TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19)
Entenda o Texto Áureo:
- portanto. Ou seja, com
base na sua autoridade, os discípulos foram enviados a fazer "discípulos
de todas as nações". O amplo escopo do comissionamento dos discípulos é
consumado por meio da autoridade ilimitada de Jesus; em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. A fórmula é
uma forte declaração do trinitarianismo.
- Semelhante ao relato de Mateus da Grande Comissão, Marcos 16.15-16
contrasta e adiciona entre aqueles que foram batizados (crentes) e os que se
recusaram a crer e são condenados. Ressalta-se que, o Evangelho de Marcos não
ensina que o batismo salva, uma vez que os perdidos são condenados pela
descrença, e não por não terem sido batizados (At 2.38).
VERDADE PRÁTICA
O batismo é
uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve ser uma prática obedecida pela
igreja.
Entenda a Verdade Prática:
- O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas Ordenanças estabelecidas por
Jesus Cristo quando esteve aqui na terra com seus discípulos. Estas duas
ordenanças tem a forma de ritual religioso e são administradas pelo pastor de
cada Igreja com a aprovação da própria Igreja.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 6.1-11
- 6.1—8.39 Paulo passa da demonstração da doutrina da justificação, na
qual Deus está declarando justo o pecador que crê (3.20—5.21), para a
demonstração das ramificações práticas da salvação naqueles que foram justificados.
Ele discute, especialmente, a doutrina da santificação, mediante a qual Deus
produz a verdadeira justiça no cristão (6.1-8.39).
6.1-10 Ele inicia os seus ensinos sobre a santificação argumentando que,
apesar do passado deles, todos quantos Deus justificou experimentarão,
individualmente, a santidade (cf. 1Co 6.9-11; 1Tm 1.12-1.3).
1.
Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais
abundante?
Permaneceremos no pecado. Por
causa de sua experiência farisaica no passado, Paulo pôde prever as principais
objeções de seus críticos. Ele já havia feito uma alusão a essa crítica, a de
que, ao pregar a justificação baseada somente na graça de Deus, ele estava incentivando
as pessoas a pecar (cf. 3.5-6,8).
2.
De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda
nele?
- De modo nenhum! Usada
14 vezes nas epístolas do Paulo (dez em Rm 3.4,6,31; 6.2.15; 7.7,13; 9.14;
11.1,11), essa é a expressão idiomática mais forte em grego para rejeitar uma
afirmação, e contém um sentido de indignação de que ninguém poderia sequer
pensar que a afirmação fosse verdadeira. nós
os que para ele morremos? Não é uma referência à constante luta diária
do cristão com o pecado, mas um acontecimento único completado no passado.
Porque estamos "em Cristo" (6.11; 8.1), e ele morreu em nosso lugar
(5.6-8), somos considerados mortos com ele. Essa é a premissa fundamental do
cap. 6, e Paulo gasta o restante do capítulo para explicá-la e apoiá-la.
3.
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados
na sua morte?
- batizados em Cristo jesus.
Não se refere ao batismo nas águas. Na verdade, Paulo está usando a palavra
"batizado" num sentido metafórico, como quando nós dizemos que alguém
está imerso no trabalho, ou que passou pelo batismo de fogo ao enfrentar um
problema. Todos os cristãos, ao colocar a fé salvadora nele, foram imersos na
pessoa de Cristo, que é estar unido e identificado com ele (cf. 1Co 6.17; 10.2;
Gl 3.27; 1Pe 3.21; 1Jo 1.3). Não há dúvida de que o batismo nas águas ilustra essa
realidade, que é o objetivo — mostrar a transformação do justificado. na sua morte. Significa que a
imersão ou identificação se dá, especificamente, com a morte e ressurreição de
Cristo, como o apóstolo explicará (veja 6.4-7).
4.
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida.
- sepultados com ele.
Uma vez que estamos unidos com ele pela fé, como simboliza o batismo, a sua
morte e o seu sepultamento tornaram-se nossos. novidade de vida. Isso é verdade se, em Cristo, morremos e
fomos sepultados com ele; então, também estaremos unidos a ele na sua
ressurreição. Há uma nova qualidade e caráter para a nossa vida, um novo
princípio de vida. Trata-se da regeneração do cristão (Ef 4.24). Enquanto o
pecado descreve a vida antiga, a justiça descreve a nova.
5. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na
semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressureição;
- À semelhança de sua ressurreição – Isso não significa que devemos
parecer com ele quando ressuscitarmos no último dia – o que pode ser verdade,
no entanto -, mas que nossa ressurreição do pecado se assemelhará à sua
ressurreição da sepultura. Como ele se levantou da tumba e viveu, assim devemos
nos erguer do pecado e viver uma nova vida.
6.
sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo
do pecado seja desfeito, afim de que não sirvamos mais ao pecado.
- nosso velho homem. O
eu do cristão não regenerado. A palavra grega para "velho" não diz
respeito a algo velho em anos, mas a algo gasto e inútil. O nosso velho ser
morreu com Cristo, e a vida que desfrutamos agora é uma vida dada de maneira
divina, a vida do próprio Cristo (cf. Gl 2.20). Fomos retirados da presença e
do controle do nosso ser não regenerado, e desse modo não devemos seguir as lembranças
remanescentes de nossos velhos caminhos pecaminosos como se ainda estivéssemos
sob a influência do mal (Ef 4.20-24; GI 5.24; Cl 3.9-10). corpo do pecado. Em sua essência, é
parecido com "nosso velho homem". Paulo usa os termos
"corpo" e "carne" para se referir às tendências pecaminosas
interligadas com as fraquezas e os prazeres físicos (p. ex., 8.10-11,13,23).
