ANO 11 | Nr 1.364 | 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
ADULTOS - 1º Trimestre de 2020
Título: A Raça Humana:
Origem, Doutrina e Redenção. Comentário: Claudionor de Andrade
PLANO DE AULA PREPARADO
POR:
LIÇÃO 4
26 DE JANEIRO DE 2020
OS ATRIBUTOS DO SER HUMANO
“Não sejais como o cavalo, nem como a
mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que
não se cheguem a ti” (Sl 32.9).
VERDADE PRÁTICA
Criado à imagem de Deus, o homem é um
ser espiritual, racional, livre e criativo; sua missão primordial é glorificar
o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Romanos 12.1-10
INTRODUÇÃO
||Na aula de hoje,
estudaremos os principais atributos do ser humano: espiritualidade,
racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade. Veremos que o homem,
apesar da queda, continua a executar a missão que Deus lhe entregou no Éden. A
desobediência humana não frustrou os planos divinos. Se Deus assim nos dotou,
usemos cada um de nossos atributos para glorificá-lo. No aperfeiçoamento
destes, leiamos a Bíblia, oremos, vigiemos noite e dia, evangelizemos e
exerçamos o amor cristão. Em suma, portemo-nos de tal forma, para que o Pai
Celeste seja exaltado, eternamente, através de nossas qualidades espirituais,
psicológicas e físicas. Que o Espírito Santo nos abra o entendimento e leve-nos
a conhecer as demandas e as reivindicações da Palavra de Deus||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Esta lição, extensa,
discorre sobre alguns atributos do homem. No entanto, ao contrário do que
afirma o comentarista (o homem, apesar da
queda, continua a executar a missão que Deus lhe entregou no Éden), o homem deixou de realizar aquilo para o qual ele foi ordenado: governar e zelar pela terra; isso por que, com a queda, tudo que
o homem produz, está manchado pelo pecado. Hoje não cuidamos da natureza, destruímos,
poluímos; Não governamos a terra, agimos egoisticamente amealhando tudo o que
pudermos. Também a afirmativa A desobediência
humana não frustrou os planos divinos, deve ser uma verdade imutável das Escrituras: tudo o
que acontece está estritamente dentro do planejado – Deus é soberano e governa!
Somente com o novo nascimento, somos introduzidos numa nova sociedade – Igreja,
e voltamos ao plano original da criação, e exercemos os atributos espiritualidade,
racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade, para a glória de Deus!
Enquanto longe de Deus, essas virtudes estarão obscurecidas, somente em Cristo,
elas são restauradas e usadas para a Sua máxima glória! Vamos pensar maduramente a fé cristã?
I – A ESPIRITUALIDADE HUMANA
||Neste tópico,
aprenderemos que o homem é, também, um ser espiritual. Vejamos, pois, a origem
de nosso espírito, seu anseio natural por Deus e como ele pode ser
revivificado.
1. A origem divina
de nosso espírito. Após formar Adão
do pó da terra, o Senhor Deus soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida (Gn 2.7).
A partir daquele momento, o homem passou a ser alma vivente||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Quando a Bíblia
ensina que Adão foi feito “do pó da terra” (Gn 2.7), está claramente afirmada a
natureza material do homem; Mas não podemos deixar de fazer referência a um
aspecto tão importante da composição da natureza humana, o imaterial, que
também aparece na narrativa da criação: Adão foi formado do pó da terra, mas
somente quando o espírito foi soprado nele é que foi tornado “alma vivente”, e o diferencial dessa
narrativa em relação a outras como Gn 1.21, 24 e 30, é a maneira pela qual Deus
fez isso: soprou nas narinas de Adão o espírito da vida. Este ato da parte de
Deus foi pessoal, direto, singular, que distinguiu a criação humana (e a vida
humana) das outras vidas animadas (Gn 2.7). Esse ato do Criador tornou o homem
participante de dois mundos: o espiritual e o físico. Este soprar do espírito é
a fonte da vida animada, e sem ela o homem propriamente pode ser chamado de
morto (Tg 2.26).
||2. O anseio
natural do espírito humano. Sendo proveniente
de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem
acentuou aos atenienses (At 17.21,22). Já o salmista confessou que a sua alma
suspirava por Deus (Sl 42.1). Infelizmente, não são poucos os que, devido a uma
vida ímpia e blasfema, sufocam o seu anseio pelo Criador||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Deus certamente não teria criado um ser como o homem para existir
somente por um dia! Não, não… o homem foi feito para a imortalidade.”
Abraham Lincoln.
