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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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1 de outubro de 2017

Lição 2: (Jovens) A Cosmovisão Cristã em um Mundo de Vãs Ideologias



LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
3º Trimestre de 2017
Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá
Comentarista: Reynaldo Odilo
Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola dominical que utilizam as revistas da CPAD

Lição 2 - A Cosmovisão Cristã em um Mundo de Vãs Ideologias
Data: 08 de Outubro de 2017

TEXTO DO DIA
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12.2)

SÍNTESE
Desenvolver uma visão de mundo essencialmente cristã é crucial para discernir a vontade de Deus em uma época cheia de ideologias vãs.

AGENDA DE LEITURA
Segunda - Gn 1-2: A Criação
Terça - Gn 3: A Queda
Quarta - Gn 3.15: A Redenção
Quinta - At 17.18: Paulo enfrenta as ideologias da sua época
Sexta - Ef 4.23: Renovação da mente
Sábado - At 17.28: O sentido da cosmovisão cristã

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         - EXPLICAR o conceito de ideologia;
·         - REFLETIR a respeito das características das ideologias contrárias ao Evangelho;
·         - SABER como formar uma mentalidade essencialmente cristã.

TEXTO BÍBLICO
Romanos 12, Colossenses 2.
Romanos 12
1. Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Colossenses 2
4. E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.
5. Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.
6. Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
7. arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças.
8. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Sabemos que a sociedade atual é dominada por ideologias incompatíveis com o evangelho. Tais formas de pensamento negam a soberania de Cristo e tentam substituir os valores cristãos por concepções secularizadas do mundo. Saber, portanto, como elas funcionam e quais são os seus fundamentos é crucial para o crente não ser enredado por engodos e vãs sutilezas. Nesta lição, além do conceito de ideologia e as características que contradizem a fé cristã, veremos como formar uma mentalidade essencialmente cristã, uma visão de mundo abrangente, pela qual possamos discernir as vozes do nosso tempo e refutar os sistemas de ideias incompatíveis com as Escrituras. [O homem se orgulha dos planos ideológicos que faz, do sistema organizado de idéias, das visões de mundo, das crenças e doutrinas como se fosse tudo isso a causa final dos resultados obtidos, mas: Passará o céu e a terra… e cada um sempre terá a sua opinião bem untada com uma boa camada de ideologia…1. Em uma época carregada de ideologias, tanto antigas quanto novas, como o cristão pode escutar a serena voz de Deus e discernir a sua perfeita vontade quando tantas vozes humanas invadem o nosso espaço e tentam nos convencer de que são elas – e não o evangelho – a resposta para os problemas do mundo?2. O certo é que vivemos em uma das épocas mais desafiadoras para o  cristianismo. Um momento sem precedentes na história, onde há uma série de filosofias e ideologias, extremamente difundidas no mundo todo, que são totalmente contrárias aos princípios da Palavra.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
2. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas Por Valmir Nascimento

l - UM MUNDO MOVIDO POR IDEIAS E IDEAIS

1. Ideologia e seu sentido. Diariamente, as pessoas são compelidas a decidir sobre uma série de coisas ou a se pronunciar a respeito dos mais variados temas que emergem na sociedade. Tais ações não são adotadas em completa neutralidade. Um dos aspectos que moldam a conduta e a opinião de alguém, especialmente nos temas mais complexos, é a sua ideologia. Em linhas gerais, os dicionários definem "ideologia" como o conjunto de ideias, convicções e princípios filosóficos, sociais, políticos que caracterizam o pensamento de um indivíduo ou grupo social, A ideologia é um elemento crucial em qualquer visão de mundo, pois fornece as crenças básicas e estabelece os ideais de vida de uma pessoa. [Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy2. Patrícia Amaral Siqueira e Thiago de Mello - Mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Doutor em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, escreve: “Existem muitas concepções de ideologia, a mais corrente é a da ciência das ideias, muitas vezes associada a doutrinas ou mitos, a movimentos políticos ou culturais. A princípio, o mais importante é saber que nada, absolutamente nada neste mundo que tenha sido criado por seres humanos é vazio de ideias. Tudo o que falamos, pensamos e fazemos está marcado por um conjunto de ideias produzidas ou não por cada um de nós. Ainda que sejamos meros reprodutores de reflexões alheias, ainda aí, no âmbito do senso comum, está presente um conjunto de pensamentos que tomamos por verdades [...] O que indivíduo pensa e as coisas nas quais ele acredita são marcados pela sua condição material de produção e existência, ou seja, pela realidade, pela experiência material na qual ele vive. Essa vivência marcará seu olhar sobre o mundo. Uma pessoa que nasce e é criada em uma comunidade no subúrbio do Rio de Janeiro terá uma visão de mundo muito diferente de outra que nasça e cresça na Zona Sul da cidade, simplesmente, porque a maneira como desfrutam a experiência de viver acontece em realidades sociais, econômicas e culturais completamente diversas. A ideologia, então, é um conjunto de valores, crenças e ações culturais que justificam ou procuram modificar um determinado status quo, servindo de base para movimentos sociais que desejam a manutenção ou a mudança, como aqueles que defendem a causa ecológica, homossexual, feminista, etc. Num sentido amplo, podemos afirmar que a ideologia justifica e explica estilos de vida, por isso está presente na cultura das sociedades, seja na ideia de família ou mesmo no âmbito religioso.3.]