Embora o velho ser esteja morto, o pecado mantém uma posição em nossa carne
profana ou em nossa humanidade não redimida, com seus desejos corrompidos
(7.14-24). O cristão não tem duas naturezas conflitantes, a velha e a nova, nas
uma nova natureza que ainda está encarcerada numa carne não redimida. Porém, o termo
"carne" não equivale ao corpo físico, o qual pode ser um instrumento
de santificação (v. 19; 12.1; 1Co 6.20). destruído.
Tornado ineficaz ou inoperante.
7.
Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
- morreu. Pela sua união
com Cristo. Justificado do pecado.
Não estar mais sob o seu domínio e controle.
8.
Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
- também com ele viveremos.
O contexto sugere que Paulo quer dizer que não apenas os cristãos viverão na
presença de Cristo por toda eternidade, mas também todos aqueles que morreram
com Cristo — o que é verdadeiro em relação a todos os cristãos — viverão uma
vida aqui que é totalmente consistente com a santidade dele.
9.
sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não
mais terá domínio sobre ele.
- domínio. Poder,
controle ou dominação (Cf. vs. 11-12).
10. Pois,
quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver,
vive para Deus.
- morreu para o pecado. Cristo
morreu para o pecado em dois sentidos: 1) em respeito ao castigo do pecado —
ele cumpriu as exigências legais pelo pecador; e 2) em respeito ao poder do
pecado — destruindo, para sempre, o seu poder sobre os que pertencem a ele. E
sua morte nunca mais precisará se repetir (Hb 7.26-27; 9.12,28; 10.10; cf. IPe
3.18). O que Paulo está dizendo é que os cristãos haviam morrido para o pecado
da mesma maneira, vive para Deus. Para a glória de Deus.
11. Assim também
vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
- Em 6.11-14 Paulo trata da conclusão lógica dos seus leitores: se o velho
ser está morto, por que há urna batalha contínua contra o pecado, e como o novo
ser (pode se tornar dominante (veja também 7.1-25)? Sua exortação está contida em
duas palavras-chave: "considerar" (vs. 11 b,12) e
"oferecer" (vs. 13-14).
Assim também. Implica a importância de o seu
leitor saber o que ele acabou de explicar. Sem esse fundamento, o que ele está prestes
a ensinar não fará sentido. A Escritura sempre identifica o conhecimento como a
base para a prática de uma pessoa (cf. Cl 3.10). considerai-vos. No original, apesar de significar,
simplesmente, contar ou numerar algo, essa palavra foi muito usada de maneira
metafórica para se referir a uma certeza absoluta e sem reservas no que a mente
de uma pessoa sabe ser verdadeiro — o tipo de confiança sincera que afeta as
suas ações e decisões. Paulo não está se referindo aos jogos da mente, nos
quais nós nos enganamos ao pensar de determinada maneira. Mais precisamente,
ele está nos persuadindo a aceitar pela fé o que Deus revelou ser verdade. mortos para o pecado. Idem vs. 2-7. em Cristo. A expressão favorita de
Paulo a respeito da nossa união com Cristo. Essa é sua primeira ocorrência em
Romanos (cf. Ef 1.3-14).
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
vamos estudar uma importante prática cristã – o Batismo em águas. Veremos que o
rito do Batismo foi praticado por João Batista, Jesus Cristo e seus apóstolos
e, posteriormente, pelos cristãos da Igreja Primitiva. É uma prática, portanto,
de grande importância para a Igreja de Cristo. Contudo, como toda doutrina
cristã, a prática do Batismo também tem sofrido desvios ao longo da história,
tanto no seu propósito quanto na sua forma. Assim, é necessário deixarmos a
Bíblia falar a fim de que o propósito correto para o qual foi instituída essa
importante prática seja observado.
- A introdução inicia dizendo que “Veremos que o rito do Batismo foi praticado por
João Batista, Jesus Cristo e seus apóstolos”. É importante que se diga que
Jesus mesmo não batizava: "E quando
o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais
discípulos do que João (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus
discípulos), Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galileia" (Jo 4.1-3).
João 4.2 diz especificamente que Jesus não batizou pessoalmente, mas que seus
discípulos realizavam essa obra. Também é bom esclarecer a diferença entre o
batismo de João Batista e o batismo cristão: O "batismo de
arrependimento" de João (Lc 3.3; At 19.4) seguiu o paradigma judaico de
purificação, embora a purificação final do pecado só esteja disponível por meio
de Cristo, e o batismo de João foi o prenúncio disso. O significado do batismo
como uma cerimônia do Novo Testamento é que, como crentes em Jesus Cristo,
somos batizados em Sua morte (Rm 6.3) e ressuscitados para andar em novidade de
vida (Rm 6.4). O Senhor ensinou o significado do batismo na medida em que Ele
próprio foi batizado por João Batista no início de Seu ministério (Mc 1.9).
- Deve-se entender que o batismo é uma proclamação externa de uma
conversão interna. Em outras palavras, o batismo é um ato cerimonial realizado
depois que uma pessoa aceita Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Isso
geralmente é feito na presença do corpo da igreja como uma proclamação pública
de sua fé.
