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23 de janeiro de 2019

(JOVENS) Lição 4: A Presença de Deus no Deserto


REVISTA JOVENS 1° TRIMESTRE 2019
TEMA: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números
COMENTARISTA: Reynaldo Odilo Martins Soares

- L I Ç Ã O   4 -
20 de Janeiro de 2019

A PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO

TEXTO DO DIA
“Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam.” (Nm 9.22)

SÍNTESE
A presença de Deus no meio do povo era garantia de segurança, alegria e descanso. Pois, caminhar pelo deserto envolvia correr perigos dos mais diversos.

TEXTO BÍBLICO
Números 9.15-22
15 E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã.
16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.
17 Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial.
18 Segundo o dito do SENHOR, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial.
19 E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel tinham cuidado da guarda do SENHOR e não partiam.
20 E era que, quando a nuvem poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam.
21 Porém era que, quando a nuvem desde a tarde até à manhã ficava ali e a nuvem se alçava pela manhã, então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam.
22 Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Caminhando com Deus, pelo deserto, o povo estava aprendendo uma lição espiritual a cada dia. As diversas leis tinham o objetivo de mostrar que um Deus santo requeria um povo santo (Lv 20.7). Entretanto, as pessoas que saíram do Egito não tinham noção dessa exigência divina e foram conhecendo o caráter de Deus à proporção que seguiam rumo à Canaã. Um ano depois da saída do Egito, os hebreus estavam tendo uma nova revelação a respeito da presença de Deus. O Senhor estava com eles, acompanhando-os numa coluna de fogo nas noites congelantes do deserto e, durante os dias, sob o sol escaldante de um dos lugares mais quentes do mundo, uma monumental nuvem trazia refrigério para milhões de pessoas. O Altíssimo, carinhosamente, fazia-os viver em uma temperatura agradabilíssima, podendo eles, assim, desfrutarem de uma paisagem inigualável, de dia ou de noite. Com o movimento da nuvem ou coluna de fogo, Deus indicava o momento de parar a caminhada e de prosseguir.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- "De dia a nuvem do Senhor ficava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo na nuvem, à vista de toda a nação de Israel, em todas as suas viagens" (Êx 40.38); "Era assim que sempre acontecia. de dia a nuvem o cobria, e de noite tinha a aparência de fogo" (Nm 9.16); "A nuvem do Senhor estava sobre eles de dia, sempre que partiam de um acampamento" (Nm 10.34). Quando acompanhamos o desenrolar do Êxodo, do Egito a Canaã, via deserto do Sinai, aprendemos como foi esta caminhada e aprendemos como é a nossa. Há semelhanças e diferenças entre as caminhadas, mas o Deus dos hebreus é o mesmo hoje. Ao longo das Escrituras encontramos textos que afirmam que esta caminhada foi acompanhada pessoalmente por Deus que se mostrou através de uma dupla manifestação: uma nuvem de dia e uma coluna de fogo à noite. O Senhor não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta coluna, segundo Charles F. Pfeifer, “era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu povo”. Reflitamos sobre a glória de Deus possível sobre as nossas vidas. – That said, let's think maturely the Christian faith!