2. Ideias e consequências. "Ideias têm consequências" é a frase que melhor explica o caráter orientador das ideologias, seja de forma individual ou coletiva. Jesus afirmou que uma árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt. 7.15-20). Assim como árvores ruins não podem dar bons frutos, ideologias maléficas, portadoras de visões distorcidas acerca da humanidade e da moralidade, não podem dar bons resultados para a sociedade; ao contrário, elas trazem prejuízos e levam ao caos social. Por esse motivo, devemos ter cautela e discernimento para não nos tornarmos presas de ideologias desvirtuadas, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo (Cl 2.8). [O Pr John Piper escreve em ‘Ideias têm consequencias’: “Victor Frankl foi preso nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau durante a Segunda Guerra Mundial. Como professor judeu de neurologia e psiquiatria, tornou-se mundialmente conhecido por seu livro, Man’s Search for Meaning [A Busca do Homem por Significado], que vendeu mais de oito milhões de cópias. Nesse livro, ele desvenda a essência de sua filosofia, que passou a ser chamada logoterapia, a qual afirma que o motivo humano mais fundamental é encontrar significado na vida. Ele observou em meio aos horrores dos campos que o homem pode suportar quase qualquer “modo” de vida, se ele tiver um “porquê”. Mas a citação que me comoveu recentemente foi esta: Estou absolutamente convencido de que as câmaras de gás de Auschwitz, Treblinka e Maidanek não foram, em último análise, construídas em um ou outro ministério em Berlim, mas sim nas mesas e salas de aula de cientistas e filósofos niilistas. (“Victor Frankl at Ninety: An Interview” [“Victor Frankl aos Noventa: Uma Entrevista”], em First Things [Primeiras Coisas], abril de 1995, p. 41). Em outras palavras, as ideias têm consequências que abençoam ou destroem. O comportamento das pessoas — bom e mau — não surge a partir do nada. Decorre de visões dominantes da realidade que se enraízam na mente e produzem o bem ou o mal. Uma das maneiras pelas quais a Bíblia esclarece a verdade de que as ideias têm consequências práticas é dizendo coisas como: “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que… tenhamos esperança” (Romanos 15.4). As ideias apresentadas nas Escrituras produzem a consequência prática da esperança. Novamente, Paulo diz: “O intuito da presente admoestação visa ao amor” (1 Timóteo 1.5). A comunicação de ideias pela “instrução” produz amor. Esperança e amor não surgem do nada. Eles surgem de ideias — visões da realidade — reveladas nas Escrituras. Outra maneira pela qual as Escrituras nos mostram que as ideias têm consequências é usando as palavras “portanto”, “pois” e outras semelhantes (a palavra grega que essas palavras traduzem aparece 499 vezes no Novo Testamento). Por exemplo: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã” (Mateus 6.34). Se quisermos viver no poder desses grandes e práticos “portantos” e “pois”, devemos nos agarrar às ideias — às visões da realidade — que ocorrem antes deles e estão sob eles.”4.]






Pense!
Ideologia não é algo puramente teórico. Tem consequência prática na vida das pessoas.

Ponto Importante
A ideologia é um elemento crucial em qualquer cosmovisão, pois fornece as crenças básicas e estabelece os ideais de vida.

