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31 de janeiro de 2020

(JOVENS) Lição 5: OS TÍTULOS DE JESUS CRISTO


ANO 11 | Nr 1.367 | 2020
45.973 LEITORES MENSAIS
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS - 1º Trimestre de 2020
Título: Jesus Cristo — Filho do Homem, Filho de Deus
Comentarista: Thiago Brazil

LIÇÃO 5
2 DE FEVEREIRO DE 2020
OS TÍTULOS DE JESUS CRISTO


TEXTO DO DIA
“E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.11).

SÍNTESE
O conhecimento claro e seguro de quem o Senhor Jesus é, através dos seus vários títulos, tem o poder de trazer a luz à solução para vários aspectos relevantes da pessoa do Salvador do mundo.

TEXTO BÍBLICO
Filipenses 2.5-11

INTRODUÇÃO
||A vinda do filho de Deus ao mundo é o clímax de uma série de promessas anunciadas no Antigo Testamento. Em virtude disto, a Escritura denomina Jesus com um conjunto de títulos e adjetivos, buscando dessa maneira apresentá-lo da melhor forma possível àqueles que não tiveram o privilégio de conviver diretamente com o Salvador. Pensar sobre cada uma das designações de Jesus nos ajudará a compreender melhor a totalidade da obra do Salvador||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Existem muitos nomes para o nosso Salvador registrados nas páginas da Escritura. Todos eles são dados por Deus para nos ensinar a glória e o poder de Jesus como Salvador. Alguns dos nomes mais importantes que já estudamos: Jesus, Cristo, Senhor, Filho unigênito de Deus, Filho do homem e Emanuel. Seus muitos outros nomes são importantes também. Eles enfatizam várias coisas sobre ele. Nomes tais como rosa de Sarom e lírio dos vales (Ct. 2:1) enfatizam sua beleza como o Salvador. Nomes como Leão da tribo de Judá (Ap. 5:5) e príncipe dos reis da terra (Ap. 1:5) nos lembram do seu poder de rei. Outros nomes, tais como filho de Davi (Mt. 1:1), raiz de Davi (Ap. 22:16), Cabeça (Cl. 2:19) e esposo (Mt. 9:15), mostram-no em sua relação com a igreja, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Vamos pensar maduramente a fé cristã?

I – FILHO DO HOMEM
||1. O uso e a origem do conceito do “Filho do Homem” no Antigo Testamento. Numa tradução, “Filho do homem” em Hebraico é “ bem’adam ”. Este detalhe linguístico-etimológico demonstra a associação do conceito, à princípio, com o caráter adâmico do personagem a quem ela refere-se. Esta expressão está presente no Antigo Testamento em quase 100 versículos. Há, no entanto, uma característica muito peculiar da presença deste termo no Antigo Testamento: ele aparece, em noventa por cento dos casos, no livro de Ezequiel — onde há mais de 90 registros. Em Ezequiel a locução sempre se refere diretamente à pessoa do profeta. Assim, a expressão, num primeiro sentido, corresponde a imagem de um legítimo “Filho de Adão”, um “Filho da Humanidade” ou um humano de verdade||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- A expressão “Filho do Homem” - literalmente ‘filho de Adão’, denotando um ser humano, uma pessoa; o plural bnei Adam é utilizado para humanidade. A expressão ocorre no livro de Ezequiel como o nome particular pelo qual Deus se dirige ao profeta. É como dizer “descendente de seres humanos” (Sl 8.4). Esse é o uso mais comum dessa expressão. Mas em Daniel 7.13-14, a pessoa “semelhante a um filho do homem” é uma referência ao Messias, o Salvador do mundo. Os judeus do tempo de Jesus esperavam a vinda do Filho do Homem.
- “A expressão "filho do homem" é encontrada muitas vezes, tanto no Velho como no Novo Testamento. Originalmente, foi usada como sinônimo de "homem".  Isaías 51:12 diz: "Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?" (Veja, também, Jó 16:21; 25:6; 35:8; Salmos 8:4; 80:17; 144:3; Isaías 56:2). No livro de Ezequiel, escrito no sexto século a.C., a frase foi uma maneira que Deus, muitas vezes, identificou o profeta Ezequiel (2:1,3,6 e muitos outros versículos em Ezequiel). A expressão aparece duas vezes no livro de Daniel, com dois sentidos diferentes. Em Daniel 8:17, o profeta é chamado de "filho do homem". Mas, em 7:13, desce do céu (numa visão) "um como o Filho do Homem" que recebeu do Ancião de Dias autoridade para reinar para sempre.  Nesta visão profética, a frase claramente se refere a Cristo.” (estudosdabiblia)