- Indícios de que o Batismo bíblico é obrigatório:
1. Cristo pediu o Batismo (Jo 1.33; Mt 3.13-15);
2. Cristo aprovou o Batismo (Jo 4.1-2);
3. Cristo ordenou o Batismo (Mt 28.18-20);
4. Fazia parte da pregação apostólica: "... Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo ... " (At 2.38);
5. Foi prática dos apóstolos – (At 2.37-41);
6. Era costume universal da Igreja Cristã no seu início e posteriormente
(1Co 1.12-17), e
7. A literatura universal da Igreja Cristã, extra-bíblica, isto é, fora
da Bíblia, comprova que esta prática foi universal na Igreja daquela época.
- O Batismo é um ato de amorosa obediência à Palavra de Deus tanto
daquele que se batiza como da parte da Igreja que o administra através dos seus
oficiais (Jo 14.15; 1Jo 2.3). A circuncisão e a páscoa configuravam-se nos dois
sacramentos da Antiga Aliança. O sacramento batismal corresponde à circuncisão:
“Nele também vocês foram circuncidados
[...]. Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo” (Cl
2.11,12). Na celebração da Santa Ceia há o cumprimento do significado pascal: “Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi
sacrificado” (1 Co 5.7).
A produção de um plano de aula como subsídio é trabalhoso e
desgastante. Considere citar a
fonte ao reproduzir o texto. Considere
também ser generoso com este ministério!
1. O
Batismo visto como sacramento: a origem de um erro. A tradição católica e alguns segmentos do
protestantismo histórico veem a prática do batismo como um sacramento. A
palavra “sacramento” vem do latim sacramenntum, significando um sinal sagrado
capaz de conferir graça àquele que dele participa. Nesse sentido, Agostinho
(354-430 d.C), bispo de Hipona, que introduziu esse desvio na igreja, entendia que o batismo, como
sacramento, é um rito que transmite graça espiritual independentemente da fé de
quem o pratica. Esse entendimento teológico doutrinário define um sacramento
como sendo um sinal visível de uma graça invisivel. Dessa forma, na visão de
algumas tradições cristas, o batismo torna se necessário para a salvação.
- O vocábulo “sacramentum” foi
introduzido na linguagem da Igreja nas versões africanas da Bíblia latina para
traduzir o termo grego mysterion.
Paulo utiliza muito essa palavra, especialmente nas cartas aos efésios e aos
colossenses, para indicar o plano divino da salvação revelado e realizado em
Cristo. O primeiro a utilizar o termo sacramentum para se referir ao batismo
foi Tertuliano. Agostinho afirma que Sacramentos são sinais sagrados: “São sinais
visíveis que indicam uma realidade invisível” (A doutrina cristã 3,
9, 13; A cidade de Deus IO, 5).
- O subtópico traz muita informação que precisa ser bem explicada!
- Primeiro: O que são meios de graça? Grudem define-os como “[...] quaisquer atividades na comunhão da
igreja que Deus usa para distribuir mais graça aos cristãos” (1999, p.
801). A palavra 'sacramento' não aparece na Bíblia, mas seu significado é
encontrado lá. Esse termo é muito utilizado no catolicismo, o qual adota sete
sacramentos. Os protestantes, porém, compreendem apenas dois – Batismo e Ceia. Sacramento
é um ritual cristão sagrado com um significado importante. Ainda que a palavra
sacramento não apareça na Bíblia, cada sacramento tem uma base bíblica.
– Segundo: Os sacramentos são símbolos, atos que representam
realidades espirituais. Algumas denominações preferem a palavra “ordenança”,
que significa um ritual instituído por Jesus (uma ordem dada por Jesus),
no intuito de evitar o entendimento de que os ritos transmitem graça. Outros
grupos usam a palavra “mistério”, que significa uma realidade que foi revelada
por Jesus (o ritual representa essa realidade).
- Terceiro: A fé reformada entende que os ritos sacramentais não conferem
“poder”, a graça não reside nos Sacramentos em si, mas na ação do Espírito
Santo sobre eles (SÍMBOLOS DE FÉ, 2005). Calvino (2006) vê a necessidade de se
tomar cuidado para não atribuir poder ao rito externo em si: “Atribuo aos sacramentos o oficio de
confirmar e aumentar a fé, não porque eu considere que eles tenham em si a
virtude necessária e perpetua para fazerem isso, mas porque foram instituídos
por Deus para essa finalidade [...] eles produzem eficazmente o esperado efeito
quando o Mestre interno, instruidor do espirito, lhes acrescenta a Sua virtude,
único poder capaz de penetrar o coração [...] Grande é a sua eficácia, quando o
Espírito age internamente”.