- A Bíblia diz que Deus tem [...] plantado a eternidade no
coração humano. O homem tem o impulso inato de ansiar pela imortalidade.
Isso ocorre porque Deus o projetou à sua imagem, para viver eternamente. Embora
sujeitos à morte, esta experiência sempre parece anormal e injusta. A razão
pela qual sentimos que deveríamos viver para sempre é que Deus condicionou
nossa mente com esse desejo! Mesmo enfrentando a morte física, ainda não é o
fim. A Bíblia chama o nosso corpo terreno de “temporária habitação”, mas se
refere ao nosso futuro corpo como uma “casa” (2Co 5.1).
||3. A revivificação
do espírito humano. Através de sua
morte redentora, Jesus Cristo vivifica o homem que jaz morto espiritualmente
(Ef 2.1; Cl 2.13). Só Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25)||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Este ponto conciso
não elucida a questão. É importante aqui lembrar o que significa estar “morto
espiritualmente” para que se entenda a necessidade de uma “revivificação do
espírito humano”. Ser espiritualmente morto é estar separado de Deus, e essa
separação iniciou com o pecado de Adão (Gn 3.6). A morte espiritual imediata
resultou na separação de Adão de Deus, fato demonstrado em seu ato de se
esconder de Deus (Gn 3.8), assim como a sua tentativa de transferir a culpa do
pecado para a mulher (Gn 3.12). Romanos 5.12 esclarece que o pecado e a morte
entraram no mundo e se espalharam para todos os homens através do pecado de
Adão. Qualquer separação da Fonte da Vida é, naturalmente, morte para nós.
- Entretanto, não é só
o pecado herdado que causa a morte espiritual – o nosso próprio pecado
contribui. Efésios 2 ensina que, antes da salvação, estamos “mortos” em nossos
delitos e pecados (versículo 1). Isso deve se referir à morte espiritual porque
ainda estamos “vivos” fisicamente antes de salvação. Enquanto estávamos em uma
condição espiritualmente “morta”, Deus nos salvou (versículo 5, ver também
Romanos 5.8). Colossenses 2.13 reitera essa verdade: “E a vós, quando estáveis
mortos nos vossos delitos… vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos
os delitos.”. Já que estamos mortos no pecado, somos completamente incapazes de
confiar em Deus ou na Sua Palavra (Jo 6.44; 15.5; Ro 8.7-8). Em nosso estado
caído, somos incapazes de compreender até mesmo as coisas de Deus (1Co 2.14;
2Co 4.4).
- O ato de Deus pelo
qual Ele nos restaura da morte espiritual é chamado de regeneração. A
regeneração é realizada somente pelo Espírito Santo, através da morte e da
ressurreição de Jesus Cristo. Quando somos regenerados, somos vivificados
juntamente com Cristo (Ef 2.5) e renovados pelo Espírito Santo (Tt 3.5). É como
nascer uma segunda vez, assim como Jesus ensinou Nicodemos em João 3.3, 7.
Tendo sido vivificados por Deus, nunca verdadeiramente morreremos – temos a
vida eterna. Jesus disse muitas vezes que crer nEle é ter a vida eterna (Jo
3.16, 36; 17.3). Enfim, o pecado leva à morte. A única maneira de escapar dessa
morte é ir a Jesus através da fé ao sermos atraídos pelo Espírito Santo (Jo
11.11-12; 16.7-11). A fé em Cristo leva à vida espiritual e, finalmente, à vida
eterna (1Jo 5.13).
II - A
RACIONALIDADE HUMANA
||Tenhamos em mente
esta proposição: Deus é um ser racional. Logo, há perfeita harmonia entre a
genuína razão e a fé bíblica. Por isso mesmo, Ele requer, de cada um de nós, um
culto racional.
1. Deus é um ser
racional. Certa vez, o
Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a argumentar acerca do
verdadeiro caminho (Is 1.18-20). Portanto, Ele requer de seus servos uma
postura racional, porquanto dotou-nos de razão. Não temos uma natureza animal e
bruta, mas racional e inteligente (Sl 32.9)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- É importante que se
diga que o texto de Sl 32.9 “cavalo...
mula” nos fala do pecado da teimosia; isto é, Não seja teimoso! Esses
animais são usados como ilustrações claras desse pecado (Pv 26.3; Is 1.3; Tg
3.3). Não fala da racionalidade ou sugira tal.
||2. A harmonia
entre racionalidade e espiritualidade. A
verdadeira espiritualidade manifesta-se de maneira racional, pois o nosso Deus
é um ser racional. Ele não é de confusão (1Co 14.33). Para que o agrademos, o
Espírito Santo nos desenvolve a inteligência espiritual (Cl 1.9)||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Deus nos criou com
sentimentos, emoções e também com a razão. Quando falamos em razão,
referimo-nos ao conjunto de faculdades intelectuais; compreensão,
discernimento, juízo (julgar a questão), lucidez entre outras. Esta é a
característica principal do homem e que o distingue dos demais seres e com a
qual o homem compreende o mundo que o circula. Essa faculdade é diferente do
sentimento, da experiência e da vontade. Não se opõe a elas, mas lhes é complementária.