I - A NUVEM E A COLUNA DE FOGO
1. A presença contínua. Quando o povo levantou o tabernáculo, o qual foi feito conforme o modelo dado por Deus no monte Sinai, a nuvem da presença do Senhor surgiu gloriosamente (Nm 9.15). Os milhões de peregrinos que estavam ao redor do tabernáculo, nas suas respectivas tribos, entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina. No fim da tarde, quando o sol declinava e a temperatura começava a cair, outro milagre acontecia: a nuvem ficava com uma aparência de fogo, permanecendo assim até pela manhã, quando, novamente, voltava a ser um refúgio contra o sol. Esse processo perdurou, continuamente, por quase 40 anos (Nm 9.16). O Senhor estava testemunhando a todo o povo: “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28.15). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Este fenômeno apareceu pela primeira vez no próprio Êxodo (Êx 13.21-22). A nuvem não cobria toda a estrutura, mas a tenda do testemunho - ou, o tabernáculo acima da tenda do testemunho, ou seja, a parte do tabernáculo em que estava o testemunho, ou a arca do testemunho (Êx 25.16; 22). O tabernáculo (no hebraico, אוהל מועד, המשכן Mishkan), “Tenda do Encontro”, “Tenda da Reunião” (Êx 29.42-45), era o local onde YAHWEH descia com Sua presença, local onde ele trata com Seu povo e faz conhecido Seu desejo (Êx 25.8). O fenômeno é agora novamente descrito em conexão com as jornadas que devem ser narradas na sequência do livro. O relato da nuvem que cobre o Tabernáculo é repetido na medida em que a história que se segue relaciona a remoção do Tabernáculo sob a orientação da mesma nuvem que o cobriu em sua ereção. Era uma vantagem gloriosa para os judeus serem conduzidos pela nuvem no deserto, que era para eles um símbolo constante da Presença Divina; mas que os cristãos se lembrem de que em Jesus Cristo eles têm uma promessa muito mais expressiva da presença e favor de Deus; e são muito mais felizes em ser guiados pela luz do Evangelho; que lhes mostra o caminho em que devem andar durante sua estada neste mundo, a fim de que cheguem às alegrias do céu. Veja o relato completo desta nuvem sobrenatural amplamente explicado em Êxodo 23.21 e 40.34-38.

2. O mover imprevisível. O texto de Números 9.17-23 fala a respeito do mover imprevisível de Deus, representado nos deslocamentos da nuvem e da coluna de fogo. Impressionante como o Espírito Santo, que inspirou os escritores bíblicos, fez questão de mencionar que, às vezes, o referencial da presença de Deus permanecia no mesmo lugar um ano ou, inexplicavelmente, menos de um dia. Interessante perceber, também, que não havia nenhum fenômeno natural perceptível que antecedesse os movimentos vertical (subida e descida sobre o tabernáculo) e horizontal (mudança geográfica) da nuvem ou da coluna de fogo. O Senhor, por sua soberania, de dia ou de noite, sem mandar qualquer aviso, simplesmente transferia o lugar da nuvem ou a coluna de fogo. Não havia, nem há, paradigmas para entender o mover de Deus. Porventura, nos dias atuais, não é com a mesma imprevisibilidade e aparente ilogicidade eventual que Deus age?”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Thomas Coke comentando Números 9.15, escreve: “Maimônides diz que a razão para Moisés ser tão especial ao repetir tantas vezes essa circunstância de marchar e descansar ao comando de Deus, era refutar a opinião dos árabes e de outros que imaginavam que a razão dos israelitas permanecerem por tanto tempo no deserto era porque haviam perdido o caminho: o que, ele observa, era um conceito muito ocioso; desde o caminho do monte Horebe até Cades Barnéia, nas fronteiras de Canaã, era uma estrada conhecida e batida, e não mais do que onze dias de viagem; de modo que era quase impossível para eles perdê-lo, muito menos para vagar em uma condição desnorteada por quarenta anos.