- Por fim: Os Reformadores entenderam e concordaram que os sacramentos
são meios de graça (media gratiae) pelos quais Deus fortalece e encoraja os
crentes. Note bem: pela participação nestas Ordenanças, o cristão é
fortalecido e encorajado! Os meios de graça são os modos como Deus trabalha
invisivelmente em discípulos, acelerando, fortalecendo; e confirmando a fé para
que a graça de Deus permeie dentro e através de discípulos. Os sacramentos/ordenanças/mistérios
tanto nos asseguram quanto nos fortalecem em nosso relacionamento
com Deus. Agostinho também coloca dessa forma: “sacramentos são “sinais visíveis da graça invisível.” Eles são uma
forma que Deus concede sua graça para nos fortalecer na fé”. Os
sacramentos de Deus, contudo, são mais profundos e ricos do que anéis de
casamento. Na verdade, eles nos fortalecem espiritualmente para sermos fiéis ao
nosso compromisso com Deus. Eles nos ajudam a crescer na semelhança de Cristo e
nos levam a uma comunhão mais próxima com Cristo. Eles não trabalham sozinhos,
de alguma forma mágica. Eles devem ser acompanhados pela Palavra e pelo
Espírito, e são eficazes apenas quando combinados com a fé. No entanto, quando
administrados e recebidos de maneira adequada, são um meio importante de
vitalidade e crescimento espiritual.
2. O
Batismo não é sacramento, mas ordenança de Cristo. O ensino
bíblico concernente ao Batismo é que ele é uma ordenança e não um sacramento:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espirito Santo” (Mt 28.19). Não há, portanto, no Batismo,
um poder mágico capaz de transmitir graça para a salvação. O ensino bíblico é
que o Batismo é uma ordenança dada por Cristo a quem já foi alcançado pela
graça, e não a quem quer obter alguma graça através dele
- Como já explicado acima, os protestantes de linha reformada ao
afirmarem que os sacramentos transmitem graça, não querem dizer com isso que os
ritos transmitam alguma espécie de poder mágico, mas que o Espírito Santo age
através da administração correta desses ritos, infundido mais fé e graça a quem
deles participa, de maneira que, discordo do ilustre comentarista quando ele
faz essa afirmativa de que “Não há, portanto, no Batismo, um poder mágico capaz
de transmitir graça para a salvação”.
- Ordenanças são ordens dadas por Cristo à Igreja com a intenção de
lembrar e simbolizar verdades fundamentais. Diferente do conceito de
“sacramento”, as ordenanças não têm a intenção de serem veículos de graça. Apesar
das diferenças entre diversas denominações no que tange à intenção e número das
ordenanças, cremos que são identificadas como ordenanças o batismo e a ceia. Uma
ordenança é simplesmente uma "prática ou cerimônia prescrita". Os
protestantes e evangélicos enxergam as ordenanças como reconstituições
simbólicas da mensagem do evangelho que ensina que Cristo viveu, morreu,
ressuscitou dentre os mortos, ascendeu aos céus e voltará um dia. Ao invés de
serem requisitos para a salvação, as ordenanças são auxílios visuais para nos
ajudar a melhor compreender e apreciar o que Jesus Cristo realizou por nós na
Sua obra redentora. As ordenanças são determinadas por três fatores: foram
instituídas por Cristo, foram ensinadas pelos apóstolos e foram praticadas pela
igreja primitiva. Já que o batismo e a comunhão são os únicos rituais que
satisfazem estes critérios, então só pode haver duas ordenanças. Nenhuma das
ordenanças é necessária para a salvação e nem é um "veículo para a
graça".
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3. O
Batismo deve ser administrado aos adultos. O mesmo Agostinho que entendia o
Batismo como um sacramento, defendeu também que os bebês, por haverem nascidos
com o pecado original, precisavam ser batizados para serem salvos. Nesse caso,
o Batismo deveria ser administrado a eles para anular o pecado original
Evidentemente que esse entendimento do bispo de Hipona está contra o ensino de
Cristo, que afirmou que as crianças fazem parte do Reino de Deus: “Jesus,
porém, disse: Deixai os pequeninos, não os estorveis de vir a mim, porque dos
tais é o Reino dos céus” (Mt 19.14). Logo, não há vestígios no Novo Testamento
de crianças sendo batizadas, pois nosso Senhor disse que o Batismo deveria ser
administrado a quem cresse (Mc 16,16). Uma
criança, que ainda não chegou á idade da razão não tem maturidade para crer e
fazer escolhas.
- As igrejas pedobatistas creem que o batismo pode ser administrado a
bebês, enquanto as igrejas credobatistas creem que a ordenança só é apropriada
àqueles que têm condições de entender o Evangelho e conscientemente receberem a
Cristo como seu Senhor e Salvador. De onde vem a tradição protestante do
pedobatismo? O Teólogo Louis Berkhof escreve em sua Teologia Sistemática: “Com fundamento em nossos padrões
confessionais, pode-se dizer que os filhos pequenos de pais crentes são batizados
com base em que são filhos da aliança e, como tais, são herdeiros das
amplíssimas promessas pactuais de Deus, que incluem também a promessa de perdão
dos pecados e da dádiva do Espírito Santo para a regeneração e a santificação.
Na aliança Deus lhes dá certa concessão ou dádiva de maneira formal e objetiva,
exige deles que, no devido tempo, aceitem isto pela fé, e promete fazer disso
uma vivida realidade nas vidas deles, pela operação do Espírito Santo. E, em
vista deste fato, a Igreja deve considerá-los como herdeiros prospectivos da
salvação, deve considerá-los como estando na obrigação de andar nas veredas da
aliança, tem o direito de esperar que, sob uma fiel administração pactual,
eles, falando em termos gerais, vivam segundo a aliança, e é seu dever
considerá-los como infratores da aliança, se não cumprirem as exigências desta.
