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30 de janeiro de 2019

(JOVENS) Lição 5: Decidindo o Seu Futuro


REVISTA JOVENS 1° TRIMESTRE 2019
TEMA: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números
COMENTARISTA: Reynaldo Odilo Martins Soares

- L I Ç Ã O   5 -
3 de fevereiro de 2019

DECIDINDO O SEU FUTURO

TEXTO DO DIA
“Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e, em seu coração, se tornaram ao Egito.” (At 7.39)

SÍNTESE
Sempre haverá dificuldades na vida daquele que caminha com Deus, mas nunca se deve perder a fé no cumprimento de suas promessas, porque Ele é sumamente fiel!

TEXTO BÍBLICO
Números 13.26-33
26 E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes o fruto da terra.
27 E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto.
28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque.
29 Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela.
3 Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32 E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura.
3 Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.
Números 14.1,2
1 Então, levantou-se toda a congregação, e alçaram a sua voz; e o povo chorou naquela mesma noite.
2 E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhe disse: Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos neste deserto!

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Israel já desfrutava de extraordinários milagres de Deus. Eram aquecidos nas noites frias do deserto, pelo calor de uma gigantesca coluna resplandecente, e durante o dia, logo pela manhã, colhiam um pão maravilhoso que caía diariamente do céu — o maná. Quando o sol, naquela região árida, ia esquentando, os israelitas não eram incomodados, porque havia uma cortina térmica (a nuvem da presença de Deus) que os protegia (Sl 121.5). A caminhada do povo de Deus, em qualquer época, sob quaisquer contingências, apresenta-se, sobretudo, como uma jornada de fé. Deus lhes dava mantimento, conforto e proteção, porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de fé. Eles precisavam enxergar o futuro através dos olhos do Altíssimo e deveriam acreditar que “aquilo que Deus diz é verdade”. Diante disso, o Senhor determinou que Moisés enviasse espias à Terra Prometida. Os israelitas seriam postos à prova! É deste ponto que, hoje, prossegue a saga do povo de Deus no deserto.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- De acordo com Deuteronômio 1.22, Deus condescendeu a um pedido do povo para que a terra fosse investigada. O Senhor não opôs objeção quanto a tal inteligente aproximação. Contudo, a subsequente falta de fé de Israel, torna-se ainda mais vergonhosa à luz do unânime testemunho dos espias que disseram que a terra era frutífera, exatamente como Deus tinha prometido que seria. Os doze foram escolhidos porque eram os melhores. A seleção deles obedeceu a rigorosos cuidados, como acontece, por exemplo, com os agentes secretos de qualquer grande serviço. Nenhum deles era príncipe no sentido hereditário, mas todos foram considerados como tais por suas qualidades, como a inteligência, a força, a perspicácia e a coragem. Nós também temos qualidade, aos nossos próprios olhos e aos olhos daqueles que nos querem bem. Os pais nunca se esqueçam que seus filhos geralmente os consideram inteligentes, fortes, perspicazes e corajosos. Os filhos nunca se esqueçam que seus pais sempre os consideram os melhores, mesmo que não falem. Quando nossa visão a nosso próprio respeito estiver em baixa, lembremo-nos que, para muitas pessoas, nós somos "alguém"; eles esperam de nós que não fracassemos. Aqueles doze foram à luta porque eram considerados príncipes, mas principalmente porque eles mesmos se consideravam príncipes. Com esta visão de si mesmo, puderam partir para a luta. Como nos ensina a Bíblia, cada um de nós foi feito à imagem e semelhança de Deus, não de nós mesmos ou de um animal qualquer. Mais que isto, cada de nós foi criado com um status superior aos anjos e menor apenas de Deus mesmo (Salmo 8.5). Quando visitado por Deus, Gideão vivia obscuramente, filho de uma família obscura, numa aldeia diminuta. No entanto, o Senhor o chamou de "homem valente", de "homem de valor". Nem ele mesmo tinha esta visão a seu respeito, mas Deus o via assim, como me vê a mim e a você, não importa o que achamos de nós mesmos. – That said, let's think maturely the Christian faith!