3. A obediência voluntária. Deus estava treinando os israelitas para que eles, com alegria, aprendessem a obedecer ao Senhor. Vale lembrar que, repetidamente, as Escrituras dizem que eles eram rebeldes ou de “dura cerviz” (Dt 10.16; Jr 7.26; Mc 10.5; At 7.51). Assim, por vezes, a nuvem passava um longo período parada e, depois, numa sequência inesperada, era transferida de lugar rapidamente, mas o povo a seguia, como se vê: “Segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam; da guarda do SENHOR tinham cuidado, segundo o dito do SENHOR pela mão de Moisés” (Nm 9.23). Os que servem a Deus devem aprender a obedecer voluntariamente ao Senhor, de todo coração, como Davi recomendou a Salomão (1 Cr 28.9), para que tenham vitória nas grandes lutas que travarem. A obediência é um segredo, uma bússola, um mapa e um caminho. Andar por ela é sinal de sabedoria, humildade, fé e sempre produz os resultados da verdadeira prosperidade na vida. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- “Manteve a responsabilidade do Senhor - Quando consideramos a disposição forte que essas pessoas testificaram para seguir sua própria vontade em todas as coisas, podemos ficar bem surpresos em encontrá-las. nessas jornadas, seguindo tão implicitamente as orientações de Deus. Não poderia haver truque ou impostura aqui. Moisés, se ele tivesse sido o mais esperto dos homens, nunca poderia ter imitado as aparências mencionadas neste capítulo. A nuvem, e cada coisa em seu movimento, era tão evidentemente sobrenatural, que as pessoas não tinham dúvidas de que ela era o símbolo da presença Divina. Deus escolheu manter esse povo tão dependente de si mesmo, e tão submisso às decisões de sua própria vontade, que nem mesmo lhes daria tempos regulares de marchar ou descansar; eles deveriam fazer as duas coisas quando e onde Deus visse melhor. Assim, eles foram sempre preparados para a sua marcha, embora perfeitamente ignorantes da época em que deveriam começar. Mas tudo isso estava bem; eles tinham a presença de Deus com eles; a nuvem de dia e o fogo à noite demonstravam que Deus estava entre eles. Leitor, tu és aqui um inquilino à vontade de Deus Todo-Poderoso. Quão cedo, em que lugar, ou em que circunstâncias, ele pode chamá-lo para marchar para o mundo eterno, você não sabe. Mas esta incerteza não pode incomodar-te, se estiveres devidamente sujeito à vontade de Deus, sempre disposto a perder a tua vontade nela. Mas tu não podes ser assim sujeito, a menos que tenhas o testemunho da presença e aprovação de Deus. Quão terrível ser obrigado a entrar no vale da sombra da morte sem isso! Leitor, prepare-se para encontrar o teu Deus" (Adam Clarke. Disponível em: https://bibliacomentada.com.br/biblia/numeros-capitulo-9-versiculo-23-comentado-por-versiculo.html. Acesso em: 21 Jan, 2019).


II – O INÍCIO DA CAMINHADA
1. A ordem para marchar (10.11-13). Deus possui um aguçado senso de beleza e organização, entretanto esse traço de seu caráter justifica-se não apenas pela estética e estratégia de suas determinações, mas sobretudo em face do grande amor pelo seu povo. O Senhor mandou fazer duas trombetas de prata, uma sofisticada obra de arte (a prata era depurada no fogo, daí por que é símbolo da redenção na Bíblia), as quais serviam para conclamar o povo para se reunir e dar o sinal de partida do acampamento, tudo muito organizado. Entretanto, mais adiante, Deus disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em dificuldades (o toque das trombetas era uma verdadeira oração) e nas festas religiosas (Nm 10.2, 9,10). Dessa forma, o início de toda caminhada era marcado, simbolicamente, por um momento de oração. O toque das trombetas movia o coração de Deus em favor do povo e o Senhor se lembrava da aliança firmada. A promessa de Deus, feita desde os dias do patriarca Abraão, seria cumprida, pois Deus é fiel.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Os israelitas haviam se acampado no deserto do Sinai cerca de onze meses e vinte dias (Êx 19.1). Eles agora receberam a ordem de Deus para decolar e seguir em direção à terra prometida. Foi-lhes ordenado que fizessem duas trombetas de prata (dois é o número de testemunho - pela boca de duas testemunhas era verificado um fato). As duas trombetas eram usadas para convocar o povo ao tabernáculo e para alertá-los quando estavam prestes a levantar acampamento. As trombetas (Heb hatsotsorot, um termo técnico, diferente daquele empregado para as trombetas tocadas no jubileu (shofar, Lv 25.9). Bíblia Shedd.) eram duas e serviam para convocar os homens e para apelar a Deus, o que mostra a obra dupla do culto: a pregação da Palavra e a oração. As trombetas deviam ser tocadas segundo as regras estabelecidas para a convocação do povo, fosse para a paz, ou para a guerra. Estas trombetas também eram tocadas nos dias festivos para preparar o povo para a comunhão com Deus. Posteriormente, Davi expandiu os instrumentos para incluir a orquestra inteira na adoração ao Senhor (1Cr 25), mas manteve o uso das trombetas de prata regularmente diante da arca da aliança (1Cr 16.6). (Bíblia de Estudo NVI Vida.). De maneira figurada podemos dizer que os ministros de Deus, ao alçarem sua voz, como de uma trombeta, mostram a vida e a morte pela pregação do evangelho, concitando assim o povo ao arrependimento e a fé no Filho de Deus. Veja Is 27.13, Jr 4.5; Ez 33.4, 5; 7-9; 1 Ts 4.16; Ap 8.2. Deus pretende que Seu povo seja ordeiro e unido no cumprimento de Seus mandamentos, 1 Co 14.8.
As trombetas eram tocadas sete vezes. No livro do Apocalipse também encontramos sete trombetas, e são também relacionadas com o povo de Israel: tocadas durante o período da tribulação, elas moverão os judeus de todos os cantos da terra até a Terra Prometida.” (BIBLEFACTS)

