Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral
- L I Ç Ã O 11 -
16 de JUNHO de 2019
O
SACERDÓCIO LEVÍTICO e o de CRISTO
TEXTO ÁUREO
“Porque
nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores e feito mais sublime do que os céus.” (Hb 7.26)
VERDADE PRÁTICA
Nosso
grande e único Sacerdote é Jesus Cristo. Ele intercede eficazmente em nosso
favor diante do Pai.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 28.1; Levítico
8.22; Hebreus 7.23-28; 1 Pedro 2.9
Êxodo 28:
1 Depois,
tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos
de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus
filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Levítico 8
22
Depois, fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus
filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro;
Hebreus 7.23-28:
23 E, na
verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte,
foram impedidos de permanecer;
24 mas
este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
25
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,
vivendo sempre para interceder por eles.
26 Porque
nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27 que
não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios,
primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso
fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
28 Porque
a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento,
que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
1 Pedro 2.9:
9 Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz.
INTRODUÇÃO
“Há uma relação especial entre o sacerdócio
levítico e o sacerdócio cristão. Enquanto o levítico foi estabelecido em Arão,
o do Novo Testamento foi estabelecido em Cristo, segundo a ordem de
Melquisedeque. Nesta lição, veremos como se deu a escolha dos sacerdotes do
Antigo Testamento. Veremos também a importância de suas vestimentas como sinal
de autoridade para o serviço divino. E, finalmente, mostraremos por que o
sacerdócio de Cristo é superior. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito!” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 9, 2 junho, 2019]
- Em síntese, o sacerdote
deveria ministrar no santuário perante Deus e ensinar ao povo a guardar a Lei
de Deus. E eventualmente, ele também tomava conhecimento da vontade divina em
situações muito difíceis por meio da consulta ao Urim e Tumim (Êx 29.10; Nm
16.40; 27.21; Ed 2.63). No Novo Testamento, o Sumo Sacerdote é Cristo, que
através do Seu sacrifício acabou com a necessidade de novas ofertas e
sacrifícios (Hb 7.1-8.13); e todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1.6; 5.10).
Aliás, a Bíblia diz que originalmente Deus desejava tornar a nação de Israel,
como um todo, em um reino sacerdotal (Êx 19.6). Há características do
ministério sacerdotal que são, de forma geral, princípios válidos para todo
ministro do Senhor até hoje. As características gerais do ministério sacerdotal
são: chamado divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4); unção e santificação (Lv
8.12); submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para glória e ornamento (Êx 28.2;
29.6,9). Tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho
– Dito isto, convido-o
a pensar maduramente a fé cristã!
I - A ESCOLHA DOS
SACERDOTES (ÊX 28.1)
“Deus escolheu a linhagem
sacerdotal levítica, e não Moisés. Essa escolha indicava a soberania do Senhor
para designar obreiros para sua Obra. No ministério cristão, por meio do
Espírito Santo, Deus é quem elege líderes para o ministério (At 13.2).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- Servir na liderança da igreja
é um ato de culto a Deus e consiste no oferecimento de sacrifícios espirituais
a Deus, incluindo oração, supervisão do rebanho, pregação e ensino da Palavra.
“1. Os sacerdotes precisavam pertencer à tribo de Levi. O Altíssimo
ordenou que Moisés contasse os filhos de Israel, excetuando a tribo de Levi, a
fim de que os levitas se encarregassem dos ofícios do Tabernáculo (Nm 1.49,50;
3.6). Assim, o sacerdócio de Levi obteve uma posição proeminente entre as
demais tribos de Israel (Nm 1.52,53).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- A tribo de Levi, incluindo
Moisés e Arão não foi incluída no censo registrado em Números 1.52,53, porque
estava isenta do serviço militar. Os levitas deviam servir ao Senhor por meio
do transporte e do cuidado do tabernáculo (Nm 3.5-13; 4.1-33,46-49). Note que ‘o
estranho’ (essa palavra muitas vezes se refere ao "estrangeiro")
indica o israelita não pertencente à tribo de Levi era como um "estrangeiro"
no que dizia respeito ao transporte do tabernáculo e devia manter a distância
apropriada para não morrer. O propósito de colocar os levitas à parte e
dispô-los em volta do tabernáculo objetivava evitar que a ira do Senhor
consumisse Israel (Êx 32.10,25-29). “A
nomeação dos sacerdotes: “Arão e seus filhos”, v. 1. Até aqui, cada chefe de
família era o sacerdote para a sua própria família, e oferecia, conforme
julgasse haver ocasião, sobre altares de terra. Mas agora que as famílias de
Israel começavam a incorporar-se em uma nação, e um tabernáculo da congregação
seria erigido, como centro visível da sua unidade, era essencial que houvesse a
instituição de um sacerdócio público. Moisés, que até aqui tinha oficiado, e
por isto é reconhecido entre os sacerdotes do Senhor (SI 99.6) já tinha
trabalho suficiente para realizar, como seu profeta, para consultar o oráculo
por eles, e como seu príncipe, para julgar entre eles. E ele não desejava
monopolizar todas as glórias para si mesmo, nem transmitir esta glória do
sacerdócio, que por si só era hereditária, para a sua própria família, mas
ficou muito satisfeito por ver o seu irmão Arão investido nesta função, e seus
filhos depois dele, enquanto (por maior que ele pudesse ser) os seus próprios
filhos seriam apenas levitas comuns. É um exemplo da humildade deste grande
homem, e uma evidência da sua sincera consideração pela glória de Deus, o fato
de que tivesse tão pouca consideração pela primazia da sua própria família.
