REVISTA ADULTOS 2° TRIMESTRE 2019
Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral
- L I Ç Ã O 13 -
30 de JUNHO de 2019
O
SACERDÓCIO CELESTIAL
TEXTO ÁUREO
“Porque
nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula,
separado dos pecadores e exaltado acima dos céus” (Hb 7.26).
- O
caráter divino e santo de Cristo é mais uma prova da superioridade de seu
sacerdócio. Em sua relação com Deus, Cristo é "santo" (devoção sem qualquer
contaminação (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.24; Lc 4.24; At 2.27; 13.35). Em sua relação
com o ser humano, ele é “inculpável" (sem maldade ou malícia) (Jo 8.46).
Em relação consigo mesmo, ele é "sem mácula" (livre de contaminação) (1Pe
1.19) e "separado dos pecadores" (não tinha uma natureza pecaminosa
que pudesse ser a fonte de algum ato de pecador).
VERDADE PRÁTICA
Jesus
Cristo é o Sumo Sacerdote perfeito, porque, sendo Ele a Oferta e o Ofertante,
garantiu-nos, no Calvário, uma salvação eficaz e eterna.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 9.11-15;
Apocalipse 21.1-4.
Hebreus 9
11 Mas,
vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 nem
por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 Porque,
se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os
imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 quanto
mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para
servirdes ao Deus vivo?
15 E, por
isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para
remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os
chamados recebam a promessa da herança eterna.
Apocalipse 21
1 E vi
um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra
passaram, e o mar já não existe.
2 E eu,
João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada
como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 E ouvi
uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles
e será o seu Deus.
4 E Deus
limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
INTRODUÇÃO
“O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a
dieta e os dias sagrados são “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). O autor
aos Hebreus reafirma que a lei era “a sombra dos bens futuros e não a imagem
exata das coisas” (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição,
podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do “Tabernáculo Celestial”.
E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo
Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 13, 30 junho, 2019]
- As “sombras das coisas” são os aspectos cerimoniais da lei do Antigo Testamento
(regras quanto à alimentação, festas, sacrifícios) que apontavam para Cristo.
Desde Cristo, a realidade veio, e as sombras não têm valor (Hb 8.5; 10.1). O
termo grego traduzido por "sombra"
refere-se a uma reflexão pálida, em contraste com um reflexo nítido e distinto.
Um exemplo disso temos em Hebreus 8.5 (os
quais ministram em figura e sombra
das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava
para construir o tabernáculo; pois diz ele: "Vê que faças todas as coisas
de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte.). A citação provém de
Êx 25.40; figura e sombra não significa que houvesse no céu edifícios reais cujas
réplicas estavam no tabernáculo, mas, em vez disso, que as realidades
celestiais foram devidamente simbolizadas e representadas no modelo terreno de tabernáculo.
Assim, temos que a tipologia é um
tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa).
Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os
tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo
nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma
pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé
(Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em 1º Pedro 3.20-21. A palavra
para tipo que Pedro usa é figura. Tendo visto ao longo do trimestre os diversos
itens do tabernáculo e sua representatividade, finalizamos vendo uma breve
descrição do sacerdócio de Jesus no santuário celestial, o qual é melhor do que
o de Arão porque Jesus serve num santuário superior. – Dito isto, convido-o a pensar
maduramente a fé cristã!
I. O SACERDÓCIO
CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
“1. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento. O ministério do
Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe
sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra
“sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se
constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único
mediador entre nós e o Pai Celeste.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 13, 30 junho, 2019]
- Em Hb 7.11 o
escritor fala da “necessidade haveria
ainda de que se levantasse outro
sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado
segundo a ordem de Arão”; esse "outro sacerdote", que seria
levantado, é nosso Senhor Jesus Cristo, de quem foi dito: "Jurou o
Senhor e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de
Melquisedeque" (SI 110.4). Era uma mensagem profética e messiânica,
que apontava para Cristo, através de Davi. Essa "ordem de Melquisedeque"
não era reconhecida pelos judeus, que só aceitavam e reconheciam a "ordem
de Arão" ou "levítica". Em Hebreus, o autor se refere à mensagem
profética de Davi sobre Cristo, dizendo: "Assim, também Cristo não se
glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que
lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei. Como também diz noutro lugar: Tu és
sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb 5.5,6).