2. Confiança do líder abalada (10.29). Em meio a tantas demonstrações eloquentes do cuidado de Deus, percebe-se uma falta de confiança do líder Moisés, pois convidou Hobabe, seu cunhado, para guiar o povo nos caminhos do deserto (Nm 10.29-32). Ora, a presença de Deus, representada na nuvem e na coluna de fogo, sinalizava perfeitamente quando o povo deveria acampar e seguir viagem, e qual rota percorrer, mas Moisés entendeu que seria bom ter alguém com experiência para “ser seus olhos” e socorrê-los em tempo oportuno. Mas, o Senhor compreendeu a fraqueza do líder e sequer o repreendeu. Moisés também precisava aprender a confiar. Vê-se, porém, que em nenhum outro momento Hobabe é mencionado nas Escrituras, dando provas que o convite de Moisés foi estéril e inócuo. Deus é quem comanda e guia os passos do seu povo.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Hobabe, filho do midianita Reuel (NVI). Sendo assim, Hobabe era cunhado de Moisés. Reuel. Jetro (ver Êx 2.18; 3.1). (Bíblia de Estudo NVI Vida). Moisés convida seu cunhado Hobabe a guiá-lo pelo deserto. É provável que de fato acompanhara o povo, conforme se deduz de Jz 1.16; 4.11; 1 Sm 15.6. Parece, entretanto, que este pedido poderia ser perfeitamente dispensável, conforme vv. 33, 34, 36. “Moisés convidou seu cunhado, Hobabe, a acompanhá-los usando do argumento que lhes seria útil devido ao seu conhecimento da região. Também os crentes são peregrinos e forasteiros neste mundo, indo para a gloriosa presença do Senhor. Nosso convite aos que nos rodeiam é "vem conosco": é uma marcha dos redimidos em direção à Jerusalém celestial.
“Moisés sabia que o SENHOR iria conduzi-los pelo deserto, portanto não precisava de um "guia", como seu cunhado. Estaria ele perdendo a sua fé no SENHOR, garantindo-se com um guia? Infelizmente as igrejas muitas vezes procuram os "especialistas", pessoas sem qualquer discernimento espiritual, para lhes dar orientação. Com isto, elas se desviam da verdade e com freqüência passam a ser exploradas por homens sem escrúpulos. Cristo deve ser a única cabeça de cada igreja, e é ele quem deve liderá-la e guiá-la, mediante o seu Espírito, e a Sua Palavra.” (BIBLEFACTS).