II - CARACTERÍSTICAS DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS AO EVANGELHO

1. Idolatram algo dentro da criação. O ponto comum a todas as ideologias contrárias ao Evangelho é a ênfase excessiva a algum aspecto da criação, o que faz surgir um tipo de idolatria (Êx 20.3; Rm 1.25; 1Co 10.7). Tal ocorre quando se valoriza mais a liberdade (individualismo), a nação (nacionalismo), o dinheiro (capitalismo), a propriedade comum (socialismo) ou o meio ambiente (ambientálismo), por exemplo, acima de Deus, crendo que tais elementos, por si sós, possam proporcionar prosperidade, segurança e salvação para o homem. Ainda que possam expressar desejos legítimos, a devoção demasiada a cada um desses aspectos equipara-se à idolatria. Afinal, compreendemos que o pecado de idolatria se expressa não somente pela adoração aos deuses feitos de pedra ou madeira, mas também pela veneração a ideias e doutrinas humanas, que possam levara um estilo de vida correspondente (SI 115.8). Nesse aspecto, cabe o alerta paulino para fugir da idolatria (1Co 10.14). Não se deixe enganar por ideias que têm aparência de piedade (2 Tm 3.5) e dizem defender o bem, mas no fundo estão cheias de mentiras (Jo 8.44). [No nosso século a ideologia que prevalece é o pós-modernismo. Esse sistema ideológico teve seu início nos anos 50, e recebeu esse nome devido às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e em outros setores da sociedade. Vejamos algumas heranças pós-moderna e as respostas bíblicas a cada uma. Secularização: é sair do religioso para o secular. É o mesmo que dizer que Deus não domina, mas, sim, o mundo (século). Tem crescido muito nos nossos dias, o número de pessoa, que não professam nenhuma religião. Os chamados “sem religião”. Como cristão devemos professar sem medo nenhum, nesses dias, a nossa fé em Cristo. Deus é uma pessoa; Jesus Cristo é Deus e a vida eterna está em Cristo Jesus (Jo 3.16). Há um Deus no controle de todas as coisas e precisamos concordar com ele. Consumismo: Situação caracterizada pelo consumo exagerado de bens duráveis, sobretudo artigos supérfluos. Muitas são as pessoas que são bem pagas para nos convencer de que tudo que temos ainda não tem valor se não possuirmos o que elas estão nos oferecendo. Esse consumismo procura gerar em nós a compulsão para comprar, mas, no entanto, não nos oferece os meios de concretizar os nossos desejos. Devemos como crentes sadios combater o consumismo, com o contentamento, e voltar os nossos olhos para os valores do reino de Deus (Mt 6.33;1Tm 6.6-10). Pluralismo religioso: Doutrina ou sistema que admite a coexistência de vários partidos com iguais direitos. Há muitas religiões que tem sido apresentada, como a proposta das soluções dos problemas da humanidade. Religião é o homem buscando a Deus, por isso há muitas religiões; mas o evangelho é Deus buscando o homem. Jesus Cristo é suficiente, Ele é o único caminho. A bíblia afirma que somente Jesus é capaz de salvar o homem, e conduzi-lo a vida eterna (Jo 14.6; 1Tm 2.5; Hb 7.25). Privatização: Compreende-se por privatização o processo pelo qual a pós-modernidade produziu um grande abismo entre a vida pública e privada (particular). A privatização permite que o individuo compense na vida privada o que não podem fazer na vida pública, por ser proibido. A igreja tem que saber que a mesma é propriedade exclusiva de Deus. Que Deus não divide a sua glória com ninguém e que os olhos do Senhor estão em todo lugar. (1 Pe 2.9; Is 42.8; Pv 15.3). Relativismo moral: Quem determina o que é moral ou imoral ou amoral? Eles dizem que a linguagem é incapaz de comunicar exatamente uma verdade! Linguagem não comunica verdades absolutas. Os valores da palavra de Deus são imutáveis e absolutos. O mundo, por seus próprios conhecimentos, jamais conhecerá a verdade.(1Co 1.21; 1Jo 2.24)5.]
5. igrejajaboque.com.br/mensagens%20e%20sermaos/as%20portas%20do%20inferno.doc