Arão, que tinha humildemente servido como profeta para seu irmão mais jovem,
Moisés, e não recusou este trabalho (cap. 7.1) agora é promovido para ser um
sacerdote, um sumo sacerdote para Deus. Pois Ele exalta aqueles que se
humilham. E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus,
Hebreus 5.4. Deus tinha dito, sobre Israel, de modo geral, que eles seriam,
para Ele, um reino de sacerdotes, cap. 19.6. Mas por ser essencial que aqueles
que ministravam no altar devessem dedicar-se integralmente ao serviço, e porque
aquilo que é o trabalho de todos em breve passa a ser o trabalho de ninguém, Deus
aqui escolheu entre eles uma família para ser uma família de sacerdotes, o pai
e seus quatro filhos. E dos lombos de Arão descenderam todos os sacerdotes da
igreja judaica, sobre os quais lemos tão frequentemente, tanto no Antigo quanto
no Novo Testamento. É uma grande bênção quando a verdadeira santidade prossegue
em uma família de geração em geração, como a santidade cerimonial.” (HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio.
Editora CPAD. pag. 329).
“2. Características especiais dos levitas. Aqui, destacaremos duas
características especiais dos levitas:
(1) O chamamento
específico para o serviço do Tabernáculo;
- “Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma
postura zelosa e conservadora em relação à honra da família, haja vista o
episódio envolvendo o estupro de sua irmã, Diná (Gn 34.25-31). Mais tarde, após
a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à
idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28). Eram homens da maior
firmeza (2 Cr 26.17)” (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 3, 15 Jul 18)
- Deus escolheu Arão e seus filhos para ministrar no sacerdócio
por um ato de sua graça soberana, pois eles certamente não tinham direito a
essa posição nem a mereciam. Contudo, o fato de Deus salvar pecadores como nós
e de constituir-nos seu "sacerdócio santo" também é um ato da sua
graça, e não devemos jamais deixar de admirar esse privilégio espiritual.
"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros" (Jo 15:16). Infelizmente, Nadabe e Abiú desobedeceram ao
Senhor e foram mortos (Lv 10). Quando Arão morreu, Eleazar tornou-se seu
sucessor (Nm 20:22-29), e os descendentes de Itamar deram continuidade ao
ministério sacerdotal, mesmo depois do cativeiro (Ed 8:1,2). Como povo de Deus nos
dias de hoje, devemos nos lembrar de que nosso primeiro dever é agradar e
servir ao Senhor. Se fizermos isso, ele trabalhará em nós e por nosso
intermédio para realizar sua obra neste mundo. Quando Jesus restaurou Pedro à
condição de discípulo, não perguntou: "Você ama seu ministério?"; nem
mesmo: "Você ama as pessoas?". A pergunta que repetiu foi:
"Amas-me?" (Jo 21: 17). Assim como o maior dever de um pai é amar a
mãe de seus filhos, também a obrigação (e o privilégio) mais importante do
servo é amar ao Senhor. Todo o ministério flui desse relacionamento. Uma parte
dessa incumbência de agradar a Deus era usar as vestes sacerdotais. O sumo
sacerdote, os sacerdotes e os levitas não podiam se vestir como bem entendessem
quando ministravam no tabernáculo. (1) davam ao sacerdote dignidade e glória
(Êx 28:2) e distinguiam-nos do resto do povo, como um uniforme identifica um
soldado ou uma enfermeira; (2) revelavam verdades espirituais relacionadas a
seu ministério e a nosso ministério hoje em dia; e (3) se os sacerdotes não
usassem suas vestes especiais, correriam risco de vida (vv. 35, 43)”
(WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central
Gospel. pag. 315-316).
(2) A unidade, pois todos
falavam a mesma língua, defendiam o mesmo comportamento e mantinham a mesma fé.