3. O pecado da murmuração (11.1-10). Na caminhada dos hebreus pelo deserto, o Senhor sempre esteve presente cuidando do seu povo, mas, como visto anteriormente é inevitável que as fraquezas dos líderes apareçam e, infelizmente, também, existam rebeliões. Em Números 11.1-10 diz-se que aconteceu murmuração no meio do povo por causa da comida (toda murmuração dirige-se, em primeiro plano, contra Deus) e o Senhor levou em consideração as palavras proferidas a tal ponto que muitos israelitas morreram como castigo pela rebelião. Judas escreveu a respeito de alguns indivíduos não recomendáveis que eram “murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse” (Jd 16). Certamente o que os israelitas fizeram foi muito grave diante do Senhor, pois a Bíblia diz que a maldição não vem sem causa (Pv 26.2). Importante que cada cristão aprenda a ser agradecido, de todo coração, e nunca despreze o “pão” que Deus dá.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- É interessante notar que antes de Deus ter revelado Sua Lei e Sua Aliança no monte Sinai (Êx 19 e 20); a murmuração do povo foi tratada com menos severidade, Êx 15.2227; 16.2-8. A mais plena revelação de Deus exige um comportamento melhor.
Israel murmura contra Deus e contra Moisés. Queixando-se contra o maná do céu, queria carne, quando tinham rebanhos em abundância, e, numa revolta de incredulidade, disse: “Quem nos dará carne a comer?”, v. 4. Deus lhes satisfez o apetite físico, mas suas almas emagreceram, Sl 106.15. Solene advertência aos Ministros de Deus: sempre haverá na Igreja de Deus os descrentes, que murmuram contra a Causa de Deus e tomam partido com os leais e fiéis; mesmo assim, os Ministros devem permanecer firmados em Deus, preocupados em fazer somente aquilo que Deus deseja. A igreja deve ser advertida a que haja maior união e compreensão da parte dos membros para com seu Ministro, para juntos colimarem os superiores propósitos do Reino de Deus. • N. Hom. Os vv. 1-10 nos ensinam por que não nos devemos queixar: 1) Porque isto revela uma falta de confiança em Deus; 2) Porque é falta de visão; 3) Porque nos traz grandes prejuízos; 4) Porque é a própria ingratidão.” (BIBLIOTECABÍBLICA)

III – DEUS LEVANTA COOPERADORES
1. Carga pesada. Na caminhada com Deus, pelo deserto a cada dia os limites humanos são testados. O grande Moisés que, pouco tempo antes, tinha convidado Hobabe para ser “seus olhos” na peregrinação (tinha plano até para quando Deus falhasse na orientação), agora pensa em desistir do ministério. Ele concluiu: “Eu sozinho não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal” (Nm 11.14,15). A resposta que Deus ofereceu a Moisés ressoa como modelo ministerial pelos séculos. O líder é feito de “carne e osso” e, por isso, precisa de apoio e companhia. Sempre que Deus quis fazer algo significativo, antes de tudo, montou uma equipe. Talvez Moisés, até aquele instante, acreditasse ser possível liderar sozinho, mas o Senhor permitiu que ele ficasse esgotado emocionalmente para aprender a depender mais dEle. Então, o Altíssimo designou setenta anciãos para auxiliar o seu servo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Não demora muito, Moisés também se queixa, refletindo a rebelião do povo nas suas próprias atitudes. Rebela-se contra sua vocação que o levou a abandonar uma situação de conforto e de honra, para padecer privações e graves responsabilidades, e ainda por cima aguentar as injúrias de pessoas totalmente inferiores a ele. Queixa-se da própria vida, pecando assim contra Deus (vv. 10-15). Agora, note o seguinte no versículo 4: a reclamação vinha do “E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo” (ACF), e “Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula” (NVI); Essa gente não se compunha de israelitas, mas de pessoas que vieram do Egito juntamente com os filhos de Israel (Êx 12.38). Isto defato, revela uma rebelião iniciada pelos estrangeiros que contaminou os israelitas levando-os a murmurar contra Deus. O povo preferia a vida sob Faraó à vida com o Senhor que providenciava maná.