2. Negam a realidade do pecado. As ideologias mundanas negam os efeitos do pecado, ao dizer que a natureza humana é essencialmente boa. O filósofo francês do Século XVIII Jean-Jacques Rousseau dizia que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Tal concepção, além de defender a completa Liberdade e autonomia do indivíduo, como forma de libertação das instituições da sociedade, especialmente família e igreja, leva a uma visão utópica da realidade, na qual acredita ser possível criar uma sociedade perfeita nesse mundo, bastando estabelecer as estruturas econômicas e sociais adequadas. O utopismo não se coaduna com as bases cristãs, pois sabemos que os problemas deste mundo, embora possam ser remediados pela lei e pelos bons costumes, nunca serão solucionados completamente, diante da falibilidade humana. Depois da Queda, nos tornamos falhos e precisamos de regeneração, por isso o teólogo holandês Jaco Armínio afirmou ser necessário uma renovação do nosso intelecto, afeições ou vontade. [Augusto Cury diz:Rousseau disse que o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Mas essa ideia precisa de reparos:para mim,o homem nasce neutro e o sistema social educa ou realça seus instintos,liberta seu psiquismo ou aprisiona.E normalmente o aprisiona6. Toda religião e filosofia humana no mundo, exceto o Cristianismo bíblico, têm sustentado que o homem é basicamente bom e aperfeiçoável através de seus próprios esforços. O filósofo Inglês do século dezessete John Locke (1632–1704) acreditava que o homem nascia como uma lousa em branco (“tabula rasa”) de inocência. Jean Jacques Rousseau (1712–1778), o filósofo francês do século dezoito, acreditava que o homem era bom, assim iniciando a filosofia humanista que coloca o homem antes de Deus. O Islamismo ensina que todos são nascidos puros (de “musselina” - tecido leve e um pouco transparente, que serve para vestuário) e naturalmente bons até que sejam desviados pelo ambiente. O Homem é visto como aperfeiçoável através do ser corretamente guiado e lembrado da unidade de Alá. Algo que deve ficar muito claro em nossas mentes é que se o nome do reino é “Reino de Deus”, significa que o Reino pertence ao Senhor Deus e não aos homens, pois, do contrário, seria “reino dos homens” e não Reino de Deus. Outro ponto fundamental, o Reino de Deus se opõe frontalmente às coisas e valores deste mundo.]

3. Descreem no mundo espiritual. A ideologia materialista não concebe a existência de algo além da matéria, assim como rejeita a concepção bíblica sobre os eventos escatológicos, tais como a volta de Jesus (1Ts 4.16,17), o julgamento dos pecadores (Ap 20.11) e a eternidade (Êx 15.18). Pense no perigo que essa ideia representa. Se não existe nada além do que podemos enxergar, a vida não tem propósito e o ser humano não deve prestar contas de seus atos a ninguém, Fiódor Dostoiévski escreveu: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Nessa mentira diabólica esta a justificação para o hedonismo, o liberalismo moral, o antropocentrismo e todo tipo de "ismo" iníquo, destruidor da moral e dos bons costumes. Contradizendo a natureza e a narrativa bíblica (Gn 1.27), a mundana "ideologia de gênero", por exemplo, apregoa que os dois sexos - masculino e feminino - são construções culturais e sociais, razão pela qual cada pessoa tem o direito de fazer a sua opção sexual (gênero). É uma prova do poder devastador das ideologias defendidas pelos ímpios. Paulo vaticinou que o "fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas" (Fp 3.19). Mas nós pensamos nas coisas que são de cima! (Cl 3.2). [É importante esclarecer que Fiódor Dostoiévski jamais disse ou escreveu: "Se Deus não existe, tudo é permitido". É incorreto atribuir-lhe esta frase quando na verdade, foi Jean-Paul Sartre que atribuiu, erroneamente, à Dostoiévski. No texto “O existencialismo é um humanismo”, Sartre diz: “Dostoiévski escreveu: ‘Se Deus não existisse, tudo seria permitido’. Eis o ponto de partida do existencialismo”. O escritor russo de fato inspirou os existencialistas, mas ele nunca disse isso. O mais próximo disso, que está em Os Irmãos Karamazov, é: “[…] é permitido a todo indivíduo que tenha consciência da verdade regularizar sua vida como bem entender, de acordo com os novos princípios. Neste sentido, tudo é permitido […] Como Deus e a imortalidade não existem, é permitido ao homem novo tornar-se um homem-deus, seja ele o único no mundo a viver assim7. Alan Richardson em sua obra ‘Apologética Cristã’ (JUERP 1983), diz que o grande problema hodierno é que não há apenas uma  filosofia corrente no mundo, mas várias ideologias e filosofias, de modo que nós, cristãos, somos, diuturnamente, atacados de todos os modos e por todos os lados. A  problemática  é  que,  devido  a  nossa  ignorância  ou  transigência, muitas  dessas  correntes mundanas, carnais e diabólicas, têm se infiltrado na igreja e norteado o modus vivende de muitos cristãos, fazendo com que deixem de lado uma das mais sérias ordens bíblicas, Romanos 12.2, e se conformem com este mundo, vivendo de acordo com os seus padrões. O propósito do presente estudo é passar algumas das muitas filosofias vigentes no mundo hodierno pelo crivo da revelação bíblica, para constatar os pontos em que temos deixado os princípios da Palavra e vivido de acordo com os ditames do mundo. Para tanto, primeiro compreenderemos cada  uma  dessas correntes,  depois  as  analisaremos  biblicamente, para  que,  por  fim,  possamos analisar criticamente as suas influências no cristianismo e no mundo pós-moderno8.]

