus que deve ser amado acima de todas as coisas.

- Enquanto cristãos, fomos chamados para defendermos a fé. Me parece um chamado à guerra, defender os muros, guerrear às portas. Assim, na literalidade do Antigo Testamento, hoje vivemos na metáfora de defendermos nossa fé não com armas de ferro, mas com arsenais espirituais. Aliás, aqui deixo um alerta para nós mesmos em nossa esfera denominacional: A falsa doutrina inclui legalismo e regras humanas (1Tm4.2-3). Paulo sabia que, se a igreja deixasse de verificar os seus ensinamentos, a saúde espiritual dela correria sérios riscos, ouvindo espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Não podemos incorrer na religião do “não pode isso, não pode aquilo”. Para que as pessoas não caiam no erro, é necessário que homens fiéis como Timóteo ensinem cada vez mais “as palavras da fé e da boa doutrina”, praticadas por eles mesmos (v.6), e que rejeitem as “fábulas profanas”, tradições de homens tolos. O ensinamento da verdade dará aos homens o que é necessário para a prática espiritual.

 

CONCLUSÃO

O Diabo não desistiu de disseminar desvios doutrinários no meio da igreja, com o intuito de promover o seu enfraquecimento espiritual. Percebe-se também que as suas formas são atualizadas conforme o tempo, o que impõe à igreja o desafio de identificaras tendências atuais das falsas doutrinas. Essa lição apontou que, atualmente, a pós- modernidade representa a essência desses desvios e que somente por meio da fé genuína é que o crente resistirá aos ataques deste tempo. A igreja deve fortalecer-se na fé, renovar o seu amor para com Deus e a sua Palavra.

- Temos que nos manter firmes, combater todo ensino que nos afaste de Jesus e nos leve a um caminho de pecado, à avareza, à idolatria, à falta de amor ou a caminhos diversos deste mundo pós-moderno inimigo de Deus. Cuidemos dos portões e cuidemos das áreas internas. Aprofundar na Escritura é a tarefa para reconhecer de pronto toda heresia que possa nos bater à porta. Lembremos sempre que nunca é gritante. É sutil, silenciosa muitas vezes, tenta colocar poeira na alva lã da Palavra. Me desculpem as vezes discordando, estou no meu papel Timoteano – nem tudo que já vem “enlatado” é seguro comermos! Paz!

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Pb Francisco Barbosa - @Pbassis

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HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, o que é preciso para que o crente não se renda aos apelos mundanos e carnais?

Para que não se renda aos apelos mundanos e carnais de seu tempo, o crente precisa ser capaz de identificar os seus males, a fim de enfrentá-los e vencê-los.

2. Como o tempo atual tem sido chamado e qual o sentido do termo?

O tempo atual tem sido chamado de “pós-moderno”, cujo sentido pode ser resumido como o movimento da cultura que rejeita os valores da modernidade e vê com desconfiança os princípios racionais e universais.

3. Qual o fenômeno pós-moderno que está no âmago da maioria dos desvios doutrinários da atualidade?

A espiritualidade sem compromisso com a igreja.

4. O que a mentalidade pós-moderna traz consigo que é nocivo à fé?

A mentalidade pós-moderna traz consigo aquilo que tem de mais nocivo à fé cristã na atualidade, pois ela defende o fim do padrão, principalmente o bíblico.

5. Segundo o Evangelho de João, o que nos faz vencer o mundo?

A nossa fé.