I - OS ESPIAS
1. O fim da jornada. Em Números 13, Deus acena para o fim da caminhada. Espias deveriam ser enviados para analisar o extraordinário presente de Deus — a Terra da Promissão. Doze homens, representando suas tribos, deveriam subir à Canaã (v. 17). As conquistas dadas pelo Senhor ao seu povo sempre são representadas por “subidas”. É interessante o fato de que Deus tenha se ocupado em fazer com que os filhos de Israel declarassem o desejo de conquistar a promessa, por Ele anunciada. Eles precisavam somente dizer: Que linda e abençoada terra, meu Senhor. Os espias eram representantes de todos que saíram do Egito. Eles tinham sobre si o compromisso de comunicar aos hebreus o que estava além do rio Jordão. A terra que mana leite e mel estava muito próxima e poucos instantes separavam os ex-escravos da maior conquista de suas vidas. O Senhor lhes daria mais que um lugar para habitarem, sobretudo lhes outorgaria dignidade enquanto indivíduos e nação. A promessa feita, ainda, ao patriarca Abraão, o amigo de Deus, estava plenamente em vigor, não obstante os séculos decorridos. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- É interessante a maneira como o comentarista vê o fato que ele chama de “subidas”. Os capítulos 13 e 14 trazem uma história memorável e muito melancólica, onde realmente encontramos uma “subida”, mas também está lá uma “descida” - o retorno do povo de Israel das fronteiras de Canaã, quando eles estavam prontos para lá entrar, e a sentença de que deveriam vagar e perecer no deserto por sua incredulidade e murmurações. “Os espiões avançaram com ordens de Moisés para observarem se a terra de Canaã era boa ou má, cheia de matas ou nua, se eram muitos ou poucos seus habitantes, se eram fortes ou fracos, se eram nômades que habitavam em tendas ou se já haviam se estabelecido há muito com fortalezas muradas. Depois de uma exploração de quarenta dias, do Neguebe até os limites de Hamate, os espias retornaram. Todos concordaram que a terra marrava “leite e mel”, mas dez deles ficaram tão profundamente impressionados com as fortalezas e a estatura gigantesca dos habitantes que incitaram uma onda de opiniões contra qualquer tentativa de tomar a terra. Só Calebe e Josué tinham confiança em que “Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará”. A súbita aparição da glória do Senhor salvou os dois espias fiéis de serem apedrejados. O Senhor propôs a Moisés destruir o povo para formar do próprio profeta uma nação maior. Mas Moisés intercedeu eficazmente por Israel. Ele defendeu a necessidade de preservar a honra de Deus diante dos pagãos, que certamente diriam, “o Senhor não foi capaz”. E ele também apelou para a paciência e misericórdia de Deus. O Senhor perdoou o povo mas também o castigou, declarando que aquela geração que tinha murmurado e se rebelado não veria a Terra Prometida. O povo de Israel, grato pelo perdão mas não compreendendo o significado pleno do castigo prometido, tomou a decisão de agora obedecer naquilo que antes tinha desobedecido. Apesar da advertência de Moisés, subiram para lutar contra os amalequitas e cananeus. Foram completamente derrotados e tiveram de retroceder para Hormate.” (BIBLIOTECA BIBLICA)

2. O tempo da alegria. Deus não escolheu um tempo qualquer para essa visita in locu tão especial. Está escrito que era o tempo das “primícias das uvas” (Nm 13.20). Um período que simbolizava tudo de bom, o tempo de sublime alegria, porque estava acontecendo uma colheita muito grande, de excelentes frutos. As pessoas de Canaã estavam tão felizes que, possivelmente, nem desconfiavam da verdadeira intenção daqueles doze homens que atravessavam seu território. Aquele tempo de alegria em Canaã prenunciava uma vitória maiúscula para os hebreus, recompensa das mãos do Senhor, prometida há mais de quatro séculos. Moisés pediu que eles olhassem tudo, analisassem minuciosamente e, por fim, enfatizou: “[...] esforçai-vos e tomai do fruto da terra [...]” (Nm 13.20). Essa seria a prova incontestável de que o Senhor falara a verdade quanto ao potencial agrícola daquela região.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Como Deus instruiu, Moisés enviou 12 espiões a fim de levantar alguns dados que possibilitassem uma estratégia militar como também, encorajamento no povo. Interessante que destes doze, dez dos espias “infamaram” a terra (v.32), e levaram os israelitas a temer o povo daquela terra e não tiveram fé suficiente para entrar na terra prometida. “As instruções dadas a esses espias, v.v. 17-20. O cumprimento de sua tarefa de acordo com as instruções recebidas, e o seu retorno da investigação, v.v. 21-25. O relatório que eles trouxeram para o acampamento de Israel, v. 26ss”. (Henry, Matthew, Comentário do Pentateuco)

