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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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21 de janeiro de 2020

(ADULTOS) Lição 4: OS ATRIBUTOS DO SER HUMANO


ANO 11 | Nr 1.364 | 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 1º Trimestre de 2020
Título: A Raça Humana: Origem, Doutrina e Redenção. Comentário: Claudionor de Andrade
PLANO DE AULA PREPARADO POR:


LIÇÃO 4
26 DE JANEIRO DE 2020
OS ATRIBUTOS DO SER HUMANO


TEXTO AUREO
“Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti” (Sl 32.9).

VERDADE PRÁTICA
Criado à imagem de Deus, o homem é um ser espiritual, racional, livre e criativo; sua missão primordial é glorificar o Criador e Mantenedor de todas as coisas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.1-10

INTRODUÇÃO
||Na aula de hoje, estudaremos os principais atributos do ser humano: espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade. Veremos que o homem, apesar da queda, continua a executar a missão que Deus lhe entregou no Éden. A desobediência humana não frustrou os planos divinos. Se Deus assim nos dotou, usemos cada um de nossos atributos para glorificá-lo. No aperfeiçoamento destes, leiamos a Bíblia, oremos, vigiemos noite e dia, evangelizemos e exerçamos o amor cristão. Em suma, portemo-nos de tal forma, para que o Pai Celeste seja exaltado, eternamente, através de nossas qualidades espirituais, psicológicas e físicas. Que o Espírito Santo nos abra o entendimento e leve-nos a conhecer as demandas e as reivindicações da Palavra de Deus||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Esta lição, extensa, discorre sobre alguns atributos do homem. No entanto, ao contrário do que afirma o comentarista (o homem, apesar da queda, continua a executar a missão que Deus lhe entregou no Éden), o homem deixou de realizar aquilo para o qual ele foi ordenado: governar e zelar pela terra; isso por que, com a queda, tudo que o homem produz, está manchado pelo pecado. Hoje não cuidamos da natureza, destruímos, poluímos; Não governamos a terra, agimos egoisticamente amealhando tudo o que pudermos. Também a afirmativa A desobediência humana não frustrou os planos divinos, deve ser uma verdade imutável das Escrituras: tudo o que acontece está estritamente dentro do planejado – Deus é soberano e governa! Somente com o novo nascimento, somos introduzidos numa nova sociedade – Igreja, e voltamos ao plano original da criação, e exercemos os atributos espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade, para a glória de Deus! Enquanto longe de Deus, essas virtudes estarão obscurecidas, somente em Cristo, elas são restauradas e usadas para a Sua máxima glória! Vamos pensar maduramente a fé cristã?

I – A ESPIRITUALIDADE HUMANA
||Neste tópico, aprenderemos que o homem é, também, um ser espiritual. Vejamos, pois, a origem de nosso espírito, seu anseio natural por Deus e como ele pode ser revivificado.

1. A origem divina de nosso espírito. Após formar Adão do pó da terra, o Senhor Deus soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida (Gn 2.7). A partir daquele momento, o homem passou a ser alma vivente||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Quando a Bíblia ensina que Adão foi feito “do pó da terra” (Gn 2.7), está claramente afirmada a natureza material do homem; Mas não podemos deixar de fazer referência a um aspecto tão importante da composição da natureza humana, o imaterial, que também aparece na narrativa da criação: Adão foi formado do pó da terra, mas somente quando o espírito foi soprado nele é que foi tornado “alma vivente”, e o diferencial dessa narrativa em relação a outras como Gn 1.21, 24 e 30, é a maneira pela qual Deus fez isso: soprou nas narinas de Adão o espírito da vida. Este ato da parte de Deus foi pessoal, direto, singular, que distinguiu a criação humana (e a vida humana) das outras vidas animadas (Gn 2.7). Esse ato do Criador tornou o homem participante de dois mundos: o espiritual e o físico. Este soprar do espírito é a fonte da vida animada, e sem ela o homem propriamente pode ser chamado de morto (Tg 2.26).
||2. O anseio natural do espírito humano. Sendo proveniente de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At 17.21,22). Já o salmista confessou que a sua alma suspirava por Deus (Sl 42.1). Infelizmente, não são poucos os que, devido a uma vida ímpia e blasfema, sufocam o seu anseio pelo Criador||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Deus certamente não teria criado um ser como o homem para existir somente por um dia! Não, não… o homem foi feito para a imortalidade.” Abraham Lincoln.
- A Bíblia diz que Deus tem [...] plantado a eternidade no coração humano. O homem tem o impulso inato de ansiar pela imortalidade. Isso ocorre porque Deus o projetou à sua imagem, para viver eternamente. Embora sujeitos à morte, esta experiência sempre parece anormal e injusta. A razão pela qual sentimos que deveríamos viver para sempre é que Deus condicionou nossa mente com esse desejo! Mesmo enfrentando a morte física, ainda não é o fim. A Bíblia chama o nosso corpo terreno de “temporária habitação”, mas se refere ao nosso futuro corpo como uma “casa” (2Co 5.1).