Pense!
Enquanto as ideologias são concebidas pêlos homens, as verdades da fé cristã são reveladas por Deus. O cristianismo, por isso, não é uma ideologia.

Ponto Importante
Se não existe nada além do que podemos enxergar, a vida não tem propósito e o ser humano não deve prestar contas de seus atos a ninguém.

Ill - MENTES RENOVADAS PARA UM MUNDO CHEIO DE IDEOLOGIAS VÃS

1. Inconformados com o mundo. Diante de um contexto repleto de filosofias e ideologias nocivas à fé cristã, é preciso vivenciar na íntegra a recomendação paulina para não nos conformarmos (gr. syschematizesthe) com este mundo (Rm 12,2a). O sentido deste aconselhamento é que não nos amoldemos à forma, ao modelo, ao esquema do mundo. Nesta passagem, a palavra "mundo" não se refere às pessoas ou ao universo físico, e sim ao sistema filosófico, ideológico e espiritual fomentado pelo deus deste século e pela carne, em oposição à vontade de Deus. Nesse aspecto, expressou A. W Tozer: "A cruz ergue-se em ousada oposição ao homem natural. Sua filosofia é contrária aos processos da mente não regenerada". Não permita que o mundo à sua volta e as tendências da presente época definam o seu modo de viver. Mantenha a sua identidade, ainda que a maioria o ridicularize por suas convicções cristãs! [Esse Cristão Incrível - A. W. Tozer: O ESFORÇO geralmente feito por tantos líderes religiosos no sentido de harmonizar o cristianismo com a ciência, com a filosofia e com tudo quanto há de natural e razoável, resulta, creio eu, do insucesso na compreensão do cristianismo e, a julgar pelo que tenho ouvido e lido, também malogro no entendimento da ciência e da filosofia. No âmago do sistema Cristão está a cruz de Cristo com o seu divino paradoxo. O poder do cristianismo aparece em sua antipatia pelos caminhos do homem decaído, jamais em seu acordo com eles. A verdade da cruz se revela em suas contradições. O testemunho da igreja é mais eficaz quando ela declara em vez de explicar, pois o Evangelho é dirigido não à razão, mas a fé. O que se pode provar não exige fé para ser aceito. A fé baseia-se no caráter de Deus, não em demonstrações de laboratório ou da lógica. A cruz ergue-se em ousada oposição ao homem natural. Sua filosofia é contrária aos processos da mente não regenerada, de sorte que Paulo pôde dizer sem rebuço que a pregação da cruz é loucura para os que perecem. Tentar achar um terreno comum entre a mensagem da cruz e a razão é tentar o impossível, e se persistir, só poderá resultar numa razão danificada, numa cruz sem sentido e num cristianismo sem poder. Baixemos, porém, a questão toda dos cimos alterosos da teoria, e simplesmente observemos como o cristão põe em prática os ensinamentos de Cristo e Seus apóstolos. Note as contradições: O cristão crê que morreu em Cristo, porém está mais vivo que antes e alimenta a esperança de viver plenamente para sempre. Caminha na terra enquanto assentado no céu e, conquanto nascido na terra, vê que, depois da sua conversão, não se sente em casa aqui. Como o falcão da noite, que nos ares é a essência da graça e da beleza, mas no chão é desajeitado e feio, vê-se o cristão em sua melhor forma nos lugares celestiais, mas não se adapta bem aos modos da própria cidade em que nasceu. O cristão logo vem a compreender que, para ser vitorioso como filho do céu entre os homens na terra, terá de seguir, não o padrão comum da humanidade, mas o contrário. Para ter segurança, arrisca-se; perde a vida para salvá-la, e corre o perigo de perdê-la, se procura preservá-la. Desce para subir. Se recusa a descer, já está em baixo, mas quando começa a descer, está subindo. É mais forte quando está mais fraco, e mais fraco quando está forte. Embora pobre, tem o poder de enriquecer a outros, mas quando fica rico, desaparece sua capacidade de enriquecer a outros. Possui mais quando distribui mais, e possui menos quando mais posse retém. Ele pode ser superior, e muitas vezes o é, quando se sente inferior, e mais sem pecado quando tem maior consciência de pecado. É mais sábio quando sabe que não sabe, e sabe menos quando adquire a maior soma de conhecimento. Às vezes faz mais, nada fazendo, e vai mais longe quando fica parado. Na prostração ele consegue manobrar para regozijar-se, e mantém alegre o coração mesmo na tristeza. Revela-se constantemente o caráter paradoxal do Cristão. Por exemplo: ele crê que já está salvo e, no entanto, espera ser salvo mais tarde e aguarda ansiosa e jubilosamente a salvação futura. Teme a Deus, mas não tem medo dEle. Sente-se dominado e nulo na presença de Deus e, contudo, não prefere nenhum outro lugar a estar em sua presença. Sabe que já foi purificado do seu pecado e, todavia, está penosamente ciente de que em sua carne não habita bem algum. Ama supremamente a alguém que ele nunca viu e, apesar de pobre e de baixa condição, conversa familiarmente com Aquele que é Rei de todos os reis e Senhor de todos os senhores, e o faz consciente de que não há incongruência em agir assim. Está certo de que seus direitos são menos que nada, e, entretanto, crê sem nenhuma dúvida que ele é a menina dos olhos de Deus e que por ele o Filho eterno fez-se carne e morreu na cruz da infâmia. O cristão é cidadão do céu e admite que sua lealdade prioritária é a essa cidadania; mas pode amar a sua pátria terrena com a intensidade de dedicação que levou John Knox a orar: “Ó Deus, dá-me a Escócia, ou morro”. Espera jubilosamente entrar logo no fulgente mundo além, mas não tem pressa de deixar este mundo e está plenamente disposto a aguardar a convocação do seu Pai Celeste. E não pode entender porque o incrédulo crítico deva condená-lo por isso; tudo lhe prece tão natural e certo, dentro das circunstâncias, que ele não vê nisso nada de incoerente. Além do mais, o cristão, que leva sua cruz, é tanto um pessimista declarado como um otimista rival na terra. Quando olha para a cruz é pessimista, pois sabe que o mesmo julgamento que caiu sobre o Senhor da glória condena, naquele ato, a natureza inteira e todo o mundo dos homens. Ele rejeita toda a esperança humana fora de Cristo porque sabe que o mais nobre esforço do homem é apenas pó edificando sobre pó. Todavia, ele é serena e confiantemente otimista. Se a cruz condena o mundo, a ressurreição de Cristo garante a vitória final do bem no universo todo. Através de Cristo, tudo estará bem no final, e o cristão aguarda a consumação. Cristão incrível! 9.]

