Este plano de aula não é “a palavra final/oficial” da Igreja/Editora, mas apenas um subsídio e fonte de pesquisa
TEXTO DO DIA
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.” (Mt 24.21)
SÍNTESE
A Grande Tribulação será o período de tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro na história humana.
TEXTO BIBLICO
Apocalipse 6.1-11
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, estudaremos a respeito do período de tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro da história: a Grande Tribulação. Contudo, a Igreja do Senhor não estará mais neste mundo. A Grande Tribulação será um período de tribulação e aflição para aqueles que não foram arrebatados para se encontrarem com o Senhor Jesus Cristo nos ares.
COMENTÁRIO:
Esta lição é uma advertência para todos aqueles que não querem ficar na Terra, quando a Igreja do Senhor for arrebatada. Sabemos, pela nossa visão escatológica (Pré-tribulacionista [O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois serão levados ao céu (1Ts 4.13-18). Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.]), que depois do arrebatamento se dará a Grande Tribulação, o pior período da história da humanidade. Dos 22 capítulos do Apocalipse, 13 são dedicados a este acontecimento. Mais do que saber todos os detalhes deste período tenebroso, o cristão deve orar e vigiar (Mt 26.41), para não fazer parte dos que não subirão com a Igreja no arrebatamento.
Não é necessário dizer que devemos buscar a santificação, sem a qual, ninguém verá o SENHOR, não pelo medo do que vai acontecer por aqui, mas porque Aquele que nos chamou é Santo! Cristo não vem buscar uma noiva manca, incompleta!
Precisamos diferenciar bem as visões sobre este assunto (Leia aqui sobre), a fim de não causar confusão ensinando um “arrebatamento parcial”, que diz que subirão apenas os santificados e que o restante dos crentes que não se santificarem sofrerá o derramamento da ira de Deus. A Grande Tribulação é um período de tempo futuro quando o Senhor vai realizar pelo menos dois aspectos do Seu plano:
1) Ele vai completar a Sua disciplina da nação de Israel (Dn 9.24), e
2) Ele derramará Sua ira sobre os habitantes irregenerados da terra (Ap 6 - 18), portanto, aqueles que foram justificados pelo sangue de Jesus serão poupados da Ira futura - “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Enquanto a Igreja se regozija no céu, a terra é sacudida por grandes catástrofes, as quais resultam dos juízos de Deus. A Grande Tribulação iniciar-se-á tão logo ocorra o arrebatamento da igreja. Let's think maturely Christian faith?
I- A REALIDADE DA GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Daniel fala a respeito da Grande Tribulação. Para compreender a respeito da Grande Tribulação, é importante analisar as setenta semanas de Daniel. Pois, foi dito ao profeta que estava determinado ao povo de Israel o decurso de um período de 70 semanas, “para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia. e ungir o Santo dos santos” (Dn 9.24). Essas 70 semanas não são de dias, mas de anos (Lv 25.8), aliás, no texto original, não se escreve “semanas”, e sim “setes” (“setenta setes”).
COMENTÁRIO:
Depois de estudar com zelo as profecias do profeta Jeremias, Daniel compreendeu o futuro do seu povo. O capítulo 9 é, indiscutivelmente, a profecia mais importante do livro de Daniel. Neste capítulo a profecia ganha um sentido histórico especial e ao mesmo tempo escatológico, tanto em relação a Israel, quanto em relação ao mundo. Diferentemente dos capítulos anteriores, esta revelação não se preocupa com os poderes mundiais, mas trata de uma revelação especial sobre o futuro de Israel que afeta, indiscutivelmente, todo o mundo. Nos capítulos anteriores, tais como os capítulos 2,4, 7 e 8, se percebe que Deus utilizou figuras diferentes do mundo mineral (metais), bem como, figuras do mundo animal para ilustrar os acontecimentos futuros do mundo. Na realidade, Deus usa elementos neutros como os metais (ouro, prata, cobre, ferro e barro), e elementos do mundo animal, para tratar de aspectos políticos, morais e espirituais. Todos esses capítulos tem uma relação especial com Israel que é o alvo da profecia. No capítulo 9, Deus revela a Daniel fatos futuros do povo de Israel utilizando número de semanas, dias e anos. Esses números ganham uma linguagem especial na sua interpretação em relação ao povo de Israel. Daniel, ao rever o livro do profeta Jeremias descobriu uma profecia literal que estava chegando ao seu cumprimento. O período de 70 anos predito para um tempo de escravidão e exílio do povo judeu em terras estrangeiras estava chegando ao fim. Porém, Deus toma esta circunstância histórica para revelar outra verdade futura acerca do seu povo. Seria outro período de 70 semanas de anos totalizando 490 anos literais, sob o qual Israel experimentaria a força da soberania de Deus sobre Israel que afetaria o mundo inteiro. Depois da visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, quando Daniel visualiza espiritualmente o futuro com “um rei feroz de semblante” que prefigura numa perspectiva escatológica o futuro Anticristo, ou seja, “o homem do pecado”, Daniel enfraqueceu física e emocionalmente e lhe restou, tão somente, orar e buscar o socorro de Deus. (Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 127-128).
Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel (Jr 25.11-13; 2Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por sete. Mas quando se deu o início do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta, temos de explicar primeiramente a expressão “setenta semanas”:
a) Explicação. O versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da reconstrução de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo (2). É o período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito, em 70 d.C.
d) O terceiro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere-se, então, ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel. (Leia mais aqui).
2. Um tempo determinado pelo Senhor. Encontramos nas Escrituras Sagradas, tanto no Antigo como no Novo Testamento, vários textos que fazem referência à Grande Tribulação. O profeta Jeremias chamou esse período de tempo de angústia para Jacó (jr 30.7). Outros nomes que fazem referência a esse evento são: “Dia do Senhor”. “Septuagésima Semana”, Dia da Desolação”. “Ira Vindoura”, “Hora do Julgamento”. “Tribulação” e “Grande Tribulação”. Esses nomes nos fazem compreender a dimensão do sofrimento que haverá sobre a Terra. Jesus disse que haveria “grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24,21).
COMENTÁRIO:
“A profecia ganha um sentido especial, porque depois que Daniel descobriu que o profeta Jeremias, seu contemporâneo, havia profetizado que o exílio de Israel duraria setenta anos, ele entendeu que esse número tinha um significado especial (Jr 25.11-13; 19.10). Não se tratava de um tempo aleatório, mas, de fato, significava um tempo especial de anos que envolveria o seu povo Israel. O número setenta, então, ganha um sentido escatológico, para significar, na linguagem bíblica, cada dia da semana significando um ano, e assim, cada semana pode referir-se a um período de sete anos. Portanto, as setenta semanas compreendem, a 70 x 7 = 490 anos. A contagem dessas setenta semanas teria o seu início a partir do decreto de Artaxerxes (445 a.C.). No versículo 24 está escrito que estas semanas “estão determinadas” por Deus.
A profecia divide as “setenta semanas” em três períodos distintos. O primeiro período de “sete semanas”, é equivalente a 49 anos, ou seja, sete períodos de sete anos. O segundo período seria de sessenta e duas semanas. Subtende-se que se trata de 62 x 7= 434 anos. Essas sessenta e duas semanas, somadas às sete primeiras semanas, chegariam ao tempo da restauração de Jerusalém até a vinda do Messias. O terceiro período implica em “uma semana”, ou seja, sete anos, quando haverá uma invasão do Anticristo e se iniciará um tempo de tribulação para Israel. E o período denominado como o da “grande tribulação”(9.27)”. (Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 132-133).
“Grande Tribulação
Jesus alertou seus discípulos de que os últimos dias, aqueles imediatamente anteriores à sua segunda vinda, iriam compor o período de tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro na história humana (Mt 24.21).
Os discípulos estavam familiarizados com o tempo de angústia descrito nesta profecia, pois muitos profetas já haviam alertado Israel sobre a vinda de um tal período de intenso sofrimento. Jeremias o chamara de ‘tempo de angústia para Jacó’ (Jr 30.7). O AT e o NT referem-se a ele por diversos nomes, como ‘Dia do Senhor’, ‘Septuagésima Semana’, ‘Dia da Desolação’, ‘Ira Vindoura’, ‘Hora do Julgamento’, ‘Tribulação’ e ‘Grande Tribulação’.
Tanto o profeta Daniel como o apóstolo João foram claros ao especificarem que esta fase durará sete anos. O perverso ‘príncipe que há de vir’ (o Anticristo, em Dn 9.26) firmará aliança com Israel, dando início a um tempo de sete anos. Ele então romperá esta aliança após três anos e meio, profanando o Templo reconstruído em Jerusalém. A Grande Tribulação será o mais terrível período de sofrimento e terror já experimentado pela humanidade. Apesar de perdurar por sete anos, a devastação neste tempo parecerá interminável para aqueles que perderam o arrebatamento e foram deixados na terra.