Ambas as características apontam para a importância da unidade da Igreja. A
igreja local é o Corpo de Cristo, portanto, o chamamento e a unidade são a sua
marca (Jo 17.20,21).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 11, 16 junho, 2019]
- Em João 17.21, em Sua oração
sacerdotal, Jesus roga ao Pai para que ‘todos sejam um’; A base dessa unidade
centra-se na adesão à revelação que o Pai deu aos primeiros discípulos por meio
do Filho. Os crentes também devem estar unidos em fé comum na verdade que é
recebida na palavra de Deus (Fp 2.2). Isso não é mais um desejo, mas tornou-se
realidade quando o Espírito veio (At 2.4; 1Co 12.13). Não é uma unidade
experimental, mas a unidade de vida eterna comum partilhada por todos que creem
na verdade, e resulta no corpo de Cristo, todos partilhando da vida dele.
- “Jesus, nosso precursor, entrou por nós no Santo dos Santos, feito
eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Jesus entrou no “Santo
dos Santos”, não como um substituto para nosso acesso, mas como um precursor,
porque também entraremos nele. O autor se concentra novamente no papel de Jesus
como sumo sacerdote, não da ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque”
(Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10.
pag. 61)
“3. A consagração sacerdotal tinha um só propósito. Os sacerdotes
foram consagrados para servir no Tabernáculo. Separados pelo e para o Senhor,
não podiam executar outra atividade que fugisse a esse propósito (Nm 1.50;
3.12). Logo, o método de Deus para os obreiros do Novo Testamento não é
diferente: os obreiros do Senhor não se embaraçam “com negócio desta vida” (2
Tm 2.4). Ratificando esse princípio, nosso Senhor declarou que o vocacionado
para “arar a terra” não pode olhar para trás (Lc 9.62). É preciso olhar para
frente e fazer a obra divina com perseverança e fé (Hb 10.38).” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- No êxodo, o SENHOR reivindicou
para si os primogênitos do sexo masculino de Israel (Êx 13.1-2). O primogênito atuava
como sacerdote da família. Porém, quando o pleno ministério da economia mosaica
foi estabelecido, Deus transferiu os deveres sacerdotais para os levitas,
parcialmente talvez por causa do zelo que haviam demonstrado quando do
incidente do bezerro de ouro (Êx 32.29). Os levitas substituíram os
primogênitos. O chamado de Deus para o ministério vocacional é diferente do
chamado à salvação e do chamado que atinge todos os crentes: o serviço.
Trata-se de uma convocação de homens selecionados para servir como líderes da
igreja. O sacerdócio em Israel e a chamada divina são tratados a partir do
capítulo 28 de Êxodo. A razão para esta chamada divina era a necessidade do
povo aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus
cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da
congregação de Israel. A tribo de Levi foi separada para o serviço no
Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Constuma-se esquecer que
antes da entrega da lei por Deus a Israel, havia sacerdotes, uma vez que a
Bíblia menciona o rei de Salém, Melquisedeque, como “sacerdote do Senhor” (Gn
14.18; Hb 7.1-3). Antes da lei, qualquer homem podia desempenhar esse papel
desde que possuísse a capacidade para tanto. Já no período patriarcal, o
sacerdócio era desempenhado pelo cabeça de cada família, conforme lê-se em Gn
8.20; 22. 13; 26.25; 33.20. Com a entrega da Lei, o sacerdócio foi organizado e
separou-se os descendentes de Arão. Todavia, isso não sucedeu de modo absoluto,
pelo que, se é geralmente correto dizer que todos os sacerdotes pertenciam à
tribo de Levi (através de Arão), isso não ocorria no caso de todos eles.
Pode-se dizer que, se um levita pudesse ser achado, ele era a preferência
natural; mas houve exceções a essa regra. Assim, Samuel exercia poderes
sacerdotais, mas ele mesmo não era da tribo de Levi. Talvez seja correto dizer
que Salomão foi um rei – sumo sacerdote; e, no entanto, era da tribo de Judá.
Os profetas também desempenhavam certa função sacerdotal, posto que não formal,
no tabernáculo ou no templo. Em face de sua ocupação, os sacerdotes também eram
juízes. O filho de Mica, que era efraimita, atuou como sacerdote (Jz 17.5).
Outro tanto fizeram alguns dos filhos de Davi (2Sm 8.18), Gideão (Jz 6.26) e
Manoá, este da tribo de Dã (Jz 13.19). Hoje, é comum alguns se arvorarem
levitas por exercerem alguma atividade ligada ao “louvor” dentro da liturgia,
dado as informações acima, sem uma exegese mais profunda, essa ideia cai por
terra.
II - VESTIMENTA
SACERDOTAL PARA O SERVIÇO
“1. Simbologia da vestimenta sacerdotal. O capítulo 28 de Êxodo descreve a vestimenta sacerdotal para
o serviço no Tabernáculo. A vestimenta tinha características especiais e
cerimoniais, pois servia de “glória e ornamento” do ministério (Êx 28.2). A
vestimenta era um símbolo da autoridade sacerdotal. Além de despertar a atenção
do povo, marcava o caráter divino do serviço.” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- As vestes tencionavam exaltar
o ofício e a função do sacerdócio, evidenciando vividamente Arão como pessoa
singular a desempenhar uma função especial de mediação — eram vestes
"sagradas". No sistema sacerdotal do Antigo Testamento, essas vestes
ajudavam a Israel manter a distinção entre o sacerdote e o leigo.