||2. A autorreferenciação de Jesus como “Filho do Homem”. Este é um dos títulos mais recorrentes do Novo Testamento — aparecendo mais de 80 vezes. Com raras exceções, o título que Jesus atribui a si mesmo nos três Evangelhos sinóticos é sempre “Filho do Homem”. No Novo Testamento, além da expressão também carregar uma possível conotação apocalíptica (Ap 1.13; 14.14), é relevante o fato dela não estar presente na vasta literatura de Paulo. O termo pode ser entendido como uma autorreferência de Jesus a sua humanidade e um esforço de esclarecer sua vocação espiritual, e não política (Mc 9.31; Lc 12.40), especialmente como uma possível indicação do cumprimento profético de Gênesis 3.15. Porque Jesus optaria por atribuir a si mesmo, tantas vezes, este título em específico? São várias as possibilidades de respostas, dentre algumas: Por sua conotação de humildade e simplicidade; em momento algum do Evangelho vemos Jesus exigindo para si mesmo, com arrogância, tratamento por meio de títulos. Ao contrário, o Salvador sempre portou-se como um de nós; e como bem fala o escritor aos Hebreus, Ele não se envergonha de chamar-nos de seus irmãos (Hb 2.11) ||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Jesus usava o título “Filho do Homem” quando falava sobre sua missão e sua autoridade divina. Ele provavelmente se chamava de Filho do Homem por dois motivos:
1.    Para dizer que era humano – mesmo sendo Deus e tendo muito poder, Jesus era tão humano como nós; ele nos entende e pode nos ajudar a vencer o pecado
2.    Para se identificar como o Messias – Jesus citava o profeta Daniel; ele podia estar se identificando com a pessoa da visão de Daniel, indicando que ele era o Messias tão aguardado
-“Chegando ao Novo Testamento, "filho do homem" é usado quase exclusivamente para falar sobre Jesus. O próprio Cristo utilizou esta expressão (segundo os quatro relatos do evangelho) para se identificar inúmeras vezes (Mateus 8:6; 9:20; etc.). Assim, ele enfatiza sua própria humanidade, o fato que ele se fez carne e habitou entre homens (João 1:14). Mas esta descrição jamais é usada para sugerir que Jesus era mero homem. Sem dúvida, o uso no Novo Testamento elabora o tema introduzido em Daniel 7:13. O "Filho do Homem" não é alguém que surge da terra (como a erva de Isaías 51:12). Ele veio nas nuvens do céu (Daniel 7:13, compare Mateus 20:28; Lucas 19:10; João 3:13). Contra as doutrinas humanas que sugerem que Jesus era um homem glorificado, a Bíblia ensina que ele é Deus que se humilhou. Em João 6:62 ele diz: "Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?" Paulo confirma a mesma coisa em Filipenses 2:5-8. Assim, o Filho do Homem mostrou sua autoridade na terra (Marcos 2:10,28). Depois de sua morte e ressurreição, ele afirmou que tinha recebido toda autoridade (Mateus 20:28; veja Lucas 22:69). Como Daniel o viu descendo nas nuvens, Jesus prometeu vir nas nuvens em julgamento (Marcos 13:26; 14:62; etc.). Algum tempo depois da ascensão de Jesus, Estevão foi privilegiado em ver "o Filho do Homem, em pé à destra de Deus" (Atos 7:56). Vamos obedecer ao Filho do Homem, que tem toda autoridade.” (estudosdabiblia)
O título que Jesus com maior freqüência usou quando falando de Si mesmo, e que, portanto, parece ter sido Seu título favorito, foi “Filho do Homem”. Esse título muito discutido, não importa o que possa significar, certamente foi designado para chamar atenção ao fato que Ele possuía humanidade real. Ele é o homem representativo. Podemos apontar para Ele e dizer: Existe uma humanidade real. Nele a natureza humana é vista com sua perfeição, funcionando como foi pretendida quando deixou as mãos do Criador. Ele é o ideal segundo o qual todos os outros deveriam padronizar suas vidas. E visto que Ele possuía assim a natureza humana sem Sua própria Pessoa, Ele está vitalmente relacionado com todos os outros membros da raça humana e, por divino apontamento, é capaz de agir como o representante deles diante de Deus.” (Loraine Boettner)