O sacerdócio de Melquisedeque não
estava limitado à raça humana ou à tribo, sendo, portanto, universal. Sua
realeza não foi herdada de seus pais. E essa realeza também não foi transmitida
a um descendente; e assim ela era eterna. Portanto, Melquisedeque é uma
tipologia de Cristo e de seu sacerdócio eterno e universal'"
[Dicionário Bíblico Wycliffe.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1247].
O Rev. Ronaldo Éber de Oliveira Brito, (pastor da Igreja Presbiteriana do
Jardim Elba (http://www.jardimelba.cjb.net) - São Paulo-SP)
escreve no artigo “Jesus e Melquisedeque”: “A clara alusão do Salmo 110:4 na
descrição de Cristo como nosso Sumo-Sacerdote celestial em Hebreus 6:20 põe a
base para o midraxe que temos em 7:1-10. Nesse texto o autor introduz Gênesis
14:17-20 para identificar o Melquisedeque do Salmo 110:4 (verso 1 a 3) e para
exibir a base na história para a superioridade do Sumo-sacerdócio de Cristo
dobre o sacerdócio levítico (versos 4 a 10). [...] Ao analisarmos mais de perto
esses três versículos podemos ver que logo no início do capítulo 7 temos a
conjunção "Porque". Essa conjunção põe essa frase em relação com a
expressão com a qual termina Hebreus 6:20, aonde se proclama o sacerdócio
eterno de Jesus. Podemos captar em tudo isso o caminho do pensamento do autor,
que é certamente o seguinte: para comentar os versículos de Gênesis 14:18-20
ele os relaciona com o oráculo do Salmo 110:4 e descobriu que esses textos se
iluminam mutuamente.” [Leia mais acessando o link: http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=303.]
“2. O sacerdócio coletivo dos cristãos. Por outro lado, segundo o
ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do “sacerdócio
real” (1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer
sacrifícios espirituais (1Tm 2.5; 1Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro
escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1Pe
2.9). Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: “Aquele que
nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e
sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém”
(Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante
e ao Movimento Pentecostal.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- Entendemos que cada crente pode
ir diretamente a Deus em busca de perdão, através do arrependimento e da fé, não
necessitando para isso de nenhum outro intercessor, nem mesmo da Igreja;
entendemos que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo. Após
reconciliar-se com Deus através da fé em Cristo, a pessoa tem acesso direto a
Deus, por intermédio do mesmo Jesus Cristo. Ela entra no sacerdócio real que
lhe outorga o privilégio de servir a humanidade em nome de Cristo. O sacerdócio
do crente, portanto, significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e
na fraternidade da Igreja local. Cada cristão, tendo acesso direto a Deus
através de Jesus Cristo, é seu próprio sacerdote e tem a obrigação de servir de
sacerdote de Jesus Cristo em benefício de outras pessoas. Em 1Pe 2.9, o
conceito do sacerdócio real é extraído de Êx 19.6. Israel perdeu temporariamente
esse privilégio por causa de sua apostasia e porque seus líderes perversos
executaram o Messias. No presente momento, a igreja é um sacerdócio real que se
mantém unido com o sacerdote real, Jesus Cristo. O sacerdócio real não é
somente um sacerdócio que pertence e serve ao rei, mas é também um sacerdócio que
exerce domínio. Isso, por fim, se cumprirá no reino futuro de Cristo (1Co
6.1-4; Ap 5.10; 20.6). Os sacerdotes do Antigo Testamento e os
cristãos-sacerdotes do Novo Testamento têm muitas características em comum:
• 1) o
sacerdócio é um privilégio dos eleitos (Êx 28.1; Jo 1 5.16);
• 2) os
sacerdotes são purificados dos pecados (Lv 8.6-36; Tt 2.14);
• 3) os sacerdotes
são revestidos para o serviço (5.5; Êx 28.42; Lv 8.7ss.; SI 132.9,16);
• 4) os
sacerdotes são ungidos para o serviço (Lv 8.12,30; 1Jo 2.20,27);
• 5) os
sacerdotes são preparados para o serviço (Lv 8.33; 9.4,23; C l 1.16; 1Tm 3.6);
• 6) os
sacerdotes são ordenados para uma vida de obediência 1Pe 2.4; Lv 10.1 ss.);
• 7) os
sacerdotes devem honrar a Palavra de Deus (v. 2; Ml 2.7);
• 8) os
sacerdotes devem andar com Deus (Ml 2.6; Gl 5.16,25);
• 9) os
sacerdotes devem influenciar os pecadores (Ml 2.6; C l 6.1); e
• 10) os
sacerdotes devem ser mensageiros de Deus (Ml 2.7; Mt 28.19-20).