||3. A revivificação do espírito humano. Através de sua morte redentora, Jesus Cristo vivifica o homem que jaz morto espiritualmente (Ef 2.1; Cl 2.13). Só Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Este ponto conciso não elucida a questão. É importante aqui lembrar o que significa estar “morto espiritualmente” para que se entenda a necessidade de uma “revivificação do espírito humano”. Ser espiritualmente morto é estar separado de Deus, e essa separação iniciou com o pecado de Adão (Gn 3.6). A morte espiritual imediata resultou na separação de Adão de Deus, fato demonstrado em seu ato de se esconder de Deus (Gn 3.8), assim como a sua tentativa de transferir a culpa do pecado para a mulher (Gn 3.12). Romanos 5.12 esclarece que o pecado e a morte entraram no mundo e se espalharam para todos os homens através do pecado de Adão. Qualquer separação da Fonte da Vida é, naturalmente, morte para nós.
- Entretanto, não é só o pecado herdado que causa a morte espiritual – o nosso próprio pecado contribui. Efésios 2 ensina que, antes da salvação, estamos “mortos” em nossos delitos e pecados (versículo 1). Isso deve se referir à morte espiritual porque ainda estamos “vivos” fisicamente antes de salvação. Enquanto estávamos em uma condição espiritualmente “morta”, Deus nos salvou (versículo 5, ver também Romanos 5.8). Colossenses 2.13 reitera essa verdade: “E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos… vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos.”. Já que estamos mortos no pecado, somos completamente incapazes de confiar em Deus ou na Sua Palavra (Jo 6.44; 15.5; Ro 8.7-8). Em nosso estado caído, somos incapazes de compreender até mesmo as coisas de Deus (1Co 2.14; 2Co 4.4).
- O ato de Deus pelo qual Ele nos restaura da morte espiritual é chamado de regeneração. A regeneração é realizada somente pelo Espírito Santo, através da morte e da ressurreição de Jesus Cristo. Quando somos regenerados, somos vivificados juntamente com Cristo (Ef 2.5) e renovados pelo Espírito Santo (Tt 3.5). É como nascer uma segunda vez, assim como Jesus ensinou Nicodemos em João 3.3, 7. Tendo sido vivificados por Deus, nunca verdadeiramente morreremos – temos a vida eterna. Jesus disse muitas vezes que crer nEle é ter a vida eterna (Jo 3.16, 36; 17.3). Enfim, o pecado leva à morte. A única maneira de escapar dessa morte é ir a Jesus através da fé ao sermos atraídos pelo Espírito Santo (Jo 11.11-12; 16.7-11). A fé em Cristo leva à vida espiritual e, finalmente, à vida eterna (1Jo 5.13).


II - A RACIONALIDADE HUMANA
||Tenhamos em mente esta proposição: Deus é um ser racional. Logo, há perfeita harmonia entre a genuína razão e a fé bíblica. Por isso mesmo, Ele requer, de cada um de nós, um culto racional.

1. Deus é um ser racional. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a argumentar acerca do verdadeiro caminho (Is 1.18-20). Portanto, Ele requer de seus servos uma postura racional, porquanto dotou-nos de razão. Não temos uma natureza animal e bruta, mas racional e inteligente (Sl 32.9)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- É importante que se diga que o texto de Sl 32.9 “cavalo... mula” nos fala do pecado da teimosia; isto é, Não seja teimoso! Esses animais são usados como ilustrações claras desse pecado (Pv 26.3; Is 1.3; Tg 3.3). Não fala da racionalidade ou sugira tal.