Diversas passagens bíblicas proféticas explicam que a Grande Tribulação incluirá:
1. Juízo sobre aqueles que rejeitaram o Salvador;
2. O fim da condescendência para com aqueles que se rebelam contra Deus;
3. Uma decisão para aqueles que devem escolher entre Cristo e o Anticristo;
4. Caos, a ponto de pôr em dúvida o ilusório sentimento de segurança do homem;
5. Um reavivamento sem precedentes e a maior colheita de almas na história humana” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.247-48).
3. A abertura dos selos e as trombetas. A angústia do mundo, nesse período, será inimaginável. O livro de Apocalipse relata, nos capítulos 6 e 18 uma grande quantidade de catástrofes que acometerão à Terra. Essas aflições se darão com a abertura dos selos e o toque das trombetas. Segundo Apocalipse 6.4, na abertura do segundo selo, a paz da terra será retirada e os homens matarão uns aos outros. Será uma aflição jamais vista.
COMENTÁRIO:
Os sete selos estão previstos no livro do Apocalipse. Eles são sucedidos por 7 trombetas e sete taças que anunciam o julgamento de Deus à medida em que o fim dos tempos se aproxima. Os 7 selos, trombetas e taças são ligados entre si. O sétimo selo inicia as 7 trombetas e a sétima trombeta inicia as 7 taças.
“Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride. Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).
Os primeiros quatro dos sete selos são conhecidos como os quatro calaveiros do Apocalipse. O primeiro selo apresenta o anticristo (Apocalipse 6:1-2). O segundo selo causa grandes guerras (Apocalipse 6:3-4). O terceiro dos sete selos causa fome (Apocalipse 6:5-6). O quarto selo causa pragas, mais fome e mais guerras (Apocalipse 6:7-8).
O quinto selo nos diz daqueles que serão martirizados por sua fé em Cristo durante o fim dos tempos (Apocalipse 6:9-11). Deus escuta o seu clamor por justiça e vai livrá-los na Sua hora certa – na forma do sexto selo, assim como com os julgamentos das trombetas e taças. Quando o sexto dos sete selos é quebrado, um terremoto devastador acontece, causando grande revolta e devastação terrível – juntamente com fenômenos astronômicos incomuns (Apocalipse 6:12-14). Aqueles que sobrevivem estão corretos por clamar: “E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apocalipse 6:16-17).
As sete trombetas são descritas em Apocalipse 8:6-21. As sete trombetas são o “conteúdo” do sétimo selo (Apocalipse 8:1-5). A primeira trombeta causa granizo e fogo que destroem muito das plantas do mundo (Apocalipse 8:7). A segunda das sete trombetas causa o que aparenta ser um meteoro atingindo os oceanos e causando a morte de grande parte da vida marinha (Apocalipse 8:8-9). A terceira trombeta é parecida com a segunda trombeta, só que dessa vez ela atinge os lagos e rios do mundo, ao invés dos oceanos (Apocalipse 8:10-11).
A quarta das sete trombetas causam o sol e a lua a se escurecerem (Apocalipse 8:12). A quinta trombeta resulta em uma praga de “gafanhotos demoníacos” que atacam e torturam a humanidade (Apocalipse 9:1-11). A sexta trombeta libera um exército demoníaco que mata um terço da humanidade (Apocalipse 9:12-21). A sétima trombeta evoca os sete anjos com as sete taças da ira de Deus (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8)
Os julgamentos das sete taças são descritos em Apocalipse 16:1-21. Os julgamentos das sete taças são o resultado da sétima trombeta sendo soada. A primeira taça causa feridas muito dolorosas que aparecem na humanidade (Apocalipse 16:2). A segunda taça resulta na morte de todo ser vivente no mar (Apocalipse 16:3). A terceira taça causa os rios a se tornarem sangue (Apocalipse 16:4-7). A quarta das sete taças resulta no calor do sol sendo intensificado e causando grande dor (Apocalipse 16:8-9). A quinta das sete taças causa grande escuridão e uma intensificação das feridas da primeira taça (Apocalipse 16:10-11). A sexta taça resulta no rio Eufrates secando completamente e os exércitos do anticristo se juntando para lutar a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:12-14). A sétima taça resulta em um terremoto devastador seguido de pedras de granizo gigantes (Apocalipse 16:15-21).