- Não fica claro o que
o comentarista quer transmitir com as afirmativas “Ele não é de confusão” e “inteligência espiritual”, ainda que
aplique os textos de 1Co 14.33 e Cl 1.9. Em 1 Co 14.33 o sentido é de
que Deus é de paz e harmonia, ordem e clareza, não de briga e confusão (Rm
15.33; 2Ts 3.16; Hb 13.20); Já em Cl 1.9, Paulo se refere à sabedoria e entendimento espiritual, ou
seja, a capacidade de acumular e organizar princípios das Escrituras e a
aplicação desses princípios ao viver diário.
||3. O culto
racional agrada a Deus. Posto que Deus é
um ser racional, devemos cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa,
antes de tudo, que a nossa adoração a Deus tem de ser perfeitamente entendida,
explicada e praticada (Êx 12.26; 1Pe 3.15). Doutra forma, não terá valor algum
(Jo 4.22). Aliás, o culto cristão é o mais racional de todos, apesar de
parecer, para os incrédulos, escândalo e loucura (1Co 1.18,24)||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O culto racional é a
adoração sincera a Deus, oferecida de boa vontade. Quando obedecemos a Deus de
coração, oferecemos culto racional a Ele. Não devemos obedecer só porque sim,
sem entendimento nem vontade.
- Ao indicar que a
Igreja deve ofertar um culto racional, lógico, Paulo ensina que devemos
compreender de fato quem éramos, o que Cristo fez por nós, quem somos hoje; São
perguntas que devemos nos fazer: Por que estou aqui? Quem me trouxe aqui? O que
vim fazer aqui? O que estão me ensinando é verdade? São questionamentos que
todos os crentes deveriam se fazer até que encontrassem respostas racionais
para todos eles. Ao cultuar, o crente deve ter consciência de quem ele está
adorando, por que ele está adorando, como Ele quer ser adorado. Portanto, a
consciência do culto de adoração a Deus, que produz reverência, precisa estar
bem estabelecida em cada um de nós para que este alcance o objetivo maior que é
a adoração.
III - A
SOCIABILIDADE HUMANA
||Deus nos criou
sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, Deus instituiu a
família e, só depois, o Estado.
1. A solidão é
nociva ao ser humano. No período da
criação, a única coisa que Deus afirmou não ser boa foi a solidão (Gn 2.18).
Por esse motivo, Deus fez a mulher para que o homem tivesse uma companhia
idônea e sábia (Gn 2.21-25). Somente os que se insurgem contra a verdadeira
sabedoria buscam viver isolada e solitariamente (Pv 18.1)||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- É importante que se
frise que aqui não cabe referência ao eunuco, aquele que recebeu o dom do
celibato, mas sim ao solitário, o homem que busca a satisfação egoísta e não
aceita conselhos de ninguém, pelo menos, essa é a intenção do texto de Pv 18.1.
A solidão contida em Gn 2.18 refere-se à falta de alguém que correspondesse ao
homem, que lhe fosse semelhante e com quem ele pudesse compartilhar; Assim,
Deus pronuncia pela primeira vez na criação, que algo não era bom, ou seja, a
solidão do homem. As palavras do texto de Gn 2.18 enfatizam a necessidade de
companhia para o homem, uma auxiliadora, alguém à sua altura. Sem alguém para complementá-lo,
ele estava incompleto para poder cumprir a tarefa de multiplicar-se, encher a
terra e exercer domínio sobre a mesma. A mulher foi feita para suprir a
deficiência do homem (1Tm 2.14).