2. Transformação permanente. O aconselhamento bíblico não se encerra no inconformismo. Além de rejeitar o costume do mundo, o salvo em Cristo deve ser transformado (gr, metamorphos). Isto ocorre primeiramente com a nova vida (Rm 6.4), mas deve prosseguir como uma prática constante (2 Co 3.18). É um processo contínuo, como explica o Comentário Beacon: "Transformai-vos tem a força de 'continuem sendo transformados'. Ao invés de nos entregarmos às influências que tendem a nos moldar à semelhança das coisas que estão ao nosso redor, devemos, dia após dia, empreender uma mudança na direção oposta". [Uma vez que entendemos o que Deus tem feito por nós, faz sentido nos dedicar a ele em obediência e serviço. O uso da palavra “pois” mostra que este serviço razoável se baseia nas coisas ditas nos capítulos anteriores. Paulo acabou de falar sobre a profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça (Rm 11.33-36). Por isso, devemos nos dedicar ao Senhor. O Pr Elienai Cabral em sua obra ‘Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus’ (5ª Edição. RJ: CPAD, 2005), escreve: “Até o capítulo 11, Paulo desenvolveu uma argumentação teológica acerca de algumas doutrinas pertinentes à Soteriologia Bíblica. A partir do capítulo 12, ele disseca essas doutrinas sobre a salvação em uma realidade prática. É o Cristianismo vivido e experimentado. É a vida cristã demonstrada através das relações pessoais com Deus, com os irmãos na fé, com as pessoas de fora, com as autoridades constituídas e com as responsabilidades para com a igreja. Não basta conhecer a Teologia do Pecado, da Justificação, da Santificação, teoricamente. É preciso ter experimentado isso tudo, para poder viver vitoriosamente no Espírito. Nos capítulos anteriores, Paulo apresenta o pecado e suas consequências, bem como, o plano de salvação. Já, a partir do capítulo 12, temos o plano da salvação na prática. O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas é também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o Diabo. Uma vez justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se na prática, um vitorioso contra o pecado”10.]
10. CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.133