- No entanto, o maior
privilégio de um sacerdote é o fato de que ele tem acesso a Deus “a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais”.
Devemos ter muito cuidado ao usarmos esse termo, isso por que o sacrifício já
foi realizado de uma vez por todas, não cabendo nenhum outro tipo de
sacrifício, o crente não faz sacrifício. Sacrifícios espirituais significam
obras que são feitas para honrar a Deus por causa de Cristo sob a direção do
Espírito Santo e a orientação da Palavra de Deus. Esses sacrifícios incluem:
• 1)
oferecer toda a energia do corpo a Deus (Rm 12.1-2);
• 2)
louvar a Deus (Hb 13.15);
• 3)
fazer o bem (Hb 13.16);
• 4)
compartilhar os próprios recursos (Hb 13.16);
• 5)
levar as pessoas a Cristo (Rm 15.16);
• 6)
sacrificar os próprios desejos pelo bem de oulros (Ef 5.2); e
• 7) orar
(Ap 8.3).
- Sobre o resgate desta
doutrina, leia em CPADNEWS
“3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu. Atente, querido irmão,
para o seguinte versículo: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo
sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,
ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e
não o homem” (Hb 8.1,2). Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote
perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e
verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra
foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e
intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 13, 30 junho, 2019]
- Em Hb 8.1, o escritor chegou
à sua mensagem central. O fato é que "temos"
(posse atual) um Sumo Sacerdote superior, Jesus Cristo, que é o cumprimento de
tudo o que foi prenunciado no Antigo Testamento. Note que Ele se assentou a
destra do trono da Majestade e é ministro
- essa é a mesma palavra usada como referência a anjos em Hb 1.7. Em Jr 33.21,
foi usada como referência a sacerdotes. O santuário
é o lugar mais santo onde Deus habitava (Êx 15.17; 25.8; 26.23-24; 1Cr 22.17). O
verdadeiro tabernáculo, cuja definição é dada na frase "que o Senhor erigiu, não o homem",
bem como em Hb 9.11,24. Refere-se à habitação celestial de Deus. Cristo é o
nosso Mediador (Hb 9.15), a palavra
descreve o papel de um intermediário ou árbitro, nesse caso entre Deus e o
homem (1Tm 2.5; Gl 3.19-20).
II. O SACERDÓCIO
UNIVERSAL DA IGREJA
“1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo. Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a
respeito da “pedra” que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo
Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem
Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”.
Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da
esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em
primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo
Sacerdote.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- “A pedra angular era a pedra fundamental utilizada nas antigas
construções, caracterizada por ser a primeira a ser assentada na esquina do
edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes. A partir da pedra angular,
eram definidas as colocações das outras pedras, alinhando toda a construção. A
pedra angular é o elemento essencial que dá existência àquilo que se chama de
fundamento da construção. Atualmente, a pedra angular seria semelhante ao
alicerce dos prédios contemporâneos.” (SIGNIFICADOS) Cristo
é o fundamento dos apóstolos e profetas. Por mais importantes que tenham sido
os apóstolos, não foram eles pessoalmente, mas a revelação divina por eles
ensinada, pois falavam, com autoridade, a respeito da Palavra de Deus para a
igreja antes do término do Novo Testamento, que forneceu o fundamento (Rm
15.20). Cristo é esse fundamento, a pedra angular (SI 118.22; Is 28.16; Mt
21.42; At 4.11; 1Pe 2.6-7). Essa pedra estabeleceu o fundamento e ajustou a
edificação.
“2. Distinguindo “a pedra”, que é Cristo, de “pedras vivas”
que são os crentes. Se Cristo é a principal
pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande
edifício (1Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas
edificadas sobre a Pedra Angular — Jesus, o Cordeiro de Deus. Essa metáfora
bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes.
Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um
templo espiritual. E cada “pedra viva” constitui esse edifício. Por isso, você
é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no
Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito.
Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia
ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em
Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da
graça.” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 13, 30 junho, 2019]
- Quando Paulo escreve aos
efésios (2.4) “Chegando-vos para ele”,
traz a idéia de vir para permanecer. Significa permanecer na presença de Cristo
com uma comunhão íntima (Jo 15.5-15). Ele é a pedra que vive, tanto uma
metáfora como um paradoxo, essa expressão do Antigo Testamento enfatiza que
Cristo, a "pedra angular" e a "pedra de tropeço", está
vivo, ressuscitando dos mortos, e tem um relacionamento vivo com a humanidade
salva (1Co 15.43; 1Jo 5.11-12). Ele é esta pedra “rejeitada... mas... eleita” , Suas credenciais messiânicas foram
examinadas pelos falsos líderes religiosos de Israel e desdenhosamente
rejeitadas (Mt 12.22-24; Jo 1.10-11). Mas Jesus Cristo foi o Filho precioso e
eleito de Deus, que, por fim, foi autenticado pela sua ressurreição dos mortos (SI
2.10-11; Mt 3.17; At 2.23-24,32; 4.11-12; 5.30-31; 10.39-41). Somos pedras
vivas e fazemos parte da casa espiritual, feita de gente, não de tijolos e
outros materiais. Jesus usou também a figura do edifício, da casa, quando
disse: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja (Mateus 16.18). Jesus é a
pedra. Por isso, Pedro afirma: Chegando-vos para ele, a pedra que vive,
rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. Ao nos
aproximarmos e nos unirmos a Jesus pela fé, algo extraordinário acontece:
Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual.
Paulo esclarece: Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos
dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef
2.19-20).
III. O MAIOR E
MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
“1. O santuário terrestre. No santuário terrestre,
o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o
Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas
o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha
o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da
Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com
o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35;
17.1-26; Hb 7.25).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- “A casa de Deus do Antigo Testamento apontava para a futura Igreja
Cristã, a atual casa de Deus, sobre a qual Cristo foi posto como cabeça. Você
pode imaginar uma construção onde não se ouve qualquer barulho de ferramenta
sendo utilizada? Bem, isso aconteceu em 1 Reis 6: 7. Durante a construção do
templo, não havia necessidade de ouvir qualquer barulho de ferramentas, pois os
trabalhadores usavam-nas para cortar, lapidar e polir as pedras na pedreira e,
finalmente, depois que obtinham o pedaço do tamanho que queriam, traziam-no
para o local onde o templo estava sendo construído e ali era encaixado
perfeitamente. Hoje a humanidade representa a pedreira, de onde Deus está
retirando pedras vivas, e as igrejas são os lugares de onde Ele está retirando
a aspereza, limpando, lapidando e polindo essas pedras. Esta é a maneira usada
por Deus para construir. É por isso que, às vezes, Ele permite que atravessemos
muitas tribulações e lutas na vida para retirar de nós toda aspereza, até que,
finalmente, sejamos pedras que se encaixem perfeitamente em Sua casa e possam
brilhar por Jesus Cristo, 1Pd 4: 12-13” (IPRB)
“2. O santuário celestial. Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que
não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os
homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na
consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim,
o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está
garantido.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- Como já explicado em lições
anteriores, a palavra traduzida por "tabernáculo" significa lugar de
moradia. É a casa de Deus, o lugar onde ele mora (Lv 26.11-12; Dt 12.5). Sabemos
que existiam no Tabernáculo dois véus: o que ficava na porta de acesso ao Santo
Lugar, isto é, ao primeiro compartimento do santuário; e o que separava o
primeiro compartimento do segundo, chamado de Santíssimo Lugar ou Santo dos
Santos. Hebreus 6.19-20 trata do segundo véu, mesmo que apenas chame-o de “o véu”. Este é o mesmo véu que segundo Mateus
27.51 rasgou-se de alto abaixo. Nossa esperança é personificada pelo próprio
Cristo, que entrou na presença de Deus no Santo dos Santos celestial em nosso
favor. Assim como o sumo sacerdote sob a antiga aliança passava através de três
áreas (o átrio exterior, o Santo Lugar e o Santo dos Santos) para fazer o
sacrifício expiatório, Jesus atravessou três céus (o céu atmosférico, o céu
estelar e a morada de Deus; cf. 2Co 12.2-4) depois de fazer o sacrifício
perfeito e definitivo. Uma vez por ano, no dia da Expiação, o sumo sacerdote de
Israel entrava no Santo dos Santos para fazer expiaçâo pelos pecados do povo
(Lv 16). Esse tabernáculo era apenas uma réplica limitada da realidade
celestial (cf. 8.1-5). Quando Jesus entrou no Santo dos Santos celestial, tendo
cumprido a redenção, a cópia terrena foi substituída pela realidade do próprio
céu. Livre do que é terreno, a fé cristã é caracterizada pelo celestial (Hb 3.1;
Ef 1.3; 2.6; Fp 3.20; Cl 1.5; 1Pe 1.4).