3. A antessala da vitória. Quando os representantes dos filhos de Israel foram enviados à Canaã, eles estavam vivendo na antessala da vitória. Possivelmente havia uma grande expectativa do povo pelos desdobramentos sociais e políticos a partir daquela expedição missionária. Os espias passaram 40 dias transitando na Terra Prometida, observando tudo que tinha sido determinado por Moisés. No fim do período, trouxeram alguns frutos da Terra Prometida e tudo era esplendidamente bom. Deus nunca se equivoca em nenhum de seus conceitos! Provavelmente os israelitas estavam com muita esperança ao perceberem os espias chegando com um gigantesco cacho de uvas (além das romãs e figos). Mas, logo que os viajantes abriram a boca, o que era alegre expectativa transformou-se num inacreditável tormento emocional. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Aquela expedição nunca foi missionária (a atividade missionária é sempre referente à pregação do evangelho entre povos e culturas em cujo meio ele não é conhecido). O trabalho para o qual foram escolhidos comportava riscos de morte para eles e para o seu povo. Se fossem descobertos, pagariam com a vida; ademais, a peregrinação do seu povo em direção à terra prometida quatro séculos antes teria muitas dificuldades para continuar. Além de arriscada, sua tarefa implicava numa imensa responsabilidade. Apesar de estarem na “antessala da vitória”, como escreve o comentarista, sabemos, por experiências próprias, que não existe tarefa de valor que não nos seja difícil levá-la a cabo. Na porta de entrada da terra tão ansiada, desistiram antes de começar. Tudo o que vale a pena fazer ou viver tem um preço. Precisamos saber disso antes mesmo de nos pormos no caminho. Precisamos de coragem para começar, coragem para continuar, coragem para chegar ao fim. Pedro pôde andar sobre as águas, porque teve coragem de se lançar sobre elas. Se mais tempo não andou, é porque o medo venceu a coragem (Mateus 14.29-30).


II – MURMURAÇÃO E FÉ
1. A vista humana. Os espias que voltaram de Canaã dirigiram-se aos seus líderes e ao povo, levando consigo a prova da bênção de Deus: o fruto da terra. Então confirmaram que, de fato, da Terra Prometida manava leite e mel — a expressão não tinha sido nenhum exagero de Deus e a prova disso era o fruto (Nm 13.26,27). Em seguida, porém, afirmaram que as cidades eram muito bem protegidas e os moradores podiam ser considerados gigantes (Nm 13.28,29). Um verdadeiro terror! O olhar humano dos representantes das dez tribos trouxe consequências terríveis para a história do povo de Deus. Um desespero abateu-se imediatamente sobre os descendentes de Isaque. No dia a dia da vida, inúmeros medos solapam a mente humana, como foi mencionado pelo apóstolo Paulo (2 Co 7.5), entretanto isso não pode obstruir a visão daqueles cujos corações estão firmados em Deus (Sl 108.1).”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Este reconhecimento teve a intenção de determinar se a terra era boa ou não, se o povo era forte ou fraco, se habitava em cidades muradas como seus donos permanentes ou em tendas como beduínos. Séculos mais tarde, quando os assírios inventaram a guerra por meio do cerco das cidades, usaram maquinaria pesada e grupos de engenharia para tomar as cidades muradas; e mesmo então levava anos. Do ponto de vista humano, Israel tinha de enfrentar um inimigo formidável. Os espiões trouxeram um relatório concreto sobre a terra. Com este relatório ou palavra (deibeir, v. 26) Josué e Calebe concordaram (vs. 26.29). Foi no relatório pernicioso (dibbat, “uma difamação”, “um boato”, v. 32) que eles objetaram.