3. Em direção a uma cosmovisão cristã. A transformação a que Paulo alude se dá pela renovação da mente. Enquanto cristãos, somos conclamados a desenvolver uma mentalidade eminentemente cristã, uma visão de mundo direcionada pelo pensamento de Deus, aplicável a todos os setores da sociedade. Em uma sociedade cada vez mais secularizada, renovara mente, moldando-a aos valores do Reino, é algo crucial. O apóstolo Paulo expressou isso da seguinte forma: "Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo" (1Co 2.16). No original grego, a palavra mente (gr. nous) significa o Lugar da consciência reflexiva, compreendendo as faculdades de percepção-e entendimento, e do sentimento, julgamento e determinação. [O termo cosmovisão, quer dizer o modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta uma realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung, que significa um “mundo e uma visão de vida”, ou “um paradigma”. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino. Francis Schaeffer disse que a comosvisão:”é o filtro através do qual uma pessoa enxerga o mundo ( Livro: Como Viveremos). Há sete visões principais de mundo. Cada uma é singular. Vejamos algumas delas: Teísmo - Um Deus Infinito e pessoal existe além do e no universo. O teísmo diz que o universo físico não é tudo que existe. Há um Deus infinito e pessoal além do universo, que o criou, que o sustenta e que age nele de forma sobrenatural. É a visão representada pelo judaísmo tradicional, o cristianismo e o islamismo. Deísmo – Deus está além do universo, mas não nele. O deísmo é o teísmo sem milagre. Deus fez o mundo, mas não age nele. Ele “deu corda” na criação e a deixa funcionar sozinha. Alguns exemplos de pensadores teístas: Voltaire, Thomas Jefferson e Tomas Paine. Ateísmo – Não existe nenhum Deus além do ou no universo. O ateísmo afirma que o universo físico é tudo que existe. Não existe nenhum Deus em lugar algum, nem no universo ou além dele. O universo é auto-suficiente. Alguns dos ateus mais famosos foram: Karl Marx, Friedrich Nietzschee Jean-Paul Sartre. Panteísmo – Deus é o Todo/Universo. Tudo é Deus. O criador e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou Todo, e o universo é Deus. O panteísmo é representado por certas formas de hinduísmo: zen-budismo e Ciência Crstã. Politeísmo – Muitos deuses existem além do mundo e nele. É a crença em muito deuses finitos, que influenciam o mundo. Quando um deus finito é considerado chefe sobre outros, a religião é chamada de henoteísmo. Os principais representantes do politeísmo: os gregos antigos, o mórmons e os neopagãos (adeptos da Wicca - É uma religião fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa. Freqüentemente, Wicca inclui a prática de várias formas de Alta Magia). Desenvolver uma cosmovisão cristã: Para o cristão, a cosmovisão cristã vai colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo “...no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Cl 2.3)”. Em nossos dias está em andamento uma movimentação muito intensa, no meio evangélico, para estabelecimento de escolas evangélicas, que ensinem todas as matérias a partir da perspectiva cristã da vida. Para isso, há a necessidade de que se ensine e se dissemine uma cosmovisão cristã. A fé cristã deixa de ser uma “questão religiosa” para o domingo, mas volta a assumir o seu posto original, e que havia sido resgatado pela reforma do século 16. Esse movimento por escolas cristãs, tem características interdenominacionais.[...] Tais círculos têm compreendido que é impossível se praticar a verdadeira educação das esferas de conhecimento, sem a coesão proporcionada por uma cosmovisão cristã, na qual Deus é verdadeiramente regente do universo, e não um mero espectador, que reage às circunstâncias, procurando “consertar” as coisas. Por isso é necessário que o pastor e líder cristão, e até nós, leigos, tenhamos uma boa compreensão deste tema. Porque precisamos também orientar os irmãos e familiares nesse entendimento. Cosmovisão cristã, também, tem tudo a ver com o estudo de Governo e Economia, e outras áreas de conhecimento e de atividades humanas que, para serem adequadamente compreendidas e exercitadas, não podem ser divorciadas dos princípios contidos nas Escrituras. (Solano Portela) A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe?11]
11. Este trecho foi extraído na íntegra de: O que é Cosmovisão Cristã? Postado por Ruy Marinho, disponível em: https://bereianos.blogspot.com.br/2012/11/o-que-e-cosmovisao-crista.html

Pense!
"No âmago do sistema cristão está a cruz de Cristo com o seu divino paradoxo. O poder do cristianismo aparece em sua antipatia pelos caminhos do homem decaído, jamais em seu acordo com ele"(A. W. Tozer).

