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4º Trimestre de 2014
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Lição 10
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7 de Dezembro de 2014
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Lição 10: As Setenta
Semanas
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TEXTO ÁUREO
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“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu
povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos
pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e
a profecia, e ungir o Santo dos santos” (Dn 9.24).
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VERDADE PRÁTICA
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Deus revela os seus mistérios a quem reconhece a
sua soberania e submete-se a sua vontade em amor e contrição.
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HINOS SUGERIDOS
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105, 483, 231.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 9.20-27.
20
- Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do
meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus,
pelo monte santo do meu Deus,
21
- estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha
visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do
sacrifício da tarde.
22
- E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te
entender o sentido.
23
- No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar,
porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão.
24
- Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa
cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a
iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o
Santo dos santos.
25
- Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas;
as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
26
- E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais;
e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu
fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas
assolações.
27
- E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana,
fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações
virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será
derramado sobre o assolador.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer que Daniel compreendeu o futuro de Israel após estudar as profecias de Jeremias.
- Compreender as setenta semanas profetizadas no livro de Daniel.
- Saber os propósitos da septuagésima semana..
PALAVRA CHAVE
Soberania: Qualidade ou condição
de soberano; superioridade derivada de autoridade, domínio, poder.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Diferentemente dos
capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel não descreve o futuro dos
impérios mundiais, mas o de Israel. Nesta lição, estudaremos a pesquisa de
Daniel quanto à profecia de Jeremias: as setenta semanas, um período de 490
anos para o povo judeu. Este período compreende o fim do tempo da escravidão e
do exílio dos israelitas em terras estranhas. A partir de uma circunstância
histórica, Deus revelou a Daniel uma verdade futura acerca do seu povo. Pelo
período de setenta anos, Israel veria a soberania de Deus intervindo em seu
futuro. E após uma visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referente ao tempo
vindouro, em que “um rei feroz” prefigurava o futuro Anticristo, o profeta
enfraqueceu-se física e emocionalmente, restando-lhe tão somente orar e buscar
o socorro de Deus. [Comentário: Na lição de hoje estudaremos as
setenta semanas do livro de Daniel. Depois de estudar com zelo as profecias do
profeta Jeremias, Daniel compreendeu o futuro do seu povo. O capítulo 9 é,
indiscutivelmente, a profecia mais importante do livro de Daniel. Neste
capítulo a profecia ganha um sentido histórico especial e ao mesmo tempo
escatológico, tanto em relação a Israel, quanto em relação ao mundo.
Diferentemente dos capítulos anteriores, esta revelação não se preocupa com os
poderes mundiais, mas trata de uma revelação especial sobre o futuro de Israel
que afeta, indiscutivelmente, todo o mundo. Nos capítulos anteriores, tais como
os capítulos 2,4, 7 e 8, se percebe que Deus utilizou figuras diferentes do
mundo mineral (metais), bem como, figuras do mundo animal para ilustrar os
acontecimentos futuros do mundo. Na realidade, Deus usa elementos neutros como
os metais (ouro, prata, cobre, ferro e barro), e elementos do mundo animal,
para tratar de aspectos políticos, morais e espirituais. Todos esses capítulos
tem uma relação especial com Israel que é o alvo da profecia. No capítulo 9,
Deus revela a Daniel fatos futuros do povo de Israel utilizando número de
semanas, dias e anos. Esses números ganham uma linguagem especial na sua
interpretação em relação ao povo de Israel. Daniel, ao rever o livro do profeta
Jeremias descobriu uma profecia literal que estava chegando ao seu cumprimento.
O período de 70 anos predito para um tempo de escravidão e exílio do povo judeu
em terras estrangeiras estava chegando ao fim. Porém, Deus toma esta
circunstância histórica para revelar outra verdade futura acerca do seu povo.