||2. A harmonia entre racionalidade e espiritualidade. A verdadeira espiritualidade manifesta-se de maneira racional, pois o nosso Deus é um ser racional. Ele não é de confusão (1Co 14.33). Para que o agrademos, o Espírito Santo nos desenvolve a inteligência espiritual (Cl 1.9)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Deus nos criou com sentimentos, emoções e também com a razão. Quando falamos em razão, referimo-nos ao conjunto de faculdades intelectuais; compreensão, discernimento, juízo (julgar a questão), lucidez entre outras. Esta é a característica principal do homem e que o distingue dos demais seres e com a qual o homem compreende o mundo que o circula. Essa faculdade é diferente do sentimento, da experiência e da vontade. Não se opõe a elas, mas lhes é complementária.
- Não fica claro o que o comentarista quer transmitir com as afirmativas “Ele não é de confusão” e “inteligência espiritual”, ainda que aplique os textos de 1Co 14.33 e Cl 1.9. Em 1 Co 14.33 o sentido é de que Deus é de paz e harmonia, ordem e clareza, não de briga e confusão (Rm 15.33; 2Ts 3.16; Hb 13.20); Já em Cl 1.9, Paulo se refere à sabedoria e entendimento espiritual, ou seja, a capacidade de acumular e organizar princípios das Escrituras e a aplicação desses princípios ao viver diário.
||3. O culto racional agrada a Deus. Posto que Deus é um ser racional, devemos cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa, antes de tudo, que a nossa adoração a Deus tem de ser perfeitamente entendida, explicada e praticada (Êx 12.26; 1Pe 3.15). Doutra forma, não terá valor algum (Jo 4.22). Aliás, o culto cristão é o mais racional de todos, apesar de parecer, para os incrédulos, escândalo e loucura (1Co 1.18,24)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O culto racional é a adoração sincera a Deus, oferecida de boa vontade. Quando obedecemos a Deus de coração, oferecemos culto racional a Ele. Não devemos obedecer só porque sim, sem entendimento nem vontade.
- Ao indicar que a Igreja deve ofertar um culto racional, lógico, Paulo ensina que devemos compreender de fato quem éramos, o que Cristo fez por nós, quem somos hoje; São perguntas que devemos nos fazer: Por que estou aqui? Quem me trouxe aqui? O que vim fazer aqui? O que estão me ensinando é verdade? São questionamentos que todos os crentes deveriam se fazer até que encontrassem respostas racionais para todos eles. Ao cultuar, o crente deve ter consciência de quem ele está adorando, por que ele está adorando, como Ele quer ser adorado. Portanto, a consciência do culto de adoração a Deus, que produz reverência, precisa estar bem estabelecida em cada um de nós para que este alcance o objetivo maior que é a adoração.

III - A SOCIABILIDADE HUMANA
||Deus nos criou sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, Deus instituiu a família e, só depois, o Estado.

1. A solidão é nociva ao ser humano. No período da criação, a única coisa que Deus afirmou não ser boa foi a solidão (Gn 2.18). Por esse motivo, Deus fez a mulher para que o homem tivesse uma companhia idônea e sábia (Gn 2.21-25). Somente os que se insurgem contra a verdadeira sabedoria buscam viver isolada e solitariamente (Pv 18.1)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- É importante que se frise que aqui não cabe referência ao eunuco, aquele que recebeu o dom do celibato, mas sim ao solitário, o homem que busca a satisfação egoísta e não aceita conselhos de ninguém, pelo menos, essa é a intenção do texto de Pv 18.1. A solidão contida em Gn 2.18 refere-se à falta de alguém que correspondesse ao homem, que lhe fosse semelhante e com quem ele pudesse compartilhar; Assim, Deus pronuncia pela primeira vez na criação, que algo não era bom, ou seja, a solidão do homem. As palavras do texto de Gn 2.18 enfatizam a necessidade de companhia para o homem, uma auxiliadora, alguém à sua altura. Sem alguém para complementá-lo, ele estava incompleto para poder cumprir a tarefa de multiplicar-se, encher a terra e exercer domínio sobre a mesma. A mulher foi feita para suprir a deficiência do homem (1Tm 2.14).