2. A visão da fé. No meio dos doze espias havia dois homens de fé: Josué e Calebe. Eles não viviam segundo o que viam, mas eram guiados pela fé. Logo quando os dez espias começaram a desanimar o povo, Calebe levantou-se e proferiu palavras de fé e exortação. Ele compreendia, como Martin Luther King, que “mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização”. Ele sabia que Deus poderia fazer, num movimento, o que os homens passariam meses e anos para realizar. Josué e Calebe, com ímpeto, refutaram instantaneamente os outros companheiros de viagem, pois estes haviam dito que os cananitas eram mais fortes do que eles e, que, por tal motivo, Israel não deveria conquistar a Terra Prometida (Nm 13.30)..”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- “Calebe disse: Eia! subamos, e possuamos” - Calebe tinha confiança naquele que dera provas a respeito de si mesmo até então. Moisés expressou a característica atitude de Calebe quando disse: “O Senhor vosso Deus . . . pelejará por vós, segundo a tudo o que fez conosco... no Egito; como também no deserto” (Dt 1.30,31). Certamente prevaleceremos contra ela. Foi depois desta expressão triunfante de fé que os dez espiões começaram sua campanha difamatória (infamaram, v. 32). Isto foi o suficiente pala torná-los objeto do desprezo divino. “Enquanto se preparavam para a espionagem, Calebe e Josué não desgrudaram de Deus. Enquanto percorriam a terra inimiga, os dois não perderam a visão de Deus. Enquanto relataram ao povo o que viram, ambos não se esqueceram da promessa de Deus. Eles conheciam a Deus e sabiam, por isto, qual era a Sua vontade. Deus já lhes tinha dado a terra, não importavam quão armadas estivessem as tropas inimigas e quão inexpugnáveis fossem as fortalezas adversárias. Eles tomaram o recuo diante dos problemas como uma rebeldia diante de Deus. Pela fé, então, eles viram não uma terra a ser conquistada, mas uma terra já conquistada. A fé renovada aumentou neles a dependência de Deus e a confiança nEle. Sua fé lhes levou a olhar para o Senhor.” (PRAZERDAPALAVRA)

3. O poder do desânimo. O discurso negativo dos dez espias adentrou o coração dos hebreus a ponto de fazer com que esqueceu-se das promessas do Senhor. O povo, subitamente, esqueceu-se do Deus que deu um filho a Abraão na sua velhice, através de uma mulher estéril. Esqueceram-se daquEle que trouxe as dez pragas ao Egito e os tirou com mão forte e braço estendido das garras de Faraó. Nenhuma imagem, palavra, teoria, ou discurso seria mais eloquente do que o poder do desânimo disseminado pelos espias incrédulos. Está escrito que toda a congregação chorou naquela mesma noite (Nm 14.1). O projeto de Deus, dado e confirmado para várias gerações de crentes fiéis, estava, agora, fulminado no coração daqueles ex-escravos, por causa de uma única abordagem pessimista de um grupo de dez homens infiéis.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- “Infamaram a terra” (v 32). O hebraico diz: Espalharam uma difamação da terra, o que sugere que deram início a uma campanha de difamação contra os dois homens fiéis. È terra que devora os seus moradores. Isto não significa que a terra fosse pobre - eles mesmos provaram o contrário - mas que muita gente brigava por causa dela justamente por ser tão boa. “Gigantes (os filhos de Enaque)” (v 33). Alguns sugerem que os espiões imaginassem que havia gigantes por ali, quando viram os grandes muros, alguns de até 15 metros de altura, supondo que só gigantes poderiam tê-los construído. Mas as medidas do estrado da cama do rei Ogue dados em Deuteronômio 3.11, testificam da existência de uma raça de pessoas anormalmente grandes. Dt 2.10,20 e Gn 14.5 indicam que no tempo dos patriarcas existiam “gigantes” que recebiam diversas designações locais (emins, zuzins e refains). No hebraico de Dt 2.11 os enaquins são chamados refains (traduzido para “gigantes”). Josué 11.22 conta-nos que os enaquins permaneceram em três das cidades filisteias: Gaza, Gade e Asdode (Jr 27.5). A família de Golias em Gade poderia descender dessa gente, pois em 2º Samuel 21.16,22 e em 1º Crônicas 20.4-8 esses gigantes filisteus são chamados de filhos Rafa. “Eles se esqueceram de Deus, ou melhor, eles se esqueceram de Quem Deus é. Deus era aquele que concordara com a estratégia de se enviar espiões à terra, mas sobretudo era aquele que estavam enviando o Seu povo para habitar na terra. A conquista da terra não dependia do trabalho dos espiões. A terra já estava dada. Por não conhecerem Deus, os dez acharam que eram eles quem conquistariam a terra, que as coisas dependiam deles, e sucumbiram diante de tanto peso. Deus já dera a conhecer a Sua vontade. Era só fazer o que mandava. Eles preferiam seguir sua própria visão, contra a visão de Deus. Gosto de uma mãe, que conheço e que sempre diz à sua filha, quando em tribulação: - Minha filha, Deus alguma vez te abandonou? Podemos perdermos todas as visões, mas não podemos perder a visão de Deus. Nossa força é a presença de Deus. Nosso vigor é ter os olhos fitos em Deus. Nossa esperança é vivendo segundo as Suas promessas. Fora disso, somos calados pelo desânimo, paralisados pelo medo, derrubados pela tragédia nunciada (imaginada).” (PRAZERDAPALAVRA)