||2. A família é a
origem da sociedade humana. A família é mais
importante que a sociedade e mais imprescindível que o Estado, pois ambos
dependem do lar doméstico. Salomão, um dos maiores estadistas de todos os
tempos, escreveu dois salmos (127 e 128), exaltando o papel fundamental da
família na sociedade e no Estado||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Bock, Furtado e Teixeira (2002) salientam que a família é uma instituição
importante para a sociedade, porque ela é responsável pela sobrevivência física
e psíquica das crianças. Os autores ressaltam que a família é tão necessária
que na sua falta a criança ou adolescente precisam de uma “família substituta”
ou devem ser amparada em uma instituição que desempenhe os papeis materno e
paterno, ou seja, que cumpra a função de zelar e de transmitir os valores e as
normas culturais. A família é o primeiro ambiente de convivência da criança, é
o lugar onde ela viverá as suas primeiras experiências, experiências essas que
ela carregará pelo resto de sua vida e que influenciarão diretamente no seu
desenvolvimento emocional” (webartigos)
||3. A Igreja de
Cristo, a sociedade perfeita. No Novo
Testamento, a Igreja de Cristo é apresentada como a sociedade perfeita, porque
nela todos formamos um único corpo (1Co 12.13). Essa união, impensável em
termos sociológicos, é denominada o mistério de Deus pelo apóstolo Paulo (Ef
3.1-12)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- A igreja, o corpo espiritual
de Cristo, é formada quando os cristãos são cheios do Espírito Santo por
Cristo. Cristo é quem batiza e coloca dentro de cada cristão o Espírito em
unidade com todos os outros cristãos. O objetivo de Paulo é ressaltar a unidade
dos cristãos. Na salvação, todos os cristãos não somente se tornam membros plenos
do corpo de Cristo, a igreja, como também o Espírito Santo passa a habitar em
cada um deles (Rm 8.9; Cl 2.10; 2Pe 1.3-4).
- Havia muitas verdades
escondidas e reveladas posteriormente no Novo Testamento que são chamadas de
mistérios. Aqui está uma: judeus e gentios reunidos num corpo no Messias. Paulo
não somente escreveu a respeito do mistério que, em Cristo, judeu e gentio se
tornam um na visão de Deus, no seu reino e na sua família, como também explicou
e esclareceu essa verdade. Esse mistério agora revelado, esclarece Paulo, não
foi dado à outras gerações do passado, ela estava oculta. Embora Deus tenha
prometido a bênção universal por intermédio de Abraão (Gn 12.3), o pleno
significado dessa promessa tornou-se claro quando Paulo escreveu Gálatas 3.28: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem
escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois "um em
Cristo Jesus”. A passagem de Is 49.6 previu a salvação para todas as raças,
porém foi Paulo quem escreveu a respeito dessa promessa (At 13.46-47). Paulo
revelou a verdade que nem mesmo os maiores profetas compreenderam que na
igreja, composta de todos os salvos desde o Pentecostes em um corpo unido, não
haveria distinções raciais, sociais ou espirituais.
IV - A LIBERDADE
HUMANA
||Deus concedeu-nos
o livre-arbítrio, para que escolhêssemos entre o bem e o mal. Se, por um lado,
temos a liberdade de agir, por outro, não podemos esquecer-nos da soberania
divina.
- Sobre esse assunto, a maioria dos cristãos hoje, crêem que o homem goza
dessa capacidade de escolha. Outro seguimento não menos expressivo, garante que
não, o homem perdeu essa capacidade de escolha, tanto é que, não tem capacidade
de escolher não pecar. Apontam para uma livre agência em oposição ao
livre-arbítrio. Também a Neurociência tem desenvolvido novas pesquisas que sugerem
que o que cremos ser escolhas conscientes são na verdade, decisões automáticas
tomadas pelo cérebro, assim, o homem não seria mais do que “um computador de
carne” (Para
ler essa matéria, clique aqui)
1. O
livre-arbítrio. O livre-arbítrio
pode ser definido como a capacidade humana de tomar livremente uma decisão. Tal
atributo é observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15;
Hb 4.7)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem
de escolher suas ações, que caminho quer seguir. A expressão é utilizada por
diversas religiões, como o cristianismo, o espiritismo, o budismo etc.” (significados). Deus
deu algo precioso ao homem, quando o criou. O homem recebeu livre arbítrio,
para que pudesse fazer suas escolhas voluntariamente. O livre-arbítrio é nosso
poder de escolha. Por causa do livre-arbítrio, cada pessoa é responsável por
suas ações.
||2. O ato de
decidir. Segundo a Bíblia,
o ato de decidir entre o bem e o mal, entre Deus e os ídolos e entre aceitar
Jesus e recusá-lo, é um direito que o Todo-Poderoso nos concedeu (Gn 2.9; 1Rs
18.21; Mc 16.15,16)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O livre-arbítrio
implica responsabilidade, desde que, nossas ações têm consequências e somos
responsabilizados por cada decisão tomada. Livre-arbítrio não significa que
podemos fazer coisas erradas sem pagar o preço. Nossa liberdade é limitada
pelas regras de Deus (Rm 2.6-8).
||3. A soberania
divina. Já que Deus
concedeu-nos o direito de escolha, ajamos com responsabilidade e discernimento,
porque todos seremos responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12).