É unicamente deste modo que se faz plena justiça às promessas de Deus, que em
toda a sua plenitude deverão ser assimiladas pela fé por aqueles que chegarem à
maturidade. Assim, a aliança, incluindo as promessas pactuais, constitui a base
legal e objetiva do batismo de crianças. O batismo é sinal e selo de tudo
quanto as promessas abrangem” Louis Berhkof, Teologia Sistemática,
2004, 2º Ed. Português, pp. 589 e 590..
- O Rev. Hernandes Dias Lopes escrevendo sobre a prática do pedobatismo:
“As crianças fazem parte da família de
Deus. Deus firmou conosco uma aliança eterna, prometendo ser o nosso Deus e o
Deus dos nossos filhos (Gn 17.1-10). O selo espiritual dessa aliança foi a
circuncisão (Rm 4.16-18; Gl 3.8,9,14,16). A circuncisão era o rito de entrada
no pacto. A criança era circuncidada ao oitavo dia e a partir daí participavam
dos benefícios do pacto (Gn 17.10; Is 54.10,13; Jr 31.34). O pacto feito com
Abraão, o pai da fé, não foi ab-rogado (Is 59.20,21; At 2.37-39). A promessa
está vigente na nova dispensação (Rm 4.13-18 e Gl 3.13-18). Na nova dispensação
os infantes não foram excluídos. O Novo Testamento confirma que as crianças de
pais crentes era membros da igreja (Mt 19.14; Jo 21.15; At 2.39; I Co 7.14).
Temos forte evidência de que os apóstolos batizaram crianças (At 10.48; 11.14;
16.15; 16.33; 18.8; I Co 1.16; I Co 7.14). Outrossim, os principais pais da
igreja, como Justino, o mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho e Tertuliano
fizeram menção dessa prática apostólica. Os teólogos reformados e as principais
confissões de fé da igreja reformada também defenderam a prática do batismo
infantil, como a Confissão belga, O Catecismo de Heidelberg, os Cânones de Dort
e a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster”.
- Do subtópico, a premissa utilizada pelo autor é vaga: “Uma criança, que ainda não chegou á idade
da razão não tem maturidade para crer e fazer escolhas.”; O pressuposto
básico aqui é que você deve ter uma experiência de conversão para ser salvo.
Você deve se afastar de uma vida passada em direção a uma vida nova, geralmente
com lágrimas e lamentos, atestando sua sinceridade. E essa visão do
Cristianismo funciona bem em um contexto evangelístico, onde muitos tem vivido
declaradamente como incrédulos. O problema é que essa visão não se encaixa
corretamente quando tratamos de fé multi-geracional. Qualquer um que tenha sido
criado em um lar cristão e ainda crê em Jesus sabe que não houve um momento em
que tenha passado da “incredulidade” para a “crença”. Nós nunca fomos
“convertidos”. Isto foi simplesmente inculcado desde a infância, e desde que
podemos nos lembrar, confiamos em Jesus para o perdão dos nossos pecados, quer
tenhamos sido batizados quando bebês ou não. Não estou defendendo o
pedobatismo, mas trago para reflexão: quem está mais equivocado: eles ou nós?
_ Sugiro a leitura deste artigo como complemento e um melhor entendimento
desse tema: https://lecionario.com/verdadeirarazaoevangelicos-df3188044931.
II. O
SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO
1.
Símbolo do Batismo: Identificação com Cristo.
O Batismo por
imersão simboliza a união do crente com Cristo, por meio de sua a morte, sepultamento
e ressurreição. Essa verdade é afirmada pelo apóstolo Paulo aos cristãos que
estavam em Roma (Rm 6.3-5). Dessa forma, o apóstolo mostra que o ato de emergir
da água onde havia sido submerso, retrata com precisão a identificação do
cristão com a ressurreição de Cristo. Essa mesma verdade é afirmada na Carta
aos Colossenses “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela
fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos (Cl 2.12). Isso simboliza que
o cristão morreu para a velha vida e agora entrou na nova vida em Cristo.
- Como já comentado no verso 3 da Leitura Bíblica em Classe, batizados em Cristo jesus não se
refere ao batismo nas águas. Na verdade, Paulo está usando a palavra
"batizado" num sentido metafórico, como quando nós dizemos que alguém
está imerso no trabalho, ou que passou pelo batismo de fogo ao enfrentar um
problema. Todos os cristãos, ao colocar a fé salvadora nele, foram imersos na
pessoa de Cristo, que é estar unido e identificado com ele (cf. 1Co 6.17; 10.2;
Gl 3.27; 1Pe 3.21; 1Jo 1.3). Não há dúvida de que o batismo nas águas ilustra essa
realidade, que é o objetivo — mostrar a transformação do justificado, mas não
podemos tirar daí um “modelo” de batismo ou usar o texto como base bíblica para
o nosso modelo. Um documento histórico da Reforma, o Catecismo de Heidelberg,
diz: “A. Os sacramentos são visíveis, sinais sagrados e selos. Eles foram
instituídos por Deus para que, por nosso uso deles, Ele nos fizesse compreender
mais claramente a promessa do evangelho, e selar essa promessa. E esta é a
promessa evangélica de Deus: conceder-nos o perdão dos pecados e a vida eterna
pela graça por causa do único sacrifício de Cristo realizado na cruz” (Gn 17.11;
Dt 30.6; Rm 4.11; Mt 26.27-28; At 2.38; Hb 10.10).