“3. O sacrifício perfeito de Cristo. A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo
foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo
Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício! Diferentemente
do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A
Bíblia declara que Nosso Senhor, “na consumação dos séculos, uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Que
mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora!” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- No dia da Expiação, o sumo sacerdote
entrava no Santo dos Santos, onde Deus se manifestava (Lv 16.2). No entanto, o
sumo sacerdote era ocultado da presença de Deus pela nuvem de incenso (Lv
16.12-13). O comparecimento atual de Cristo no céu é a sua apresentação oficial
diante do Pai para prestar contas a respeito do cumprimento de sua missão. O conceito
de comparecer ou ser revelado está incluído na manifestação em carne de Cristo
para morrer uma única vez pelo pecado. “Deus
exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos
seus pecados (Levítico 4:35; 5:10). Para começar, sacrifício de animal é um
tema importante encontrado por todas as Escrituras. Quando Adão e Eva pecaram,
animais foram mortos por Deus para providenciar vestimentas para eles (Gênesis 3:21).
Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor. A de Caim foi inaceitável porque ele
trouxe frutas, enquanto que a de Abel foi aceitável porque ele trouxe “das
primícias do seu rebanho e da gordura deste” (Gênesis 4:4- 5). Depois que o
dilúvio recuou, Noé sacrificou animais a Deus. Esse sacrifício de Noé foi de
aroma agradável ao Senhor (Gênesis 8:20-21). Deus ordenou que Abraão
sacrificasse seu filho Isaque. Abraão obedeceu a Deus, mas quando ele estava
prestes a sacrificar a Isaque, Deus interveio e providenciou um carneiro para
morrer no lugar de Isaque. (Gênesis 22:10-13). O sistema de sacrifícios atinge
seu ponto máximo com a nação de Israel. Deus ordenou que esta nação executasse
inúmeros sacrifícios diferentes. De acordo com Levítico 1:1-4, um certo procedimento
era para ser seguido. Primeiro, o animal tinha que ser perfeito. Segundo, a
pessoa que estava oferecendo o animal tinha que se identificar com ele. Então,
a pessoa oferecendo o animal tinha que infligir morte ao animal. Quando feito
em fé, esse sacrifício providenciava perdão dos pecados. Um outro sacrifício
chamado de dia de expiação, descrito em Levítico 16, demonstra perdão e a
retirada do pecado. O grande sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta
pelo pecado. Um dos bodes era sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo
de Israel (Levítico 16:15), enquanto que o outro bode era para ser solto no
deserto (Levítico 16:20-22). A oferta pelo pecado providenciava perdão,
enquanto que o outro bode providenciava a retirada do pecado. Por que, então,
não oferecemos mais sacrifícios de animais nos dias de hoje? O sacrifício de
animais terminou porque Jesus Cristo foi o sacrifício perfeito. João Batista
confirmou isso quando O viu pela primeira vez: “Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Você pode estar se perguntando: “por que
animais? O que eles fizeram de errado?” Esse é justamente o ponto: já que os
animais não fizeram nada de errado, eles morreram no lugar daquele que estava
executando o sacrifício. Jesus Cristo também não tinha feito nada de errado,
mas voluntariamente entregou-Se a morrer pelos pecados da humanidade (1 Timóteo
2:6). “Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha,
aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne,
muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se
ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas,
para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.13 – 14).” (IPIDOURADOS)
CONCLUSÃO
“Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou,
temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação
definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao
Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou
classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo
caminho (Hb 10.20).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 13, 30 junho, 2019]
- “...pelo novo e "vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto
é, pela sua carne” (Hb 10.20) - novo com o significado original de "recém-imolado",
mas foi interpretada como "recente" quando a epístola foi escrita. O
caminho é novo porque a aliança é nova. Não é um caminho fornecido pelo sistema
levítico; é um caminho vivo. Embora seja o caminho da vida eterna, ele não foi
aberto apenas pela vida impecável de Cristo — ele exigiu a sua morte. Os
hebreus foram convidados a entrar nesse caminho que é caracterizado pela vida
eterna do Filho de Deus que os amou e entregou-se por eles (Jo 14.6; Gl 2.20).