||2. A família é a origem da sociedade humana. A família é mais importante que a sociedade e mais imprescindível que o Estado, pois ambos dependem do lar doméstico. Salomão, um dos maiores estadistas de todos os tempos, escreveu dois salmos (127 e 128), exaltando o papel fundamental da família na sociedade e no Estado||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Bock, Furtado e Teixeira (2002) salientam que a família é uma instituição importante para a sociedade, porque ela é responsável pela sobrevivência física e psíquica das crianças. Os autores ressaltam que a família é tão necessária que na sua falta a criança ou adolescente precisam de uma “família substituta” ou devem ser amparada em uma instituição que desempenhe os papeis materno e paterno, ou seja, que cumpra a função de zelar e de transmitir os valores e as normas culturais. A família é o primeiro ambiente de convivência da criança, é o lugar onde ela viverá as suas primeiras experiências, experiências essas que ela carregará pelo resto de sua vida e que influenciarão diretamente no seu desenvolvimento emocional” (webartigos)

||3. A Igreja de Cristo, a sociedade perfeita. No Novo Testamento, a Igreja de Cristo é apresentada como a sociedade perfeita, porque nela todos formamos um único corpo (1Co 12.13). Essa união, impensável em termos sociológicos, é denominada o mistério de Deus pelo apóstolo Paulo (Ef 3.1-12)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- A igreja, o corpo espiritual de Cristo, é formada quando os cristãos são cheios do Espírito Santo por Cristo. Cristo é quem batiza e coloca dentro de cada cristão o Espírito em unidade com todos os outros cristãos. O objetivo de Paulo é ressaltar a unidade dos cristãos. Na salvação, todos os cristãos não somente se tornam membros plenos do corpo de Cristo, a igreja, como também o Espírito Santo passa a habitar em cada um deles (Rm 8.9; Cl 2.10; 2Pe 1.3-4).
- Havia muitas verdades escondidas e reveladas posteriormente no Novo Testamento que são chamadas de mistérios. Aqui está uma: judeus e gentios reunidos num corpo no Messias. Paulo não somente escreveu a respeito do mistério que, em Cristo, judeu e gentio se tornam um na visão de Deus, no seu reino e na sua família, como também explicou e esclareceu essa verdade. Esse mistério agora revelado, esclarece Paulo, não foi dado à outras gerações do passado, ela estava oculta. Embora Deus tenha prometido a bênção universal por intermédio de Abraão (Gn 12.3), o pleno significado dessa promessa tornou-se claro quando Paulo escreveu Gálatas 3.28: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois "um em Cristo Jesus”. A passagem de Is 49.6 previu a salvação para todas as raças, porém foi Paulo quem escreveu a respeito dessa promessa (At 13.46-47). Paulo revelou a verdade que nem mesmo os maiores profetas compreenderam que na igreja, composta de todos os salvos desde o Pentecostes em um corpo unido, não haveria distinções raciais, sociais ou espirituais.

IV - A LIBERDADE HUMANA
||Deus concedeu-nos o livre-arbítrio, para que escolhêssemos entre o bem e o mal. Se, por um lado, temos a liberdade de agir, por outro, não podemos esquecer-nos da soberania divina.
- Sobre esse assunto, a maioria dos cristãos hoje, crêem que o homem goza dessa capacidade de escolha. Outro seguimento não menos expressivo, garante que não, o homem perdeu essa capacidade de escolha, tanto é que, não tem capacidade de escolher não pecar. Apontam para uma livre agência em oposição ao livre-arbítrio. Também a Neurociência tem desenvolvido novas pesquisas que sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são na verdade, decisões automáticas tomadas pelo cérebro, assim, o homem não seria mais do que “um computador de carne” (Para ler essa matéria, clique aqui)

1. O livre-arbítrio. O livre-arbítrio pode ser definido como a capacidade humana de tomar livremente uma decisão. Tal atributo é observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15; Hb 4.7)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- “Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer seguir. A expressão é utilizada por diversas religiões, como o cristianismo, o espiritismo, o budismo etc.” (significados). Deus deu algo precioso ao homem, quando o criou. O homem recebeu livre arbítrio, para que pudesse fazer suas escolhas voluntariamente. O livre-arbítrio é nosso poder de escolha. Por causa do livre-arbítrio, cada pessoa é responsável por suas ações.