Seria outro período de 70 semanas de anos totalizando 490 anos literais, sob o
qual Israel experimentaria a força da soberania de Deus sobre Israel que
afetaria o mundo inteiro. Depois da visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8,
quando Daniel visualiza espiritualmente o futuro com “um rei feroz de
semblante” que prefigura numa perspectiva escatológica o futuro Anticristo, ou
seja, “o homem do pecado”, Daniel enfraqueceu física e emocionalmente e lhe
restou, tão somente, orar e buscar o socorro de Deus.Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje.
Editora CPAD. pag. 127-128.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas
Escrituras!
I.
DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19)
1. O tempo da
profecia de Jeremias (vv.1,2). Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob
domínio de Dario. O profeta esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias. E
descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de
cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao
fim. Ao compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a Deus, pedindo-lhe o
cumprimento da promessa ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel. [Comentário: Uma
mudança no governo trouxe à mente de Daniel a convicção aguda de que alguma
mudança providencial de grandes proporções estava para acontecer com o
remanescente do seu povo no exílio. O reino dos caldeus tinha chegado ao fim
com a queda da Babilônia (5.30-31). O governo dos persas e seus aliados medos o
tinha destituído. Se Dario, que foi constituído rei sobre o reino dos caldeus
(1), era, na verdade, o parente idoso do persa Ciro, a situação política
continuava instável. O equilíbrio do poder estava passando da Média para a
Pérsia. Ciro, dentro de dois anos, assumiria a liderança civil e militar. Mas
Daniel estava acima do cenário secular. Ele entendeu pelos livros [...] que
falou o Senhor (2). Daniel estava ciente de quão minuciosamente exato havia
sido o cumprimento das advertências que DEUS tinha dado ao seu povo. Ele tinha
passado pelos dias angustiantes de calamidade descritos detalhadamente em
Levítico 26.14-35. O castigo imposto por causa da negligência dos anos
sabáticos estava ficando claro. A promessa de DEUS de misericórdia e
restauração baseadas na aliança que Ele havia feito com os pais (Lv 26.40-45),
com a condição indispensável de arrependimento, continuava valendo. Deus estava
aguardando a reação do povo. Então Daniel lembrou da referência profética
alarmante de Jeremias em relação a uma série de ciclos sabáticos que culminava
naqueles dias: “Porque assim diz o Senhor: Certamente que, passados setenta
anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra,
tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29.10; cf. 29.11-13; 2 Cr 36.12). Ele
sabia que o tempo estava próximo e sabia exatamente o que deveria fazer. Na
profecia de Jeremias, Daniel descobriu o plano de Deus para a época em que
vivia. A seriedade da luta na oração de Daniel pode ser percebida na seguinte
frase: E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e
rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza (3). Aqui estava um homem empenhado em
uma busca profunda e sincera pela ajuda divina. Calvino observa que “quando Deus
promete algo singular e valioso, devemos estar alertas e sentir essa
expectativa como um estímulo aguçado”. Calvino então ressalta que o uso do pano
de saco, da cinza e do jejum por Daniel, foi usado, não como obras meritórias
para alcançar o favor de Deus, mas como auxílio para aumentar o ardor na
oração. “Assim, observamos que Daniel fez o uso correto do jejum, não desejando
agradar a Deus por meio dessa disciplina, mas em conferir-lhe mais seriedade em
suas orações”. Em Daniel 9.1-3, encontramos os “Fatores da Oração Eficaz”: 1)
Um coração aberto para “a palavra do Senhor” (2a, NVI). 2) Uma convicção
esmagadora de que o tempo de Deus é agora (2b). 3) A observância das
disciplinas da oração insistente (3).Roy E. Swim. Comentário Bíblico
Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 532-533.]