Ponto Importante
A vida de Jesus é o paradigma de todo cristão, por isso raciocinar como Ele não é uma questão de escolha, mas de obediência.

CONCLUSÃO
Além de formar a própria Lente do cristianismo, a tríade bíblica: Criação, Queda e Redenção nos ajuda a compreender e a refutar as ideologias não cristãs, pois toda visão de mundo pode ser analisada pela maneira como responde a três perguntas básicas: De onde viemos e quem somos nós (criação)? O que deu errado com o mundo (Queda)? E o que podemos fazer para consertar isso (redenção)? A Bíblia responde plausivelmente a todos esses questionamentos. [A Cosmovisão cristã oferece à humanidade as respostas mais contundentes para as suas maiores indagações. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe? Criação – De onde viemos, e quem somos? - Enquanto várias teorias acerca da criação do universo e da origem do homem são inventadas e estudadas pela ciência, Deus revela em sua Palavra que todo o universo foi Criado por Ele (No principio criou Deus o céu e a terra Gn 1.1). Queda – O que aconteceu de errado com o mundo? O pecado trouxe a morte ao mundo, a morte física e, pior ainda, a morte espiritual. Ainda, o solo se tornou menos fértil e a comida mais escassa. O homem começou a trabalhar mais para obter menos. A humanidade também perceberia logo o efeito que o pecado tem nas relações humanas: crueldade, assassinato, lascívia e desarmonia. Paulo disse da seguinte forma: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”, Rm 6.23. Portanto, o que aconteceu de errado, e o motivo do sofrimento no mundo é exatamente o pecado original cometido pelo homem. Redenção – O que podemos fazer para consertar isso? Jesus Cristo é o único Caminho através do qual o homem pode ser perdoado e viver eternamente com Deus. O interessante da cosmovisão cristã reside no fato dela ser simples, como disse C. S Lewis, como tema de seu livro, “Cristianismo puro e simples”. No entanto, simplicidade não é sinônimo de inverdade ou erro. Pelo contrário, as maiores verdades são simples. Tanto que o pensamento cristão vem ao longo de toda a sua história superando todos os desafios que lhe foram propostos, desde a Igreja primitiva, onde os cristão foram perseguidos, passando pelo período do iluminismo racionalista, o tempo do comunismo, e, atualmente, o pós-modernismo relativista. Em todos estes contextos, a cosmovisão cristã, guardada por próprio Deus, não sucumbiu. Afinal, como disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão!” Mt. 16.18. Somos chamados a conhecer teologia e ética, a tratar o texto bíblico com reverência, mas também ter uma mente inquiridora que medita, reflete, constrói o pensamento, que se move em direção a uma cosmovisão cristã da realidade humana. É bom ler obras clássicas da literatura – os grandes romancistas e filósofos nos ajudam a ver o mundo com outros olhos, sem perder nossa referência cristã. Estamos realmente usando as Escrituras como texto, ou como pretexto? Nossas pregações surgem a partir de uma experiência do coração e de uma mente inteligente e geram transformação? Todas essas pregações e estudos bíblicos têm gerado homens e mulheres mais parecidos com Jesus Cristo? SENHOR: “…tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.”(1Cr 29.12)- “…em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz.”(Sl 36.9)11]
11. Este trecho foi extraído na íntegra de: O que é Cosmovisão Cristã? Postado por Ruy Marinho, disponível em: https://bereianos.blogspot.com.br/2012/11/o-que-e-cosmovisao-crista.html

“... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Outubro de 2017
Aniversário do Blog Auxílio ao Mestre!

HORA DA REVISÃO
1. Como se define a palavra "ideologia"?
Conjunto de ideias, convicções e princípios filosóficos, sociais, políticos que caracterizam o pensamento de um indivíduo ou grupo social.
2. Além da adoração aos falsos deuses, como a idolatria pode se expressar?
Pela veneração a falsas ideias.
3. Por que o utopismo não se coaduna com as bases cristãs?
Pois sabemos que os problemas deste mundo, embora possam ser remediados pela lei e pelos bons costumes, nunca será perfeito diante da falibilidade humana.
4. Qual o sentido do aconselhamento de Paulo em Romanos 12.1 ao dizer para não nos conformarmos com este mundo?
Não nos amoldemos à forma, ao modelo, ao esquema do mundo.
5. Na sua opinião, como podemos desenvolver a mente cristã?
Resposta pessoal.