Apocalipse 16:5-7 declara: “E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”” (https://www.gotquestions.org/Portugues/sete-selos-trombetas-tacas.html).
II- O PROPÓSITO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Preparar Israel para o encontro com o Messias. Um dos objetivos do período da Grande Tribulação é promover a restauração espiritual de Israel (Dn 9.24 27). Contudo, quem estiver sobre a Terra nesse tempo, como Israel, sofrerá todos os flagelos que virão sobre o planeta. É importante ressaltar que a Igreja não passará pela Grande Tribulação, pois, nesse período, ela estará no céu com o Senhor Jesus. Israel sofrera juízo por todos os pecados cometidos, não apenas em relação ao Messias, mas pelos milênios de afastamento dos propósitos de Deus. Nessa nova oportunidade de salvação, a última para o povo judeu, os descendentes de Abraão serão “comprimidos com força, como se faz com as uvas no lagar, ou prensados, como acontece com as azeitonas na produção do azeite. Durante este período, o povo de Israel fará um pacto com o Anticristo, entendendo ser o Messias prometido. Mas, no meio da Tribulação, compreenderá que foi enganado, e, então, romperá a aliança estabelecida, convertendo-se ao Senhor Jesus. O Inimigo ficará enfurecido, e empreenderá ferrenha perseguição contra Israel, culminando na Guerra do Armagedom, quando o Senhor, no instante de maior aflição do povo, descerá dos céus, na companhia da Igreja glorificada, e derrotará o Iniquo e seus exércitos. Israel que, no passado, tantas vezes foi milagrosamente salvo pelo Senhor, será alcançado, mais uma vez, pela benevolência divina e entenderá o tempo da sua visitação.
COMENTÁRIO:
Será o grande dia da ira de Deus (Ap 6.16 - 17, Sf 1.14 – 18. Tanto Jesus Cristo quanto o apóstolo Paulo (sob a inspiração do Espírito Santo) prometeram aos crentes que eles seriam salvos da “ira futura” (1Ts 1.10). “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10). E guardados da“...hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Tal “tentação” ainda não aconteceu, e temos a promessa incondicional de Jesus de guardar os crentes desta tentação cf. (Ap 3.10). Paulo fez essa mesma promessa em (Rm 5.9; 1Ts1.10; 1Ts 5.9). Mais uma vez lembro que há quatro pontos de vista principais: a posição “pós-tribulacionista” afirma que a Igreja passará por toda a Tribulação. A posição “Meso-tribulacionista” diz que a Igreja passará pela primeira metade da Tribulação. A posição “pré-tribulacionista” afirma que a Igreja não passará por nenhum momento da Tribulação. E, finalmente, a “posição do arrebatamento parcial” crê que os santificados serão levados antes da Tribulação e que o restante da Igreja passará pelo julgamento. A própria natureza da Tribulação impede que a Igreja passe por qualquer fase dela. A tribulação é uma época de ira, julgamento, indignação, trevas, destruição e morte. Paulo escreve: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). “O Anticristo “fará uma aliança com muitos por uma semana” (v.27). Note a expressão “com muitos”! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus. A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com Cristo na glória. [Comentário: O texto diz que “ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Será, na verdade, uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”, indicando que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente para se impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento de um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou seja, o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a metade da semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder e Israel, e se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte em Israel. Na interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na terra, porque antes, ela será arrebatada e estará com Cristo na sua glória nos céus. Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não estará na terra, quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A Tribulação diz respeito ao mundo de então e a Israel especialmente”. (Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136).
A Grande Tribulação será o mais terrível período de sofrimento e terror já experimentado pela humanidade. Apesar de perdurar por sete anos, a devastação neste tempo parecerá interminável para aqueles que perderam o arrebatamento e foram deixados na terra. Ter-se-á uma trindade satânica: O Dragão ou Satanás (anti-Deus), a Besta (anti-Cristo), e o falso Profeta (anti-Espírito Santo), que tem batalhado contra Deus, e, em breve serão aniquilados com a segunda vinda de Cristo para reinar como "Rei dos Reis e Senhor dos Senhores" (Ap 19.15-16; 2Ts 2.8-9). O Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele será bem-sucedido e enganador; ao travar guerras ele será destemido e destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia como um guerreiro. Suas atividades são resumidas em Daniel 9.27: "Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele." Em Apocalipse 6.2, João apresenta o Anticristo ao escrever: "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer." Especula-se que ele virá de uma confederação de dez nações ou de um império Romano renascido (Dn 7.24-25; Ap 17.7). Outros o veem como um judeu, já que ele teria que ser um para poder clamar ser o Messias. Tudo é apenas especulação já que a Bíblia não diz especificamente de onde o anticristo vai surgir e qual a sua raça será. Um dia o anticristo será revelado. 2 Tessalonicenses 2:3-4 nos diz como iremos reconhecer o anticristo: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus".