2. A confissão dos
pecados de um povo (vv.3-11,20). A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de
reconhecimento da culpa. Ele não apenas informou a culpabilidade do seu povo,
mas a sua própria também: “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos
impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus
juízos” (v.5). A despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante
da justiça de Deus, pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e
suplicou o perdão a Deus. [Comentário: Quando Daniel se engajou nesse ministério da
intercessão ele fez o que cada verdadeiro intercessor deveria fazer. Ele
identificou-se com aqueles por quem estava intercedendo. Os pecados do seu povo
eram os seus pecados. A aflição deles era a sua aflição. O castigo deles era o
seu castigo, plenamente merecido. Ele não se colocou acima do seu povo,
julgando-o de uma posição exaltada. E verdade que Daniel pessoalmente não era
um rebelde idólatra contra Deus. Mas ele escolheu descer ao vale da humilhação
onde estava seu povo errante e tomou a culpa e vergonha deles sobre si. Isso
ilustra de forma vívida o estado do nosso Senhor ao levar sobre si os pecados
de um mundo perdido! Quão claramente isso sugere a todos que entram na comunhão
do seu sofrimento que devemos de uma maneira real identificar-nos com o pecador
que apresentamos diante do trono da graça! Ao aproximar-se de Deus, Daniel teve
uma clara visão da natureza do caráter de Deus, cuja face buscava. Deus era
pessoal e acessível, porque Daniel se dirigiu a Ele como meu Deus (4). Ele
também era soberano e santo, Deus grande e tremendo. Deus era fiel, que guarda
o concerto e a misericórdia para com os que o amam. A confissão de Daniel era
mais do que generalizações e chavões. Ele foi específico ao abrir os horrores
do pecado do seu povo. Existe um significado profundo nos quatro termos
hebraicos que Daniel usa para descrever o mal de Israel. Pecamos (5; chata)
significa dar um passo em falso ou afastar-se do que é justo. Cometemos
iniquidade (’awah) se aprofunda nos motivos; iniquidade implica em ser
perverso. Procedemos impiamente (rasha’) significa proceder mal em rebelião
contra Deus. Fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos, serve para
reforçar esse terceiro termo. Confusão do rosto (7 e 8) significa vergonha ou
ignomínia. O pecado de Israel era muito mais sério do que algum tipo de erro
superficial. Era uma maldade profundamente enraizada que controlava as ações de
maneira perversa. Essa maldade tinha fechado os ouvidos e cegado os olhos e
endurecido os corações do rei e do povo de tal forma que os esforços de Deus
para influenciá-los por meio dos seus servos, os profetas, foram em vão. Deus é
justo e santo. Os homens são maus e corruptos. Deus é misericordioso e
gracioso. O povo é rebelde e teimoso. Os julgamentos de Deus são justos. A
adversidade de Israel é merecida; ela é simplesmente o cumprimento exato do
juramento que está escrito na Lei de Moisés, servo de Deus (11). A maldade do
homem serve para ressaltar a justiça de Deus.Roy E. Swim. Comentário
Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 533-534.]
3. Daniel
reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16). A princípio, como um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não
compreendeu a manifestação da justiça de Deus contra o seu povo, mas ao mesmo
tempo ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina. Não podemos,
entretanto, confundir o juízo de Deus com os acertos de contas humanos. A
justiça divina não é justiça humana. [Comentário: Temos, nesse capítulo: I. A
oração de Daniel pedindo a reintegração dos judeus que estavam no cativeiro, e
na qual ele confessa o pecado, reconhece a presença da justiça de Deus nas
calamidades, e implora as promessas divinas de misericórdia que o Senhor ainda
havia reservado para eles (w. 1-19). II. A resposta recebida em seguida à sua
oração e que foi transmitida por um anjo. Nesta, 1. Ele recebe garantias sobre a
imediata libertação dos judeus do seu cativeiro (w. 20-23). 2. Ele é informado
a respeito da redenção do mundo por Jesus Cristo (que o próprio Daniel estava
tipificando), de como seria a natureza dessa redenção, e quando ela seria
realizada (w. 24-27). E essa é a profecia mais clara e luminosa em todo o
Antigo Testamento a respeito do Messias.HENRY. Matthew. Comentário Matthew
Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 879.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
As guerras e pelejas entre os crentes são frutos
dos desejos egoístas e carnais que carregamos em nosso interior.
II. DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)
1. As setenta
semanas (v.24). Daniel
confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel (Jr
25.11-13; 2Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido
profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um
período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490
anos, setenta multiplicado por sete. Mas quando se deu o início do cumprimento
das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta, temos de explicar
primeiramente a expressão “setenta semanas”:
a) Explicação. O versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta
semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em
três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos);
3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da
reconstrução de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam
que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo (2). É o período do advento do Messias, Jesus de
Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi
novamente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito,
em 70 d.C.
d) O terceiro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o
versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia
que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere-se, então, ao período que
implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para
Israel. [Comentário: A
profecia ganha um sentido especial, porque depois que Daniel descobriu que o
profeta Jeremias, seu contemporâneo, havia profetizado que o exílio de Israel
duraria setenta anos, ele entendeu que esse número tinha um significado
especial (Jr 25.11-13; 19.10). Não se tratava de um tempo aleatório, mas, de
fato, significava um tempo especial de anos que envolveria o seu povo Israel. O
número setenta, então, ganha um sentido escatológico, para significar, na linguagem
bíblica, cada dia da semana significando um ano, e assim, cada semana pode
referir-se a um período de sete anos. Portanto, as setenta semanas compreendem,
a 70 x 7 = 490 anos. A contagem dessas setenta semanas teria o seu início a
partir do decreto de Artaxerxes (445 a.C.). No versículo 24 está escrito que
estas semanas “estão determinadas” por Deus.
A profecia divide as
“setenta semanas” em três períodos distintos. O primeiro período de “sete
semanas”, é equivalente a 49 anos, ou seja, sete períodos de sete anos. O
segundo período seria de sessenta e duas semanas. Subtende-se que se trata de
62 x 7= 434 anos. Essas sessenta e duas semanas, somadas às sete primeiras
semanas, chegariam ao tempo da restauração de Jerusalém até a vinda do Messias.
O terceiro período implica em “uma semana”, ou seja, sete anos, quando haverá
uma invasão do Anticristo e se iniciará um tempo de tribulação para Israel. E o
período denominado como o da “grande tribulação”(9.27). Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje.
Editora CPAD. pag. 132-133.]
2. Os três
príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26). O primeiro príncipe é o Messias (v.25). O segundo
apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70
d.C., trata-se do general Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro,
na última semana profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias
“tirado” (9.26), mas certamente um personagem mais poderoso que Antíoco
Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo (2Ts 2.3-9; 1Jo
2.18). [Comentário: O
primeiro período contém “sete semanas” equivalentes a 49 anos literais, que
começaram ainda no reino de Artaxerxes, no mês de Nisã (abril) de 445 a. C. O
seu início deu-se a partir “da saída da ordem para restaurar e para edificar a
Jerusalém” (9.25). Nesse período de 49 anos (sete semanas) foram reconstruídos
os muros e a cidade de Jerusalém. O segundo período contém “sessenta e duas
semanas” equivalentes a 434 anos literais (9.25). Esse segundo período
refere-se ao tempo do final da Antiga Aliança com Israel até a chegada do
“Ungido”, o Messias profetizado, revelado, porém ultrajado e rejeitado pelo seu
povo, foi morto e foi cortado (9.26). O terceiro período contém apenas “uma
semana” equivalente à “sete anos” quando o 3° príncipe”, identificado no Novo
Testamento como “Anticristo” "Fará
uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Profeticamente, esta “última
semana” complementa as “setenta semanas profetizadas”. Entretanto, uma vez
cumpridos os dois períodos de sessenta e nove semanas, resta, tão somente, a
última semana. Independente das interpretações discordantes, o pensamento
pré-tribulacionista, entende que esse período de “uma semana” chegará ao seu
cumprimento após um intervalo profético entre a 69a e 70a semanas. Esse
intervalo profético é identificado na Bíblia como “o tempo dos gentios” quando a
união entre judeus e gentios formaria um novo povo, a igreja (Ef 2.12-16).