- “Duas coisas chamam a atenção de início no texto bíblico que fala das
vestes dos sacerdotes. Em primeiro lugar, quem confeccionou essas vestimentas
não foram quaisquer alfaiates em Israel. O texto bíblico afirma que foram
homens “sábios de coração”, a quem Deus havia “enchido do Espírito de
Sabedoria” (Ex 28.3). Como frisa o Comentário Bíblico Beacon, “Deus, que criou
a beleza, dá ao homem a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para
criá-la. Certas produções que o mundo chama arte não passam de imoralidade, mas
a verdadeira arte é de Deus”. Em segundo lugar, o propósito da indumentária
sacerdotal era “santificar”, isto é, distinguir, destacar, honrar os sumos
sacerdotes, dar-lhes ornamentação, beleza e glória diante do povo; enfim,
enfatizar o significado e a importância do seu ofício perante todos. Suas
vestes foram pensadas para refletir a dignidade do seu ofício. Os materiais
para fazer as vestes sacerdotais eram os mesmos das cortinas e do véu do
Tabernáculo (Ex 26.1,31,32; 28.5,6). Ou seja, o sacerdote não poderia ministrar
“com roupas simples e sem brilho” em um Tabernáculo que era “graciosamente
colorido”. DEUS, “o Autor de tudo o que é bom e bonito, deseja que seu povo
seja formoso e que haja beleza nos procedimentos de adoração”. (APAZDOSENHOR).
“2. A túnica chamada “éfode” (Êx 28.4). Era uma espécie de avental
sem manga que cobria a frente e as costas, unido por tiras em cada ombro e por
um cinto (Êx 28.6-8). As tiras tinham engastes de ouro com pedras de ônix, em
cada uma tinha a gravação dos nomes dos filhos de israel. Dos engastes de ouro
dessas pedras pendia o peitoral. O éfode descia um pouco abaixo da cintura, por
cima da túnica de linho até os pés do sacerdote. Por levar sobre os ombros os
nomes dos filhos de Israel, o Sumo Sacerdote constituía-se no mediador do povo
diante de Deus.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 11, 16 junho, 2019]
- O éfode era a parte exterior,
a última peça das vestes sacerdotais, era uma peça comum de todos os sacerdotes
(1Sm 22.18). Até Samuel, sendo ainda jovem foi “vestido com um éfode de linho”
(1Sm 2.18). Todavia, para o Sumo Sacerdote, era reservado o éfode com matérias
preciosas. O éfode das vestes sagradas, como o peitoral, era composto de todo o
tipo de material reservado para as vestes sacerdotais (Ex 28.6). O éfode
representava a divindade de Cristo (ouro), a origem de Cristo, dos céus (azul),
a Sua realeza (púrpura), a Sua humilhação na morte (carmesim) e a Sua justiça e
pureza (linho fino torcido de cor branca).
-“O éfode com um cinturão diferenciado (Êx 28.6-14). Ele consistia em um
colete com as partes da frente e de trás unidas por tiras sobre cada ombro e
por um cinturão à altura da cintura. Esse cinturão era colorido e habilmente
tecido (“De obra esmerada”, Êx 28.6) conforme a criatividade que Deus dera aos
sábios que confeccionariam as vestes (Êx 28.3). Nas tiras sobre os ombros,
havia duas pedras sardônicas, uma de cada lado, trazendo o nome das doze tribos
de Israel — seis nomes em uma pedra e os outros seis nomes na outra (Êx 28.9,10).
O texto bíblico diz que a ordem dos nomes era “segundo as suas gerações” (Êx
28.10), o que significa dizer que a disposição dos nomes nas pedras obedecia à
ordem de nascimento dos doze filhos de Israel que davam nome às tribos. Esses
nomes deveriam ser engastados — isto é, encravados — em ouro nas pedras e esses
filigranas de ouro deveriam ser colocados, mais precisamente, ao redor das
pedras, em seu entorno (Êx 28.11). Finalmente, havia ainda os engastes de ouro
(fechos ou prendedores) e as correntes de ouro, que provavelmente serviam para
firmar o peitoral ao éfode (Êx 28.13,14,22-26). O fato de o sumo sacerdote
levar o nome das doze tribos nos ombros tinha um significado claro: o sumo
sacerdote, como intercessor entre o povo e Deus, levava em seus ombros o povo.
Essa grande responsabilidade, que era a essência do seu ofício, ele não deveria
nunca esquecer (Êx 28.12). O propósito divino era que, cada vez que o sumo
sacerdote vestisse o éfode, se lembrasse disso.” (APAZDOSENHOR).