2. Dividindo a carga. Deus, de maneira sábia, pediu que Moisés escolhesse setenta líderes para que o auxiliasse. A escolha seria de Moisés, porém eles seriam instrumentos do Senhor, para ajudar na condução da obra. Observa-se um segundo aspecto relevante nessa história: os auxiliares precisavam ter o mesmo espírito de Moisés, pensar a mesma coisa, compartilhar do alinhamento do entendimento do líder, ação precípua do Espírito Santo. Só assim a carga pesada das atribuições seria, de fato, compartilhada. Pouco tempo depois houve o episódio das codornizes, o primeiro teste dos 70 líderes (Nm 11.31-35). Deus é bom e fiel, pois, certamente, se Moisés estivesse sozinho nessa nova e grave situação ele teria sucumbido.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- A misericórdia de Deus se revela na ação de dar alívio ao Seu servo sobrecarregado. Estes setenta anciãos são apontados para ser líderes religiosos, assistindo no tabernáculo, cheios do Espírito (v. 17), portanto não devem ser confundidos com os “procuradores”; de Moisés que, em resposta a uma ideia moralmente humana, foram escolhidos para funções mormente cívicas, para ajudar nas questões fáceis, Êx 18.13-27. Agora, note no versículo 31, quando diz que: “Depois disso, veio um vento da parte do Senhor que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as direções até num raio de uma caminhada de um dia”, Não se trata da espessura da camada de codornizes pelo chão, mas sim que os pássaros esgotados pela migração estavam voando nesta altura (mais de um metro), e por isso mesmo, eram uma presa fácil para os israelitas. (Bíblia Shedd).

3. Insubmissão. Moisés, depois de ter a carga administrativa aliviada pelos setenta líderes chancelados por Deus, viu ruir os apoios mais importantes que tinha: o de Miriã e Arão, seus amados irmãos, os quais se insurgiram fortemente contra ele, mas “o SENHOR o ouviu” (Nm 12.2). Os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor, inclusive Miriã ficou leprosa por causa dessa insubmissão ao líder. Ferir o princípio da autoridade e submissão, desobedecendo a liderança, não é uma atitude sábia e prudente, ainda que existam ponderações de natureza administrativa consideráveis.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- “Os dois eram mais velhos que Moisés e, por pretensões em assuntos de família, estavam dispostos a desafiar a autoridade de Moisés. Deus, porém, não deixa de punir os que maltratam e desrespeitam Seus Servos. Compare Sl 105.15; Hb 13.17, Nm 12.9-14. • N. Hom. O décimo segundo capítulo nos ensina: 1) Os ciúmes entre os obreiros cristãos são tristes e perigosos; 2) O silêncio é a melhor resposta às acusações falsas; 3) O próprio Deus é o, melhor defensor. e campeão da Sua própria honra e da do Seu povo; 4) Deus pede, sobretudo, a fidelidade no Seu. serviço, H 3.1-6. “Muito bem, servo bom e fiel”, Mt 25.23.” (BIBLIOTECABIBLICA). Miriam parece ter sido o líder nesta insurreição contra a autoridade de Moisés. O nome dela ocorre antes do de Aarão, seja como o sujeito mais próximo ou mais proeminente; e o verbo que é traduzido "falou" é o gênero feminino. Além disso, o julgamento que foi infligido ( Num. 12:10 ) caiu sobre Miriam, e não sobre Aaron. que parece ter cedido às sugestões de Miriam, como já havia feito ao pedido dos israelitas em relação ao bezerro de ouro. (ELICOTT). Parece que o ciúme do poder e influência de Moisés foi a causa real de sua queixa; O Pr Metodista Joseph Benson (1749-1821) comentando a origem dessa sedição, escreve: “Miriam parece ser a primeira a ser nomeada, porque ela foi a primeira criadora da sedição; portanto ela é mais eminentemente punida. Zípora, que é aqui chamada de etíope, em hebraico, cuchita, porque era midianita: a palavra Cush sendo geralmente usada nas Escrituras, não para a Etiópia, propriamente dita, acima do Egito, mas para a Arábia. Provavelmente não brigaram com ele por se casar com ela, porque isso foi feito há muito tempo, mas por ser influenciado por ela e por suas relações, pelas quais eles poderiam pensar que ele foi persuadido a escolher setenta governantes; pelo qual a sua co-participação no governo eles achavam que sua autoridade e reputação diminuíam. E porque eles não ousam acusar a Deus, eles cobram Moisés, seu instrumento, como a maneira dos homens é.” (BIBLIACOMENTADA).
O final do comentário, “Deus diz na Bíblia que rebeldia é pecado (1 Samuel 15:23). Rebeldia é pecar contra Deus de propósito, com a intenção de desobedecer. A rebeldia afasta de Deus e causa muitos problemas. A rebeldia é escolher o pecado, conhecendo o que é certo. Alguns pecados são cometidos por falta de conhecimento mas a pessoa rebelde sabe que está agindo contra a vontade de Deus. A rebeldia é uma afronta direta a Deus, rejeitando Sua autoridade (Atos dos Apóstolos 7:51). A maior forma de rebeldia é conhecer a verdade do Evangelho mas rejeitar Jesus como salvador”. (RESPOSTAS). Não esqueçamos que o Diabo foi o primeiro rebelde!