Estamos vivendo esse tempo da igreja (1 Pe 2.9). Outrossim, esse período de
“uma semana” é, também, identificado pelas profecias bíblicas como um tempo de
“grande tribulação”, especialmente, para o povo judeu. Nesse tempo virá “o
assolador”(Anticristo), ou seja, “o homem do pecado”, “o filho da perdição”, o
“anticristo” que virá sobre “a asa das abominações” (Dn 9.27). A igreja de
Cristo não entrará nessa fase das abominações praticadas pelo “homem do
pecado”, ainda que sintamos os sinais da sombra desse personagem, a igreja
será, antes, arrebatada. Os que esperam entrar na primeira fase da Grande
tribulação esquecem que só se justifica o arrebatamento da Igreja pelo fato de
que ela não conhecerá o anticristo, nem experimentará a força do seu domínio no
mundo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17). Elienai Cabral. Integridade Moral e
Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag.
134-135.]
3. O intervalo que
precede a septuagésima semana (v.27). O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que
precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este intervalo profético
como “o tempo dos gentios”. A comunhão espiritual entre judeus e gentios,
mediante a salvação em Cristo, formou um novo povo para Deus: a Igreja (Ef
2.12-16; 1Pe 2.9,10). Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de
anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18,19).
Após o tempo gentílico virá a última semana que, identificada pelas
profecias bíblicas, significa um tempo de Grande Tribulação. É neste tempo que
o “assolador”, isto é, o “anticristo” ou “o homem do pecado” ou “o homem da
perdição”, virá sobre a asa das abominações (v.27).
Os sinais que precedem a revelação dessa figura abominável estão
ocorrendo por toda parte. Todavia, a Igreja de Cristo não mais estará neste
mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do tempo da tribulação (1Co
15.51,52). [Comentário: Os defensores do ponto de vista do segundo advento postulam um
intervalo de tempo entre os vs. 26-27. compreendendo que o "príncipe"
faria "firme aliança" com muitos. Além disso. eles interpretam que o
"príncipe" será o anticristo o qual estabelecerá uma aliança com o
povo judeu. reunido no território de Israel durante um período de
"tribulação" (12.1; Mt 24.21; Ap 7.14) de sete anos, a septuagésima
"semana"). cessar o sacrifício. De conformidade com os defensores do
ponto de vista do segundo advento. há aqui uma referência à proibição
determinada pelo anticristo. do "sacrifício e a oferta de manjares" !
talvez representando a prática religiosa em geral pelo povo judeu reunido após
três anos e meio IAp 11.2; 12.6, 14) do período da tribulação. o assolador. De
acordo com o ponto de vista do segundo advento. isso descreve uma catástrofe
que atingirá a cidade de Jerusalém em conexão com as atividades do anticristo.
Frases semelhantes a "asa das abominações" ocorrem em Dn 8.13; 11.31;
12.11 Inatas). bem como em 1 Macabeus 1.54. Dn 8.13 e 1 Macabeus 1.54 são
claras referências às atividades de Antíoco IV. JESUS refere-se a essa
"abominação" em sua predição de eventos futuros IMt 24.15; Me 13.14).
Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica
do Brasil. pag. 999.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Na Bíblia, o número setenta ganhou sentido
profético, pois a partir desta visão profética Deus revelou o futuro do seu
povo a Daniel.
III. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)
1. Revelar o “homem
do pecado” (2Ts 2.3). De acordo
com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das
predições do versículo 27 de Daniel. A passagem bíblica começa com o pronome
“ele”, também identificado como “o rei de cara feroz”; “o chifre pequeno”; “o
animal terrível e espantoso”. Mas quem será o personagem do livro de Daniel? Em
o Novo Testamento, ele é identificado como “o anticristo” (1Jo 2.18; 4.3) e “a
besta que saiu do mar” (Ap 13.1). Apesar de apresentada numa linguagem simbólica,
a personagem é literal. Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a
atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e inteligência política. [Comentário: Uma revelação desse homem
do pecado (v. 3): o anticristo surgirá dessa apostasia geral. O apóstolo mais
tarde fala da revelação do iníquo (v. 8), mencionando a revelação que deveria
ser feita da sua iniquidade, para a sua destruição. Parece que aqui ele fala da
sua ascensão, que deveria ocorrer na apostasia geral que o apóstolo havia
mencionado, e menciona que toda sorte de doutrinas falsas e corrupções se
concentrariam nele. Grandes discussões ocorreram ao longo da história em
relação a quem de fato é e o que se tenciona com esse homem do pecado e filho
da perdição. Observe: 1. Os nomes dessa pessoa, ou melhor, o estado e o poder
aqui considerado. Ele é chamado de o homem do pecado, para indicar sua
extraordinária iniquidade. Não somente ele é dedicado ao mal e o pratica, mas
também promove, encoraja e comanda o pecado e a iniquidade em outros; 2. Ele é
o filho da perdição, porque ele mesmo está dedicado à destruição certa e é o
agente para destruir muitos outros, tanto o corpo quanto a alma. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 675-676.]
2. A Grande
Tribulação (Mt 24.15,21). O
Anticristo “fará uma aliança com muitos por uma semana” (v.27). Note a
expressão “com muitos”! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com
Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o
Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e,
por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.
A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e
meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo
será um período de falsa paz e harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de
sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte
serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e
antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com
Cristo na glória. [Comentário: O texto
diz que “ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Será, na
verdade, uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”,
indicando que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente
para se impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e
aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento de
um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou seja,
o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a metade da
semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder e Israel, e
se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte em Israel. Na
interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na terra, porque
antes, ela será arrebatada e estará com Cristo na sua glória nos céus.
Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não estará na terra,
quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A Tribulação diz
respeito ao mundo de então e a Israel especialmente. Elienai Cabral.
Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje.
Editora CPAD. pag. 136.]
3. Revelar a
vitória gloriosa do Messias. Jesus Cristo, o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda
vinda visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por
completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap
19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no mundo todo. Esta é uma
mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenhamos medo, creiamos tão
somente! Breve Jesus voltará! Alegremo-nos nesta esperança! [Comentário: Esta besta é a mesma que
tinha vindo do mar (capítulo 13; veja o comentário ali). Os reis da terra
referem-se aos “dez chifres” que João tinha visto na besta (veja 13.1), e,
muito provavelmente, o seu número simboliza todos os reis da terra que prometem
lealdade ao Anticristo. Com o derramar da sexta taça da ira de Deus, “espíritos
de demônios, que fazem prodígios... vão ao encontro dos reis de todo o mundo
para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso...
no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (16.14-16). O capítulo 16 nos deu
uma prévia daquilo que estava por vir e de como viria; o capítulo 19 descreve o
evento propriamente dito. Aqui, o versículo 19 fala da congregação para a
batalha do Armagedom. A besta e os reis da terra e seus exércitos reuniram-se
para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo (Cristo) e ao
seu exército (os redimidos). As linhas da batalha tinham sido traçadas, e o
maior confronto da história mundial estava prestes a acontecer. Ap 19.20 Os
dois exércitos posicionaram-se um de frente para o outro - a besta e todos os
reis da terra versus o Cavaleiro do cavalo branco e o seu povo redimido. De
repente, a batalha tinha se acabado. Não houve luta, pois, em um segundo, o fim
tinha chegado. Não havia necessidade de uma batalha, porque a vitória tinha
sido obtida séculos antes, quando o Cavaleiro do cavalo branco, Cristo, tinha
morrido em uma cruz. Naquela ocasião, Satanás tinha sido derrotado; aqui, no
Armagedom, ele é finalmente despido de todo o seu poder. A besta de Satanás (o
Anticristo, descrito em 13.1-10) foi presa, juntamente com o seu falso profeta,
que tinha enganado os que receberam o sinal da besta. Isto está descrito em
13.11-18. A besta e o Falso profeta foram presos e lançados vivos no ardente
lago de fogo e de enxofre. Este é o destino final de todos os ímpios. Neste
ponto, entretanto, somente estes dois seres iníquos receberam esta punição.