- Toda vez que Arão entrava no
santuário levava sobre os seus ombros a estola com as pedras gravadas, que
representavam as 12 tribos. 28.15-30 peitoral do juízo. As 12 ptidras
preciosas, cada uma contendo a gravação do nome de uma das tribos, exibiam de
maneira colorida e ornarmmtal o papel representativo e intercessor de Arão das
tribos diante do Senhor. O peitoral era firmemente preso à estola para que não
se desprendesse da mesma (v. 28; 39.21). Assim, falar da estola depois de feito
isso, significava falar de todo o conjunto.
“3. O “Urim e Tumim”. Provavelmente eram uma forma de lançar sortes.
No Antigo Testamento, o povo de Deus pedia a orientação divina para tomar cada
decisão importante (Nm 26.55,56). Para isso, recorria ao Urim e Tumim. No
hebraico, a expressão significa “luzes e perfeições”. Eram pedras colocadas
provavelmente sobre o peitoral do Sumo Sacerdote, representando a vontade de
Deus; numa pedra, a resposta positiva, e na outra, a resposta negativa (Ed
2.63; Ne 7.65). O Sumo Sacerdote só tomava as pedras do Urim e Tumim em casos
muito especiais (1 Sm 28.6). No Novo Testamento, é relatada uma prática
semelhante ao Urim e o Tumim, na escolha do sucessor de Judas Iscariotes (At
1.26).” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- “O Urim e o Tumim. Há um artigo detalhado sobre essas pedras (ou o que
quer que elas tenham sido) no Dicionário. Há muitas opiniões quanto à natureza
desses objetos e quanto à sua utilidade. Talvez a Oxford Annotated Bible (in
Ioc.) esteja com a razão ao dizer apenas que eram sortes por meio das quais o
sumo sacerdote (ao lançá-las) tomava decisões oraculares. Portanto, serviriam
de meios de oráculo, mediante os quais o sumo sacerdote obtinha decisões ou
informações, conforme vemos em Núm. 27.21; Deu. 33.8 e I Sam. 28.6. Tipos.
Visto que temos à nossa frente um modo de iluminação espiritual, o Urim e o
Tumim simbolizavam a luz que nos é conferida pelo Espírito de Deus, o Grande
revelador” (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 432)
“O Urim e o Tumim, por cujo intermédio à vontade de Deus era
conhecida em casos duvidosos, foram colocados neste peitoral, que é, por isto,
chamado de peitoral do juízo, v. 30. Urim e Tumim significam luz e perfeição. O
governo era uma teocracia; Deus era o seu Rei, o sumo sacerdote era, depois de Deus,
o seu governante, e o Urim e o Tumim eram o seu ministério ou gabinete.
Provavelmente Moisés escreveu sobre o peitoral, ou teceu ali, as palavras Urim
e Tumim, para indicar que o sumo sacerdote, ao vestir este peitoral, e ao pedir
conselho a Deus em qualquer emergência relacionada ao público, fosse instruído
a tomar tais medidas e a dar o conselho que Deus reconhecesse. Finéias, Juízes
20.27,28. Abiatar quando buscou ao Senhor, por Davi (1 Sm 23.6ss.). Josué o
consultou (Nm 27.21). Eles foram perdidos no cativeiro, e nunca foram
recuperados, embora, aparentemente, fossem esperados, Esdras 2.63. Deus, nestes
últimos dias, nos dá a conhecer, a si mesmo, e à sua vontade, Hebreus 1.2; João
1.18. A união do peitoral ao éfode indica que o trabalho profético de Cristo se
baseava no seu sacerdócio. E pelo mérito da sua morte Ele resgatou esta honra
para si mesmo, e este favor, para nós. O Cordeiro que tinha sido morto é que
era digno de tomar o livro e abrir os selos, Apocalipse 5.9” (HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio.
Editora CPAD. pag. 318)
III - O SACERDÓCIO
DE CRISTO (Hb 7.23-28)
“A origem do ofício sacerdotal remonta a Melquisedeque, rei
de Salém (Hb 7.1), e, posteriormente a Arão, da família de Levi (Êx 29.30). No
Antigo Testamento, a função sacerdotal restringia-se a tribo levita. Já no Novo
Testamento, o Senhor Jesus, no Calvário, ergue-se como o Sumo Sacerdote da
ordem de Melquisedeque, superior à ordem de Arão.” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- “O sacerdócio era dividido em três grupos: (1) o sumo sacerdote, (2) os
sacerdotes e (3) os levitas. Todos os três descendiam de Levi. Todos os
sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. A ordem dos
levitas cuidavam do serviço do santuário. Eles tomaram o lugar dos primogênitos
que pertenciam a DEUS por direito (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19,20; Lv 27.26; Nm
3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt 15.19). Os filhos de Arão, separados para o
ofício especial de sacerdote, estavam acima dos levitas. Apenas eles podiam
ministrar nos sacrifícios do altar. O nível mais elevado do sacerdócio era o
sumo sacerdote. Ele representava fisicamente o cume da pureza do sacerdócio.