||3. O paradigma de Jesus para nossas autoavaliações. Jesus não incomodou-se em ser reconhecido a partir da sua humanidade, mesmo sabendo de todas as limitações que tal condição lhe acarretava. Por que nós deveríamos dar crédito a qualquer tipo de movimento religioso, evangélico ou não, que defende — aberta ou dissimuladamente — uma divinização da humanidade? Deste modo, é necessário denunciarmos e/ou abandonarmos todo modelo de falso Cristianismo que procura endeusar pessoas, inflacionando seus egos e entorpecendo suas autopercepções. Quanto mais próximos de Deus, mais humanos nos reconheceremos (Lc 5.8), e isto nunca será prejudicial, antes, será um ótimo antídoto contra todo tipo de soberba e insensatez||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Jesus é Filho de Deus e Filho do Homem. Aqui na terra, ele foi o Homem perfeito. Ele passou por tudo que nós passamos na vida mas não cometeu pecado (Hb 2.16-18). Jesus foi o exemplo de verdadeira humanidade, segundo o plano original de Deus. Jesus é a ligação entre o homem e Deus. Só ele pode nos unir a Deus, porque só ele é totalmente Deus e totalmente homem ao mesmo tempo.
- Após a pesca milagrosa, Pedro imediatamente percebeu que estava na presença daquele que era santo e que estava exercendo o seu poder divino, e foi tomado de vergonha pelo seu próprio pecado!

II – FILHO DE DAVI
||1. A realeza de Jesus. Este é o título que se refere diretamente à realeza de Jesus. É assim que Mateus apresenta-nos Jesus, logo na primeira frase do seu Evangelho (Mt 1.1). A associação do Mestre da Galileia com o rei Davi concede-lhe o status de personagem que cumpre importantes promessas do Altíssimo feitas ao grande rei de Israel (1Rs 8.25; 2Rs 8.19; 2Cr 21.7; Is 9.7; Jr 33.17). Há um forte caráter messiânico nesse título, uma vez que — num tempo de opressão e controle do Império Romano — somente um legítimo descendente da casa de Davi poderia trazer esperança de cumprimento das profecias sobre a libertação dos filhos de Israel de toda e qualquer opressão. É a partir deste título, inclusive, que a fraudulenta acusação dos líderes religiosos contra Jesus ganha algum tipo de fundamento (Lc 23.2), pois em momento algum dos Evangelhos — senão na crucificação — vemos o título de “Rei dos Judeus” associado ao Mestre, porém, ao ser chamado filho de Davi, este outro título ficava implícito. Ao contrário da designação “Filho do Homem”, Jesus nunca se denomina como “Filho de Davi”. São basicamente três os episódios no Novo Testamento nos quais o Senhor é nomeado com esse título: A cura da filha da mulher cananeia (Mt 15.22), a cura de Bartimeu (Mc 10.47) e na estrada triunfal em Jerusalém (Mt 21.9-15). Analisemos então, pormenorizadamente, estes três episódios para que possamos mensurar a importância deste título de Jesus||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Dezessete versículos do Novo Testamento descrevem Jesus como o "filho de Davi". Filho de Davi é um título messiânico usado como tal apenas nos Evangelhos sinópticos. Jesus era chamado filho de Davi porque era descendente de Davi e herdeiro da promessa de Davi. Jesus era filho de Deus mas ele se tornou homem. Como homem, ele era descendente do rei Davi (Rm 1.3-4). O Antigo Testamento profetizou que o Messias seria da linhagem de Davi (2Sm 7.12-13; SI 89.3-4,19,24; Is 11.1-5; Jr 23.5-6). Tanto Maria, a mãe de Jesus (Lc 2.23,31), quanto José, o seu pai legal (Mt 1.6,16; Lc 1.27), eram descendentes de Davi. João faz da crença de que Cristo veio em carne um teste crucial de ortodoxia (1Jo 4.2-3). Por ser plenamente humano, bem como plenamente Deus, ele pôde servir como substituto do ser humano (Jo 1.29; 2Co 5.21) e como um sumo sacerdote compassivo (Hb 4.15-16).
- “Filho de Davi era o Messias, o Salvador aguardado pelos judeus. De acordo com as promessas que Deus fez ao longo do Velho Testamento, os judeus sabiam que o Salvador do mundo seria:
1.    Judeu – Deus prometeu a Abraão, antepassado de todos os judeus, que por meio de sua descendência todos os povos da terra seriam abençoados; essa promessa foi passada para seu filho Isaque e seu neto Jacó – Gênesis 12:2-3
2.    Da tribo de Judá – Jacó profetizou que a tribo de Judá reinaria sobre todas as outras tribos de Israel – Gênesis 49:10
3.    Da família de Davi – Deus prometeu a Davi que sua descendência reinaria para sempre – Salmos 89:3-4” (respostas)