Portanto, o livre-arbítrio humano e a soberania divina não são excludentes; são
perfeitamente harmônicos||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre
2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Deus é soberano, nada
acontece sem o seu conhecimento e permissão! Então, Deus conhece cada decisão
que iremos tomar, e isso não implica em ausência de livre-arbítrio, mas em
onisciência divina - Deus sabe todas as coisas. Ele dá poder de escolha mas
também consegue ver a decisão que cada homem, em todos os lugares, tomarão. Deus
conhece mas somos nós quem tomamos. Deus trabalha com as decisões que tomamos
para cumprir Seus planos (Rm 8.28).
V - A
CRIATIVIDADE HUMANA E O TRABALHO
||O trabalho não é
consequência do pecado, mas uma bênção na vida do homem. Neste tópico, veremos
que, através do trabalho, o ser humano transforma e preserva a terra.
1. A dignidade do
trabalho. Deus criou o
homem para trabalhar a terra, ará-la e transformá-la, a fim de torná-la
habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido
ao pecado de Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes. A queda apenas
tornou as atividades laborais mais árduas e estressantes (Gn 3.17-19)||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O trabalho era parte
importante e dignificante no que respeita à representação da imagem de Deus e
serviço a Deus, mesmo antes da queda. Apocalipse 22.3 diz que no novo céu e na
nova terra “Nunca mais haverá qualquer
maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão”
- A maldição sobre a humanidade e a terra em conseqüência da desobediência de
Adão e Eva (Gn 3.16-19) acabará totalmente. Deus nunca mais precisará julgar o
pecado, pois este não existirá no novo céu e na nova terra. Quando Deus criou o
homem, Ele estabeleceu que a atividade laboral fizesse parte de sua vida (Gn
2.5). No plano divino, o homem foi feito para trabalhar: "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no
jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.8,15)
||2. A criatividade
humana. Os descendentes
de Adão, trabalhando metodicamente, desenvolveram em pouco tempo as mais
variadas técnicas (Gn 4.2,3,20-22). Rapidamente, evoluíram. Na terceira
geração, já dominavam a agricultura, a pecuária, a metalurgia e a arte musical.
A partir da torre de Babel, o homem já dava mostras de ter condições de dominar
todo o planeta, em virtude de sua criatividade (Gn 11.6). Todavia, jamais
poderemos ultrapassar os limites que o Senhor nos estabeleceu||.[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Gênesis capítulo 4
discorre sobre o rápido desenvolvimento humano: nos informa quem foi o inventou
da tenda e da vida nômade de pastores, tão comum no Oriente Médio e em outros
lugares, Jabal. O inventor de instrumentos de corda e sopro, Jubal. O inventor da
metalurgia, Tubalcaim.
CONCLUSÃO
||Em seu discurso em
Atenas, Paulo reconhece todos os atributos que o Criador concedeu ao ser
humano. Apesar da queda, a humanidade vem evoluindo continuamente. Mas, em
termos espirituais, o homem regride rumo ao abismo. Somente o Evangelho de
Cristo é capaz de restaurar-nos plenamente. Por isso, o Senhor Jesus é o nosso
Salvador pessoal. Sem Ele, a vida humana perde todo o sentido e o encanto|| [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O homem sem Deus
tende a se afastar cada vez mais do seu Criador. Apesar de todo avanço do
conhecimento e principalmente por causa dele, os homens situam tudo o que
existe como obra do acaso.b
- Atenas era o centro
religioso da Grécia, lá todos os deuses conhecidos pelos homens podiam ser
cultuados. Paulo considerava Atenas como uma cidade da humanidade perdida,
todos condenados à perdição eterna por causa da evidente idolatria pagã.
Revoltado com essa situação humana, apesar do grande desenvolvimento
intelectual, espiritualmente mortos. Ele estrategicamente, faz uma ponte entre
a extrema superstição grega (altar ao deus desconhecido – e a anunciação do
Evangelho – que missionário espetacular! Sem afrontar a fé falseada deles, lhes
anunciou o Deus que criou os céus e a terra e enviou Seu único Filho para
restaurar-nos a Ele.
Pb Francisco Barbosa