Carregava os nomes de todas as tribos de Israel em seu peitoral para o interior
do santuário, representando todo o povo perante DEUS (Êx 28.29). Somente o Sumo
Sacerdote (no caso Arão) podia entrar o santo dos santos e apenas um dia no
ano, para fazer expiação pelos pecados de si próprio e de toda a nação. As
cerimônias ligadas com a consagração dos sacerdotes estão descritas em Êxodo 29
e Levítico 8. Elas incluíam um banho de consagração, unção, vestimenta e
sacrifícios. A lavagem simbolizava a limpeza do coração para as obrigações
ligadas à pureza da nação perante DEUS. A unção (Lv 8.10,11) envolvia o
derramar óleo na cabeça do sumo sacerdote e respingá-lo nas vestimentas dos
outros sacerdotes (w. 22-24). As vestimentas dos sacerdotes e especialmente a
do sumo sacerdote eram caras e bonitas (Êx 28.3-5; Lv 8.7-9). Os sacrifícios de
consagração incluíam a oferta pelo pecado (8.14-17), oferta queimada (vv.
18-21) uma oferta de consagração especial (w. 22-32). O sangue do carneiro era
aplicado na orelha, no dedo polegar e no dedo do pé direitos de Arão e de seus
filhos, para simbolizar consagração física completa ao Senhor” (MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia
da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 5. pag. 302).
“1. Um novo e perfeito sacerdócio. O autor da Epístola aos Hebreus
escreveu: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também
mudança da lei” (Hb 7.12). O sacerdócio levítico era imperfeito (Hb 7.11).
Nele, os sacrifícios, o culto, as ofertas e a liturgia dos serviços eram apenas
sombra do verdadeiro sacerdócio a ser oficiado por Cristo. O sacerdócio do
Filho de Deus veio “segundo a ordem de Melquisedeque”, e não segundo a ordem de
Arão. Jesus Cristo foi capaz de reconciliar o homem com Deus, por meio de seu
sangue, abrindo o caminho para uma comunhão verdadeira com o Pai. O Evangelho
da Nova Aliança havia chegado!” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- Uma vez que Cristo é o Sumo
Sacerdote do cristão e veio da tribo de Judá, não de Levi (Mt 2.1,6; Ap 5.5),
seu sacerdócio está claramente acima da lei que era a autoridade para o sacerdócio
levítico (Hb 7.11). Essa é a prova de que a lei mosaica foi abolida. O sistema
levítico foi substituído por um novo Sacerdote, que ofereceu um novo sacrifício,
sob uma nova aliança. Ele aboliu a lei ao cumpri-la (Mt 5.17) e oferecer a
perfeição que a lei nunca poderia alcançar (Mt 5.20).
- “O Sacerdócio no Novo Testamento:
1. O sacerdócio do Antigo Testamento tinha Cristo como seu
antítipo. Ele incorpora em si mesmo todos os tipos e funções do sacerdócio
veterotestamentário. Essa é mesmo a mensagem central da epístola aos Hebreus,
parecendo muito radical quando exposta pela primeira vez. Ler a epístola aos
Hebreus, principalmente trechos como 2:14-18; 4:14-16; 5: 1-10 e seu sétimo
capítulo.
2. Jesus Cristo também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de
Melquisedeque (ver Heb. 7).
3. Os deveres sacerdotais de Cristo cumpriram-se após o
sacerdócio aarônicos ter cumprido seu papel, sendo um cumprimento desse
sacerdócio; o seu oficio como sacerdote seguinte a ordem ou categoria de
Melquisedeque.
4. Todos os Crentes São Sacerdotes. As passagens neotestamentários
centrais que ensinam essa doutrina são I Ped. 2:5,9; Efé, 1:5ss. Os sacerdotes
do Novo Testamento (todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de
seu Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Heb. 10:19-22). O sacerdócio dos crentes é
vinculado à filiação deles, o que, por sua vez, é uma maneira de definir a
salvação da alma. Visto haver acesso pessoal a Deus, por meio de Cristo, não há
necessidade da intermediação de nenhuma casta sacerdotal.
Princípios do Sacerdócio Bíblico:
1. Deus Pai ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato
divino. Ver Heb. 5:4-6.
2. Os sacerdotes eram nomeados mediadores entre Deus e os
homens, sobretudo no tocante ao pecado, à expiação e à reconciliação dos
homens, com Deus. Ver Heb. 5: 1.
3. A expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o
centro das funções sacerdotais. Ver Heb. 8:3.