||2. O poder de cura do Filho de Davi. A mulher estrangeira e o deficiente visual clamarem por cura, chamando Jesus de “Filho de Davi”, é um indício de que até as pessoas mais simples e desprestigiadas socialmente tinham plena consciência da magnitude e grandeza de Jesus nos dias de seu ministério. Diferente de César, que percorria seus territórios rodeado de pompa e glamour, o Filho de Davi, verdadeiro e único herdeiro de um trono eterno, caminhava pelos mais inexpressivos rincões, levando consigo saúde e esperança (Lc 1.32,33). Em nada Jesus diminuiu-se por dar atenção a pessoas marginalizadas, indivíduos que não eram — em virtude das condições biossociais — respeitados naquela comunidade. Um rei acolhendo o clamor de uma mãe estrangeira e o pedido insistente de um doente marginalizado é uma prova inconteste de que não são coroas, súditos ou tronos que indicam a realeza de alguém, e sim, o conjunto de ações, uma postura ética, um coração de rei. E tudo isto Jesus tinha. Estes dois milagres de Jesus demonstram uma verdade inquestionável: poder de trazer a morte e a dor qualquer déspota enlouquecido tem, contudo, autoridade sobre demônios e enfermidade — isto é, poder de dar vida — somente Jesus, o “Filho de Davi”, tem||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Jesus Cristo é designado nos evangelhos como sendo o Messias prometido no Antigo Testamento, que viria da descendência de Davi. Jesus, assim como Davi, era Rei, com a diferença de que o reinado de Jesus não terá fim, pois Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. O cego Bartimeu “enxergou” o que muitos não quiseram enxergar: “e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” (Mc 10. 47). Esse título que Jesus recebe, ligando-o ao rei Davi por meio da descendência, é muito importante, pois deixa claro que as promessas de Deus de que daria ao seu povo um rei vindo de Davi foram claramente cumpridas em Jesus Cristo!