Este lago é diferente do abismo mencionado em 9.1; ele é mencionado em 14.10,11
e 19.3. Há diversas declarações a respeito de poderes espirituais e pessoas
sendo lançados no lago de fogo. Aqui, o Anticristo e o falso profeta foram
lançados no lago ardente. A seguir, o seu líder, o próprio Satanás, será
lançado naquele lago (20.10), e finalmente a morte e o inferno também serão
lançados ali (20.14). Depois disto, aqueles cujos nomes não estão escritos no
Livro da Vida serão atirados no lago de fogo (20.15). Ap 19.21 Com os dois
líderes presos (a besta e o falso profeta), o exército ficou abandonado para
ser destruído. Cristo, com a espada que saia da sua boca (19.15), mata todo o
exército de reis e soldados rebeldes com um único ataque mortal. A sua espada
do julgamento atinge e destrói tudo. As aves de rapina, que tinham sido
chamadas anteriormente pelo anjo (19.17,18), se fartaram das carnes dos mortos.
Como não havia sobrado ninguém da batalha para sepultar estes mortos, eles
foram abandonados para que as aves de rapina os devorassem.Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 907-908.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os propósitos da septuagésima semana são revelar ao
povo de Deus o “homem do pecado”, “a Grande Tribulação” e o tempo da vitória
gloriosa do Messias.
CONCLUSÃO
Vivemos um tempo de
incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as profecias
bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as
Escrituras e estudá-las com fé, graça e humildade. Entretanto, a Igreja não
pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e
prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será desvendado aos
nossos olhos. [Comentário: A Profecia das 70 semanas é referida no capítulo 9
de Daniel. O entendimento do texto bíblico não é partilhado da mesma forma em
todas as denominações cristãs e judaicas. Num contexto geral a profecia aponta
para o ano do aparecimento do Messias e do fim da exclusividade aos judeus como
sendo "o povo de Deus", ou "o povo que detém a verdade"
dando início à pregação do Evangelho aos gentios. A visão dispensacionalista e
pré-tribulacionista deposita na profecia das 70 semanas a chave para toda a
profecia apocalíptica. O mais importante no estudo da escatologia, é entender
que Deus é Soberano da história e realiza todos os Seus propósitos.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Novembro de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim;
HINDSON (Ed.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2004.
MERRIL, Eugene H.
História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou
entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. (Ed.)
Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2009.
EXERCÍCIOS
1. Em
relação à profecia de Jeremias, o que Daniel descobriu?
R. Ele descobriu que a profecia de Jeremias determinava um
tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo
sofrimento chegaria ao fim.
2. O que a
oração intercessória de Daniel demonstrou?
R. A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de
reconhecimento da culpa.
3. Como está
dividido o bloco dos versículos 24-27?
R. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente
dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas
(434 anos); 3) uma semana (7 anos).
4. Como é
identificado o intervalo da “septuagésima semana”?
R. Esta última semana refere-se ao período que implicará o
advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel.
5. Mencione
os propósitos da septuagésima semana.
R. Revelar ao povo de Deus o “homem do pecado”, “a Grande
Tribulação” e o tempo da vitória gloriosa do Messias.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2014 - CPAD -
Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e
Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
Autorizo a todos que
quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente,
que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente,
a gentileza de um e-mail indicando qual o texto.