A fé cristã era conhecida como "o caminho" entre os judeus de
Jerusalém (At 9.2), bem como entre os gentios (At 19.23). Aqueles que receberam
essa epístola entenderam com muita clareza que o escritor os estava convidando
a se tornarem cristãos — a se unirem àqueles que: haviam sido perseguidos por causa
da fé que professavam. Os verdadeiros cristãos no meio deles estavam sofrendo
perseguição naquele momento, e aqueles que não haviam se comprometido com o
caminho eram convidados a se tornarem alvos da mesma perseguição. Quando a
carne de Jesus foi rasgada em sua crucificação, o mesmo aconteceu com o véu do
templo que simbolicamente separava as pessoas da presença de Deus (Mt 27.51).
Quando o sumo sacerdote no dia da Expiação entrava no Santo dos Santos, o povo
aguardava do lado de fora que ele saísse. Ao entrar no templo celestial, Cristo
não voltou. Pelo contrário, ele abriu a cortina e expôs o Santo dos Santos para
que pudéssemos segui-lo. O termo "carne" é usada como
"corpo" (v. 10) e "sangue" (9.7,12,14,18,22) para se
referir à morte sacrifical do Senhor Jesus. Há pré-requisitos para que entremos
na presença de Deus (Sl 15): sinceridade, segurança, salvação e santificação,
sincero coração. O termo grego traduzido por "sincero" carrega a
ideia de ser verdadeiro, genuíno e sem motivos ocultos (Jr 24.7; Mt 15.8). Isso
era o que faltava a esses hebreus em particular: o compromisso genuíno com
Cristo, plena certeza de fé Hb 6.71). Aqui é feita referência à total confiança
nas promessas de Deus. Essa confiança resultará numa certeza ou segurança
sincera que lhes permitirá perseverar em meio às provações vindouras. Esse é o
primeiro item de uma tríade familiar: fé, esperança (v. 23) e amor (v. 24). Diante
de tudo o que foi exposto, “Guardemos
firme a confissão da esperança, sem
vacilar, pois quem fez a promessa é fiel”. Agarrar-se com firmeza é uma
evidência da salvação; ao contrário do que muitos ensinam, não é algo que se
faz para manter a salvação, mas a prova de que permanecemos dentro da aliança!
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
JUNHO de 2019
PARA REFLETIR
A respeito da
lição “O Sacerdócio Celestial”, responda:
• A quem se refere a palavra
“sacerdote” no Novo Testamento?
A palavra “sacerdote”
não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu
Sumo Sacerdote do povo redimido.
• O que o texto de Hebreus 8.1,2
revela?
Ele revela que Nosso
Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de
maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial.
– esta resposta é incompleta e evasiva. Isso por que “A direita” é o lugar de poder, autoridade e honra (Rm 6.34;1Pe 3.22). Também é a posição de subordinação, implicando que o Filho está sob a autoridade do Pai (1Co 15.27-28). O assento que Cristo ocupou é o trono de Deus (Hb 8.1; 10.12; 12.2), de onde ele governa como Senhor soberano. Isso retrata um Salvador vitorioso, e não um mártir derrotado. Embora o principal significado dessa expressão seja a entronização de Cristo, o fato de estar assentado também poderia implicar a consumação de sua obra expiatória
– esta resposta é incompleta e evasiva. Isso por que “A direita” é o lugar de poder, autoridade e honra (Rm 6.34;1Pe 3.22). Também é a posição de subordinação, implicando que o Filho está sob a autoridade do Pai (1Co 15.27-28). O assento que Cristo ocupou é o trono de Deus (Hb 8.1; 10.12; 12.2), de onde ele governa como Senhor soberano. Isso retrata um Salvador vitorioso, e não um mártir derrotado. Embora o principal significado dessa expressão seja a entronização de Cristo, o fato de estar assentado também poderia implicar a consumação de sua obra expiatória
• De acordo com Paulo e Pedro quem
é a pedra?
Ambos os apóstolos
afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”.
• Se Cristo é a pedra de esquina,
o que são os crentes?
Se Cristo é a principal
pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande
edifício (1Pe 2.4).
• Foi preciso haver mais de um
Calvário? Justifique a sua resposta.
Não. A Palavra de
Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 13, 30 junho, 2019]