||3. O anúncio do rei em sua entrada triunfal. A imagem de Mateus 21.9 é um momento único nos Evangelho: Jesus adentra Jerusalém aclamado pelo povo não apenas como profeta, mas também como real herdeiro do trono. O clamor da multidão, provavelmente inspirado nos Salmos 20.9 e 118.26, descreve a chegada de uma autoridade na cidade. Era assim que os colonizados por Roma deveriam proceder quando da visita oficial de um senador ou mesmo do imperador. No entanto, quem entrava na cidade era o Salvador, o prometido de Israel, o Filho de Davi. Apenas Mateus, o escritor cuja influência da tradição judaica é mais forte, registra o título atribuído a Jesus, enquanto que os demais evangelistas destacam a realeza do Mestre, sem contudo, associá-la a sua origem davídica (Mc 11.9,10; Lc 19.37,38; Jo 12.13). Como sabemos, pelo menos parte da multidão que celebrou a chegada do Rei dos reis, em uma semana, seria manipulada para pedir a crucificação do Salvador. Desta repentina mudança de comportamento fica um indício: se a mentira e maldade dos religiosos induziram a multidão ao erro, a espontaneidade do povo levou-o à adoração. Por isso, menos protocolos religiosos, mais liberdade para a adoração||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Jesus foi o cumprimento da profecia da descendência de Davi (2Sm 7.14-16). Jesus era o Messias prometido, o que significa que Ele era da descendência de Davi. Quando a população clamou ‘Bendito o que vem’, expressou uma citação exata do Salmo 118.26, juntamente com o título messiânico "Filho de Davi", deixando claro que a multidão estava reconhecendo a afirmação messiânica de Cristo.
Jesus foi intitulado de "Senhor, Filho de Davi" várias vezes por pessoas que, pela fé, buscavam perdão ou cura. A mulher cuja filha estava sendo atormentada por um demônio (Mateus 15:22), os dois homens cegos à beira do caminho (Mateus 20:30) e o cego Bartimeu (Marcos 10:47) todos clamaram ao filho de Davi por ajuda. Os títulos de honra que deram-lhe declaravam a sua fé nEle. Chamá-lo de "Senhor" expressava um sentimento da divindade, domínio e poder de Jesus, e ao chamá-lo"Filho de Davi", eles estavam professando que Ele era o Messias. Os fariseus também compreenderam o significado das pessoas chamando Jesus de "filho de Davi". Entretanto, ao contrário daqueles que clamaram em fé, eles estavam tão cegos pelo seu próprio orgulho e falta de compreensão das Escrituras que não podiam ver o que os mendigos cegos podiam ver - que aqui estava o Messias pelo qual haviam esperado por toda a vida. Os fariseus odiavam Jesus porque Ele não lhes dava a honra que achavam que mereciam. Então, quando ouviram o povo saudando Jesus como o Salvador, ficaram enfurecidos (Mateus 21:15) e planejaram matá-lo (Lucas 19:47). Jesus ainda confundiu os escribas e fariseus ao pedir-lhes que explicasse o significado deste título. Como é que o Messias podia ser o filho de Davi quando o próprio Davi se referiu a Ele como "meu Senhor" (Marcos 12:35-37)? Naturalmente, os professores da lei não podiam responder à pergunta. Jesus assim expôs a ineptidão dos líderes judeus como professores e sua ignorância quanto ao que o Antigo Testamento ensinava sobre a verdadeira natureza do Messias, alienando-os ainda mais Dele. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus e o único meio de salvação para o mundo (Atos 4:12), é também o filho de Davi, tanto no sentido físico quanto no sentido espiritual.” (gotquestions)
- Referente à afirmativa do comentarista “Desta repentina mudança de comportamento fica um indício: se a mentira e maldade dos religiosos induziram a multidão ao erro, a espontaneidade do povo levou-o à adoração. Por isso, menos protocolos religiosos, mais liberdade para a adoração, não é fácil entender a ligação com o proposto no subtópico. Qual a ligação entre o reconhecimento daquela multidão que aclamou Jesus na entrada triunfal em Jerusalém, reconhecendo-o como o Messias prometido nas Escrituras, com aquela turba convulsiva que gritava ‘crucifica-o’? E o que dizer sobre menos protocolos religiosos, mais liberdade para a adoração? Para adorar corretamente, como Deus exige que se faça, é necessário ensino. “A verdadeira adoração de Deus se distingue pelos seguintes critérios: primeiro, vem do coração resgatado que foi justificado diante de Deus pela fé e que está confiando no Senhor Jesus Cristo para a remissão dos pecados. Como se pode adorar o Deus do céu, se o seu pecado não tem sido tratado? Nunca pode ser aceitável uma adoração que proceda de um coração ainda não regenerado, onde Satanás, o próprio eu e o mundo tenham a maior influência (2 Timóteo 2:26, 1 João 2:15). Qualquer adoração, a menos a que seja de um coração "lavado", é vã”. (gotquestions). O homem foi criado para adorar, no entanto, o pecado desfigurou esse objetivo. A adoração é a coisa mais natural para o homem, mas até sermos restaurados a Deus através do sacrifício do Seu Filho amado, toda a nossa adoração é apenas uma coisa vã. É como "fogo estranho" diante do altar (Lv 10.1). Por essa razão, CUIDADO com a tal liberdade para a adoração! A igreja de todos os tempos e de todas as tradições corre sempre o mesmo perigo daquela tuba que em duas situações comportaram-se de maneiras distintas. É possível que nos acostumemos à fé. É possível que reduzamos nossa vida cristã a experiências emocionais, ao formalismo religioso, ao ativismo e etc.