Segundo o Dicionário de Profecia Bíblica, a Grande Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que terá início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o mundo o seu juízo” (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá a duração de sete anos (Dn 9.27 a — “semana de anos”). Ela ocorrerá, entre o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase, para reinar). Só os santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos dos juízos de Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam a Cristo e obedecem à sua Palavra. Será uma aflição “como nunca houve” na Terra (Mt 24.21; Ap 7.13,14). A duração da Tribulação é de sete anos. Isso é determinado por uma compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9.24-27). A Grande Tribulação, na verdade, acontece na segunda metade desse período, com uma duração de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a Besta, ou o Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar enormemente durante este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que a Tribulação e a Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da escatologia, a Tribulação se refere ao período completo de sete anos, enquanto que a "Grande Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação. A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa paz. Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana de Daniel. (70ª Semana - Daniel 9.24 – 27).
2. Fazer justiça contra os rebeldes. Durante o tempo de angústia de Jacó”. o Senhor cumprirá, também, a promessa de castigar o mundo por causa de sua maldade e os perversos por causa da sua iniquidade e arrogância (Is 13.11), O povo de Nínive se arrependeu e a cidade não foi destruída no tempo do profeta Jonas Mas os homens rebeldes do mundo, no período da Grande Tribulação, blasfemarão contra Deus e não se arrependerão de seus pecados Os flagelos lançados sobre eles (Ap 9.21: 16.9), nos faz lembrar os egípcios, no tempo de Moisés, e os cananeus, no tempo da conquista da Terra Prometida, os quais, em sua maioria, mesmo vendo a mão de Deus estendida contra eles, não se converteram.
COMENTÁRIO:
3. Revelar ao mundo a ira de Deus. Deus é bom e misericordioso. mas Ele também é justo. Com Deus não se brinca e a Grande Tribulação será um tempo marcado pela ira de Deus contra o pecado, segundo indica Apocalipse 6-18. Depois de ler Apocalipse 6. podemos verificar e afirmar que, à medida que os selos vão sendo abertos. julgamentos terríveis são desferidos sobre a Terra Neste periodo de trevas surgirá um ditador mundial, o Anticristo, Segundo Stanley Horton o nome Anticristo provém das epistolas de João, onde ele dá a entender que este personagem virá futuramente.
COMENTÁRIO:
No capítulo 9 de Daniel, a oração de Daniel pedindo a reintegração dos judeus que estavam no cativeiro, e na qual ele confessa o pecado, reconhece a presença da justiça de Deus nas calamidades, e implora as promessas divinas de misericórdia que o Senhor ainda havia reservado para eles (w. 1-19). II. A resposta recebida em seguida à sua oração e que foi transmitida por um anjo. Nesta, 1. Ele recebe garantias sobre a imediata libertação dos judeus do seu cativeiro (w. 20-23). 2. Ele é informado a respeito da redenção do mundo por Jesus Cristo (que o próprio Daniel estava tipificando), de como seria a natureza dessa redenção, e quando ela seria realizada (w. 24-27). E essa é a profecia mais clara e luminosa em todo o Antigo Testamento a respeito do Messias.