- São três modos propostos: a aspersão, a efusão e a imersão. Para um
melhor entendimento desse assunto, sugiro a leitura desse artigo: https://www.pastorantoniojunior.com.br/resposta/batismo-por-imersao-ou-aspersao-qual-e-mais-biblico.
2. O
Propósito do Batismo: Testemunho público da fé cristã. No contexto
da fé biblica, o Batismo é uma pública profissão de fé. Isso significa que o
crente, quando desce as águas batismais, está testemunhando de forma pública
perante mundo da sua nova vida em Cristo (At 2.41). Quem se candidata ao
Batismo deve estar convicto e consciente da fé que abraçou. Aqui, não há
território neutro (Cl 2.6). Enfim, o batismo é para salvos e convertidos que
estão dispostos a seguir Jesus (At 8.12; 16.14,15).
- O batismo é um sinal e um selo da aliança de graça de Deus conosco e
com nossos filhos. O batismo é a palavra visível de Deus de que somos
purificados no sangue de Cristo, enterrados com Ele na morte e ressuscitados
com Ele em nova vida. Outra vez cito o Catecismo de Heidelberg Perguntas e
Respostas 69: “Q. Como o santo batismo
lhe lembra e lhe assegura que o único sacrifício de Cristo na cruz lhe
beneficia pessoalmente? A. Desta forma: Cristo instituiu esta lavagem externa
(At 2.28) e com ela prometia que tão certo quanto a água lava a sujeira do
corpo, assim certamente seu sangue e seu Espírito lavam a impureza da minha
alma, ou seja, todos os meus pecados” (Mt 3.11; Rm 6.3-10; 1Pd 3.21).
3. Não há
espaço para indecisão. Somente cristãos indecisos rejeitam ser batizados.
As vezes isso acontece por ignorância ao sentido do ato. Outras vezes é por
falta de convicção de fé. No primeiro caso, ás vezes o crente entende que após
ser batizado não pode mais cometer qualquer tipo de falha. Embora a Bíblia
mostre que o crente deve evitar o pecado (1 Jo 2.1), contudo, o Batismo não
pode ser visto como uma vacina que imuniza o cristão contra o pecado. Este é
vencido quando se anda no Espírito (Gl 5.15). Por outro lado, há muitos que rejeitam
o Batismo justamente por falta de conversão. Estão conscientes das implicações
que esse rito traz e não estão dispostos a cortar o cordão umbilical com o
mundo
- O batismo, como uma ordenança do Senhor, não faz parte da salvação, isto
é, não uma condição “sine qua non”
para ser salvo; porém é um processo que acontece na vida do cristão depois que
ele aceita Jesus em sua vida. A Salvação exige fé em Jesus e Sua obra
expiatória, portanto, se uma pessoa se converter e, por algum motivo, não se
batizar a tempo ela será salva sem qualquer impedimento, assim mesmo como está
narrado em Lucas 23.43; reconhecer que Cristo era o Messias, o Filho de Deus,
foi o bastante para que o ladrão da cruz recebesse a salvação. Mas o batismo é
muito importante porque é uma confirmação da salvação. Na Grande Comissão de
Jesus, fica claro que o batismo é o sinal que alguém é seguidor de Jesus (Mt 28.19-20).
No Novo Testamento, as pessoas eram batizadas quando se convertiam. Esse era um
sinal que sua conversão era verdadeira e tinham um compromisso sério de seguir
Jesus.
III. A
FÓRMULA E O MÉTODO DO BATISMO
1.
Fórmula trinitária do Batismo. Durante a Grande Comissão, Jesus orientou seus
discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Essa é a fórmula
trinitária do batismo cristão. Isso porque esse texto cita as três pessoas da
Trindade: Pai, Filho e Espirito Santo. Um só Deus, três pessoas distintas, com
uma só essência. No rito do Batismo, portanto, a orientação de Jesus precisa
ser seguida pela invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- “A fórmula bíblica do batismo é a
fórmula trinitária do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há algo claramente
comunicado a todas as testemunhas enquanto o novo crente está imerso debaixo
d’água em nome da Trindade. A salvação de cada pecador se completa por todas as
três pessoas da Trindade. Portanto, é mais apropriado que o pecador deve dar
louvor ao Deus trino na água como uma profissão de fé no único Deus vivo e
verdadeiro. Quando Jesus instrui seus
discípulos para ir e fazer os discípulos de todas as nações e batizar-lhes em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo—vale a pena indicar que o substantivo
(ὄνομα) traduzido “nome” é singular em Mateus 28.19. Portanto, as três pessoas
distintas co-iguais e co-eternas da Trindade não são três deidades diferentes,
mas três pessoas distintas que formam o único Deus verdadeiro. B. B. Warfield
uma vez disse o seguinte: “Esta é a característica distintiva dos cristãos; e
isso é tanto como dizer que a doutrina da Trindade é, de acordo com a própria
compreensão de nosso Senhor, é a marca distintiva da religião que ele fundou.”