III - MESSIAS
||1. Messias-Cristo-Ungido. Sem dúvida alguma, o título mais importante de Jesus era “Messias” / “Cristo” / “Ungido” (é importante lembrar que estas três palavras tem o mesmo significado, sendo apenas de idiomas diferentes, respectivamente, hebraico, grego e português). Em momentos marcantes do Evangelho Ele é reconhecido como Cristo; já como Ungido, temos a referência de Atos 4.26. É, porém, como o Cristo que os escritores do Novo Testamento mais se referem a Jesus de Nazaré. O uso do termo justifica-se pela centralidade da obra redentora do Senhor, isto é, falar de Jesus Cristo é apresentar ao mundo o plano da salvação. O Novo Testamento começa (Mt 1.1) e conclui (Ap 22.21) com a referência de Jesus como o Cristo. A ideia da “unção” está, no Antigo Testamento, diretamente associada a realização de uma missão especial (Sl 105.15) e específica (consagração de reis — 1Sm 10.1; 16.1; 1Rs 1.39; de sacerdotes — Lv 8.12; e profetas — 1Rs 19.16)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- A primeira coisa que precisamos saber é que o nome Cristo não é do mesmo tipo que Jesus. Jesus é o nome pessoal do Salvador, mas Cristo é um título.
- A segunda coisa que é preciso saber é que Cristo significa “ungido” (Messias significa o mesmo, e é o equivalente veterotestamentário do nome Cristo). Ele se refere ao fato que Jesus foi especificamente apontado e ordenado por Deus para fazer a obra do reino de Deus. Ele foi publicamente ungido com o Espírito no tempo de seu batismo (Mt 3.16), assim como predito em Isaías 61.1-3, onde sua obra como o ungido é descrita também.

||2. Tu és o Cristo! Num dos momentos mais emblemáticos do Evangelho, o Mestre faz uma pergunta aos seus discípulos acerca da compreensão de sua identidade por parte da comunidade daquela época (Mt 16.13). Os seus amigos apresentam-lhe o diagnóstico de que a multidão não possui ainda uma percepção límpida de quem Jesus é, de um modo geral, confundem-no com uma figura do profetismo do Antigo Testamento. Depois desta problemática constatação, Jesus direciona a mesma pergunta para seus apóstolos. A resposta de Pedro é simplesmente uma das afirmações centrais da história do Cristianismo: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.16), numa ressonância da imagem do Deus que age na história da humanidade, muito presente em momentos decisivos da história de Israel (Js 3.10; 1Sm 17.36; 2Rs 19.16; Os 1.10,11). Pedro também enaltece de forma pública Jesus como o Cristo. A resposta do apóstolo é tão categórica que o próprio Jesus afirma que ela não pode ser fruto de uma elaboração humana, antes, produto da revelação divina (Mt 16.17)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- As declarações messiânicas de Cristo sempre foram alusões sutis a profecias do Antigo Testamento, combinadas com atos miraculosos que substanciavam essas declarações. Nunca antes ele revelara de maneira tão explícita a Pedro e aos apóstolos a plenitude de sua identidade como fez em Mt 16.16. Foi o próprio Deus Pai quem abriu os olhos de Pedro para o pleno significado dessas declarações e revelou a ele quem Jesus era de fato. Em outras palavras, Deus abriu o coração de Pedro para esse conhecimento mais profundo de Cristo pela fé. Pedro não estava simplesmente expressando uma opinião acadêmica sobre a identidade de Cristo; essa foi uma confissão da fé pessoal de Pedro, possibilitada por um coração divinamente regenerado.