III – COLHENDO FRUTOS AMARGOS
1. O povo volta ao Egito. O momento mais decisivo e alegre do povo transformou-se no pior de todos os pesadelos, pois segundo Atos 7.39 eles voltaram ao Egito em seus corações. Anelaram a escravidão, o pecado, as festas pagãs, e abandonaram ao Senhor. Eles preferiram os ídolos egípcios e apostataram da fé. “E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito” (Nm 14.4). Nesse momento, Moisés e Arão caíram de joelhos diante de todo o povo, ao passo que Josué e Calebe rasgaram suas vestes e tentaram animar o povo a confiar em Deus; porém, ao contrário, todos tencionaram apedrejá-los, o que só não aconteceu porque Deus manifestou a sua glória (Nm 14.5-10). Uma cena incrível! Como pessoas alcançadas pela bondade maravilhosa de Deus foram tão ingratas e incrédulas? Não acontece isso, porventura, muitas vezes em nossos dias? [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Pela primeira vez, a murmuração se revelou na formal de uma rebelião deliberada, uma volta à escravidão. É a atitude do cristão que às vezes sente que ser escravo do pecado, junto com todos os que o rodeiam, é mais fácil do que ser um arauto isolado da fé em Cristo e da vida santificada, com suas responsabilidades. “14.1-12 A apostasia do povo, em Cades-Barneia. Indiferente a todos os milagres que Deus fizera por eles, os israelitas se rebelam contra Moisés e contra Deus. Murmurar parece ser o comportamento normal deste povo. Sua descrença se revela assim: “Oxalá tivéssemos morrido no Egito” v. 2; a voz da fé diz: “Subamos animosamente e possuamos a terra prometida”, v. 8; 13.30. • N. Hom. O décimo quarto capítulo nos ensina: 1) Dentro de quinze dias, o povo poderia ter entrado no gozo que Deus preparara; a desobediência causou um atrasa de quarenta anos, v. 34; 2) A nobreza do coração de Moisés, que em nada reputou sua própria glória, pensando só na grandeza de Deus, vv. 13-19; 3) O perdão que Deus concede nem sempre anula as consequências dos nossos atos pecaminosos, vv. 20-23; 4) O comentário inspirado deste capítulo se acha em Hb 3.74.13, com sua mensagem dupla: “Não endureçais os vossos corações”, (3.7-4.2) e “Ouvi a sua voz”, (4.3-13).” (BIBLIOTECABIBLICA)

2. O povo é reprovado. Os mais de seiscentos mil homens adultos daquela geração foram, então, reprovados pelo Senhor: não entrariam na Terra Prometida. A promessa que repousava sobre eles passou para a geração seguinte. Eles não eram dignos de herdar a bênção divina, pois viram a glória do Senhor e os sinais realizados no Egito e no deserto, mas mesmo assim rejeitaram Deus por dez vezes e não obedeceram à voz do Eterno. As pessoas que um dia participaram dos banquetes espirituais e se fizeram participantes do Espírito Santo e, depois, decidiram apostatar da fé, correm o risco de não serem mais admitidas por Deus. Esse risco não só é real, como também é impreterível (Hb 6.4-6).”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- Indiferentes a todos os milagres que Deus fizera por eles, os israelitas se rebelam contra Moisés e contra Deus. A falta de fé, estragando todo bem que Deus quer fazer, é algo que inutiliza o ser humano de tal maneira que já é morto no pecado e merece a destruição, v. 12 “O meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hb 10.38-39).