||2. O ato de decidir. Segundo a Bíblia, o ato de decidir entre o bem e o mal, entre Deus e os ídolos e entre aceitar Jesus e recusá-lo, é um direito que o Todo-Poderoso nos concedeu (Gn 2.9; 1Rs 18.21; Mc 16.15,16)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O livre-arbítrio implica responsabilidade, desde que, nossas ações têm consequências e somos responsabilizados por cada decisão tomada. Livre-arbítrio não significa que podemos fazer coisas erradas sem pagar o preço. Nossa liberdade é limitada pelas regras de Deus (Rm 2.6-8).
||3. A soberania divina. Já que Deus concedeu-nos o direito de escolha, ajamos com responsabilidade e discernimento, porque todos seremos responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). Portanto, o livre-arbítrio humano e a soberania divina não são excludentes; são perfeitamente harmônicos||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Deus é soberano, nada acontece sem o seu conhecimento e permissão! Então, Deus conhece cada decisão que iremos tomar, e isso não implica em ausência de livre-arbítrio, mas em onisciência divina - Deus sabe todas as coisas. Ele dá poder de escolha mas também consegue ver a decisão que cada homem, em todos os lugares, tomarão. Deus conhece mas somos nós quem tomamos. Deus trabalha com as decisões que tomamos para cumprir Seus planos (Rm 8.28).

V - A CRIATIVIDADE HUMANA E O TRABALHO
||O trabalho não é consequência do pecado, mas uma bênção na vida do homem. Neste tópico, veremos que, através do trabalho, o ser humano transforma e preserva a terra.

1. A dignidade do trabalho. Deus criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e transformá-la, a fim de torná-la habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido ao pecado de Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes. A queda apenas tornou as atividades laborais mais árduas e estressantes (Gn 3.17-19)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O trabalho era parte importante e dignificante no que respeita à representação da imagem de Deus e serviço a Deus, mesmo antes da queda. Apocalipse 22.3 diz que no novo céu e na nova terra “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão” - A maldição sobre a humanidade e a terra em conseqüência da desobediência de Adão e Eva (Gn 3.16-19) acabará totalmente. Deus nunca mais precisará julgar o pecado, pois este não existirá no novo céu e na nova terra. Quando Deus criou o homem, Ele estabeleceu que a atividade laboral fizesse parte de sua vida (Gn 2.5). No plano divino, o homem foi feito para trabalhar: "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.8,15)

||2. A criatividade humana. Os descendentes de Adão, trabalhando metodicamente, desenvolveram em pouco tempo as mais variadas técnicas (Gn 4.2,3,20-22). Rapidamente, evoluíram. Na terceira geração, já dominavam a agricultura, a pecuária, a metalurgia e a arte musical. A partir da torre de Babel, o homem já dava mostras de ter condições de dominar todo o planeta, em virtude de sua criatividade (Gn 11.6). Todavia, jamais poderemos ultrapassar os limites que o Senhor nos estabeleceu||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- Gênesis capítulo 4 discorre sobre o rápido desenvolvimento humano: nos informa quem foi o inventou da tenda e da vida nômade de pastores, tão comum no Oriente Médio e em outros lugares, Jabal. O inventor de instrumentos de corda e sopro, Jubal. O inventor da metalurgia, Tubalcaim.

CONCLUSÃO
||Em seu discurso em Atenas, Paulo reconhece todos os atributos que o Criador concedeu ao ser humano. Apesar da queda, a humanidade vem evoluindo continuamente. Mas, em termos espirituais, o homem regride rumo ao abismo. Somente o Evangelho de Cristo é capaz de restaurar-nos plenamente. Por isso, o Senhor Jesus é o nosso Salvador pessoal. Sem Ele, a vida humana perde todo o sentido e o encanto|| [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 4, 26 Janeiro, 2020]
- O homem sem Deus tende a se afastar cada vez mais do seu Criador. Apesar de todo avanço do conhecimento e principalmente por causa dele, os homens situam tudo o que existe como obra do acaso.b
- Atenas era o centro religioso da Grécia, lá todos os deuses conhecidos pelos homens podiam ser cultuados. Paulo considerava Atenas como uma cidade da humanidade perdida, todos condenados à perdição eterna por causa da evidente idolatria pagã. Revoltado com essa situação humana, apesar do grande desenvolvimento intelectual, espiritualmente mortos. Ele estrategicamente, faz uma ponte entre a extrema superstição grega (altar ao deus desconhecido – e a anunciação do Evangelho – que missionário espetacular! Sem afrontar a fé falseada deles, lhes anunciou o Deus que criou os céus e a terra e enviou Seu único Filho para restaurar-nos a Ele.
Pb Francisco Barbosa