||3. Quem é Jesus para nós hoje? Em que parte da história estaríamos hoje se a pergunta fosse feita a nós? Seríamos como a multidão que, ávida por bênçãos e benefícios, via o Senhor apenas como mais um profeta que realizava atos poderosos, ou teríamos a sensibilidade de Pedro e reconheceríamos Jesus como o Cristo? Infelizmente, em muitos lugares, Jesus não passa de alguém equivalente a um remédio para dores de cabeça, a quem recorremos em momentos específicos. Já em outras comunidades Jesus é um trunfo na manga, alguém através de quem demonstra-se poder e glória pessoais. Passa longe, em muitas igrejas, a percepção de Jesus como o Cristo. Na verdade, se Jesus for “apenas” o Cristo, a estratégia de marketing midiático não funciona. Falar da cruz, da necessidade de confissão de pecados e arrependimento não dá “ibope”, por isso, em muitos lugares, Jesus é apenas uma marca, quase uma palavra mágica. Precisamos voltar à essência do Evangelho, e concentrarmo-nos em pregar a Jesus Cristo, e este como o crucificado (1Co 2.2)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- O povo Judeu esperava ansioso o surgimento de um Salvador, que era chamado por eles de o Messias que haveria de vir. Hoje, falta ensinamento sobre a pessoa de Jesus. Precisamos compreender quem é Jesus de fato. Interessante é que, a mesma pergunta que Jesus fez aos discípulos em Mateus 16.16, é repetida - Quem dizem os homens que eu sou?
- “Confessar que Jesus é Cristo não é meramente pronunciar o nome, mas dizer que ele é o nosso supremo Profeta e Mestre, nosso único Sumo Sacerdote, e nosso Rei eterno. É um reconhecimento de que seremos ensinados por ele somente, governados por ele somente, e abençoados por ele somente. Não é de se admirar, então, que ninguém pode dizer que Jesus é o Cristo, senão mediante um dom recebido dos céus. Que Jesus é Cristo significa, também, que ele é o único que pode sustentar esses ofícios e realizar a obra que pertence a eles. Não precisamos de nenhum homem para nos ensinar (1 João 2:27). Não precisamos de nenhum outro sacerdote ou sacrifício! Não reconhecemos nenhum outro Rei, pois ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é único!” (O Nome Cristo - Rev. Ronald Hanko)


CONCLUSÃO
||Jesus é tão maravilhoso que definir quem Ele é em uma só palavra ou expressão é impossível, por isso, aprendamos mais e mais sobre quem é o nosso Salvador e como devemos chamá-lo. A indagação paulina ainda tem total razão de ser entre nós, em nossos dias (Rm 10.13,14). O verdadeiro Evangelho somente será anunciado às nações de modo eficaz, quando aqueles que pregam tiverem plena consciência de quem o Senhor Jesus Cristo é||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 2 Fevereiro, 2020]
- Não há questão mais importante do que a que Jesus fez a seus discípulos. A resposta correta para essa pergunta é, em alguns aspectos, simples o bastante para salvar uma criança, mas também complexa o bastante para manter os teólogos ocupados por toda a eternidade. Se a vida eterna é conhecer a Jesus Cristo (Jo 17.3), então não podemos nos dar ao luxo de sermos ignorantes sobre aquele que é “o mais distinguido entre dez mil” (Ct 5.10).
Pb Francisco Barbosa