Nunca, a depravação, a iniquidade e as blasfêmias contra Deus foram tão acentuadas como no Século XXI. A corrupção, a injustiça, a ganância, vem sendo praticada com respaldo legal e institucional, ignorando as leis de Deus. O casamento é desprezado e a família (Gn 2.24) está sendo substituída por configurações que não obedecem ao padrão bíblico. Além disso, “a corrupção que destrói grandemente” (Mq 2.10) não tem limites assim como a violência. Jesus castigará severamente os que “não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.8; Jd vv.15,16). Os dias são maus... Devemos orar pela volta de Cristo e pelo estabelecimento do Seu reino eterno no novo céu e na nova terra (Ap 21.1; cf. 2 Pe 3.10-12; Ap 20.11; 22.20). Devemos orar pela presença e manifestação espiritual do reino de Deus agora. Isso inclui a operação do poder de Deus entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos, promover a justiça e derramar o Espírito Santo sobre seu povo. De acordo com o que podemos depreender dos vários textos proféticos, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, esta é a ocasião na qual o Senhor punirá os ímpios. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd vv.14,15). Daniel 7.10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Zacarias 14.5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor. Mateus 25.31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 2 Tessalonicenses 1.7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, Apocalipse 1.7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
III- QUANDO ACONTECERA A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O início. A Palavra de Deus não fornece uma data exata para o período da Grande Tribulação, contudo ao ler Mateus 24.29.30, podemos afirmar que ocorrerá imediatamente antes do glorioso aparecimento de Cristo, quando o próprio Jesus retornará a Terra para destruir o Anticristo. Depois do Arrebatamento da Igreja, começará a época mais difícil já experimentada aqui na Terra. É importante ressaltar que os textos bíblicos que tratam a respeito das últimas coisas não têm o propósito de criar um “manual do fim do mundo”, mas mostrar a glória de Jesus Cristo nos eventos derradeiros da história. O Senhor Jesus é o único que venceu para abrir o livro e desatar os seus selos (Ap 5.5). A Palavra de Deus nos mostra que, diante dos grandes problemas enfrentados na Grande Tribulação, surgirá um líder mundial carismático com a promessa de resolver todos os problemas. Mas este é a encarnação do mal, o Anticristo, e enganará a muitos povos, inclusive Israel.
COMENTÁRIO:
A duração da Tribulação é de sete anos. Isso é determinado por uma compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9.24-27). A Grande Tribulação, na verdade, acontece na segunda metade desse período, com uma duração de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a Besta, ou o Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar enormemente durante este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que a Tribulação e a Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da escatologia, a Tribulação se refere ao período completo de sete anos, enquanto que a "Grande Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação. A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais, trazendo uma falsa paz. Este período de Grande Tribulação é o cumprimento literal da última semana de Daniel. (70ª Semana - Daniel 9.24 – 27). Tanto Jesus Cristo quanto o apóstolo Paulo (sob a inspiração do Espírito Santo) prometeram aos crentes que eles seriam salvos da “ira futura” (1Ts 1.10). “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10). E guardados da“...hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Tal “tentação” ainda não aconteceu, e temos a promessa incondicional de Jesus de guardar os crentes desta tentação cf. (Ap 3.10). Paulo fez essa mesma promessa em (Rm 5.9; 1Ts1.10; 1Ts 5.9). Mais uma vez lembro que há quatro pontos de vista principais: a posição “pós-tribulacionista” afirma que a Igreja passará por toda a Tribulação. A posição “Meso-tribulacionista” diz que a Igreja passará pela primeira metade da Tribulação. A posição “pré-tribulacionista” afirma que a Igreja não passará por nenhum momento da Tribulação. E, finalmente, a “posição do arrebatamento parcial” crê que os santificados serão levados antes da Tribulação e que o restante da Igreja passará pelo julgamento. A própria natureza da Tribulação impede que a Igreja passe por qualquer fase dela. A tribulação é uma época de ira, julgamento, indignação, trevas, destruição e morte. Paulo escreve: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).
Como Pré-tribulacionistas e Pré-milenistas, afirmamos que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1 Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que "interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional". O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja. É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus. [Comentário: O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois serão levados ao céu (1Ts 4.13-18). Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
O Pré-milenismo conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra. Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade "tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações".[Comentário: O pré-milenismo, ou pré-milenialismo, é a visão de que a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes do Seu Reino Milenar e que esse reino será um período literal de 1000 anos. Para que possamos compreender e interpretar as passagens nas Escrituras que lidam com os eventos do fim dos tempos, há duas coisas que precisamos claramente entender: um método apropriado de interpretar as Escrituras e a distinção entre Israel (os judeus) e a Igreja (o corpo de todos os crentes em Jesus Cristo).
2. O ápice. Quando o Anticristo for descoberto por Israel, a aliança que foi feita será rompida, tal fato acontecerá no meio da Tribulação, dando início, propriamente, ao ápice do “tempo da angústia de Jacó”. Os últimos três anos da Grande Tribulação serão os piores para o mundo, pois, nesse período, sete anjos derramarão as últimas pragas sobre a Terra (Ap 16 e 17). Na primeira praga vão aparecer feridas terríveis e dolorosas sobre aqueles que tiverem o sinal da Besta (Ap 16.2) e na última, haverá relâmpagos, estrondos, trovões e um violento terremoto, algo nunca visto antes (Ap 16,18).