CONCLUSÃO
A maior consolação que os israelitas poderiam ter no deserto era a certeza da presença contínua de Deus com eles; e o Senhor demonstrou inequivocamente tal realidade, através da nuvem ou da coluna de fogo que nunca abandonaram o povo. Mesmo diante dessa certeza, tanto os líderes quanto o povo cometeram erros, os quais não ficaram impunes, servindo isso de exemplo para a igreja hodierna. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Quando acompanhamos a caminhada dos hebreus, do Egito a Canaã, passando pelo deserto, aprendemos como foi esta caminhada e aprendemos como é a nossa. Há semelhanças e diferenças entre as caminhadas, mas o Deus dos hebreus é o mesmo hoje. “Êxodo 13.21 diz acerca do povo de Israel que Deus conduzira para fora do Egito: “Durante o dia o Senhor ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite”. Essa coluna de nuvem e de fogo sinalizava a presença do próprio Deus, como podemos ler em Êxodo 14.24: “No fim da madrugada, do alto da coluna de fogo e de nuvem, o Senhor viu o exército dos egípcios e o pôs em confusão”. A Bíblia Viva traduz esse texto da forma que o encontrei em diversas traduções alemãs: “De madrugada, o Senhor olhou da nuvem para as tropas egípcias...”. Não é interessante? Deus olhou para fora da nuvem. Ele estava na nuvem, de onde olhou para os inimigos de Israel.” (CHAMADA). Nós que cremos no Senhor saímos do Egito (mundo) e estamos caminhando em direção à Terra Prometida (Reino dos Céus). Jesus é o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Nesta caminhada, o Senhor tem nos preparado, entre muitas outras providências:
● a coluna de nuvem (a palavra de Deus) que nos refrigera a alma (Sl 23.3); e
● a coluna de fogo (o Espírito Santo) que nos faz transbordar de alegria (At 13.52).

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2019

HORA DA REVISÃO
1. Cite dois sinais que Deus realizou, os quais demonstravam a presença dEle entre o povo.
A nuvem e a coluna de fogo.
2. Em quais momentos a nuvem e a coluna de fogo podiam ser vistas?
Durante o dia a nuvem e à noite, a coluna de fogo.
3. De qual material foram feitas as duas trombetas que convocavam o povo?
De prata batida.
4. Qual o nome do cunhado de Moisés que foi convidado para ser o “guia do povo”?
Hobabe.
5.Segundo a lição, por que os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor?
Eles foram repreendidos pelo Senhor porque foram insubmissos ao líder. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019].