É vitalmente importante ensinar aos novos crentes que quando eles entrarem na
água serão batizados em nome do Pai que os escolheu antes da fundação do mundo
(Ef 1.2), do filho que morreu por eles na cruz (João 10:11, 15), e do Espírito
de Deus que os convenceu do pecado e os trouxe a um lugar de arrependimento e
submissão a Deus através da Palavra de Deus (1Pe 1.2). Os novos cristãos não devem ser confundidos
com a fórmula trinitária enquanto estão de pé na água durante o batismo. Jesus
ordenou a fórmula trinitária: Quando se trata de sua fé e prática, é
fundamental construir suas posições doutrinárias e formular suas posições de
como viver sua fé com base nos ensinamentos claros de Jesus. Se Jesus ordena algo, não há necessidade de
orar sobre isso ou considerá-lo. Os
mandamentos de Jesus nunca devem ser rebaixados ao nível de uma
consideração. Jesus disse, “Se me amais,
guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15). Pouco antes da ascensão de Jesus
após sua morte, sepultamento e ressurreição—Jesus fez uma declaração que temos
memorizado e usado como as nossas ordens de marcha como a igreja de Cristo (Mt
28.18-20)” Josh Buice, A razão que devemos batizar em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo. Disponível em: https://g3min.org/a-razao-que-devemos-batizar-em-nome-do-pai-e-do-filho-e-do-espirito-santo/.
2.
Fórmula herética do Batismo. Nem todos os
grupos dentro da tradição cristã seguem a fórmula trinitariana. Há grupos que
seguem um tipo de doutrina modelista. Um exemplo é o unicismo. Esse grupo
batiza seus membros somente em nome de Jesus. O suporte bíblico dele é buscado
em alguns textos do livro de Atos, onde supostamente se negaria a prática
trinitariana (At 2.38; 19.5). Convém dizer que esses textos não negam a fórmula
trinitária nem tampouco negam a Trindade. Na verdade, o que é dito é que o
Batismo era feito na autoridade de Jesus, isto é, naquilo que Ele fez e
ensinou.
- O movimento "Só Jesus", também conhecido como “unicista” ou “teologia
da unidade”, ensina que há um só Deus, mas nega a tri-unidade de Deus. Em
outras palavras, a teologia da unidade não reconhece as pessoas distintas da
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Ela tem várias formas – alguns enxergam
Jesus Cristo como o único Deus que às vezes se manifesta como o Pai ou o
Espírito Santo. A doutrina central dos unicistas é que Jesus é o Pai e Jesus é
o Espírito. Há um Deus que se revela em diferentes "modos".
- “O Senhor Jesus Cristo ordenou
claramente aos Seus discípulos que os mesmos deveriam batizar os convertidos em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28.19). Não obstante, nos Atos
dos Apóstolos está escrito que os neoconversos eram batizados em nome de Jesus
Cristo (2.38), em nome do Senhor (10.48) e em nome do Senhor Jesus. (8.16;
19.5). Como explicar esta discrepância ou aparente contradição? Em nosso
entender as expressões mencionadas em Atos não constituem fórmula batismal
alguma, até porque todas elas são distintas. Além disso, seria improvável que
os Apóstolos desobedecessem ao mandamento expresso de Cristo de se batizar em
nome da triunidade divina. Salvo melhor opinião, quando o escritor dos Atos dos
Apóstolos descreve, numa perspectiva histórica, a gênese e desenvolvimento da
Igreja do Senhor Jesus Cristo, usa as referidas expressões apenas para
significar que os novos convertidos eram batizados segundo o rito cristão (em
Cristo), e não segundo Moisés ou João Batista, por exemplo. Batizados em nome
de Jesus quer dizer (de acordo com o original grego) batizados sobre o nome de
Jesus, isto é, sobre a autoridade do Messias. Acerca do assunto em análise
escreveu o teólogo Myer Pearlman, que deixou o Judaísmo para abraçar a fé
cristã: As palavras de Atos 2.38 não representam uma fórmula batismal, mas sim
uma simples declaração afirmando que recebiam o batismo as pessoas que
reconheciam Jesus como Senhor e Cristo. Por exemplo, o ‘Didache’ um documento
cristão escrito cerca do ano 100 A.D., fala do batismo cristão celebrado no
nome do Senhor Jesus, mas o mesmo documento, quando descreve o rito
detalhadamente, usa a fórmula triunitária. Quando Paulo fala que Israel foi
batizado no Mar Vermelho ‘em Moisés’, ele não se refere a uma fórmula que se
pronunciasse na ocasião; ele simplesmente quer dizer que, por causa da passagem
milagrosa através do Mar Vermelho, os israelitas aceitaram Moisés como seu
guia e mestre como enviado do céu. Da mesma maneira, ser batizado em nome de
Jesus significa encomendar-se inteira e eternamente a Ele como Salvador enviado
do Céu, e a aceitação da Sua direção impõe a aceitação da fórmula dada por
Jesus no capítulo 28 de Mateus. A tradução literal de Atos 2.38 é: ‘seja
batizado sobre o nome de Jesus Cristo’. Isso significa, segundo o Léxico de
Thayer, que os judeus haviam de ‘repousar sua esperança e confiança na Sua
autoridade messiânica’. Note que a forma trinitária é descritiva duma
experiência. Aqueles que são batizados em nome do trino Deus, estão por esse
meio testificando que têm sido submergidos em comunhão espiritual com a
Trindade. Desse modo pode-se dizer acerca deles: ‘A graça do Senhor Jesus
Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos’.