COMENTÁRIO:
De fato, e para fins de estudo e melhor compreensão, o período de sete anos é chamado de “A Grande Tribulação”, no entanto, as suas metades são denominadas de Tribulação, os primeiros três anos e meio, e Grande Tribulação a segunda metade de três anos e meio.
Sobre o ápice desse período, basta vermos que o mundo se organiza e se prepara (já com alguns líderes mundiais flertando com um governo único global) para estar sob um governo único já há tempo. Nosso mundo precisa desesperadamente de paz, pessoas sinceras de vários contextos de vida trabalham e oram diariamente por uma paz duradoura. Na verdade, como crentes, somos incentivados pela Bíblia a orar por paz. Ainda assim, a instabilidade política é profunda em muitas regiões do mundo. A busca de uma paz permanente no Oriente Médio exige muita atenção e produz muitas manchetes; muitas vidas e carreiras foram sacrificadas na tentativa de trazer paz à região. Em última análise, no entanto, não haverá paz duradoura no mundo enquanto ele não for governado por Jesus Cristo, o Príncipe da Paz. Quando o Anticristo emergir, será reconhecido e aceito por causa de sua habilidade como pacificador. Como líder da confederação multinacional, ele imporá paz a Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um tratado de paz para Israel.
O Anticristo “fará uma aliança com muitos por uma semana” (v.27). Note a expressão “com muitos”! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus. A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com Cristo na glória. O texto diz que “ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). “Será, na verdade, uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”, indicando que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente para se impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento de um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou seja, o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a metade da semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder e Israel, e se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte em Israel. Na interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na terra, porque antes, ela será arrebatada e estará com Cristo na sua glória nos céus. Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não estará na terra, quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A Tribulação diz respeito ao mundo de então e a Israel especialmente”. (Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136).
3. O fim. Depois que o anjo derramar a última taça, os demônios sairão para fazerem prodígios e convencerem os reis de todo o mundo a se reunirem em uma grande batalha. Essa batalha é chamada de Armagedom (Ap 16.14.16). Segundo a Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica “o termo “Armagedom” vem da palavra hebraica har e significa “montanha” ou “colina”. No Antigo Testamento, os profetas falaram a respeito da destruição dos inimigos do povo de Deus e do arrependimento e a purificação de Israel, Zacarias foi um destes profetas: “E acontecerá, naquele dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregaram com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra” (Zc 12.3).
COMENTÁRIO:
Também conhecido como Megido, o vale do Armagedom é o local da sangrenta batalha que se dará entre o Anticristo, seus aliados e o próprio Filho de Homem. As Escrituras nos provêm os detalhes de como se dará tal acontecimento, e o seu desfecho. Contudo, mais que um estudo acerca dos eventos futuros, Armagedom: A Batalha Final soa como um alerta aos nossos ouvidos, para nos despertar a fé e a esperança fundamentadas, primordialmente, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
“A palavra “Armagedom” vem da palavra grega “Har-Magedone”, que significa Monte Megiddo. Essa palavra passou a ser sinônimo à batalha futura na qual Deus vai intervir e destruir os exércitos do anticristo como predito em profecia bíblica (Apocalipse 16:16; 20:1-3, 7-10). Milhões de pessoas vão fazer parte da batalha do Armagedom, pois todas as nações unirão suas forças para lutar contra Cristo. O local exato do vale do Armagedom não é claro porque não existe nenhuma montanha chamada Megiddo. No entanto, já que “Har” também pode significar monte, o lugar mais provável é a área campestre e cheia de montes ao redor da planície de Megiddo, umas sessenta milhas ao norte de Jerusalém. Essa região tem sido o local onde mais de duzentas batalhas aconteceram. A planície de Megiddo e a Planície de Esdraelon vão ser o lugar principal para a batalha de Armagedom, que vai enfurecer toda a região de Israel até a cidade Edomita de Bosra (Isaías 63:1). O vale do Armagedom era famoso por duas grande vitórias na história de Israel: (1) A vitória de Baraque contra os cananitas (Juízes 4:15), e (2) a vitória de Gideão contra os Midianitas (Juízes capítulo 7). Armagedom também foi o lugar de duas grandes tragédias: (1) a morte de Saulo e seus filhos (1 Samuel 31:8), e (2) a morte do rei Josias (2 Reis 23:29-30; 2 Crônicas 35:22). Por causa dessa história, o vale do Armagedom se tornou um símbolo do conflito final entre Deus e as forças do mal. A palavra “Armagedom” ocorre apenas em Apocalipse 16:16: “Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom”. Essa passagem fala dos reis que são fiéis ao anticristo e se reunem para um ataque final em Israel. Durante o Armagedom, Deus vai “dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira” (Apocalipse 16:19), e o anticristo e seus seguidores vão ser destruídos e derrotados. Armagedom se tornou um termo geral que se refere ao fim do mundo, não exclusivamente à batalha que acontece na Planície de Megiddo.”. (https://www.gotquestions.org/Portugues/batalha-do-Armagedom.html).