4. O trabalho intercessor dos sacerdotes do Novo Testamento (os
crentes) repousa sobre a natureza eficaz da expiação de Cristo. E é aí que os
crentes alcançam a Deus. Ver Heb. 8: Iss.
5. O novo pacto, com base no sacerdócio superior de Cristo.
envolve melhores promessas que aquelas do antigo pacto (Heb. 8:6). De fato, o
novo pacto anulou totalmente o antigo (a totalidade da epístola aos Hebreus)” (CHAMPLIN, Russell
Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos.
pag. 19.)
“2. Jesus trouxe salvação perfeita. Diferentemente dos sacerdotes
araônicos, que se sucediam no ministério, porquanto mortais e pecadores, Jesus,
sendo eterno e santo, salvou-nos eficazmente através de um único sacrifício;
Ele é a oferta e o ofertante (Hb 7.25). Além disso, Jesus Cristo intercede por
nós: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não
necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios,
primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso
fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.26).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- Em sua relação com Deus,
Cristo é "santo" (devoção sem qualquer contaminação; Mt 3.17; 17.5;
Mc 1.24; Lc 4.24; At 2.27; 13.35). Em sua relação com o ser humano, ele é
“inculpável" (sem maldade ou malícia; Jo 8.46). Em relação consigo mesmo,
ele é "sem mácula" (livre de contaminação; 1Pd 1.19) e "separado
dos pecadores" (não tinha uma natureza pecaminosa que pudesse ser a fonte
de algum ato de pecador).
- “O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, o único mediador entre Deus e
os homens e que intercede diante do Pai por nós (Jo 14.6; 1 Tm 2.5). No Novo
Testamento, não há mais linhagens de sumo sacerdotes, porque o nosso único e definitivo
Sumo Sacerdote é Cristo, que através do seu sacrifício acabou com a necessidade
de novas ofertas e sacrifícios (Hb 7.1-8.13). E mais: todos os cristãos hoje
são sacerdotes diante de Deus (1 Pe 2.5,9; Ap 1.5,6; 5.9,10) — esta é uma das
doutrinas bíblicas que os primeiros protestantes ressaltaram na época da
Reforma e que se chama Sacerdócio Universal dos Santos. Ela nos ensina que, em Cristo,
todos pertencentes ao povo de Deus podem se apresentar diretamente a Deus para
oferecer-lhe sua adoração (Hb 10.19-23; 13.15). Aliás, a Bíblia diz que
originalmente Deus desejava tornar a nação de Israel, como um todo, em um reino
sacerdotal (Êx 19.5,6), entretanto, devido ao comportamento da nação, Ele
escolheu a família de Arão como linhagem sacerdotal (Êx 28.1; 40.12-15; Nm
6.40).
O sacerdócio universal dos santos envolvendo todo o povo de
Israel terá o seu cumprimento no milênio, conforme Isaías 61.6: “Vós sereis
chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus”.
Não se pode comparar, sob vários aspectos, a função do sacerdote
Levítico com a do ministro do evangelho dos dias de hoje, porém há, sem dúvida
alguma, certas características do ministério sacerdotal que são, de forma
geral, princípios válidos para todo ministro do Senhor em nossos dias.
As características gerais do ministério sacerdotal são: chamado
divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4); unção e santificação (Lv 8.12);
submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para glória e ornamento (Êx 28.2;
29.6,9). Ademais, o sacerdote só poderia tomar mulher de sua própria nação, e
ela deveria ser ou virgem ou viúva de outro sacerdote (Lv 21). Outra
característica importante: o sacerdote não podia ministrar como ele queria,
pois estava sujeito às leis divinas especiais para ministrar (Lv 10.8).
Não há dúvida de que o ministro do Senhor nos dias de hoje
também deve observar o chamado divino para sua vida, a santificação e a unção
de Deus para exercer o seu ministério, o princípio da submissão no seu dia a
dia e a necessidade de exercer o seu ministério conforme a vontade de Deus (1
Tm 3.1-7; 6.11,12; Tt 1.7-9; 1 Pe 5.1-4).