3. Quarenta dias se tornam em quarenta anos. Deus demonstrou indignação pela falta de confiança dos israelitas, por isso Ele transformou 40 dias de desânimo e falta de fé em 40 anos de caminhada pelo deserto (Nm 14.33,34). Um ensinamento que o povo de Israel jamais esqueceria. Deus estava mostrando que a dúvida em relação à sua Palavra traria sérias consequências. Nunca perca a fé, jamais murmure, olhe para o futuro com esperança e sempre creia no poder de Deus. Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si uma dor e vergonha que nunca serão esquecidas.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- A geração do êxodo proveu um exemplo de apostasia que o salmista (Sl 95.7-11) e os autores do Novo Testamento (1Co 10.5; Hb 3.12-4.13) usaram para advertir as gerações posteriores do povo de Deus. Deus condena e castiga o povo, pela sua obstinação e incredulidade. Aquela geração rebelde peregrinaria por 40 anos no deserto e não possuiria a terra, porque deliberadamente se rebelou e abandonou ao Senhor seu Deus, recusando-se a realizar os propósitos divinos para a vida da nação e do mundo inteiro. “Dentro de quinze dias, o povo poderia ter entrado no gozo que Deus preparara; a desobediência causou de quarenta anos, v 34; 2) A nobreza do coração de Moisés, que em nada reputou sua própria glória, pensando só na grandeza de Deus, vs 13-19; 3) O perdão que Deus concede nem sempre anula as consequências de nossos atos pecaminosos, vv 20-23; 4) O comentário inspirado deste capítulo se acha em Hb 3.7-4.13, com sua mensagem dupla: “Não endureçais os vossos corações”, (3.7-4.13) e “Ouvia a Sua voz”, (4.3-13).” (Bíblia Shedd)


CONCLUSÃO
A geração que saiu do Egito tinha, de fato, enormes dificuldades para conquistar os “gigantes” de Canaã; mas, quaisquer que fossem os obstáculos, Deus lhe introduziria, como prometido, naquela boa terra. Os hebreus só precisavam crer e obedecer, porém preferiram a rebeldia em seus corações. Por isso, morreram e foram enterrados em sepulturas no deserto. Poderia ter sido diferente, pois “o justo viverá da fé”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019]
- A história da espionagem hebréia da terra de Canaã nos apresenta dois grupos de pessoas: o primeiro é constituído dos dez que não quiseram avançar sobre a terra prometida; o segundo é formado pelos dois que ousaram ir à luta pela conquista. Diante dos obstáculos e mesmo diante da vida, eles nos tipificam. Nós somos os dez. Nós somos os dois. Os dez são os fracos. Os dois são os fortes. Os dez são os medrosos. Os dois são os corajosos. Os dez são os desanimados. Os dois são os animados. É natural pensarmos que os desanimados estão entre os adultos e os idosos. No entanto, temos visto cada vez mais que o desânimo não respeita experiência; há, cada vez mais, jovens e adolescentes com baixa disposição para enfrentar seus desafios. Por isto, em diferentes idades, "há pessoas que parecem fadadas ao fracasso e à derrota. Foram tantas vezes vencidas pelo torvelinho do mundo que a única coisa que esperam da vida são as pancadas que lhes destroem as forças" (TOURNIER, Paul. Os fortes e os fracos. São Paulo: ABU, 1999, p. 18).
Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2019

HORA DA REVISÃO
1. Conforme a lição, ao determinar o envio de espias, o que Deus estava indicando?
Deus estava indicando o fim da caminhada.
2. Segundo Números 13.20, em que momento Deus comissionou os espias?
No tempo das primícias das uvas.
3. Identifique pelo menos uma passagem bíblica que demonstre a fé e obediência de Calebe.
Números 13.30.
4. Qual referência bíblica afirma que os hebreus voltaram ao Egito em seus corações?
Atos 7.39.
5. Qual a lição que Deus ensinou ao transformar 40 dias de desânimo dos espias em 40 anos de caminhada no deserto?
Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si dor e vergonha que nunca serão esquecidas. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 5, 3 Fev, 2019].