CONCLUSÃO
A Grande Tribulação será um período de juízo, sofrimento e morte, mas também haverá salvação de vidas. Milhões morrerão por causa dos flagelos decorrentes dos selos, das trombetas e das taças do furor divino; outros, por não aceitaram viver conforme o Anticristo. Contudo, esse tempo de angústia chegará ao fim com “o aparecimento da glória do grande Deus – nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2.13).
COMENTÁRIO:
Jesus usa uma linguagem clara, profética e simbólica para descrever sua volta. A lamentação das nações é uma alusão a Zacarias 12.10-12, e a vinda sobre as nuvens refere-se à posse do domínio por Cristo, profetizada em Daniel 7.13-14. Quando Cristo retornar à terra, ao fim do período da Grande Tribulação, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lc 1.32,33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gn 12.1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Dt 30.1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jr 31.31-34). A segunda vinda de Cristo, ainda que pessoal e visível, será muito diferente de Sua primeira vinda. Ele não voltará no corpo de Sua humilhação, mas num corpo glorificado e com vestes reais, Hb. 9.28. As nuvens do céu serão a Sua carruagem, Mt. 24.30, os anjos o seu corpo da guarda, 2 Ts. 1.7, os arcanjos os seus arautos, 1 Ts 4:16, e os anjos de Deus serão o seu glorioso séquito, 1 Ts 3:13; 2 Ts 1:10. Ele virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfante sobre todas as forças do mal, havendo posto todos os Seus inimigos debaixo dos Seus pés, 1 Co 15:25; Ap 19:11-16. (Teologia Sistemática: Louis Berkhof). Jesus virá para destruir o Anticristo “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). Depois que Satanás e "o homem do pecado" realizarem sua obra de engano e maldade (vv. 9,10), serão aniquilados quando da vinda de Cristo à terra, no fim da tribulação (ver Ap 19.20). “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”. (Ap 19.11). Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30), trazendo conSigo os exércitos celestiais - incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato. É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.
Estudar e meditar sobre a vinda de Cristo promove nos remidos a fé e a esperança neste evento prometido pelas Escrituras. Não nos preocupemos demasiadamente com as várias teorias de interpretação, é importante conhecê-las e se posicionar com aquela que julgamos mais coerente; de fato, o que nos é preciso é permaneçamos, sim, atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar com o Senhor. Diante da revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, vale a pena buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial. Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, com a presença de bilhões de crentes salvos, de todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de querubins, serafins, dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos.
Comentário elaborado pelo Presbítero Francisco Barbosa. Ao compartilhar, favor citar fonte.
HORA DA REVISÃO
⁕ Segundo a lição, o que é a Grande Tribulação?
Será um tempo de aflição e angustia jamais vistos na Terra.
⁕ De acordo com a lição, quais são os propósitos da Grande Tribulação?
Preparar Israel para o encontro com o Messias fazer justiça contra os rebeldes e revelar ao mundo a ira de Deus
⁕ Quando se dará a Grande Tribulação?
Ocorrerá imediatamente antes do glorioso aparecimento de Cristo, quando o próprio Jesus retornara à Terra para destruir o Anticristo
⁕ De acordo com a lição, quando será o ápice da Grande Tribulação?
Quando o Anticristo for descoberto por Israel a aliança que foi feita será rompida.
⁕ Qual o significado do termo “Armagedom”?
O termo “Armagedom” vem da palavra hebraica har e significa “montanha” ou “colina”.