O sacerdote mantinha estreita comunhão com Deus e muitas vezes Deus
se comunicava com ele diretamente, além disso, Deus lhe revelava como resolver
várias questões surgidas entre o povo. Nós, sacerdotes de hoje, temos os nove
dons do Espírito Santo para nos servir de capacitação para nosso ministério” (COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a
Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 128-132)
“3. Jesus, o mediador de uma melhor aliança. Na Antiga Aliança tudo era perfeito: mandamentos, estatutos
e juízos. Mas o homem, enfermo pelo pecado, não tinha forças para obedecer às
ordenanças divinas como o Senhor requeria de cada um. Mas Jesus, sendo o
perfeito cumprimento da Lei e dos Profetas, veio para morrer em nosso lugar,
resgatando-nos do pecado. Ele é o sacrifício perfeito; expiou-nos as culpas,
justificando-nos perante Deus (Rm 5.1). Através de sua graça, vivemos no
Espírito e cumprimos a Lei do Espírito. Amém!” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 11, 16 junho, 2019]
- “1Tm 2.5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, (a saber) o Messias Jesus, homem. Provavelmente temos diante de nós a
citação de uma oração prefigurada usada na ceia do Senhor. Talvez se vise
enfatizar aqui, em contraposição aos muitos deuses locais, que o Deus único faz
anunciar para uma só humanidade uma só salvação por meio de um só Mediador. Porque
Deus e ser humano foram unidos em Jesus Cristo, este se tornou o Mediador entre
Deus e ser humano. Como verdadeiro ser humano, como ser humano real, como
segundo Adão ele se tornou representante da humanidade adâmica perante Deus. No
entanto, a seqüência de palavras “Cristo Jesus” deixa claro que ele veio da
parte de Deus para expiar os pecados de todo o mundo. Ele é o Messias, que como
ser humano se chamava Jesus” (Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas
aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança).
- “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
homem (5). Nunca conseguiremos exaurir a riqueza de significação que percorre
estas palavras. A ênfase em um só Deus é parte da herança que o cristianismo
recebeu do judaísmo, ênfase que nosso Senhor reafirma muitas vezes. A posição
de Cristo como um só mediador entre Deus e os homens não é declarada desta
forma em nenhuma outra passagem dos escritos paulinos. O texto de Gálatas
3.19,20 dá indícios desta ideia, embora ali não esteja desenvolvido como ofício
de Cristo. E lógico que a Epístola aos Hebreus trata freqüentemente deste
conceito. Identificamos ideia paralela em 1 João 2.1, que associa Cristo como
nosso “Advogado para com o Pai”. Aqui, na passagem sob estudo, este ministério
exclusivo de nosso Senhor é enunciado sem rodeios e de forma clara. Jó 9.33:
“Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos”. O segundo texto é
esta passagem que estudamos: Há... um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem. Ser árbitro é ser juiz, alguém que aprecia ou julga algo,
intermediário, alguém que faz intercessão a nosso favor; em uma palavra:
mediador. Há muitas relações na vida em que os serviços de um mediador
tornam-se importantíssimos. Que alegria saber que na relação que nos é mais
importante na vida — a relação entre Deus e nós — temos tão sublime Mediador!” (J.
Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 463.)
CONCLUSÃO
“Quem recebe a Cristo como Salvador e Senhor,
“nova criatura é; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Andemos em novidade de
vida para a glória de Deus! Ele é o nosso perfeito Sumo Sacerdote.” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 11, 16 junho, 2019]
- nova criatura descreve algo criado num nível qualitativamente novo
de excelência. Diz respeito à regeneração ou novo nascimento (Jo 3.3; Ef 2.1-3;
Tt 3.5; 1Pe 1.23; 1Jo 2.29; 3.9; 5.4). Essa expressão abrange o perdão dos
pecados do cristão pagos pela morte substitutiva de Cristo (Gl 6.15; Ef 4.24). Depois
que uma pessoa é regenerada, os sistemas de valores, as prioridades, as
crenças, as paixões e os planos antigos passam a pertencer ao passado. O mal e
o pecado ainda estão presentes, mas o cristão os vê a partir de uma nova
perspectiva, a eles não mais o controlam. A gramática grega indica que essa
renovação é uma condição de fato contínua. A nova percepção espiritual do
cristão de todas as coisas é uma realidade constante para ele, e agora ele vive
para a eternidade, não para as coisas passageiras. Tiago descreve essa
transformação como a fé que produz obras (Tg 2.14-25).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
JUNHO de 2019
[OREIS por Campina
Grande neste mês de ‘festas juninas’]
PARA REFLETIR
A respeito da
lição “O Sacerdócio de CRISTO e o Levítico”, responda:
• À qual tribo os sacerdotes precisavam
pertencer?
• Os sacerdotes precisavam pertencer
à tribo de Levi.
• Mencione as duas características especiais dos
levitas.
• O chamamento e a unidade.
• Para quê servia a vestimenta sacerdotal?
• A vestimenta tinha
características especiais e cerimoniais, pois servia de “glória e ornamento” do
ministério (Êx 28.2).
• Para onde remonta a origem do ofício
sacerdotal?
• A origem do ofício sacerdotal
remonta a Melquisedeque, rei de Salém (Hb 7.1), e, posteriormente a Arão, da
família de Levi (Êx 29.30).
• O que Jesus fez de diferente dos sacerdotes
araônicos?
• Diferentemente dos sacerdotes
araônicos, que se sucediam no ministério, porquanto mortais e pecadores, Jesus,
sendo eterno e santo, salvou-nos eficazmente através de um único sacrifício;
Ele é a oferta e o ofertante (Hb 7.25). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 9, 2 junho, 2019]