(II Cor. 13.13) (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, pgs. 351,352). Em resumo,
os novos crentes sujeitavam-se ao batismo instituído por Cristo, reconhecendo-o
publicamente como Senhor das suas vidas. Eles eram batizados em nome do Senhor
Jesus ou para o nome do Senhor Jesus. Por consequência, não vemos dificuldade
em conciliar as palavras do Divino Mestre na grande comissão com as constantes
nos já citados versículos do livro de Atos” - FONTE: REVISTA NOVAS DE
ALEGRIA – 1983.
3.
Imersão: o método bíblico do Batismo. Convém dizer que não há vestígios da prática do
Batismo por aspersão no Novo Testamento. Esse tipo de Batismo se caracteriza
por aspersão de água sobre o candidato. Entretanto, o contexto do Novo
Testamento mostra claramente que o Batismo nos dias bíblicos era por imersão. A
palavra grega baptizo possui o sentido de “mergulhar” e “submergir” tanto na
Bíblia como fora dela. Vários textos bíblicos mostram a prática bíblica do
Batismo por imersão: o povo saía para ser batizado por João no (dentro de) rio
Jordão (Mc 1.5); da mesma forma, quando foi batizado, Jesus “saiu da água” (Mc
1.10); João batizava onde havia muita agua (Jo 3.23).
- De acordo com a maior parte dos eruditos cristãos, a palavra batizar,
propriamente falando, é um termo grego (baptizo), adaptado para o idioma português
por uma alteração em sua terminação. É o termo sempre empregado por Cristo e
seus apóstolos para expressar e definir a ordenança:
- Scapula diz: "Mergulhar,
imergir, como fazemos com qualquer coisa com o propósito de tingi-la;"
- Schleusner diz: "Significa,
propriamente mergulhar, imergir, imergir em água."
- Parkhurst diz: "Mergulhar,
imergir, ou meter em água."
- Stevens diz: "Imergir,
submergir ou sepultar em água."
- Robinson diz: "Imergir,
afundar." ...
O professor Moses Stuart, um dos de maior capacidade da América do Norte,
declarou: "Batismo significa
mergulhar, meter ou imergir em qualquer líquido. Todos os lexicógrafos e
críticos de qualquer nomeada concordam sobre isso."
Martinho
Lutero, o fundador da Igreja Luterana, disse: "O termo batismo é grego; em latim pode ser traduzido por Mersio, uma
vez que imergimos qualquer coisa em água, para que o todo seja coberto pela
água". Works, V. I, pg. 77, 1582.
John
Wesley, fundador da Igreja Metodista, diz: "Sepultados com Ele, alude à maneira antiga de batizar por imersão".
Nota sobre Rom. 6,4;
João
Calvino, fundador do presbiterianismo, escreveu: "Pelas palavras de João 3,23; pode-se inferir que o batismo era
administrado por João e por Cristo, mediante mergulho do corpo inteiro sob a
água." Com sobre Jo 3,23;
-
A conclusão que chegaram os homens acima mencionados é a mesma conclusão das
grandes universidades, tanto dos Estados Unidos quanto da Inglaterra. Portanto,
não fica dúvida nenhuma sobre o verdadeiro significado da palavra baptizo na Bíblia,
o qual quer dizer uma só coisa: "Mergulho ou imersão". Em suma
batizar significa mergulhar totalmente o candidato na água.
CONCLUSÃO
Procuramos
abordar as questões mais relevantes concernentes ao Batismo em águas. Mostramos
que, embora não tenha a atribuição de salvação a quem dele participa, o Batismo
é, sim, uma prática que deve ser levada a sério por todo crente que quer seguir
as Palavras de Jesus. Por meio do Batismo nos identificamos com Cristo Jesus e
tornamos pública a nossa profissão de fé.
- Chegamos ao fim desse estudo. Vimos o que é, o que representa, o modo,
e quem pode receber e praticar o batismo cristão. Minha oração é que todos
aqueles que lerem este estudo possa compreender que nosso objetivo não é a
condenação desse ou daquele, mas a informação completa a respeito do batismo
cristão. Considero que há muitas pessoas salvas nas igrejas denominadas de
cristãs, pois a salvação é pela graça e não pelo batismo. Mas o fato dessas
pessoas serem sinceras e verdadeiras crentes, não supre a falta dos quesitos
necessários ao batismo que é ser batizado por imersão, representando a morte,
sepultamento e ressurreição de Cristo, mostrando ao mundo que morre e velho
homem e nasce o novo, e que só uma pessoa autorizada por uma igreja
verdadeiramente bíblica o pode realizar. Quer se aprofundar nesse tema? Clique
aqui e leia esse precioso artigo (muito extenso)
_______________.
Pb Francisco
Barbosa - @Pbassis
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Explique o significado da palavra
“sacramento”.
A
palavra “sacramento” vem do latim sacramenntum, significando um sinal sagrado
capaz de conferir graça àquele que dele participa.
2. De acordo com a lição, qual é o
ensino bíblico sobre o Batismo?
O
ensino bíblico concernente ao Batismo é que ele é uma ordenança e não um
sacramento: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
3. O que o Batismo simboliza?
O
Batismo por imersão simboliza a união do crente com Cristo, por meio de sua
morte, sepultamento e ressurreição.
4. Qual é o propósito do Batismo?
No
contexto da fé bíblica, o Batismo é uma pública profissão de fé.
5. Quais são a fórmula e o método
bíblico do Batismo?
A
fórmula do batismo é trinitária: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo;
o método de batismo é por imersão em águas.